Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 22 de abril de 2025

A INESQUECÍVEL PASSAGEM DO PAPA FRANCISCO PELO BRASIL

A inesquecível passagem do papa Francisco pelo Brasil

Na primeira viagem internacional, com menos de quatro meses de pontificado, o papa é saudado por uma multidão de fiéis no Rio de Janeiro -  (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Única passagem de Francisco pelo Brasil teve papamóvel não blindado, benção em santo na orla de Copacabana, protestos e a reverência de milhares de jovens católicos

 

Na primeira viagem internacional, com menos de quatro meses de pontificado, o papa é saudado por uma multidão de fiéis no Rio de Janeiro - (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)x

Na primeira viagem internacional, com menos de quatro meses de pontificado, o papa é saudado por uma multidão de fiéis no Rio de Janeiro - (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Foi com um pedido de diálogo e a ênfase na necessidade de ouvir um ao outro que o papa Francisco marcou seus discursos durante a passagem pelo Brasil, em julho de 2013. A única vez que o pontífice visitou o país também foi marcada por um momento chave para a Igreja Católica: a realização da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. A viagem ocorreu pouco mais de três meses depois de Francisco tornar-se o líder maior da Igreja Católica.

 

Eram tempos tensos. O papa assumia o pontificado em meio a denúncias de abuso sexual. No Brasil, os protestos de junho de 2013 levaram às ruas milhares de pessoas que manifestavam contra o aumento das tarifas de ônibus. Francisco desembarcou com uma mensagem de união e enfrentou, ele mesmo, alguns protestos em solo brasileiro.

 

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"Entre a indiferença egoísta e os protestos violentos sempre há uma opção possível: o diálogo, o diálogo entre as gerações, o diálogo entre o povo e todos somos povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce quando suas diversas riquezas culturais dialogam de maneira construtiva", disse, em resposta a manifestações de grupos LGBT e à Marcha das Vadias, que ocupou a orla de Copacabana, onde eram realizados os principais encontros da JMJ.

Périplo
A viagem ao Brasil foi também a primeira ao exterior do argentino como papa. Ele foi recebido pela então presidente Dilma Rousseff na Base Aérea do Galeão, em 22 de julho de 2013. "Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro", disse, em português, durante cerimônia no Palácio da Guanabara. No mesmo dia, Francisco percorreu as ruas do Rio de Janeiro em um papamóvel não blindado, um aceno para o povo, que quis se aproximar e acabou por tumultuar o trajeto.

Dois dias depois, Francisco voou de helicóptero até o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, onde rezou uma missa para mais de 200 mil fiéis. Na volta ao Rio, ele inaugurou uma unidade de saúde mental no Hospital Francisco de Assis e visitou a comunidade de Varginha, em Manguinhos.

 

Os dias seguintes seriam dedicados aos encontros com a juventude católica, o grande motivo de o papa ter escolhido o Brasil para a primeira viagem internacional. A estimativa é que mais de 500 mil participaram do encontro, que teve como ponto alto a missa da Cerimônia de Acolhida, o primeiro Ato Central da Jornada, conduzida pelo papa Francisco na praia de Copacabana para um público estimado de mais de um milhão de pessoas. Na ocasião, o jesuíta argentino foi homenageado pelo padre Fábio de Melo, que o recebeu cantando a canção Seja bem-vindo.

Ainda como parte da programação da JMJ, o pontífice acompanhou a encenação da Via Sacra, o terceiro Ato Central da jornada, também realizado no palco montado em Copacabana. Ele percorreu o trajeto entre o Posto 6 e o Leme no papamóvel e parou para abençoar uma imagem de São Francisco na orla.

Francisco passaria mais uma vez por Copacabana para a vigília da JMJ. Em discurso, convocou os jovens para liderarem mudanças na sociedade e lembrou os protestos de julho ocorridos no Brasil. "Tenho acompanhado atentamente as notícias sobre tantos jovens que, em muitas partes do mundo (e também aqui no Brasil), saíram às ruas para expressar o desejo por uma civilização mais justa e fraterna", disse. "São jovens que querem ser protagonistas da mudança. Eu os animo a que, de forma ordenada, pacífica e responsável, motivados por valores do Evangelho, sigam superando a apatia e oferecendo uma resposta cristã às inquietudes sociais e políticas presentes em seus países."

O papa participou ainda da Missa do Envio, que encerrou a JMJ e teria sido acompanhada por mais de 3,7 milhões de peregrinos. Encontros com bispos e religiosos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) também fizeram parte da agenda, que durou sete dias e mobilizou o Brasil em torno de uma das figuras mais carismáticas que já ocuparam o pontificado.


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