Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 18 de abril de 2024

OLIMPÍADAS 2024: NO MARCO DE 100 DIAS, COB REFORÇA OTIMISMO

 

No marco de 100 dias, COB reforça otimismo para Paris-2024

Expectativa dos dirigentes da entidade é contar com uma delegação de 300 a 330 atletas para quebrar o recorde de 21 medalhas, obtidas em Tóquio-2020

O mascote ginga também participou da festa dos 100 dias para Paris-2024. A onça-pintada tirou com as novas peças que vestirão o Time Brasil -  (crédito: Mauro Pimentel/AFP)
O mascote ginga também participou da festa dos 100 dias para Paris-2024. A onça-pintada tirou com as novas peças que vestirão o Time Brasil - (crédito: Mauro Pimentel/AFP)
 
Foto de perfil do autor(a) Danilo Queiroz
Danilo Queiroz 
postado em 18/04/2024 00:01 / atualizado em 18/04/2024 00:46
 

Rio de Janeiro — A penúltima barreira de dígitos do calendário olímpico está rompida. Agora, faltam apenas 99 dias para o mundo do esporte se unir em um só para celebrar os Jogos de Paris-2024. No clima de expectativa ampliado pelo centésimo dia da contagem regressiva, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou, na quarta-feira (17/4), no Rio de Janeiro, um evento para dar mais um passo em direção aos sonhos de medalha. O cenário foi o Morro da Urca, onde a entidade reuniu atletas e personalidades para apresentar os detalhes da reta de chegada da preparação do time verde e amarelo para as disputas em solo parisiense.

No novo passo da contagem regressiva, o COB voltou a destacar a esperança de, pelo menos, superar os desempenhos na última edição dos Jogos, quando as 21 medalhas de ouro garantiram o melhor desempenho do Brasil na maior festa do esporte no planeta. O ponto-chave para tamanha confiança está no processo de construção da caminhada. "Nossa preparação começou anos atrás. Antes de Tóquio, estávamos falando de Paris. Os cuidados vão aos detalhes. A expectativa é que iremos melhorar os resultados de Tóquio. Sempre superamos os eventos anteriores. Estamos confiantes no Time Brasil. A missão Paris será um sucesso", pontuou Paulo Wanderley.

Para ter êxito em Paris, o Time Brasil aposta no planejamento e na caminhada de preparação dos atletas classificados (a expectativa é ter 300 competidores do país na capital francesa). No entanto, os brasileiros terão um apoio de peso em busca das medalhas. Uma das novidades apresentadas no evento no Morro da Urca foi o Projeto Embaixadores Olímpicos. A ação tem como principal objetivo trabalhar com um grupo de atletas formadores atuando diretamente com os brasileiros inseridos nas competições dos Jogos Olímpicos.

O time escolhido para a missão é de peso Janete Arcain, dona de uma prata (Atlanta-1996) e um bronze (Sydney-200), no basquete, Virna, bronze nas mesmas edições no vôlei, Natália Falavigna, bronze em Pequim-2008 no taekwondo, Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze na maratona de Atenas-2004, Maurício Lima, ouro em Barcelona-1992 e Atenas 2004 no vôlei, e Tiago Camilo, prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008, integram o grupo de mentores rumo às conquistas olímpicas.

*O repórter viajou a convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB) 


Correio Braziliense quarta, 17 de abril de 2024

MENOS ÁLCOOL E MAIS SAÚDE: VISÃO DO CORREIO

 

Visão do Correio: Menos álcool e mais saúde

Pesquisa revela que jovens nascidos entre 1995 e 2009 — Geração Z — consome menos bebidas alcoólicas em comparação com as gerações anteriores

 

Ilustração de um copo de cerveja -  (crédito: Kleber Sales/CB/D.A.Press)
Ilustração de um copo de cerveja - (crédito: Kleber Sales/CB/D.A.Press)
 
Correio Braziliense
postado em 17/04/2024 05:56

Se jovem é curioso, costuma quebrar normas e gosta de exercitar a experimentação no último grau, um levantamento divulgado esta semana derruba esse padrão. Jovens da Geração Z — que incluem pessoas nascidas entre 1995 e 2009 — estão consumindo menos bebidas alcoólicas em comparação com as gerações anteriores, segundo pesquisa feita pela Martech MindMiner.

O levantamento também mostra que 57% dos entrevistados consomem bebidas alcoólicas. Entre as categorias mais populares, a tradicional cerveja lidera com 44%, seguida de perto pelo vinho, com 37%; destilados, com 36%; as prontas para consumo, com 26%; e outras opções somando 24%. Para os especialistas, o estudo mostra uma mudança de paradigmas — em que a saúde e o bem-estar ganham destaque — e a Geração Z aparece como força impulsora dessa transformação, consumindo menos álcool e optando por estilos de vida mais equilibrados.

Se, de um lado, a cervejinha ainda é a "menina dos olhos" entre as bebidas alcoólicas; por outro, uma nova frente vem ganhando força: a cerveja sem álcool, o que demonstra uma crescente conscientização e aceitação por parte dos consumidores. O alto índice de familiaridade, com 82% dos entrevistados afirmando conhecer o produto, sugere uma penetração significativa no mercado.

Além disso, 47% já experimentaram cerveja sem álcool e a disposição desse público em pagar mais por bebidas que promovem benefícios à saúde é revelada por 57% dos entrevistados. Vale destacar, ainda, a associação entre cerveja sem álcool e atividade física — observada em 88% dos conhecedores da bebida. Seria um crescimento do estilo de vida ativo e saudável?

 


Correio Braziliense terça, 16 de abril de 2024

BRASILEIRÃO 2024: COM RODADAS SEGUIDAS, A ORDEM É POPUPAR

 

Brasileirão: com rodadas seguidas, a ordem é poupar

O batidão de compromissos evidencia os desafios encarados pelos técnicos no sentido de gerir a energia do elenco e sempre colocar em campo força máxima

 
Na primeira rodada do torneio nacional, Fluminense escalou o time de maior média de idade. Hoje, entrará em campo contra o Bahia modificado -  (crédito: Lucas Merçon/Fluminense)
Na primeira rodada do torneio nacional, Fluminense escalou o time de maior média de idade. Hoje, entrará em campo contra o Bahia modificado - (crédito: Lucas Merçon/Fluminense)
Foto de perfil do autor(a) Danilo Queiroz
Danilo Queiroz 
Foto de perfil do autor(a) Marcos Paulo Lima
Marcos Paulo Lima 
postado em 16/04/2024 06:00

A temporada 2024 da Série A do Campeonato Brasileiro começou em ritmo frenético. Hoje, às 21h30, quando se completarem pouco mais de 48 horas do apito final do último compromisso da primeira rodada, Bahia e Fluminense estarão no gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador, para dar o pontapé inicial na segunda jornada do certame nacional. E a terceira está agendada já para o fim de semana. Ao fim dela, todos os participantes da elite terão atuado três vezes em um curto espaço de nove dias. O batidão de compromissos evidencia os desafios encarados pelos técnicos no sentido de gerir a energia do elenco e sempre colocar em campo força máxima.

Hoje, o técnico deve ter dois desfalques causados por desgaste físico. Felipe Melo, 40 anos, e Marcelo, 35, foram poupados do treinamento de ontem, no Rio de Janeiro. As ausências devem, inclusive, modificar a posição do tricolor no ranking de média de idade da segunda rodada do Brasileirão. A dosagem de força é essencial no planejamento para os atletas não ficarem fora por uma sequência maior de jogos no futuro e não se trata de algo novo no Fluminense. Outros clubes também adotam a prática. Nos discursos dos treinadores, inclusive, houve uma quebra de paradigma e a melhor escalação não é mais a de maior nível técnico e, sim, de melhor preparo físico.

Quando aliado com as perspectivas de sequência do Brasileirão, o ranking de média de idade deixa claro: não há mais uma ciência exata para repetir uma mesma escalação no maior número de partidas possíveis. Nem mesmo quem optou por utilizar uma equipe mais jovem deve escapar de realizar trocas de olho na segunda partida do Brasileirão. Para conquistar os três pontos fora de casa contra o Vitória, o Palmeiras jogou com a segunda equipe mais jovem da primeira rodada. Os 26,1 anos de média dos escolhidos por Abel Ferreira ficam atrás somente dos 24,5 do Bragantino, rival justamente do Fluminense na largada do torneio. Mesmo assim, o alviverde teme os efeitos do desgaste. Contra o Internacional, amanhã, no Allianz Parque, a equipe paulista deve começar com outra formação.

Protagonista da abertura da segunda rodada, o Fluminense é quem mais quebra a cabeça para solucionar a questão. De acordo com levantamento do Correio, o tricolor escalou o time mais velho entre os 20 clubes envolvidos na abertura do torneio nacional. A formação com Fábio; Samuel Xavier, Felipe Melo, Martinelli e Marcelo; André, Lima e Ganso; Arias, Marquinhos e Cano tem uma média de idade de 31,4 anos. Fortaleza, com 31,2, e Criciúma, com 31,1, fecham o top 3 no quesito. Rival no jogo da Arena Fonte Nova, o Bahia aparece na nona colocação, com 29,0. Embora a tática de utilizar nomes experientes tenha gerado frutos na conquista da Libertadores de 2023, repeti-la faz Fernando Diniz quebrar a cabeça visando a sequência no Brasileirão.

Correio Braziliense segunda, 15 de abril de 2024

BRASÍLIA 64 ANOS: VEJA PROGRAMAÇÃO DE ANIVERSÁRIO

 

Brasília entra no clima de festa; veja programação de aniversário da cidade

As comemorações de aniversário da capital federal começaram ontem no Taguaparque e se intensificarão a partir de quinta-feira até domingo

 
Michele e Marcelo foram ao Taguaparque e querem ir a outros eventos  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Michele e Marcelo foram ao Taguaparque e querem ir a outros eventos - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
 
Foto de perfil do autor(a) Carolina Braga
Carolina Braga 
postado em 15/04/2024 03:55

O Taguaparque foi palco da primeira programação de aniversário de Brasília, organizada pelo GDF. Ontem, os cantores Samuel Rocha e Zé Vaqueiros fizeram shows em um palco montado no local. Além das atrações musicais, também havia um polo de artesanato, onde artesãos locais expuseram seus trabalhos.

 

 empresário Marcelo Oliveira, 38, estava passeando no evento com a esposa, a vendedora Michele Santana, 33. "Viemos trazer o nosso cachorro, Costela, para caminhar e aproveitar a música", disse o empresário. O casal pretende comemorar o aniversário da cidade também em outros eventos da programação.

A enfermeira Eliana de Freitas, 58, está empolgada para o próximo final de semana, onde pretende acompanhar, principalmente, as atrações musicais. "Eu aproveitei para fazer um dinheirinho hoje e montei um estande de artesanato. Mas na semana que vem vou estar só aproveitando", disse brincando.

A programação de aniversário recomeça na próxima quinta-feira, com shows no palco da Torre de TV do Plano Piloto e voos de balões na Esplanada. Todas as atrações são gratuitas. Para os amantes do esporte, o calendário será aberto na sexta-feira com um campeonato Bike Camp, na Torre Digital. Serão realizadas competições nas categorias XCM, XCO, Gravel e ciclismo de estrada. Na sexta-feira, a banda Biquini Cavadão estará no palco da Torre Digital.

Os eventos estão sendo organizados pela Secretaria de Turismo e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. A programação segue durante o final de semana, com circo, escalada, hip hop, passeio de balão, corrida e apresentações musicais para todos os públicos.

Programação

Quinta-feira, 18/4

Local: Torre de TV

19h - Show Banda São Rafael

20h30 - Show Padre Fábio de Melo

Sexta-feira, 19/5

Local: Torre de TV

19h - Show com Stone Band

20h30 - Show com Aline Barros

 

Sábado, 20/4

Local: Museu Nacional da República

6h - Maratona de Brasília

 

Galpão de exposições

10h às 18h - Feira da Agricultura familiar

 

Tenda de circo

10h30, 13h e 16h - Apresentação circense Khronos

 

Praça da Juventude

10h às 17h - Oficinas de skate, break e grafitti

 

Local: Torre de TV

14h - Teatro com Nyedja Genari

15h30 - Show com Mc Jenny

17h - Show com Melão

18h - Show com Wilian & Marlon

19h30 - Show com Nego Rainner

 

Palco: Esplanada

18h - Adriana Samartini

20h - Di Propósito

22h30 - Show com DJ Alok

 

Domingo, 21/4

Local: Museu Nacional da República

6h - Maratona de Brasília

 

Galpão de exposições

10h às 18h - Feira da Agricultura familiar

 

Tenda de circo

10h30, 13h e 16h - Apresentação circense Khronos

 

Praça da Juventude

10h às 17h - Oficinas de skate, break e grafitti

 

Local: Esplanada

18h30 - Orquestra Sinfônica de Brasília

 

Local: Torre de TV

17h - Show com Enzo e Rafael

19h30 - Show com Xand Avião

22h30 - Show com Jorge Aragão

 

 

 

Correio Braziliense domingo, 14 de abril de 2024

ACEITA UM CAFEZINHO?: VEJA COMO A BEBIDA ESTÁ PRESENTE NA VIDA DOS BRASILEIROS

Aceita um cafezinho? Veja como a bebida está presente na vida dos brasileiros
Em comemoração ao Dia Mundial do Café, a Revista traça um panorama sobre a bebida, bastante apreciada no Brasil, segundo maior consumidor mundial



O café é uma das bebidas mais querida e consumidas pelos brasileiros. Cada vez mais, diferentes modos de preparo vem ganhando o coração dos amantes do grão, como o café turco. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
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Ailim Cabral +
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Tainá Hurtado* +
postado em 13/04/2024 07:46

 

O café é uma das bebidas mais querida e consumidas pelos brasileiros. Cada vez mais, diferentes modos de preparo vem ganhando o coração dos amantes do grão, como o café turco. -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)


Arriscamos dizer que não há quase nenhum brasileiro, ou mesmo turista visitando o país, que nunca tenha ouvido a gentil oferta. Ele está nas casas, lojas, locais de trabalho, oficinas, hospitais, hotéis, bancos. É difícil pensar em algum lugar ou estabelecimento que não tenha pelo menos uma garrafa térmica com os típicos copinhos de plástico ao lado. Nem sempre ele será gostoso, pode ser fraco ou forte demais, muito doce ou amargo, mas o fato é que o café é quase onipresente.

 

Neste domingo, é celebrado o Dia Mundial do Café. Presente em 98% dos lares brasileiros, a bebida, além de ser uma das preferidas no país, tem importante papel na nossa história, economia e vida diária.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), a tradição de “tomar um cafezinho” teve início em 1450, quando os filósofos tomavam a bebida na intenção de ficarem acordados para práticas de exercícios espirituais. Com os anos, o hábito se popularizou e se tornou um ritual social, praticado mundialmente.


Na história do Brasil, o café teve grande importância para a economia do país, principalmente durante a Primeira República, época em que os lucros das lavouras permitiram grandes mudanças e avanços para o território brasileiro. Hoje, o Brasil é o maior exportador de café no mercado mundial e o segundo entre os consumidores da bebida.

Aline Marotti, coordenadora de qualidade da ABIC, brinca que o Brasil só fica em segundo lugar porque nos Estados Unidos, o maior consumidor de café, também se considera o consumo da bebida gelada. “Eu aposto que se fôssemos contabilizar apenas o café quentinho, nós ganhávamos. Nossos dados mostram que cada brasileiro consome, em média, 1.430 xícaras de café por ano ”, conta.

Variedade brasiliense
Os métodos de preparo do café são diversos, e Brasília oferece aos apreciadores uma grande pluralidade. Segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar-DF), no ano passado, o Distrito Federal tinha mais de 300 unidades de cafeterias, além das inúmeras microtorrefadoras e fazendas produtoras instaladas nas regiões rurais da capital.

 Devido às condições climáticas favoráveis ao cultivo de café, a capital do país vem comemorando o aumento da produção do grão. Conforme dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), existem 83 agricultores no DF especializados em café e, em 2022, foram registrados um total de 1.204 toneladas do fruto em 48 hectares de área plantada em 11 regiões administrativas.

Além da grande quantidade de estabelecimentos, o Sindhobar ressalta que Brasília se destaca pela variedade e inovação. A barista Petra Moreira Cruz, técnica júnior na oficina do Espresso/BH, esteve à frente de um dos cafés mais descolados do DF durante alguns anos, o Objeto Encontrado, e afirma que o brasiliense tem à sua disposição baristas qualificados e cafés para todos os gostos.

Ela destaca que o café coado é subestimado e que as cafeterias que conseguem oferecê-lo com qualidade estão entre as preferidas. Além dele, o espresso está entre os queridinhos do público, com suas variações como mocha, latte e cappuccino. Entre os mais diferentes, Petra ressalta que a prensa francesa e o cold brew são alguns que se destacam e têm um público crescente na capital.

 

O nitrogênio café tem como missão difundir outras formas de beber café, como os drinks feitos com o Cold Brew, Coconutbrew, Pinkbrew e o especial da casa, Nitrocoffee.

O nitrogênio café tem como missão difundir outras formas de beber café, como os drinks feitos com o Cold Brew, Coconutbrew, Pinkbrew e o especial da casa, Nitrocoffee.
O nitrogênio café tem como missão difundir outras formas de beber café, como os drinks feitos com o Cold Brew, Coconutbrew, Pinkbrew e o especial da casa, Nitrocoffee.
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)


Nitrogênio

Poder tirar um momento do dia para sentar em uma cafeteria aconchegante e tomar um café saboroso e diferente é uma experiência proporcionada pelo Nitrogênio Café. Localizado na 704/705 Norte e inaugurado em 2019, a cafeteria é especializada em cold brew, um método de infusão em que a água quente não é utilizada para extração, resultando em um café refrescante e autêntico.

A maior diferença desse método é o tempo em que os grãos ficam imersos na água, natural ou fria. “Uma extração que você faz no coador, em casa, leva, no máximo, cinco ou oito minutos. O cold fica de 22 a 24 horas imerso na água, para extrair tudo que você quer”, explica o barista do Nitrogênio Café, Filipe Alcantara.

Depois do tempo de imersão, o café passa por uma dupla filtragem para eliminar qualquer tipo de borra ou resquícios, deixando o café o mais límpido possível. O cold brew é armazenado em temperaturas baixas e pode durar dias.

 

Filipe Alcantara, barista do Nitrogênio Café, explica que o café fica imerso durante 24 horas na água, garantindo um sabor único e refrescante.

 Filipe Alcantara, barista do Nitrogênio Café, explica que o café fica imerso durante 24 horas na água, garantindo um sabor único e refrescante.
Filipe Alcantara, barista do Nitrogênio Café, explica que o café fica imerso durante 24 horas na água, garantindo um sabor único e refrescante.
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
“A empresa tem como missão difundir o nitro coffee e o cold brew. Nossa cultura é mostrar que não existe só uma forma de beber café”, afirma um dos sócios do empreendimento, Joaquim Faria. O outro protagonista da cafeteria, o nitro coffee, é uma versão do cold brew pressurizado com nitrogênio, evitando a oxidação do café e aumentando a durabilidade.

A cafeteria também conta com diferentes opções de drinques e bebidas com o cold crew, doces e salgados de receita e produção próprias, espaço para crianças e, sobretudo, um ambiente acolhedor e funcional para dar aquele empurrão na produtividade, junto com um bom café.

Turco

À frente das duas franquias brasilienses do Asmars Café, Paul Sapountzakis e Rita Mendes contam que a empresa foi criada por uma família libanesa. Ao conhecer o estabelecimento em Fortaleza, no Ceará, o casal de apaixonados por café resolveu trazer a experiência para Brasília. “Somos muito consumidores de café. Quando morávamos nos EUA, tínhamos uma máquina de cada tipo dentro de casa, para ter o café do nosso jeito. E adoramos experimentar cafés diferentes”, conta Rita.

O café turco chama atenção pela areia aquecida, na qual o café passa por três ebulições antes de ser servido, sem ser coado. Paul explica que o pó tem a moagem bem mais fina que a tradicional, e é misturado com água pré-aquecida antes das ebulições.

A tradição de esquentar na areia vem do Oriente Médio e remonta à época dos beduínos árabes, que acampavam no deserto e usavam fogueiras para se aquecer durante a noite. “De manhã, a areia ao redor ainda estava quente e eles aproveitavam para fazer o café ali”, conta.

Por um lado da família, Paul tem ascendência grega e do outro libanesa, tradições muito aparentes em seus cafés. No Asmars, os entusiastas podem experimentar cinco sabores da bebida, que vão desde o tradicional até os cafés com especiarias, como pimenta, anis e cardamomo.

 

A paixão por café de Paul Sapountzakis e Rita Mendes os fizeram trazer para Brasília uma experiência única para amantes de diferentes sabores da bebida

 

 A paixão por café de Paul Sapountzakis e Rita Mendes os fizeram trazer para Brasília uma experiência única para amantes de diferentes sabores da bebida
A paixão por café de Paul Sapountzakis e Rita Mendes os fizeram trazer para Brasília uma experiência única para amantes de diferentes sabores da bebida
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Criador de laços, memórias e afetos
Não é só no âmbito econômico que o café tem valor. Socialmente, a bebida tem o poder de criar laços, memórias e afetos com aquelas que compartilham do momento prazeroso de tomar um café. Seja no intervalo do trabalho, no bolo da tarde com a avó ou na correria do dia a dia, todo mundo tem uma boa história que tenha cheirinho do grão.

O aroma de café sendo passado pode trazer lembranças, seja de uma pessoa, seja de um ambiente. Isso não é diferente para quem possui uma relação afetiva com a bebida, que traz boas memórias. “Meu pai sempre tomou café, e o cheiro me lembra dele coando um cafezinho no meio da tarde ", diz Fernanda Campos, 28 anos, também uma amante do cheiro, do gosto e da experiência de tomar um bom café. O interesse da jovem pela história do produto no Brasil a fez pesquisar e estudar as potencialidades do grão. “Por causa desse interesse, fiz cursos de barista e acabei trabalhando em uma cafeteria durante um intercâmbio na Irlanda”, conta.

A jovem normalmente toma uma xícara pela manhã, todos os dias, para ter mais disposição, porém uma pausa à tarde com um pão de queijo também é especial. “É meu momento de relaxar e de recuperar o foco para terminar o trabalho”, afirma. A jovem também gosta de frequentar boas cafeterias, experimentar diferentes tipos de extração e ter boas prosas.

 

Fernanda Campos gosta de ir a várias cafeterias experimentar métodos diferentes  de extração de café


Correio Braziliense sábado, 13 de abril de 2024

INJÚRIA RACIAL: TREINADOR DETALHA CASOS EM TORNEIO DE FUTEBOL EM ESCOLAS DO DF

 

Treinador detalha caso de injúria racial em torneio de futebol de escolas do DF


Estudantes da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima acusam alunos do Galois de chamá-los de "macaco" e "pobrinho"

 

 

pri-1202-opiniao Opinião Racismo Crianças -  (crédito: Caio Gomez)

Ofensas raciais e em virtude de classe social tornaram uma partida de futebol de salão do Torneio da Liga das Escolas, em 2 de abril, um lamentável episódio de hostilidade no esporte. Estudantes do Colégio Galois, instituição anfitriã do jogo, teriam ofendido os atletas do time adversário, da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, com termos como “macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho”. Todos os envolvidos são alunos do ensino médio, com idades entre 15 e 17 anos. Ambas escolas estão na Asa Sul.

 

O treinador da Escola Fátima, Carlos de Souza Maia, deu mais detalhes ao Correio sobre a cena que ele presenciou. “Eles também zombaram dos cabelos dos estudantes atletas da Escola Fátima e do tipo físico, pois eram muito magros, insinuando que não comiam porque passavam fome”, lamenta o treinador, que também é orientador educacional.


De acordo com Carlos, os atletas da Escola de Fátima também relataram que a torcida batia com o punho no peito imitando gestos de macaco. “Ao término do 1º tempo, foi realizada uma abordagem ao professor do Colégio Galois, pedindo uma atitude educativa, pois nossos estudantes atletas da Escola Fátima estavam sendo humilhados de maneira absurda”, conta o treinador. Ele comenta que, por parte da sua equipe, o espírito sempre foi o de participar da disputa de modo saudável e evitando qualquer possibilidade de conflito. “Considerando que nossa escola sequer levou torcida”, ressalta.

Maia também lembra que o professor do Galois foi até a torcida pedir para que parassem com as ofensas. Mesmo assim, as agressões não cessaram. “O episódio gerou um enorme dano emocional para os nossos estudantes atletas da Escola Fátima e seus familiares”, enfatiza.


Mesmo diante da situação, “apesar das expressões de ódio, ofensas e palavrões, continuamos jogando”, diz o professor. Ele pede que o caso não fique sem que providências sejam tomadas. “Não pode ser natural olhar para um grupo de jovens estudantes e vê-los chorar porque estão sendo massacrados por preconceito”, reclama.

Instituições
Em carta de repúdio direcionada à direção do Colégio Galois, a Escola Fátima informa que o ocorrido será remetido à coordenação da Liga das Escolas e à delegacia competente. O documento também pede que o Galois tome medias disciplinares e educativas cabíveis aos envolvidos.

Por mensagem à diretora da Escola Fátima, o Colégio Galois afirma que a instituição não está inerte diante do ocorrido. “Já iniciamos uma investigação interna rigorosa e estamos comprometidos em não apenas identificar os envolvidos, mas também a aplicar medidas disciplinares e ampliar, ainda mais, ações educativas necessárias pertinentes”, diz o texto.

A direção do Galois também disse que a instituição se solidariza com os alunos da Escola Fátima e se colocou à disposição para colaborar com os alunos envolvidos, com a Escola Fátima e, se necessário, com as autoridades para desenvolver iniciativas conjuntas que possam beneficiar ambas as comunidades escolares.

 


Correio Braziliense sexta, 12 de abril de 2024

PARQUE DA CIDADE: FREQUENTADRES O UTILIZAM PARA RECARREGAR ENERGIAS

 

Frequentadores utilizam o Parque da Cidade para recarregar as energias
O maior parque urbano da América Latina recebe todos os dias uma legião de pessoas que buscam lazer, esporte ou, simplesmente, curtir um momento de descontração junto à natureza

 

As amigas Maria Ângela Faria e Marisa Durães treinam para a maratona de Mendonza (Argentina)  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)




As amigas Maria Ângela Faria e Marisa Durães treinam para a maratona de Mendonza (Argentina)
- (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Foto de perfil do autor(a) Naum Giló
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É difícil imaginar Brasília sem ele. O Parque da Cidade Sarah Kubitschek, além de um respiro na paisagem do centro da capital e um luxo urbanístico, arquitetônico e estético de Oscar Niemeyer e Athos Bulcão, disponível para todos, é também um ponto de encontro para os apaixonados por esporte ou para aqueles que curtem um momento de contemplação junto à natureza. É o maior parque urbano da América Latina.

 Bosque do Parque da Cidade terá novo visual, com o plantio de novas árvores
Blog Nosso Parque da Cidade estreia no Correio Braziliense
Castelinho do Parque da Cidade: nostalgia e novas aventuras
Frequentadores do local elogiam a qualidade e a beleza do lugar, embora apontem algumas melhorias que ainda precisam ser providenciadas pela administração. Marisa Durães, 61 anos, vê no parque um lugar de paz, visual lindo e arte. Ela costuma ir lá duas vezes por semana para treinar corrida de rua. "Bem-estar da mente e do corpo", define ao se referir ao parque.

Ela se considera uma usuária proativa do parque e costuma ir à administração para reportar qualquer problema estrutural que identifique no espaço. "Os principais problemas são banheiros e bebedouros e a administração nos atende, na medida do possível", relata a servidora pública aposentada que, junto à amiga, Maria Angela Faria Ribeiro, 67, treina para a maratona de Mendoza (Argentina), ainda este mês. O Parque da Cidade é parte fundamental da preparação.

"Aqui é maravilhoso, a gente faz amizade, corre. A gente é feliz aqui", avalia Ribeiro, que leva a mesma rotina de treinos no parque que Marisa. E as reclamações também são as mesmas: "Falta bebedouro, alguns não funcionam. E os banheiros sempre têm problema", observa.

 O professor universitário Isaque Carvalho marca presença no parque seis vezes por semana, quando pratica caminhada, musculação e alongamento. "Tenho 52 anos, preciso praticar algo por conta da massa muscular, colesterol, essas coisas. Além de proporcionar saúde, o parque também é muito bonito, arborizado e limpo, o que traz uma experiência anímico-espiritual, traz uma leveza para a alma", descreve Carvalho, que acredita que nada é tão bom que não possa ser melhorado. "É sempre bom estar conservando, melhorando os equipamentos e a jardinagem. É conveniente tratar o parque como um jardim, cujo cuidado é diário", afirma.

A empresária Rayssa Vieira, 27, pratica futevôlei em uma das quadras de areia do parque, duas vezes por semana. "O parque é descanso, lazer. Aqui, eu me sinto parte da cidade. É a cara de Brasília ter isso no meio da cidade. É para usar como quiser, seja por esporte, seja só para contemplar", avalia Rayssa. Para a empresária, a manutenção é o mais importante do que está em falta. "Manutenção dos banheiros, ter lugares para sentar e bebedouros, que eu ainda acho que são poucos. Pra eu pegar água tenho que ir muito longe", reclama.

O esporte de José Roberto Santos, 66, é o ciclismo, que ele pratica três vezes por semana no parque. "Aqui é indescritível. Se fosse para pagar, não teria preço. Encontramos pessoas de todas as regiões do DF. As tardes e as manhãs de sol são maravilhosas. Aqui, você encontra oxigênio puro e o verde e anda com uma certa segurança", observa.

Para o advogado, o problema é a falta de sinalização. "Pedestres e ciclistas acabam invadindo a pista um do outro, o que é perigoso, principalmente para quem vem de fora", adverte.

Administração
O administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, conversou com o Correio a respeito das demandas dos frequentadores e de melhorias que vêm sendo implementadas no bem público. Todi informa que o parque tem, ao todo, seis bebedouros, sendo que um está em manutenção, o do Estacionamento 3 (onde foram retirados os pinheiros). "Já foi enviado um processo para a Secretaria de Esportes e Lazer para a aquisição de 10 novos equipamentos", disse o administrador, sem precisar a quantidade exata de novos bebedouros.

Sobre os banheiros, que vêm passando por reforma, ele diz que a empresa contratada já está retirando os tapumes e que, em breve, deve entregar a parte interna deles, que tiveram as redes elétrica e hidráulica trocadas. Segundo o administrador, a Neoenergia já fez a vistoria a fim de instalar a iluminação. "Agora, devemos priorizar a parte estética, sem atrapalhar a utilidade dos banheiros, que são revestidos por azulejos de Athos Bulcão", informa Todi, que lembra que o Castelinho foi recentemente reformado.

A falta de segurança dentro do parque é um dos problemas que o próprio administrador reconhece. "Assim como os comerciantes, a gente sofre muito com depredação e furtos de cabos. A Polícia Militar do DF (PMDF) tem atuado, mas entendemos que é preciso reforçar ainda mais a segurança dentro do parque. Para isso, estamos com um plano com o 1º Batalhão", esclarece Moreno, que também afirma que já foi enviado um pedido para a empresa contratada de mais agentes para garantir a segurança interna do parque e conter a depredação.

Piscina de ondas
A respeito da piscina de ondas do Parque da Cidade, cujo retorno vem sendo anunciado pelo governo há alguns anos, Todi Moreno diz que já foi divulgado o aviso de licitação e que a empresa responsável pelas obras deve ser anunciada até 4 de junho deste ano. A reforma deve ser feita junto à Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que administra essa parte. "Até o final deste governo (2026), a nova piscina de ondas deve sair", promete o administrador.


Correio Braziliense quinta, 11 de abril de 2024

DENGUE: COM ATENDIMENTO 24h, NOVA TENDA DO GUARÁ COMEÇOU A FUNCIONAR NESTA QUINTA, 11 DE ABRIL

 

Com atendimento 24h, nova tenda do Guará começou a funcionar nesta quinta
Os atendimentos foram iniciados às 7h. A previsão é de que todas as novas tendas estejam abertas até o fim de abril

 

 A previsão é de que as outras 10 tendas sejam entregues ainda neste mês de abril.   -  (crédito: Ed Alves/ CB Press)


INÍCIO
CIDADES DF

A previsão é de que as outras 10 tendas sejam entregues ainda neste mês de abril.
- (crédito: Ed Alves/ CB Press)
A previsão é de que as outras 10 tendas sejam entregues ainda neste mês de abril. - (crédito: Ed Alves/ CB Press)
Foto de perfil do autor(a) Letícia de Oliveira Guedes
Letícia de Oliveira Guedes +
postado em 11/04/2024 10:29
Uma das 11 novas tendas de acolhimento dos pacientes com dengue iniciou os atendimentos nesta quinta-feira (11/4), às 7h, no Guará. A unidade fará atendimentos 24h. A previsão é de que as outras 10 tendas sejam entregues ainda neste mês de abril.

 

As próximas a entrarem em funcionamento serão as unidades do Gama, Paranoá e Planaltina, com previsão de funcionamento até o dia 21 de abril, de acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). As estruturas atuarão como hospitais de campanha, próximos a unidades de saúde, como hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e UBSs, com o objetivo de desafogar os hospitais e acelerar o atendimento aos pacientes.


A nova tenda tem consultórios, espaço de triagem, salas de medicação e equipamentos essenciais, incluindo aparelhos de ar-condicionado para a climatização do ambiente. Toldos de revestimento também foram instalados. Eles darão a proteção necessária aos pacientes e profissionais de saúde que utilizarão esses espaços. A tenda tem capacidade para atender até 150 pacientes diários.

A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, reforça que todas as UBSs continuarão a atender casos de dengue, com aumento das salas de hidratação, e que as tendas são pontos extras de atendimento. “Somados às tendas já existentes, os novos pontos irão evitar que a população se desloque a um hospital para conseguir atendimento. Isso reflete em uma resposta mais rápida aos sintomas”, explica Lucilene Florêncio.

A ampliação da oferta de atendimento especializado faz parte das medidas emergenciais adotadas pelo GDF no enfrentamento à epidemia de dengue. A gerente da UBS 1 do Guará, Rosineide Antunes, afirma que a estrutura irá desafogar os atendimentos na unidade. “Estamos sobrecarregados em razão do aumento dos casos de dengue. Trata-se de uma ajuda muito bem-vinda, em um momento em que os casos seguem em alta”, afirma.

 

Desde o início do ano, o DF conta com nove tendas de hidratação espalhadas por várias regiões: Sol Nascente, Brazlândia, Ceilândia, Estrutural, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião e Sobradinho. Como suporte à assistência nas UBSs, entre 20 de janeiro e 14 de abril, os espaços atenderam mais de 63 mil pacientes, uma média de 1,2 mil por dia.


Atendimento

O atendimento dos pacientes será feito por uma equipe selecionada pelo vencedor do edital de chamamento público para a formação do convênio. Além de uma equipe própria, a instituição responsável fornece toda a parte estrutural, além de insumos e medicamentos.

 

A tenda terá um coordenador, três médicos (entre esses, um pediatra), um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, dois técnicos de laboratório, um especialista em laboratório (biomédico ou farmacêutico bioquímico), dois apoios administrativos, um farmacêutico, além de equipe para a limpeza e segurança.

Confira onde serão instaladas as novas tendas de acolhimento a pacientes com sintomas de dengue:

 


Com funcionamento 24h
Guará: em frente à UBS 1
Gama: estacionamento do Hospital Regional do Gama (HRG)
Paranoá: estacionamento do Hospital da Região Leste (HRL)


Com funcionamento diário, das 7h às 19h
Planaltina: estacionamento do Hospital Regional de Planaltina (HRP)
Plano Piloto: estacionamento do Hospital Regional da Asa Norte (Hran)
Vicente Pires: estacionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
Taguatinga: estacionamento do ambulatório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT)
Águas Claras: estacionamento da UBS 1 do Areal
Ceilândia: estacionamento do Hospital Regional de Ceilândia (HRC)
Samambaia: estacionamento da UBS 7
Varjão: atrás da UBS 1.

 


Correio Braziliense quarta, 10 de abril de 2024

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: TROCAR CARNE VERMELHA POR PEIXE, PODE EVITAR MORTES ASSOCIADAS À ALIMENTAÇÃO

 

Trocar carne vermelha por peixes pode evitar mortes associadas à alimentação

Eliminar ou reduzir da dieta a carne vermelha em favor de peixes pequenos e ricos em ômega 3 pode evitar, todos os anos, 750 mil mortes precoces associadas à alimentação. No Brasil, haveria 34% menos óbitos pelas mais variadas doenças

 
Pescados como a sardinha estão entre os recomendados pelos pesquisadores: com o preço acessível e ainda protegem o coração -  (crédito: Freepik)
Pescados como a sardinha estão entre os recomendados pelos pesquisadores: com o preço acessível e ainda protegem o coração - (crédito: Freepik)
 
Paloma Oliveto 
postado em 10/04/2024 06:00 / atualizado em 10/04/2024 07:36

Trocar a carne vermelha por peixes forrageiros marinhos — espécies pequenas que servem de alimento para aquelas de criadouro — pode evitar 750 mil mortes prematuras por ano até 2050, diz um estudo publicado na revista British Medical Journal Global Health. Segundo os autores, adotar uma dieta em que a principal fonte proteica são a sardinha, o arenque e a anchova, por exemplo, pode "reduzir significativamente a prevalência de incapacidades resultantes de doenças relacionadas com a alimentação"

A pesquisa, do Instituto Nacional de Estudos Ambientais, no Japão, ressalta que, especialmente nos países de baixa renda e em desenvolvimento, esses peixes são baratos e abundantes. Além disso, devido ao aumento de consumo de alimentos ultraprocessados, a população dessas regiões têm sofrido um forte impacto das doenças cardiovasculares.

"Cada vez mais evidências associam o consumo de carne vermelha e processada a riscos aumentados de doenças não transmissíveis, que foram responsáveis por cerca de 70% de todas as mortes mundiais em 2019", disse, em nota, o epidemiologista Shujuan Xia, principal autor do artigo. "Desses óbitos, as doenças coronárias, os acidentes vasculares cerebrais, a diabetes e o câncer do intestino representaram quase metade (44%)."

Ácidos graxos

"Peixes como sardinha contêm gorduras insaturadas, consideradas boas por proteger a saúde cardiovascular e reduzir o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer", explica a nutricionista clínica Juliana Vieira, de São Paulo, acrescentando salmão e atum à lista. "Essa propriedade se deve à presença dos ácidos graxos ômega-3, que combatem e previnem a atividade inflamatória, um forte fator de risco para tumores malignos. A carne vermelha é rica em gorduras saturadas e favorece a inflamação, por isso, o excesso deve ser evitado", ensina.

Além das propriedades de proteção cardiovascular, peixes forrageiros marinhos são abundantes em cálcio e vitamina B12, destaca o estudo publicado ontem. Além disso, têm a pegada de carbono mais baixa do que qualquer outra fonte animal, com menos emissão de gases de efeito estufa.

Renda

A análise mostrou que, no primeiro cenário, a adoção de uma dieta prioritariamente composta por peixes forrageiros poderia "proporcionar benefícios substanciais à saúde pública, particularmente em termos de redução da ocorrência de doenças coronarianas". Nos países com menor consumo de pescado, especialmente nos de renda baixa e média, o fardo dessas enfermidades seria reduzido substancialmente, mostra a pesquisa.

 Globalmente, caso os países priorizassem o abastecimento interno com peixes forrageiros e estimulassem essa fonte de proteína em substituição ao gado, aos ovinos e aos caprinos, entre 500 mil e 700 mil mortes por doenças relacionadas à alimentação seriam evitadas por ano, até 2050. Além disso, a mudança no cardápio poderia evitar 15 milhões de anos vividos com deficiências associadas à dieta.

No Brasil, país onde o consumo de carne vermelha é considerado alto, 34% de óbitos prematuros relacionados à alimentação, especialmente por doenças cardiovasculares, diabetes e câncer colorretal, poderiam ser evitados, diz o estudo. Os autores recomendam uma agenda nutricional no Hemisfério Sul que priorize a alimentação à base de peixes forrageiros, especialmente aqueles mais abundantes local e nacionalmente.

Dieta mediterrânea

Para os países sem litoral e sem acesso direto aos produtos marinhos, como algumas nações africanas, a Mongólia e o Turquemenistão, o comércio global de peixe forrageiro precisaria de ser expandidos, diz a pesquisa. Os autores também defendem estratégias como informação sobre o impacto da carne vermelha nas mudanças climáticas nas embalagens desses produtos, assim como a educação dos consumidores sobre o elevado valor nutricional — e o baixo nível de químicos — desse tipo de pescada.

"A oferta limitada de peixe forrageiro não é suficiente para substituir toda a carne vermelha", reconhecem os autores. "Mas aumentar o consumo diário per capita de peixe para perto do nível recomendado de 40 kcal, na maioria dos países, poderia reduzir mortes por doenças coronarianas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e câncer do intestino em 2% em 2050", defendem.

Os autores também destacam que, nos países com baixo consumo de peixe, o estímulo à adoção de uma dieta no estilo mediterrâneo pode apresentar bons resultados no combate às doenças relacionadas à alimentação.

 

Correio Braziliense terça, 09 de abril de 2024

ESQUINA MINEIRA: MILTON NASCIMENTO SERÁ HOMENAGEADO SEX-FEIRA E SÁBADO PRÓXIMOS

 

Milton Nascimento será homenageado sexta-feira e sábado próximos na segunda edição do Complexo Cultural do Choro por Wagner Tiso, pianista mineiro

 

 2022. Crédito: Marcos Hermes/Divulgação. Cultura. O cantor e compositor, Milton Nascimento. -  (crédito:  Marcos Hermes/Divulgação)
O cantor e compositor, Milton Nascimento. - (crédito: Marcos Hermes/Divulgação)
Foto de perfil do autor(a) Irlam Rocha Lima
Irlam Rocha Lima 
postado em 09/04/2024 05:00

Sempre mantive-me atento aos movimentos que ocorreram na música popular brasileira desde a Jovem Guarda, liderada por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, na segunda metade da década de 1960. O programa, apresentado por eles na TV Record, era líder absoluto de audiência no horário e mantinha o espectador em frente ao aparelho de televisão no final das tardes de domingo.

Da mesma geração, Milton Nascimento despontou com grande destaque no Festival Internacional da Canção, em 1968, ao interpretar Travessia, que compôs em parceria com Fernando Brant. Logo depois, no começo da década de 1970, o Bituca (como é chamado pelos mais próximos) fundou, em Belo Horizonte, o Clube da Esquina, na companhia dos irmãos Lô e Márcio Borges, Beto Guedes, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Wagner Tiso, Toninho Horta, Flávio Venturini, Tavinho Moura, Tavito e Robertinho Silva.

O Clube da Esquina gerou um álbum duplo homônimo, que foi escolhido por críticos musicais e jornalistas especializados como o mais importante da história do nosso cancioneiro. Cultuado no Brasil e no exterior, traz clássicos da importância de Cais, Cravo e canela, Nuvem cigana, O trem azul, San Vicente e Um girassol da cor do seu cabelo. São composições que fundem elementos da Bossa Nova, Beatles, jazz, ritmos latinos e rock progressivo.

Pois bem, esse movimento sob foco da cineasta Ana Rieper gerou Nada será como antes — A música do Clube da Esquina, que tem por base o álbum e livros sobre o movimento. O documentário está em cartaz nos cinemas do país, inclusive em sala do Espaço Itaú de Cinema do Casa Park, em Brasília.

 

Em novembro de 2019, Milton e Lô se aprersentaram no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com o show comemorativo dos 50 anos do Clube da Esquina e emocionaram a plateia que superlotou aquele espaço cultural, ao interpretarem todas aquelas canções emblemáticas do icônico movimento. Milton Nascimento será homenageado sexta-feira e sábado próximos na segunda edição do Complexo Cultural do Choro por Wagner Tiso, pianista mineiro ao lado do qual deu início a sua trajetória artística, em Belo Horizonte.


Correio Braziliense segunda, 08 de abril de 2024

CAMPEONATO PAULISTA 2024: PALMIERAS BATE O SANTOS POR 2 X 0 E CAMPEÃO

A maturidade de Endrick para decidir e se divertir na “Disney” de Abel

 

Publicado em Esporte

Em 2013, Neymar teve a oportunidade de conquistar o último título antes da transferência para Europa. Flertava com Real Madrid e Barcelona antes de escolher o clube catalão. Levou o Santos à final do Campeonato Paulista contra o Corinthians e poderia brindar o Peixe com o tetra consecutivo. Liderado por Tite, o Timão não permitiu. Venceu na ida por 2 x 1, no Pacaembu, segurou empate por 1 x 1 na Vila Belmiro, e Neymar foi embora sem ganhar nada naquela temporada. O último capítulo de outro fora de série, Endrick, no Estadual mais badalado do país, teve final feliz.

 

Aos 17 anos, a joia vendida pelo Palmeiras ao Real Madrid por 45 milhões de euros deu adeus ao Estadual comandando o tricampeonato alviverde. O Santos havia vencido na Vila Belmiro por 1 x 0. O Verdão era obrigado a triunfar por dois gols de diferença no Allianz Parque. Conseguiu, pois tem quem desequilibra. Aos 17 anos, Endrick tem maturidade para se divertir na Disney de Abel Ferreira. O Palmeiras brinca de ganhar títulos e transforma alguns torneios em um parque de diversão. Foi assim contra São Paulo, Água Santa e Santos no Paulistão.

 

Endrick recebe cartão amarelo aos 21 minutos do primeiro tempo. Sofreu pênalti polêmico aos 29 não marcado por Raphael Claus e revisado demoradamente pelo VAR. Dá a bola na mão de Raphael Veiga, o meia converte e o Palmeiras sai na frente dentro de casa. Pilha o estádio.

 

Parceiro de Flaco López no 3-4-1-2 de Abel Ferreira, Endrick foi novamente coadjuvante no lance do gol do título. É quem recebe o cruzamento na esquerda e repassa a bola rapidamente ao Piquerez. O lateral deixa Otero no chão e cruza na medida para Flaco López dar assistência de cabeça para quem invadiu a área como um centroavante. O volante Aníbal Moreno estufou a rede e decretou o último título de Endrick no Palmeiras.

 

Um dia, Abel Ferreira mandou Endrick brincar na Disney, curtir um pouco a adolescência antes de subir para o elenco profissional. O menino foi para Orlando com a família. Promovido ao time principal, o prodígio colecionou cinco títulos: um bicampeonato no Brasileirão em 2022 e em 2023, uma Supercopa do Brasil em 2023 e dois no Campeonato Paulista em 2023 e em 2024.

 

Dos 10 títulos de Abel Ferreira no Palmeiras desde o desembarque no clube na pandemia do coronavírus, em 2020, cinco foram com Endrick no elenco profissional. Pelo menos três com o protagonismo dele: a arrancada no Brasileirão de 2023 e os últimos dois estaduais. 

 

O moleque também ajudou a transformar a passagem de Abel Ferreira pelo futebol brasileiro em uma espécie de Disney. Um parque de diversão na conquista de títulos em série. Endrick ajudou Abel a igualar a coleção de glórias de Oswaldo Brandão e a se tornar um dos recordistas na história do clube. Pode se isolar caso ganhe a Copa do Brasil, o Brasileirão ou a Libertadores no segundo semestre. Sem o Endrick. A despedida rumo ao Real Madrid está cada vez mais próxima. Vai fazer muita falta. 

 


Correio Braziliense domingo, 07 de abril de 2024

ZIRALDO: VELÓRIO SERÁ REALIZADO NO MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO

 

ZiraldoEscritor e ilustrador91 anos -  (crédito: Divulgação)

Velório de Ziraldo é realizado no Museu de Arte Moderna do RJ

Criador do 'Menino Maluquinho' morreu dormindo na tarde de sábado (6/4) aos 91 anos

 
Cartunista Ziraldo, durante visita ao Jornal Correio Brasiliense, em 2016 -  (crédito: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)
Cartunista Ziraldo, durante visita ao Jornal Correio Brasiliense, em 2016 - (crédito: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)
Camilla Germano 
Ronayre Nunes 
postado em 07/04/2024 10:28

O velório do cartunista, jornalista, chargista, pintor e escritor Ziraldo Alves Pinto, que morreu na tarde de sábado (6/4), aos 91 anos, será realizado neste domingo (7/4), na parte da tarde, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O sepultamento será às 16h30, no Cemitério São João Batista. 

Segundo informações da assessoria de imprensa da família do cartunista, Ziraldo morreu por volta das 15h deste sábado. Ele estava em casa e dormia.

De acordo com a Agência Brasil, a família chegou a divulgar na noite de sábado que o velório ocorreria na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), mas, horas depois, soltou um novo comunicado com o novo local. A Associação Brasileira de Imprensa confirmou a mudança de local e anunciou que o velório vai começar a partir das 10h e terminará às 15h.

Carreira ilustre da arte brasileira

Além do popular O menino maluquinho, as obras de Ziraldo permeiam a arte infantil brasileira. O primeiro trabalho de Ziraldo data de 1939 (com apenas 6 anos de idade). Trata-se de um ilustração publicada no jornal A Folha de Minas — onde anos depois, em 1954, passou a comandar uma página de humor.

A Turma do Pererê foi o primeiro trabalho nacional em quadrinhos e mergulhou no folclore brasileiro. O material parou de circular com o advento da ditadura militar em 1964. Cinco anos depois, Ziraldo fundou o periódico O Pasquim — com importante posicionamento político.

 


Correio Braziliense sábado, 06 de abril de 2024

CARNAVAL 2025: CONHEÇA OS ENREDOS DAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO

 

Carnaval 2025: conheça os enredos das escolas de samba do Rio

Seis das 12 escolas do Grupo Especial revelaram os temas dos enredos. Confira

 
 
Milton Nascimento é o homenageado pelo enredo da Portela -  (crédito: Instagram miltonbitucanascimento/Reprodução)
Milton Nascimento é o homenageado pelo enredo da Portela - (crédito: Instagram miltonbitucanascimento/Reprodução)
 
Talita de Souza 
postado em 05/04/2024 23:56

O Carnaval 2025 será marcado por enredos que homenageiam desde cantores e compositores renomados, como Milton Nascimento, até um veterano carnavalesco que morreu por complicações da covid-19.

 

Portela

Milton Nascimento será o homenageado da Portela na Marquês da Sapucaí. O enredo tem o nome “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol”. No Instagram, Milton disse ter recebido o convite de retratação de sua história com “muita emoção”.

“Que honra ser homenageado pela escola com mais títulos na história, a Majestade do Samba! Vejo vocês na avenida! 'A nossa procissão sai de Madureira, e é a estrada que vai fazer o sonho acontecer!'”, escreveu. O enredo será de responsabilidade do carnavalesco Toin Gonzaga.

Paraíso do Tuiuti

A escola de samba comemora 72 anos nesta sexta-feira (5/4) e escolheu, como presente, revelar o enredo de 2025: será sobre Xica Manicongo, considerada a primeira travesti do Brasil. “Quem tem medo de Xica Manicongo?” será desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos.

 
 

Unidos da Tijuca

A história de Logunedé, fruto da relação amorosa entre Oxum e Oxossi, será o tema do enredo da Unidos da Tijuca. A entidade foi explicada em publicação no instagram da escola. “Rio que corre na mata. Num tempo, ele caça; no outro, dança no fundo do rio. Em uma mão, o ofá de Inlé; na outra, o abebé de Ipondá. O caçador e a senhora dos rios e cachoeiras. Metade pai, metade mãe. Tem a bravura do guerreiro e a beleza da iabá do ouro. Santo menino de nobreza ijexá que os mais velhos reverenciam. Em 2025, a Tijuca é Logunedé!", diz a postagem.

O carnavalesco Edson Pereira será o responsável por desenvolver o tema.

Imperatriz Leopoldinense

Sem divulgar o título do enredo e a sinopse, a Imperatriz Leopoldinense contou a essência do que levará para a Marquês: “a história resguardada pelo Itã que narra a ida de Oxalá ao reino de Oyó com a intenção de visitar Xangô”.

“Itãns são relatos da mitologia iorubá. Conhece-los, é ter acesso às bases que estruturam o culto aos orixás. Mergulhado nesse rico universo ancestral marcado pela oralidade, a Imperatriz dá partida ao Carnaval que virá”, explica a escola.

 

O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira.


Beija-Flor

A Beija-Flor escolheu homenagear um antigo membro conhecido da escola, o Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla. Como diretor de carnaval, ele foi responsável por uma sequência de título da escola entre os carnavais de 199 e 2018. Laíla morreu em junho de 2021 por consequência da covid-19.

 


Acadêmicos do Grande Rio

O enredo da Acadêmicos do Grande Rio foi revelado em fevereiro por Helder Barbalho, governador do Pará. O motivo? O estado será o grande homenageado da escola de Duque de Caxias em 2025.

    

Correio Braziliense sexta, 05 de abril de 2024

INJÚRIA E RACISMO: CRESCEM CASOS NO DISTRITO FEDERAL

 

Crescem casos de injúria e racismo no Distrito Federal

No Distrito Federal, onde 57,3% da população se declara negra, crimes resultantes de preconceito de raça têm crescido nos últimos anos. Especialista acredita que há subnotificação dos casos. O Correio traz histórias de brasilienses que foram vítimas desses crimes

 
Crescem casos de injúria e racismo no Distrito Federal -  (crédito: pacifico)
Crescem casos de injúria e racismo no Distrito Federal - (crédito: pacifico)
 
Mila Ferreira 
postado em 05/04/2024 05:45

Crimes cruéis e que não prescrevem, o racismo e a injúria racial têm crescido na capital do país. No Distrito Federal, uma unidade federativa onde a maioria absoluta da população se declara negra, os crimes têm aumentado nos últimos três anos (veja quadro). Vítimas que sofreram na pele o preconceito de raça contaram suas histórias ao Correio. Especialista destaca que, apesar de as pessoas estarem denunciando mais, ainda há uma expressiva subnotificação desse tipo de crime.

De acordo com a série Retratos Sociais, análise divulgada em 2023 pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), no DF, 57,3% das pessoas se declaram negras. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), entre 2022 e 2023, os casos de injúria racial no DF cresceram 12,1%, enquanto os casos de racismo aumentaram 39,2%. Entre 2021 e 2022, o crescimento nos casos de racismo na capital do país foi de 75% e de injúria, 10%. A nível nacional, a situação não é diferente. Ainda de acordo com a SSP, o Plano Piloto é a região administrativa com maior número de casos de racismo e injúria racial.

Segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que faz o levantamento dos dados do Brasil inteiro, entre 2021 e 2022, os casos de racismo aumentaram 29,9%, enquanto as denúncias de injúria racial cresceram 35% no mesmo período.

Nem sempre a vítima se sente à vontade para denunciar. É o caso do estudante de engenharia civil Renan Gomes, de 20 anos. O jovem relata que já sofreu racismo e injúrias várias vezes, inclusive na Universidade de Brasília (UnB), onde estuda. "Ano passado, aconteceu um episódio que foi o que mais me marcou. Eu estava caminhando rumo ao restaurante e, do nada, um rapaz gritou me chamando de macaco. Uma ofensa gratuita. Fiquei em choque, sem saber o que fazer", conta. "Demorei algumas horas para processar o que tinha acontecido. Não denunciei e nem contei para ninguém, pois fiquei sem reação, só continuei caminhando", acrescenta. Renan disse que em um determinado momento, pensou em voltar e bater em seu agressor, mas decidiu não usar a violência para retribuir outra violência. "Preferi sofrer em silêncio. Mas me marcou bastante, principalmente por ter acontecido dentro da universidade, que seria um ambiente seguro, de acolhimento. Fiquei muito tempo remoendo isso dentro de mim", finaliza.

 

Jaeni Azevedo, especialista em direito penal e processual penal e coordenadora do setor criminal da Advocacia Riedel, acredita que as pessoas estão denunciando mais, mas que ainda existe uma expressiva subnotificação dos casos de racismo e injúria no Brasil. Ela explica ainda que testemunhas do crime também podem denunciar. "Ainda que a vítima não tenha registrado a ocorrência do crime, outras pessoas, eventualmente, podem tomar essa providência e fazer a ocorrência. É o que chamamos de ação penal pública incondicionada. Não precisa da manifestação da vítima para que o crime seja apurado e os responsáveis processados e, se for o caso, condenados", detalha.

A produtora cultural e estudante de artes cênicas Sofia Chaves, de 24 anos, sofreu um episódio de racismo que também marcou sua trajetória estudantil. Quando estava fazendo a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a jovem foi interrompida e repreendida pela fiscal de prova por conta do cabelo crespo e volumoso. "Eu estava fazendo a prova com meu cabelo solto, que era como eu gostava de usá-los, e ela me interrompeu três vezes pedindo para que eu tirasse o cabelo do rosto porque ela precisava vê-lo, sendo que meu rosto estava à mostra, senão eu não conseguiria fazer a prova", detalha. "Depois disso, ela me trocou de lugar. Eu estava sentada na última cadeira, que foi onde fui designada a sentar, e ela me colocou para sentar na carteira em frente à mesa dela. Eu já estava desconcentrada e constrangida com tudo isso quando ela pediu que eu prendesse o meu cabelo. Me senti violada enquanto fazia a prova mais importante da minha vida. Eu não estava fazendo nada de errado e fui confrontada", conclui.

Inafiançável

Em 2023, os crimes de racismo e injúria racial foram equiparados perante a lei. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 14.532, de 11 janeiro de 2023, altera a Lei do Crime Racial (7.716/1989) e o Código Penal para tipificar a injúria racial como racismo. Dessa forma, não há mais distinção entre as duas terminologias.

As punições são as mesmas e ambos os crimes são tratados com a mesma gravidade perante a justiça. Com a equiparação dos crimes, a pena foi agravada e agora é de reclusão de dois a cinco anos, além de multa, podendo ser aumentada de 1/3 até a metade se o crime for cometido em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação, ou ainda por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las. A pena também poderá ser aumentada para metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas.

Homofobia

Em agosto de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu atos ofensivos praticados contra pessoas LGBTQIAPN como injúria racial. Em 2019, a Corte havia criminalizado a homofobia como forma de racismo. No entanto, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) entrou com recurso solicitando ampliação da decisão. Segundo a entidade, decisões tomadas por juízes em todo o país passaram a reconhecer a homofobia como crime de racismo somente nos casos de ofensas contra o grupo LGBTQIA . Pelas decisões, a injúria racial, que é proferida contra a honra de um indivíduo, não poderia ser aplicada com base na decisão da Corte. Com a decisão, quem for responsável por atos dessa natureza também não terá direito a fiança nem limite de tempo para responder judicialmente.

 

grafico racismo
grafico racismo(foto: pacifico)

 

 

 


Correio Braziliense quinta, 04 de abril de 2024

BRASILEIRÃO 2024: VASCO PERDE PAYET PARA O INÍCO DA COMPETIÇÃO

 

Vasco perde Payet para o início do Brasileirão

Dimitri Payet lesionou o joelho direito e desfalcará o Vasco no Brasileirão

 
Dimitri Payet lesionou o joelho direito e desfalcará o Vasco no Brasileirão -  (crédito: Foto: Leandro Amorim/Vasco)
Dimitri Payet lesionou o joelho direito e desfalcará o Vasco no Brasileirão - (crédito: Foto: Leandro Amorim/Vasco)
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Jogada10
postado em 03/04/2024 21:58

O Vasco informou na noite desta quarta-feira que o meia Dimitri Payet não poderá atuar por pelo menos quatro semanas. A razão da ausência do francês é uma lesão no joelho direito. Dessa forma, o jogador desfalcará o time no início do Campeonato Brasileiro. A estreia do Gigante da Colina na competição é dia 13, contra o Grêmio, no Rio de Janeiro.

Veja a Nota Oficial do Vasco

“O atleta Dimitri Payet iniciou imediatamente, na última terça-feira, o tratamento de uma entorse no ligamento colateral medial do joelho direito.”

 

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Correio Braziliense quarta, 03 de abril de 2024

LATICÍNIOS: POR QUE PREÇO DO LEITE DESABOU, MAS QUEIJO E MANTEIGA CONTINUAM CAROS?

 

Por que preço do leite desabou, mas queijo e manteiga continuam caros?

Importação recorde em 2023 derrubou preço do leite e acelerou a saída de pequenos produtores da atividade – mas os preços do queijo e da manteiga não caíram. Perguntamos a agentes da cadeia leiteira por que isso acontece.

 
BBC
Thais Carrança* - Da BBC News Brasil em São Paulo
postado em 03/04/2024 05:03 / atualizado em 03/04/2024 09:32

"A desculpa para o preço dos derivados do leite subirem sempre foi o preço do próprio leite e o dólar. Pois bem, o leite está praticamente a metade do que era há um ano atrás, e o dólar está estabilizado faz tempo. Qual é a desculpa agora para o queijo custar 50 paus o quilo?"

O questionamento é de um consumidor de Botucatu, no interior de São Paulo, e foi publicado em fevereiro deste ano nas redes sociais.

No IPCA, índice de inflação oficial do país medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, o leite longa vida acumula queda anual de 7,9% até fevereiro, mas o queijo recuou apenas 0,82% no mesmo período.

Um levantamento da empresa de pesquisa de mercado Kantar Worldpanel mostra um quadro ainda menos favorável para o preço dos laticínios.

Entre janeiro do ano passado e igual mês deste ano, o preço médio por quilo dos queijos em geral subiu 9,7%, e o da manteiga, 12,3%, conforme esses dados.

A mussarela, tipo de queijo mais consumido no país e que representa mais de 60% do volume de mercado, ficou 3,7% mais cara no período.

A alta de preços foi maior para o minas frescal (19,7%) e os queijos especiais (20%), como brie, cheddar, colonial, cottage, gorgonzola, entre outros, segundo a Kantar.

Mas, em um momento em que os preços da manteiga e do queijo subiam nos supermercados, a vida não esteve nada fácil para os produtores de leite.

No ano passado, em meio a importações recordes de leite em pó, o preço médio do litro de leite pago ao produtor despencou.

Passou de R$ 3,57 para R$ 1,97 entre agosto de 2022 e outubro de 2023, uma queda de 45%, segundo a série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP).

Neste início de ano, o valor voltou a subir um pouco e ficou em R$ 2,14 em janeiro – ainda 40% abaixo da máxima recente de R$ 3,57 registrada em agosto de 2022.

Com a queda acentuada de preços, pequenos produtores de leite têm abandonado o setor no Brasil – fenômeno crescente ano após ano, e que acontece também em outros países.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o número de produtores de leite vinculados à indústria recuou 18% entre 2021 e 2023, passando de 40.182 para 33.019, segundo o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS).

Em relação a 2015, quando o Estado tinha 84.199 produtores, a queda é de 61% em oito anos.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior Estado produtor de leite do país, com participação de 12,4% da produção nacional em 2021, segundo o IBGE, atrás apenas de Minas Gerais (27,2%) e Paraná (12,5%).

Mas o que explica esse cenário contraditório? Por que o preço do leite desabou, prejudicando produtores, mas o preço do queijo e da manteiga não cai?

Por que o preço do leite desabou

Antes de entrar na questão do preço dos laticínios, é preciso entender por que o leite encareceu tanto no Brasil em 2022 e, depois, despencou no ano passado.

Entre os fatores que levaram à forte alta do preço naquele ano estão uma menor produção, impactada pela estiagem prolongada no Sul do país, como consequência do fenômeno climático La Niña.

Também pesaram uma forte alta de custos, principalmente dos grãos (usados para alimentar os animais) e dos combustíveis, impactados pela guerra na Ucrânia e pelo aumento das exportações, devido ao real desvalorizado à época, lembra Natália Grigol, pesquisadora de leite do Cepea.

A alta de preços incentivou investimentos na produção, mas, como a pecuária leiteira é uma atividade de ciclos longos, esses investimentos só começaram a se refletir em um aumento da produção em meados de 2023.

O crescimento tardio da oferta interna veio acompanhado, no entanto, de um forte aumento da importação, fruto de um ganho de competitividade do leite em pó oferecido por países vizinhos, como Argentina e Uruguai, em relação ao produto brasileiro.

Em 2023, o Brasil importou um recorde de US$ 853,6 milhões (cerca de R$ 4,3 bilhões) em leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga ou queijo, alta de 66% em relação ao ano anterior e maior valor da série da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do governo federal.

O Brasil é tradicionalmente um país importador de lácteos, explica Grigol, porque, apesar de ser o quarto maior produtor de leite do mundo – atrás de Índia, EUA e Paquistão –, a produção nacional não é suficiente para abastecer o mercado interno.

"O problema é que, em 2023, muito rapidamente, as importações que correspondiam em média a 3%, 4% – nunca passavam de 5% – da nossa produção, chegaram a representar 9%, 10%", diz a pesquisadora do Cepea.

"É uma situação que bota uma pressão [sobre os preços], em um período em que o consumidor ainda passava por um momento de recomposição de renda."

Ou seja, o preço do leite caiu, num momento em que os brasileiros ainda se recuperavam do baque econômico da pandemia e controlavam o consumo. Foi uma combinação de fatores que prejudicou o setor leiteiro.

Mas, se o valor do leite desabou, por que o preço dos derivados não caiu?

O que diz a indústria

Na opinião de Fábio Scarcelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq) e membro do conselho da Viva Lácteos, associação que representa as maiores empresas de laticínios do país, a culpa pelo alto preço dos derivados está no varejo e não na indústria.

"Nós ajustamos o preço para baixo [em 2023]. O preço dos queijos caiu significativamente, porque sempre trabalhamos com planilhas de custos – a partir do momento que o preço do leite baixa, imediatamente nós baixamos nossos produtos", diz Scarcelli.

O presidente da Abiq avalia que o problema seria, portanto, outro.

Scarcelli diz que os supermercados não consideram o queijo um produto "de alto giro", que são aqueles consumidos quase que diariamente pelas pessoas e que costumam ser escolhidos muitas vezes pelo melhor preço.

"Por conta disso, eles mantêm margens [diferença entre custos e preços praticados ao consumidor] mais elevadas no queijo do que em outros produtos."

Segundo Scarcelli, trata-se de uma forma de o varejo compensar perdas em produtos vendidos com margens mais apertadas, como arroz e feijão, por exemplo.

Em um produto vendido a R$ 100, o produtor rural fica com R$ 25, a indústria com R$ 25 e o varejo com R$ 50, exemplifica o executivo.

"Os varejistas ficam com a grande fatia da composição de preço final ao consumidor", afirma.

"Sem entrar no mérito dos custos que eles têm – porque todos temos custos –, as maiores margens que se pode encontrar no mercado de queijos no mundo é a praticada no Brasil."

Segundo o representante da indústria, se os supermercados reduzissem as margens, particularmente dos queijos especiais, as vendas aumentariam, o que beneficiaria toda a cadeia de laticínios.

A BBC News Brasil procurou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para responder às críticas do porta-voz da Abiq, mas a entidade informou que não comentaria a questão.

Segundo a Abras, a associação "não atua nesse ponto da precificação", ou seja, não define como cada empresa associada decide a estratégia de preços ao consumidor.

Produtos caros para uma população pobre

Natália Grigol, do Cepea, observa que, embora os diversos produtos lácteos – leite UHT, leite em pó, iogurtes, manteiga, queijos, entre outros – sejam parte de uma mesma cadeia produtiva, eles são trabalhados pelas empresas de formas distintas, visando públicos diferentes.

Há produtos mais "comoditizados", em que a marca é menos importante, e o consumidor compra mais pelo preço – caso do leite longa vida e da mussarela.

Outros produtos têm uma chamada “elasticidade-renda” maior. São aqueles que o consumidor compra quando tem mais disponibilidade de renda – caso do iogurte, do queijo e da manteiga.

"São produtos substituíveis – como a manteiga, que pode ser substituída pela margarina – e mais ‘nichados’, se pensarmos que a população brasileira é pobre, na média. Temos grande parte da população vivendo com dois, três salários mínimos no máximo", lembra a pesquisadora.

"Os lácteos no Brasil ainda são um produto caro para as famílias. Não é à toa que, nos últimos anos, vimos aparecer nos mercados produtos 'similares'."

São exemplos dessa tendência produtos como a "mistura láctea condensada", alternativa mais barata ao leite condensado; a "bebida láctea", como opção ao iogurte; a "mistura láctea sabor requeijão", entre outras.

A especialista concorda que o varejo tem seu papel no alto preço dos laticínios no Brasil. "Há uma concentração no mercado varejista que impõe uma pressão [sobre os preços]", diz Grigol.

Segundo dados da Abras, os cinco maiores varejistas de alimentos do país representavam juntos 32% do faturamento do setor em 2023.

Além disso, observa a analista, há uma diferença de custos para o varejo entre produtos refrigerados e não refrigerados.

No caso do queijo, há também o custo da mão de obra empregada para dividir o alimento nas porções que são vendidas nas lojas.

"A partir do momento que esses produtos são transformados, passam a ser trabalhados, tanto pela empresa de laticínio, quanto pelo varejo, com estratégias diferentes visando o público-alvo", afirma Grigol.

Essas diferenças ajudam a explicar porque os derivados do leite não baratearam na mesma medida que sua matéria-prima.

"A transmissão da oscilação do custo de matéria-prima para o consumidor é muito diferente, porque o processamento, a logística, o armazenamento mudam muito", diz a analista.

Gargalos na cadeia produtiva

Tanto a pesquisadora do Cepea quanto o presidente da Abiq avaliam que as ineficiências da cadeia produtiva do leite são um dos problemas que impedem laticínios como queijo e manteiga de serem mais baratos no Brasil.

Grigol observa que, mundialmente, há desafios crescentes para a produção da matéria-prima. As mudanças climáticas têm aumentando os custos de produção do leite e levado a demanda a superar a oferta em escala global.

"Em muitos países, no entanto, há mecanismos para ajudar o produtor a lidar com as flutuações de mercado", diz a pesquisadora

Ela cita recursos como seguro rural, derivativos (instrumentos financeiros usados para administrar os riscos da produção agrícola) e políticas públicas como subsídios e linhas de financiamento específicas para o setor.

“No Brasil, ainda carecemos de trabalhar essas imprevisibilidades", avalia.

Para Grigol, ações protecionistas, como aumentar impostos de importação do leite em pó, não resolverão o problema.

Em outubro, o governo federal aprovou uma medida (decreto 11.732/2023) com objetivo de desestimular importações de leite em pó de países do Mercosul, que estabeleceu que importadores passam a ter menor acesso a créditos tributários.

O governo também aprovou o aumento do imposto de importação de 12% para 18%, pelo período de um ano, para alguns produtos lácteos. E anulou uma redução da Tarifa Externa Comum (TEC) em 10% para 29 itens lácteos.

Em março deste ano, foi a vez do governo de Minas Gerais retirar as empresas importadoras de leite em pó do Regime Especial de Tributação do Estado.

"São medidas que não trabalham as causas da nossa vulnerabilidade. Para isso é preciso aumentar capital – humano e financeiro – dentro das fazendas", sugere a pesquisadora do Cepea.

Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que, desde que foram identificadas dificuldades na cadeia produtiva leiteira, o governo federal vem tomando medidas de socorro ao setor.

Entre essas medidas, a pasta cita a criação de um grupo de trabalho com objetivo de propor medidas conjunturais e estruturais para o setor.

Menciona ainda a assinatura do decreto 11.732/2023; a disponibilização de R$ 200 milhões para apoio à comercialização de leite em pó como uma medida emergencial de socorro aos produtores de leite; além dos desestímulos tributários à importação.

Para Fábio Scarcelli, da Abiq, uma medida importante para o setor seria um aumento da escala das fazendas de leite.

Segundo ele, isso reduziria os custos de captação da matéria-prima para a indústria e poderia resultar em produtos nacionais mais baratos para o consumidor final.

"Precisamos ter mais produtividade, fazendas com produções maiores. É muito difícil administrar produtores de 100, 150 litros [por dia]. Com todo respeito à agricultura familiar, mas, para a indústria, é um custo muito alto", diz o executivo.

Uma pesquisa da MilkPoint Ventures mostra que esse movimento de concentração do setor já está acontecendo no país.

O levantamento analisou uma amostra de 41 empresas de laticínios, sendo 17 cooperativas e 24 não cooperativas, representando um terço (32%) da produção de leite formal do país.

Segundo essa amostra, os 4,8% de produtores de leite com capacidade acima de 2 mil litros por dia (ou seja, os grandes produtores) produzem quase metade do leite do país (46%). Outros 43% da produção vêm dos produtores de médio porte.

Já aqueles com capacidade abaixo de 200 litros por dia (os pequenos) são 61% do total de produtores, mas respondem por apenas 11% do leite produzido.

"Isso permite inferir que os produtores de menor porte, ainda que relevantes do ponto de vista numérico e que certamente demandam políticas públicas a eles orientadas, serão cada vez menos relevantes do ponto de vista de abastecimento", escrevem os pesquisadores no estudo da MilkPoint.

O que dizem os pequenos produtores

Paulo Aranã, de 30 anos, faz parte da terceira geração de sua família que trabalha com leite.

Seu avô comprou a fazenda Ipê, em Itambacuri, no interior de Minas Gerais, em 1963. Os pais assumiram o negócio em 1989. Ele trabalha ali desde 2015 e está à frente da operação há sete anos.

Com 60 vacas em média no curral, a fazenda produz entre 400 e 600 litros de leite por dia, vendidos para uma cooperativa local que produz derivados como manteiga, mussarela, queijo coalho e doce de leite.

"Não é uma cooperativa muito grande, mas é muito bem estruturada e uma das últimas que sobrou na nossa região", diz Aranã.

Ele lembra que muitas cooperativas do setor quebraram nos anos 1990, quando as multinacionais do leite entraram no mercado nacional oferecendo aos produtores valores muito maiores pela matéria-prima do que as cooperativas podiam pagar.

"Quando os produtores migravam das cooperativas para esses laticínios, as cooperativas quebravam e, então, os laticínios derrubavam os preços. Os produtores se viam então sem alternativa, porque eles dependem da cooperativa ou do laticínio para beneficiar o leite."

Diferentemente do representante da indústria, o produtor avalia que a crescente concentração do mercado leiteiro em grandes fazendas produtoras é uma armadilha e pode, na verdade, deixar leite e laticínios mais caros para o consumidor.

Segundo o produtor rural, para a indústria e as grandes empresas de laticínios, a saída dos pequenos do mercado é vista como algo positivo.

Isso porque, com isso, essas empresas passam a negociar com menos gente, fazem compras em volumes maiores e economizam no transporte e logística.

"Para eles é mais fácil e mais barato trabalhar desse jeito. Mas, para o consumidor, é um perigo, porque ele vai ficando refém de pouca gente", avalia Aranã.

"A indústria de laticínios já é muito concentrada, agora está acontecendo a concentração dos produtores. No fim das contas, vai ficando pouquíssima gente produzindo tudo. Todo mundo fica dependente deles e, quando não houver mais alternativa, eles podem cobrar o quanto quiserem."

O produtor afirma ainda que, quanto mais distribuída a atividade, maior é a distribuição de renda, da terra e a geração de empregos.

"O grande produtor geralmente acaba empregando muito menos, porque se trata de uma produção altamente mecanizada", diz Aranã.

"Em vez de ter mais gente participando da atividade e o dinheiro circulando entre mais pessoas, entre mais municípios e rodando mais na economia, ele vai ficando concentrado no bolso de pouca gente."

Para Natália Grigol, do Cepea, a questão da renda é também crucial para ampliar o consumo de laticínios no Brasil, o que beneficiaria toda a cadeia leiteira.

Segundo a Abiq, o brasileiro consome atualmente cerca de 6 kg de queijo por ano, muito abaixo dos 11 kg da Argentina e dos mais de 20 kg de países da Europa.

"Os governos, em diferentes esferas, podem trabalhar o incentivo ao consumo público, através das compras públicas. Mas a ferramenta mais efetiva [para aumentar o consumo de laticínios no Brasil] são todas as medidas que levarem o país ao crescimento e ao aumento de renda da população", diz Grigol.

*Com a colaboração de Caroline Souza, da equipe de Jornalismo Visual da BBC.

É a dúvida de muita gente que chegou a pagar R$ 8 por litro de leite nos supermercados em meados de 2022 e, agora, paga entre R$ 4 e R$ 5, mas não viu uma queda semelhante no preço de derivados como o queijo e a manteiga.

 

 


Correio Braziliense terça, 02 de abril de 2024

FAIXA DE PEDESTRES: BRASÍLIA COMEMORA 27 ANOS DA SINALIZAÇÃO

 

Faixa de pedestres: Brasília comemora 27 anos da sinalização

Medida foi referência para outros estados. O Correio, criador da campanha Paz no Trânsito, contribuiu para que a sinalização fosse respeitada na capital federal. Para marcar o aniversário, o Detran realizou ações educativas na 307 Sul e na UnB

 
Sandro Santos diz que tem dificuldade para atravessar na L2 Norte -  (crédito: Letícia Mouhamad)
Sandro Santos diz que tem dificuldade para atravessar na L2 Norte - (crédito: Letícia Mouhamad)
 
Letícia Mouhamad 
postado em 02/04/2024 06:00

Arquitetura modernista, baixa umidade, ipês e... respeito à faixa de pedestres. Mencionar as particularidades de Brasília implica incluir, sem dúvida, a obediência à sinalização que, nessa segunda-feira (1º/4), completou 27 anos no Distrito Federal. O Correio teve importante participação nessa mudança de comportamento, por meio da campanha Paz no Trânsito, que deflagrou em 1996.

Das 4.471 faixas de pedestres presentes nas vias urbanas do DF, cerca de 1,5 mil foram revitalizadas este ano, segundo o Detran. Até 20 de março, foram registradas 2.059 autuações e nenhuma morte nessas sinalizações. Em 2023, ocorreram duas mortes em faixas de pedestres, enquanto no ano anterior foram seis, o equivalente a uma queda de 66% no número de óbitos. "A faixa de pedestre funciona muito bem em Brasília, justamente por conta de ações educativas, como as que ocorrem hoje (segunda-feira), focadas na obediência à sinalização", avaliou Takane Kiyotsuko, diretor-geral do Detran.

A UnB foi escolhida para sediar atividades porque o local é conhecido por ter, todos os dias, grande quantidade de transeuntes, explicou, acrescentando que, recentemente, as faixas do lugar passaram por manutenção e foram pintadas. A diretora de educação de trânsito do Detran, Paula Nunan, complementou que os estudantes da instituição gostam de participar e de interagir com as ações da autarquia. "Como a UnB recebe pessoas de diferentes regiões do DF e de várias faixas etárias, acreditamos que a propagação dessas orientações seja maior e efetiva. Da manhã até o fim da tarde, o restaurante universitário recebe cerca de 5 mil pessoas", avaliou.

A estudante de engenharia civil Izabella Gonçalves, de 18 anos, estava a caminho do restaurante quando parou em frente à tenda do Detran. Para ela, acatar a sinalização é uma questão de segurança para todos. "Admiro os moradores de Brasília por sempre respeitarem essa norma", disse, enquanto segurava um folder e uma camiseta com a frase "A paz no trânsito começa com você", entregues na tenda. "Nesta ação, aprendi que fazer o sinal com a mão, mostrando que deseja atravessar a rua, é fundamental", completou.
 

Sandro Santos, 30, estudante de engenharia eletrônica, também ganhou uma camiseta na ação educativa. Como chegou quando a tenda estava sendo desmontada, não teve tempo de receber as orientações, mas reconheceu a importância da atividade. "Venho de Recife, onde é incomum respeitarem a faixa de pedestres. Confesso que, onde moro agora, na L2 Norte, a situação não é muito diferente. As dificuldades em atravessar a via são recorrentes; o que salva são os semáforos", lamentou. 

Conscientização 

Tenente-coronel do Batalhão de Trânsito da PM, Kelly Cezário coordenou a ação na Asa Sul e explicou que a opção pelo local foi para recordar as atividades que a equipe desempenhava na quadra em 1997, visando promover a conscientização sobre a faixa de pedestres, recém-inaugurada, à época. "Foi um trabalho árduo de vários órgãos. Quando começamos essas ações, há 27 anos, o objetivo era que, mesmo na ausência dos agentes, as pessoas incorporassem esse hábito, já que a grande finalidade das faixas é preservar vidas", relembrou.

 

Detran também fez ações educativas na 307 sul
Ações educativas também foram realizadas na 307 Sul, onde a sinalização foi adotada em 1997(foto: Letícia Mouhamad)

 

Próximo à Igreja Nossa Senhora de Fátima, Dora Rodrigues, 76, contou que não há muita diferença, no que tange ao cumprimento da faixa de pedestres, entre Santa Catarina, onde mora, e Brasília. "Às vezes param, às vezes passam direto. Mas nessa faixa entre a 307 e a 308, a gente nem precisa dar a mão, pois sempre respeitam", relatou a aposentada, que veio passar uma temporada na capital. "Normalmente, ando com uma bandeirinha vermelha para sinalizar aos carros todas as vezes que preciso atravessar. Aí, não tem desculpa de que não me viram, não é?", acrescentou. 


Correio Braziliense segunda, 01 de abril de 2024

MARATONA BRASÍLIA 2024: CORREDORES SDE PREPARAM PARA A CORRIDA, QUE TERÁ NOVIDADES

 

Corredores se preparam para a Maratona Brasília 2024, que terá novidades

Neste ano, os atletas são desafiados a correr nos dois dias do evento, proeza que pode render uma terceira medalha para o participante

Maratona Brasília 2023, evento ocorre dentro do calendário de comemorações do aniversário da cidade -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Maratona Brasília 2023, evento ocorre dentro do calendário de comemorações do aniversário da cidade - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
 
Naum Giló 
postado em 01/04/2024 06:07

A Maratona Brasília já faz parte do calendário oficial das festividades do aniversário da cidade. Neste ano, a largada será em frente ao Museu Nacional da República. Com trajetos de três, cinco, 10, 21 e 42 quilômetros, os atletas vão passar pelos principais pontos turísticos da capital do Brasil, como a Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes e a Ponte JK.

A novidade da edição de 2024 é que serão dois dias de evento, 20 e 21 de abril, o que inclui um desafio para os apaixonados por corrida de rua. O atleta que se inscrever e completar no dia 20 (sábado) a meia maratona (21km) e, no dia seguinte, completar a maratona (42km) ganhará uma terceira medalha, a exemplo do que já ocorre em diversas competições do tipo mundo afora.

As inscrições estão abertas e são feitas no site do Correio Braziliense. A taxa varia de R$ 55 a R$ 280, a depender do percurso escolhido. Os inscritos na competição ganham um kit atleta, contendo camiseta, sacochila, viseira, número de peito e medalha (pós-prova).

A Neoenergia é uma das patrocinadoras da Maratona Brasília 2024. "Dentro da cultura da Neoenergia, o esporte é uma poderosa ferramenta de inclusão e transformação social. Antes da Maratona Brasília, a companhia já promoveu, na Bahia, o Neoenergia Night Run", lembra o diretor de marketing da distribuidora, Lorenzo Perales. "Eventos como esse no DF reforçam nosso compromisso com o incentivo ao esporte e o impacto social nas áreas em que atuamos. Isso sem falar que é uma maneira de aproximar ainda mais a marca dos clientes", finaliza o executivo.

Paixão

Edva Paula Monteiro da Costa, 59 anos, mais conhecida como Paulinha, nunca se deixou abater pela fratura no fêmur, que ocorreu enquanto corria o trajeto de 42 quilômetros da Maratona de Lisboa, em 2016, a 32ª da vida dela. Em 2018, voltou a praticar a corrida de rua, uma paixão da pedagoga. Por conta do machucado, ela não pode mais correr a maratona inteira, mas recebeu a autorização dos médicos para fazer o percurso de 10 quilômetros, o mesmo que fez na Maratona Brasília 2023.

Ela influenciou toda a família com o amor ao esporte. Até as netinhas de 3, 6 e 8 anos calçam o tênis para correr. Paulinha é uma das fundadoras do Associação de Corredores de Rua do Distrito Federal (CORDF), que reúne atletas na missão de incentivar a prática na rua e em pista. "A corrida significa energia pura, alegria, felicidade e a oportunidade de conhecer novas pessoas. A galera da corrida tem uma energia diferenciada", afirma a atleta, que se prepara com treinos de corrida, musculação e pilates para se superar no percurso de 10km.

Democrático

A diplomata aposentada Liliana Korniat, 61 anos, quer enfrentar o desafio de correr os dois dias da Maratona Brasília. "A cidade é ótima, mais plana, não tem muitas subidas, e eu já conheço o percurso. É um evento muito bem organizado", observa Korniat. A atleta vê na corrida de rua uma opção democrática de esporte. "Precisa nem comprar um tênis caro para correr, além de proporcionar o contato com as pessoas e com a natureza. É diferente de correr em uma esteira na academia", analisa.

A trajetória da argentina no esporte passou pelo incentivo do filho, que encontrou na corrida uma saída para o abuso de álcool e drogas. "Foi isso que o colocou nos trilhos novamente. E gostaria de destacar o apoio dos colegas ao desenvolvimento dele na corrida. É um esporte muito legal, de praticantes muito gente boa", ressalta.

 

De acordo com Liliana, o segredo para começar a correr é simples: "Tem que querer e criar uma rotina de treino. Começa caminhando, depois trotando e depois correndo. O foco da corrida é no próprio potencial, sem muita importância para a competição em si", sustenta.

 


Correio Braziliense domingo, 31 de março de 2024

DULCINA DE MORAES: UMA VIDA EM CENA, UM LEGADO A SER PRESERVADO

 

 

Dulcina de Moraes: uma vida em cena, um legado a ser preservado

Após 27 anos da morte de Dulcina de Moraes, o legado de uma das maiores damas do teatro permanece vivo por meio de acervo guardado no Teatro Dulcina

 
Figurino parte do acervo do Teatro Dulcina -  (crédito: Josuel Junior/ Acervo FBT)
Figurino parte do acervo do Teatro Dulcina - (crédito: Josuel Junior/ Acervo FBT)
 
 
 
Isabela Berrogain 
postado em 31/03/2024 07:00

"A personalidade mais importante do teatro brasileiro do século 20". É assim que Fernanda Montenegro costuma descrever Dulcina de Moraes, uma das grandes damas do teatro nacional. Responsável por revolucionar o mundo das artes cênicas no país, Dulcina, morta há quase 30 anos, ainda vive por meio de seu legado, imortalizado no Teatro Dulcina de Moraes, localizado no Conic. Dentro do prédio que abriga a instituição, a herança deixada pela carioca se estende em um acervo inestimável que reconta a história da cultura brasileira.

 
Documentos oficiais também fazem parte do acervo deixado por Dulcina de Moraes, como o Diário Oficial em que foi publicada a instauração da profissão de artista no Brasil. Decisiva, Dulcina foi uma das responsáveis pela regulamentação da lei. Ainda estão guardados documentos originais da época da censura que solicitavam o licenciamento e a liberação de peças, e a carteira de trabalho da carioca, que, anos anos 1930, já recebia salário mensal pela profissão de atriz.

Para além das artes cênicas, Dulcina era referência na moda e ditava tendências com os figurinos utilizados em suas peças. Nos guarda-roupas do teatro, encontram-se peças de algumas das marcas de luxo mais famosas do mundo, como Dior, feitas especialmente para a dama do teatro. Os vestuários são registrados com nome de Dulcina, datados da década de 1950, período em que o próprio estilista Christian Dior fazia peças exclusivas.

A professora de teatro Gabriela Pedron, formada pela Faculdade Dulcina de Moraes, chegou a fazer uma visita ao acervo durante a disciplina de Indumentário e Caracterização, em 2009, mas garante que só no ano passado, com o início do processo de inventariação, entendeu a imensidão da herança deixada pela atriz carioca. "Acho que ninguém tinha noção da quantidade de preciosidades que tinham nesse acervo", conta a professora de teatro. "Não são só figurinos, textos, fotos. É a história do teatro. Você vê uma roupa e você tem toda uma referência histórica de como era naquele período", exemplifica.

Fundador do Teatro Caleidoscópio e aluno de Dulcina, André Amahro ressalta o valor do acervo da atriz. "Dulcina de Moraes foi considerada a maior personalidade das artes cênicas do século 20. É uma mulher que construiu grande parte do teatro desenvolvido no Brasil, então as peças que ela fez e esse material físico, esse patrimônio simbólico e objetivo que ela nos deixou é muito importante para a história do país. O Brasil também se conta por meio das artes, do teatro. Esses objetos, documentos, figurinos têm muita história para contar sobre o teatro brasileiro", opina.

Segundo Gilberto Rios, atual presidente da Fundação Brasileira de Teatro (FBT), responsável pela gestão do teatro e da faculdade, o lançamento de um museu virtual deve ocorrer até meados de agosto, após a finalização do inventário. "No ano passado, chegamos a catalogar 80% do acervo, deixá-lo bem armazenado no ar-condicionado. Nós iremos dar continuidade a esse processo este ano, haja vista aprovamos uma lei Paulo Gustavo para dar continuidade. O projeto será coordenado pelo museólogo Márcio Vianna, aposentado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e ele dará uma total cobertura para nós nesse sentido", detalha.

Em setembro de 2023, o prédio que abriga o teatro e a faculdade, projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, correu risco de ser colocado em leilão, devido a uma dívida milionária. "O leilão foi postergado. Ainda existe uma dívida somatória beirando os R$ 30 milhões, que nós herdamos dos administradores anteriores do teatro. Agora, estamos no compasso da negociação dessas dívidas", garante o presidente da FBT.

De acordo com Gilberto, a instituição, atualmente, está em processo de negociação com um mecenas. "Os próximos passos são bem promissores. Estamos negociando com um mecenas de São Paulo e, nesta semana, avançamos muito. Acredito que, nos próximos 15, 20 dias, a sociedade brasileira deve ter alguma novidade em relação a esse mecenas, que é uma grande empresa de São Paulo", promete. "Em 30, estourando 45 dias, devemos ter uma solução definitiva para a FBT", estima o responsável.

Em nota, o secretário de Cultura do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, assegurou que a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) vem participando ativamente dos desdobramentos em relação ao acervo do Teatro Dulcina. "Tanto o Teatro Dulcina de Moraes quanto os acervos Fotográfico, Textual e Cênico da atriz são tombados através do Decreto nº 28.518 de 07/12/2007. No seu parágrafo único, o decreto informa que qualquer intervenção precisa ser aprovada pela Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal/Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico — DEPHA (hoje chamada de Subsecretaria do Patrimônio Cultural). Portanto, acompanhamos com atenção o desenrolar dos processos judiciais em que a Fundação Brasileira de Teatro e o próprio Teatro Dulcina são partes interessadas", declarou.


Correio Braziliense sábado, 30 de março de 2024

SÁBADO DE ALELUIA: ENTENDA O SIGNIFICADO DO DI APARA O CRISTIANISMO

 

Sábado de Aleluia: entenda o significado do dia para o Cristianismo

A data ocorre sempre após a Sexta-feira Santa e antecede o Domingo de Páscoa

 
O Sábado de Aleluia ocorre neste sábado (30/3) -  (crédito: Anuja Tilj/Unsplash)
O Sábado de Aleluia ocorre neste sábado (30/3) - (crédito: Anuja Tilj/Unsplash)
Foto de perfil do autor(a) Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 30/03/2024 09:35

Ao longo da Semana Santa, várias datas comemorativas são celebradas no Cristianismo, entre elas a Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa. Entretanto, os cristãos também tem uma data voltada para reflexão e penitência, conhecido como Sábado de Aleluia (ou Sábado Santo), que ocorre neste sábado (30/3) em 2024.

"Somos convidados a parar, na companhia de Maria, pois este é o melhor modo de retomar o caminho", afirma o Vaticano.


Correio Braziliense sexta, 29 de março de 2024

SAÚDE DA MULHER: CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL AUMENTA RISCO CARDÍACO

 

Saúde da mulher: consumo excessivo de álcool aumenta risco cardíaco

O risco de desenvolver doenças cardíacas é 68% maior entre mulheres que consomem oito ou mais doses de álcool por semana, comparadas às com ingestão moderada. Nem as mais jovens estão protegidas, alertam especialistas

No Brasil, o uso abusivo de bebidas alcoólicas passou de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023: prejuízo a todos os sistemas, especialmente o cardiovascular  -  (crédito: Reprodução unsplash)
No Brasil, o uso abusivo de bebidas alcoólicas passou de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023: prejuízo a todos os sistemas, especialmente o cardiovascular  - (crédito: Reprodução unsplash)
 
Isabella Almeida 
postado em 29/03/2024 06:00

Mulheres que ingerem oito ou mais doses de bebida alcoólica semanalmente têm mais risco de desenvolver doença coronariana, segundo um estudo apresentado na Sessão Científica Anual do Colégio Norte-Americano de Cardiologia, nos Estados Unidos. Participantes do sexo feminino que relataram consumo excessivo de álcool tinham 68% mais chances de sofrer de enfermidades cardíacas, comparadas às com ingestão moderada. A relação também foi observada entre os homens, mas com uma diferença percentual menor: a probabilidade de sofrerem do coração foi 33% mais elevada em bebedores pesados. 

 

Para a pesquisa, os cientistas avaliaram voluntários de 18 a 65 anos. Segundo a equipe, esse é um dos maiores estudos a investigar a relação entre álcool e saúde cardiovascular. Conforme o artigo, ataques cardíacos e outras condições estão acometendo cada vez mais populações jovens. Simultaneamente, o abuso de álcool está se tornando mais comum, principalmente entre mulheres.

"Quando se trata de consumo excessivo de álcool, tanto homens como mulheres apresentam maior risco de doenças cardíacas", afirmou, em nota, Jamal Rana, cardiologista do The Permanente Medical Group e principal autor do estudo. "Para as mulheres, encontramos um risco consistentemente maior, mesmo sem ingestão excessiva. Não esperava esses resultados entre as mulheres dessa faixa etária mais baixa (...). Foi definitivamente surpreendente", sublinhou.

Estreitamento

A equipe usou informações de mais de 430 mil pessoas que receberam cuidados médicos, nos Estados Unidos, incluindo cerca de 243 mil homens e 189 mil mulheres. Os participantes tinham em média 44 anos e não haviam sido diagnosticados com doenças cardíacas no início do estudo.

Os pesquisadores avaliaram a ligação entre o nível de ingestão de álcool relatado pelos participantes em avaliações de rotina de 2014 e 2015 e o diagnóstico de doença coronariana nos quatro anos seguintes. A condição ocorre quando as artérias que levam sangue ao coração ficam estreitas, limitando o fluxo, e pode causar dor no peito e problemas agudos, como infarto.

 

O grupo categorizou a ingestão geral de álcool dos pacientes como baixa (um a dois drinques por semana para homens e mulheres), moderada (três a 14 para homens e três a sete para mulheres), ou alto (15 ou mais para homens e oito ou mais para mulheres). Os pesquisadores também avaliaram cada participante como consumidor excessivo de álcool ou não — definindo o exagero como mais de quatro drinques para homens ou mais de três para mulheres em um único dia nos três meses anteriores ao atendimento.

Incidência

Mais de 3,1 mil participantes foram diagnosticados com doença coronariana durante o acompanhamento de quatro anos, e a incidência da condição aumentou na proporção dos níveis de ingestão de álcool. Entre as mulheres, aquelas que relataram alto consumo da substância tiveram um risco 45% maior de problemas cardíacos, em comparação às que bebiam menos, e apresentaram chances 29% maiores em relação ao grupo moderado. 

A diferença foi maior entre pessoas da categoria de consumo excessivo de álcool: as mulheres nessa classificação tinham 68% mais probabilidade de desenvolver doenças cardíacas do que aquelas que bebiam moderadamente. Homens com consumo global elevado apresentaram 33% mais risco de serem diagnosticados com essas enfermidades em relação aos que faziam uso moderado dos drinques. 

Ricardo Cals, cardiologista do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, destaca que a ingesta abusiva, tanto diária quanto esporádica, tem consequências em vários sistemas do organismo, principalmente no cardiovascular. "Aumenta a pressão arterial, a inflamação dos vasos sanguíneos e, consequentemente, a formação de placas nas artérias, elevando a chance de infarto e acidente vascular cerebral (AVC)", enumera.

Motivos

Fernando Costa, cardiologista da Beneficência Portuguesa (BP) de São Paulo, pontua que o tema tem mais uma relevância: entender por que as pessoas estão bebendo mais. O trabalho mostra que as pessoas consomem mais álcool, mas os pesquisadores não perguntaram por que isso está acontecendo. Não são condições de prazer simplesmente. É uma condição que deve estar tentando tapar alguma ferida aberta. Precisamos entender qual é a motivação do aumento do uso da bebida alcoólica."

Costa pondera que a quantidade de álcool ingerida no Brasil é assustadora. Segundo o Ministério da Saúde, o consumo excessivo passou de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023. "Todas as propagandas levam a condições excepcionais de felicidade, de amor, de carinho, de progresso. Não é isso. Saúde tem preço, vida saudável, alimentação saudável, atividade física e prazer momentâneo com doses pequenas de bebidas alcoólicas."

Fausto Stauffer, membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Cardiologia, detalha que a metabolização do álcool difere entre homens e mulheres devido às quantidades e atividade de uma enzima chamada de álcool desidrogenase (ADH). "O álcool consumido por homens é mais metabolizado no estômago e fígado do que nas mulheres, fazendo com que as concentrações sanguíneas sejam maiores no sexo feminino. Além disso, as mulheres têm uma quantidade de água corporal menor, fazendo com que haja maiores concentrações de álcool. Essas são as teorias mais aceitas para explicar o processamento desigual." 

 


Correio Braziliense quinta, 28 de março de 2024

FERIADO DE PÁSCOA: SAIBA O QUE ABRE E O QUE FECHA

 

Saiba o que abre e o que fecha durante o feriado de Páscoa

O ponto facultativo desta quinta (28/3) e o feriado de sexta-feira (29/3) alterarão o funcionamento de alguns serviços, saiba quais

 
 Confira o que estará aberto e o que estará fechado durante o feriado.  -  (crédito: Reprodução - Internet )
Confira o que estará aberto e o que estará fechado durante o feriado. - (crédito: Reprodução - Internet )
 
Letícia Guedes* 
postado em 28/03/2024 08:50

Para curtir o feriado da Semana Santa sem surpresas desagradáveis, é importante estar ciente de quais serviços públicos estarão funcionando normalmente. Nesta quinta (28/3), há ponto facultativo, o que implica na alteração do funcionamento de alguns locais. Confira o que estará aberto e o que estará fechado durante o feriado.

Saúde

O funcionamento dos serviços pela Secretaria de Saúde (SES-DF) sofrerá algumas alterações durante a Semana Santa. Samu, emergências de hospitais regionais, UPAs e Atendimento a Casa de Parto de São Sebastião atendem de forma ininterrupta, em plantão 24h.

Os pacientes com sintomas da dengue contarão com 25 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nove tendas de hidratação em funcionamento nesta quinta-feira (28). No sábado (30), são sete UBSs para atendimento e nove tendas. Na sexta-feira (29) e no domingo (31), haverá atendimento nas nove tendas. As UBSs que não oferecerem atendimento para os pacientes com sintomas de dengue permanecerão fechadas durante todo o feriado. Na segunda-feira (1º), voltarão a funcionar normalmente, a partir das 7h, em todo o Distrito Federal.

Pessoas com sintomas de síndromes respiratórias têm 16 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em funcionamento nesta quinta (28) e sete, no sábado (30). Na sexta-feira (29) e no domingo (31), seis das nove tendas de hidratação da dengue também vão acolher pacientes com sintomas de doenças respiratórias.

Não haverá atendimento odontológico nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) nem nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) ao longo do feriado. Dois prontos-socorros odontológicos funcionarão normalmente. No Hospital Regional da Asa Norte, o pronto-socorro odontológico funciona 24 horas, todos os dias, já no Hospital Regional do Gama, sábado (30) e domingo (31), das 7h às 19h.

Transporte público

Nesta quinta (28) e no sábado (30), o Metrô funciona normalmente das 5h30 às 23h30. Na sexta-feira (29) e no domingo (31), funcionará das 7h às 19h. Em todos os dias do feriado, todas as estações estarão abertas para embarque e desembarque.

Comércio 

De acordo com a Fecomércio (DF), açougues, minimercados, floriculturas, ópticas e livrarias, comércio de rua e de shopping não têm autorização para funcionar no feriado da Sexta-feira Santa (29/3). No domingo de Páscoa, poderão funcionar normalmente. 

Supermercados, feiras e drogarias, além de bares e restaurantes, têm autorização para funcionar normalmente na Sexta-Feira Santa (29/3), a decisão de abrir ou não, fica a critério do proprietário.


Segurança


O Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), as 31 delegacias circunscricionais do DF, as Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAM I e II) e as Delegacias da Criança e do Adolescente (DCA I e II) funcionarão 24 horas durante todo o feriado. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) estará com esquema especial nos locais de realização de eventos. 


Lazer


– Zoológico de Brasília (foto): vai funcionar normalmente todos os dias das 8h30 às 17h
– Jardim Botânico de Brasília: vai funcionar normalmente das 9h às 17h, com entrada permitida até as 16h30
Parques
O Instituto Brasília Ambiental informa que todas as unidades de conservação administradas pela autarquia funcionam normalmente durante a Semana Santa, inclusive no ponto facultativo de quinta-feira (28).
– Parque Ecológico do Anfiteatro Natural do Lago Sul: Aberto todos os dias das 6h às 18h
– Parque Ecológico Águas Claras: Aberto todos os dias das 5h às 22h
– Parque Ecológico Areal: Aberto todos os dias das 6h às 18h
– Parque Ecológico da Asa Sul: Aberto todos os dias das 6h às 20h
– Parque Distrital das Copaíbas: Aberto todos os dias das 8h às 18h
– Parque Ecológico do Cortado: Aberto todos os dias das 6h às 20h
– Monumento Natural Dom Bosco: Aberto todos os dias das 6h às 20h
– Parque Ecológico Ezechias Heringer: Aberto todos os dias das 6h às 22h
– Parque Recreativo do Gama: Aberto todos os dias das 6h às 18h
– Parque Ecológico do Lago Norte: Aberto todos os dias das 6h às 18h
– Parque Ecológico Olhos d’Água: Aberto todos os dias
– Portão principal: 5h30 às 20h (portões laterais: 6h às 18h)
– Parque Ecológico do Paranoá: Aberto todos os dias das 6h às 18h
– Parque Ecológico Península Sul: Aberto todos os dias das 6h às 22h
– Parque Ecológico do Riacho Fundo: Aberto todos os dias das 6h às 18h
– Parque Ecológico Saburo Onoyama: Aberto todos os dias das 6h às 18h
– Parque Ecológico Sucupira: Aberto todos os dias 6h às 20h
– Parque Ecológico Três Meninas: Aberto todos os dias das 7h às 18h
– Parque Ecológico Veredinha: Aberto todos os dias das 6h às 22h


Correio Braziliense quarta, 27 de março de 2024

CEILÂNDIA: SATÉLITE COMPLETA 53 ANOS DE MUITA BELEZA

 

Ceilândia completa 53 anos de muita luta e de beleza

Ceilândia é única. Uma mistura de gente, diversidade de ideias e de culturas que se mostra no sorriso das pessoas, na alegria do pessoal do Muita Treta e cronistas do cotidiano ceilandense

 
A cidade é forte como os primeiros moradores que vieram em cima de caminhões e enfrentaram o frio, a lama, a falta de água e de luz há cinco décadas -  (crédito: Divulgação/Gu da Cei)
A cidade é forte como os primeiros moradores que vieram em cima de caminhões e enfrentaram o frio, a lama, a falta de água e de luz há cinco décadas - (crédito: Divulgação/Gu da Cei)
 
Foto de perfil do autor(a) José Carlos Vieira
José Carlos Vieira 
postado em 27/03/2024 06:00 / atualizado em 27/03/2024 07:06

Aos 53 anos, Ceilândia se renova todos os dias. É certo que ainda há muito para ser feito... mais urbanização, mais segurança pública, mais lazer e entretenimento, mais qualidade de vida... Mesmo assim, a cidade é forte como os primeiros moradores que vieram em cima de caminhões e enfrentaram o frio, a lama, a falta de água e de luz há cinco décadas.

 
Ceilândia é única. Uma mistura de gente, diversidade de ideias e de culturas que se mostra no sorriso das pessoas, na alegria do pessoal do Muita Treta, cronistas do cotidiano ceilandense.

É uma cidade de resistência, desde os tempos dos Incansáveis de Ceilândia. Hoje a moçada do Jovens de Expressão mantêm a força de buscar, de conquistar um espaço que é de todos. Direito que é de todos!

Ceilândia do cinema de Adirley Queiroz, do Samba na Guariba, do futebol de Robert Renan, do Ceilândia Esporte Clube, da turma que dança Charme, dos repentistas, dos artistas do rap que dominaram o Brasil... A cidade não para de se mostrar bonita por dentro e por fora.


Correio Braziliense terça, 26 de março de 2024

MOBILIDADE: JUSTIÇA NEGA REDUÇÃO DE VELOCIDADE NO EIXÃO, MAS COBRA MEDIDAS DO GOVERNO

 

Justiça nega redução de velocidade no Eixão, mas cobra medidas do governo

Apesar da negativa o magistrado determinou que o governo construa um plano de ação para melhoria das passagens subterrâneas

 
A solicitação do MP era para que a velocidade reduzisse para 60 km/h -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
A solicitação do MP era para que a velocidade reduzisse para 60 km/h - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
 
Helena Dornelas 
Pablo Giovanni 
postado em 26/03/2024 09:40

A justiça negou o pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que a velocidade máxima do Eixão seja reduzida de 80km/h para 60km/h. Entretanto, a decisão, do juiz Carlos Maroja, determina que governo elabore um plano de obras e ações destinadas a assegurar a mobilidade, acessibilidade, segurança, drenagem de águas pluviais e iluminação suficiente nas passagens subterrâneas de pedestres, no Eixão norte e sul.

O juiz alega que a decisão de reduzir a velocidade impactaria a vida de milhares de cidadãos e a discussão deveria ser aperta para a população. "Uma hipotética alteração na velocidade regulamentar de uma rodovia da importância do Eixão é medida que afetaria a rotina de centenas de milhares de cidadãos brasilienses, o que acentua a necessidade de amadurecimento coletivo sobre a proposta, além de exigir o máximo de segurança e exequibilidade da decisão a ser adotada."

No entanto, reconhece que falta melhorias na via. "A precariedade, periculosidade, decadência e falta de acessibilidade das passarelas inviabilizam seu uso pela população, criando um obstáculo efetivamente intransponível para parcelas da população merecedoras de atendimento preferencial pelo poder público, como pessoas idosas ou cadeirantes. Ou seja, não é exagero afirmar que a inviabilidade do uso das passarelas impõe limitação ao direito de ir e vir", argumenta a decisão do juiz Carlos Maroja.

O processo do MP foi endereçado à Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal. O documento do Ministério, protocolado pelo promotor Dênio Augusto de Oliveira Moura, dizia que a proposta de redução era para que o governo busque soluções que garantam mobilidade, segurança e acessibilidade a pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência na travessia do Eixão e Eixinhos W e L.

No documento, o MP pede que haja rondas diárias por policiais militares nas passagens subterrâneas para evitar ocorrências contra pedestres. O promotor apontou a necessidade de limpeza periódica; manutenção de drenagem pluvial; e iluminação adequada nas 22 passagens de todo o Eixão.

Em nota, a Procuradoria-Geral, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Companhia Energética de Brasília (CEB), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) informam que ainda não foram notificados do teor da ação proposta pelo MP.


Correio Braziliense segunda, 25 de março de 2024

CONCURSO DA CAIXA: INSCRIÇÕES PARA 4.050 VAGAS TERMINAM HOJE

 

Concurso da Caixa: inscrições para 4.050 vagas terminam hoje

Aqueles que desejarem participar do certame poderão se inscrever por meio do site da Fundação Cesgranrio, banca organizadora

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Yasmin Rajab
postado em 25/03/2024 03:55
 
Aqueles que desejarem participar do certame poderão se inscrever por meio do site da Fundação Cesgranrio, banca organizadora -  (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Aqueles que desejarem participar do certame poderão se inscrever por meio do site da Fundação Cesgranrio, banca organizadora - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Aqueles que desejarem participar do concurso público da Caixa Econômica Federal terão até as 23h59 desta segunda-feira (25/3) para se candidatar. As inscrições podem ser feitas por meio do site da Fundação Cesgranrio, banca organizadora. As taxas custam entre R$ 50 e R$ 65.

A Caixa oferta, ao todo, 4.050 vagas para as carreiras de técnico bancário novo e técnico bancário novo - TI, ambas de nível médio; médico do trabalho e engenheiro de segurança do trabalho, ambas de nível superior. 

Os aprovados e nomeados receberão salários de R$ 3.762 para técnico; R$ 11.186 para médico do trabalho; e R$ 14.915 para engenheiro de segurança do trabalho. Além dos valores, a Caixa também oferece diversos benefícios, que incluem:
  • Auxílio-alimentação;
  • Auxílio-cesta;
  • Auxílio 13ª cesta alimentação;
  • Auxílio creche/babá;
  • Oportunidades de ascensão e desenvolvimento profissional; e
  • Acesso a planos de saúde.

Etapas 

Nível médio: 

Os candidatos de nível médio serão avaliados por meio das etapas de provas objetivas, provas de redação, procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas a pessoas negras e procedimentos admissionais para comprovação do atendimento aos requisitos e condições necessárias para contratação e exames médicos admissionais. 

Nível superior: 

Para os candidatos de nível superior, serão realizadas as etapas de provas objetivas, provas discursivas, avaliação de títulos, procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas a pessoas negras e procedimentos admissionais para comprovação do atendimento aos requisitos e condições necessárias para contratação e exames médicos admissionais. 


Correio Braziliense domingo, 24 de março de 2024

SOLDADAS DA PAZ: CONHEÇA 11 MILITARES BRASILEIRAS EM MISSÕES DA ONU

 

Soldadas da paz: conheça 11 militares brasileiras em missões da ONU

Tenente-coronel do Exército, Renata Netto é indicada a prêmio por atuação em campo de refugiados no Sudão do Sul. Saiba mais sobre a sua história e de outras 10 profissionais que trabalham representando o país em operações de paz pelo mundo

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Priscila Crispi
postado em 24/03/2024 06:00
 
Renata se voluntariou para ajudar em missão de resgate de mulheres e crianças reféns em uma disputa interna em campo de refugiados -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Renata se voluntariou para ajudar em missão de resgate de mulheres e crianças reféns em uma disputa interna em campo de refugiados - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
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Renata Netto estava há meses longe de casa e da família quando uma onda de violência atingiu o campo de refugiados mantido pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Sudão do Sul, que abriga quase 50 mil pessoas. Um desentendimento entre os grupos internos resultou no sequestro de 70 crianças e 30 mulheres. Os negociantes conseguiram autorização para liberar os reféns, mas a polícia da ONU não tinha mulheres suficientes no contingente para entrar no campo e retirá-los em segurança para outra área. Foi então que a militar brasileira se voluntariou para a missão.

"A gente conseguiu resgatar essas mulheres e crianças e foi um momento que eu nunca vou esquecer. Algumas mulheres não tinham conseguido pegar seus filhos dentro do campo, porque eles estavam em outras áreas, por isso, elas estavam desesperadas. Enquanto nos movimentávamos nos arrastando pelo chão, a gente escutava os tiros pelo ar. Mas conseguimos reuni-los sem que sofressem nenhum mal", relembra.

Sua atuação no país africano lhe rendeu a indicação ao prêmio de Defensora Militar da Igualdade de Gênero das Nações Unidas 2023. É a primeira vez que uma profissional do Exército concorre ao prêmio, um reconhecimento da dedicação e do esforço de soldados em missões de paz sob a égide da ONU. O resultado deve ser divulgado em 29 de maio, na sede das Nações Unidas, em comemoração ao Dia do Peacekeeper (Soldado da Paz).

A tenente-coronel, de 51 anos, é dentista de formação e entrou para a carreira militar para atuar na área da saúde, o que fez por anos em territórios como a Amazônia brasileira, mas, desde 2017, se preparava para ingressar em missões de paz. Foram diversos cursos de línguas, sobre questões de gênero, direitos humanos e situações de conflito, além de preparo militar para encarar um país em guerra. Em fevereiro de 2023, o sonho se tornou realidade: Renata pisou em campo, pela primeira vez, como observadora militar no Sudão do Sul.

Ali, morou em um container, viveu momentos de terror quando a base onde servia foi invadida por rebeldes, encarou autoridades que duvidavam de sua capacidade por ser mulher, dormiu de capacete e colete diversas noites, sofreu pela saudade das duas filhas adolescentes que deixou no Brasil, assistiu à morte de civis sem poder impedi-las; entregou, segundo ela, o melhor de si no chão de um país assolado por uma guerra civil que causou a maior crise de deslocamento forçado do mundo.

 

 20/03/2024 Crédito: Carlos Vieira CB/DA Press. Brasília DF.Entrevista com a tenente-coronel Renata Monteiro, indicada a um prêmio da ONU por sua atuação em missões de paz.
20/03/2024 Crédito: Carlos Vieira CB/DA Press. Brasília DF.Entrevista com a tenente-coronel Renata Monteiro, indicada a um prêmio da ONU por sua atuação em missões de paz.(foto: <<<>>> )

 

"Os manuais da ONU dizem que nós, observadores militares, somos os olhos e ouvidos da organização no terreno. A gente está lá, desarmado, como uma mostra de boa-fé, de que você não está oferecendo risco nenhum àquela população. Nosso trabalho principal é fazer visitas às comunidades e verificar se algum direito humano está sendo violado naquela área e reportar isso para o escritório das Nações Unidas, lá em Nova York. Mas eu tentei ser mais do que isso, quis oferecer também uma mão solidária, tentei olhar com o coração, ver o que eu podia fazer para além do que estava escrito, especialmente na proteção de mulheres, e acho que por isso fui indicada ao prêmio", diz Renata.

Em sua visão, a atuação de mulheres em zonas de conflito é mais que uma medida de equidade de gênero em efetivos militares, é uma estratégia para a promoção da paz. "É muito mais fácil que mulheres consigam uma aproximação com a população local do que homens, especialmente na mitigação de casos de violação sexual. Primeiro, porque a mulher não oferece risco, principalmente, em comunidades patriarcais, que somos vistas como frágeis. Mas também porque as outras mulheres te veem como um modelo de autonomia e uma figura confiável. Então, é uma maneira de também de dar voz àquelas mulheres", pontua.

Celebração

A tenente-coronel Renata esteve presente, entre outros convidados, no seminário "Peacekeepers brasileiras: destaques do Brasil na implementação da agenda sobre Mulheres, Paz e Segurança", realizado pelo Comando de Operações Terrestres e pela Rede Brasileira de Operações de Paz, nesta semana, no Quartel-General do Exército, em Brasília. O evento celebrou e discutiu o papel de mulheres militares brasileiras que atuam em operações de paz das Nações Unidas.

Atualmente, o Brasil conta com 10 mulheres nesses campos, distribuídas no Saara Ocidental, na República Democrática do Congo, no Sudão do Sul e na República Centro Africana, além de uma oficial atuando com o tema no escritório central da ONU. O envio dessas profissionais segue agenda do organismo internacional para promover o aumento gradual do efetivo feminino por parte dos países participantes no envio de militares.

O Brasil, como membro fundador da Organização das Nações Unidas, pode enviar pessoal para missões individuais ou de tropa para compor o componente militar das missões de paz. A participação do Brasil em operações desse tipo ocorre por decisão do governo e, para o envio de tropas, com a aprovação do Congresso Nacional.

O Exército prepara os militares designados para esse trabalhado, tanto das três Forças como das Polícias Militares, por intermédio do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), sediado no Rio de Janeiro. No Centro, eles realizam cursos sobre o Sistema ONU, as técnicas, táticas e procedimentos utilizados em operações de paz e também de idiomas. Simultaneamente, os profissionais passam por uma preparação envolvendo aspectos de saúde física e preparo psicológico.

 

Priscilla Farias, 36 anos, é oficial de assuntos civis na República Democrática do Congo
Priscilla Farias, 36 anos, é oficial de assuntos civis na República Democrática do Congo(foto: Arquivo pessoal)

 

Priscilla Farias, 36 anos, é oficial de assuntos civis na República Democrática do Congo

Engenheira militar, entrou para as Forças Armadas em 2011. "Vejo que existe uma recepção melhor da população quando há uma mulher nas patrulhas realizadas. Ainda mais aqui, onde há um quadro grande de violência sexual contra as mulheres e desigualdade quanto à sua participação em funções importantes da sociedade."

 

Bianca Zary, 42 anos, é observadora militar no Saara Ocidental
Bianca Zary, 42 anos, é observadora militar no Saara Ocidental(foto: Arquivo pessoal)

 

Bianca Zary, 42 anos, é observadora militar no Saara Ocidental

Trabalha em uma região chamada Mijek, no meio do deserto, com cerca de 10 militares de diferentes nacionalidades. "Por sermos poucas pessoas e por trabalharmos isolados de qualquer vila ou comunidade, consigo perceber o quanto o brasileiro é agregador. E consigo me enxergar refletindo, em diversos momentos do meu trabalho, essa característica tão marcante do nosso povo brasileiro."

 

Cyntia Adames, 46 anos, é observadora militar no Sudão do Sul
Cyntia Adames, 46 anos, é observadora militar no Sudão do Sul(foto: Arquivo pessoal)

 

Cyntia Adames, 46 anos, é observadora militar no Sudão do Sul

Também dentista, trabalhou em Brasília e no Rio de Janeiro em ações cívico-sociais com atendimento à população. "Nesse contato com a população mais carente que surgiu o meu interesse em participar dessa missão na ONU e tentar fazer o meu melhor para ajudar esse povo que tanto necessita."

 

Heloisa Pinheiro, 41 anos, é oficial de estado-maior no Saara Ocidental
Heloisa Pinheiro, 41 anos, é oficial de estado-maior no Saara Ocidental(foto: Arquivo pessoal)

 

Heloisa Pinheiro, 41 anos, é oficial de Estado-Maior no Saara Ocidental

Engenheira, é casada com um militar que já atuou em operações de paz, o que a inspirou na carreira. "As missões de paz da ONU estão concentradas na África, em países de maioria muçulmana, em locais com muitos casos de violência contra a mulher e desigualdade de gênero. Nossa intenção nunca é mudar uma cultura, mas para as mulheres desses países, somos percebidas como uma referência."

 

Juliana Bertol, 43 anos, �© observadora militar na Rep�ºblica Centro Africana
Juliana Bertol, 43 anos, Ã?© observadora militar na Repíblica Centro Africana(foto: Arquivo pessoal)

 

Juliana Bertol, 43 anos, é observadora militar na República Centro Africana

Advogada, entrou para o Exército em 2006. "As mulheres se sentem mais à vontade para conversar com outra mulher, e isso é importante para obter informações, especialmente relativas à violência sexual relacionada ao conflito armado e à outras formas de violência contra mulheres e crianças."

 

Michele Oliveira, 45 anos, é oficial de estado-maior na República Centro Africana
Michele Oliveira, 45 anos, é oficial de estado-maior na República Centro Africana(foto: Arquivo pessoal)

 

Michele Oliveira, 45 anos, é oficial de Estado-Maior na República Centro Africana

Formada em direito, atuou por 20 anos na assessoria jurídica do Exército. "Decidi tentar algo novo e o ambiente da ONU me pareceu bastante desafiador." Para ela, uma das maiores dificuldades da missão é a alta rotatividade do contingente, que sempre trabalha com poucos militares.

 

Virlane Portela, 46 anos, é oficial de estado-maior na República Centro Africana
Virlane Portela, 46 anos, é oficial de estado-maior na República Centro Africana(foto: Arquivo pessoal)

 

Virlane Portela, 46 anos, é oficial de Estado-Maior na República Centro Africana

Formada em letras/português e inglês, atua como tradutora e revisora. "Quando você é jovem, você faz projeções e tem expectativas sobre sua vida. Eu, desde a adolescência, desejei poder realizar um trabalho com alcance diferenciado, especialmente de natureza internacional, e poder fazer isso hoje me realiza."

 

Viviene Freitas, 42 anos, é oficial de estado-maior no Sudão do Sul
Viviene Freitas, 42 anos, é oficial de estado-maior no Sudão do Sul(foto: Arquivo pessoal)

 

Viviene Freitas, 42 anos, é oficial de Estado-Maior no Sudão do Sul

Advogada, entrou para os quadros do Exército em 2005. "Os desafios são muitos, mas, para mim, são principalmente a distância da família, a adaptação ao país e à cultura de uma nova organização, além do desafio de desempenhar o trabalho em outra língua. Conviver e tentar entender culturas e formas de viver tão distintas é desafiador."

 

Ivana Costa, 55 anos, é oficial de estado-maior no QG da ONU em Nova York
Ivana Costa, 55 anos, é oficial de estado-maior no QG da ONU em Nova York(foto: Arquivo pessoal)

 

Ivana Costa, 55 anos, é oficial de Estado-Maior no QG da ONU em Nova York

Formada em letras, trabalhou por 12 anos na Divisão de Missão de Paz do Comando de Operações Terrestres. Tem especialização na agenda Mulheres, Paz e Seguranca, em prevenção de abuso e exploração sexual, violência de gênero relacionada a conflitos e proteção de crianças. Participou como parte do contingente brasileiro no Haiti em 2013 e 2015.

 

Marisa Mattos, 50 anos, é observadora militar no Sudão do Sul
Marisa Mattos, 50 anos, é observadora militar no Sudão do Sul(foto: Arquivo pessoal)

 

Marisa Mattos, 50 anos, é observadora militar no Sudão do Sul

Farmacêutica de formação, se voluntariou para missão de paz em 2017. "Essa foi a oportunidade de aplicar todos os meus conhecimentos de formação civil e militar, representando o Brasil em uma missão humanitária junto a populações extremamente vulneráveis, sendo uma experiência única e uma honra pessoal e profissional sem igual."

 


Correio Braziliense sábado, 23 de março de 2024

RETRATO DO PAÍS: 32 MILHÕES DE BRASILEIROS NÃO TÊM ACESSO À ÁGUA POTÁVEL

 

32 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável

Levantamento mostra que 32 milhões de brasileiros padecem da falta de água potável e 90 milhões, de coleta de esgoto

 
Esgoto a céu aberto: um problema difícil de ser superado e que afasta o país das metas estabelecidas pelo Marco do Saneamento Básico -  (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Esgoto a céu aberto: um problema difícil de ser superado e que afasta o país das metas estabelecidas pelo Marco do Saneamento Básico - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 
Isabel Dourado * 
postado em 23/03/2024 03:55 / atualizado em 23/03/2024 10:44

Cerca de 32 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e 90 milhões não contam com acesso à coleta de esgoto. O alerta é da 16ª edição do Ranking do Saneamento, elaborado pelo Instituto Trata Brasil e que relaciona os 100 municípios mais populosos do país.

 
No sentido contrário, os 20 piores municípios do ranking estão nas regiões Norte (sete), Nordeste (seis) e Sudeste (cinco). As dificuldades no oferecimento de água potável e de esgoto sanitário são graves em Porto Velho — apenas 41,74% da população tem acesso à água de qualidade; Ananindeua (PA), com 42,74%; Santarém (PA), com 48,8%; Rio Branco, com 53,5%; e Macapá, com 54,38%.

O levantamento mostrou, ainda, que os 20 municípios mais bem assistidos pelo saneamento básico apresentaram um investimento anual médio — entre 2018 e 2022 — de R$ 201,47 por habitante. Isso representa 13% abaixo do patamar nacional médio para a universalização.

No caso dos 20 piores, o investimento anual médio no mesmo período é de R$ 73,85 por habitante — cerca de 68% abaixo do patamar nacional médio para a universalização do saneamento. O Trata Brasil destaca que, no caso desses municípios, por terem indicadores muito atrasados no projeto de levar água de qualidade e tratamento de esgoto a maior parte da população, ter um baixo investimento anual médio por habitante resulta na dificuldade para que se atinja as metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento Básico.

Monitoramento dos rios

Também ontem, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) lançou o Relatório Digital de Qualidade da Água, que mostra a característica do recurso dos rios em mais de 400 mil trechos pelo país. Esse monitoramento permite avaliar a adequação da água para diversos usos.

Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, evidências científicas e estudos são essenciais para orientar as políticas públicas da ANA. Ela observou que o trabalho da agência contribui para afastar decisões sobre o uso da água baseadas somente nos interesses políticos locais e no clientelismo.

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi


Correio Braziliense sexta, 22 de março de 2024

LOLLAPALOOZA 2024: VEJA AS ATRAÇÕES DO PRIMEIRO DIA DO EVENTO

 

Lollapalooza: veja as atrações do primeiro dia de evento

Nesta sexta-feira (22/3) ocorre o primeiro dia do Lolla 2024. Entre as atrações estão Blink-182 e Arcade Fire, além da brasileira Luísa Sonza

 
Blink-182 subirá ao palco nesta sexta-feira (22/3) -  (crédito: Reprodução/Instagram/blink182)
Blink-182 subirá ao palco nesta sexta-feira (22/3) - (crédito: Reprodução/Instagram/blink182)
 
Yasmin Rajab 
postado em 22/03/2024 03:50

O primeiro dia do Lollapalooza 2024 ocorre nesta sexta-feira (22/3), com várias atrações musicais. O festival, que reúne anualmente milhares de pessoas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, esse ano conta com mais de 20 shows por dia. 

A line-up diversificada é composta por artistas de diferentes ramos da música. Cantores e bandas internacionais também passarão pelos palcos do Lolla durante os três dias de evento — 22, 23 e 24 de março. 

Os destaques do primeiro dia são Blink-182 e Arcade Fire. Os brasileiros Marcelo D2, BaianaSystem, Luísa Sonza e Maneva também se apresentarão. Confira todas as atrações do dia:

 
  • Blink-182;
  • Arcade Fire;
  • The Offspring;
  • Diplo;
  • Jungle;
  • The Blaze;
  • Dom Dolla;
  • Marcelo D2;
  • Fletcher;
  • Luísa Sonza;
  • MK;
  • Kittin;
  • BaianaSystem;
  • Lourena;
  • Ratier;
  • Mary Mesk;
  • Classmatic;
  • Maneva;
  • Rancore;
  • Mila Journée;
  • Ella Whatt;
  • Dexter 8º Anjo;
  • Nouvella;
  • From House to Disco. 

 


Correio Braziliense quinta, 21 de março de 2024

ENTREGADORES DE APLICATIVO: CONHEÇA A ROTINA DESSES TRAHLADORES, UMA PROFISSÃO INVISÍVEL

 

Conheça a rotina dos entregadores de aplicativo, uma profissão invisível

Eles estão no dia a dia dos brasilienses, principalmente depois da pandemia, mas poucos enxergam as dificuldades que motoboys passam, como agressões, falta de direitos trabalhistas e desvalorização

CB
 
Correio Braziliense
postado em 21/03/2024 06:00
 
Há 30 mil motoboys em atividade e uma de suas preocupações é o trânsito. Na foto, Alessandro da Conceição (E) e Wesley Santos -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Há 30 mil motoboys em atividade e uma de suas preocupações é o trânsito. Na foto, Alessandro da Conceição (E) e Wesley Santos - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
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Por Carol Braga, Naum Giló e Fernanda Cavalcante* — Segundo a Associação dos Motofretistas Autônomos e Entregadores de Aplicativo do Distrito Federal e Entorno (Amae-DF), a capital tem cerca 30 mil trabalhadores da categoria em atividade. Eles são responsáveis pelo conforto do brasiliense em receber encomendas na porta de casa ou do condomínio. Apesar da importância da tarefa que desempenham, sobretudo a partir da pandemia, eles ainda são frequentemente alvos de agressões e de intolerância por parte de clientes, além de não terem estrutura e direitos que lhes garantam condições dignas de trabalho, como pontos de apoio para poderem se alimentar, descansar, hidratar-se ou recarregar o celular, ferramenta fundamental de trabalho para eles. A sensação é de invisibilidade.

Wesley Santos, 23 anos, no ramo há dois anos, relata episódios de desrespeito. "Teve uma vez que brigaram comigo porque o lanche estava molhado, mas está fora do meu controle se está chovendo e a pessoa demora para abrir o portão", conta, indignado. "Também na chuva, outro cliente demorou 20 minutos para pegar o pedido", lembra. "A pessoa sequer agradeceu", relembra.

O jovem também se revolta ao recordar de um estabelecimento que, em teoria, deveria ser ponto de apoio aos motoboys dos aplicativos. "Na porta tinha uma placa avisando que era proibida a entrada de motoboys. Logo abaixo, outra placa avisava: Seu pet é bem-vindo'. Quer dizer, animais podem. A gente, não."

Antes de usar a motocicleta para sobreviver, Wesley trabalhava em um restaurante com carteira assinada, mas o que ganhava não supria as necessidades. "Com as entregas, consigo trabalhar um pouco mais e ganhar um pouco mais também", explica. Por dia, o jovem faz de 25 a 30 viagens, faturando entre R$ 200 e R$ 250, mas ele destaca que esse dinheiro também é usado para combustível e manutenção da moto, além de alimentação. Santos começa as entregas às 11h e termina às 23h.

Ele mora com a esposa em Sobradinho. O único dia da semana que o casal tem para fazer algum programa juntos é a segunda-feira, quando estão de folga. "Feliz é uma palavra muito forte, mas sou grato pelo que conquistei, porque, hoje, estou melhor do que antes, com o antigo trabalho", afirma.

Para Geraldo Góes, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a invisibilidade dos entregadores e dos motoboys vai além do dia a dia da profissão. "Falta regulação estatal desse trabalho. Há uma invisibilidade do ponto de vista do quanto as plataformas divulgam sobre como são as relações trabalhistas", analisa. Segundo o professor, nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, existem regulações e padronização de quais e de quantos dados devem ser divulgados pelas empresas sobre os trabalhadores. "Com o aumento de dados disponibilizados, conseguimos fazer pesquisas mais qualificadas e conhecer melhor essas pessoas e suas necessidades", explica o pesquisador.

De acordo com estudos do Ipea, mais de 1,7 milhão de pessoas atuam com plataformas de entregas no Brasil, número que representa praticamente 2% da força de trabalho nacional. Segundo Geraldo, é importante o Estado regular essas relações entre empresas e empregados, porque o modelo plataformizado veio para ficar e tende a crescer. "Começou no setor de transportes e, em um futuro próximo, deve chegar às indústrias", aponta.

"Eu me sinto invisível e cansado, porque nós nos entregamos para esse trabalho, dando conforto para a sociedade, mas não somos bem remunerados, as condições são precárias e somos desvalorizados, apesar de colocarmos em risco a saúde e a segurança, fora o estresse", desabafa Alessandro da Conceição, 31, conhecido como "Motoboy Sorriso". Presidente da Amae-DF, ele conta que entrou no ramo no período da pandemia da covid-19, momento em que, segundo ele, ao invés de serem valorizados, foram ainda mais precarizados, com aumento de jornada e queda no rendimento.

O motoboy trabalha todos os dias, entre 11h e 23h, deixando em casa a esposa e as filhas de 9 meses e de 4 anos. Ele consegue fazer entre 15 e 22 entregas, o que rende de R$ 100 a R$ 150 no dia. O motoboy não conseguiu completar o ensino médio. Largou a escola para ajudar com as contas de casa. No entanto, a conclusão dos estudos está nos planos e Sorriso pensa em ingressar na faculdade.

O desrespeito com a categoria é sentido cotidianamente. "A gente faz a gentileza de subir no apartamento para fazer a entrega e não recebe bom dia ou boa tarde. Aconteceu de o cliente colocar só a mão para fora e fechar a porta na minha cara", relembra o motoboy. "Se até hoje trabalho nisso é porque eu gosto. É um sonho meu ver a nossa profissão ser valorizada", ressalva.

 

  • Ponto de apoio no Setor Comercial Sul. Na foto, Eduardo Melo
    Ponto de apoio no Setor Comercial Sul. Na foto, Eduardo MeloKayo Magalhães/CB/D.A Press
     
     
  • Ponto de apoio ao motociclista no Lago Norte. Na foto, Bernardo Teixeira
    Ponto de apoio ao motociclista no Lago Norte. Na foto, Bernardo TeixeiraKayo Magalhães/CB/D.A Press
     
  • Alessandro da Conceição
     
     
  • Wesley Santos
    Wesley SantosKayo Magalhães/CB/D.A Press
 

 


Correio Braziliense quarta, 20 de março de 2024

ÍNDICE DE FELICIDADE: FINLÂNDIA É ELEITA COMO PAÍS MAIS FELIZ DO MUNDO; BRASIL FICA EM 44º LUGAR

 

Finlândia é eleita como país mais feliz do mundo; Brasil fica em 44º

Seis fatores-chave são considerados no ranking: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção

 
A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses -  (crédito: OUT / AFP / Lehtikuva / Jussi Nukari)
A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses - (crédito: OUT / AFP / Lehtikuva / Jussi Nukari)
 
Correio Braziliense
postado em 20/03/2024 10:09

A Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo pela sétima vez consecutiva, segundo um relatório patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quarta-feira (20/3). Na lista, o Brasil ficou na 44ª colocação — subindo cinco posições em comparação com o levantamento do ano passado.

 
O documento leva em conta seis fatores-chave: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção. Para Jennifer De Paola, pesquisadora da Universidade de Helsinque, a proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses.

Os países nórdicos ocupam os primeiros lugares do ranking. Dinamarca, Islândia e Suécia aparecem abaixo da Finlândia. Já em último lugar na lista de 143 países está o Afeganistão — afetado por uma catástrofe humanitária.

Cabe destacar que pela primeira vez em mais de 10 anos, Estados Unidos e Alemanha não aparecem entre os 20 países mais felizes, e ocupam as posições 23 e 24, respectivamente. Já Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13.

*Com informações da AFP


Correio Braziliense terça, 19 de março de 2024

METEOROLOGIA: OUTONO MUDARÁ CLIMA EM TODO O PAÍS; VEJA PREVISÃO

 

Outono mudará clima em todo o país; veja previsão

O outono é de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco. A estação começa nesta quarta-feira (20/3) e termina em 21 de junho

 
O outono começa na quarta-feira (20/3), às 0h06, e termina no dia 21 de junho, às 17h51 -  (crédito: Ed Alves/CB)
O outono começa na quarta-feira (20/3), às 0h06, e termina no dia 21 de junho, às 17h51 - (crédito: Ed Alves/CB)
 
Correio Braziliense
postado em 19/03/2024 08:31 / atualizado em 19/03/2024 08:59

outono no Hemisfério Sul começa nesta quarta-feira (20/3), às 0h06, e termina no dia 21 de junho, às 17h51. A estação é de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco. Neste período, as chuvas costumam ser mais escassas no interior do Brasil. No entanto, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para as próximas duas semanas ainda é de chuvas, o que amenizará o calor sentido pelos brasileiros.

"Durante a estação, observam-se as primeiras ocorrências de fenômenos adversos, típicos do outono, como: nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso", explica o Inmet.

 

Previsão para a 1ª semana (18/03/2024 a 25/03/2024):

Região Norte: são previstas pancadas de chuvas, com valores que podem superar os 100 milímetros (mm), principalmente em áreas do Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Não estão descartadas a ocorrência pontual de chuvas mais intensas, acompanhadas de rajadas de vento e trovoadas.

Região Nordeste: as chuvas deverão continuar especialmente no norte da região, onde os totais podem ficar em torno de 100 mm. Áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará deverão registrar os maiores acumulados de chuva. No leste da região, as chuvas deverão ser menos intensas quando comparadas com a semana anterior, com valores em torno de 40 mm.

Região Centro-Oeste: as chuvas deverão ter um pouco mais de regularidade em parte da região durante a semana. Nos estados de Mato Grosso e em Goiás, os totais de chuva poderão ficar em torno de 70 mm. Por outro lado, em Mato Grosso do Sul, a chuva deverá ser irregular, com total em torno de 40 mm.

Região Sul: terá temporais isolados especialmente em áreas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O total de chuva pode ficar em torno de 80 mm.

Região Norte: o período ainda será de muita chuva. São previstos acumulados maiores que 90 mm, mas principalmente, em áreas do Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins.

Região Nordeste: a previsão é de chuva que, localmente, pode ser forte e superar os 90 mm no centro-norte e em todo litoral leste da Região. Nas demais áreas, as chuvas deverão ser mais irregulares e de menor intensidade.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste: são previstas pancadas de chuvas, mas que podem ser localmente fortes e superar os 80 mm. As chuvas deverão ser mais intensas nos estados de Mato Grosso e Goiás. Nas demais áreas, a previsão é de acumulados de chuvas menores, podendo ficar em torno de 30 mm.

Região Sul: a previsão é de chuva irregular, com totais que podem ficar em torno de 50 mm.


Correio Braziliense segunda, 18 de março de 2024

METEOROLOGIA: ONDA DE CALOR VAI ATÉ QUARTA

 

Onda de calor vai até quarta; DF terá temperatura acima da média

Massa de ar quente estacionada no centro-sul do país eleva temperaturas. No Rio, a sensação térmica bate recorde e chega a incríveis 62,3°C. No DF, termômetros vão ficar até 4°C acima da média nesta semana

 
Vista aérea da praia no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro: forte calor obrigou os cariocas a procurarem um refresco no mar  -  (crédito: Tércio Teixeira/AFP)
Vista aérea da praia no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro: forte calor obrigou os cariocas a procurarem um refresco no mar - (crédito: Tércio Teixeira/AFP)
 
Mariana Saraiva 
Rafaela Gonçalves 
postado em 18/03/2024 05:33

O Brasil enfrenta a terceira onda de calor do ano. Uma massa de ar quente vinda do Paraguai e da Argentina provocou, nesta semana, uma elevação de temperatura em parte do país, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Rio de Janeiro, as temperaturas bateram, neste domingo, mais um recorde: a sensação térmica chegou a 62,3°C na estação de Guaratiba, na Zona Oeste do município.

 
No Distrito Federal, a previsão é de que a temperatura fique de 3°C a 4°C acima da média, nesta semana. De acordo com o meteorologista Cleber Sousa, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), hoje a manhã deve ser ensolarada, com muitas nuvens e pancadas de chuva no período da tarde. A temperatura vai estar entre 19°C e 32°C, com umidade do ar girando em torno de 35% a 40%. "Serão chuvas passageiras e isoladas com a temperatura subindo um pouco gradativamente no decorrer do dia", explica.

A bolha de calor que atinge o país ocorre quando uma área de alta pressão permanece no mesmo lugar por dias ou semanas, prendendo o ar quente. Essas massas de ar quente se expandem pela atmosfera, formam uma cúpula e desviam frentes frias. Com isso, os estados estão batendo recordes de temperatura para março neste fim do verão, principalmente no centro-sul do país.

Os termômetros da capital paulista registraram 34,7°C neste fim de semana. Essa foi a temperatura máxima da cidade para o mês de março desde o início da série histórica do Inmet, iniciada em 1943. A temperatura supera a máxima registrada anteriormente de 34,3°C, que foi medida em 14 e 15 de março deste ano e em 1º de março de 2012.

Temperatura no centro de São Paulo
Em São Paulo, os termômetros também subiram e bateram recorde histórico do mês de março(foto: Miguel Schincariol/AFP)

 

Em Minas Gerais, a maior temperatura registrada em Belo Horizonte chegou na casa dos 35°C, a mais alta do estado neste ano, até o momento. Mais de 300 municípios estão sob alerta devido às altas temperaturas. Em Itabira, a máxima chegou a 37ºC.

Explicação

A onda de calor está relacionada ao fenômeno El Niño, de aquecimento das águas do Oceano Pacífico, e também ao aquecimento global do planeta. Para Carlos Sanquetta, Ph.D. em ecologia e manejo de recursos naturais e integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o fenômeno está sendo agravado pelas mudanças climáticas oriundas das ações humanas.

"Alguns estudos já indicam a ligação entre o aumento na frequência e intensidade dos efeitos dos fenômenos como El Niño e as mudanças climáticas causadas pela elevação das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera", destacou o pesquisador.

"Alguns estudos já indicam a ligação entre o aumento na frequência e intensidade dos efeitos dos fenômenos como El Niño e as mudanças climáticas causadas pela elevação das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera"Carlos Sanquetta, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas

 

De acordo com Sanquetta, "a onda de calor é mais um duro lembrete da crise climática e da nossa responsabilidade em relação a ela". "Redução das emissões de gases de efeito estufa, remoção do excesso desses gases já presentes na atmosfera e ações de adaptação às mudanças do clima são imperativas e não podem mais ser adiadas", alertou.

A previsão é de que a onda de calor se estenda até quarta-feira, com a virada para o outono. Uma frente fria que chega ao país no mesmo dia causará tempestades no Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul. São esperadas rajadas de vento acima dos 70km/h, com a possibilidade também de queda de granizo.

As chuvas serão provocadas por novas áreas de instabilidade que se deslocam da fronteira do Uruguai. De acordo com o Inmet, os acumulados de chuva nos próximos dias podem superar os 200mms em áreas do centro e centro-oeste do Estado, e acima dos 100mm nas demais regiões e entre Santa Catarina e o Paraná. Em algumas capitais, pode haver queda brusca de temperatura.

 


Correio Braziliense domingo, 17 de março de 2024

CARREIRA DE SUCESSO: CONHEÇA 5 PROFISSIONAIS BRASILEIRAS QUE FAZEM A DIFERENÇA EM PORTUGAL

 

 

Conheça 5 profissionais brasileiras que fazem a diferença em Portugal

Empresárias e trabalhadoras de vários ramos da economia têm promovido mudanças importantes na economia lusitana, gerando empregos e renda, apesar de todo o preconceito que várias delas enfrentam

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Vicente Nunes — Correspondente
postado em 17/03/2024 06:00
 
Carol do Acarajé, empresária -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Carol do Acarajé, empresária - (crédito: Arquivo Pessoal)

Lisboa — As mulheres brasileiras já são a maior força de trabalho entre as estrangeiras que escolheram Portugal para viver. Elas passam de 200 mil e, seja comandando empresas, seja trabalhando por conta própria, têm contribuindo para a geração de empregos e renda no país. Os desafios, porém, são muitos. Um deles, superar o preconceito ainda entranhado em parte da população portuguesa contra quem vem de fora. A percepção geral é de que a luta está valendo a pena, Além de elas se firmarem como empreendedoras e profissionais qualificadas, os filhos têm tido a oportunidade de usufruírem de um bom sistema de educação, que os prepara para um mundo a ser explorado na União Europeia.

Para Patrícia Lemos, 52 anos, dona da empresa Vou mudar para Portugal, que, neste ano, projeta faturamento de 100 milhões de euros (R$ 560 milhões), não é fácil conciliar os papéis de mãe, de esposa, de empresária, de gestora e ainda ter vida social, mas o que importa são as conquistas. Ela atua, principalmente, no ramo imobiliário, que vive um boom em território português. Há uma demanda enorme por aluguel e compra de imóveis, e escassez de oferta, muito em função da chegada em peso de estrangeiros ao país, em especial, brasileiros e norte-americanos. Toda a atuação da companhia é on-line, o que reduz bastante os custos e agiliza os negócios. "A pandemia nos empurrou para a digitalização", acrescenta. 

 
 
Patrícia Lemos, dona da imobiliária on-line Vou mudar para Portugal.
Patrícia Lemos, dona de imobiliária on-line(foto: Arquivo Pessoal)

 

Patrícia desembarcou em Portugal em 2017. O primeiro ano no novo país foi de aprendizagem. Era preciso compreender a cultura, os gostos, a forma de viver dos lusitanos, as regras contábeis. "Essa curva de aprendizado é necessária para qualquer empreendedor", ressalta. Assim que se sentiu mais segura, percebeu que chegara a hora de retomar a vida de empresária que tinha deixado para trás. A carioca já havia sido dona de um petshop e de uma agência de publicidade digital no Brasil. Experiência não lhe faltava. "Mas construir um negócio em outro país, sendo mulher e brasileira, não é fácil. E o ramo escolhido, totalmente digital, era muito incipiente em Portugal. Quando cheguei ao país, as pessoas pouco usavam o WhatsApp", recorda.

Nesses seis anos de atuação da imobiliária on-line, Patrícia fez questão de manter uma empresa só de mulheres. "Praticamente, todas as mais de 20 funcionárias são brasileiras, imigrantes. Apenas uma é portuguesa. Isso nos fortalece. São mulheres que fizeram a mesma trajetória que eu fiz, que sabem o valor do negócio que criamos", destaca. A consolidação da empresa em nada diminui o ímpeto empreendedor da carioca. Pelo contrário, ela se sente desafiada diariamente, e faz planos.

"A meta, agora, é aumentar a capilaridade da companhia por Portugal inteiro e começar a trabalhar outros mercados de imigrantes. Temos tido uma procura muito grande por parte de norte-americanos, que estão se mudando para o país em busca das mesmas coisas que nós: segurança, qualidade de vida, um sistema de saúde acessível, educação de qualidade", complementa Patrícia. "Sabemos que esse processo de crescimento será desafiador, mas estamos convencidos de que o caminho escolhido é o correto", frisa.

Lucro do acarajé

Nascida e criada na lendária praia de Itapuã, em Salvador, Carolina Alves de Brito, a Carol do Acarajé, 41, levou um susto quando recebeu um convite de uma família de portugueses para que ela fizesse as malas e fosse trabalhar com eles no Porto, a maior cidade do norte de Portugal. Os turistas haviam provado os quitutes que a jovem preparava com todo o carinho ali na praia e queriam que ela levasse a comida baiana para o restaurante deles do outro lado do Atlântico. Quando falou com a mãe sobre o convite, vieram os questionamentos e as dúvidas sobre uma mudança tão repentina de país. Mas Carol bateu o pé e disse que estava disposta a assumir os riscos. Se nada desse certo, retornaria para a casa e para a rotina de antes.

 

Já no Porto, com o restaurante funcionando a pleno vapor, a baiana começou a imprimir sua marca. Aos poucos, a clientela foi crescendo e o boca a boca difundindo as delícias preparadas pela jovem, então com 20 anos. O negócio prosperou e cinco anos se passaram, até que uma nova oportunidade se colocou no caminho da brasileira. Ela foi convidada para montar uma banca de comidas baianas numa comemoração do Sete de Setembro do Consulado do Brasil no Porto. Deu tão certo, que a Embaixada do Brasil em Lisboa resolveu repetir o evento três dias depois. Dali em diante, o destino de Carol estava selado.

Ela se mudou para Lisboa, onde foi trabalhar em um restaurante. Nas horas vagas, no entanto, passou a participar de feiras, a fazer jantares temáticos, a ocupar todos os espaços possíveis. Foram 10 anos nessa rotina pesada, mas prazerosa. Carol, sempre com a ajuda dos orixás, tinha a certeza de que era a hora de dar os próprios passos. Pediu demissão do restaurante e instalou a sua barraca na Casa do Brasil todas as quintas-feiras. Transformou aquele local numa pequena Bahia. Mais uma vez, o boca a boca falou alto e a noite do acarajé se tornou um point. Vinham pessoas de várias partes de Portugal para provar os quitutes que ela fazia.

Diante daquele sucesso, a jovem teve a certeza de que precisava ter o próprio espaço. E não se intimidou. Em 2017, abriu a primeira unidade do Carol do acarajé, no Bairro Alto, região boêmia da capital portuguesa. Os primeiros meses foram difíceis, tudo funcionava meio improvisado, mas o tempero da baiana era tão bom, que os clientes faziam filas à espera de uma mesa. No ano passado, em julho, a brasileira, a mais nova de 14 irmãos, finalmente conseguiu inaugurar a segunda unidade de seu restaurante. "Hoje, tenho 15 colaboradores, todos registrados", faz questão de ressaltar. Se tudo correr bem, a próxima parada será no Porto, justamente onde a jovem sonhadora desembarcou, certa de que a vida lhe reservava muita coisa boa.

Desistir, jamais

A pernambucana Ana Paula Schwartz, 53, deixou o Brasil aos 21 anos em direção à Alemanha. Lá, casou-se e construiu uma bela carreira promovendo eventos culturais e no mundo da moda. Os filhos vieram e, 10 anos depois, havia chegado a hora de fazer novamente as malas para desbravar um outro país. O marido, um engenheiro alemão, tinha sido convidado para o projeto de construção da linha de trem que passaria por debaixo da Ponte 25 de Abril, ligando Lisboa ao sul do país. Ela, porém, teve pouco tempo para estruturar a nova etapa da vida. A filha, Karlianny, então com 7 anos, descobriu um câncer numa das pernas e o jeito foi retornar à Alemanha para um longo tratamento.

 

Patrícia Lemos, dona da imobiliária on-line Vou mudar para Portugal.
Ana Paula Schwartz, empresária do setor de eventos(foto: Arquivo Pessoal)

 

Mesmo nesse período mais difícil — a menina acabou amputando a perna —, Ana Paula retomou algumas de suas atividades empresariais, sempre compartilhada com ações sociais. Com a filha curada da doença — hoje, está casada e tem quatro filhos —, a pernambucana decidiu que o momento era de retornar a Portugal. "Quando cheguei, fui trabalhar em uma escola alemã, ensinando os alunos a cultura brasileira. Era uma atividade extracurricular, mas que fez tanto sucesso, que chegou a haver filas de estudantes para o curso", conta. Nesse meio tempo, ela esboçou uma volta à Alemanha, mas, em 2000, teve a certeza de que seu lugar era Portugal.

Desde então, entre uma e outra passagem por Bruxelas, na Bélgica, Ana Paula construiu uma base de negócios que hoje é referência na área de eventos. "Já fiz de tudo. Levei o carnaval brasileiro para todos os cantos de Portugal, incluindo as pequenas aldeias. Produzi muitos festivais de música e de moda e criei cursos de dança. Projetos que me deram muita alegria e obtiveram grande repercussão", afirma. Mas há um trabalho, em especial, que merece toda a atenção da pernambucana: o Miss Brasil Europa, que entrou para o calendário anual do Cassino de Estoril desde 2018 — só foi interrompido durante a pandemia do coronavírus.

"Não se trata de um concurso de beleza tradicional. Vai muito além de um rosto ou de um corpo bonito. Temos selecionado mulheres acima de 30 anos, casadas, mães. O principal foco na disputa é o conhecimento, o nível de educação", descreve Ana Paula, que, em meio à gestão de eventos, se tornou uma expert no sistema de câmbio, auxiliando imigrantes nas remessas e nos recebimentos de recursos. A edição deste ano do Miss Brasil Europa começará a ser preparada em abril. Serão seis meses até o grande dia. "Com a consolidação do concurso em Portugal, o nosso objetivo, agora, é expandi-lo para outros países da região", complementa.

Criatividade e empenho

Para a carioca Janaína Miluard, 51, que mora há quase quatro anos em Portugal, mais precisamente em Cascais, a vida lhe reservou ser empresária. "Estudei jornalismo e marketing, e não conclui nenhuma das duas faculdades. Fui, então, sendo levada para o mundo dos negócios. Em 2004, abri meu primeiro restaurante, o Palaphita, no Rio de Janeiro, em parceria com o meu marido, Mário, que é um grande empreendedor", diz. Esse movimento deu tão certo, que acabou cruzando o Atlântico. "Eu fico a parte chata do negócio. O Mário cria, e eu faço com que seja rentável e funcione. Assim, nos complementamos", emenda.

Na avaliação dela, empreender no Brasil sempre foi um desafio, devido às condições econômicas mais instáveis e à insegurança, uma vez que os empreendimentos são sempre abertos. "A vantagem, quando chegamos a Portugal, foi que viemos com uma marca consolidada", frisa. O restaurante, que fica em uma área nobre de Cascais, com vista para o mar, abriu as portas em outubro de 2020, num período de pequena trégua da pandemia. Mas, a despeito dos percalços, do abre e fecha do comércio, o negócio prosperou. "Em abril, vamos inaugurar a segunda unidade do Palaphita em São Pedro de Estoril. Será um mercado com comidinhas. Estamos correndo com as obras", destaca.

 

Janaína Miluard, empresária, dona no restaurante Palaphita, em Cascais.
Janaína Miluard, dona de restaurante em Cascais(foto: Arquivo Pessoal)

 

Janaína não tem dúvidas de que ela e o marido fizeram o caminho certo trocando o Brasil pelo país europeu. "Não era nosso objetivo morar em Portugal. Mas o Rio foi descendo a ladeira e pegamos o bonde certo", ressalta, lembrando que, das três unidades do Palaphita na capital fluminense, apenas a que fica no aeroporto do Galeão continua funcionando. "É onde se toma a última caipirinha antes de se deixar o Rio", brinca. Os restaurantes da Lagoa e do Jóquei fecharam.

A empresária está convencida de que todas as mulheres têm grande capacidade para o empreendedorismo. E não podem perder as oportunidades, seja no Brasil, seja em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo. "Se você tem uma boa ideia e consegue executá-la da forma como deve ser, tem tudo para conquistar o sucesso em qualquer lugar", frisa. Ela lembra que, na rede Palaphita, as mulheres sempre terão papel de relevância. "No nosso quadro de pessoal, elas são maioria, a gerente, a subgerente, a chef de cozinha, a subchef, a auxiliar, as atendentes. São muito comprometidas, pois as mulheres sempre têm de provar um algo a mais", reconhece.

Interesse grande

Há quase dois anos em Portugal, a designer gráfica, ativista cultural e fotógrafa Pat Cividanes, 44, conta que, desde a sua chegada, o mercado luso a acolheu com muita boa vontade. "Já tinha algumas relações de trabalho com o país, mas, estando in loco, foi mais fácil furar as bolhas", afirma. Para ela, há uma curiosidade grande por parte dos portugueses em relação ao Brasil, e de uma forma positiva.

"Isso, provavelmente, não é uma coisa exclusiva da área cultural, mas imagino que, nesse segmento, tal percepção seja mais nítida. Creio que o artista brasileiro sempre teve em Portugal um respaldo, um interesse grande, principalmente, em relação à música. Contudo, hoje a gente sente nas artes cênicas, em especial, uma presença muito forte brasileira. E isso é muito importante", assinala.

 

Pat Cividanes, designer gráfica, ativista cultural e fotógrafa
Pat Cividanes, designer gráfica, ativista cultural e fotógrafa(foto: Arquivo Pessoal)

 

A paulista de Orlândia conta que a boa receptividade dos portugueses fez com que ela adicionasse de vez a fotografia em seu portfólio. "É um trabalho totalmente presencial, e tem me trazido bons resultados", diz. "À medida que as pessoas vão conhecendo o seu trabalho, você vai furando bolhas. É claro que há dificuldades, mas, no geral, os resultados têm sido bem positivos", acrescenta ela, que já faz planos. "Gostaria de trabalhar cada vez mais com artistas, não só portugueses, mas europeus, mas sem deixar de lado os brasileiros", acrescenta.

Ela lembra que, antes da pandemia da covid-19, já trabalhava remotamente. "O designer gráfico traz essa oportunidade, que a fotografia não traz. Acabei de fazer, por exemplo, um material gráfico para um espetáculo na Noruega. Em Portugal, estou trabalhando em um material gráfico para o Festival Transborda, que acontecerá no fim de abril. Faço a identidade gráfica desse evento desde a primeira edição. Esta será a quarta. Portanto, realizo esse trabalho antes mesmo de me mudar para Lisboa. A tecnologia e a cultura nos trazem essa oportunidade", detalha.

Pat enfatiza que as mulheres enfrentam desafios maiores que os homens, independentemente de onde estejam e da profissão que exerçam. "A gente aprende isso desde que nasce. A batalha é outra. Mas, da minha experiência pessoal, posso dizer que consigo furar bem os espaços. Me sinto recompensada", diz. "Há outra coisa importante a ser dita: o espaço feminino criado nas artes performáticas em Portugal pelas mulheres trans brasileiras é muito forte. Trata-se de uma conquista e tanto, que deve ser exaltada e preservada", complementa.

 


Correio Braziliense sábado, 16 de março de 2024

VNAGRE DE MAÇÂ: TEMPERO PODE AJUDAR NAS ESTRETÉGIAS DE EMAGRECIMENTO, DIZ ESRTUDO

 

Vinagre de maçã pode ajudar nas estratégias de emagrecimento, diz estudo

Estudo sugere que vinagre de maçã pode ajudar nas estratégias de emagrecimento e de redução de medidas. Porém, especialista aguardam mais pesquisas para confirmar a descoberta

 
O consumo do produto também foi associado a quedas nos níveis de glicose, triglicerídeos e colesterol, de acordo com  artigos científicos -  (crédito: PxHere/Divulgação )
O consumo do produto também foi associado a quedas nos níveis de glicose, triglicerídeos e colesterol, de acordo com artigos científicos - (crédito: PxHere/Divulgação )
 
Paloma Oliveto 
postado em 16/03/2024 06:00

Três colheres de sopa de vinagre de maçã por dia podem ajudar no emagrecimento de pessoas com sobrepeso ou obesidade, segundo um estudo publicado na revista BMJ Nutrition, Prevention & Health. A pesquisa, da Universidade Espírito Santo de Kalisk, no Líbano, comparou, ao longo de 12 semanas, o peso, o índice de massa corporal (IMC), os níveis de glicose, triglicerídeos e colesterol em quatro grupos, incluindo um de placebo.

De acordo com a pesquisa, em três meses, o consumo do vinagre de maçã foi associado a reduções significativas no peso dos participantes e nas taxas medidas, sugerindo que o produto pode ser útil no tratamento da obesidade. Desde a década de 1990, o número de pessoas que vivem com algum grau do problema aumentou quatro vezes e, agora, cresce especialmente entre crianças e jovens, indicou um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os pesquisadores libaneses alegam que, nos últimos anos, o vinagre de maçã tem se tornado popular nas estratégias de perda de peso. "Alguns estudos em pequena escala realizados em humanos mostraram resultados promissores, com o consumo de vinagre de maçã levando à perda de peso, redução da gordura corporal e diminuição da circunferência da cintura", escreveram, no artigo.

Placebo

Para testar o potencial da substância, os autores do estudo convocaram 120 jovens, com média de idade de 17 anos, com IMC variando entre 27 e 34 (sobrepeso e obesidade grau 1). Os participantes foram divididos, aleatoriamente, em quatro grupos. Nos três primeiros, era oferecido o vinagre uma vez por dia, em quantidades de 5ml, 10ml ou 15ml, respectivamente, em uma mistura de ácido acético a 5%, diluído em 250ml de água, por 12 semanas. A substância foi ingerida em jejum, pela manhã. Já o restante dos voluntários recebeu, sem saber, placebo.

Ao longo de 12 semanas, os participantes registraram o que comeram em um diário alimentar e forneceram informações sobre a atividade física. Segundo os autores, não houve diferenças significativas entre os quatro grupos, mas o artigo não especifica qual dieta foi seguida, nem os exercícios realizados, o que é um problema, segundo especialistas.

Segundo os pesquisadores, os participantes que tomaram o vinagre de maçã diariamente registraram um emagrecimento considerável, comparado ao placebo. Em média, a dose de 5ml reduziu o peso de 79k para 74kg, com queda no IMC de 31 para quase 29.

Medidas

As quedas de peso e IMC foram muito menores entre os do grupo placebo durante o mesmo período. De pouco mais de 79kg para pouco menos de 79kg e de 30,7 para 30,6 de massa corporal. Comparado aos que não tomaram o vinagre, todos os que receberam tiveram reduções significativas nas medidas da cintura e do quadril. "Essas reduções foram semelhantes independentemente da dose, sugerindo que o efeito não dependia da quantidade", diz o artigo.

No artigo, os autores ressaltam que a amostra do estudo foi pequena, o que limita as descobertas. Mas também afirmam: "Esses resultados sugerem que o vinagre de maçã pode ter benefícios potenciais na melhoria dos parâmetros metabólicos relacionados com a obesidade e distúrbios metabólicos em indivíduos obesos. O estudo poderia estimular novas pesquisas na área, levando os cientistas a explorar os mecanismos subjacentes e a realizar estudos semelhantes em outras populações".

Para Shane McAuliffe, do Instituto Global de Alimento, Nutrição e Saúde e um dos editores da revista BMJ Nutrition, Prevention & Health, na qual o artigo foi publicado, a intervenção "demonstrou viabilidade e eficácia". "Nessa fase, deve-se ter cautela em relação à generalização das conclusões tiradas sobre os efeitos do vinagre de maçã nos resultados observados", diz.

Evangeline Mantzioris, pesquisadora do Programa de Nutrição e Ciências Alimentares da Universidade de South Wales, na Austrália, diz que o estudo "é promissor, mas existem algumas preocupações". Ela cita a idade dos participantes — 12 a 25 anos —, que impede a generalização dos resultados. "O estudo fornece algumas boas evidências para futuros estudos maiores e mais longos a serem conduzidos em diversas idades para fornecer evidências mais robustas para verificar se o vinagre de maçã pode ser uma ajuda útil para a perda de peso."

Muita cautela

"A perda de peso experimentada por todos aqueles que receberam vinagre de maçã foi significativa, cerca de 6kg em 12 semanas, quando comparada com o grupo que não tomou a substância, que perdeu uma pequena quantidade de peso. Os resultados aqui relatados são notáveis, mas precisariam ser reproduzidos num ambiente mais rigorosamente controlado antes que qualquer confiança possa ser depositada nas suas conclusões. Seria maravilhoso se uma colher de chá de vinagre de maçã causasse uma perda substancial de peso, mas com a complexidade da obesidade e do seu manejo, às vezes, se algo parece bom demais para ser verdade, muitas vezes não é."

Helen Truby, professora de nutrição e dietética da Universidade de Queensland

 

Cautela com os resultados

 

"A perda de peso experimentada por todos aqueles que receberam vinagre de maçã foi significativa, cerca de 6kg em 12 semanas, quando comparada com o grupo que não tomou a substância, que perdeu uma pequena quantidade de peso. Os resultados aqui relatados são notáveis, mas precisariam ser reproduzidos num ambiente mais rigorosamente controlado antes que qualquer confiança possa ser depositada nas suas conclusões. Seria maravilhoso se uma colher de chá de vinagre de maçã causasse uma perda substancial de peso, mas com a complexidade da obesidade e do seu manejo, às vezes, se algo parece bom demais para ser verdade, muitas vezes não é."

Helen Truby, professora de nutrição e dietética da Universidade de Queensland


Correio Braziliense sexta, 15 de março de 2024

MÚSICA: ROBERTO CARLOS CANTA EMOÇÕES EM BRASÍLIA ESTE FINAL DE SEMANA

 

Roberto Carlos canta emoções em Brasília este final de semana

Roberto Carlos leva multidão ao Ulysses Guimarães para interpretar canções clássicas em reencontro com os fãs da capital

 

 
Cantor Roberto Carlos -  (crédito: Caio Girardi/Divulgação)
Cantor Roberto Carlos - (crédito: Caio Girardi/Divulgação)
 
Pedro Ibarra 
postado em 15/03/2024 06:30 / atualizado em 15/03/2024 07:27

Quando ele está aqui, o brasiliense vive um momento lindo. Anualmente, Roberto Carlos desembarca em Brasília para tocar os maiores sucessos da carreira para o público que o ama e o segue. Este sábado (16/3) e domingo (17/3), o Rei sobe ao palco montado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães para o esperado reencontro com os candangos.

Neste retorno a Brasília, o cantor traz a banda que o acompanha com o fiel escudeiro e o maestro Eduardo Lages, colaborando com  o artista e providenciando a música necessária para que Roberto Carlos e Brasília cantem em uma só voz as músicas que são sucesso em todo país e até internacionalmente.

O repertório tem algumas das faixas que marcaram época e passeia pela carreira do músico desde os tempos de jovem guarda até a atualidade. Nunca faltam hits e os espectadores podem esperar músicas como EmoçõesDetalhesComo é grande meu amor por você, AmigoJesus Cristo e Nossa Senhora.

Uma diferença em relação a outros shows recentes na capital é a adição da canção Evidências. A faixa que fez sucesso na voz dos sertanejos Chitãozinho e Xororó é um hino não oficial  e, por isso, o Rei teve de ter uma própria versão da música que mudou o Brasil e é entoada a plenos pulmões por todos os brasileiros.


Correio Braziliense quinta, 14 de março de 2024

QUADRA 500: EMPREENDIMENTOS PRONTOS PARA MORAR CONQUISTAM OS BRSILIENSES

 

Quadra 500: empreendimentos prontos para morar conquistam os brasilienses

Base Incorporações e a Superquadra apresentam últimas unidades dos imóveis na região, considerados sustentáveis e de alto padrão

Apresentado por  
postado em 12/03/2024 09:30 / atualizado em 13/03/2024 10:4
 
 
    -  (crédito:   )
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Os primeiros empreendimentos da Quadra Parque 500 estão ganhando o coração dos brasilienses. Na região, a Base Incorporações e a Superquadra apresentaram imóveis prontos para morar: o Parque Alvorada e o Parque Itamaraty. De alto padrão, os projetos somam à quadra residencial, considerada um novo marco para a capital e que foi projetada para oferecer uma experiência de vida excepcional aos moradores.

 

""Por estarem situados na quadra mais desejada de Brasília, com a localização mais nobre da cidade, esses empreendimentos se destacam e são extremamente valorizados. Além disso, os projetos oferecem apartamentos grandiosos. O Parque Alvorada apresenta apartamentos com até 244 m², cada um com elevador exclusivo; enquanto o Parque Itamaraty oferece apartamentos de 172 m². Aqui, estamos falando de um genuíno alto padrão, tanto em termos de forma quanto de funcionalidade""Priscila Valle, gerente de Arquitetura da Base Incorporações.

 

Mantendo a tradição dos projetos para a região, o Parque Alvorada e o Parque Itamaraty homenageiam os principais monumentos de Brasília. Com as últimas unidades reservadas, os imóveis são considerados empreendimentos sustentáveis e de alto padrão. No que diz respeito à infraestrutura, ambos possuem seis andares, cobertura, dois subsolos, área de lazer premium com diversos ambientes equipados e decorados (com hotspots de Wi-Fi) e, ainda, áreas destinadas à comodidade e à praticidade dos moradores.

De acordo com o head da Base Incorporações, também são disponibilizados, em cada imóvel, car wash com calibrador, box locker privativo na garagem, bicicletários privativos e tomada para carregamento de carro elétrico em uma das vagas privativas de cada morador. Para maior conforto, são disponibilizados reconhecimentos biométricos para abertura de portas e amplos estacionamentos em frente aos prédios.

 

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Já no âmbito da inovação, os projetos foram contemplados com uma fachada em granito insertado, esquadrias de alumínio e vidro translúcido com tecnologia de controle térmico e lumínico, o que reduz a necessidade de refrigeração do ambiente. Aquecimento misto com placas solares e aquecedor de passagem a gás externo, paisagismo implantado com sistema de irrigação automatizado e iluminação e a ventilação natural privilegiadas para redução dos custos de manutenção também fazem parte do Parque Alvorada e Parque Itamaraty.

 

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Além disso, os empreendimentos ainda possuem iluminação em LED nas áreas comuns com sensor de presença nos subsolos, tomada em uma das vagas privativas de cada unidade destinada à futura instalação de carregadores para veículos elétricos, vasos sanitários com dois estágios e torneiras com controle de vazão nas áreas comuns e reservatório de amortecimento de águas pluviais e automação nos sistemas de reservatórios e de bombas.

 

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O projeto de arquitetura do Parque Alvorada ficou sob responsabilidade de Júlio Crosara e o projeto de interiores, com Débora Pinheiro; enquanto o Parque Itamaraty contou com Eduardo Estrela para o desenvolvimento arquitetônico e, para o projeto de interiores, o comando foi de Liê Arquitetos.

Evento de oportunidade

Neste sábado (16), a Base Incorporações e a Superquadra promoverão um evento na Central de Vendas da Quadra 500 para venda das últimas unidades dos empreendimentos prontos para morar. A partir das 08h, serão disponibilizadas equipes para indicarem a melhor estratégia em todas as etapas de compra. "Vamos oferecer a oportunidade de negociação direta com a diretoria e uma consultoria personalizada para auxiliar quem deseja dar um upgrade no seu imóvel, oferecendo a melhor estratégia em todas as etapas de compra. Além disso, teremos um buffet à disposição dos convidados, assinado pelo renomado chef Marcelo Petrarca, do Bloco C”, explica Wesley Alcântara, head de Marketing da Base Incorporações.

 

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Conheça a Quadra 500

Localizada em um dos bairros mais valorizados da cidade, a Quadra 500 é a última quadra residencial do Sudoeste. Com fácil acesso ao eixo principal da região, está situada próxima a diversos pontos de interesse, como parques, praças e importantes vias de acesso.

A infraestrutura da quadra inclui uma praça familiar, ruas arborizadas, playgrounds, equipamentos de ginástica, quadras polivalentes e espaços dedicados aos pets, visando proporcionar uma vida ativa e equilibrada para os moradores.

 

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Comprometida com a sustentabilidade, a Quadra 500 adota medidas como pavimentação com bloquetes ecológicos, iluminação em LED e paisagismo com ruas arborizadas. Quanto à segurança, a quadra conta com uma associação de moradores dedicada à gestão eficiente do espaço e um sistema de vigilância permanente, composto por câmeras de monitoramento e pontos de acesso Wi-Fi, garantindo a tranquilidade dos residentes.    

 

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Correio Braziliense quarta, 13 de março de 2024

LOLLAPALOOZA 2024: SAIBA COMO CHEGAR AO FESTIVAL

 

Perdido com o Lollapalooza 2024? Saiba como chegar ao festival

Festival ocorre nos dias 22, 23 e 24 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo

 
As ruas do entorno do Autódromo de Interlagos estarão bloqueadas para entrada de veículos não identificados -  (crédito: Divulgação)
As ruas do entorno do Autódromo de Interlagos estarão bloqueadas para entrada de veículos não identificados - (crédito: Divulgação)
 
Yasmin Rajab 
postado em 12/03/2024 17:10

O Lollapalooza está chegando e é importante que o público saiba, com antecedência, como chegar ao local do evento, para não se atrasar e perder o início dos shows. Neste ano, o festival conta com uma novidade: o transporte público funcionará 24 horas. 

As ruas do entorno do Autódromo de Interlagos estarão bloqueadas para entrada de veículos não identificados, incluindo carros de aplicativo e táxis. Confira os detalhes de como chegar no Lolla: 

ViaMobilidade - Linhas 8 e 9 (Trem - operação 24 horas): 

Estação Autódromo estará aberta 24 horas nos dias do evento. 
As demais estações das linhas 4, 5, 8 e 9 estarão abertas para desembarque e integrações 24 horas nos dias do evento.

Trem expresso: 

O meeting point será na estação Pinheiros, nos seguintes horários: 

  • 22 de março (sexta-feira): 1 partida a cada hora entre 10h30-16h;
  • 23 e 24 de março (sábado e domingo): 1 partida a cada meia hora entre 10h30-16h;
  • Retorno: FastPass das 0h às 2h, 1 trem a cada 5 minutos intercalando as estações Osasco e Pinheiros. 

Tempo previsto de viagem: 30 minutos.
Preço da ida e volta: R$ 30. 
Venda antecipada no link

CPTM

Operação 24 horas nos 3 dias de evento;
Entre 4h e 00h a operação ocorre normalmente;
Entre 00h e 4h todas as estações ficarão abertas apenas para desembarque de passageiros.

Metrô

Operação 24 horas nos 3 dias de evento.
Entre 00h e 4h40 as estações ficarão abertas apenas para desembarque de passageiros.

Lolla Express

Pontos de Embarque:

  • Barra Funda (Rua Aloysio Biondi s/n – Barra Funda) - tempo de percurso: 60 minutos;
  • Al. Casa Branca x Praça Alexandre de Gusmão (próximo à Av. Paulista) - tempo de percurso: 40 minutos;
  • Méqui Panamby (Av. Major Sylvio de Magalhães Padilha, 16741 - Jardim Fonte do Morumbi) - tempo de percurso: 30 minutos;
  • Conceição (Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 919) - tempo de percurso: 40 minutos.

As saídas ocorrerão a cada 20 minutos.
As partidas serão entre 9h e 16h.
Valores entre R$ 30 e R$ 35, a depender do ponto de partida.
Vendas em https://www.lollaexpress.com.br/

Lolla Transfer

Pontos de Embarque:

  • Hotel Hilton São Paulo Morumbi;
  • Hotel Transamérica Higienópolis;
  • Hotel E-Suites Congonhas.

Partidas entre 10h e 16h;
Retorno com 3 opções de horário;
Valor: R$ 130 (ida e volta);
Vendas em https://www.eventos.com.br/tag/lollapalooza-2024


Correio Braziliense terça, 12 de março de 2024

IMPOSTO DE RENDA: RECEITA LIBERA PROGRAMA PARA 2024; VEJA PASSO A PASSO

 

Receita libera programa do Imposto de Renda 2024; veja passo a passo

A ferramenta permite, por enquanto, apenas o preenchimento dos dados. A entrega da declaração pode ser feita a partir de sexta-feira (15/3)

 
Para preencher a declaração do Imposto de Renda é preciso baixar uma ferramenta pelo site da Receita Federal  -  (crédito: Camilla Germano/CB/D.A Press)
Para preencher a declaração do Imposto de Renda é preciso baixar uma ferramenta pelo site da Receita Federal - (crédito: Camilla Germano/CB/D.A Press)
 
Camilla Germano 
postado em 12/03/2024 10:54 / atualizado em 12/03/2024 11:08

O programa do Imposto de Renda 2024 foi liberado nesta terça-feira (12/3) pela Receita Federal e a ferramenta já pode ser baixada. Apesar de liberada, por enquanto, a funcionalidade permite apenas o preenchimento dos dados, uma vez que o prazo para a entrega do Imposto de Renda começa na sexta-feira (15/3) e vai até 31 de maio.

 

Confira como baixar no computador

1° passo — Acessar o site da Receita Federal

O download do aplicativo para fazer a declaração do Imposto de Renda pode ser feito no site da Receita Federal. Lá haverá a opção de baixar a ferramenta em vários sistemas operacionais (confira a imagem abaixo). 

Para acessar o site para baixar a ferramenta basta clicar no link ou acessar o endereço: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf

 

  • Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024
    Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024Reprodução/Receita Federal
 

 

 

2° passo — Abrir o programa baixado

Assim que baixar a ferramenta, ela aparecerá na aba de download do seu computador. Basta clicar nele para abrir o programa. A aba que se abre na sequência é a de "Bem-vindo" e basta clicar em "Avançar" para prosseguir.

Há também um aviso da Receita Federal de que é preciso finalizar todos os programas em execução antes de avançar.

 Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024

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    Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024Reprodução/Receita Federal
 

 

3° passo — Selecionar pasta de destino

Após avançar da página de "Boas-vindas", é preciso salvar a ferramenta do imposto de renda no seu computador. Você também pode criar uma pasta para salvá-lo ou manter a sugerida pela ferramenta. 

Após definir a pasta de destino basta clicar em "Avançar" novamente.

 

  • Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024
    Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024Reprodução/Receita Federal
 

 

4° passo — Confirme a instalação

Após todos os passos mencionados, a ferramenta pedirá uma confirmação de instalação. 

Neste passo, você também pode definir se quer criar um atalho da ferramenta na Área de Trabalho do computador e depois basta clicar em "Avançar". Assim, o aplicativo começará a ser baixado.

 

  • Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024
    Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024Reprodução/Receita Federal
 

 

5° passo — Instalação concluída

Assim que terminar de ser baixado, uma aba confirmando a instalação do aplicativo será aberta.

 

  • Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024
    Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024Reprodução/Receita Federal
 

 

Outras maneiras de fazer a declaração

A declaração do Imposto de Renda também pode ser feita no aplicativo para celular e tablets "Meu Imposto de Renda" ou pode ser preenchida de forma online

Ambos os modelos podem ser acessados pela mesma página de download da ferramenta para computador. No caso do aplicativo ele também está disponível em loja de aplicativos de celular e tablets.

 

  • Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024
    Processo de instalação de programa para a declaração do Imposto de Renda de 2024Reprodução/Receita Federal 

 

 

 

 

Correio Braziliense segunda, 11 de março de 2024

OSCAR 2024: OPPENHEIMER DOMINA PREMIAÇÕES E ALCANÇA VITÓRIA COMO MELHOR FILME

 

Oscar 2024: 'Oppenheimer' domina premiações e alcança vitória como Melhor filme

Longa também faturou Melhor direção, Melhor ator e Melhor ator coadjuvante, além de outros três prêmios técnicos

 
 
Elenco, produção e direção de 'Oppenheimer' no Oscar -  (crédito: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
Elenco, produção e direção de 'Oppenheimer' no Oscar - (crédito: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
 
Pedro Ibarra 
postado em 10/03/2024 23:26 / atualizado em 10/03/2024 23:54

Oscar de 2024 terminou sem surpresas. Oppenheimer, longa de Christopher Nolan, alcançou a prateleira mais alta da premiação mais importante do cinema dos Estados Unidos. O filme saiu com sete estatuetas da noite — que já havia dominado desde o anúncio da lista de indicados, com 13 nomeações.

Além de Melhor filme, o longa venceu Melhor ator, com Cillian Murphy; Melhor ator coadjuvante, com Robert Downey Jr., Melhor direção, com Christopher Nolan; e os prêmios de Melhor fotografia, Melhor trilha sonora e Melhor montagem. 

Oppenheimer acompanha J. Robert Oppenheimer nos esforços junto a equipe para criar a primeira bomba de fissão atômica. O luto, o remorso e a perseguição própria e da justiça após o estrago realizado em Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial também são tema do filme, que tem uma cena impressionante da primeira explosão teste de uma bomba atômica.

O filme era amplo favorito, pois havia ganhado todas premiações prévias. Bafta, Critics Choice Awards e Globo Ouro são destaques. Essa foi a primeira vitória de Nolan na categoria principal que já havia sido indicado outras duas vezes com A origem e Dunkirk.


Correio Braziliense domingo, 10 de março de 2024

OSCAR 2024: CONFIRA TODOS OS INDICADOS DA PREMIAÇÃO DESTE DOMINGO

 

Oscar 2024: confira todos os indicados da premiação deste domingo

Cerimônia começa às 20h, horário de Brasília. Com 13 indicações, 'Oppenheimer' é o filme que aparece em mais categorias

 
Equipe do filme Barbie. Os atores Ryan Gosling, America Ferrera e Margot Robbie, e a diretora Greta Gerwig -  (crédito: Bridget BENNETT / AFP)
Equipe do filme Barbie. Os atores Ryan Gosling, America Ferrera e Margot Robbie, e a diretora Greta Gerwig - (crédito: Bridget BENNETT / AFP)
 
 
 
Gabriella Braz 
postado em 10/03/2024 01:00

A premiação mais famosa do universo cinematográfico ocorre neste domingo (10/3) e, é claro, os amantes do cinema já fizeram as apostas e montaram torcidas pelos favoritos. Se você não está por dentro das categoria, o Correio aponta os indicados. A cerimônia do Oscar começa às 20h, horário de Brasília.

Nesta edição, a 96ª do Oscar, 321 longas-metragem foram elegíveis para disputar a estatueta. Com 13 indicações, incluindo a de melhor filme, Oppenheimer é o filme que concorre à mais categorias, seguido por Pobres criaturas, com 11; e Assassinos da Lua das flores, com 10. Barbie tem oito indicações, duas por melhor canção original, I'm just Ken, interpretada por Ryan Gosling, e What was I made for?, de Billie Eilish. A premiação conta com 23 categorias no total.

Confira os indicados aos Oscar 2024

Melhor Filme

  • Ficção americana
  • Anatomia de uma queda
  • Barbie
  • Os rejeitados
  • Assassinos da Lua das flores
  • Maestro
  • Oppenheimer
  • Vidas passadas
  • Pobres criaturas
  • Zona de interesse

Melhor Longa-Metragem de Animação

  • O Menino e a garça
  • Elementos
  • Nimona
  • Robot dreams
  • Homem-Aranha: através do aranhaverso

Melhor Atriz em Papel Principal

  • Annette Bening – Nyad
  • Lily Gladstone – Assassinos da Lua das flores
  • Sandra Hüller – Anatomia de uma queda
  • Carey Mulligan – Maestro
  • Emma Stone – Pobres criaturas

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Emily Blunt – Oppenheimer
  • Danielle Brooks – A cor púrpura
  • America Ferrera – Barbie
  • Jodie Foster – Nyad
  • Da'Vine Joy Randolph – Os rejeitados

Melhor Ator

  • Bradley Cooper – Maestro
  • Colman Domingo – Rustin
  • Paul Giamatti – Os rejeitados
  • Cillian Murphy – Oppenheimer
  • Jeffrey Wright – Ficção americana

Melhor Ator Coadjuvante

  • Sterling K. Brown – Ficção americana
  • Robert De Niro – Assassinos da Lua das flores
  • Robert Downey Jr. – Oppenheimer
  • Ryan Gosling – Barbie
  • Mark Ruffalo – Pobres criaturas

Melhor direção

  • Anatomia de uma queda – Justine Triet
  • Assassinos da Lua das flores – Martin Scorsese
  • Oppenheimer – Christopher Nolan
  • Pobres criaturas – Yorgos Lanthimos
  • Zona de interesse – Jonathan Glazer

Melhor Filme Internacional

  • Io capitano (Itália)
  • Perfect days (Japão)
  • A sociedade da neve (Espanha)
  • The teachers’ lounge (Alemanha)
  • Zona de interesse (Reino Unido)

Melhor Roteiro Original

  • Anatomia de uma queda
  • Os rejeitados
  • Maestro
  • Segredos de um escândalo
  • Vidas passadas

Melhor Roteiro Adaptado

  • American fiction
  • Barbie
  • Oppenheimer
  • Pobres criaturas
  • Zona de interesse

Melhor Fotografia

  • El conde
  • Assassinos da Lua das flores
  • Maestro
  • Oppenheimer
  • Pobres criaturas

Melhor Montagem

  • Anatomia de uma queda
  • Os rejeitados
  • Assassinos da Lua das flores
  • Oppenheimer
  • Pobres criaturas

Melhor Som

  • Resistência
  • Maestro
  • Missão: Impossível – Acerto de contas Parte 1
  • Oppenheimer
  • Zona de interesse

Melhores Efeitos Visuais

  • Resistência
  • Godzilla Minus One
  • Guardiões de Galáxia Vol. 3
  • Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1
  • Napoleão

Melhor Design de Produção

  • Barbie
  • Assassinos da Lua das flores
  • Napoleão
  • Oppenheimer
  • Pobres criaturas

Melhor Cabelo e Maquiagem

  • Golda
  • Maestro
  • Oppenheimer
  • Pobres criaturas
    A sociedade da neve

Melhor Figurino

  • Barbie
  • Assassinos da Lua das flores
  • Napoleão
  • Oppenheimer
  • Pobres Criaturas

Melhor Trilha Sonora Original

  • American Fiction
  • Indiana Jones e a relíquia do destino
  • Assassinos da Lua das flores
  • Oppenheimer
  • Pobres criaturas

Melhor Canção Original

  • The fire inside, de Flamin’ Hot: o sabor que mudou a história
  • I’m just Ken, de Barbie
  • It never went away, de American Symphony
  • Wahzhazhe (A song for my people), de Assassinos da Lua das flores
  • What was I made for, de Barbie

Melhor Animação em Curta-Metragem

  • Letter to a pig
  • Ninety-Five senses
  • Our uniform
  • Pachyderme
  • War Is Over! Inspired by the music of John & Yoko

Melhor Documentário de Longa-Metragem

  • Bobi Wine: the people’s President
  • The eternal memory
  • Four daughters
  • To kill a tiger
  • 20 dias em Mariupol

Melhor Documentário de Curta-Metragem

  • The ABC’s of book banning
  • The barber of Little Rock
  • Island in between
  • The last Repair Shop
  • Ni Nai & Wài Pó

Melhor Curta-Metragem em Live-Action

  • The after
  • Invincible
  • Knight of fortune
  • Red, white and blue
  • A incrível história de Henry Sugar

 

 


Correio Braziliense sábado, 09 de março de 2024

CUNHÃ PORANGA: QUEM É A INDÍGENA BRASILEIRA QUE VAI VIRAR BARBIE

 

Cunhã Poranga: quem é a indígena brasileira que vai virar Barbie

A versão da boneca Barbie indígena brasileira é inédita na história da personagem. A inspiração veio da influenciadora brasileira indígena Maíra Gomez

 
Cunhã Poranga tem 25 anos e é da etnia Tatuyo, no Amazonas. Ela conta com 6 milhões de seguidores em diversas redes sociais -  (crédito: Danny Guimarães/Divulgação)
Cunhã Poranga tem 25 anos e é da etnia Tatuyo, no Amazonas. Ela conta com 6 milhões de seguidores em diversas redes sociais - (crédito: Danny Guimarães/Divulgação)
 
Correio Braziliense
postado em 09/03/2024 09:35 / atualizado em 09/03/2024 09:59

A boneca mais famosa do mundo agora tem uma versão indígena brasileira. A nova Barbie homenageia a influenciadora Maíra Gomez, conhecida como Cunhã Poranga, da etnia Tatuyo, do Amazonas. A brasileira emprestou cor, costumes e apetrechos indígenas para fazer história com o modelo inédito da boneca.

“Gente, sou eu! Será que é um sonho? Obrigada, Mattel, por essa homenagem. É uma honra representar nosso país”, declarou a indígena ao mostrar a boneca nas redes sociais.

No site oficial da Matel, a empresa apresenta Maíra como uma facilitadora para que o mundo conheça o povo dela. “ Conhecida como Cunhaporanga, que significa “mulher bonita da aldeia” em tupi. O principal objetivo de seu conteúdo é apresentar a cultura e as tradições de seu povo e compartilhar seu cotidiano e o de sua comunidade”, diz o comunicado.

 

 

Barbie em homenagem à brasileira Maíra Gomez, a Cunhã Poronga
Barbie em homenagem à brasileira Maíra Gomez, a Cunhã Poronga(foto: Divulgação/Matel)

 

 


Correio Braziliense sexta, 08 de março de 2024

DIA DA MULHER: COMANDANTE MULHER VIRALZIA NAS REDES AO LADO DE TRIPULAÇÃO 100% FEMININA

 

Comandante mulher viraliza nas redes ao lado de tripulação 100% feminina

Flânia Ximenes encantou os seguidores ao mostrar viagem com tripulação feminina. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o cenário da profissão ainda é masculino: apenas 3% dos comandantes de voo do Brasil são mulheres

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Gabriella Braz
postado em 08/03/2024 06:30
 
 
Flânia Ximenes é aviadora há 16 anos -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Flânia Ximenes é aviadora há 16 anos - (crédito: Arquivo Pessoal)
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Quando Flânia Ximenes entrou na aviação, como comissária de voo, já tinha a certeza de que iria ganhar os ares. Brasiliense graduada em letras, a aviadora se mudou para Minas Gerais e resolveu fazer uma mudança radical na carreira. Desde então, são 16 anos na aviação.

Nas últimas semanas, o vídeo de um voo comandado por ela ganhou destaque por mostrar uma equipe totalmente feminina. Nas imagens, ela apresenta a equipe e afirma estar honrada em trabalhar com o time de mulheres. Como o número de comandantes mulheres ainda é pequeno, e as tripulações costumam mudar entre as viagens, esses eventos ocorrem apenas cerca de três vezes por ano para Flânia. Por isso, sempre que tem um tempinho em meio à correria, a comandante aproveita para registrar o momento especial.

“Quando você conhece a equipe, a primeira coisa que a gente faz é uma reunião, e toda vez que eu pergunto se elas querem comentar algo, elas sorriem e falam ‘a gente quer dizer que está muito feliz porque é a primeira vez que a gente tem uma comandante mulher’”, conta. 

Mesmo após mais de uma década na aviação civil, ela relata que muitos passageiros ainda se impressionam quando as portas da cabine se abrem. “Os homens querem tirar foto, acham legal, mas quem fica mais impactada mesmo são as mulheres”, relata. “Elas dizem: ‘A gente nem sabia que podia fazer isso’.”

“Acho que se eu puder dar um conselho para as mulheres é: desconsidere as vozes externas e siga em frente. Tenha fé, porque a fé é a convicção daquilo que você ainda não vê, mas sabe que vai conseguir”, declara.

 

  • Flânia e tripulação 100% feminina
    Flânia e tripulação 100% femininaArquivo Pessoal
     
     
  • Flânia e tripulação 100% feminina
    Flânia e tripulação 100% femininaArquivo Pessoal
     
     
     
     
  • Flânia Ximenes é aviadora há 16 anos
    Flânia Ximenes é aviadora há 16 anosArquivo Pessoal 
     
  • Flânia Ximenes é aviadora há 16 anos
    Flânia Ximenes é aviadora há 16 anosArquivo Pessoal
     
     
  • Flânia e tripulação 100% feminina
    Flânia e tripulação 100% femininaArquivo Pessoal
     
     
     
  • Flânia Ximenes é aviadora há 16 anos
    Flânia Ximenes é aviadora há 16 anosArquivo Pessoal 

 

Números ainda são baixos

A surpresa se deve também ao número limitado de mulheres nessa carreira. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apenas 3% dos comandantes de voo do Brasil são mulheres. Um dos entraves, além do cenário majoritariamente masculino, são os custos. Um levantamento do Aeroclube de Juiz de Fora estima que os cursos para se tornar piloto comercial vão de R$ 35 mil a R$ 70 mil, além de custos extras como materiais, horas extras de voo, exames e taxas de licença. 

Buscando reverter esse quadro de desigualdade de gênero no setor e formar uma rede de apoio entre as trabalhadoras da aviação, surgiu a Associação das Mulheres Aviadoras do Brasil (Amab). Fundado em 2018, o grupo começou apenas com pilotas, mas hoje conta com uma variedade de profissionais, entre mecânicas de aeronaves, engenheiras, comissárias de bordo e controladoras de voo.

No sábado (9/3), a Amab promove a 6ª edição do Encontro Mulheres na Aviação, que deve doar 22 bolsas de estudos para mulheres que desejam ingressar na carreira. A associação participa ainda na sexta-feira (8/3) do evento Aviação, substantivo feminino, promovido pela Anac em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).

 


Correio Braziliense quinta, 07 de março de 2024

MADONNA: SHOW EM COPACABANA ESTÁ CONFIRMADO, DIZ COLUNISTA

 

Madonna: show em Copacabana está confirmado, diz colunista

O show no Brasil será no âmbito da turnê 'The Celebration Tour', pela qual Madonna está rodando o mundo desde outubro do ano passado

 
 
Correio Braziliense
postado em 07/03/2024 07:37

A cantora norte-americana Madonna virá ao Brasil para um show na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 4 de maio, de acordo com o colunista João Paulo Saconi, do jornal O Globo. A rainha do pop comemora quatro décadas de carreira e a apresentação no território brasileiro tem potencial de se tornar a maior da trajetória dela.

Com a apresentação na praia de Copacabana, será a quarta vez que Madonna virá ao Brasil. A estreia dela no país foi em 1993, quando a estrela do pop reuniu 120 mil fãs no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

A última vez que Madonna veio ao Brasil foi na MDNA Tour, em 2012, para dois shows em São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro em Porto Alegre.

Em novembro do ano passado, durante uma apresentação na Alemanha, Madonna disse: "Quantos brasileiros temos na casa? Levantem as mãos e balancem. Eu estarei lá em algum momento".


Correio Braziliense quarta, 06 de março de 2024

MÚSICA: ROGÉRIO CAETANO E MARCO PEREIRA LANÇAM DISCO COM PARCERIAS INÉDITAS

 

Rogério Caetano e Marco Pereira lançam disco com parcerias inéditas

Rogério Caetano e Marco Pereira lançam 'Folia das cinco', álbum que celebra 27 anos de amizade e parcerias musicais

 
 
 
Violonistas Marco Pereira e Rogério Caetano,  que lançam o disco Folia das cinco -  (crédito: Divulgação)
Violonistas Marco Pereira e Rogério Caetano, que lançam o disco Folia das cinco - (crédito: Divulgação)
 
Nahima Maciel 
postado em 06/03/2024 10:05

Rogério Caetano encontrou Marco Pereira pela primeira vez durante um curso de verão da Escola de Música de Brasília (EMB). Era 1997 e o violonista de sete cordas aproveitou para fazer aula com o mestre do violão. Marco, que hoje é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ajudou a criar o curso de violão clássico da Universidade de Brasília (UnB) e já era conhecido como uma das estrelas do Free Jazz Festival e por parcerias com nomes como Wagner Tiso e Edu Lobo. Na época do curso de verão, era um dos nomes mais requisitados por alunos. Quando as aulas acabavam, Rogério se juntava ao professor em uma roda de música com outros participantes do curso. O encontro era conhecido como Folia das cinco, porque ocorria sempre às 17h, e acabou por dar nome ao disco que a dupla acaba de lançar.

A gravação com Zélia — que comanda os vocais em Cidade lagoa (de Sebastião Fonseca e Cícero Nunes) e Amigo é casa (de Capiba e Hermínio Bello de Carvalho) — já estava pronta, assim como a faixa título, Folia das cinco, e Obrigado Rapha! e Valsa para Rosa. "As outras todas são inéditas", explica Rogério. "Esse disco mostra, com muita clareza, nossa amizade e nossa afinidade musical e, principalmente, a conversa, o bate bola entre o violão de sete cordas com cordas de aço e o violão de seis cordas, de nylon, do Marco", explica Rogério.

O diálogo entre os dois instrumentos é um dos pontos altos do disco, assim como o improviso, que faz parte da dinâmica e da intimidade entre os dois músicos. "Essa combinação entre o nylon e o aço é muito interessante. Eu nunca havia pensado no resultado dessa combinação, que esses dois instrumentos pudessem dialogar tão bem", conta Marco. "Acho que o principal no diálogo musical que se estabelece entre o Rogério e eu é nossa afinidade musical, nossa busca, o que a gente entende como sendo o melhor da expressão musical brasileira."

Outro aspecto importante de Folia das cinco é a presença constante do improviso. A dupla toma emprestado do jazz o formato de apresentação de um tema seguido do desenvolvimento por meio da improvisação. É aí que a amizade entre os dois fica clara: é preciso conhecer a abordagem musical e confiar no outro para que o diálogo resulte em ritmo e harmonia. "É uma conversa mesmo, um bate papo entre solistas e acompanhantes. A improvisação comporta muita criatividade, a gente toca de maneira muito solta e intuitiva, muito orgânica, com muita intimidade", avisa Rogério. "O improviso faz parte do desenvolvimento dos temas que a gente aborda. Existe o arranjo estipulado para o tema escolhido, normalmente baseado numa das composições do Rogério ou minha, e o improviso entra como desenvolvimento, a gente fica livre para criar alguma coisa que o momento musical oferece e pede", completa Marco


Correio Braziliense terça, 05 de março de 2024

GASTRONOMIA: CHEF TRANSFORMA PAIXÃO PELA GASTRONOMIA EM PROFISSÃO

 

Vocação de infância: chef transforma paixão pela gastronomia em profissão

Morador do Gama descobre a paixão pelas panelas ainda criança e, depois de uma vasta experiência em restaurantes da cidade, hoje, comanda uma casa italiana

Chef Wesley Batista, do Nonno Cantinetta -  (crédito: Helen Lopes/Agência Extrema)
Chef Wesley Batista, do Nonno Cantinetta - (crédito: Helen Lopes/Agência Extrema)
 
Sibele Negromonte 
postado em 03/03/2024 00:01 / atualizado em 04/03/2024 17:24

Wesley Batista nunca teve um plano B sobre que profissão seguir. Ainda na infância, apaixonou-se pelas panelas. Aos 9 anos, ajudava a família a cozinhar; aos 17, entrou na primeira cozinha profissional; e, hoje, aos 30, comanda uma equipe de 20 cozinheiros no Nonno Cantinetta (@nonnocantinetta), casa italiana no Brasília Shopping.

 
Quando um amigo disse que tinha uma vaga de emprego no restaurante em que estava trabalhando, Wesley nem pensou duas vezes e logo se candidatou ao cargo de auxiliar de cozinha.

E não era qualquer cozinha. Tratava-se do tradicional Gero, de São Paulo, que acabara de desembarcar em Brasília, com uma filial no Shopping Iguatemi. "Quando pisei na cozinha e vi o chef de dolmã e chapéu profissional, sabia que ali era o meu lugar."

Prestes a completar 18 anos, o rapaz entrou de cabeça naquele universo. "Nas minhas folgas, pedia para ir ao restaurante só para ficar observando o chef trabalhar. Ficava ao lado dele, olhando a montagem dos pratos", recorda-se. O então chef da casa, Roney Peterson, logo percebeu o potencial de Wesley e deu a oportunidade de ele trabalhar na massaria, praça central do restaurante, espécie de coração da casa.

Aprendeu a preparar nhoque, ravioli, fettuccine e todos os tipos de massa tipicamente italiana. E contou com os ensinamentos do chef Josué Barcelos, que, assim como Roney Peterson, tinha vindo de São Paulo especialmente para implantar o Gero na capital. "Eles apostaram em mim, e eu abracei a oportunidade." Tanto que, quando Barcelos voltou à capital paulista, Wesley assumiu a praça.

Novos desafios

Inquieto, logo partiu para um novo desafio, trabalhar na Pousada Inácia, hotel de luxo na Pousada dos Veadeiros, onde assumiu o posto de sous chef. "Foi durante a pandemia, época em que a Chapada estava lotada, porque as pessoas não podiam viajar", recorda-se. Lá, a cozinha era comandada pelo chef Marcelo Riella. "Era uma pegada franco-italiana. Marcelo com sua experiência na gastronomia francesa, e eu na italiana. Usávamos também muitos ingredientes do cerrado."

Foi um pouco mais de um ano de aprendizado. Mas, como ia ter um filho, decidiu voltar para Brasília. Começou a atuar como consultor. Ajudou a montar o cardápio do Papà Cucina, primeira casa do restaurateur Carlos Rodrigues e outros dois sócios, com quem Wesley tinha trabalhado no Gero.

Em seguida, também atuou como consultor na implantação do segundo restaurante da rede, o Babbo Osteria, no Terraço Shopping. Quando o grupo abriu a terceira casa, o Marie, Wesley foi trabalhar com o chef Manoel Mendonça, um expert da culinária francesa. "Foi uma excelente escola, principalmente para aprimorar a gastronomia francesa."

No menu, alguns sucessos absolutos, como o filé à parmeggiana e a paleta de cordeiro, que servem a família, e a bisteca fiorentina. À noite, o Nonno oferece pizzas especiais, as pizzetas, em formato oval e com fermentação natural. Entre os sabores mais populares está a de molho branco trufado com cubos de filé. "Logo que abrimos as portas, a casa lota. Durante o dia, há muitos encontros de negócios e, no fim de semana, muitas famílias", comemora Wesley.

A experiência franco-italiana do chef rendeu o robalo ao molho belle meunière com risoto de limão. O prato cuja receita Wesley compartilha com os leitores da coluna, o polvo grelhado com fettuccine ao alho e óleo, também é sucesso garantido. Há também a aposta em pratos clássicos, como contrafilé a cavalo.

Polvo grelhado com fettuccine ao alho e óleo

 

Polvo feito pelo chef Wesley Batista, do Nonno Cantinetta
Polvo feito pelo chef Wesley Batista, do Nonno Cantinetta(foto: Helen Lopes/Agência Extrema)

 

Ingredientes

200g de polvo
20g de alho
70g de massa fresca
50g de fundo de alcachofra
20g de farinha de trigo
80ml de molho (madeira, vinagrete ou outra opção leve)
200ml de vinho branco
1 cebola
1 ramo de alecrim
2 ramos de tomilho
Salsinha a gosto
Sal e azeite a gosto

Modo de fazer

Cozinhe o polvo a 160ºC, por uma hora e meia, com a cebola, o alecrim e o tomilho e pouco sal. Deixe esfriar e, em seguida, em uma frigideira com alho e óleo, grelhe por aproximadamente 5 minutos de cada lado. Acrescente o vinho e deixe evaporar.
Em outra frigideira, doure o alho e acrescente a massa pré-cozida. Jogue salsinha.
Corte a alcachofra em cubos, empane em farinha de trigo e frite submersa em óleo quente.
Monte o prato com a massa, o polvo, a alcachofra e um pouco de molho de sua preferência.


Correio Braziliense segunda, 04 de março de 2024

RENATO AUGUSTO: PARA SER CAMPEÃO, TEM QUE GANHAR CLÁSSICO

 

Renato Augusto: "Para ser campeão, tem que ganhar clássico"

Fluminense perdeu de 4 a 2 para o Botafogo e encerra a Taça Guanabara em quarto lugar

Fluminense perdeu de 4 a 2 para o Botafogo e encerra a Taça Guanabara em quarto lugar -  (crédito: Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense)
Fluminense perdeu de 4 a 2 para o Botafogo e encerra a Taça Guanabara em quarto lugar - (crédito: Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense)
Foto de perfil do autor(a) Jogada10
Jogada10
postado em 03/03/2024 23:35 / atualizado em 04/03/2024 09:34

Após a derrota de 4 a 2 para o Botafogo, o meia Renato Augusto resumiu a situação do Fluminense no Campeonato Carioca. Dessa forma, ele afirmou que não há como ser campeão estadual sem derrotar os principais rivais. Na semifinal, inclusive, o Flu disputará com o Flamengo, que terá a vantagem do empate nos dois jogos. Assim, só  a vitória interessa.

Na primeira fase do Campeonato Carioca, a Taça Guanabara, o Fluminense empatou com o Vasco e depois perdeu para Flamengo e Botafogo. Muito por conta disso, a equipe de Renato Augusto ficou em quarto lugar, com 21 pontos em 11 jogos. Na final do Estadual, caso chegue lá, o Tricolor pode encarar o Vasco, afinal, o Cruz-Maltino está na outra chave e encara o Nova Iguaçu. O time da Baixada Fluminense, inclusive, tem a vantagem.

Na temporada de 2024, o Fluminense perdeu a Taça Guanabara, mas conquistou a Recopa Sul-Americana. Além do Campeonato Carioca, o time de Renato Augusto disputará ainda a Libertadores, a Copa do Brasil e o Brasileirão. Caso seja campeão continental, o Tricolor terá o Mundial de Clubes pela frente.

Renato Augusto é um dos principais reforços do Fluminense para a temporada. Ele foi anunciado pelo Tricolor no quinto dia deste ano e tem sete jogos na temporada, ainda em busca do primeiro gol com o novo time. Em fevereiro, ele completou seu 36º aniversário.


Correio Braziliense domingo, 03 de março de 2024

BETH ERNEST DIAS: MESTRE DA FLAUTA E GUARDIÃ DA MEMÓRIA DO CHORO EM BRASÍLIA

 

Beth Ernest Dias: mestre da flauta e guardiã da memória do choro em Brasília

Professora aposentada da Escola de Música de Brasília, Beth Ernest Dias relembra a trajetória da formação de flautistas e dedica-se a manter documentos essenciais para a capital

MN
 
Mariana Niederauer
postado em 03/03/2024 06:01
 
Beth Ernest Dias escreveu a biografia do citarista Heitor Avena de Castro, onde conta a história do choro em Brasília -  (crédito: Arquivo pessoal)
Beth Ernest Dias escreveu a biografia do citarista Heitor Avena de Castro, onde conta a história do choro em Brasília - (crédito: Arquivo pessoal)

Beth Ernest Dias gosta de uma história bem contada. Não à toa, ela mesma ajudou a escrever a história da flauta e do choro em Brasília, com destreza herdada da mãe, a francesa Odette Ernest Dias. Foram anos de dedicação à música, nos palcos e nas salas de aula. Agora, ela se concentra em manter viva a memória dos anos de pioneirismo na Escola de Música de Brasília e na Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, há anos órfã de sua casa.

Reconhecida flautista, formou-se em uma época em que o Google não existia — como bem reforça o mestre Severino Francisco em uma de suas crônicas. Aprendeu desde cedo o valor de uma memória construída, mantida e disseminada. E se, hoje, você digitar o nome dela na pesquisa do principal buscador do mundo, encontrará uma variedade de referências. De obras escritas e tocadas; no YouTube ou Spotify; em reportagens e em textos acadêmicos. 

Maria Elizabeth Ernest Dias nasceu no Rio de Janeiro. A mãe, Odette, já tinha reconhecida carreira em Paris quando se mudou para o Rio, em 1952, para integrar a Orquestra Sinfônica Brasileira. Ela e o bancário Geraldo Dias tiveram seis filhos. Assim como Beth, Cláudia, Andréa e Carlos seguiram pelos instrumentos de sopro. Jaime escolheu o violão e Irene não seguiu carreira na música. A família morava em Laranjeiras e as crianças desbravaram o universo musical na extinta escola de música ProArte.

"Como começamos a estudar música em criança, quando éramos adolescentes já estávamos dando aula. Foi assim também que viramos professores, todos nós", relata ela. Aos 14 anos, Beth dava aulas de flauta doce e de piano para vizinhos. Um pouco mais tarde, migrou para a flauta transversa.

Mudança

O destino os trouxe para Brasília como fez com muitos: a mudança dos pais para assumir cargo na administração pública na nova capital do Brasil. Odette veio em 1974 e tornou-se professora da Universidade de Brasília (UnB). À época, Beth atuava como flautista no Rio de Janeiro. Na capital fluminense, integrou o grupo A Fina Flor do Samba, que tocava com a saudosa cantora Beth Carvalho. Só se mudou para a nova capital anos mais tarde, em 1979, com a segunda filha recém-nascida.

A opção pela flauta foi natural, e Beth não esconde a influência absoluta da mãe. "Cem por cento!", diverte-se. "Hoje, penso que deveria ter sido pianista, mas acabei escolhendo a flauta. Eu gostaria de tocar piano melhor", detalha. "Minha vida foi ficando muito atribulada, muito cheia: trabalho, estudo, casamento, criança. Tudo muito cedo, muito rápido, muito intenso. Então, não dava mais para estudar piano", atesta.

A vida lhe daria mais à frente, no entanto, a parceira que completou como perfeita sinfonia as apresentações: Francisca Aquino. Em dueto de flauta e piano, as duas tocaram obras que perpassam a música brasileira. O mais belo e clássico do choro passou por aquelas quatro mãos. "Minha super parceira. Nós trabalhamos muito tempo juntas, tocando como dupla de flauta e piano. Na Escola de Música também. Nós duas tivemos sempre a preocupação de fazer girar, dentro da escola, o que fazíamos fora. Isso proporcionava uma dinâmica muito boa. E agora ela me faz uma falta danada…", lembra-se, emocionada. Juntas, lançaram, em 1999, o CD A Inúbia do Cabocolinho.

Brasília, uma apoteose

No apartamento de Odette e Geraldo, na 311 Sul, foi gestado o Clube do Choro de Brasília. O pai, apesar de não ser músico, ajudou nas questões burocráticas para a instalação da sede do clube. Em solo candango, Beth fez parte do grupo Corda Solta, com Paulo André Tavares, Tony Botelho e o irmão Jaime; e do Instrumental e Tal, liderado por Renato Vasconcellos. Terminou o bacharelado em flauta também por aqui, na UnB, onde foi aluna da mãe, ao lado da primeira geração de flautistas da cidade.

"Brasília, para mim, foi uma vivência muito movimentada e muito alegre", recorda-se, mencionando o Concerto Cabeças, evento cultural na 311 Sul entre 1978 e 1982. Já no fim do ano de 1979, passou a integrar a recém-criada Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, sob a batuta de Claudio Santoro. A primeira experiência como docente em Brasília ocorreu em paralelo, no Sesi de Taguatinga, e sem deixar de ministrar aulas particulares.

O convite para integrar o time de professores de flauta da Escola de Música de Brasília veio em 1985, quando Carlos Galvão assumiu a direção. À época, Beth não tinha a licenciatura, mas logo o Ministério da Educação e Cultura abriu trâmite para reconhecer os diplomas de bacharelado de músicos e outros profissionais para que alcançassem a habilitação em licenciatura. "Eu já me sentia professora", reforça.

E os filhos a lembram sempre, em casa, a razão que a despertava esse sentimento: "É uma mania de ficar ensinando, um jeito professoral que eu acho que eu sempre tive. Sou a mais velha, e eles dizem que sou mandona e autoritária. 'Lá vem a mamãe'. É engraçado, pois tenho mais esse lado do que minha própria mãe." Mas a intenção, ela destaca, é a de mostrar o caminho menos desgastante e guiar o aluno por uma trajetória árdua.

 

  • Beth Ernest Dias, flautista e professora aposentada da Escola de Música de Brasília. Coluna Nossos mestres. 3/4/2024
    Beth Ernest Dias, flautista e professora aposentada da Escola de Música de Brasília. Coluna Nossos mestres. 3/4/2024Mariana Niederauer/CB/D.A. Press
     
  • Despedida da EMB, ao lado de de Isabela Sekeff e Ariadne Paixão
    Despedida da EMB, ao lado de de Isabela Sekeff e Ariadne PaixãoBreno Fortes/CB
     
  • Com a pianista Francisca Aquino, parceira de mais de 20 anos
    Com a pianista Francisca Aquino, parceira de mais de 20 anosRui Faquini/Divulgação. 
  • Beth ao lado do irmão Jaime e de Giovane Pasche, na Roda de choro na casa de Dolores Tomé
    Beth ao lado do irmão Jaime e de Giovane Pasche, na Roda de choro na casa de Dolores ToméAlex Magno/Divulgação
     
     
  • No palco, com a mãe Odette e o irmão Jaime, em 2010
    No palco, com a mãe Odette e o irmão Jaime, em 2010Elenize Dezgeniski/Divulgação
     
     
  • Memória de Heitor Avena de Castro, para a pesquisa da biografia do músico
    Memória de Heitor Avena de Castro, para a pesquisa da biografia do músicoLuís Nova/Esp. CB
  • Acervo da música em Brasília
    Acervo da música em BrasíliaLuís Nova/Esp. CB
     
     
  • Acervo de anos da música em Brasília, da Sinfônica ao choro
    Acervo de anos da música em Brasília, da Sinfônica ao choroLuís Nova/Esp. CB
 

 

Beth explica que são necessários ao menos 14 anos de formação para se tornar músico. O paralelo mais próximo é com o esporte. "É uma atividade que demanda trabalho físico, intelectual e mental, e uma carga emocional muito grande."

A partir dessa reflexão, Beth traz uma análise crítica até mesmo dos anos de trabalho na Escola de Música de Brasília. Na avaliação dela, faltou e falta um projeto pedagógico que alce a instituição a um patamar muito mais elevado do que a fama trazida por poucos alunos reconhecidos devido a esforços individuais. Uma das mágoas da musicista e do grupo de flautistas que a acompanhou na docência é justamente o fato de o diploma recebido ao fim do curso na escola, hoje um centro profissionalizante, não ter a merecida relevância.

Nivaldo de Souza, Silvana Teixeira, Toninho Alves, Paulo Magno Borges, Sidnei Maia, Ariadne Paixão, Luciana Morato, Madelon Guimarães e Alessandra Laluce são alguns dos nomes que formaram o célebre grupo de ex-alunos de dona Odette a integrar o corpo docente da Escola de Música. "Meu período como professora na escola foi exitoso de uma parte, mas, sobretudo, porque eu tive a sorte de fazer parte desse grupo."

A união entre eles passava das provas coordenadas para todos os alunos de uma vez ao incentivo à criatividade no "Recreio dos flautistas". "Nós tínhamos uma afinidade de ideias, uma afinidade estética, uma afinidade musical e uma afinidade de expectativas em relação aos nossos alunos. É a parte que mais me emociona na Escola de Música: a chance de ter trabalhado em grupo com pessoas de cabeça assim. Além de tudo, a gente era muito alegre!"

As críticas se estendem porque ela tem uma visão ambiciosa do potencial da escola. A expansão para outras regiões administrativas, por exemplo, era um dos sonhos dos professores da sua geração. "Nós queríamos mais, mas o mais não havia", lamenta. Queixa-se também por não ser possível, nesse cenário, ter contribuído ainda mais para a formação de músicos na cidade. "Formamos tão poucos que os conhecemos pelo nome. Não devíamos saber o nome de todos, porque eles deveriam ser muitos."

Memória viva

Leitora assídua do Correio por décadas, Beth até assinou artigo nas páginas do jornal, em 2015. Contava sobre a importância da presença da alemã Gertrud Huber em Brasília, para um recital de cítara no Clube do Choro. Era oportunidade, destacou ela, para relembrar o citarista carioca Heitor Avena de Castro, de quem Beth é biógrafa. Avena foi um dos pioneiros de Brasília e morou na capital até a sua morte, em 1981. O resultado da extensa pesquisa foi publicado no livro Sábado à tarde — Avena de Castro, a cítara e o choro em Brasília, além de dois CDs gravados: Sábado à tarde e a cítara e Os choros de Avena de Castro.

Apesar da docência, a dedicação para a pesquisa tem relação também com outra característica da artista: a habilidade e a perseverança para reunir e documentar. Beth guardou todos os programas das apresentações da Sinfônica do Teatro Nacional até se aposentar, em 2010. Também tem um acervo robusto de imagens, sons e reportagens sobre o Concerto Cabeças. Acompanha as pérolas uma caixa de fitas K7 dos saraus de Avena de Castro na cidade.

"A partir de um determinado momento, eu passei a me importar muito com os registros. O registro da memória. E vejo que isso é uma lacuna aqui em Brasília. Não fossem os esforços individuais, não teríamos muita coisa", reclama Beth, ao citar o esforço da violinista Clinaura Macêdo para lembrar a história da Sinfônica de Brasília — escreveu Histórias de uma orquestra em cordel e Memorial da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Ativa nas discussões políticas da região onde mora, em São Sebastião, ela debate o tema também com as lideranças locais e conclama ao registro e à criação de "documentos para o futuro", como resume.

Raízes fortes

É esse projeto político e de vida que ainda mantém as raízes da professora firmes no solo do cerrado. Em 2014, aposentou-se também da Escola de Música. "Não está na pauta sair de Brasília. Por enquanto, ainda tenho bastante coisa a fazer por aqui. Eu me dediquei a escrever sobre um pedaço da história do choro na cidade", relata ela, com a primeira edição de Sábado à tarde em mãos e, na cabeça, o planejamento para lançar a segunda. Na última quinta-feira, esteve, orgulhosa, na cerimônia que declarou o choro patrimônio cultural do Brasil.

"É isso que eu penso do ser professor: é dar à outra pessoa, fazer com que ela acredite que ela pode também desenvolver o seu próprio trabalho. É pelo exemplo, pelo tanto de energia positiva que você põe no que você está fazendo", resume a mestre da música, hoje com 68 anos.

Apenas o caçula dos cinco filhos de Beth é instrumentista, Lourenço Vasconcellos. "Creio eu que já não somos a maioria. Aliás, eu tenho que fazer essa estatística para dizer com certeza", diz, aos risos. Hoje, ela divide a vida com a professora da Escola de Música de Brasília Luiza Volpini, bacharel em viola e licenciada pela UnB, com quem é casada, e é avó de oito netos.


Correio Braziliense sábado, 02 de março de 2024

CULTIVANDO A SAÚDE: HORTAS FITOTERÁPICAS AUXILIAM NO BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO

 

Cultivando a saúde: hortas fitoterápicas auxiliam no bem-estar da população

Programas voltados ao uso de fitoterápicos são desenvolvidos por diversas regiões administrativas com o objetivo de auxiliar nos cuidados com a população, em especial, aos usuários do Sistema Único de Saúde

 
Nos hortos medicinais agroflorestais biodinâmicos ocorre o cultivo e produção de plantas medicinais que se tornam fitoterápicos e são distribuídas para a população -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Nos hortos medicinais agroflorestais biodinâmicos ocorre o cultivo e produção de plantas medicinais que se tornam fitoterápicos e são distribuídas para a população - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Foto de perfil do autor(a) Beatriz Mascarenhas
Beatriz Mascarenhas* 
postado em 02/03/2024 05:45

Distrito Federal tem sido o berço de projetos sociais e ecológicos que buscam formas alternativas para cuidar das comunidades usuárias do sistema público de saúde. Pacientes têm a possibilidade de participar dos cuidados no plantio e cultivo de ervas medicinais diretamente nos hortos e se beneficiarem dessa produção. A distribuição ocorre tanto das plantas produzidas pelo próprio paciente, como o insumo é enviado para farmácias, a fim de serem manipulados e distribuídos como fitoterápicos.

 

Nilda Sena, 66 anos, é uma das participantes do Projeto Terraterapia, na Unidade Básica de Saúde 1 de Águas Claras. "Frequento desde 2021, quando fui ao clínico geral, por questões de saúde, e ele me direcionou à nutricionista, que me convidou para cuidar da horta", contou. Desde então, ela tem feito parte ativamente dos cuidados com as plantas medicinais. "Plantamos e colhemos para uso próprio. As ervas me ajudam bastante, principalmente a carqueja, que me auxilia com o problema que tenho de retenção de líquido na região das pernas. Além da espinheira santa, que tem efeito diurético e antidepressivo, que eu preparo em forma de chás e consumo."

 
Estando frequentemente na horta, ela percebe os efeitos positivos dentro da comunidade que participa. "O pessoal mexe diretamente nos cuidados com a terra e plantam as próprias verduras. As meninas ficam muito felizes em recolher um pé de alface, ver crescer, pôr um cuidado ali", partilhou sobre a relação das pessoas com o cultivo.

Jesuana Lemos, 45, nutricionista e uma das coordenadoras do projeto, explica que o ato do cuidado com a terra faz parte de um dos objetivos principais da Terraterapia. "O nosso intuito aqui na horta é deixar um espaço interativo em que o paciente tem autonomia para tomar decisões. A horta é deles e a decisão é tomada sempre em conjunto, inclusive o nome Terraterapia foi decidido assim."

Para a comunidade

Nos hortos medicinais agroflorestais biodinâmicos ocorre o cultivo e produção de plantas medicinais que se tornam fitoterápicos e são distribuídas para a população, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelo Distrito Federal. "Tudo começou em 2017/2018 quando o Lago Norte teve uma situação de epidemia de dengue muito grave e, junto à comunidade, nós buscamos estratégias para fazer um projeto que pudesse, a longo prazo, enfrentar a transmissão da doença e de outras zoonoses", afirmou o médico Marcos Trajano, 43, um dos idealizadores do projeto.

Marcos Trajano explica que o horto nasce da iniciativa de integrar o cuidado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para além dos procedimentos de saúde oferecidos pelo sistema (consultas, tratamentos e cirurgias), e de poder fazer isso de forma ecológica. A comunidade participa ativamente do cultivo e plantio dos insumos que são destinados à Farmácia Viva, para que sejam remanejados e distribuídos de forma segura. "É um encontro da ciência com o nosso compromisso de atuar contra os problemas causados pela emergência climática. Há o cuidado com a flora e com a fauna no desenvolvimento dos insumos que podem se transformar em medicamentos para a população", diz Trajano.

Uso consciente

Renata Esotico, fisioterapeuta integral e terapeuta floral, especializada em fitoterapia, explica que o uso das ervas medicinais e fitoterápicos ocorrem de formas variadas, incluindo com pílulas ou chás preparados em casa, e os benefícios são variados. "Por serem naturais, têm um melhor benefício orgânico, gerando o efeito que nós precisamos sem afetar o organismo com o resquício de toxicidade da medicação alopática." Entre as possibilidades de ação das ervas no organismo, a terapeuta cita as propriedades anti-inflamatórias, antibióticas, calmantes e, em contrapartida, estimulantes.

"Pela visão da medicina tradicional chinesa, há ervas tranquilizantes como a cidreira e camomila que podem auxiliar no tratamento de questões psicológicas, acalmando em situações de frustração e rotinas estressantes. Além de auxiliar no bom funcionamento do fígado." No entanto, há contraindicações em relação ao uso das plantas, e, segundo a terapeuta, a superdosagem das ervas pode ter um efeito prejudicial ao organismo. "Os riscos vão desde uma intoxicação e sobrecarga do organismo até agitação e insônia, comuns no uso excessivo de ervas estimulantes, como a ginseng e raízes como cúrcuma e gengibre."

 

*Estagiária sob a supervisão de Suzano Almeida

 

Fitoterápicos

 

Atualmente, o horto trabalha com mais de 120 espécies de plantas diferentes, dentre elas, nove plantas que dão origem a 13 fitoterápicos diferentes, produzidos pelas Farmácia Viva do Riacho Fundo 1 e de Planaltina. Entre eles:

Gel de babosa (Aloe Vera)

Gel de erva-baleeira (Cordia Verbenacea)

Gel de confrei (Symphytum officinale)

Gel de alecrim-pimenta (Lippia sidoides)

Tintura de alecrim-pimenta (Lippia sidoides)

Xarope de guaco (Mikania laevigata)

Tintura de guaco (Mikania laevigata)

Chá medicinal de colônia (Alpinia zerumbet)

Tintura de boldo nacional (Plectranthus barbatus)

Tintura de funcho (Foeniculum vulgare)

Chá medicinal de guaco (Mikania laevigata)

 

Por meio de programas, comunidade cuida do bem-estar com fitoterapia

 


Correio Braziliense sexta, 01 de março de 2024

CLUBE DO CHORO: PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL

 

Clube do Choro celebra o novo Patrimônio Cultural do Brasil

O choro, agora, é Patrimônio Cultural do Brasil. O título foi concedido pelo Iphan. No Clube do Choro, instrumentistas e artistas comemoraram com muita música. A Escola Raphael Rabello é referência nacional

Um clima de festa e muita música tomou o palco do Clube do Choro depois da decisão do Iphan de reconhecer o gênero como expressão brasileira -  (crédito: Fotos: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
Um clima de festa e muita música tomou o palco do Clube do Choro depois da decisão do Iphan de reconhecer o gênero como expressão brasileira - (crédito: Fotos: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
 
Amanda Canellas* 
 
Maria Clara Abreu* 
postado em 01/03/2024 05:00 / atualizado em 01/03/2024 08:06

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu, por unanimidade, durante a 103ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, conceder o registro do choro como Patrimônio Cultural do Brasil. Como parte do cadastro, o gênero musical será inscrito no Livro das Formas de Expressão. A cerimônia ocorreu com a presença do presidente do Iphan, Leandro Grass, que destacou a relevância do reconhecimento do choro como patrimônio.

Para Grass, esse registro não é apenas um título. "Patrimonialização não é um status, não é apenas um prestígio, é um compromisso do Estado brasileiro com essas expressões, com os grupos, comunidades e artistas, detentores do patrimônio", acrescentou.

De acordo com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, "esse é um passo muito importante para a música brasileira, que é referência pela sua diversidade de ritmos. O choro é uma construção do povo brasileiro e o Brasil precisa, cada vez mais, se apropriar do chorinho, que é nosso e lindo desde o seu surgimento. Agora, como Patrimônio Cultural do Brasil, será mais um momento muito especial para todos os que gostam e valorizam a nossa cultura".

 

 29/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF. Clube so Choro em Brasília no dia que o choro foi reconhecido e tombado pelo IPHAN. Reco do Bandolin.
Reco do Bandolin: o gênero musical é uma representação do Brasil profundo(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

 

 

Após a votação do conselho, a programação seguiu com apresentações culturais no Clube do Choro de Brasília. O fundador da Escola de Choro Raphael Rabello, Reco do Bandolim, esteve à frente de todo o processo de registro e comemora o marco como essencial para a valorização da música brasileira. "Esse reconhecimento significa uma espécie de testemunho da tradição artística histórica. O choro está na base da música brasileira, ele vem antes do samba, é o espelho da nossa alma profunda. Considero uma vitória muito grande, especialmente para o povo brasileiro."

O pedido de registro foi feito pelo Clube do Choro de Brasília em 2011, e entre muitas exigências para o Iphan avaliar a qualificação do choro como patrimônio imaterial, foi necessário coletar cartas de recomendação pelo Brasil inteiro, que reconheciam, inclusive, o trabalho do Clube do Choro como importante defensor da música popular brasileira.

Escola 

Em 1998, Reco do Bandolim fundou a Escola de Choro Raphael Rabello, que é referência nacional para o gênero, e desenvolveu a metodologia de ensino do choro, música de tradição oral passada de mestre para discípulo.

Diretor-geral da instituição e violonista, Henrique Neto acredita que a transmissão desse conhecimento é essencial para a cultura brasileira. "O choro é fundamental para a identidade cultural do país. O nosso trabalho, aqui em Brasília, sempre foi defender a manutenção da tradição e renovação desse gênero, que é reflexo do povo brasileiro".

 Um clima de festa e muita música tomou o palco do Clube do Choro depois da decisão do Iphan de reconhecer o gênero como expressão brasileiraFotos: Minervino Júnior/CB/D.A Press

  •  Alunos e professores subiram ao palco para celebrar o choro como patrimônio
    Alunos e professores subiram ao palco para celebrar o choro como patrimônioMinervino Júnior/CB/D.A.Press
     
  •  Clara Aguiar é aluna da  Escola Raphael Rabello
    Clara Aguiar é aluna da Escola Raphael RabelloMinervino Júnior/CB/D.A.Press
     
     
 

 

Lucila Moraes, 62, é aluna de flauta na Escola Raphael Rabelo desde 2015. "As aulas são muito profissionalizantes. Não é como uma escola tradicional, a gente entra focado para aprender realmente a tocar choro". Lucila acrescenta que  "o choro é o Brasil. Tenho orgulho de terem conseguido o registro. É uma música muito difícil de tocar, não é para qualquer um. E merecia, sim, esse destaque."

Clara Aguiar, 30, estuda pandeiro desde o ano passado. A aluna afirma que frequentar o ambiente e testemunhar a celebração cultural do choro são essenciais para ela. "Todo mundo é muito amigo, é uma galera de todas as idades. Ir para a escola é a parte mais feliz do meu dia. O choro é a descoberta de um novo mundo, de uma nova etapa da minha vida".

*Estagiárias sob a supervisão de José Carlos Vieira

 


Correio Braziliense quinta, 29 de fevereiro de 2024

MARATONA DE BRASÍLIA: COM NOVIDADES, RECEBE INSCRIÇÕES ATÉ 15 DE ABRIL

 

Com novidades, Maratona de Brasília recebe inscrições até 15 de abril

Corrida especialmente democrática: participantes poderão escolher cinco opções de trajetos na prova que celebra os aniversários da capital do país e do principal jornal da cidade

 
Helen Deluque, terceira colocada no ranking brasileiro de ultramaratona 100km:
Helen Deluque, terceira colocada no ranking brasileiro de ultramaratona 100km: "Faço questão de ir" - (crédito: Arquivo pessoal/Divulgação)
Foto de perfil do autor(a) Gabriel Botelho*
Gabriel Botelho*
postado em 25/02/2024 09:00

A Maratona de Brasília está de volta para o ano de 2024 em um novo formato. Com inscrições abertas desde 11 de novembro e limitadas até 15 de abril, a saudosa prova da capital federal retorna pela segunda temporada consecutiva, após 25 anos de ausência. Marcada para 21 de abril, data do aniversário da cidade e do Correio Braziliense, apoiador do evento, a prova chegará ainda mais completa do que a anterior. Agora, além de contemplar apenas os interessados na disputa pelos 42km, terá modalidades distintas. Ao todo, serão cinco disputas. Os atletas poderão correr 3km, 5km, 10km e 21km, além da corrida principal.

 

A cereja do bolo ficará com um conceito inédito na história da competição. O Desafio BSB 64 anos dará aos participantes a opção de correr tanto a meia-maratona quanto a inteira, se assim desejarem. Caso ambas as disputas sejam completadas, os atletas receberão uma terceira medalha. Também haverá a opção de correr duas meias-maratonas, em vez dos 42km de uma só vez. As provas de 21km ocorrerão tanto no sábado, dia 20, quanto no domingo, 21. Haverá, portanto, diferentes combinações à escolha dos inscritos.

O professor e diretor técnico do evento, Bruno Nascimento, também responsável pela Bruno Atleta Eventos, ressalta que a combinação de desafios e a possibilidade de escolha abrangente para os corredores são grandes diferenciais para provas dessa espécie em todo o país. "Fazemos eventos de corrida ao redor do Brasil, mas, nesse formato, será a primeira vez. Nunca houve algo parecido com isso. O participante sempre pôde correr a meia mais a inteira, mas nunca com duas meias, por exemplo", afirma.

Na visão dele, o formato inédito servirá como um atrativo tanto para o público acostumado a provas intensas quanto para os novatos. A maioria, inclusive, virá de outras cidades. "O atleta é movido pelo desafio, pela novidade. A pessoa que vem correr e vê que outra prova acontecerá, muitas vezes, quer fazê-las. É algo que chama, principalmente por conta da terceira medalha. Puxa os corredores para novos desafios. Vamos nos esforçar para entregar um evento completo e positivo para todos, com a cara de Brasília", promete Bruno.

O assessor de relações institucionais do Correio Braziliense, Miguel Jabour, é outro que classifica a corrida como algo muito positivo para a cidade. De acordo com ele, a Maratona de Brasília ocupará uma posição de destaque que já lhe pertencia, mesmo com as décadas de ausência. "A Maratona sempre teve um lugar de destaque. O Desafio será a grande inovação para os corredores, além da democrática possibilidade de participar da festa correndo 3km, 5km, 10km, 21km ou a maratona de 42km", comenta.

 

Prazo de adesões e largada

Em 21 de abril, a largada ocorrerá às 7h, na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Museu da República. Ao longo do trajeto, serão percorridos pontos turísticos da capital, como os palácios da Justiça, do Itamaraty e do Planalto, além do Congresso Nacional. O percurso ainda passará pelo Eixo Monumental e Eixões, antes de terminar novamente em frente ao Museu.

Os interessados em participar do evento poderão se inscrever até as 23h59 do dia 15 de abril, uma segunda-feira. A inscrição dará direito ao kit atleta com uma camiseta, número de peito e a medalha pós-prova.

 

Helen Deluque, terceira colocada no ranking brasileiro de ultramaratona 100km.
Helen Deluque, terceira colocada no ranking brasileiro de ultramaratona 100km.(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)

 

Apaixonada por longas distâncias

A professora aposentada Helen Deluque, 53 anos, é uma das competidoras decidida a ingressar no Desafio BSB 64 anos. A participação na prova, entretanto, não será novidade na vida dela. Afinal, entrou no mundo das corridas há 12 anos, quando tinha 41.

A atividade começou apenas como uma diversão. Depois que teve filhos, decidiu começar a praticar o esporte em ruas de fácil acesso. Iniciou com os 5km. Logo, duplicou a distância. Evoluía pouco a pouco, até que chegou à primeira meia-maratona, em 2013.

A partir daí, correu várias outras provas. Cada vez mais envolvida, foi atrás de uma assessoria e passou a direcionar os treinos. O sucesso veio. Primeiro, correu a Volta do Lago, competição com 100km de distância. Em seguida, a convocação para a Seleção Brasileira de Ultramaratona e o título Pan-Americano, em 2019. Hoje, é a terceira colocada no ranking brasileiro de ultramaratona 100km. "Essas distâncias desafiam. Você busca a superação a cada quilômetro. A cada percurso, vem uma realização pessoal. Encontrei-me como nunca antes na minha vida, mesmo tendo começado relativamente tarde", orgulha-se.

A pouco menos de dois meses da corrida, a brasiliense se prepara para os 63km que percorrerá na capital federal. De acordo com ela, o evento é um grande atrativo para a cidade, tanto em nível esportivo como turístico. "Isso é uma forma de motivar atletas de todo o Brasil a competir aqui, pois Brasília ficou muito tempo sem a prova. Também motiva até os que são daqui a treinar e a fazer uma maratona, pois nem todos têm condições de ir para fora. Impulsiona até corridas maiores. É uma forma de gerar renda e nome para o esporte daqui. Movimenta a cidade, as pessoas", opina.

"Maratona é uma distância muito gostosa. Sempre que tem algo por aqui, faço questão de ir, pois é o meu quintal. Na minha cidade, é sempre uma emoção muito grande. Correr por pontos que conheço, com o incentivo de pessoas amadas, que torcem por você e te motivam. É um desafio muito gostoso", complementa Helen.

 * Estagiário sob a supervisão de Fernando Brito


Correio Braziliense quarta, 28 de fevereiro de 2024

DENGUE: GDF REFORÇA COBATE PARA MINIMIZAR O SURTO NA CAPITAL)

 

GDF reforça combate à dengue para minimizar surto na capital

Febre alta, mal-estar e dores no corpo são sintomas que têm acometido um grande percentual da população do DF. Saiba quais as medidas de enfrentamento contra o mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir a doença

Apresentado por  
postado em 15/02/2024 00:00 / atualizado em 15/02/2024 12:58
 
 
 
    -  (crédito: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília)
- (crédito: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília)

Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands - Estúdio de Conteúdo do Correio Braziliense

Os dois primeiros meses de 2024 já ultrapassaram o ano passado no que diz respeito aos números de casos prováveis de dengue em Brasília. De acordo com o Ministério da Saúde, a capital é a terceira unidade da federação com mais registros da doença, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

No levantamento realizado pelo órgão, foi indicado que o Distrito Federal alcançou a marca de quase 47 mil casos, número apresentado na segunda-feira (5), e contabiliza um aumento de 1.120,6% em relação ao mesmo período de 2023. O cenário, já considerado como uma epidemia regional, exige apoio da população para o seu enfrentamento.

Doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue possui como sintomas febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal.

 

(foto: Tony Oliveira/Agência Brasília)

 

Ciente da urgência em enfrentar a doença, o Governo do Distrito Federal (GDF) implementou ações para ampliar o acesso ao atendimento a pessoas com sintomas da dengue e, também, para combater os focos do mosquito. Atualmente, o DF conta com 176 unidades básicas de saúde, nove tendas e duas carretas atuando como porta de entrada dos pacientes com sinais como febre, mal-estar e dores no corpo.

Nas tendas, são acolhidos os pacientes sintomáticos para a realização do teste. Medidas para a hidratação e camas de apoio são oferecidas nesses espaços. Para fortalecer ainda mais os cuidados para a população, foi anunciado uma ampliação do horário de atendimento das UBS no Distrito Federal. Ao todo, 11 unidades estão funcionando até as 22h.

Além disso, também foi estruturado o Hospital de Campanha (HCamp) da Aeronáutica, montado em Ceilândia. A unidade iniciou os atendimentos na segunda semana do mês de fevereiro. “As tendas que instalamos se mostraram muito corretas. Estão tendo uma procura muito efetiva, com 1,5 mil atendimentos por dia. Em razão disso, nós ampliamos esse hospital de campanha da Aeronáutica. O hospital vai ser um auxílio fundamental”, ressaltou Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil.

Morador de Ceilândia, Anderson Gonçalves, 44 anos, foi a uma unidade de pronto-atendimento antes de ir ao HCamp. "Estava muito cheio. Conversei com o guarda na portaria e disseram que o hospital abriria hoje, então fiquei esperando para ser atendido", informa. Com dores no corpo, na barriga e de cabeça, ele relatou que os sintomas tiveram início no último sábado. "É a terceira vez que pego dengue", disse em entrevista para o Correio Braziliense.

Para Anderson, a consulta no HCamp foi muito boa. "Tudo muito organizado. Acho que o atendimento deles deveria ser exemplo para os outros locais", avaliou. O morador de Ceilândia destacou que a comunidade precisa ficar alerta aos cuidados para combater a dengue. "Essa situação também é culpa da população que deveria cuidar mais e prestar mais atenção com a própria residência. Em Ceilândia, tem muita carcaça jogada", ressaltou.

 

(foto: Tony Oliveira/Agência Brasília)

 

Combate no DF

A principal medida para combater a dengue está atrelada ao cuidado da população em evitar o acúmulo de água parada, fator determinante para a proliferação do mosquito. Entre as medidas a serem adotadas, indica-se esvaziar garrafas e mantê-las com a boca virada para baixo, limpar calhas, colocar areia nos pratos das plantas, tampar tonéis, lixeiras e caixas-d'água, além de colocar objetos, como pneus e lonas, abrigados da chuva.

No entanto, devido à alta de casos no DF, o GDF também intensificou a sua atuação para o combate à doença. A fim de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, a região tem recebido regularmente a ação preventiva do carro do fumacê. O veículo de aplicação do inseticida de ultrabaixo volume (UBV) obteve reforço e, neste ano, foi publicado o chamamento para a contratação de mais 10 novas unidades.

De acordo com a Secretaria de Saúde (SES/DF), o objetivo dessa estratégia é fazer com que o trabalho dos veículos alcance todas as Regiões Administrativas do DF. Outra área que ganhará mais fortalecimento é de limpeza às ruas, com a determinação da contratação de mais 300 caminhões para auxiliar na retirada de lixos e entulho.

Só em janeiro, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) retirou quase 45 mil toneladas e quatro mil pneus em todo o Distrito Federal, o que corresponde a 3.692 caminhões de entulho, além de ter mapeado 58 áreas de lixo irregular para erradicação. “Esses pontos regularmente recebem entulho. Eles foram mapeados e estamos limpando todos de uma vez. Nosso maior trabalho é plantar as mudas e cercar. Vamos continuar com esse trabalho”, informa Silvio de Morais Vieira, diretor-presidente do SLU.

O diretor-presidente destaca que, ainda assim, há dificuldades acerca desse assunto. Isso porque muitos moradores ainda insistem em jogar lixo na rua. "Por isso, pedimos a consciência da população. Temos 23 papa-entulhos e mais de 600 papa-lixos. Não há motivo para descartar lixo em área pública”, acrescentou.

Vacina contra a doença

 

(foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)

 

Crianças de até 14 anos são as mais propícias a desenvolver o estágio grave da dengue. Por essa razão, o Governo Federal indicou que esse público será o primeiro a receber a vacinação, disponível apenas na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec). Ao todo, serão 6 milhões de doses para serem distribuídas por todo o país.

O Distrito Federal está entre as unidades da Federação que serão contempladas com a primeira remessa de vacinas contra a dengue. O Ministério da Saúde atendeu ao pedido de prioridade do GDF devido à situação de emergência em virtude do número de casos na capital.

A aplicação da vacina será feita em duas doses. A expectativa é de que a primeira dose seja aplicada ainda em fevereiro, com data ainda a ser definida. Já a segunda tem um intervalo de três meses para aplicação.

Atualmente, o DF tem cerca de 194 mil crianças e adolescentes de até 14 anos. Nesta faixa etária, é comum que a doença se apresente de forma assintomática, mas é necessário que a família atente aos sinais e comportamentos para identificar a hora certa de procurar uma unidade de saúde.

 

(foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília )

 

Fabrício Nunes da Paz, médico e responsável técnico distrital em pediatria, indica que a principal medida de prevenção é evitar a proliferação do mosquito. "A primeira coisa que os pais devem fazer é ter os cuidados necessários dentro da própria casa para não acumular água", pontua.

Outro aspecto importante é utilizar repelentes como uma alternativa para evitar a aproximação do mosquito. Telas mosquiteiras na casa e no quarto das crianças também são importantes para auxiliar a reter a entrada do Aedes aegypti nas residências. Entretanto, o médico reitera que apesar das dicas, a ação mais efetiva para salvar vidas é interromper a proliferação do mosquito.


Correio Braziliense segunda, 26 de fevereiro de 2024

PETS: MANTER AS VACINAS EM DIA PODE SALVAR A VIDA DO ANIMAL E DO TUTOR

 

Manter as vacinas do pet em dia pode salvar a vida do animal e do tutor

A vacinação dos animais de estimação é de extrema importância para a saúde dos bichinhos e dos humanos. Entenda a necessidade e os principais imunizantes do mundo animal

 
A saúde e a felicidade dos animais de estimação podem ser garantidas com a vacinação em dia -  (crédito: Reprodução/Freepik)
A saúde e a felicidade dos animais de estimação podem ser garantidas com a vacinação em dia - (crédito: Reprodução/Freepik)
 
 
 
Tainá Hurtado* 
postado em 25/02/2024 08:30

O mundo animal tem diferentes tipos de doenças contagiosas que podem afetar gravemente os pets, porém muitas delas têm como principal forma de prevenção a vacinação. “Vacinar os animais de estimação é uma parte essencial do cuidado responsável com os nossos pets”, afirma a veterinária Tatiana Santos.

 

Para ela, as vacinas são de extrema importância para proteger os pets e a comunidade no geral, pois muitas das doenças contagiosa podem se espalhar rapidamente entre animais não vacinados, aumentando a exposição dos bichinhos e dos humanos. “Ao vacinar os animais, ajudamos a proteger a saúde de toda a comunidade, incluindo animais selvagens e até mesmo os seres humanos”, diz a veterinária.

Além de um risco para a saúde dos pets, negligenciar a vacinação dos animais de estimação representa uma ameaça para a saúde pública, pois aumenta a possibilidade de transmissão de doenças zoonóticas, patologias transmitidas aos humanos. “Algumas enfermidades que afetam os animais podem ser transmitidas às pessoas através da mordida ou do arranhão de um animal infectado”, explica Tatiana.

 

As zoonoses são doenças que afetam os animais e podem ser transmitidas aos seres humanos, afetando gravemente a saúde de ambos.
As zoonoses são doenças que afetam os animais e podem ser transmitidas aos seres humanos, afetando gravemente a saúde de ambos.(foto: Unsplash/ Jonasvincent)

 

Segundo a profissional, uma das principais zoonoses é a leptospirose, doença bacteriana transmitida pela urina de animais infectados, como ratos. “A vacinação contra a leptospirose ajuda a prevenir a infecção tanto nos animais quanto nos humanos”, afirma. Outra enfermidade prevenida pela imunização é a raiva, que afeta o sistema nervoso central, é causada por um vírus e transmitida pela saliva de animais infectados, principalmente através da mordida.

Onde e quando vacinar

De acordo com a veterinária Iamylle Carmo, o ideal é que a vacinação seja feita com o veterinário responsável pelo pet para garantir a qualidade e a eficácia da imunização. “Para as vacinas serem de boa qualidade elas requerem que a compra seja realizada por um profissional credenciado ou CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária)”, afirma. Ela explica que, para garantir a eficácia, a vacina precisa ser mantida a uma temperatura específica, o que é fiscalizado em consultórios e clínicas de profissionais credenciados.

Mantendo a vacinação do pet em dia, os riscos de contaminação por essas e outras doenças que atingem os animais diminuem significativamente. A veterinária Tatiana Santos ensina que, a partir dos 45 dias de vida, o filhote pode iniciar a imunização, tendo dois reforços com intervalos de 21 a 30 dias. Após as primeiras vacinas, o reforço é de uma dose, aplicada anualmente.


Correio Braziliense domingo, 25 de fevereiro de 2024

COMIDA COMO MEDICAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

 

Comida como medicação: a importância da alimentação saudável

Estudos norte-americanos aprofundam a compreensão sobre a relação de determinados alimentos com o estímulo de processos orgânicos que podem acelerar o desenvolvimento da doença de Alzheimer

Alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios fazem parte do cardápio indicado para reduzir o risco de neurodegeneração -  (crédito: Reprodução/Pinterest)
Alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios fazem parte do cardápio indicado para reduzir o risco de neurodegeneração - (crédito: Reprodução/Pinterest)
 
Paloma Oliveto 
postado em 25/02/2024 04:00 / atualizado em 25/02/2024 07:32

Atribui-se ao grego Hipócrates a frase "você é o que come". Embora exagerada, pois muitos fatores, além da alimentação, influenciam no risco de doenças em geral, hoje, a ciência começa a avançar na compreensão de que as escolhas dietéticas têm, de fato, um peso importante na saúde, incluindo a do cérebro. Há seis anos de o mundo alcançar, segundo projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS), a marca de 82 milhões pessoas com Alzheimer, pesquisas aprofundam a relação entre nutrientes e neurodegeneração.

 
Diferentemente de genética e envelhecimento — fatores de risco da demência sobre os quais não se tem controle —, adaptar a alimentação para reduzir a probabilidade de desenvolver a doença é possível. Recentemente, um artigo publicado no Journal of Alzheimer's Disease lançou luz sobre a questão, ao detalhar, com base na revisão de dezenas de estudos multinacionais, os nutrientes que parecem aumentar ou reduzir o risco de se desenvolver Alzheimer. Os autores não apenas elencam aqueles que mais favorecem o surgimento da enfermidade, mas explicam como isso acontece.

Inflamação 

O trabalho, conduzido por William B. Grant, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, e Steven M. Blake, da Clínica da Memória Maui, no Havaí, revela quais alimentos e produtos estão mais associados ao risco de demência. Gorduras saturadas, carne vermelha (especialmente as de hambúrgueres e de churrasco), carne processada (cachorro-quente e salame, por exemplo), grãos refinados (como arroz branco) e alimentos ultraprocessados ricos em açúcar (biscoito recheado, sorvete industrial, entre outros) estão no topo da lista.

Do lado oposto, folhas verdes, frutas, legumes, nozes, ácidos graxos ômega-3 e grãos integrais parecem proteger o cérebro da degeneração. Nos estudos avaliados, dietas baseadas em um cardápio de vegetais, como a dos países mediterrâneos, da China, do Japão e da Índia mostraram-se especialmente benéficas.

No artigo, os autores explicam as associações. Segundo Brant e Blake, os componentes nutricionais da carne vermelha — e das suas formas de preparo — favorecem fatores conhecidamente neurodegenerativos, como inflamação, resistência à insulina, estresse oxidativo e N-óxido de trimetilamina (metabólito comum em animais).

Por outro lado, os alimentos protetivos têm efeito contrário, evitando os processos orgânicos que prejudicam o cérebro. "Os autores demonstram que o consumo de alimentos que promovem a resistência à insulina, a obesidade e o estresse oxidativo, entre outros fatores, interagem com a neuroinflamação e desempenham um papel importante na origem da doença de Alzheimer", observa o professor de nutrição e epidemiologia da Universidade de Harvard Edward Giovannucci.

  

"Relação da dieta com a demência"

 

Considerados o padrão-ouro da pesquisa clínica, os estudos randomizados — quando os participantes são divididos aleatoriamente em grupo terapêutico e placebo — são um desafio na ciência da nutrição. Há questões éticas: não se pode, por exemplo, alimentar uma pessoa com ingredientes que sabidamente fazem mal, como ultraprocessados e gorduras saturadas, para comparar com outras dietas. Há, também, as de ordem prática: o efeito da alimentação no organismo exige um acompanhamento de longo prazo, e é impossível ter o controle do que o indivíduo vai comer por anos ou décadas.

Porém, diante da explosão de casos de demência e do conhecimento de que fatores ambientais influenciam na doença, muitos pesquisadores conseguem driblar as dificuldades e produzir estudos de qualidade sobre a relação da alimentação com a neurodegeneração. Em artigo publicado na revista Dementia & Neuropsychologia, da Academia Brasileira de Neurologia, a nutricionista Sophia Moreira explica um estudo que conduziu na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no qual fez a revisão de 32 pesquisas clínicas de diversas partes do mundo sobre como o que se come pesa na saúde do cérebro. "Na ciência, não há 100% de certeza, mas o que temos até hoje aponta, sim, para uma relação da dieta com o risco de demência", diz, em entrevista ao Correio.

O que já é certo sobre a associação entre alimentação e a doença de Alzheimer?

Está bem estabelecido que o estilo de vida, no qual se incluem os hábitos alimentares, é um dos principais fatores de risco modificáveis para demência e pode contribuir para a prevenção ou retardo da progressão em até 40% dos casos. Vários estudos observacionais com um número grande e representativo de participantes já demonstraram a associação de padrões dietéticos, como as dietas mediterrânea, Dash (Dietary Approach to Stop Hypertension ou Medidas Dietéticas para Interromper a Hipertensão) e Mind (Mediterranean-Dash Intervention for Neurodegenerative Delay), com a redução do risco de comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer, que é a principal causa de demência no mundo.

É desafiador fazer estudos controlados e de longa duração na área nutricional?

Ensaios clínicos randomizados controlados com dietas específicas e de longa duração apresentam como desafios, entre outros, a perda de seguimento e a dificuldade em controlar a ingestão alimentar e manter a adesão ao protocolo de intervenção. Ainda assim, as evidências atuais apontam para um importante potencial preventivo com um elevado consumo de azeite, frutas, vegetais, peixes, grãos integrais e castanhas, além do consumo reduzido de açúcares e alimentos de origem animal e com alto teor de gorduras saturadas. Na ciência da nutrição, como em outras, não há 100% de certeza, mas o que temos até hoje aponta, sim, para uma relação da dieta com o risco de demência.

Nos estudos que a sua equipe analisou, o que pareceu mais certeiro sobre a relação entre alimentação e demência?

Na revisão sistemática que conduzimos, avaliamos o efeito de intervenções dietéticas específicas na cognição de indivíduos já com o diagnóstico de doença de Alzheimer. No nosso trabalho, incluímos apenas ensaios clínicos randomizados controlados, que são estudos que podem nos oferecer o melhor grau de evidência. Dos 32 estudos incluídos em nossa revisão, 12 demonstraram benefícios na performance cognitiva dos pacientes, incluindo intervenções com ômega-3, ginseng, probióticos e alguns suplementos e fitoquímicos. Porém, como os estudos foram bastante heterogêneos, poucos avaliaram uma mesma intervenção e alguns ainda apresentaram amostras pequenas e falhas metodológicas. O certo é que ainda temos muito a estudar até conseguirmos evidências o suficiente para recomendar algum suplemento para pacientes com demência de Alzheimer.

Há evidências de que suplementos nutricionais influenciem na demência?

Poucas. Arrisco dizer que, no momento, há mais marketing do que evidência científica robusta para muitos destes suplementos. Talvez, no futuro, possamos dizer o contrário, mas, no momento, ainda que alguns nutrientes, componentes dietéticos ou fórmulas nutracêuticas mostrem potenciais benefícios em indivíduos com demência, ainda são necessários mais estudos, especialmente ensaios clínicos de boa qualidade metodológica, para comprovar o real custo-benefício desses produtos e o perfil de pacientes que seriam beneficiados com o uso. Isso ficou bastante evidenciado no estudo conduzido pelas professoras Ann Kristine Jansen (UFMG) e Flávia Mores Silva (UFCSPA).

Pelo que se sabe, até agora, sobre a associação de determinados alimentos com a demência, é possível traçar diretrizes de prevenção?

A adesão aos padrões alimentares mediterrâneo, Dash e Mind tem sido fortemente associada à redução do risco de demência e de outras doenças, como as cardiovasculares, diabetes e hipertensão. A adesão a esses padrões alimentares deve ser fortemente encorajada na população, pois têm um grande potencial preventivo. Em um país tão desigual econômica e socialmente como o nosso, há o desafio do acesso a esses alimentos. Azeite, peixes, castanhas e grãos integrais ainda não estão, infelizmente, dentro da realidade econômica de muitos brasileiros.

 

 


Correio Braziliense sábado, 24 de fevereiro de 2024

FUTEBOL: CRISTIANO RONALDO CHAMA ATENÇÃO AO POSTAR FOTO COM O FILHO NA ACADEMA

 

Cristiano Ronaldo chama atenção ao postar foto com o filho na academia

Cristiano Ronaldo vive grande fase no Al Nassr, da Arábia Saudita

 
Cristiano Ronaldo vive grande fase no Al Nassr, da Arábia Saudita -  (crédito: Divulgação/Al-Nassr)
Cristiano Ronaldo vive grande fase no Al Nassr, da Arábia Saudita - (crédito: Divulgação/Al-Nassr)
Foto de perfil do autor(a) Jogada10
Jogada10
postado em 23/02/2024 11:04 / atualizado em 23/02/2024 13:45

O craque português Cristiano Ronaldo voltou a chamar a atenção nas redes sociais. No entanto, desta vez, não foi por um gol ou assistência com a camisa do Al Nassr, da Arábia Saudita, mas, sim, por uma foto com o filho na academia.

 
“Hoje com meu parceiro”, postou Cristiano Ronaldo em seu Instagram.

Júnior, afinal, tem apenas 13 anos, algo que volta a impressionar. Ele também joga no Al Nassr, da Arábia Saudita, também com a camisa 7, na categoria sub-13.

pai, afinal, marcou gol na vitória por 2 a 0 do Al Nassr, na última quarta-feira (21), contra o Al Feiha. O resultado permitiu o avanço da equipe de Cristiano para as quartas de final da Champions da Ásia.

Grande destaque do Al Nassr, Cristiano Ronaldo tem números para dar inveja a qualquer atacante, mesmo no alto dos seus 39 anos. No total, o gajo marcou 33 gols em 34 partidas pelo clube saudita, além de ter contribuído com 11 assistências.

Aliás, CR7 é o artilheiro do Campeonato Saudita até o momento, com 21 gols marcados e nove assistências. Ele é seguido de perto por Mitrovic, do Al Hilal, que soma 19. O português ainda fez cinco na Liga dos Campeões da Ásia.

 


Correio Braziliense sexta, 23 de fevereiro de 2024

GASTRONOMIA: CHURRASCO DEFUMADO GANHA ESPAÇO NOS RESTAURANTES DO DF

 

Churrasco de carne defumada ganha espaço nos restaurantes do DF

Quer experimentar um churrasco diferente? Conheça os restaurantes da cidade que oferecem ao público os sabores da carne defumada

 
Prato do restaurante Costela Brasília -  (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Prato do restaurante Costela Brasília - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
 
Isabela Berrogain 
postado em 23/02/2024 06:00

Ainda em busca de popularidade entre os brasileiros, a carne defumada é uma experiência de "amor à primeira vista" para muitos. Técnica muito utilizada nos churrascos americanos, o processo de defumação consiste em expor a carne à fumaça para que a proteína ganhe um sabor característico. São diversos os cortes que podem ser defumados, do bovino ao suíno, incluindo frangos e peixes.

 "O público brasiliense ainda está descobrindo o sabor peculiar e agradável das carnes defumadas", concorda Andrey Angelim, head chef da Fazenda Churrascada. "Temos uma excelente aceitação quanto aos nossos cortes defumados sempre seguidos de uma surpresa positiva quanto ao sabor e, principalmente, quanto à textura e suculência da carne", complementa.

Andrey relembra, no entanto, que a defumação surgiu como uma forma de prolongar a duração da carne. "É importante ressaltar que a defumação é uma técnica ancestral visando à conservação da carne, em diversas culturas temos registros de sua utilização para esse fim. Atualmente, podemos dizer que a fumaça se tornou um ingrediente, o processo tem o objetivo de trazer mais sabor, além de aromas específicos que resultam dos mais diversos tipos de madeira utilizados na defumação", destaca.

Pioneiros em defumação

O que começou dentro do quintal de casa, hoje é um dos principais pontos de encontro dos amantes de carne de Vicente Pires e região. "Estamos trazendo a cultura do defumado para Brasília desde 2020, quando poucas pessoas a utilizavam. Agora, vemos vários restaurantes começando a explorar o defume, e nós temos orgulho de sermos um dos pioneiros a trazer esse sabor para a capital", comemora o proprietário Thimoteo Bufarah.

Explosão de sabores

Há quatro anos, o The Boss BBQ tem como proposta trazer o típico churrasco texano para a cidade. "Nosso projeto simples, porém ambicioso, procurava chegar com algo novo, que pudesse encantar o paladar das pessoas", relembra o sócio Yuri Nogueira. "O brasileiro ama churrasco. Pensando nisso, chegamos à conclusão de que não poderia dar errado", afirma. Com um ticket médio de R$ 30 a R$ 40, a casa trabalha com oito opções de proteínas, além de oferecer ao público um arroz carreteiro (R$ 24 — 900g) feito no tacho à lenha. "Nossa principal recomendação é o brisket (R$ 14,90 — 100g), picanha americana que no Brasil é o peito bovino, um corte que, geralmente, não é muito valorizado até o momento que deixamos ele assando e defumando em um processo que pode passar de 10h. Usando a lenha e a temperatura certa, ele proporciona uma experiência única em uma explosão de sabores com suculência e maciez", garante o sócio. Outro diferencial da casa também é o frango defumado (R$ 69 — kg), queridinho dos clientes.

Churrascão de domingo

Inaugurado três dias antes do lockdown da pandemia, o Superquadra Bar comemora quatro anos no mês de março. Desde 2020, a casa busca aproximar o público de Brasília ao conceito de churrasco acessível. "Nosso projeto sempre foi de trazer o churrasco para um ambiente mais informal e descontraído, relembrando os churrascos de finais de semana com os amigos", conta o proprietário Tonico Lichtsztejn. No menu, o restaurante conta com diversos cortes de carne, sejam grelhados, assados ou defumados, tornando a experiência do cliente o mais completa possível.

Delícias rurais

Resultado do sucesso do Festival Churrascada no Brasil, evento gastronômico que vendeu cerca de 30 mil ingressos e reuniu mais de 100 chefs nacionais e internacionais especialistas em churrasco, o Fazenda Churrascada conquistou São Paulo antes de se destacar na capital federal. Desde 2022, a casa localizada no Clube do Golfe atrai os amantes do velho e bom churrasco em um espaço que procura aproximar o público ao ambiente rural e rústico. "Somos uma plataforma de experiências relacionadas ao churrasco, onde família e amigos se reúnem para celebrar", pontua André D'Alessandro, sócio da Fazenda Churrascada Brasília.

Voltada para cortes selecionados de carne, a casa conta com um menu que reúne variadas opções de assados e grelhados, e é claro que os defumados não ficam de fora. Uma das estrelas do cardápio é o cupim defumado (R$ 72 — 300g), macio e suculento, servido fatiado e servido com molho BBQ de Jack Daniel's. "Oriundo no Nelore, ele é um corte amplamente difundido no Brasil, contando com diversas formas de preparo por todo o território nacional. Aqui na Fazenda, trouxemos a técnica do American BBQ e aplicamos nesse corte que se adaptou muito bem ao estilo de preparo por ter bastante colágeno e gordura, os quais derretem devido a longa exposição ao calor sob temperatura controlada (o preparo leva em média 8h sob uma variação de temperatura de 90°C a 120°C), tendo como resultado uma carne com bastante maciez e suculência", explica Andrey Angelim, head chef da casa.

Onde comer?

Alecrim Smoke House

Taguatinga - QSC 19

De terça a sexta, das 18h às 23h

Sábado, das 11h às 23h

Costela Brasília

Vicente Pires - Rua 8 Chácara 186 Loja 2

De terça a sábado, das 10h30 às 23h

Fazenda Churrascada

Clube de Golfe de Brasília (St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2)

De terça a quinta, das 12h às 23h

Sábado, das 11h30 à 0h

Domingo, das 11h30 às 19h

Superquadra Bar

Segunda, das 9h às 17h

De terça a sábado, das 11h às 22h45

Domingo, das 11h às 17h

Águas Claras, rua 7 norte (em frente ao Mr Hoppy)

Sábado e domingo, das 11h às 16h

 


Correio Braziliense quinta, 22 de fevereiro de 2024

CONCURSO DA CAIXA: EDITAL É PUBLICADO COM 4050 VAGAS; SALÁRIO DE ATÉ 14 MIL

Concurso Caixa: edital é publicado com 4.050 vagas; salários até R$ 14 mil

As chances são para os ensinos médio e superior e as inscrições podem ser feitas entre 29/2 e 25/3. Já as provas ocorrem em 26/5

 
 
Francisco Artur
postado em 22/02/2024 09:20 / atualizado em 22/02/2024 09:21
 
Entre as oportunidas, haverá oportunidades para ensinos superior e médio -  (crédito: Divulgação/Fenae)
Entre as oportunidas, haverá oportunidades para ensinos superior e médio - (crédito: Divulgação/Fenae)

O novo edital do concurso público da Caixa Econômica Federal — conforme adiantado pelo Correio — foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), desta quinta-feira (22/2). Tão aguardado por concurseiros em todo o país, por causa da grande quantidade de vagas ofertadas, o certame da Caixa deste ano selecionará 4.050 pessoas para funções variadas no banco estatal.

Entre as oportunidades, há chances para candidatos com formação de níveis superior e médio. Serão duas mil vagas para o cargo de técnico bancário novo e mais duas mil para técnico bancário TI, ambos de nível médio. Já para nível superior, o concurso da Caixa conta com 50 vagas, sendo 28 para médicos do trabalho e 22 para engenheiros de segurança do trabalho.

Os salário é de R$ 3.762, para os cargos de técnico bancário novo e técnico bancário TI; R$ 14.915 para engenheiro de segurança do trabalho e R$ 11.186 para médico do trabalho. As inscrições custam R$ 50 para vagas de nível médio e R$ 65 no caso de nível superior e podem ser feitas no site da Cesgranrio, banca examinadora do certame, entre 29 de fevereiro e 25 de março deste ano. As provas ocorrem em 26 de maio. 

Benefícios

Além do salário, a Caixa oferece benefícios a quem for aprovado. Veja:

  • Auxílio-refeição/alimentação: R$ 1.014,42;
  • Auxílio-cesta/alimentação: R$ 799,38;
  • Auxílio 13ª Cesta Alimentação (benefício recebido no mês de novembro): R$ 799,38;
  • Auxílio Creche/Babá: R$ 602,81;
  • Oportunidades de ascensão e desenvolvimento profissional;
  • Participação nos lucros e nos resultados, conforme a legislação e acordo coletivo vigente;
  • Acesso a planos de saúde e previdência complementar;
  • Participação em programas para aprimoramento da escolaridade e desenvolvimento;
  • Benefícios relacionados à saúde, qualidade de vida e prevenção de acidentes; e
  • Contrato de trabalho regido pela CLT, incluindo direito ao FGTS, entre outras vantagens.

Como se inscrever

Para participar do concurso da Caixa, os candidatos deverão acessar o site da Cesgranrio, preencher o formulário e escolher o cargo, polo/macropolo/UF. A idade de realização das provas estará automaticamente vinculada ao polo/macropolo/UF correspondente.


Correio Braziliense quarta, 21 de fevereiro de 2024

CARIOCA 2024: ARRASCAETA BRILHA EM GOLEADA DO FLAMENGO

 

De garçom a artilheiro, Arrascaeta brilha em goleada do Flamengo

Arrascaeta fez dois nos 4 a 0 sobre o Boavista

 
Arrascaeta fez dois nos 4 a 0 sobre o Boavista -  (crédito: Foto: Divulgação/Flamengo)
Arrascaeta fez dois nos 4 a 0 sobre o Boavista - (crédito: Foto: Divulgação/Flamengo)
Foto de perfil do autor(a) Jogada10
Jogada10
postado em 21/02/2024 00:12 / atualizado em 21/02/2024 09:50

Se o uruguaio De Arrascaeta está acostumado a ser um garçom, nesta terça-feira (20) ele foi o artilheiro do Flamengo nos 4 a 0 sobre o Boavista, pelo Campeonato Carioca. O camisa 14 marcou dois belos gols e conduziu a vitória rubro-negra, na qual participou também em outros lances que acabaram com a bola na rede.

“A gente tem que estar ali e contribuir seja como for. Com gols, assistências ou um passe simples. O mais importante foi mesmo a vitória do time, termos apresentado um bom jogo e criar muitas situações (de gol), como fizemos hoje. Ainda temos coisas para melhorar, mas estamos fazendo um belo começo de trabalho”.

Na próxima rodada, o Flamengo terá pela frente o Fluminense, em clássico que vale a liderança isolada do Estadual. O jogo será no domingo, às 16h, no Maracanã: quem vencer fica muito perto de conquistar a Taça Guanabara.


Correio Braziliense terça, 20 de fevereiro de 2024

CARLIM AZEVEDO: O NOVO ARTISTA NACIONAL VINDO AÍ

Carlin Azevedo: O novo artista nacional vindo aí

 

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  • O jovem cantor e compositor Carlos Dos Santos De Oliveira, mais conhecido como Carlin Azevedo, tem chamado a atenção do público com seu talento e carisma. Nascido em Sete Lagoas, Minas Gerais, Carlin sempre teve uma paixão pela música, mas foi somente após cursar administração que decidiu seguir seu verdadeiro sonho.

    Aos 10 anos de idade, Carlin começou a compor suas próprias músicas, mas nunca imaginou que se tornaria um artista. No entanto, sua admiração por cantores e a vontade de viver da música o levaram a perseguir sua paixão. Mesmo enfrentando a descrença de familiares e amigos, Carlin persistiu e confiou em si mesmo, dando os primeiros passos em direção à sua carreira musical.

    Carlin compondo suas próprias canções se destacou ao ter umas de suas composições escolhida pela própria cantora Marília Mendonça para o projeto As Patroas, Carlin Azevedo também se destaca por ser um dos últimos compositores da Rainha da sofrência Marília Mendonça e demais outros artistas.


Antes de se dedicar inteiramente à música, Carlin teve que superar diversas dificuldades. A falta de apoio e as limitações financeiras poderiam tê-lo levado a desistir, mas sua perseverança e fé o impulsionaram a continuar. Em 2021 ele deixou sua cidade natal e se mudou para Vitória da Conquista, na Bahia, onde gravou sua primeira música autoral, intitulada “Não me interessa” sua autoria em 2022 alavancando admiradores a suas canções.

Um de seus pontos marcantes é trazer em suas canções verdade de vidas e relacionamentos bem ou mal concretizados.

Além de sua determinação, Carlin também se destaca pela influência positiva que exerce sobre as pessoas. Sua autenticidade e a maneira como transmite sua verdadeira essência são inspiradoras, mostrando que é possível alcançar os sonhos, mesmo diante das adversidades.

Com inúmeros alcances em suas redes socias, Carlin tem conquistado cada vez mais fãs e admiradores. Sua música e seu trabalho têm alcançado grande visibilidade, e ele já realizou shows e eventos por todo o país. Seus planos para o futuro incluem a realização de todos os projetos que sempre sonhou.

Para aqueles que desejam seguir a mesma profissão, Carlin deixa um recado: no começo, tudo pode parecer difícil e até impossível, mas com interesse, foco e persistência, a vida oferecerá oportunidades e tudo começará a se encaixar. Portanto, não desista e não se preocupe com as limitações, pois tudo é possível.

Carlin Azevedo, o próximo artista nacional, é um exemplo de superação e determinação. Sua história inspiradora e seu talento promissor têm conquistado cada vez mais espaço no cenário musical brasileiro.


Correio Braziliense segunda, 19 de fevereiro de 2024

ABÍLIO DINIZ,FUNDADOR DO GRUPO PÃO DE AÇÚCAR, SE ENCANTOU, AOS 87 ANOS

 

Morre Abilio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar, aos 87 anos

Empresário precisou ser internado às pressas no Hospital Albert Einstein, com quadro de pneumonia

 
Aos 87 anos, o empresário é conhecido também por compartilhar o estilo de vida saudável com os seguidores -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Aos 87 anos, o empresário é conhecido também por compartilhar o estilo de vida saudável com os seguidores - (crédito: Reprodução/Instagram)
 
 
 
Gabriella Braz 
postado em 18/02/2024 21:46 / atualizado em 18/02/2024 22:41

Morreu na noite deste domingo (18/2), aos 87 anos, o empresário Abilio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar. Abilio estava internado no Hospital Albert Einstein com pneumonia. De acordo com fontes próximas, Diniz estava internado há três semanas e o quadro era considerado "difícil".

“É com extremo pesar que a família Diniz informa o falecimento de Abilio Diniz aos 87 anos neste domingo, 18 de fevereiro de 2024, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. O empresário deixa cinco filhos, esposa, netos e bisnetos, e irá ao encontro do seu filho João Paulo, falecido em 2022. Desde já, a família agradece a todas as mensagens de apoio e carinho”, diz a família em nota divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Nas redes sociais, a irmã mais nova, Lucilia Diniz, prestou homenagens ao empresário. "Perco meu irmão mais velho, meu primeiro mentor, meu ex-sócio aguerrido e, sobretudo, um dos meus amigos mais queridos", diz a postagem. 

Aos quase 90 anos, o empresário era conhecido pelo estilo de vida saudável, que compartilhava com os seguidores nas redes. Na última publicação, feita em 17 de janeiro, Abilio falou sobre o amor pelos esportes de neve. Em viagem com a família pelos Estados Unidos, ele relatou estar impossibilitado de esquiar nas montanhas pois se recuperava de duas cirurgias no joelho.


Correio Braziliense domingo, 18 de fevereiro de 2024

TEMPO: ALERTA DE PÉRIGO NO DF PARA PANCADAS DE CHUVAS CONTINUA NO DOMINGO

 

Alerta de perigo no DF para pancadas de chuvas continua no domingo (18/2)

O aviso laranja de precipitações intensas, emitido pelo Inmet no sábado, se estenderá, pelo menos, até às 10h de segunda-feira

Tempo nublado no DF  -  (crédito:  Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Tempo nublado no DF - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Foto de perfil do autor(a) Giulia Luchetta
Giulia Luchetta
postado em 18/02/2024 09:44 / atualizado em 18/02/2024 09:45

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as condições de pancadas de chuva com trovoadas isoladas no domingo (18/2) se manterão para o início da semana que vem. O alerta laranja, emitido devido ao perigo das chuvas intensas no sábado, será mantido, pelo menos, até às 10h de segunda-feira.

 

No Distrito Federal, as temperaturas mínimas ficam em torno de 19 a 20°C, com máxima em torno de 29ºC. Para Brasília, a máxima é um pouco inferior, chegando a 27ºC. “Há muita nebulosidade, poucas aberturas e condição de chuva a qualquer momento”, informa Glauco Freitas, meteorologista do Inmet. A umidade do ar deve oscilar entre 55 e 95%.

As áreas de instabilidade atmosférica observadas podem formar chuvas fortes com precipitação de 30 a 60 mm por hora, ou 50 a 100 mm por dia. A velocidade das rajadas de vento varia de 60 a 100 km por hora.

A partir de terça-feira, as condições de instabilidade deverão diminuir, mas a nebulosidade intensa e as pancadas de chuva continuam ainda na quarta-feira. A presença do sol será mais marcante na quinta-feira.

“Nesta época do ano, mesmo sem haver o alerta, é importante estar atento aos perigos da chuva”, orienta Glauco. O Inmet indica cuidado com o risco de queda de árvores e descargas elétricas. Em caso de perigo, obtenha mais informações junto à Defesa Civil (199) e ao Corpo de Bombeiros (193).


Correio Braziliense sábado, 17 de fevereiro de 2024

DIA MUNDIAL DO GATO: VEJA COMO GARANTIR O BEM-ESTAR DO SEU FELINO

 

 

Dia Mundial do Gato: veja como garantir o bem-estar do seu felino

Especialistas alertam para o cuidado com os gatos e listaram as doenças que mais acometem esses animais

Em 17 de fevereiro comemora-se o Dia Mundial do Gato -  (crédito: Reprodução/Freepik)
Em 17 de fevereiro comemora-se o Dia Mundial do Gato - (crédito: Reprodução/Freepik)
 
Yasmin Rajab 
postado em 17/02/2024 01:00

O gato é um dos animais mais amados pelos brasileiros. O felino é conhecido pelos sentidos aguçados, pela visão noturna exepcional e uma audição muito sensível. Apesar de amarem um carinho, a espécie adora ser independente.

 Com uma população tão grande de bichanos, vale a pena saber curiosidades sobre animal e como mantê-los saudáveis. Algumas doenças, inclusive, podem ser transmitidas para os seres humanos. 

Ao decorrer da vida, esses animais podem desenvolver uma série de problemas de saúde. Para evitá-los, ou oferecer um tratamento adequado para o pet, é necessário levá-los para consultas periódicas com um médico-veterinário, além de realizar exames de rotina. 

A Elanco Saúde Animal listou as doenças mais comuns que podem acometer os gatos e os cuidados que devem ser tomados para lhes proporcionar bem-estar. Confira: 

"A DRC é uma doença silenciosa, crônica, progressiva e pode ser fatal. Por isso, é fundamental que o gato passe por consultas periódicas. Com um diagnóstico precoce, o felino tem mais chances de receber um tratamento adequado e aumentar a expectativa de vida com a doença", explica Mariana Capellanes Flocke, médica-veterinária da Elanco.

Doenças respiratórias: Infecções do trato respiratório, muitas vezes causadas por vírus, como o herpesvírus felino (FHV) e o calicivírus felino (FCV), são comuns em gatos. As manifestações clínicas incluem espirros, secreção nasal e ocular e falta de apetite. Com certa frequência, felinos também podem manifestar doenças como bronquite e asma, caracterizadas por uma inflamação das vias respiratórias inferiores, e geralmente de origem alérgica (por conta de aerossóis, fumaça de cigarro, areia sanitária e poeira doméstica).

 

Diabetes mellitus: Assim como em humanos, os gatos podem desenvolver diabetes mellitus e as manifestações clínicas são bastante semelhantes: urina em excesso, aumento da ingestão hídrica, perda de peso e alterações no apetite.

Doença do trato urinário inferior dos felinos: Condições como cistite e obstrução uretral são comuns em gatos. Os sintomas incluem: dificuldade para urinar, urina com sangue e lambedura excessiva da área genital.

Doenças parasitárias: De acordo com a médica, é necessário que os tutores levem o pet ao veterinário para realizar o controle parasitário, garantindo o bem-estar ao pet e à família. 

Gatos trazem riscos para mulheres grávidas?

Muitas informações falsas acerca da criação de gatos circulam na internet, o que contribui para o abandono dos animais. Algumas doenças adquiridas pelos felinos podem ser transmitidos aos humanos, o que causa medo nos tutores, principalmente em grávidas. 

"Para prevení-la, a gestante deve redobrar os cuidados com a preparação dos alimentos. É importante estar atenta ao consumo de vegetais e legumes crus e mal higienizados, bem como carnes cruas ou malpassadas, especialmente carnes vermelhas", complementa. 

Mariana também alerta que é preciso tomar cuidado com as fezes dos animais, tanto de cães quanto de gatos. "É recomendável, por exemplo, usar luvas ao manusear a caixa de areia dos gatos e lavar bem as mãos após o manuseio", finaliza. 

Cuidados

Alguns cuidados devem ser tomados para garantir a saúde dos gatos. A médica veterinária especializada em medicina de felinos do Veros Hospital Veterinário, Camila Ferreira, listou alguns. Veja abaixo:

Hidratação: Mantenha sempre água limpa e fresca disponível para o gato. Alguns gatos preferem beber água corrente, então uma fonte de água pode ser uma boa opção;

Higiene: Escove regularmente o pêlo do animal para ajudar a evitar bolas de pêlo e emaranhados. Além disso, mantenha a caixa de areia limpa, pois os gatos são animais muito higiênicos;

Visitas ao veterinário: Leve o pet ao veterinário regularmente para exames de rotina, vacinações e tratamento preventivo contra pulgas, carrapatos e vermes;

 


Correio Braziliense sexta, 16 de fevereiro de 2024

POVOS ORIGINÁRIOS: BIÓLOOGO INDÍGENA CRIA GUIA DE PRIMATAS DA TERRA DO POVO PAITER SURUÍ

 

Biólogo indígena cria guia de primatas da terra do povo Paiter Suruí

Fabrício Suruí espera que o guia inédito seja uma ferramenta valiosa para a educação indígena e de valorização dos saberes tradicionais

 
O catálogo é fruto da dissertação de mestrado do biólogo, desenvolvida no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará -  (crédito: Divulgação/Fabrício Suruí)
O catálogo é fruto da dissertação de mestrado do biólogo, desenvolvida no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará - (crédito: Divulgação/Fabrício Suruí)
 
Aline Gouveia 
postado em 16/02/2024 09:03 / atualizado em 16/02/2024 09:31

O biólogo indígena Fabrício Suruí criou o primeiro guia de primatas que vivem na Terra Indígena Sete de Setembro, do povo Paiter Suruí, localizada entre os estados de Mato Grosso e Rondônia. O material inédito apresenta os nomes dos macacos na língua indígena tupi-mondé e revela a relação dos povos originários com esses animais. O catálogo é fruto da dissertação de mestrado do biólogo, desenvolvida no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará.

 
"Essa abordagem reconhece a importância de considerar não apenas o comportamento dos primatas, mas também as perspectivas e práticas das comunidades humanas que vivem em estreita proximidade com esses animais. Portanto, a etnoprimatologia contribui para uma compreensão mais holística das relações entre humanos, primatas não humanos e os ecossistemas compartilhados, e pode fornecer insights valiosos para a conservação da biodiversidade e o manejo sustentável dessas áreas", explica Fabrício ao Correio.

Para desenvolver o guia dos primatas presentes no território ancestral do povo Paiter Suruí, Fabrício contou com a colaboração de especialistas não indígenas nas áreas de mastozoologia, primatologia e ilustração científica. Outro ponto fundamental da pesquisa foi a participação dos próprios indígenas, especialmente os anciãos. Nos territórios tradicionais, os anciãos são os guardiões da cultura e de conhecimentos ancestrais, e são vistos como conselheiros.

 

Fabrício Suruí é o primeiro etnoprimatologista indígena do Brasil
Fabrício Suruí é o primeiro etnoprimatologista indígena do Brasil(foto: Acervo pessoal)

 

"Trabalhar em estreita colaboração com a comunidade Paiter Suruí para criar um guia de primatas foi uma maneira estratégica para aliar conhecimentos científicos e saberes tradicionais para conhecer verdadeiramente a biodiversidade, além de promover o respeito e valorização pela complexidade do conhecimento indígena", conta o biólogo.

Para Fabrício, a presença e a valorização dos saberes dos povos tradicionais são fundamentais para o progresso da ciência. "As comunidades indígenas e tradicionais possuem um conhecimento profundo e detalhado sobre seus ambientes naturais, acumulado ao longo de gerações através de observações diretas e práticas de manejo sustentável. Ao acrescentar esses saberes na ciência, é possível obter uma compreensão mais completa e precisa dos ecossistemas, dos padrões de biodiversidade e das relações entre os seres vivos e o meio ambiente", pontua o especialista.

 

O catálogo é fruto da dissertação de mestrado do biólogo, desenvolvida no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará
O catálogo é fruto da dissertação de mestrado do biólogo, desenvolvida no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará(foto: Divulgação/Fabrício Suruí)

 

 

Para Fabrício, a presença e a valorização dos saberes dos povos tradicionais são fundamentais para o progresso da ciência
Para Fabrício, a presença e a valorização dos saberes dos povos tradicionais são fundamentais para o progresso da ciência(foto: Divulgação/Fabrício Suruí)

 

Para o futuro, Fabrício pretende continuar desenvolvendo trabalhos pautados na ciência e nos saberes indígenas, principalmente com foco na conservação da biodiversidade e conhecimento tradicional. O biólogo espera que o guia de primatas seja uma ferramenta valiosa para a educação indígena. "Acredito muito que, ao unir conhecimentos científicos com ricos conhecimentos de técnicas e perspectivas dos povos indígenas, não apenas enriquece o campo da ciência, mas também fortalece a valorização e preservação das culturas e territórios indígenas", diz. 

Relação do povo Paiter Suruí com os macacos

O guia de primatas lista o Macaco-aranha-de-cara-preta, conhecido como Arime-iter na língua tupi-mondé, como o mais importante e sagrado de todos os macacos conhecidos dos Paiter Suruí. Essa espécie é considerada a principal carne desse povo indígena, e não há limitação de faixa etária para o consumo. Além da importância na alimentação, a gordura é aproveitada na medicina tradicional, enquanto que os dentes e ossos são usados para confecção de artesanatos.

Em contrapartida, o Macaco-prego, chamado de Masaykirh, também está incluído na alimentação do povo Paiter, porém existe uma regra de restrição para o consumo dentro da cultura. Somente adultos e idosos podem comer a carne de um Masaykorh. Segundo os Paiterey (plural de Paiter), se crianças ou adolescentes comerem a carne, há maior possibilidade de causar danos negativos durante o crescimento, como a fraqueza e desânimo.

A caça é uma importante atividade da cultura desses indígenas e o povo Paiter Suruí busca meios para garantir a soberania alimentar e cultural por meio do uso de ferramentas e de projetos para a gestão territorial e ambiental, a fim de aliar o manejo da caça com a conservação da biodiversidade.


Correio Braziliense quinta, 15 de fevereiro de 2024

ROCK: FAROFA DO ROCK LEVA SUA SEGUNDA EDIÇÃO AOS NACIONAES, NESTE SÁBADO, 17.02

 

Farofa Rock leva sua segunda edição ao Nacionaes, neste sábado (17/2)

Encontro das bsndas Ultra Metade, Arqvírus, DF 147 e Rayet acontece a partir das 19h com entrada gratuita. Mistura promete rock para todos os gostos

 
Farofa Rock chega a sua segunda edição com quatro bandas autorais -  (crédito: Divulgação Ultra Metade)
Farofa Rock chega a sua segunda edição com quatro bandas autorais - (crédito: Divulgação Ultra Metade)
 
Suzano Almeida 
postado em 14/02/2024 19:41 / atualizado em 14/02/2024 22:00

As bandas Ultra Metade, Arqvírus, DF 147 e Rayet são as atrações da 2ª edição do Farofa Rock, que acontece neste sábado (17/2), a partir das 19h, no Nacionaes, em Arniqueiras. O evento traz, ao palco, bandas autorais do Distrito Federal com o intuito de apresentar ao público o que de melhor se produz na capital do país. A entrada é gratuita.

 

O encontro de bandas é mais uma das iniciativas da cena do rock local, que pretende dar visibilidade a artistas que surgem na cidade e querem se apresentar para o público em um espaço de qualidade.

“Esse é um rolê muito especial para a gente. Queremos fazer essa mistura para que o público e os fãs de cada uma das bandas se conheçam e conheçam novas bandas. Por isso, o nome do nosso evento é farofa, pois misturamos tudo o que há de bom em um mesmo lugar”, explica o produtor e vocalista da Ultra Metade, anfitriã da festa, Berg.

Os shows serão realizados no Nacionaes. O espaço localizado no Setor Habitacional Arniqueiras, conjunto 28, lote 12, loja 2, na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras, tem se firmado como um dos points com shows de rock da região, e do encontro entre motociclistas, grande público do gênero.

“Ganhamos esse apoio do Nacionaes e esperamos corresponder com um bom público. Vamos fazer uma grande festa, pois precisamos conquistar cada vez mais espaços”, conclui Berg.

Serviço

Farofa Rock — 2ª edição

Dia: Sábado, 17 de fevereiro
Horário: 19h
Local: Setor Habitacional Arniqueiras, conjunto 28, lote 12, loja 2, na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras
Entrada gratuita

 


Correio Braziliense quarta, 14 de fevereiro de 2024

QUARTA-FEIRA DE CINZAS: TCHAU, CARNAVAL!

 

Tchau, carnaval! Quarta-feira de cinzas será de calor e tempo seco

Folia se despede do jeitinho esperado pelo verão, com muito calor. Chuvas devem ocorrer pontualmente e de forma passageira, mas podem retornar a partir de quinta-feira (15)

 
 
 
Bom dia, Brasília! Nesta quarta o céu amanheceu ensolarado e previsão é de calor -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Bom dia, Brasília! Nesta quarta o céu amanheceu ensolarado e previsão é de calor - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
Letícia Mouhamad 
postado em 14/02/2024 09:51

Alô, foliões, hora de se despedir do carnaval e voltar à programação normal da semana. Notícia difícil, eu sei. Mas nesta quarta-feira de cinzas (14/2) o dia amanheceu ensolarado e cheio de brilho, para nos lembrar que, apesar do retorno à labuta, a sexta-feira está logo ali, a postos. E o calor deve permanecer durante a tarde, com poucas possibilidades de chuvas passageiras e isoladas — verão, né?

No entanto, a partir de quinta-feira (15), os fãs de tempestades podem comemorar, pois as precipitações voltam acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento, segundo Deise Moraes, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Por enquanto, o Distrito Federal segue sem alertas de perigos associados às chuvas. 

No DF, a temperatura mínima foi de 16ºC e a máxima pode chegar a 32ºC. Já a umidade fica em torno dos 25% e 95%. No Plano Piloto, os termômetros indicaram mínima de 16ºC e a máxima pode atingir os 30ºC; a umidade fica entre 95% e 30%. 


Correio Braziliense terça, 13 de fevereiro de 2024

CARNAVAL 2024: PROGRAMAÇÃO PARA HOJE NO DF

 

Sol brilha em Brasília no penúltimo dia de festa de carnaval

O céu azul foi o grande protagonista, nesta segunda-feira (12/2), depois do frio e da chuva do domingo

 
O bloco Divinas Tetas arrastou uma multidão para o Eixo Monumental -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
O bloco Divinas Tetas arrastou uma multidão para o Eixo Monumental - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
 
Arthur de Souza 
 
Mariana Saraiva 
 
Pedro Marra 
postado em 13/02/2024 06:00 / atualizado em 13/02/2024 09:13

Camila Coimbra*

Luis Fellype Rodrigues*

Depois da chuva e do frio de domingo, o sol deu as caras no carnaval do Distrito Federal, nesta segunda-feira (12/2), fazendo os foliões curtirem as agremiações do Plano Piloto, como o Divinas Tetas e o Bloco do Amor, que arrastaram multidões. Na área da segurança, o balanço da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) destacou que não houve incidentes graves. Entre sexta e a madrugada de segunda-feira, foram registradas 87 ocorrências de furto de celulares, principal delito cometido durante a folia.

O clima no bloco Carnapati, no Eixo Ibero-Americano, foi de muito entusiasmo com o Teatro Mapati. Brincadeiras, rodas de ciranda e música ao vivo foram pontos altos da festa. As crianças tinham à disposição brinquedos infláveis e cama-elástica, numa farra que durou até às 19h. Os organizadores do evento acreditam que atraíram em torno de 5 mil foliões.

No bloco Baratona, no estacionamento 12 do Parque da Cidade, camas elásticas, música animada, personagens de desenhos animados e super-heróis animaram as famílias.

 

  •  12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF.  Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.
    12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.Minervino Júnior/CB/D.A.Press
     
  •  12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF.  Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.
    12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.Minervino Júnior/CB/D.A.Press
     
  •  12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF.  Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.
    12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.Minervino Júnior/CB/D.A.Press 
  •  12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF.  Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.
    12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Carnaval 2024 Bloco da Divinas Tetas próximo ao Museu da República.Minervino Júnior/CB/D.A.Press
     
     
     
  •  12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF.  Carnaval 2024 Bloco da Baratona no Parque da Cidade.
    12/02/2024. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Carnaval 2024 Bloco da Baratona no Parque da Cidade.Minervino Júnior/CB/D.A.Press
     
     
 

 

Diversidade

Uma das marcas do Vai com as Profanas foi o acolhimento ao público LGBTQIAP+. Isso atraiu os amigos Thiago Cotta — que é não-binário — e Hyaga Cotta, ambos com 35 de idade. "Gosto deste bloco porque é feminista e tem muito respeito pela diversidade", avaliou Hyaga. "A galera de Brasília que trabalha com carnaval está fazendo uma relevante resistência este ano", completou.

Animação

Milhares de foliões se reuniram no gramado ao lado da Biblioteca Nacional para festejar a volta do Divinas Tetas, fundado em 2016. Após dias chuvosos, uma tarde ensolarada era tudo o que os carnavalescos mais queriam. A diversidade cultural e as bandas atraíram boa parte do público. Além disso, graças ao bloco, vários dizem que iniciaram amizades.

O Vai Quem Fica saiu da altura da 110 Norte e os foliões seguiram pela quadra da 300 Norte, até chegar à 107 norte, onde houve a maior concentração de público. Ele é famoso por fazer mistério sobre sua programação, que só divulgada na madrugada que antecede o dia de sua apresentação. E o ponto de concentração é divulgado em forma de poema para o público adivinhar onde será.

Com muita animação, os foliões permaneceram até o fim. Fantasiados, coloriram a quadra da Asa Norte com seus adereços. Foi o caso de Bruna Scafut Coutinho, 42, moradora da Asa Sul. Este ano, a psicóloga se vestiu de Mulher Borboleta. "Sempre vou fantasiada para os bloquinhos. Ano passado explorei cores e psicodelia e este ano decidi vir no Vai quem Fica de borboleta", contou.

O Bloco Aparelhinho, com uma vibração única, se concentrou na feira da Torre de TV, com cortejo na descida do Eixo Monumental. Nathalie Amaral comemorou o aniversário de 50 anos durante a folia. "Sou filha do carnaval e isso, para mim, significa tudo. Reúno meus amigos e encontro até aqueles que não estavam no convite", brincou. "Mesmo que a data do meu aniversário não caia no carnaval, sempre dou um jeito de celebrar em um bloco", afirmou.

Balanço

Entre sexta e a madrugada de segunda-feira, foram registradas 87 ocorrências de furtos de celulares. Somente no domingo, de acordo com a SSP-DF, houve 29 registros, entre 44 boletins desse delito feitos pela Polícia Civil (PCDF). Durante revistas de foliões nos blocos, a Polícia Militar (PMDF) fez quatro apreensões por porte de substância entorpecente, além de uma arma cortante. Um suspeito foi preso enquanto tentava furtar um veículo no Parque da Cidade.

Durante a Operação Carnaval Seguro, realizada pelo Departamento de Trânsito (Detran-DF), os agentes fizeram 490 abordagens. Desse total, houve 460 testes de etilômetro, com a autuação de 12 motoristas por embriaguez. Outros seis condutores não tinham habilitação e mais cinco estavam com a habilitação vencida. Oito motociclistas foram multados por alteração nos escapamentos dos veículos e 20 veículos levados ao depósito de veículos do Detran.

Os militares do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) realizaram 23 atendimentos até a madrugada de segunda-feira nos eventos carnavalescos, sendo nove por alcoolemia, três desmaios e outros, como corte no dedo, picada de abelha, uso de entorpecente, queda e surtos psicóticos.

CB.Folia

Ainda dá tempo de participar do CB.Folia 2024. Até amanhã, a equipe do Correio Braziliense percorrerá as ruas da capital para premiar as melhores atrações do carnaval e os nossos leitores poderão participar, votando no Melhor Bloco de Rua, além concorrerem na categoria Melhor Fantasia.

Na edição deste ano, serão premiados ainda o Melhor Momento e a Melhor Fantasia Infantil. Você também pode enviar fotos da sua fantasia para concorrer. Basta preencher as informações no site do CB Folia e enviar uma foto do seu look carnavalesco.

Para se programar e aproveitar a folia da melhor forma, o CB.Folia ainda preparou uma série de conteúdos especiais em parceria com a Clube FM. É possível acessar a agenda dos bloquinhos, matérias especiais sobre festas que fazem parte da história de Brasília e muita dica para os amantes das festas de carnaval.

Confira a programação desta terça-feira (13/2) 

Circuito Brasília em Folia - 10h às 19h - Setor Carnavalesco, Plataforma Monumental e Plataforma da Diversidade

Bloco Têrêtêtê - 11h às 19h - W3 507 Sul – Colabora Mix – Asa Sul

Ventoinha de Canudo - 16h às 22h - CLN 205/ 206 – Asa Norte


Bloco Tesourinha - 15h às 22h - Praça Central da SQN 410 – Asa Norte

Pacotão - 13h às 20h30 – Concentração na 302 Norte e termina na 502 Sul

Portadores da Alegria - 13h30 às 20h30 - Parque da Cidade no Estacionamento 12 – Asa Sul

CarnaSarau – 16h às 23h59 - Praça da Bíblia, QNP 19 - P. Norte – Ceilândia

Vem Kem Quer - 14h às 23h - Avenida Central (ao lado da UBS 01) - Estrutural

Filhos da Ema - 14h às 22h - Praça Central da Quadra 407 - Recanto das Emas

*Estagiários sob a supervisão de Manuel Martínez

 

Correio Braziliense segunda, 12 de fevereiro de 2024

CARANVA 2024: BLOCOS TRADICIONAIS ANIMAM A CIDADE - NEM A CHUVA CONSEGUE ESFRIAR OS FOLIÕES

 

 

Blocos tradicionais animam a cidade e nem a chuva consegue esfriar o carnaval

Blocos tradicionais desfilaram pelas ruas debaixo da garoa e fizeram a alegria dos foliões. Secretaria de Segurança afirma que a festa segue tranquila, com 43 ocorrências durante o sábado até o início da manhã desse domingo (11/2)

 
Andreia Siqueira e Adriano escolheram o bloco das Montadas -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Andreia Siqueira e Adriano escolheram o bloco das Montadas - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
Arthur de Souza 
Mariana Saraiva 
 
 
Ricardo Daehn 
Foto de perfil do autor(a) Jéssica Andrade - Especial para o Correio
Jéssica Andrade - Especial para o Correio
Foto de perfil do autor(a) Jailson Sena - Especial para o Correio
Jailson Sena - Especial para o Correio
postado em 12/02/2024 06:00

A chuva e o frio no Distrito Federal tinham tudo para atrapalhar o segundo dia de carnaval. Mesmo assim, os foliões se espalharam pela capital do país para curtir blocos tradicionais — infantis e adultos — como o Baratinha, o Raparigueiros, o Bloco das Montadas, o Ventoinha de Canudo e outros. Entre os foliões, a segurança foi o critério utilizado para escolher em qual bloco ir.

 
Este foi o primeiro carnaval da Ana Clara, 7 anos. O que ela achou da experiência? "Estou adorando aqui", afirmou, entusiasmada. 

Um dos blocos mais tradicionais da capital, o Ventoinha de Canudo, reuniu gerações. Com chapéu do personagem pateta, Nahari Terena, 32 anos, levou o cachorrinho para o bloco fantasiado de morcego. "Ele adora crianças e eu não ia deixá-lo sozinho em casa, e esse bloco é super tranquilo", contou. "A fantasia era da minha filha, mas parou de servir então eu improvisei para ele", disse entre risos.Frevo

Ao som de muito frevo e de versões para sucessos como Sonífera Ilha, Anunciação e Frevo mulher, o bloco Tesourinha (209/210 Norte) reuniu cerca de 2 mil pessoas. O ponto alto de outras edições, a volta nas tesourinhas, não ocorreu, por determinação do Detran. Antes, no esquenta, a "alemãzinha" Lilian Gimenez Daudt, 8 anos, pôde ter a primeira experiência de carnaval típico brasileiro. "Até os 6 anos da Lilian, o carnaval, na Alemanha, era mais ligado a ver desfiles e à tradição da distribuição de doces", contou a mãe, a brasiliense Irina Dauldt, 39, assessora internacional.

 

  •  No bloco dos Raparigueiros, a animação tomou conta dos foliões
    No bloco dos Raparigueiros, a animação tomou conta dos foliõesMinervino Júnior/CB/D.A.Press
     
  • Bloco da Baratinha no Parque da Cidade atraiu crianças e adultos
    Bloco da Baratinha no Parque da Cidade atraiu crianças e adultosMinervino Júnior/CB/D.A.Press
     
     
  • Irina Dauldt trouxe a filha Lilian para celebrar o primeiro carnaval
    Irina Dauldt trouxe a filha Lilian para celebrar o primeiro carnavalRicardo Daehn/CB 

Tradição

Eleito o melhor bloco de rua de 2023 do prêmio CB Folia, o Bloco das Montadas voltou a agitar o domingo de carnaval chuvoso com bastante diversidade. O início foi debaixo de chuva, mas até o encerramento, por volta das 18h, os foliões lotaram o espaço e curtiram as atrações como Grag Queen, Dhi Ribeiro, Maria Vai Casoutras, bateria da escola de samba Capela Imperial, encontro de fanfarras, DJS e muitas performances drag.

Pela primeira vez em Brasília e no carnaval da cidade, a moradora de Nova Lima (MG) Moniele Dias, 29 anos, veio conhecer o bloco com os amigos. "Este é o segundo bloco que venho, e está muito animado", afirmou. Já os noivos Gabriel Santos e Rafaela Lima, ambos moradores de Ceilândia, curtem diversos carnavais juntos. "A gente veio neste (bloco) por ser mais seguro e deu pra aproveitar demais", relatou Rafaela.

"Não vi nada de violência. A revista, até com detectores de metal, me deixou bem mais seguro. Venho aos blocos, por gostar da bagunça — quero estar na muvuca, junto com a galera. Carnaval é ótimo, uma festa excelente", comentou o agitado folião Philipe Guimarães Araújo, 23 anos, desempregado e formado no ensino médio.

O cadeirante Philipe veio de ônibus da Estrutural para curtir no Raparigueiros. "Em relação à acessibilidade, não foi muito boa; passei alguns perrengues. No sábado, fui ao Bloco Baile da Piki, em Águas Claras. Nada me impede de aproveitar." 

A animação da festa ficou por conta das bandas Batucada dos Raparigueiros e Imagem, além do DJ Daniel (da Candangolândia), que tocaram axé, sertanejo e brega. Acompanhando Philipe, Vinícius Ribeiro, 19, estudante de design de animação, levantava, de fato, uma bandeira especial: a do movimento LGBTQIA . "Vejo a oportunidade de ser mais eu. Dar visibilidade a quem sou, sem me esconder. Moro com minha família, que é evangélica, e aqui consigo me soltar", comentou o estudante, morador do Jardim Botânico.

Tranquilidade

Um balanço mais recente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) traz um total de 43 ocorrências durante todo o dia de sábado até o início da manhã de ontem, das quais 37 estavam relacionadas a crimes de furtos, na maioria de celular, com 30 casos. Houve duas lesões corporais, mas sem gravidade. Ao todo o Detran registrou 27 autuações por alcoolemia ao volante

Premiação

Até 14 de fevereiro, a equipe do Correio Braziliense percorrerá as ruas da capital para premiar as melhores atrações do carnaval com o troféu CB Folia 2024. E os nossos leitores participarão do prêmio, votando no Melhor Bloco de Rua, além de poderem concorrer na categoria Melhor Fantasia.

Na edição deste ano, serão premiados ainda o Melhor Momento e a Melhor Fantasia Infantil. Você também pode enviar fotos da sua fantasia para concorrer. Para participar, é só preencher as informações no site do CB Folia e enviar uma foto do seu look carnavalesco.

Para se programar e aproveitar a folia da melhor forma, o CB Folia ainda preparou uma série de conteúdos especiais em parceria com a Clube FM. Tem agenda dos bloquinhos, matérias especiais sobre festas que fazem parte da história de Brasília e muita dica para os amantes das festas de carnaval.

 

 

 

Gratidão por milagres

 

Graça, para os cristãos, significa "o favor imerecido de Deus" — dádivas que não dependem de mérito ou atitudes, mas do amor do Pai Celeste aos filhos. Para agradecer por essas bênçãos, cerca de 3 mil fiéis compareceram ao primeiro dia da 38ª° edição do Rebanhão, ontem, no Ginásio Nilson Nelson. A programação segue até amanhã.

O tradicional evento católico reúne pessoas de todas as idades para um momentos de pregação, louvor e gratidão por milagres alcançados. O auxílio divino foi o que levou o casal Flávio e Ludymilla Soares, pais do João Lucas, de 1 ano, à celebração. Enquanto estava grávida, Ludymilla descobriu um cisto no útero o que colocou a vida do primogênito em risco, principalmente se o cisto rompesse.

Segundo os pais, às 33 semanas de gestação, a mãe teve pré-eclâmpsia (hipertensão arterial) e o bebê entrou em sofrimento fetal. De acordo com eles, o prognóstico era negativo tanto para a mãe, quanto para o filho. "Nosso quadro deixou os médicos assustados e sem esperanças. Mas o tempo todo nós acreditamos que Deus faria o melhor para a nossa família", expressou Ludymilla.

Por causa da prematuridade e do baixo peso ao nascer, João Lucas ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde tinha a previsão de permanecer por dois meses. Contrariando o prognóstico nada animador dos profissionais de saúde, João recebeu alta hospitalar em 22 de novembro, dia de Nossa Senhora das Graças.

Expressão cultural da fé

Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, Bispo da Diocese de Itumbiara e Assistente Eclesiástico da Renovação Carismática do Brasil celebrou a Santa Missa. O sacerdote destacou que o carnaval nasceu em função de uma data católica, que é o início da quaresma. "Este é o período em que os cristãos se preparam para se despedir da 'carne' e começam o jejum e a abstinência, que não é um momento triste, é uma expressão de festa e alegria que nos prepara para o período de aleluia pascal e depois para a penitência", esclareceu.

 
 
 

Correio Braziliense domingo, 11 de fevereiro de 2024

CARNAVAL: CONHEÇA A CARREIRA DE PASSISTAS DO FREVO

 

Conheça a carreira de passistas do frevo

Profissionais de Pernambuco contam sobre a beleza e os sacrifício que movimentam um mercado que funciona o ano inteiro

SC
Samuel Calado
postado em 11/02/2024 06:00 / atualizado em 11/02/2024 06:00
 
Conheça a carreira dos profissionais que preservam a tradição do frevo e fazem do carnaval de Pernambuco uma das maiores festas do mundo -  (crédito: PCR / Divulgação )
 
Conheça a carreira dos profissionais que preservam a tradição do frevo e fazem do carnaval de Pernambuco uma das maiores festas do mundo - (crédito: PCR / Divulgação )
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O Dia do Frevo, celebrado antes de ontem (9/2), reverencia o ritmo que, com suas coreografias vibrantes e melodia contagiante, é um legado cultural precioso de Pernambuco e reflete a alegria e a diversidade do carnaval do Brasil. O reconhecimento do ritmo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2012, destacou sua importância global.

Mas se engana quem pensa que só se dança e vive o ritmo durante os dias de momo. Os profissionais do frevo se dedicam o ano inteiro e encaram a atividade como profissão. Além da formação, do preparo físico e da nutrição, os passistas investem muitos recursos em figurino para fazer do carnaval de Recife e Olinda uma das maiores festas do mundo.

 

Formação

 

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Passistas contam sobre as belezas e os sacrifícios do ofício que mantém vivo um patrimônio cultural brasileiro e movimenta um mercado que funciona o ano inteiro(foto: Léo Caldas / Divulgação )

 

Em Pernambuco, a formação dos passistas de frevo ocorre em companhias de dança, em aulas ministradas por mestres, ou em instituições educativas. A Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges é uma das principais opções para quem deseja se profissionalizar no ritmo. Júnior Viégas, professor da instituição, conta que, geralmente, os alunos entram na escola sem saber nenhum passo e saem direto para os palcos e para a folia. “São três níveis de formação: iniciante, intermediário e avançado. A gente trabalha três tópicos nas aulas: historicidade, musicalidade e corporeidade. Após esse processo de formação, alguns alunos são convidados a participar de uma seleção para compor o núcleo de pesquisa e formação na escola.”

Além da formação técnica, os passistas precisam manter o preparo físico. A bailarina Bruna Renata, 30 anos, é também professora de educação física e explica que a rotina desses profissionais pode ser comparada a de um atleta. “É muito importante o treinamento físico para manter o condicionamento, tanto cardíaco quanto muscular. O nosso ensaio dura em torno de duas horas. Normalmente, os 30 minutos iniciais são de treinos para preparar esse corpo para a apresentação. Como nós estamos em constante uso do corpo, pode ocorrer lesões, como com um atleta. A preparação serve para para diminuir as lesões e impactos musculares e retardar o máximo possível os desgastes físicos”, ressalta.

 

Passistas de frevo de Pernambuco falam sobre carreira, formação e renda.
Maycon Douglas dança frevo desde criança.(foto: Reprodução / Instagram)

 

O ator e bailarino Maycon Douglas, 19 anos, confirma a orientação da professora: “Eu costumo falar que, durante o carnaval, nosso pique é quatro vezes maior do que durante o resto do ano. Por isso, é preciso fortalecer bem os músculos para estar preparado. Eu sempre vou treinar pela manhã, me ajuda muito. Melhora a resistência e o fortalecimento”

Maycon ressalta a importância da alimentação, da hidratação e do descanso para os atletas do carnaval. “O descanso é muito importante, e o sono, também. Tenho me preocupado com a alimentação. Estou comendo mais folhas, legumes e frutas, e bebo bastante água para não desidratar, tudo para manter a imunidade alta e não adoecer nos dias do carnaval”, conta.

 

Passistas de frevo de Pernambuco falam sobre carreira, formação e renda.
Além de passista de frevo, Fia Cachinhos já conquistou o título de Rainha do Carnaval do Recife.(foto: Júnior Viégas / Cortesia)

 

Deixar de dançar é o maior medo dos passistas de frevo. “O frevo é a minha vida e é do que eu vivo”, conta a atriz e bailarina Fia Cachinhos, que sentiu na pele o desespero de ficar impossibilitada de subir aos palcos. “Em 2019, eu tive um deslocamento de patela, fiquei internada por 18 dias e quase um ano afastada, fazendo fisioterapias. Me senti muito mal neste período, só de imaginar que eu não fosse voltar. Eu fiquei muito triste e mexeu muito com o meu psicológico. Eu sobrevivo da dança”, lembra.

Fia precisou passar por uma série de sessões de fisioterapia e hoje, recuperada, busca treinar ativamente para fortalecer o corpo. “Eu mudei alguns hábitos e malho de forma constante. A dança compromete muito o nosso corpo, e o frevo, então, mexe com tudo! Se quisermos trabalhar com isso, precisamos encarar com seriedade. Ninguém enxerga o que a gente passa. A luta que enfrentamos todos os dias para subir ao palco. Tem que ter muito amor envolvido”, afirma.

Instrumentos de trabalho

 

O estilista da cultura pernambucana, Elvis Ferreira, é referência em indumentárias de carnaval.
Elvis Ferreira já produziu centenas de peças para passistas, artistas e outros brincantes(foto: Vitória Ramos /Cortesia)

 

Para encarar os palcos e as apresentações, os passistas investem cerca de R$ 1 mil em sombrinhas específicas de frevo, figurinos e calçados. O bailarino Eliseu Nascimento conta que o material precisa ser resistente para aguentar o pique das apresentações. “A gente investe um valor alto para garantir segurança e conforto. Tudo precisa ser muito forte para segurar os passos e a rotina pesada. Tem dias que a gente dança mais de cinco vezes, então tem que ter uma durabilidade boa”, diz.

O estilista Elvis Ferreira, 39, tem uma larga experiência com figurinos de passistas e conta que as indumentárias, além de resistentes, precisam expressar a alegria do carnaval de Pernambuco. É no atelier equipado na Rua 2 de Fevereiro, no Morro da Conceição, que o profissional cria centenas de roupas carnavalescas. “O figurino precisa ser alegre e transmitir fervor. Antes do passista dançar, ele tem que falar por si. Além do brilho, precisamos pensar em um tecido duradouro e maleável. Os que a gente produz aqui duram mais de 10 anos. Atualmente, utilizamos muito o veludo com elastano, que permite flexibilidade e força”, explica.

As peças são produzidas artesanalmente e levam aproximadamente 20 dias para ficarem prontas. Elas custam entre R$ 300 e R$ 500. “Depende muito do bordado, do material e das aplicações. Usamos centenas de pedrarias. É uma produção cara, que envolve muitas pessoas”, diz o artesão.

O calçado mais popular do bailarino de frevo é o tênis Rainha, utilizado também em diversos esportes como vôlei, capoeira e futsal. Recentemente, a marca lançou uma linha especial de frevo. O produto conta com arte assinada pelo artista plástico brasileiro Sancler Graffit. “O Rainha Frevo captura o ritmo frenético, dessincronizado, lento e rápido da vida brasileira, assim como o frevo. O modelo é uma homenagem à marca genuinamente brasileira, que foi escolhida para fazer parte da cultura do frevo”, conta o artista plástico.

 

Passistas de frevo de Pernambuco falam sobre carreira, formação e renda.
Wilson Aguiar criou o protótipo da sombrinha de frevo mais resistente do mercado(foto: Reprodução/Instagram)

 

A sombrinha de frevo do passista é diferente das “made in china”, produtos importados que o grande público encontra em feiras Economia criativa e comércios durante o carnaval. Elas são mais resistentes, pesam aproximadamente 1 kg e custam entre R$ 120 e R$ 330. São produzidas artesanalmente e pensadas para atender às necessidades dos profissionais. Quanto mais resistente, mais cara. “A sombrinha do passista precisa ter uma boa resistência, maleabilidade e uma ergonomia voltada para os movimentos da dança, tanto do ponto de vista de manuseio quanto de acompanhar as firulas que o passista faz no momento de suas performances”, explica o engenheiro e mestre de frevo Wilson Aguiar, do Brincantes das Ladeiras.

o Brincantes das Ladeiras. Wilson é um dos principais nomes quando o assunto é produção de sombrinhas. Em 2015, o artista criou um modelo específico para o profissional do passo. “Já era um projeto que eu tinha guardado e assim que o frevo foi reconhecido como patrimônio cultural, fiz o primeiro protótipo como homenagem ao ritmo e aos tantos passistas que defendem a tradição. A sombrinha tem vida útil de 20 anos, conta com tecnologia biomecânica e aeroespacial. É feita com aço cirúrgico, plásticos de engenharia e cabo antiderrapante. Conta também com amortecedor pneumático”, detalha

Remuneração

Existem diversos formatos de contratação dos passistas de frevo. Eles podem se apresentar sozinhos, em duplas ou em grupo. Essas apresentações ocorrem geralmente em palcos, praças e ruas. Os valores variam também se a apresentação será com orquestra ou som mecânico.

Os cachês do passista tendem a variar entre R$ 100 e R$ 500, por aproximadamente 1 hora de apresentação. As contratações costumam ser realizadas como prestação de serviço de Microempreendedor Individual (MEI). Contudo, os profissionais relatam que muitos contratantes resistem pagar pelo serviço porque não compreendem o investimento do profissional da dança

Eliseu Nascimento revela que, às vezes, prefere não topar o trabalho a se submeter a cachês precários. “Muitos não querem pagar o valor que a gente cobra. Eles não enxergam o nosso preparo e a nossa bagagem de experiência. Mesmo comprovando a trajetória, mostrando vídeos, fotos, portfólio cultural e as competências, ainda querem pagar pouco”, comenta.

Fia Cachinhos conta que já passou pela mesma situação: “Quando a gente estipula o valor do serviço, eles falam que não tinham essa proposta em mente. Isso entristece muito. Quando eu dou o meu valor, equivale ao meu trabalho e à minha dedicação. É uma desvalorização da nossa arte”.

A professora Bruna Renata completa: “Tem muita gente que acha caro, mas temos que valorizar o nosso trabalho. Da minha parte, eu faço isso: se a pessoa falar que não concorda ou que está muito caro para o orçamento, eu não assumo. A gente investe em educação, corpo, academia, resistência, figurino e tempo para poder ter esse retorno financeiro. É o reconhecimento do nosso trabalho.”

Alternativas

 

Eliseu Nascimento se consagrou bicampeão do Concurso de Passistas promovido pela Prefeitura do Recife.
Eliseu Nascimento é bicampeão do Concurso de Passistas da Prefeitura de Recife(foto: @wsfotooficial/Divulgação )

 

Em busca de alternativas para financiamento de projetos maiores, muitos passistas buscam se especializar em produção cultural para subsidiar espetáculos e formações através de editais. O professor Júnior Viégas, por exemplo, teve o projeto Frevo On -Line aprovado em dois editais, o da Lei Aldir Blanc e o da Lei Paulo Gustavo. O projeto tem como objetivo difundir e valorizar cada vez mais o frevo através de aulas em plataformas digitais.

“Eu dou aula o ano inteiro como carteira assinada, porém, enquanto bailarino, preciso participar de editais de incentivo à cultura. Dessa maneira, a gente ganha financiamento para projetos culturais. Não é fácil, a disputa é grande e nem todos os grupos conseguem”, conta Júnior

Para viver de arte, os bailarinos também participam de concursos. O mais prestigiado é o promovido pela Prefeitura de Recife. Na disputa, os candidatos são avaliados em harmonia e diversidade de movimentos. Neste ano, o concurso ocorreu no Pátio de São Pedro, no centro de Recife, nos dias 25 e 26 de janeiro.

O bailarino Eliseu Nascimento levou a melhor e se consagrou bicampeão da categoria adulto. “Eu fiquei muito feliz em ter ganhado. Não é só um concurso, é uma forma de mostrar o nosso trabalho e o nosso esforço durante o ano. Na questão financeira, também ajuda muito. É muito gratificante. Agradeço muito a Deus e à cultura por me proporcionar tantas alegrias”, comemora.


Correio Braziliense sábado, 10 de fevereiro de 2024

CB DOLIA: AS BELAS MEMÓRIAS DO CARNAVAL DE AMIGOS QUE PULAM JUNTOS

 

CB Folia: as belas memórias do carnaval de amigos que pulam juntos

Turmas que querem viver ou já passaram por diversas folias compartilham suas expectativas para a folia deste ano

 
 09/02/2024 Cr..dito: Kayo Magalh..es/CB/D.A Press. Brasil. Bras..lia - DF. Cidades. Grupos de amigos que v..o curtir o carnaval juntos. Na foto, Beto Lima, 29 anos (camisa do Olodum). Jaime J..nior, 19 anos (camisa vermelha). Isaque Martins, 21, (camisa branca e ..culos ). Priscilla Burmann, 33.      -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
09/02/2024 Cr..dito: Kayo Magalh..es/CB/D.A Press. Brasil. Bras..lia - DF. Cidades. Grupos de amigos que v..o curtir o carnaval juntos. Na foto, Beto Lima, 29 anos (camisa do Olodum). Jaime J..nior, 19 anos (camisa vermelha). Isaque Martins, 21, (camisa branca e ..culos ). Priscilla Burmann, 33. - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
 
Letícia Mouhamad 
postado em 10/02/2024 06:00

O carnaval é um dos festejos do ano mais propícios para experiências marcantes individuais e em grupo. Quem nunca se perdeu dos amigos no meio da multidão? Quantos perrengues engraçados com desfechos inesperados os foliões tiveram nos desfiles de blocos? O Correio entrevistou grupos de amigos que curtirão as celebrações de 2024 em Brasília e trouxe relatos que podem tirar da caixinha de memórias dos leitores alguma nostalgia.

 
"Nosso plano é seguir o Bloco da Drops e o Divinas Tetas e, entre essas apresentações, descansar para depois aproveitar mais", revelou Beto. Quanto à fantasia, seu amigo Jaime revela o que usarão: "Chapéus ou algo assim. Cada um escolherá o que pôr na cabeça. Eu vou usar um sombrero mexicano". De certo, os quatro universitários têm em comum na mente evitar a insolação e não exagerar com o álcool. Assim, acreditam que aproveitarão as festividades sem comprometer a saúde para ter lembranças bonitas dessa nova experiência em grupo. E é isso o que a única menina do quarteto quer descobrir.

Confiança

Natural de Teófilo Otoni (MG) e moradora no DF desde 2020, Priscilla diz que nunca frequentou o carnaval de rua. "Estou com um pouco de medo das aglomerações e apreensiva, para falar a verdade. Só que muito animada com a experiência. Não estou acostumada, e agora estou me dando essa oportunidade de ir para os blocos", contou ela confiante de que seus amigos a protegerão.

Só que, às vezes, por puros desencontros, os amigos somem. Foi o que ocorreu com o estudante Jonathan Machado, 23, integrante de outra turma, no carnaval de 2018. Em sua primeira experiência em um bloquinho de rua ele se perdeu dos colegas. "A gente tinha combinado de se reunir em um lugar, mas me atrasei e, por estar com o sinal de internet fraco, não consegui ligar para ninguém", lembrou.

Experiências

Apesar do sufoco, Jonathan lembra com carinho daquela festa, por ver as pessoas fantasiadas e diferentes do convívio social ao que estava acostumado, enquanto procurava seus parceiros. "Pertenço a uma família bastante conservadora e nunca tinha participado de uma folia de rua. Foi uma experiência de descoberta cultural", comentou.

Maria Victória disse que os celulares de todos ficaram na bolsa de um dos componentes do grupo. No meio da festa, acabaram se separando e demoraram a voltar a se juntar porque havia gente demais na rua. "Nosso maior erro foi deixar todos os telefones com uma única pessoa", contou sem perder o rebolado. "O carnaval traz essa alegria de todo mundo poder ser o que quiser", afirmou.

Campanhas no DF contra assédio

Órgãos públicos lançaram ações para que o carnaval de Brasília seja inesquecível na folia e no respeito ao próximo.
Uma é o "No Nosso Quadrado Não é Não", da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, contra a violênciaà mulher em eventos e shows. Vai na mesma linha da "Pedi pra parar, parou! Depois do não, tudo é importunação”, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
O Conselho Nacional de Justiça vem postando mensagens em suas redes sobre a importância da igualdade e do respeito aos direitos de todas as pessoas, independentemente de origem, gênero ou orientação sexual. A iniciativa se chama Bloco do Respeito e é apoiada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
Uma quarta ação, Folia com Respeito, é da organização sem fins lucrativos Distrito Drag. Apoiada pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e pela Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal combate o racismo, a violência e o assédio contra a mulher e a população LGBTQIAPN nas festividades de 2024.

Carnaval com chuva

Prepare o guarda-chuva e o protetor solar! Para o final de semana, espera-se grande instabilidade do tempo, com tempestades, rajadas de vento e trovoadas. Já no feriado da folia, as chuvas perdem a intensidade devido a uma massa de ar seco que chega à região central do país. Assim, há maior possibilidade de sol e calor, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia . Cleber Souza, meteorologista do órgão, alerta a quem pegará estrada ter cautela na direção devido às fortes chuvas previstas para sábado à tarde em diversos pontos do Centro-Oeste. "Da mesma forma, os foliões devem se atentar às áreas de risco na cidade, como as tesourinhas, que podem sofrer com alagamentos", completou. Avisos dados, é hora de curtir a folia, então, bom carnaval!

Programação dos blocos no domingo

» Bloco Batukenjé na Rua

15h às 19h

» Bloco DesMaiô

11h às 16h

Setor Carnavalesco Sul, Plano Piloto

» Bloco Sem Eira Nem Beira

16h às 21h

Praça do Museu, Planaltina

» Charretinha Tropicaos

Praça da Igreja, Praça Nelson Corso e Quiosque da Maria - Lote 1, Vila Planalto

» Harmonia do Sampler

15h às 20h

» Bloco Samba da Mulher Bonita

14h às 18h

Praça Central - Bairro Paranoá, Paranoá

» Bloco Seca Pimenteira

10h às 18h

Feira Permanente - 1ª Etapa, Riacho Fundo II

» Bloco da Tesourinha

15h às 22h

Praça Central da SQN 410, em frente à Prefeitura

Comunitária,

Plano Piloto

» Bloco Vamos FullGil

10h às 19h

Estacionamento do Eixo Cultural Ibero-americano, Plano Piloto

» CarnaRock

14h00 às 22h00

QNN Quadra 32 Área Especial G, Ceilândia

» Ventoinha de Canudo

16h00 às 22h00

CLN 205/ 206, Plano Piloto

» Bloco Carnavalesco Menino de Ceilândia

14h00 às 22h00

CNM 01 - Estacionamento Fórum/BRB - Trajeto QNM 03/QNM 05 Retorno CNM 01, Ceilândia

» Bloco Baratinha 2024 "A Criança Longe das Drogas"

13h30 às 20h30

Parque da Cidade no Estacionamento 12,

Plano Piloto

» Bloco das Montadas

10h às 18h

Setor Cultural da República, Área Cívica, Edifício da Biblioteca Nacional, Plano Piloto

» Bloco dos Raparigueiros

15h às 22h0

Setor Bancário Norte,

Plano Piloto

* estagiários sob supervisão de Manuel Martínez

CB Folia: as belas memórias do carnaval de amigos que pulam juntos

Turmas que querem viver ou já passaram por diversas folias compartilham suas expectativas para a folia deste ano


09/02/2024 Cr..dito: Kayo Magalh..es/CB/D.A Press. Brasil. Bras..lia - DF. Cidades. Grupos de amigos que v..o curtir o carnaval juntos. Na foto, Beto Lima, 29 anos (camisa do Olodum). Jaime J..nior, 19 anos (camisa vermelha). Isaque Martins, 21, (camisa branca e ..culos ). Priscilla Burmann, 33. - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
 

Correio Braziliense sexta, 09 de fevereiro de 2024

CARNAVAL 2024: TROFÉU CB FOLIA VAI PREMIAR MELHORES FANTASIAS DO CARNAVAL

 

Troféu CB Folia vai premiar melhores fantasias do carnaval; participe!

Para concorrer, basta enviar uma foto do seu look pelo site do CB Folia. O prazo está aberto

 
Fantasias do pré-carnaval também já podem ser inscritas -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Fantasias do pré-carnaval também já podem ser inscritas - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
Correio Braziliense
postado em 08/02/2024 11:41

Está aberto o prazo para envio de fotos de fantasias de carnaval para concorrer ao prêmio CB Folia deste anos! A tradicional premiação da festa de Brasília chega este com novidades. Além da melhor fantasia adulta será premiada a melhor fantasia infantil. Para concorrer, basta enviar uma foto do seu look pelo site do CB Folia, clicando no botão destinado ao envio.

Esta é a 7ª edição da premiação que destaca a importância da cultura carnavalesca no Distrito Federal. As categorias incluem ainda Melhor Bloco de Rua (1º, 2º e 3º lugares), Melhor Momento, Melhor Fantasia Adulta e Melhor Fantasia Infantil, com votação popular e júri técnico. As votações serão abertas no sábado (10) e encerram em 14 de fevereiro, e o resultado será anunciado em 16 de fevereiro.

No site, os foliões também encontram um guia com informações sobre os blocos de rua, eventos carnavalescos que ocorrerão na cidade, muito conteúdo com notícias e dicas para aproveitar o carnaval. O objetivo é incentivar a participação da população nas festividades e valorizar a cultura local.


Correio Braziliense quinta, 08 de fevereiro de 2024

CARNAVAL 2024: VEJA EM QUAIS CAPITAIS SERÁ FERIADO

 

Carnaval 2024: veja em quais capitais será feriado

Confira, também, quais são as capitais onde o período de carnaval é ponto facultativo. Na lista, há cidades em que não há definição sobre a data

 
 
No Distrito Federal, a festividade é considerado como um ponto facultativo no dia 12 e 13 de fevereiro (segunda-feira e terça-feira) -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
No Distrito Federal, a festividade é considerado como um ponto facultativo no dia 12 e 13 de fevereiro (segunda-feira e terça-feira) - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
Correio Braziliense
postado em 08/02/2024 10:00

Versátil, o carnaval 2024 pode ser interpretado como uma boa pedida para tirar aquela fantasia do guarda-roupa, chamar os amigos e se dirigir à avenida. Ou então a data pode ser usada como um momento propício a descansar e repor as energias.

O ponto facultativo significa que a empresa decide se dará ou não folga aos colaboradores, podendo também decidir como funcionará a liberação de cada um. No Distrito Federal, a festividade é considerado como um ponto facultativo no dia 12 e 13 de fevereiro (segunda-feira e terça-feira).

Confira:

 
  • Aracaju (SE): ponto facultativo para servidores de segunda-feira a Quarta-feira de cinzas.
  • Brasília (DF): ponto facultativo de segunda-feira até 14h de Quarta-feira de cinzas.
  • Belém (PA): não definido.
  • Belo Horizonte (MG): ponto facultativo de segunda-feira até a Quarta-feira de cinzas.
  • Boa Vista (RR): ponto facultativo de segunda-feira a Quarta-feira de cinzas.
  • Campo Grande (MS): ponto facultativo de segunda-feira às 13h da Quarta-feira de Cinzas.
  • Cuiabá (MT): ponto facultativo na segunda-feira e terça-feira.
  • Curitiba (PR): ponto facultativo da segunda-feira até 14h de quarta-feira.
  • Florianópolis (SC): ponto facultativo de segunda-feira até 12h de quarta-feira.
  • Fortaleza (CE): não definido
  • Goiânia (GO): ponto facultativo de segunda-feira às 14h de quarta-feira.
  • João Pessoa (PB): ponto facultativo na quinta-feira até 12h e de segunda-feira ao meio-dia de quarta-feira
  • Macapá (AP): não definido
  • Maceió (AL): ponto facultativo de segunda-feira a quarta-feira.
  • Manaus (AM): não definido
  • Natal (RN): ponto facultativo se segunda-feira às 14h de quarta-feira.
  • Palmas (TO): ponto de facultativo na segunda-feira e terça-feira.
  • Porto Alegre (RS): ponto facultativo se segunda-feira até 12h de quarta-feira.
  • Porto Velho (RO): ponto facultativo de segunda-feira até Quarta-feira de Cinzas.
  • Recife (PE): ponto facultativo na sexta-feira e de segunda-feira até Quarta-feira de Cinzas.
  • Rio Branco (AC): ponto facultativo de segunda-feira até 12h de quarta-feira.
  • Rio de Janeiro (RJ): ponto facultativo na sexta-feira, segunda-feira e quarta-feira. É feriado na terça-feira.
  • Salvador (BA): ponto facultativo na sexta-feira e de segunda-feira até quarta-feira.
  • São Luís (MA): ponto facultativo nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro.
  • São Paulo (SP): ponto facultativo de segunda-feira ao meio-dia de Quarta-Feira de Cinzas.
  • Teresina (PI): não definido.
  • Vitória (ES): ponto facultativo de sexta-feira a quarta-feira.

Correio Braziliense quarta, 07 de fevereiro de 2024

CARANVA 2024: CORREIO VAI PREMIAR OS MELHORES BLOCOS DE RUA DE BRASÍLIA

Correio vai premiar os melhores blocos de rua de Brasília

A premiação será nas categorias Melhor Bloco de Rua (1º, 2º e 3º lugares), Melhor Momento, Melhor Fantasia Adulta e a novidade da edição deste ano, Melhor Fantasia Infantil, com júri técnico; Melhor Bloco de Rua, com votação popular

 
 
Blocos de rua do DF escolhidos pelo júri e pelo público, em 2023 -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Blocos de rua do DF escolhidos pelo júri e pelo público, em 2023 - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
 
Correio Braziliense
postado em 07/02/2024 06:00

Para destacar a importância da cultura carnavalesca no Distrito Federal, o Correio Braziliense vai promover a sétima edição do CB. Folia. A premiação apresenta as seguintes categorias: Melhor Bloco de Rua (1º, 2º e 3º lugares), Melhor Momento, Melhor Fantasia Adulta e a novidade da edição deste ano, Melhor Fantasia Infantil, com júri técnico; Melhor Bloco de Rua, com votação popular.

Na edição anterior, o Bloco das Montadas, produzido pelo coletivo Distrito Drag, levou o prêmio de Melhor Bloco de Rua do CB. Folia. Em segundo lugar, ficou o tradicional Bloco do Pacotão. O Bloco do Seu Júlio, de Planaltina, ficou em terceiro.

De acordo com a  Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), foram 157 blocos inscritos para participar da celebração de Momo. "Após uma análise criteriosa, 29 cadastros foram excluídos da lista geral devido à duplicidade, questões relacionadas a plataformas e excepcionalidades que não se encaixaram no perfil de bloco de rua", divulgou a pasta.

Este ano, o chamamento público disponibilizou o total de R$ 6,3 milhões. Os recursos são geridos pela OSC Associação Amigos do Futuro para atender às necessidades dos blocos.

A expectativa da Secec é de que a programação atraia mais de 1,7 milhão de pessoas para as ruas durante o feriadão e o pós-festa.


Correio Braziliense terça, 06 de fevereiro de 2024

CINE BRASÍLIA: SALA FICARÁ FECHADA POR 60 DIAS PARA REFORMA

 

Cine Brasília ficará fechado por 60 dias para reforma

O Correio ouviu cineastas e frequentadores sobre as perspectivas da sala de exibição, que está fechada para reforma e terá novo modelo de gestão

 
O Cine Brasília permanecerá fechado por 60 dias para reformas e espera de nova gestão -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O Cine Brasília permanecerá fechado por 60 dias para reformas e espera de nova gestão - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
 
Pedro Ibarra 
Foto de perfil do autor(a) Luíza Grecco Altoé
Luíza Grecco Altoé* 
postado em 06/02/2024 05:00

O Cine Brasília vai passar por mudanças em 2024. De restaurações a novas cogestões, a sala tem o futuro aberto a partir do dia 7 de fevereiro deste ano. Com previsão de novos chamamentos para organizações da sociedade civil (OSC), uma licitação para obra e novos formatos de contrato de gestão, o Cine Brasília inaugura uma novo modelo de gestão.

 
É certo que a sala de exibições mais tradicional da cidade ficará parada por, no mínimo, 60 dias. Entre a necessidade de restaurações e o tempo para as burocracias dos chamamentos e licitações, é provável que o Cine volte a funcionar apenas em abril. No entanto, há um planejamento em andamento para o  palco do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Ao Correio, o secretário de cultura e economia criativa do DF, Claudio Abrantes, afirmou que este momento não será apenas de mudanças na gestão e no espaço físico do cinema, mas na mentalidade com que o Cine Brasília será tratado daqui em diante. "A nossa intenção é fazer contratos mais longos, de três anos, para levar pelo menos até o fim do governo Ibaneis", informa o Secretário. "Para mim, os contratos têm que ser mais longos, para que a OSC possa se planejar. Até na contratação de profissionais e como será o planejamento a partir do momento que assume a cogestão", acrescenta.

Claudio Abrantes acredita em algo ainda mais idealizado. "O ideal é a gente ter contratos de cinco anos, como já acontece em outros estados". O foco da gestão dele é aumentar o investimento, que será diluído pelos anos. A proposta do Festival de Cinema, por exemplo, é passar de pouco mais de R$ 2 milhões de investimento para uma edição, para 9 milhões divididos entre as próximas três. "Talvez seja o nosso primeiro teste, seja um chamamento de três anos, que aí com certeza levarei até o fim deste governo", pontua.

Busca de autonomia

Um dos principais pontos a ser avaliado e melhorado é o campo da acessibilidade. A gestão atual  adquiriu tablets com fones e aplicativos de libras e audiodescrição para deficientes visuais e auditivos, além do reposicionamento das poltronas para atender ao público cadeirante. Paulo Lafayette, deficiente visual integrante do conselho consultivo do cinema, destaca: "Nós conseguimos implantar algumas situações que eu acredito fundamentais. Hoje, quem vai ao Cine Brasília tem autonomia."

Um dos prejudicados foi, inclusive, Paulo Lafayette, que não compareceu a esta 56° edição pela falta de acessibilidade. Ele conta que em 2022,  trabalhou no festival, em que, nas palavras dele: "tinha tudo que se pede". "No ano passado, em 2023, isso já não foi mantido. Acredito que faltou um diálogo", comenta.

Com o cronograma da edição apertado, a seleção dos filmes do festival foi concluída a 10 dias do início do evento. Títulos enviados à organização já acompanhados de acessibilidade permitiram que fossem legendados e gerado audiodescrição de, pelo menos, produções da Mostra Competitiva Nacional. Segundo Fernando, para disponibilizar os arquivos de acessibilidade para os 52 filmes exibidos, o fornecedor precisaria de, no mínimo, 30 dias. "O que nos faz retornar a necessidade do rito do Festival de Brasília, na verdade, nunca poder parar. Uma edição termina e a outra, imediatamente, deve começar", alerta.

O atraso do edital não prejudicou apenas a acessibilidade, mas toda a organização do festival, com sessões canceladas e programação desorganizada. A própria OSC Box Cultural não se candidatou a assumir o FBCB, pelo curto prazo para prepará-lo. "Acho que o festival não mereceu as condições com que ele foi realizado, foi uma edição difícil. Enquanto potência de realização de um acontecimento cinematográfico importante brasileiro, ele esteve muitíssimo aquém do que  pode ser e do que tem condições para ser", opina Sara Rocha, diretora-geral do Cine Brasília.

Cine Brasília do futuro

O Cine Brasília sempre foi um importante ponto cultural de Brasília, no qual o cinema tem espaço para se expressar da forma mais independente. Contudo, ainda falta um longo trajeto para chegar ao ideal, ou ao potencial que o cinema tem.

Segundo a diretora-geral Sara Rocha, esse trabalho foi progressivo, partindo de um ponto no qual havia um cinema praticamente fechado e desfasado pós-pandemia, para algo funcional e atual, procurado pelo público.O estudante de audiovisual Otávio Mendonça Costa ratifica a avaliação de Sara Rocha: "O Cine Brasília se mostrou mais acessível e mais popular nesses últimos dois anos. Acho que o Cine Brasília do futuro é o que a gente já tem, que a gente precisa manter e preservar. Foi um crescimento muito rápido que o Cine Brasília apresentou", opina  Otávio  Costa.

Além de reconquistar os antigos frequentadores, a gestão modernizou o atendimento para atrair novos públicos, com a venda de ingressos também de forma virtual, pelo site Ingresso.com. Eles também estabeleceram parcerias com a UNB e com IFB, para que alunos estudantes de cinema tenham entrada gratuita. "Isso é importante para a nossa formação, tanto de linguagem quanto prática. Estar nesse local do cinema, com tela gigante, sala escura, e ter isso em qualquer momento, totalmente gratuito, é ótimo, é lindo. Espero que isso continue", acrescenta Rafael Ramagem.

O futuro do cinema gira em torno de como ele conseguirá continuar atingindo o público da capital. "Eu espero que o Cine Brasília siga a sua vocação de espaço público voltado para o cinema de arte, brasileiro e mundial, e dê cada vez mais destaque para a produção local, com preços populares e ações gratuitas para os públicos que ainda não frequentam salas de cinema", pede o cineasta René Sampaio, que lembra com carinho de quando ele subiu ao importante palco. "Tanto Eduardo e Mônica quanto Faroeste Caboclo tiveram sessões incríveis ali e foi com imenso orgulho de ser um brasiliense que vi essa sala tão importante ficar lotada nas exibições dos meus filmes. Como cineasta apaixonado pela minha Brasília, desejo que essa seja eternamente a tela principal do melhor festival do Brasil", lembra.

*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco


Correio Braziliense segunda, 05 de fevereiro de 2024

FOLIA: ALEGRIA, FANTASIA E RESPEITO - BRASILIENSES LOTAM RUAS NO PRÉ-CARNAVAL

 

Alegria, fantasia e respeito: brasilienses lotam ruas no pré-carnaval

Mesmo com chuviscos e tempo nebuloso, os foliões não perderam tempo e foram aos blocos pré-carnavalescos para se divertir

 
 
De Carmem Miranda, Carol caiu na folia  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
De Carmem Miranda, Carol caiu na folia - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
Darcianne Diogo 
postado em 05/02/2024 06:00

O clima nebuloso com chuviscos não impediu a folia dos brasilienses no pré-carnaval. Centenas de pessoas saíram às ruas ontem para curtir o melhor da folia de Brasília. No Bloco Cafuçu do Cerrado, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-Americano, ao menos 30 mil foliões passaram pelo local, segundo a organização do evento.

 
Atração do Cafuçu, o grupo da fanfarra feministra Trupe das Maluvidas levou o melhor do sopro e percussão. São mais de 30 mulheres que mostram, na música, o empoderamento feminino. "Para este ano trouxemos mais fogo, mais repertório, novas coreografias, corpo e dança", disse Viviane Fecher, 45, uma das integrantes da equipe.

Nathália Gasparini, 37, e Rachel Bezerra, 36, também fazem parte do grupo. "Queremos mostrar que o Carnaval é um ambiente de respeito e seguro para as mulheres. É diversão", pontua Rachel.

Fantasiada da cantora e dançarina Carmen Miranda, a profissional de comunicação Carol Siqueira, 40, revela que já comemorou datas carnavalescas em outros estados, como em Minas Gerais, mas que nenhum se compara ao de Brasília. "Cada ano sempre melhora. Aqui é mais vazio, o que é um ponto positivo. A gente encontra a galera, se diverte com segurança e fica na paz."

 Elogios à segurança também fez o mediador cultural Junior Fernandes, 27. "Os eventos organizados pelo GDF têm sempre policiamento. Nos sentimos seguros, acolhidos."

Batuque

E para quem acha que os blocos estão apenas nos estacionamentos públicos da área central de Brasília está enganado. Nas entrequadras Sul e Norte é possível curtir a folia com segurança e agitação. Na 205/206 Norte, o Mimos bar preparou uma programação especial de pré-carnaval e, a partir de sábado, para o oficial do Carnaval 2024. 

Na Praça dos Orixás, o clima também era de alegria e festejo. A piauiense Gilvanete Lima, 43, é fã de carteirinha de carnaval e está em ritmo de preparação para o próximo sábado. "A vantagem de Brasília é a variedade de blocos. Você pode escolher, e todos são ótimos."

 

As amigas Viviane, Nathalia e Rachel se divertem no Cafuçu do Cerrado

As amigas Viviane, Nathalia e Rachel se divertem no Cafuçu do Cerrado

 

 


Correio Braziliense domingo, 04 de fevereiro de 2024

TRÂNSITO: COM 2 MILHÕES DE VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO, VIAS DO DF TÊM RISCO DE COLAPSO

 

Com 2 milhões de veículos em circulação, vias do DF têm risco de colapso

Especialistas avaliam que a cidade se aproxima de uma situação insustentável. Ruas e avenidas do DF não podem mais ser expandidas e a prioridade deveria ser os transportes público e alternativo

 
  • Segundo a secretaria de Mobilidade, o DF conta com 150km de faixas exclusivas para ônibus para melhorar os deslocamentos -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Segundo a secretaria de Mobilidade, o DF conta com 150km de faixas exclusivas para ônibus para melhorar os deslocamentos - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
 
Arthur de Souza 
postado em 04/02/2024 06:08

O Distrito Federal ultrapassou a marca de 2 milhões de veículos registrados em circulação, de acordo com dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF). A capital do país fechou o ano passado com 2.026.118 equipamentos de transportes — aumento de 3,82% em relação a 2022, quando o DF tinha cerca de 1.951.546 (confira o gráfico). Para especialistas, a cidade se aproxima de uma mobilidade urbana insustentável, pois, entre outras questões, as vias teriam alcançado o estado de saturação.

Um dos que têm percebido os problemas de mobilidade de carros é o analista administrativo Isak Cosmo de Sousa, 33 anos. Ele conta que, há 10 anos, faz o trajeto do Gama até o SIA diariamente. "Os engarrafamentos são rotineiros para mim. Em dias sem intercorrência no trânsito, os quais são raros, esse trajeto dura facilmente de 50 minutos a uma hora", calcula. "Nesse período, tenho percebido um fluxo maior de veículos. É fácil visualizar esse aumento", observa.

Ele afirma que, em 2012, nos primeiros meses em que começou a atuar no SIA, tentou utilizar o transporte público, mas a falta de linhas o obrigou a utilizar o carro. "Atualmente, temos apenas um único ônibus, em um horário bem específico, pela manhã, que faz esse trajeto saindo diretamente do Gama", lamenta. "Para os demais horários são necessários três transportes coletivos para chegar ao destino, o que acaba dificultando a opção pelo transporte público", reclama.

Isak Cosmo ressalta que os atrasos no trabalho são apenas um dos transtornos que enfrenta por causa do fluxo cada vez maior de veículos. "Destaco também a dificuldade de estabelecer uma rotina de horários", comenta. "É comum você estabelecer uma hora de sair para chegar a determinado local. Fazendo o mesmo trajeto, os horários de chegada variam. Isso acaba gerando prejuízos também na parte psicológica dos motoristas, como ansiedade, stress e falta de paciência", acrescenta.

A babá Vânia Cristina, 40, também enfrenta o trânsito caótico, apesar de não ter um carro. A moradora de Valparaíso (GO) afirma que, trabalhando no Sudoeste há três anos, tem dificuldades na rotina. "É muito engarrafamento e, pegando o transporte lotado, acabo tendo que ir em pé algumas vezes, o que faz eu já chegar cansada no trabalho, porque passo até 2h dentro de um coletivo, todos os dias", desabafa. "Tem dias que acabo recorrendo ao transporte pirata, para fazer uma viagem mais confortável", revela enquanto entra correndo em um carro que faz viagens de passageiros de forma irregular.

Insustentável

Doutora em transportes pela Universidade de Brasília (UnB), Adriana Modesto acredita que o governo local, de certa forma, colabora com o que ela classifica como "estrutura de poder no trânsito", ao preterir as necessidades dos demais usuários — pedestres, ciclistas e usuários do transporte público coletivo — em suas ações e políticas públicas. "Em síntese, eleva o automóvel à condição de 'senhor das vias', priorizando suas demandas e, por consequência, deixando de perceber o transporte como potencial indutor do desenvolvimento social e tornando o espaço urbano menos humanizado e democrático", aponta.

Para a especialista, são notórios os transtornos decorrentes do uso massivo de veículos individuais. "A piora da qualidade de vida, em razão dos congestionamentos que acabam acarretando maiores tempos de viagem, problemas relacionados à questão ambiental e à saúde pública, além da maior probabilidade da ocorrência de sinistros de trânsito", detalha. "Desta forma, toda a sociedade acaba sendo penalizada", alerta Adriana. Ela afirma que multiplicar viadutos, vias, túneis, aproxima o DF de uma "mobilidade urbana insustentável" e incapaz de corrigir os transtornos experimentados cotidianamente pela população.

Além disso, o especialista observa que as vias estão suportando o máximo de sua capacidade. "Tanto as principais quanto as secundárias, pois elas não têm mais para onde crescer", aponta. "A perda de tempo no trânsito, por isso, é absurda", avalia Duarte.

Protagonismo

Para a especialista Adriana Modesto uma das alternativas para desestimular o uso massivo de veículos individuais motorizados é o investimento em transporte público coletivo. "Para reverter esse panorama adverso, urge que seja contemplada diversificação de modais, de sistemas de transportes, de modo a amenizar tamanha dependência do modal rodoviário", acrescenta.

O presidente do IST pontua que o crescimento da frota de veículos só se deu nesse ritmo por conta do transporte público precário. "Tanto na qualidade quanto no preço", reforça. Para mudar a realidade do caos no trânsito do DF, David Duarte crava: "Não há solução para a mobilidade urbana sem que o transporte coletivo de massa seja o grande protagonista."

Em nota enviada ao Correio, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) afirmou que trabalha constantemente em políticas públicas para a melhoria da mobilidade e do transporte público do DF. A pasta disse que monitora as operações do transporte público coletivo e faz os ajustes necessários, tais como aumento de viagens, mudança de itinerário e criação de linhas, para garantir a segurança e o conforto dos usuários.

A Semob ressaltou que vem implementando aumento de viagens em linhas mais demandadas, a fim de melhorar os deslocamentos de usuários do transporte público coletivo, e que o DF conta com mais de 150km de faixas exclusivas para ônibus, em diversos corredores, que reduzem o tempo das viagens no transporte coletivo.

A Semob também destacou a malha cicloviária do Distrito Federal que, segundo a pasta, tem 675 km de extensão e contempla 30 regiões administrativas. "Somente em 2023, as pistas destinadas às bicicletas aumentaram em 31 km e a capital se prepara para ter o maior sistema do tipo no país, com a previsão de entrega de mais 105 km e a interligação dos trechos já existentes", reforçou a nota. A reportagem questionou se o DF está preparado para acomodar tamanha quantidade de veículos sem causar transtornos, como é o caso dos engarrafamentos, mas, até o fechamento desta edição, não houve retorno.

Apocaplise viário

Por Adriana Modesto, doutora em transportes pela Universidade de Brasília (UnB)

Nos últimos dez anos o tamanho da frota de veículos do Distrito Federal tem aumentado de forma acelerada, superando marcas a cada exercício. Em 2024 já são contabilizados pouco mais de 2 milhões de veículos, sendo o suficiente para acomodar toda a população local.

da frota e seus potenciais impactos na mobilidade urbana, infiro que uma mera análise fotográfica não seria o suficiente, carece olhar no retrovisor do tempo e observar quais fatores vêm escrevendo a “novela”, uma obra aberta, que sinaliza a tendência de que recordes continuem sendo quebrados.

Mas, havendo a ciência de um repertório de transtornos, por que, então, os veículos
seguem como os protagonistas do trânsito? Parte da resposta também pode ser encontrada no fato de que a forma como as pessoas organizam seus deslocamentos é sensível a fatores individuais, familiares e externos, não está condicionado necessariamente à consciência do bem-estar coletivo. Em resumo, pode-se optar, ou ser empurrado para determinado modo por diversas razões: origem/destino; qualidade dos sistemas de transporte; carência de oferta diversificada de modais; custo; e faixa etária entre outras.

Além dos fatores supracitados, acrescento ainda à análise: quais sejam as prioridades e imbricações da tríade de Políticas Públicas (Planejamento Urbano, Planejamento de Transportes e Planejamento de Circulação); o modelo e os espaços de participação e controle sociais existentes; o efetivo diálogo entre a gestão e atores sociais vinculados à mobilidade urbana e o trânsito; e o papel da interdisciplinaridade científica na busca de soluções que, ainda que não eliminem completamente as adversidades, podem atenuar seus impactos.

Tendo em vista o ritmo do aumento da frota de veículos no DF, mas já me furtando ao papel de emissária do “apocalipse viário”, arrisco dizer que o horizonte é de esgotamento da capacidade de nossas vias, destacando que somos consideravelmente dependentes do modal rodoviário.

Por óbvio que não há soluções fáceis para problemas complexos que envolvem fatores direta e/ou indiretamente relacionados à mobilidade urbana, mas em se tratando de uma obra aberta, ainda que em maior ou menor medida, somos coletivamente responsáveis pela mobilidade urbana que temos, assim, diante do futuro pouco alvissareiro, que tal alterarmos o desfecho dessa “novela” conferindo protagonismo a outros modos que não o carro?


Correio Braziliense sábado, 03 de fevereiro de 2024

CORRIDA DE KIDS: EVENTO VOLTA EM GRANDE ESTILO PARA O CALENDÁRIO ESPORTIVO DE BRASÍLIA

 

Corrida Kids volta em grande estilo para o calendário esportivo de Brasília

A Corrida Kids conta com o apoio do Correio e reuniu cerca de mil crianças na manhã deste sábado (3/2), na pista do Cief, na Asa Sul

 
Evento ocorreu na pista do Cief, na Asa Sul  -  (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A. Press)
Evento ocorreu na pista do Cief, na Asa Sul - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A. Press)
 
Isabela Berrogain 
postado em 03/02/2024 10:53 / atualizado em 03/02/2024 11:45

Criada há 32 anos, a Corrida Kids, evento que celebra a corrida de rua, voltou ao calendário brasiliense em grande estilo. Cerca de mil crianças, de 3 a 13 anos, participaram da retomada do projeto, que conta com o apoio do Correio, na manhã deste sábado (3/2), na pista do Cief, na Asa Sul.

“Nós vínhamos tentando retomar esse projeto há um tempo, um projeto que temos muito carinho, porque envolve um conjunto de coisas positivas, como a alegria das crianças e a questão do esporte”, pontuou o vice-presidente do Correio, Leonardo Moisés.

 

  • 1ª Corrida Kids, no Cief, na Asa Sul, contou com o apoio do Correio
    1ª Corrida Kids, no Cief, na Asa Sul, contou com o apoio do CorreioKayo Magalhães/CB/D.A. Press
     
  • 1ª Corrida Kids, com o apoio do Correio, no CIEF, na Asa Sul
    1ª Corrida Kids, com o apoio do Correio, no CIEF, na Asa SulKayo Magalhães/CB/D.A. Press
     
  • 1ª Corrida Kids, com o apoio do Correio, no CIEF, na Asa Sul
    1ª Corrida Kids, com o apoio do Correio, no CIEF, na Asa SulKayo Magalhães/CB/D.A. Press  
     
  • 1ª Corrida Kids, com o apoio do Correio, no CIEF, na Asa Sul
    1ª Corrida Kids, com o apoio do Correio, no CIEF, na Asa SulKayo Magalhães/CB/D.A. Press
     

 O vice-presidente também destacou a importância da retomada do evento para a comunidade infantil de Brasília. “Retomar a Corrida Kids foi muito importante, não só para o Correio, mas para nossa comunidade, porque nós sabemos que é importante estimular o esporte nessa idade. Quem sabe no futuro, talvez, a gente possa ter alguns medalhistas olímpicos. Acho que seria um presente para a nossa querida cidade que é Brasília”, manifestou.

 


Correio Braziliense sexta, 02 de fevereiro de 2024

MÚSICA: PÉRICLES É UM DOS PRINCIPAIS NOMES DO SESC SAMBA NESTA SEXTA , 2 DE FEVEREIRO

 

Péricles é um dos principais nomes do Sesc Samba nesta sexta (2/2)

O cantor Péricles é a atração da segunda edição do Sesc+Samba em show na Praça do Cruzeiro

 
Péricles, ícone do pagode -  (crédito: Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Péricles, ícone do pagode - (crédito: Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Foto de perfil do autor(a) Davi Cruz
Davi Cruz* 
postado em 02/02/2024 06:10

A espera finalmente acabou. Péricles, apelidado pelos fãs como o Rei da Voz, chega à cidade para agitar o pré-carnaval do brasiliense. Ele é considerado um dos principais nomes da música brasileira da atualidade e se apresenta na segunda edição do Sesc Samba. Além de Péricles, o grupo Clareou e Benzadeus sobem ao palco e assumem os microfones. O evento será nesta sexta-feira (2/2), na Praça do Cruzeiro, às 17h. A entrada é gratuita.

 
Apesar de grande parte da cena musical do país ser centralizada na região sudeste, o quadradinho tem galgado o próprio espaço. A então capital do rock tem vivido dias mágicos com o pagode e samba, com a revelação de grandes artistas do segmento, como o grupo Menos é Mais, Di Propósito e Benzadeus. Ao Divirta-se Mais, Péricles destaca a importância da expansão do gênero por todo Brasil. "O pagode é um ritmo genuinamente brasileiro. Vemos estados como a Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, e outros, que reforçam ainda mais como o ritmo é forte em todo país", afirma.

O Rei da Voz se consagrou no cenário musical ao cantar canções que tratam temas como romance, dia a dia do casal e sentimentos afetivos. Péricles conta que o amor é universal e que ele jamais mudará. "Cantar e falar de amor é sempre muito importante. Por isso, acredito que a forma de amar não mudou. O que muda, às vezes, de acordo com cada geração e modismos da época, é como a mensagem é transmitida e não o sentimento", enfatiza.

O cantor revela que a relação dele com a cidade é a melhor possível e enaltece os fãs brasilienses. "Brasília sempre me recebe com muito amor, consome muito as minhas músicas, tanto que sempre tenho shows várias vezes ao ano na cidade. É um público alegre, caloroso e é sempre uma grande honra e alegria retribuir todo este carinho", comenta. Péricles anuncia um repertório que passeia pelos mais de 30 anos de carreira. "Será uma noite inesquecível! Vamos nos divertir muito. Espero vocês!", completa.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco


Correio Braziliense quinta, 01 de fevereiro de 2024

IMUNIZAÇÃO: VACINA CONTRA DENGUE DO BUTANTAN MOSTRA EFICÁCIA EM TESTE CLÍNICO

 

Vacina contra dengue do Butantan mostra eficácia em teste clínico

Eficácia ficou próxima de 80% e é segura para uso clínico, mostra estudo. Agora, o imunizante vai para aprovação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa)

 
Imunizante de dose única pode ser aplicado em pessoas de 2 a 60 anos de idade. -  (crédito:  CNM/Divulgação)
Imunizante de dose única pode ser aplicado em pessoas de 2 a 60 anos de idade. - (crédito: CNM/Divulgação)
 
Foto de perfil do autor(a) Isabela Stanga
Isabela Stanga 
postado em 31/01/2024 22:09

A vacina de dose única produzida e testada pelo Instituto Butantan se provou eficaz e segura contra os sorotipos 1 e 2 da dengue. No ensaio clínico de fase 3, publicado no periódico The New England Journal of Medicine, o imunizante foi testado em 16.235 pessoas em 16 centros de pesquisa do Brasil. A eficácia da vacina ficou em 79,6% em participantes que não tiveram dengue e de 89,2% em pessoas que tiveram a doença anteriormente.

A dengue é causada por quatro variações de vírus, o que torna o processo de elaboração de um imunizante mais complexo, aponta Esper Kallás, primeiro autor do artigo, diretor do Instituto Butantan e professor do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "Esse é o aspecto mais difícil: fazer com que quatro vacinas contra os quatro tipos de vírus da dengue andem em caminhos paralelos e induzindo à proteção de forma equilibrada", disse ao Jornal da USP. 

O imunizante foi testado em pacientes de 2 a 59 anos e se mostrou seguro e eficaz em todas as faixas etárias, sobretudo entre pessoas adultas (18 a 59 anos), em que a eficácia foi de 90%. Para crianças de 2 a 6 anos de idade, ela alcançou 80,1% e, em crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos, 77,8%.

Os sorotipos 3 e 4 do vírus não foram identificados durante o estudo, mas os pesquisadores estão atentos a eles. "Estamos acumulando informações contra os tipos 3 e 4, incluindo a indução de anticorpos contra a dengue", completou Kallás.

Com tecnologia nacional, a Butantan-DV é uma vacina de dose única, o que a diferencia dos imunizantes de outras companhias. Em todo o mundo, existem apenas duas vacinas contra a dengue disponíveis — a Dengvaxia e a Qdenga, esta última incorporada ao Programa Nacional de Vacinação em 2024.


Correio Braziliense quarta, 31 de janeiro de 2024

ALIMENTAÇÃO: PEIXE E VEGETAIS REDUZEM CHANCES DE DESENVOLVER INFLAMAÇÃO INTESTINAL

 

Peixe e vegetais reduzem chances de desenvolver inflamação intestinal

Uma dieta de alta qualidade aos 12 meses de vida pode reduzir significativamente o risco de desenvolver a condição mais tarde, segundo um estudo de longo prazo

 
Alimentação saudável colabora para o bem-estar geral -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Alimentação saudável colabora para o bem-estar geral - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
 
Paloma Oliveto 
postado em 31/01/2024 06:00

Casos de doença inflamatória intestinal — grupo que inclui Crohn e colite ulcerosa — aumentam  no mundo, e a alimentação é apontada como um dos fatores que contribui para isso. Uma dieta de alta qualidade aos 12 meses de vida pode reduzir significativamente o risco de desenvolver a condição mais tarde, segundo um estudo de longo prazo, publicado ontem na revista Gut.

 

Nesse estudo há dados de dois levantamentos nacionais. Um deles com 21,7 mil crianças; o outro com 114,5 mil, acompanhadas desde a década de 1990, quando nasceram, até 2021. Os pais responderam a um questionário sobre a dieta dos filhos entre 12 e 18 meses e entre 30 e 36 meses.

A qualidade da dieta, obtida a partir da medição do consumo de carne, peixe, frutas, vegetais, laticínios, doces, salgadinhos e bebidas, foi avaliada por um índice nutricional, adaptado para crianças. A frequência semanal de grupos alimentares específicos também foi investigada.

Dietas de média e alta qualidade ao primeiro ano foram associadas a um risco geral 25% menor de doença inflamatória intestinal. O consumo elevado de peixe nesta idade foi especificamente relacionado à chance diminuída de se desenvolver a condição mais tarde: 54% a menos, comparado ao grupo que ingeria pouco o alimento.

O estudo não estabelece causa e efeito, mas os autores dizem, no artigo, que as descobertas "são consistentes com a hipótese de que a dieta no início da vida, possivelmente mediada por alterações no microbioma intestinal, pode afetar o risco de desenvolver DII".

Ambos os estudos destacam que o consumo de bebidas açucaradas aumentou em 42% o risco de doenças inflamatórias intestinais. Os pesquisadores recomendam que as crianças sejam alimentadas com frutas, vegetais e peixes, e que os pais evitem produtos processados.

A médica nutróloga Marcela Gaez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, destaca que o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados e pró-inflamatórios têm um importante papel nas doenças inflamatórias intestinais, assim como fatores de estilo de vida, como má qualidade do sono e sedentarismo.

"As pessoas com esses problemas de saúde acreditam que eles sejam causados somente pela alimentação, mas há estudos que relacionam o cérebro e as emoções com a origem", alerta. (PO)

 


Correio Braziliense terça, 30 de janeiro de 2024

QUTOMOBILISMO: PILOTO BRASILIENSE VENCE A TRADICIONAL 24 HORAS DE DAYTONA NOS EUA

 

Piloto brasiliense vence a tradicional 24 horas de Daytona nos EUA

Felipe Nasr comandou a equipe da Porsche na prova de revezamento realizada em Daytona Beach, na Califórnia, nos Estados Unidos

 
Felipe Nasr comanda time vencedor da 24h de Daytona 2024 -  (crédito: Divulgação/IMSA)
Felipe Nasr comanda time vencedor da 24h de Daytona 2024 - (crédito: Divulgação/IMSA)
 
Foto de perfil do autor(a) Gabriella Braz
Gabriella Braz 
postado em 29/01/2024 17:15 / atualizado em 29/01/2024 17:18

O piloto automobilístico Felipe Nasr conquistou o lugar mais alto do pódio na 62ª edição das 24 horas de Daytona (Rolex 24 at Daytona), circuito de revezamento que dura um dia e marca o início dos campeonatos da International Motor Sports Association (IMSA). Brasiliense, Nasr venceu uma das categorias da corrida pela segunda vez. Em 2022, o atleta conquistou o primeiro lugar na categoria GTDPro.

Com início na Formula 1, o brasiliense passou a concorrer no IMSA em 2018, onde construiu uma carreira vitoriosa com dois títulos na IMSA Champion.


Correio Braziliense segunda, 29 de janeiro de 2024

REFUGIADAS: MULHERES MIGRANTRES E REFUGIADAS RECONSTROEM A VIDA NO BRASIL

 

Mulheres migrantes e refugiadas reconstroem a vida no Brasil

Guerras, conflitos sociais e a fome são alguns dos motivos apontados pelas mulheres que deixaram seus países para buscar, em solo brasileiro, um novo lar

 

Mudar de vida. Conseguir um emprego. Fugir da miséria, da fome e da violência. Enfrentar a saudade, adaptar-se a uma nova cultura, aprender outro idioma. São muitas as razões e os desafios que fazem com que existam 710 mil pessoas com necessidade de proteção internacional acolhidas no Brasil. Os refugiados e migrantes representam a maior fatia dessa estatística que, agora, ganha protagonismo feminino. Os dados foram enviados ao Correio pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

 Os últimos seis anos no Brasil foram marcados por um “processo de feminização” dos deslocamentos internacionais impulsionado por venezuelanas e haitianas. A conclusão está no relatório OBMigra 10 anos: pesquisa, dados e contribuições para políticas públicas, de 2023. A pesquisa mostra que as solicitações de refúgio feitas por mulheres aumentaram de 10%, em 2013, para 45%, em 2022. E os pedidos de residência permanente no país, feitos por migrantes mulheres, também registraram acréscimo no período — de 34% para 43%.

 

Diferença entre migração e refúgio
Diferença entre migração e refúgio(foto: Valdo Virgo/C.B./D.A. Press)

 

Por trás das estatísticas, há pessoas que buscam melhores condições de vida ou mesmo fogem de confrontos políticos e sociais. São vidas que estão em reconstrução.

Durante um mês, o Correio acompanhou o cotidiano de mulheres refugiadas e migrantes em Brasília. Elas participaram do projeto Empoderando Refugiadas, que busca proporcionar autonomia financeira a essas mulheres, por meio da qualificação profissional, e ainda trabalhar a autoestima. A iniciativa é promovida também em Curitiba e em Boa Vista pela Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur), pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global da ONU no Brasil. Em Brasília, o programa é implementado pelo Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR).

 

A sala de aula é um verdadeiro intercâmbio de culturas. Mulheres de países como Venezuela, Haiti, Cuba, Costa do Marfim e Paquistão estudavam técnicas de atendimento e vendas, e curso técnico oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Por diferentes caminhos, todas chegaram ao Brasil com o imperativo de recomeçar e encontrar oportunidades no país.

“Basicamente, (saí])pela ditadura que há no meu país. Está tudo mal. Não há comida, ou seja, nada. E tudo que tem é extremamente caro. Então, jamais vai poder ter algum empreendimento, nem trabalhar, nem nada. Ou você entra no governo e começa a trabalhar com eles, ou, sinceramente, você tem que ir embora”, desabafa a venezuelana Jennifer Navegas, 44 anos, sobre o motivo de ter deixado o seu país de origem, em 2016. Ela viveu na Argentina até o ano passado, quando foi atraída pela melhor estabilidade econômica das terras tupiniquins.

 

Aumento de mulheres refugiadas e migrantes

Inicialmente, as migrações e pedidos de refúgios no Brasil eram protagonizados por homens. De acordo com dados do relatório do OBMigra, em 2013, apenas 10,5% das solicitações de residência no Brasil eram de mulheres. Em 2022, esse percentual saltou para 40% — as venezuelanas superam essa média e chegam a 46%.

Uma série histórica de dados reunidos pelo observatório mostra que há um crescimento constante de mulheres migrantes e refugiadas no Brasil. Enquanto em 2011, apenas 20 mil mulheres realizavam deslocamento internacional, em 2022, o número chegou a 120 mil. Considerando o recorde, os últimos cinco anos foram os mais intensos, com um aumento de 200% — em 2017, eram menos de 40 mil mulheres em deslocamento internacional.

 

O crescimento da participação feminina nesse processo reflete também no mercado de trabalho. Em 2022, a OBMigra identificou que 15,6 mil migrantes e refugiadas ocupavam cargos de trabalho formal — esse foi o recorde de empregabilidade de mulheres no país até o momento. Os outros três anos em que esse valor foi significativo são 2019, com 6,9 mil; 2020, com 7,2 mil; e 2021, 7,4 mil.

A desigualdade entre homens e mulheres na esfera laboral também é uma realidade para migrantes e refugiadas.

Venezuelanas

Uma pesquisa divulgada em dezembro de 2022, pela ONU Mulheres, Acnur e UNFPA aponta que, enquanto apenas 2,4% dos homens venezuelanos que permanecem em Roraima possuem ensino superior completo, entre as mulheres este índice é de 10,2%. Mesmo assim, elas têm menos da metade das chances que os homens possuem de irem para outros estados do Brasil para trabalhar — no chamado processo de interiorização com Vaga de Emprego Sinalizada (VES), exclusiva para venezuelanos. O percentual de desemprego das mulheres venezuelanas é de 34%, enquanto o dos homens é de 28%.

Ainda segundo a pesquisa, 54% das mulheres venezuelanas permanecem nos abrigos de Roraima. A conclusão é que os homens saem para trabalhar em outros locais, enquanto as mulheres permanecem nas moradias para cuidar da família e da casa.

 

Empoderando Refugiadas

Para tentar mudar essa realidade, entidades da ONU desenvolveram o projeto Empoderando Refugiadas, que tem a intenção de inserir as mulheres migrantes e refugiadas no mercado de trabalho. A iniciativa aborda a autoestima feminina e oferece qualificação profissional técnica.

Criado em 2015, o projeto já era realizado em Boa Vista e Curitiba. Desde então, mais de 400 mulheres foram empregadas por meio da iniciativa.

“Claro que o nosso foco é a empregabilidade, mas o maior legado do projeto é o processo de autonomia dessa mulher, de ela entender que é capaz. Essa injeção de autoestima para mostrar que ela consegue, que ela que tem caminhos e que o Brasil é acolhedor”, explica a coordenadora do projeto, Yana Lima, que integra o Pacto Global da ONU no Brasil.

No ano passado, Brasília entrou na rota dos locais que oferecem cursos de qualificação profissional a migrantes e refugiadas. Na capital federal, a implementação da ideia é feita pelo Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados. Ao todo, 26 mulheres e refugiadas se formaram na primeira turma. Neste especial, o Correio conta a história de quatro delas.

 


Correio Braziliense domingo, 28 de janeiro de 2024

TEATRO: MELHORES DO MUNDO ESTÃO DE VOLTA

 

Melhores do Mundo estão de volta com espetáculo sobre excesso de telas

Trupe Melhores do Mundo apresenta Tela plana, comédia que expõe os absurdos da relação com as mídias eletrônicas

 

 
Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo -  (crédito: Divulgação)
Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo - (crédito: Divulgação)
 
Daniel Lustosa* 
postado em 28/01/2024 06:12

Desde a hora em que acorda até o momento em que se deita para dormir, o ser humano se encontra em contato com a gama de informações transmitidas pelos celulares, tablets, monitores e televisões. Como é papel da comédia desnudar as contradições da sociedade, a Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo foca nesse tema na nova peça Tela plana, em cartaz hoje no teatro do Museu Nacional.

 
Sobre a nova peça, ele explica: "Em Tela plana falamos sobre as telas tão presentes na nossa vida. O celular hoje é onde estão as nossas amizades e a nossa diversão. Os laptops onde trabalhamos e a TV onde maratonamos as nossas séries". O ator tem consciência que hoje as pessoas passam a maior parte do tempo em frente a uma tela, e, segundo ele, a comédia aborda o tema de maneira crítica, mas sem perder o humor.

"Antigamente, você se programava para ver um filme ou ler um livro. Hoje, você recebe memes, vídeos e piadas praticamente 24h por dia", afirma Victor Leal. Para ele, quantidade nem sempre é sinônimo de qualidade, mas os avanços das telas proporcionaram uma nova forma de consumir comédia. "O formato de stand up comedy se consagrou por meio de vídeos rápidos que podem ser assistidos enquanto você abastece o carro ou espera o seu filho na escola. Foi graças à viralização de um vídeo, do Joseph Climber, no Programa do Jô, em 2006, que os Melhores do Mundo se tornaram mais conhecidos no Brasil", lembra Victor Leal.

Em 2025, a Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo completa 30 anos. A formação original se mantém, com Welder Rodrigues, Adriano Siri, Ricardo Pipo, Jovane Nunes e Adriana Nunes, além de Victor Leal. Ao longo desses 29 anos de carreira, o grupo percorreu diversos estados brasileiros e se apresentou fora do país, com destaque para o especial Sexo — a comédia, gravado em Nova York.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco


Os Melhores do Mundo em Tela Plana

Domingo, às 20h no Teatro do Museu Nacional. Ingressos no site www.ingressodigital.com


Correio Braziliense sábado, 27 de janeiro de 2024

TERAPIAS ALTERNATIVAS: SÃO DISPOINIBILIZADAS PELA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF

 

Terapias alternativas são disponibilizadas pela rede pública de saúde do DF

Secretaria de Saúde oferece 17 modalidades de práticas de saúde a quem busca melhorar a qualidade de vida com bem-estar físico e psicológico, como acupuntura, arteterapia, fitoterapia, homeopatia, yoga e tai chi chuan

Aula de yoga na UBS do Lago Norte com o professor Marcos Trajano -  (crédito: Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
Aula de yoga na UBS do Lago Norte com o professor Marcos Trajano - (crédito: Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
 
Mariana Saraiva 
postado em 27/01/2024 06:07

Cuidar da saúde vai além de ir ao médico e fazer uma bateria de exames frequentemente. Existem cuidados complementares que podem garantir uma melhor qualidade de vida. São as terapias alternativas que abordam a saúde de forma dimensional, trabalhando a mente e o corpo. Muitas pessoas não sabem, mas no Distrito Federal existem 17 dessas modalidades oferecidas pela Secretaria de Saúde (SES-DF), entre elas acupuntura, arteterapia, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, Yoga e tai chi chuan.

O trabalho terapêutico é nomeado dentro da rede pública como Práticas Integrativas em Saúde (PIS), que estão disponíveis ao público em 30 regiões administrativas e em 87 Unidades Básicas de Saúde (UBS).

 
Gerente da modalidade na secretaria, Cristian Silva considera esses tratamentos importantes para agregar mais saúde à população. O gestor ressalta que são usos que a população já adotava. "A diferença é que em uma UBS, o paciente vai encontrar orientação e segurança para desenvolver essas práticas como yoga, automassagem, e o uso medicinal de plantas. Tudo isso a população sempre utilizou. São políticas públicas indicadas pela OMS", relata.

Cristian explica que, com o tempo, começou a perceber que essas modalidades são uma estratégia em saúde. "Um paciente em grau leve de ansiedade consegue tratar com práticas integrativas para que não se agrave mais. Quando cuidamos do sofrimento mental da população, conseguimos bons resultados", observa Cristian. "Também temos avanços em casos, como de úlceras, inflamações, problemas osteomusculares e no enfrentamento de doenças crônicas, como a diabetes, que afeta grande parte da população", detalha o gestor destacando que em UBSs existem grupos que chegam a 100 pessoas por dia.

Vínculo


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  •   Terapias alternativas na rede pública. Na foto, Marcos Trajano, na UBS 1 do Lago Norte.
    Terapias alternativas na rede pública. Na foto, Marcos Trajano, na UBS 1 do Lago Norte.Carlos Vieira/CB/D.A.Press
     
     
  • Janete Cardoso, 86 anos, impressiona os colegaspelo bom desempenho físico
    Janete Cardoso, 86 anos, impressiona os colegaspelo bom desempenho físicoCarlos Vieira/CB/D.A.Press

Na UBS 1, do Lago Norte, é possível praticar tai chi chuan, receber reiki, conhecer os efeitos da fitoterapia e de plantas medicinais, fazer yoga e  outras práticas complementares à saúde. O médico e professor da unidade Marcos Trajano conta que "além de saúde, as terapias promovem vínculos por meio dos encontros entre as pessoas, gerando um fortalecimento das redes de apoio e de ajuda", observa. "As pessoas relatam o seus processos de melhoras, mesmo com doenças sem perspectiva de cura", constata.

A dentista Jaqueline Pimentel é assídua nas aulas de yoga. Ela conta que após sofrer uma acidente passou por uma cirurgia, em que foi necessário colocar uma prótese na coluna. Com a perda de parte dos movimentos, a yoga é para a dentista um remédio. "Eu acordo e durmo com dor e essas práticas melhoram demais minha qualidade de vida. A posição em que trabalho no consultório dificulta ainda mais", detalha. "Eu também vi melhoras no meu sono e na minha postura", enumera.

No DF, essas práticas estão disponíveis nos formatos on-line e presencial. Mais informações, confira no site da Secretaria de Saude: https://www.saude.df.gov.br/praticas-integrativas-em-saude

 


Correio Braziliense sexta, 26 de janeiro de 2024

CARNAVAL DO DF: CRIANÇADA PREPARA AS FANJTASIAS PARA A FOLIA DOS BLOQUINHOS

 

Criançada prepara as fantasias para a folia dos bloquinhos de Carnaval

Nesta época do ano, pais e filhos preparam juntos os adereços para os bloquinhos infantis, garantia de muita diversão e tempo de registrar boas memórias que eles levarão por toda a vida

As irmãs gêmeas Clarice e Cecília Sena adoram o clima da festa e estão prontas para cair na folia -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
As irmãs gêmeas Clarice e Cecília Sena adoram o clima da festa e estão prontas para cair na folia - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Foto de perfil do autor(a) Luis Fellype Rodrigues*
Luis Fellype Rodrigues*
postado em 26/01/2024 06:05

O carnaval está enraizado na cultura brasileira e o brasiliense não fica de fora da folia, com várias opções de blocos para diferentes públicos. Com o intuito de conectar a criançada com a grande festa popular, muitos pais levam os filhos para se divertirem com outros pequenos. Em contagem regressiva de 15 dias, a meninada se prepara para brincar muito nos bloquinhos infantis. O Correio Braziliense chega na frente com uma novidade: além dos troféus CB.Folia destinados aos melhores blocos adultos, nesta edição, a melhor fantasia infantil também será premiada.

 

Folia

O tradicional bloco de carnaval Suvaco da Asa criou um espaço destinado às crianças chamado Suvaquinho, com o intuito de fazer os pais curtirem as festas com seus filhos em um ambiente familiar e seguro. Hoje, com 12 anos de existência, as expectativas para esta edição estão altas. Pablo Feitosa, diretor do bloco, conta que a união de pais e filhos na festa ajuda a formar foliõezinhos que se tornarão foliões. "Vamos perpetuando alegria. Para os adultos traz uma lembrança da infância, de quando eles iam com os avós, por exemplo. No caso das crianças é o contrário, será criada uma memória muito legal para a vida delas", cita.

 


  • ... os pais, Jaqueline e Victor, e os irmãos, Ulisses e Caetano: tradição na família
  • ... os pais, Jaqueline e Victor, e os irmãos, Ulisses e Caetano: tradição na famíliaArquivo Pessoal
     
     
  • Iolanda Marinho, fantasiada para o bloco Suvaquinho do ano passado...
     

 

De acordo com o diretor, as brincadeiras e momentos de lazer são formas de unir a família em um ambiente de muita descontração. "Os pequenos gostam muito dessa época por conta de tudo que acontece nela. A convivência com amigos, tios, músicas, danças, tudo isso agrega bastante para eles. Sem contar a socialização com a comunidade", salienta.

Pablo antecipou ao Correio as novidades do bloquinho para este ano, que contará com oficinas de percussão de maracatu, apresentação do palhaço Mandioca Frita, orquestra Meninos de Ceilândia e participação do Teatro Mapati.

A presença do bloco Baratinha foi confirmada e ocorrerá nos dias 11 e 12 de fevereiro, no Parque Ana Lídia. Segundo seu criador, Luiz Lima, o público esperado para esta edição é alto, cerca de 35 mil crianças, 10 mil adolescentes e 15 mil pais ou responsáveis. Isso para prestigiar e curtir apresentações de três bandas: Trem das Cores, Baratinha e Chiquita Bacana. Luiz conta que negocia com outros grupos musicais. "Nosso objetivo é fazer os adultos e os pequenos felizes. É uma integração de todos, independentemente dos níveis sociais", pontua.

O criador do bloquinho explica que foram investidos R$ 500 mil nos preparativos, que já estão quase prontos. "Teremos cama elástica, mágico, pula-pula, escorregador, muitos brinquedos e as bandas. Tudo isso de graça para a meninada, familiares e amigos", convida.

Memórias

Desde um ano de idade, Antônio Spegiorin vai aos carnavais com sua mãe, Carla Spegiorin, 49 anos. Hoje com seis anos, o garoto faz questão de vestir uma fantasia mais exclusiva. "Buscamos usar nossa criatividade na criação das roupas. Ele (Antônio) também participa da construção do personagem, a diversão já começa alí", descreve. Carla costuma gastar entre R$ 120 a R$ 150 por dia de bloco. "Sempre dividimos um pouco no carnaval de rua e outro tanto em bailes pagos", explica.

 

Jaqueline Marinho, 35, mãe de três filhos, Ulisses, 11, Caetano, 9, e  Iolanda, 4, relata que ir ao bloco Suvaco da Asa é tradição da família. "O pai deles, Victor Nunes, é de Recife, e a fantasia de carnaval é algo que já está no sangue. Muitas delas são presentes dos avós. Para este ano, já temos duas prontas, uma do Naruto e outra da Passista de Frevo", informa. Após a virada de ano, as crianças já começam a se preparar para curtir a folia. "O assunto é sempre esse, perguntam se os primos virão, se podemos comprar espumas e confetes. Eles já sabem que comprando antes sai mais barato e ganham mais. A expectativa é enorme", reforça.

A moradora do Grande Colorado diz que costuma levar os pequenos para festas como essa pois participava de bailes com seus pais. Na adolescência, passou a ir aos blocos e não parou mais. "Locais como esses (Suvaquinho) lembram as raízes deles. Trazem muito da cultura recifense, seja com música, clima, orquestras. Quando crescerem vão ter essa memória afetiva de brincar conosco, e de todos esses momentos", destaca.

 

As gêmeas Clarice e Cecília, 10, sempre vão às festas de carnaval com a mãe Filândia Campos, 50. Este ano não será diferente e as matinês já estão sendo planejadas. Em relação às fantasias, não é algo que precise de um investimento alto, pois já têm várias guardadas de outros carnavais. "Nós repaginamos algumas coisas, compramos alguns acessórios e quando juntamos vira uma nova", explica a foliã que considera esta a melhor época do ano.

 

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

Serviço

Bloco Suvaco da Asa

Dia: 3 de fevereiro.

Local: Estacionamento do Complexo Funarte - Eixo Monumental

 

Bloco Suvaquinho

10h: Oficina e cortejo com a Vivendo e Batucando (DF)

11h30: Apresentação do Palhaço Mandioca Frita (DF)

12h30: Apresentação Meninos de Ceilândia (DF)

 

Bloco Baratinha

Dia: 10 e 11 de fevereiro

Local: Parque Ana Lídia

Horário: 13h até as 20h

Bandas:

Trem das Cores

Baratinha 


Correio Braziliense quinta, 25 de janeiro de 2024

ESCORPIÕES: SAIBA OS CUIDADOS E COMO SE PREVENIR DE ACIDENTES

 

Escorpiões: saiba os cuidados e como se prevenir de acidentes

Escorpiões costumam se esconder em ambientes escuros e úmidos durante o dia. À noite, eles saem em busca de alimentos, principalmente baratas

 
 
Os sintomas da picada do escorpião são dor local, vermelhidão, inchaço e suor -  (crédito:  Monique Renne/Esp. CB)
Os sintomas da picada do escorpião são dor local, vermelhidão, inchaço e suor - (crédito: Monique Renne/Esp. CB)
 
Correio Braziliense
postado em 24/01/2024 10:44

Em períodos chuvosos, escorpiões são encontrados com frequência em áreas urbanas. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, caso esse animal peçonhento seja encontrado em casa, é necessário ligar para a Vigilância Ambiental. O uso de inseticida não é recomendado, pois não há comprovações de que o produto funcione contra escorpiões e pode fazer com que o animal apenas se esconda e ataque de surpresa.

A Secretaria ainda ressalta que os escorpiões costumam se esconder em ambientes escuros e úmidos durante o dia. À noite, eles saem em busca de alimentos, principalmente baratas. Portanto, é importante prestar atenção aos espaços onde o animal se esconde, como entulhos, ralos, caixas de esgoto, e providenciar barreiras.

"Isso significa fechar ralos de banheiros, tanques e pias, vedar frestas em paredes, muros, rodapés, janelas e portas, além de utilizar borracha de vedação ou rolos de areias nas portas", diz a pasta.

Outra recomendação é manter a casa e o quintal sempre limpos e sem entulho, além de combater a proliferação de baratas e fazer faxinas frequentes atrás de móveis e eletrodomésticos, especialmente em sofás, camas, roupas e sapatos. Além disso, há plantas que contribuem para afastar escorpiões, como a lavanda, alfazema, cânfora,  hortelã e alecrim. 

No Distrito Federal, o tipo amarelo é o mais comum. O animal também pode ser encontrado em várias regiões do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Esse tipo é considerado o mais venenoso da América do Sul — seu veneno é neurotóxico e age no sistema nervoso periférico.

Em caso de picadas, o recomendado é lavar o local ferido com água e sabão e procurar imediatamente um pronto-socorro para realizar avaliação médica. Também recomenda-se tirar fotos do animal para identificação, se possível. O profissional da saúde vai observar se é um caso leve ou se há a necessidade de utilizar um soro antiescorpiônico.

Os sintomas da picada do escorpião são dor local, vermelhidão, inchaço e suor. A maior preocupação ocorre com pessoas imunologicamente sensíveis, como crianças e idosos.


Correio Braziliense quarta, 24 de janeiro de 2024

ERVAS DANINHAS: PESQUISADORES CRIAM BANCO DE DADOS GLOBAL DESAS ERVAS

 

 

Pesquisadores criam banco de dados global de ervas daninhas

Segundo os cientistas, o conjunto também fornece informações sobre como as tendências mundiais, como a crise climática, afetarão a resiliência dos sistemas alimentares modernos

 
As informações foram reunidas por 30 anos e fruto de pesquisa colaborativa -  (crédito: Creative Commons CC0/Divulgação)
As informações foram reunidas por 30 anos e fruto de pesquisa colaborativa - (crédito: Creative Commons CC0/Divulgação)
 
Correio Braziliense
postado em 24/01/2024 06:00

Pesquisadores das universidades de Sheffield e Oxford, no Reino Unido, criaram o maior banco de dados global de ervas daninhas, o que poderá ajudar compreender como os sistemas agrícolas tradicionais foram geridos ao longo da história. Segundo os cientistas, o conjunto também fornece informações sobre como as tendências mundiais, como a crise climática, afetarão a resiliência dos sistemas alimentares modernos.

A base de dados é o resultado de 30 anos de pesquisa colaborativa de arqueólogos e ecologistas das duas instituições. Ao longo deste tempo, eles catalogaram cerca de 1 mil espécies de ervas daninhas que crescem em regimes agrícolas tradicionais na Europa, Ásia Ocidental e Norte da África.

A ferramenta de livre acesso "oferece aos cientistas de todo o mundo a oportunidade de comparar dados arqueobotânicos com sistemas agrícolas tradicionais", descreveram os pesquisadores, em um estudo publicado na revista Vegetation History and Archeobotany. O objetivo do projeto é comparar a agricultura do passado e a atual por meio das ervas daninhas, que crescem ao lado das culturas alimentares.

Adaptação

"Nos ambientes agrícolas modernos, onde as culturas são microgeridas e tudo o que não é desejado é removido, pode ser difícil monitorizar as mudanças a longo prazo nos ambientes e nas espécies de plantas", explica o principal pesquisador do projeto, John Hodgson, da Universidade de Sheffield. "Assim, ao investigar populações históricas de ervas daninhas, em vez de culturas, os dados oferecem aos investigadores uma forma única de ver o que foi perdido e ganho ao longo dos tempos."

Para Glynis Jones, professora emérita de Arqueologia na Universidade de Sheffield, os dados revelaram novas ideias sobre a história da agricultura e mudaram a compreensão do desenvolvimento da prática ao nível global.

 

Correio Braziliense terça, 23 de janeiro de 2024

MÚSICA NO RIO: A CANTORA TERESA CRISTINA FOI MESTRE DE CERIMÔNIA NA CELEBRAÇÃO DOS 100 DA PORTELA

 

Artigo: Música no Rio

No palco do Vivo Rio, a cantora Teresa Cristina foi mestre de cerimônia na celebração dos 100 da Portela

Celebração dos 100 anos da Portela, em 2023 -  (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Celebração dos 100 anos da Portela, em 2023 - (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Foto de perfil do autor(a) Irlam Rocha Lima
Irlam Rocha Lima 
postado em 23/01/2024 06:00

Além do banho de mar na Praia de Ipanema e das idas ao Maracanã para assistir a jogos do Flamengo, o que determina as minhas idas ao Rio de Janeiro, com certa frequência, é a programação artística, especialmente os espetáculos musicais. E isso já faz tempo.

O apartamento de uma querida tia na rua Siqueira Campos, onde fiquei hospedado, ficava a 200 metros do Shopping Copacabana, que tinha como uma das referências o Teatro Teresa Rachel (hoje, Sala Teresa Rachel, do Teatro Claro). Ali, em pleno verão, chamava a atenção dos cariocas e turistas o Fa-Tal, clássico do legado de Gal Costa, posteriormente registrado em disco.

Na mesma época, num outro extremo daquele bairro da Zona Sul, Maria Bethânia abarrotava o Teatro da Praia com Rosa dos Ventos. Guardo na memória, entre tantas que a assisti, as primeiras apresentações de Paul McCartney e Rolling Stones (com abertura de Rita Lee), realizadas no Maracanã; de Elton John, no Estádio da Gávea; de Chico Buarque e Maria Bethânia, no saudoso Canecão; de Stevie Wonder e Gilberto Gil, no extinto Olímpia, na Barra da Tijuca; e, obviamente,do Queen, James Taylor e Ney Matogrosso (acompanhado pela banda brasiliense Placa Luminoso), no primeiro e histórico Rock in Rio.

De volta ao Rio, na semana passada, tive o privilégio de estar em frente ao palco do Vivo Rio, anexo ao Museu de Arte Moderna, para presenciar a celebração dos 100 anos da Portela, produzida por Teresa Cristina, que se desdobrou como mestra de cerimônia. A cantora recepcionou em cena Mauro Diniz, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Wanderley Monteiro, Fernanda Abreu e Orlando Morais. A comemoração teve como principal destaque a Velha Guarda da tradicional escola de Madureira.

Três dias antes, estive no Blue Note, casa noturna de Copa, que tem desenvolvido uma interessante e diversificada programação musical. Lá, aplaudi Leila Pinheiro e Roberto Menescal, ao ouvi-los relembrar ternas e antológicas canções da Bossa Nova e homenagear Carlos Lyra — um dos mais importantes compositores do movimento que trouxe modernidade à música popular brasileira. Com surpresa e sensibilizado, ouvi a cantora fazer referência a mim logo após chamar a atenção para a presença do o biógrafo Ruy Castro, autor do best seller Chega de saudade.


Correio Braziliense segunda, 22 de janeiro de 2024

MEMÓRIA: MUSEUS GUARDAM A HISTÓR4IA DE JK E DE OPERÁRIOS QUE ERGUEREM BRASÍLIA

 

 

Museus guardam a história de JK e de operários que ergueram Brasília

Museus da cidade levam brasilienses e turistas a momentos únicos da história da capital. Eles vão além da coragem de JK e contam a saga dos candangos que vieram para o Planalto Central

 

 
 19/01/2024 Crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Museus cívicos do DF. Museo do Catetinho.  -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
19/01/2024 Crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Museus cívicos do DF. Museo do Catetinho. - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
 
Correio Braziliense
postado em 22/01/2024 06:00

Por Mariana Saraiva e Fernanda Cavalcante*

Correio traz, nesta edição, a segunda matéria da série que vem resgatando a história da capital do país por meio dos museus da cidade. Depois de visitarmos as miscelâneas da Câmara dos Deputados e do Memorial JK, agora é a vez do icônico Museu do Catetinho — primeira sede da Presidência da República na nova capital — e do Museu Vivo da Memória Candanga, testemunhas da saga da construção de Brasília.

 Também chamado de Palácio de Tábuas, por ter sido erguido todo em madeira, o Catetinho foi a primeira estrutura construída no Distrito Federal. O prédio serviu de residência oficial para o presidente Juscelino Kubitschek durante suas visitas à construção de Brasília. O nome escolhido remetia à sede do Executivo federal, o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. O projeto foi desenhado por Oscar Niemeyer e executado em apenas 10 dias em 1956.

Além do presidente, nomes importantes para a aurora de Brasília se hospedaram no local, como Ernesto Silva, Israel Pinheiro e Bernardo Sayão, entre outros. Diretores e engenheiros da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) também usavam o local para reuniões.

Mesmo entre grandes nomes da história, uma mulher humilde se destaca. Ela é Dona Dolores, a responsável pelo preparo das refeições do ex-presidente JK. Conhecedora dos gostos do mandatário brasileiro, ela sabia agradar ao patrão, que não dispensava um angu com frango, um dos pratos favoritos do bom mineiro.

"O Catetinho é um lugar muito importante, pois, mesmo longe do Plano Piloto, tem valor histórico para Brasília e, além de trazer os traços da vida do presidente JK, apresenta outras pessoas que fizeram parte da construção de alguma forma, como a cozinheira Dona Dolores, que trabalhou aqui. Esse resgate de memória é fundamental", conta a guia turística Letícia Pena, 25 anos.

O museu ainda guarda muitos objetos que fazem referência à passagem dos desbravadores do Planalto Central, como utensílios domésticos e móveis. No quarto da Presidência, os visitantes poderão ver o vestido usado pela ex-primeira-dama Sarah Kubitschek durante a cerimônia de inauguração de Brasília e, claro, o terno do presidente JK.

Foi essa riqueza de fatos impressos no Catetinho que atraiu Macileia Lima, 63 anos. Residente no DF há um ano, ela levou os familiares, do Acre, para conhecer mais das nuances da construção da capital do país. O passeio agradou à prima de Macileia, Elizângela Soares. "Desejávamos conhecer a história para tentar assimilar como tudo começou. Nós viemos do Acre com uma ideia totalmente diferente de Brasília, e essa visita foi muito boa para nos mostrar uma visão da história que, até então, a gente não tinha", afirmou a acreana.

Oriunda de São Paulo, Laura Teixeira, 20, veio para passar alguns dias na casa da amiga brasiliense Júlia Robassini, 18, e também escolheu o Palácio de Tábuas como destino turístico. "É bem interessante ver como tudo começou e eu não imaginava o quanto era grandiosa a história por trás da construção de Brasília", conta Laura.

Para Júlia, como moradora da capital, além de ouvir essas histórias nas salas de aula é preciso ir aos museus para entendê-las. "Não é só o que falam na sala de aula, tem muita coisa além", explica.

 

Legado

Bisneto do ex-presidente JK, André Kubitschek explica a importância de manter viva a história da construção de Brasília. "Para nós, da família Kubitschek, é muito importante ver em pleno funcionamento espaços como o Catetinho e o Museu Vivo da Memória Candanga. Os dois, ao lado do Memorial JK, formam a tríade da preservação da cultura e da história de nossa cidade. Aconselho sempre que todo visitante da capital conheça os três museus, que retratam com clareza o que foi a epopeia comandada pelo meu bisavô."

Museu dos candangos

Casas simples e coloridas, cercadas por árvores frutíferas compõem o cenário do Museu Vivo da Memória Candanga, localizado entre as Regiões Administrativas da Candangolândia e Núcleo Bandeirante. Essas casas já serviram de acampamento e moradia para médicos e enfermeiros, dado que inicialmente o local abrigava o Hospital Juscelino Kubitschek (HJKO).

Casada com o primeiro médico de Brasília, a pioneira Marilda Pena, 84, veio ao lado do marido Edson Pena, ainda durante as obras. Ela lembra que o médico atendia os operários em um barraco de madeira improvisado. Vendo que as condições não eram boas, o presidente Juscelino determinou a construção do HJKO — concluída em sete meses. Doutor Edson se tornou o primeiro diretor da unidade hospitalar e morou no local com sua equipe.

Em 1968, foi inaugurado o Hospital Distrital, atual Hospital de Base, e o espaço virou um posto de saúde. Em 1985, o hospital foi tombado e restaurado pelo Governo do Distrito Federal. Os barracos foram retirados e as construções de madeira ganharam cores. Em 1990 ele se tornou museu.

Edson faleceu há seis anos, mas fruto do amor com Marilda deixou cinco filhos, nove netos e quatro bisnetos. Marilda dá palestras em escolas contando como foi ver de perto a capital ser construída "Precisamos valorizar essa história. Eu fico abismada quando vou dar uma palestra e os jovens não sabem quem foi JK, e eu tento despertar o patriotismo e o amor pela nossa terra", conclui.


Correio Braziliense domingo, 21 de janeiro de 2024

A DESCOBERTA DE NOVOS SABORES: COMO INVERTER PALADAR INFANTIL PERSISTENTE?

 

A descoberta de novos sabores: como inverter paladar infantil persistente?

Essa condição onde há aversão a uma série de alimentos é comum em muitos adultos e gera muitos problemas, como deficiências nutricionais e, se não tratada, risco de desenvolvimento de outras patologias

Adultos com paladar infantil costumam evitar o consumo de alimentos como verduras, legumes e frutas. -  (crédito: nadineprimeau/Unsplash)
Adultos com paladar infantil costumam evitar o consumo de alimentos como verduras, legumes e frutas. - (crédito: nadineprimeau/Unsplash)
 
 
Foto de perfil do autor(a) Iandara Pimentel Santana
Iandara Pimentel Santana* 
postado em 21/01/2024 09:30

Uma alimentação saudável é crucial para o bem-estar e qualidade de vida. Além disso, escolhas de alimentos sadios fortalecem o corpo contra doenças, aumentando a imunidade. Porém, algumas pessoas não conseguem manter uma dieta equilibrada e possuem aversão a sabores, texturas complexas, limitando o consumo a alimentos pobres em nutrientes. Comportamentos como esse podem se enquadrar como paladar infantil, comum em crianças, mas que pode se estender até a vida adulta, causando sérios problemas de saúde.

O paladar infantil não é um diagnóstico formal, mas com uma avaliação minuciosa com vários profissionais, como nutricionistas e psicólogos, é possível identificar e começar o tratamento dessa condição. Segundo a nutróloga e endocrinologista Lorena Balestra, o diagnóstico depende de várias entrevistas clínicas. "Podemos utilizar questionários sobre hábitos e, em alguns casos, exames médicos", completa Lorena.

 
Essa patologia pode ser causada por inúmeros fatores, desde questões genéticas até influências ambientais, como experiências alimentares traumáticas. "A introdução alimentar na infância pode estar relacionada, mas outros fatores ao longo da vida também desempenham um papel significativo", afirma Lorena.

 

Uma alimentação equilibrada é essencial para manutenção da saúde
Uma alimentação equilibrada é essencial para manutenção da saúde.(foto: annapelzer/Unsplash)

 

A psicóloga do Hospital Anchieta Izabelle Santos também ressalta que a introdução alimentar, mesmo que não seja a única variável, impacta na criação de hábitos. "Se uma criança é exposta a uma variedade de alimentos saudáveis, há maior probabilidade de desenvolver um paladar diversificado", ressalta Izabelle. A profissional ainda completa que se a exposição é limitada a alimentos processados, isso pode contribuir para o paladar infantil na fase adulta.

 
 

Mudança

Mesmo com os hábitos alimentares consolidados, casos de paladar infantil na fase adulta
podem ser revertidos. Para começar uma mudança na dieta, é preciso uma avaliação completa de profissionais da saúde. "O tratamento abrange terapia nutricional, onde a exposição gradual a novos alimentos é combinada com suporte psicológico para lidar com resistências emocionais", explica a nutróloga Lorena.

Segundo ela, recomendações de técnicas alimentares podem ser usadas nesse processo. "Estratégias incluem criar um ambiente alimentar positivo, envolver-se na preparação de refeições, introduzir pequenas porções de novos alimentos, incorporando variedade ao cardápio diário", afirma a profissional.

Essas indicações são passadas para os pacientes da doutora, como Gabrielle Tamura, 34. A especialista de compras sempre percebeu uma dificuldade para experimentar coisas novas, como frutas e legumes. "Esse comportamento começou depois de 2 anos, antes disso comia de tudo, porém em algum momento isso mudou", conta. Além disso, completa que sempre houve um esforço por parte dos pais dela, havendo uma oferta variada de alimentos, mas Gabrielle continuou com um paladar sensível.


Correio Braziliense sábado, 20 de janeiro de 2024

MÚSICA: BANDA UÓ RETORNA COM TURNÊ E PROMETE SHOW EM BRASÍIA

 

Banda Uó retorna com turnê 'O Reencontro' e promete show em Brasília

Após hiato de 6 anos, o trio se reencontra em turnê que já conta com 10 shows pelo país.

 
Banda Uó anuncia retorno após hiato de 6 anos -  (crédito: Rogger Cordeiro/Divulgação)
Banda Uó anuncia retorno após hiato de 6 anos - (crédito: Rogger Cordeiro/Divulgação)
Foto de perfil do autor(a) Davi Cruz
Davi Cruz* 
postado em 19/01/2024 19:57 / atualizado em 19/01/2024 20:02

Após 6 anos de hiato, a Banda Uó anuncia o retorno aos palcos com a turnê O Reencontro. A primeira apresentação confirmada do grupo será em 20 de abril, no Hopi Pride Festival, festival LGBTQIA+ realizado no parque temático de São Paulo. O trio de tecnobrega ainda se apresenta em diversas capitais ao longo de 2024 com datas a serem divulgadas. Ao Correio Braziliense, eles confirmaram o interesse em colocar Brasília na rota de shows — mas a data ainda não foi divulgada. "Brasília é uma segunda casa para nós", disse Mateus Carrilho.

 
A decisão de retornar o projeto surgiu em meados de agosto de 2023, quando Mateus Carrilho entrou em contato com Davi Sabbag para findar o hiato de 6 anos. “Rapidamente colocamos as coisas para andar. Decidimos bem rápido, para levantar tudo e trazer a Banda Uó de forma potente e poderosa, porque é como merecemos retornar”, afirma Carrilho em coletiva.

Candy Mel destaca algumas mudanças artísticas somadas a maturidade e experiências adquiridas neste período de pausa da banda. “Como éramos uma tríade, nos dividimos nessa carreira solo e tivemos muitos aprendizados. Trazemos mais alegria, mais leveza e consciência”, conta a cantora. “Além do gostinho de saudade, pra voltar com mais fervor”, completa Davi Sabbag.

O trio goiano, formado em 2011, é composto pelos amigos Candy MelMateus Carrilho e Davi Sabbag. Com a união do pop com o balanço do brega a Banda Uó se tornou um sucesso absoluto desde o primeiro EP Me emoldurei de presente pra te ter lançado em 2011. No mesmo ano, o grupo venceu o prêmio de Melhor Clipe pelo VMB (Video Music Brasil) promovido pela MTV com a música Shake de amor. Em 2012, o álbum de estreia Motel ficou entre os 10 melhores álbuns do ano pela Rolling Stone Brasil.

Entrevista coma Banda Uó

Como estão as expectativas para este retorno?

Candy Mel: Começamos com um grande pé direito. Nós vimos a reação do público com o conteúdo que a gente publicou esses dias e se estávamos felizes antes, agora estamos ainda mais. Estamos vendo um grande avanço da cena musical com um grande fomento aos artistas e grandes festivais. É o momento da gente comemorar e de sermos recompensados por todo trabalho realizado no passado. Venham ser felizes em nosso show, que nós prometemos muita alegria pra vocês.

Existe a possibilidade dessa turnê passar por Brasília?

Mateus Carrilho: Com certeza. Brasília é uma segunda casa para nós. Foi o segundo lugar que fomos contratados para fazer show, nem tínhamos músicas direito na época. Temos muitos amigos em Brasília e que fizeram parte da formação da identidade visual da Banda Uó. É uma cidade que amamos muitos e se tudo der certo estaremos em Brasília sim, mais de uma vez.

Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori

 


Correio Braziliense sexta, 19 de janeiro de 2024

CARNAVAL 2024: BLOCO EDUARDO E MÔNICA FAZ ESQUENTA NO GALPÃO 17

 

Bloco Eduardo e Mônica faz esquenta de carnaval no Galpão 17

Mistura de rock com axé do Bloco Eduardo e Mônica passa por canções de grupos que marcaram a história da capital, como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Raimundos, Plebe Rude, Cássia Eller, Raimundos, Capital Inicial e Natiruts

 

O Bloco Eduardo e Mônica convida para o carnaval com rock - (crédito: Divulgação)
Foto de perfil do autor(a) Luíza Grecco Altoé
Luíza Grecco Altoé* 
postado em 19/01/2024 07:00

O carnaval está chegando e Brasília começa a se preparar para essa época de folia. Assim, o célebre bloco Eduardo e Mônica comanda o pré-carnaval do Galpão 17, neste sábado, às 17h. Conhecidos pela proposta diferenciada de misturar o som do rock com axé, eles passam por canções de grupos que marcaram a história da capital, como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Raimundos, Plebe Rude, Cássia Eller, Raimundos, Capital Inicial e Natiruts.

O evento de amanhã é uma oportunidade para aqueles que geralmente viajam no período de carnaval, mas ainda querem aproveitar a essência da folia da capital federal. "Vai ser um show com toda a energia que sempre aplicamos nos shows do Eduardo e Mônica, num local que remete ao rock da capital. Anos passam e somos sempre surpreendidos para o lado bom. Esse carnaval promete muito", completa Diogo.


Correio Braziliense quinta, 18 de janeiro de 2024

CARNAVAL: CIRCUITO CARNAVALESCO BRASÍLIA EM FOLIA ESTÃ CONFIRMADO PARA FEVEREIRO

 

Circuito Carnavalesco Brasília em Folia está confirmado para fevereiro

Lançamento do Circuito Carnavalesco Brasília em Folia confirma evento de carnaval nos dias 10, 11, 12 e 13 de fevereiro e garante diversidade, segurança e sustentabilidade

 
 
 Coletiva de imprensa do Circuito Carnavalesco Brasília em Folia 2024 -  (crédito: Nina Quintana)
Coletiva de imprensa do Circuito Carnavalesco Brasília em Folia 2024 - (crédito: Nina Quintana)
Foto de perfil do autor(a) Luiza Freire*
Luiza Freire*
postado em 18/01/2024 10:18 / atualizado em 18/01/2024 10:34

O Circuito Carnavalesco Brasília em Folia, que ocrre de 10 a 13 de fevereiro, teve o lançamento e a abertura nesta última terça-feira (16/1), no Museu Nacional da República. O evento de carnaval, organizado e realizado pela Associação Artística Mapati e patrocinado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do GDF, tem parceria com o Instituto No Setor e o Distrito Drag, e conta com o apoio do coletivo Folia com Respeito e do Instituto Macondo.

Dayse Hansa informa que serão 3Km de caminhada. "Nós começaremos em frente à Biblioteca Nacional, passaremos pelo palco montado do Setor Carnavalesco Sul, seguimos para o eixo monumental e por fim seguimos ao eixo da cultura", conta a produtora. O circuito, segundo Dayse, será especial pois unirá o Setor Carnavalesco Sul, o Bloco das Montadas e a Plataforma da Diversidade, os três principais territórios carnavalescos de Brasília.

O carnaval de 2024 terá robusta programação diurna, com diversidade, sustentabilidade e celebração da cultura local. "Nós queremos fazer um carnaval que é diurno para essas pessoas lotarem essa cidade também de dia", explica Ruth Venceremos, coordenadora do Distrito Drag, ao explicar a mudança. "Assim, nosso circuito começará às 10h e a última atividade carnavalesca irá até as 20h. No caso do Bloco das Montadas, eu já antecipo, vamos começar às 10h e terminar às 19h", avisa.

O diretor executivo do Instituto No Setor, Caio Dutra, confirma o empenho em preparar um carnaval com respeito, inovação e alegria. "Eu acho que o Circuito tem tudo para ser o primeiro para a gente deixar um grande legado carnavalesco para a nossa cidade", ressalta, ao falar sobre a importância de fazer um evento aberto e livre para todos que gostam do período.

Subsecretário de Cultura e Economia Criativa do GDF, João Cândido deixa uma mensagem a respeito do apoio ao Circuito Carnavalesco Brasília em Folia: "Que nós tenhamos um ótimo carnaval e tenham certeza de que não vamos medir esforços para atender a todos os desafios que estão por vir".

*Estagiária sob supervisão de Pedro Ibarra


Correio Braziliense quarta, 17 de janeiro de 2024

PREPARE A FANTASIA: CORREIO VAI PREMIAR OS MELHORES BGLOCOS DE RUA DO DF

 

Prepare a fantasia: Correio vai premiar os melhores blocos de rua do DF

A sétima edição do CB. Folia vai premiar os mais animados blocos que irão pipocar pelas vias do DF no carnaval deste ano, reverenciando e valorizando a cultura local, a diversidade musical e a relação com a cidade

 Por três vezes seguidas, o bloco Montadas ganhou o trofeu CB. Folia...  -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Por três vezes seguidas, o bloco Montadas ganhou o troféu CB. Folia... - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Foto de perfil do autor(a) Naum Giló
Naum Giló 
postado em 17/01/2024 06:07 / atualizado em 17/01/2024 06:21

Brasília está na contagem regressiva para a maior festa popular do ano. A cidade se prepara para a grande festa popular e o CB. Folia está a postos para viver o carnaval e premiar os melhores blocos de rua da capital. A iniciativa do Correio Braziliense busca destacar a importância da cultura carnavalesca no Distrito Federal, além da diversidade musical e da relação de pertencimento com a cidade.

 
 

 

  •  Foliões dos blocos vencedores do carnaval do ano passado na redação do Correio
    Foliões dos blocos vencedores do carnaval do ano passado na redação do CorreioMinervino Júnior/CB/D.A.Press
     
     
     
  •  Por três vezes seguidas, o bloco Montadas ganhou o trofeu CB. Folia...
    Por três vezes seguidas, o bloco Montadas ganhou o troféu CB. Folia...Minervino Júnior/CB/D.A.Press
     
     
     
  • ...levando alegria e muita animação para as ruas e pedindo respeito pela diversidade
    ...levando alegria e muita animação para as ruas e pedindo respeito pela diversidadeMinervino Júnior/CB/D.A.Press

"Além de reconhecer e divulgar os melhores blocos da capital, com a sétima edição do prêmio CB. Folia, estamos trabalhando para destacar, ainda mais, a importância da cultura carnavalesca no DF. Com o CB Brands, estúdio de conteúdo do Correio, vamos preparar ações especiais para a época", explica Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands, estúdio de conteúdo do jornal.



Paulo Henrique Nadiceo, presidente da Liga dos Blocos Tradicionais de Brasília, lembra que a criação do CB. Folia foi fator que impulsionou a melhoria dos blocos de rua do DF. "Para além do entretenimento, os blocos passaram a se preocupar mais com bom local, acessibilidade e estrutura. Para um bloco ser reconhecido pelo CB. Folia, ele precisa ter tudo isso", observa Nadiceo.

De acordo com Paulo Henrique, 56 blocos do carnaval 2024 de Brasília terão o fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Somados àqueles que ocorrerão de forma independente, a expectativa é que mais de 100 blocos agitem o carnaval da capital este ano, com público que pode passar de 1,5 milhão de pessoas. "E queremos que o CB. Folia continue cada vez mais criterioso e que revele os bons carnavais feitos pelos blocos da cidade", diz o presidente.

 

Montadas

Um dos destaques do carnaval do DF é o Bloco das Montadas, produzido pelo coletivo Distrito Drag. A folia comandada por artistas drag é conhecida pela animação e por trazer para o carnaval o respeito pela diversidade. Em 2023, a agremiação levou o prêmio de Melhor Bloco de Rua do CB. Folia pela terceira vez. "Todos os anos ficamos na expectativa pelo resultado. A premiação tem a função de estimular que o nível do nosso carnaval se eleve a cada ano e contribua para que nossa maior festa de rua se torne uma das mais relevantes do Brasil, que é o que mais queremos", revela Ruth Venceremos, diretora do Distrito Drag.

Em segundo lugar da edição passada ficou o tradicional Bloco do Pacotão, com sua tradicional irreverência, bom-humor e sátiras políticas. O Bloco do Seu Júlio, que agita a terça-feira nas ruas de Planaltina, ficou em terceiro. Segundo os organizadores, o público foi de mais de 35 mil pessoas, que foram prestigiar o bloco que existe desde 2010.

Este ano, o Montadas vai sair no domingo de carnaval (11/2), prometendo muita gente na rua, segurança e o direito à liberdade de ser o que quiser. A festa vai começar mais cedo do que o de costume, às 10h da manhã, e em no novo local: no gramado da Biblioteca Nacional. As edições passadas do bloco ocorreram no Setor Bancário Norte. "Nossa inspiração para o bloco neste ano é o filme Priscilla, a Rainha do Deserto, que representa o desejo de levar a arte drag a cada vez mais pessoas, a mais lugares, e que a nossa arte seja motivo de celebração e de conscientização sobre liberdade e diversidade."

Fomento

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF publicou, ontem, o resultado final dos blocos selecionados para participar do carnaval de rua de Brasília. A seleção foi conduzida em colaboração com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Associação Amigos do Futuro.

De acordo com a Secec, foram 157 blocos inscritos, sendo que 29 cadastros não constam na lista geral, devido à duplicidade, plataformas e excepcionalidades que não se encaixaram como bloco de rua. Ainda segundo a pasta, a escolha dos participantes obedeceram critérios delineados em cada etapa do processo de cadastro, visando garantir não apenas a qualidade artística, mas a representatividade do evento para a sociedade do DF.

O chamamento público disponibiliza um total de R$ 6,3 milhões. Esses recursos serão geridos pela OSC Associação Amigos do Futuro para atender às necessidades dos blocos. A lista com o resultado final pode ser conferida pelo QR Code abaixo. Em caso de desistência de alguma das agremiações selecionadas, será convocado o próximo bloco, seguindo a ordem de classificação.

 


Correio Braziliense segunda, 15 de janeiro de 2024

ETNIA: DESTAQU3ES DE 2023 PARA O POVO NEGRO

 

Destaques de 2023 para o povo negro

Na Coluna Pretos no Topo, Integrantes da Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal (Cojira-DF) escrevem sobre destaques do ano ligados à temática negra

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Carmen Souza
postado em 14/01/2024 06:00 / atualizado em 14/01/2024 06:00
 
. -  (crédito: Arquivo pessoal)
. - (crédito: Arquivo pessoal)
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Retomada de boas práticas e políticas públicas

Para a luta antirracista, o primeiro ano do novo governo foi tempo de retomada de políticas públicas nesse sentido e de pressão por responsabilização pública com a defesa dos valores e princípios civilizatórios da Carta de 1988. A crise humanitária dos Yanomami foi a primeira a demandar empenho do poder público. Também se combateu o garimpo ilegal e a presença criminosa de não indígenas nos territórios dos povos tradicionais. Duas mulheres indígenas à frente, tanto do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas quanto da Funai, também fizeram avançar políticas em favor dos povos originários.

 

Quanto à população afrodescendente, o Congresso renovou a política de cotas para as universidades públicas contemplando os povos quilombolas. A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a Fundação Palmares retomaram as boas práticas e políticas para o segmento. O ministro dos Direitos Humanos promoveu debates e iniciativas contra o extermínio de jovens negros de periferia, as condições deploráveis do encarceramento no Brasil e, ainda, enfrentou oposição retrógrada e desrespeitosa na Câmara dos Deputados.

Esperava-se mais do governo com a indicação de novos integrantes para a Suprema Corte. Queremos uma jurista negra no STF. O pleito segue atual. Mas comemoramos duas representantes negras no Tribunal Superior Eleitoral que fortalecem a defesa da democracia e de uma maior representatividade negra — com justo financiamento — nas candidaturas ao Legislativo nas três esferas. Não é luta só de 2023, vem de antes e seguirá até as devidas conquistas. Seguimos animados por um Brasil mais justo e igualitário.

Nêgo Bispo, a iluminação de um visionário

2023 nos tirou a presença física de Antonio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo, pensador negro nascido em 1959, no Vale do Rio Berlengas, região de Francinópolis (PI). Agricultor, ativista, poeta, escritor e mestre do Quilombo Saco Curtume, em São João do Piauí, ele foi uma das lideranças que, a partir dos anos 2000, contribuiu com o seu pensamento e luta para a valorização dos quilombos no Brasil.

Inspirado na “cosmologia politeísta afroquilombola”, Bispo era de uma sabedoria única. Contestando os moldes tradicionais de produção de conhecimento — para ele, um saber sintético e fragmentado — percorreu o país, como palestrante ou professor convidado, disseminando o seu saber orgânico e vívido. Em 2023, lançou o livro A terra dá, a terra quer, com alguns dos seus muitos saberes transmitidos ao longo dessas andanças.

 Nêgo Bispo formulou conceitos que ecoam na academia e fora dela, tais como: contracolonialismo — uma dura resposta ao domínio colonial; confluência dos saberes — coexistência em que não há sobreposição; e a ideia da produção orgânica do saber, comum aos povos afro-pindorâmicos, como denominava os quilombolas, negros e indígenas brasileiros.

Nêgo Bispo era chamado de mestre, e sua maestria foi reconhecida em vida por ativistas e por parte da intelectualidade brasileira. Sigamos honrando a sua existência, mas, sobretudo, o seu legado, promovendo debates afro-pindorâmicos com confluência de saberes: coexistindo, sem deixar de ser. Afinal, “Um rio não deixa de ser um rio quando ele conflui com outro rio. Essa é a grandeza da confluência.”

Portas abertas para as escrituras de mulheres pretas

Muitas das promessas de novo ano dizem respeito a deixar ir o que não faz sentido, cuidar do que permanece. Assim, cheguei às estantes de livros da sala. No ritual de limpeza, pude tocar em muitas obras assinadas por mulheres negras.

Desde 2021, quando idealizei o I Encontro Julho das Pretas que Escrevem no DF tenho estado com muitas. Permanecemos juntas para trocar informações, participar de eventos, organizar saraus e nos aquilombar em dores e sonhos. Somos mais de sessenta.

 

Sentir a força da nossa teimosia em escrever, falar, publicar, não publicar, desengavetar escritos, deixá-los nas gavetas enquanto nutrimos nossa coragem de trazê-los à luz, me aqueceu e emocionou.

Mas é preciso falar de como o caminho é árduo. A base, o cimento do chão que ousamos pisar, é o racismo. Estrutura que morde e sopra. Homenageia você para, no outro dia, abrir sua bolsa sob acusação de furto.

Não deixa que circule nas ruas da cidade em festa literária porque quer uma foto, um aceno, um gritinho, mas não compra seus livros.

Permite que o governo federal, ao lançar um prêmio homenageando uma escritora negra, vulnerabilize as autoras negras inscritas e mine suas chances. Exige muito mais do que a escrita para considerá-la escritora.

 

Aquele racismo que nos derruba. Mas nos vê de pé no outro dia. Escrevendo. Cansadas quando queremos bem-viver. E portas escancaradas ante nossa passagem. Preta. E ancestral.


Correio Braziliense domingo, 14 de janeiro de 2024

CONCURSOS PÚBLICOS: SERÃO ABERTAS MAIS DE 65 MIL VAGAS EM,2024

Concursos públicos: serão abertas mais de 65 mil vagas em 2024

Confira os certames que devem acontecer em 2024 e aqueles que já estão com as inscrições abertas, no Distrito Federal e em âmbito nacional

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Yasmin Rajab
postado em 14/01/2024 06:00 / atualizado em 14/01/2024 06:00
 
 
 
 
Entre oportunidades nos governos local e nacional, a previsão é de que, neste ano, sejam abertas mais de 65 mil vagas para o serviço público. Confira a lista de certames previstos em orçamento e com editais lançados -  (crédito: Caio Gomez)
Entre oportunidades nos governos local e nacional, a previsão é de que, neste ano, sejam abertas mais de 65 mil vagas para o serviço público. Confira a lista de certames previstos em orçamento e com editais lançados - (crédito: Caio Gomez)
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O cenário dos concursos públicos no Brasil melhorou bastante em 2023. Seguindo o mesmo ritmo, 2024 promete ser ainda melhor, com diversos certames previstos ao longo do ano. Apenas entre os concursos autorizados ainda em 2023, mas que ocorrerão este ano, a previsão é de 14.529 vagas. Somados às vagas anunciadas pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2024, que prevê 50.570 cargos, entre provimento e criação, serão 65.099 oportunidades de garantir o sonho de se tornar um servidor público neste ano, seja no governo local ou federal.

 

O mais aguardado deles é o Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), que ficou conhecido como “Enem dos concursos”. A prova inaugura um novo modelo de seleção, criado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

 
O engenheiro civil Marcos Costa não esconde a empolgação. Ele está estudando para o concurso do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pretende aproveitar o conteúdo para o Concurso Nacional Unificado.

 

Estou estudando com três amigos do trabalho todos os dias na horado almoço, mais ou menos 1 hora e 30 minutos por dia. Nos sábados e domingos, estudo umas 6 horas.Basicamente,estamos assistindo a videoaulas de um curso específico para concursos de engenharia Marcos Costa,engenheiro civil  
Estou estudando com três amigos do trabalho todos os dias na horado almoço, mais ou menos 1 hora e 30 minutos por dia. Nos sábados e domingos, estudo umas 6 horas.Basicamente,estamos assistindo a videoaulas de um curso específico para concursos de engenharia Marcos Costa,engenheiro civil  (foto: Arquivo pessoal)

 

“Estou estudando com três amigos do trabalho todos os dias na hora do almoço, mais ou menos 1 hora e 30 minutos por dia. Nos sábados e domingos, estudo umas 6 horas. Estamos assistindo a videoaulas de um curso específico para concursos de engenharia. Além disso, resolvo questões, junto com esses amigos e pelo aplicativo do QConcursos no celular, porque aí consigo fazer questões em qualquer lugar, mesmo que tenha só um tempinho livre”, conta.

 

Marcos já trabalhou no Dnit por dois anos, como terceirizado. O engenheiro decidiu iniciar os estudos no ano passado, quando houve indicativos de que seriam abertos concursos na área de infraestrutura de transportes.

A assistente social Raquel Moura também está animada para o Concurso Unificado. Para conseguir um bom resultado, já começou a estudar para o certame por meio da plataforma do Gran Cursos Online. Além do CNU, Raquel também tentará o concurso do Ministério do Meio Ambiente.

 

Raquel Moura, assistente social, busca uma vaga para exercer sua carreira no setor público
Raquel Moura, assistente social, busca uma vaga para exercer sua carreira no setor público(foto: Arquivo pessoal)

 

do Meio Ambiente. Ela conta que gostou da estrutura do Concurso Unificado, mas achou algumas informações do edital confusas. “Gostei da divisão dos blocos, porém achei difícil entender a questão dos pesos e eixos temáticos. Me surpreendi também em relação às matérias de conhecimentos gerais, pois não caem algumas matérias básicas, como estamos acostumados a ver nos outros concursos.”

 

A profissional diz que pretende entrar para o serviço público com o objetivo de conquistar mais estabilidade financeira. “Para trabalhar na minha área de assistente social, tem mais oportunidades em concursos públicos. Mas também acabo tentando para outros cargos, pelo salário e pela estabilidade que o concurso oferece. Tenho um filho autista e teria alguns benefícios sendo servidora pública, para poder acompanhá-lo em terapias seria mais fácil do que é hoje, na iniciativa privada.” Segundo o MGI, a relação de concursos que serão autorizados em 2024 ainda não está pronta.

Enem dos concursos

O edital do Concurso Nacional Unificado saiu nesta quarta-feira (10/1), no Diário Oficial da União, após meses de espera. O certame oferta 6.640 oportunidades de níveis médio e superior, divididas entre os 21 órgãos públicos que aderiram ao novo modelo. As inscrições serão abertas em 19 de janeiro e encerradas em 9 de fevereiro. As taxas custam R$ 60, para cargos de nível médio, e R$ 90, para nível superior. Estudantes bolsistas do Programa Universidade Para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) não precisarão pagar a taxa de inscrição do concurso.

Os candidatos serão avaliados por meio de provas objetivas, discursivas e curso de formação (para as carreiras que exigirem a etapa). Os exames estão previstos para serem aplicados em 5 de maio, em 220 municípios.

Seleções locais

Localmente, a proposta também é de reposição dos quadros. Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), os concursos previstos são para a Polícia Civil, nos cargos de delegado, agente administrativo e agente de custódia; Corpo de Bombeiros; Departamento Estadual de Trânsito; Departamento de Estradas de Rodagem; Novacap; e Hemocentro. As carreiras de especialista em saúde e planejamento urbano e infraestrutura também estão na lista.

 

 

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.(foto: .)

 

Vagas de concursos em 2024

Para além das oportunidades oferecidas pelo CPNU, os concursos com editais publicados somam 7.609 vagas. Confira a lista de certames com inscrições abertas, hoje, no Distrito Federal e em âmbito nacional:

Distrito Federal Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF)

  • 102 vagas para assistente administrativo; extensionista rural (economia doméstica, engenharia agronômica e medicina veterinária); e técnico especializado (administração, ciências econômicas, contabilidade, direito e tecnologia da informação).

Universidade de Brasília (UnB)


Correio Braziliense sábado, 13 de janeiro de 2024

ANITTA: ARTISTA DESEMBARCA EM BRASÍLIA E FALA AO CORREIO

 

Anitta desembarca em Brasília e fala ao Correio: "Energia diferente"

A cantora apresenta o "Ensaios da Anitta", neste sábado (13/1), com participações especiais de Pabllo Vittar e MC Daniel

 
Anitta em clima de carnaval: momento do sonho brasileiro -  (crédito: Eduardo Bravin/Divulgação)
Anitta em clima de carnaval: momento do sonho brasileiro - (crédito: Eduardo Bravin/Divulgação)
 
Pedro Ibarra 
postado em 13/01/2024 04:00

O mundo, cada dia mais, se curva à artista brasileira que mais faz sucesso na atualidade. Anitta conquistou os ouvidos de falantes de línguas, culturas e estilos distintos. Porém, é no carnaval que ela se reencontra com a própria essência. Para entregar o melhor de si no que chama de "maior festa do planeta", ela está em turnê, com o show Ensaios da Anitta, para quem não conseguirá a acompanhar no carnaval no Rio de Janeiro e em Salvador. Hoje é o dia do público da capital cair na pista com a cantora e ela promete um show diferente.

O projeto da cantora de Honório Gurgel, no Rio de Janeiro, se tornou uma tradição no início do ano. Ela aproveita o popular período de pré-carnaval para preparar um show longo e diverso enquanto se reencontra com os fãs brasileiros. Os repertórios são longos, e a energia é alta, justamente o que demanda o clima do feriado mais amado do início de ano. As músicas variam entre as mais antigas, as mais populares e chegam ao lado B da carreira da cantora. De Show das poderosas a Envolver, de Tic nervoso, com os baianos do Harmonia do samba, a Bellakeo, com o mexicano Peso Pluma.

Brasília é uma das 11 cidades onde Anitta vai ensaiar no carnaval e será o terceiro show dela nos Ensaios de 2024. O tema deste ano são as escolas de samba do Rio de Janeiro e todo o amor que ela sente pelo clima de carnaval. Assim como em outras cidades, Anitta traz convidados especiais. Portanto, dividem o palco com ela na capital MC Daniel, Naldo Benny e Pabllo Vittar. Afinal, toda a motivação dessa turnê é a cantora se divertir com amigos e família, enquanto se reencontra com os fãs dos quatro cantos do Brasil.

Ao Correio, Anitta falou sobre o show de Brasília, a relação com o carnaval, a carreira e os  próximos passos da cantora em direção ao sucesso e à conquista de fãs pelo mundo todo.

Entrevista // Anitta

O que o projeto Ensaio da Anitta tem diferente de qualquer outro show que você faz?

Na edição de Brasília, Pabllo Vittar e Mc Daniel são os convidados. Por que é importante abrir espaços para outros talentos e dividir e transformar esse evento em algo ainda maior?

Você está cada vez mais acostumada com os grandes palcos. Participou dos maiores festivais do mundo, cada vez em uma posição mais alta da lineup. O que o seu evento ganha de expertise com essa experiência que você acumula?

Os Ensaios da Anitta surgiram para se preparar para o carnaval, uma época mágica no ano. Mesmo rodando o mundo e chegando ao topo das paradas, o que ainda há de especial e único no carnaval? Como estão as expectativas para ele?

O carnaval é a minha época preferida do ano. É uma festa muito brasileira, muito nossa, então sempre me sinto em casa nesses shows. Meio que entro em um estado de leveza somado com a adrenalina da multidão, sabe? É sempre muito especial.

Este seu pré-carnaval tem como estética e tema as escolas de samba cariocas. Como é sua relação com elas? Qual o apelo deste tema para o público, na sua opinião?

Os seus passos e a sua carreira são orquestrados para que você consiga um alcance cada vez maior e cada vez mais você tem conseguido. O que ainda te move a buscar por mais, a conquistar mais?

Hoje em dia, depois de conquistar tanta coisa legal no Brasil e no exterior, eu trabalho mais pelo prazer da coisa, sabe? O carnaval, por exemplo, não seria tão legal para mim se eu fizesse apenas pelo trabalho. Então eu amo a possibilidade de conseguir ainda mais conquistas no futuro. Mas a gratidão com tudo que já rolou faz com que eu hoje seja mais pé no chão. Mas sempre de olho no futuro, claro.


Correio Braziliense sexta, 12 de janeiro de 2024

GUIA DO CANDANGÃO 2024: O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A 65ª EDIÇÃO

Guia do Candangão 2024: o que você precisa saber sobre a 65ª edição

Vem aí a 65ª edição do Campeonato do Distrito Centralized. Conheça os 10 candidatos ao título e saiba o que esperar da disputa que começa neste fim de semana

 
Encontro entre a escultura Os Candangos, na Praça dos Três Poderes, e a bola das 51 partidas do Candangão 2024 -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Encontro entre a escultura Os Candangos, na Praça dos Três Poderes, e a bola das 51 partidas do Candangão 2024 - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
 
 
 
postado em 11/01/2024 22:40 / atualizado em 12/01/2024 00:11

Imagine-se na Praça dos Três Poderes. Em meio aos imponentes monumentos arquitetados pelo carioca Oscar Niemeyer, outra obra chama a atenção. É preciso erguer o pescoço para admirá-la. Os oito metros de altura da escultura Os Candangos, do paulista Bruno Giorgi, são um convite à história. Também um apelo para entender o passado, como homenagem aos operários Expedito Xavier Gomes e Gedelmar Marques, mortos soterrados durante a construção de Brasília, e símbolo da materialização dos esforços diários do povo da capital federal nos diversos campos — incluindo os de futebol.

Assim como os trabalhadores responsáveis por construir Brasília, o futebol local se orgulha da receptividade. Equipes de Goiás e Minas Gerais ousaram cruzar as divisas e disputar o torneio. Vencê-lo é outra história. Somente o Luziânia, em 2014 e 2016, ostenta o feito de "forasteiro" campeão. Dois mil e oitenta e seis dias depois, o cenário é totalmente diferente. Nenhum clube do Entorno tem credencial para a disputa. Esqueça clubes como o próprio Igrejinha, Paracatu-MG e Formosa-GO. Agora, a disputa é realmente exclusiva entre representantes das fronteiras do Distrito Federal.

Pela segunda vez em 23 anos, o Candangão tem somente clubes nascidos na capital. A 65ª edição do torneio oferece outro ingrediente: briga de vizinhos. Somente Planaltina e Real Brasília não disputam partidas contra "inimigos íntimos". Pouco mais de 8km separam os estádios de Brasiliense e Samambaia, times de duas das três regiões mais populosas do DF. A distância é ainda mais curta entre Ceilândia e Ceilandense; e Paranoá e Capital. O Coruja foi fundado no Guará, mas fortalece os laços com o povo do "rival". Gama e Santa Maria também entram na lista.

A proximidade entre os estádios disponíveis para as disputas é uma outra peculiaridade. Até o momento, seis palcos estão aptos a receber, pelo menos, os 45 jogos da primeira fase: Abadião (Ceilândia), Bezerrão (Gama), Defelê (Vila Planalto), JK (Paranoá), Rorizão (Samambaia) e Serejão (Taguatinga). O Correio Braziliense calculou a distância média entre as casas dos clubes em um raio de 9,4km. Partindo do Paranoá, o deslocamento total até o outro extremo, no Gama, passando pelas outras praças, é de 56,4km.

Alcançar o prestígio local também oferece a chance de desbravar o Brasil. Campeão e vice terão o direito de disputar a Série D do Brasileirão de 2025. Caso Brasiliense ou Real Brasília terminem em primeiro ou segundo no Candangão e saltem da quarta para a terceira divisão do país, a vaga será aberta para a outra dupla semifinalista.

Confira o perfil de todos os clubes que disputam o Candangão:

*Estagiários sob a supervisão de Marcos Paulo Lima


Correio Braziliense quinta, 11 de janeiro de 2024

TURISMO: BRASÍLIA É RECONHECIDA PELO NYT E BRILHA MUNDIALMENTE

 

Brasília é reconhecida pelo NYT e brilha mundialmente no turismo

A cidade está no ranking criado pelo jornal The New York Times (NYT), que listou os 52 destinos para se conhecer em 2024

 
 10/01/2024 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Brasilia é Linda.  -  (crédito:  Ed Alves/CB)
10/01/2024 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Brasilia é Linda. - (crédito: Ed Alves/CB)
 
Arthur de Souza 
Foto de perfil do autor(a) Hítalo Silva
Hítalo Silva* 
postado em 11/01/2024 06:00

Brasília está entre os melhores destinos turísticos para se conhecer em 2024. A capital do país ocupa a 32ª posição no ranking do jornal americano The New York Times (NYT) que lista os 52 melhores locais para visitar este ano pelo mundo. Foi o único de todo o Brasil mencionado pelo periódico norte-americano, e que festejou sua arquitetura, com prédios "futuristas" e "modernistas".

 
Além disso, o jornal descreve a arquitetura do Palácio da Alvorada — residência oficial do presidente da República — como outro local a ser apreciado. E que em vários pontos da metrópole o visitante pode conhecer obras dos arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa sem dificuldade. "Uma cidade aberta e integrada", definiu o NYT.

Para o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo, Brasília merece o reconhecimento obtido nos EUA, e a pasta está agindo para elevar a posição da capital em avaliações como essa. "As belezas da cidade ultrapassam os monumentos que compõem a arquitetura", reforçou. "Desde que assumimos a gestão, estamos trabalhando em busca do crescimento do turismo para a capital", garantiu.

Araújo destacou a abertura de novos voos diretos a outros países, os grandes eventos esportivos, empresariais e congressos, assim como shows de renomados artistas internacionais, que passaram a ocorrer por aqui com mais frequência. "Tudo isso movimenta a economia, trazendo emprego e renda por meio do turismo", avaliou. "Além disso, o Entorno do DF é composto por inúmeras cachoeiras, paisagens deslumbrantes e atrativos diversificados, como as vinícolas", acrescentou.

Dedicação

A taxa de ocupação hoteleira foi a melhor dos últimos cinco anos — 64,21% em 2023 — de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal (Abih-DF). Presidente da associação, Henrique Severien considera a inserção de cidade na lista do NYT uma oportunidade única para a intensificação da sua promoção internacional. "Sobretudo por se tratar de um ranking espontâneo, em que apenas cinco capitais (pelo mundo) são citadas", ressaltou.

Para ele, o momento se tornou essencial ao fortalecimento das políticas públicas destinadas ao setor turístico. "Isso vem pelo aprimoramento da nossa infraestrutura e equipamentos turísticos, para podermos receber, devidamente, todos aqueles que despertarem seu interesse em conhecer esta incrível cidade", reforçou Severien. Ele ainda destacou que os empreendimentos dos associados da Abih oferecem cerca de 8,2 mil unidades, quartos que podem ser ocupados por pelo menos uma pessoa.

Em paralelo, segundo Silva, as entidades têm trabalhado, junto ao governo local, para mostrar que a também conhecida como "capital da esperança" tem o terceiro polo gastronômico do país. "Estamos com, aproximadamente, 11 mil bares e restaurantes, cada um dentro de uma diversidade que atende aos gostos, tanto nacionais quanto internacionais. São bares de ponta e restaurantes de altíssima qualidade", afirmou. O Sindhobar está otimista para 2024, por causa de eventos como o Villa Mix, o Rally dos Sertões, entre outros eventos, além da criação de novos voos internacionais saindo do Aeroporto Juscelino Kubitscheck (confira o quadro).

Maravilhadas

A empresária Valdinéia Pereira e sua filha Emili Tayná Pereira vieram de Curitiba para desfrutar da capital federal e não se arrependeram. A jovem estudante conta que esta é a primeira vez que fez essa visita. "Adoramos conhecer lugares diferentes e Brasília acabou entrando na lista", revelou. "Particularmente, adorei a Torre de TV e a fonte que fica em frente. Achei a coisa mais linda. Além disso, também gostamos muito da Catedral", elogiou. "A cidade, como um todo, é espetacular. Muito bem arrumada e limpa. Maravilhosa!", complementou Emili Tayná.

Já Emilly Santos, que veio de Guarulhos (SP) há dois anos e meio para tentar uma vida melhor na capital do país, explicou as diferenças que percebeu em relação a São Paulo. "A arquitetura (de Brasília) é muito interessante e diferente. Em São Paulo, você só vê prédios e é quase tudo igual. Aqui, tem uma arquitetura totalmente diferente, até porque foi uma cidade planejada", detalhou ela, profissional de Recursos Humanos e moradora de Luziânia (GO), no entorno do Distrito Federal. E disse que no Parque da Cidade ficou encantada com o Nicolândia.

* Estagiário sob supervisão de Manuel Martínez


Correio Braziliense quarta, 10 de janeiro de 2024

SEGURANÇA: O PODER FEMININO NAS FORÇAS DE SEGURANÇA DO DISTRITO FDEDERAL

 

O poder feminino nas Forças de Segurança do Distrito Federal

Pela primeira vez na história da capital federal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros serão comandados simultaneamente por duas mulheres. GDF espera servir de exemplo a outros estados nesse campo

Coronel Ana Paula terá principalmente a missão de enfrentar o feminicídio no DF, que em 2023 somou 34 casos. Chefes a elogiam -  (crédito: CLDF/Divulgação)
Coronel Ana Paula terá principalmente a missão de enfrentar o feminicídio no DF, que em 2023 somou 34 casos. Chefes a elogiam - (crédito: CLDF/Divulgação)
 
Pablo Giovanni 
postado em 10/01/2024 06:00

O dia 9 de janeiro de 2024 ficará marcado com um fato histórico para o Distrito Federal. Com a nomeação, nessa terça-feira (9/1), da coronel Ana Paula Barros Habka como comandante-geral da Polícia Militar Federal (PMDF) forma-se uma inédita dupla feminina à frente de duas importantes forças do Distrito Federal. O duo se completa com a coronel Mônica de Mesquita Miranda, que em janeiro do ano passado se tornou a primeira mulher da história da força a liderar o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF).

A oficialização de Ana Paula no cargo, dada pela governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), foi consenso entre o secretário de segurança Sandro Avelar e o governador Ibaneis Rocha (MDB). O caminho ficou aberto com o pedido de aposentadoria requisitado pelo então número 1 da corporação, o coronel Adão Teixeira de Macedo. Avelar explicou, ao Correio, que a nova comandante-geral é extremamente competente. Ela atuará especialmente na linha de frente do enfrentamento à violência contra a mulher. Somente em 2023 foram contabilizados 34 casos de feminicídio na capital federal. "Como política de segurança pública, estamos fazendo o possível para combater a violência contra as mulheres. A nova comandante é uma profissional muito respeitada na PMDF, e, como mulher, se identifica com essa pauta", disse Avelar.

Para ele, a escolha da coronel Ana Paula poderá incentivar outros estados do país a seguirem o mesmo conceito. "Com a chegada dela ao posto máximo da instituição, queremos ser modelo para o resto do país, já que somos a primeira unidade federativa a ter duas mulheres à frente das forças militares da Segurança Pública", completou.

Celina Leão, pelas redes sociais, elogiou a conduta da policial militar, que completou no ano passado 30 anos de corporação. "Pela primeira vez na história do país, as forças de segurança pública terão duas comandantes das corporações militares (...) A nossa luta para que lideranças femininas ocupem cargos de destaque é essencial para estabelecer a igualdade de gênero dentro das Forças e, assim, contribuir para a igualdade em toda a sociedade", destacou.

Além de Ana Paula, Celina nomeou o coronel Fabrício Boechat de Camargos como subcomandante-geral. E no lugar dele, no Estado-Maior, quem assume é o coronel Marcus Vinicius da Silva Antunes. Os nomes foram publicados no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), nessa terça-feira (9/1).

 
  • Coronel Mônica é pioneira feminina no comando dos bombeiros, que lidera desde o ano passado
    Coronel Mônica é pioneira feminina no comando dos bombeiros, que lidera desde o ano passadoCBMDF/Divulgação
     
     
  • Coronel Ana Paula terá principalmente a missão de enfrentar o feminicídio no DF, que em 2023 somou 34 casos. Chefes a elogiam
    Coronel Ana Paula terá principalmente a missão de enfrentar o feminicídio no DF, que em 2023 somou 34 casos. Chefes a elogiamCLDF/Divulgação 

 

Histórico

Desde agosto Ana Paula era subcomandante-geral da PMDF. Assumiu a atividade após a prisão da antiga cúpula da corporação, nos desdobramentos das investigações sobre os atos de 8 de janeiro do ano passado. A oficial ingressou na força em 1993 e atuou como comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do 7º Batalhão, que cuida das regiões administrativas do Sudoeste, Octogonal e Cruzeiro.

A coronel também chefiou a segurança da vice-governadoria da Casa Militar, além de departamentos do Estado-Maior. Ela, que também atuou como juíza na Auditoria Militar, acumula medalhas e condecorações. Entre seus galardões constam a Medalha Mérito Alvorada; a Medalha do Mérito Segurança Pública do Distrito Federal; e a Medalha Mérito Paz no Trânsito.

A oficial será a segunda mulher da história da corporação a ser comandante-geral da PMDF. A primeira foi a coronel Sheyla Sampaio, que exerceu a função entre janeiro e agosto de 2019, mas foi desligada após atrito com Ibaneis e com seu então secretário de segurança, Anderson Torres.


Correio Braziliense terça, 09 de janeiro de 2024

PREVISÃO DO TEMPO NO DF: NESTA TERÇA-FEIRA (09.01), CEU AMANHECEU ABERTO, COM CHANCES DE CHUVAS NO FIM DA TARDE

 

Terça (9/1) no DF amanhece com céu aberto e chances de chuvas no fim da tarde

Ao longo da semana, as temperaturas devem subir e as chuvas intensas, diminuir. DF segue sob alerta laranja, que indica tempestades, rajadas de ventos e trovoadas

 
 
Bom dia, Brasília! Tempo será de calor pela manhã e chuvas no fim da tarde -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Bom dia, Brasília! Tempo será de calor pela manhã e chuvas no fim da tarde - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
Letícia Mouhamad 
postado em 09/01/2024 08:47

Chuvas intensas estão previstas para esta terça-feira (9/1) em todo o Distrito Federal, especialmente no fim da tarde, noite e madrugada. Durante a manhã, o céu deve abrir e dar espaço ao calor. A união entre altas temperaturas e umidade é responsável pela formação de uma área de instabilidade, que favorece a ocorrência de tempestades, conforme explicou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

 
A recomendação é monitorar as possíveis evoluções das condições meteorológicas e os alertas da Defesa Civil. Quem tiver interesse em receber alertas da subsecretaria precisa apenas enviar o CEP, por SMS, ao número 40199.

Durante a manhã, podem ocorrer apenas chuvas fracas e isoladas. No DF, a temperatura mínima foi de 19ºC, no Paranoá, e a máxima pode chegar a 29ºC. Já a umidade fica em torno dos 60% e 95%. No Plano Piloto, os termômetros indicaram mínima de 19ºC e a máxima pode atingir os 27ºC; a umidade fica entre 60% e 95%.

Cuidados durante período chuvoso

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), a Defesa Civil do DF e o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) compilaram as principais medidas que devem ser tomadas para garantir a segurança da população, dentro e fora de casa. Confira a seguir:

Em casa

  • Nos casos de destelhamento devido aos ventos fortes, se proteja embaixo de uma mesa ou cama para evitar ser atingido por cacos e pedaços de telha;
  • Se a água da rua começar a entrar em casa, saia da residência e procure um abrigo seco;
  • Evite ficar próximo a canos, janelas e portas metálicas, sobretudo se a chuva for acompanhada por raios;
  • Não use equipamentos ligados à tomada, devido ao risco de choque elétrico e curto-circuito. O cuidado também vale para celulares conectados ao carregador e a banhos em chuveiros elétricos;
  • Esteja atento à manutenção da residência: limpe as calhas com frequência e deixe os telhados bem fixados. Além disso, verifique os sinais de infiltrações para resolver as demandas o quanto antes.

No trânsito

  • Esteja atento às condições do veículo: freios e pneus devem estar calibrados e os faróis em pleno funcionamento;
  • Dirija com cautela e mantenha distância do veículo da frente para diminuir o risco de colisões;
  • Em caso de chuva torrencial, procure um local seguro para estacionar, longe de árvores e alambrados metálicos, para aguardar o fim da tempestade;
  • Evite freadas e mudanças bruscas de faixa para que os pneus não percam o contato com o asfalto. O ideal é acionar o freio gradualmente e nunca dirigir em alta velocidade;
  • Mantenha os cuidados inerentes a direção de veículos, como uso de cinto de segurança e seta para indicar mudança de direção;
  • Motociclistas: evitem chuvas fortes e procurem abrigos em paradas de ônibus e outros locais cobertos. É essencial andar bem equipado, com capacete com viseira adequada ou óculos de proteção, capa de chuva, jaqueta com proteções, além de luvas e bota;.
  • Pedestres: façam travessias seguras em faixas de pedestres ou semáforos.

Na rua

 
  • Procure um local coberto e seguro. Não fique em lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios, como tendas, barracos, veículos sem capota, campos de futebol etc;
  • Se estiver em piscinas ou lagos, saia da água imediatamente e procure abrigo;
  • Evite a entrada em lugares alagados;
  • Nunca se abrigue debaixo de árvores;
  • Não se aproxime de cercas de arame, varais metálicos, linhas elétricas aéreas e trilhos. E não segure em objetos metálicos longos, como varas de pesca e tripés.

Correio Braziliense segunda, 08 de janeiro de 2024

GLOBO DE OURO 2024: OPPENHEIMER E SUCESSION SÃO OS GRANDES VENCEDORES

 

Globo de Ouro 2024: 'Oppenheimer' e 'Succession' são grandes vencedores

Entre os filmes, Oppenheimer foi o grande destaque com cinco prêmios, entre eles melhor filme e melhor direção

 
 
O ator britânico Cillian Murphy posa na sala de imprensa com o prêmio de Melhor Performance de Ator Masculino em Filme - Drama por
O ator britânico Cillian Murphy posa na sala de imprensa com o prêmio de Melhor Performance de Ator Masculino em Filme - Drama por "Oppenheimer" - (crédito: AFP)
 
Correio Braziliense
postado em 08/01/2024 07:01

O filme Oppenheimer, do diretor Christopher Nolan, e a série da HBO Succession foram os grandes vencedores do Globo de Ouro 2024, anunciados em cerimônia na noite deste domingo (7/1), em Los Angeles, nos Estados Unidos. 

Na premiação, ainda se destacou o filme Pobres criaturas, que chega aos cinemas do Brasil em 1º de fevereiro. O longa que se passa na Era Vitoriana e faz referências ao clássico Frankenstein, levou o prêmio de melhor comédia e melhor atriz em comédia para Emma Stone. 

O filme francês Anatomia de uma queda, marcado para estrear no Brasil em 25 de janeiro, levou o prêmio de melhor roteiro e de filme em língua estrangeira. Também ganhou dois prêmios a comédia dramática Os rejeitados: melhor ator em comédia, Paul Giamatti, e melhor atriz coadjuvante, Da'vine Joy Randolph.

Já Barbie, a maior bilheteria de 2023, ganhou o prêmio inédito realização cinematográfica e em bilheteria e canção original com What was I made for, de Billie Eilish e Finneas O'Connell.

Televisão 

Na TV, além de Succession, também se destacou The Bear, da Star+, que levou três prêmios, como série, ator para Jeremy Allen White e atriz para Ayo Edebiri. Já Treta, da Netflix, ganhou em melhor minissérie, melhor ator em minissérie para Steven Yeun e melhor atriz para Ali Wong.


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