Técnicos icônicos do futebol nacional, Renato Gaúcho e Fernando Diniz medem forças no clássico entre Fluminense e Vasco, hoje, às 18h30, no Maracanã, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar dos contextos distintos em cada clube, ambos carregam semelhanças dentro e fora de campo que os levaram de volta ao comando de um time no Rio de Janeiro. Se o primeiro carrega toda a mística da idolatria como ex-jogador tricolor, o segundo reencontra, desta vez como rival, a equipe com a qual fez história ao conquistar a Libertadores de 2023.
Renato leva vantagem no retrospecto: só perdeu uma vez para Diniz, (cinco vitórias e quatro empates). Por coincidências do mercado da bola, os treinadores poderiam perfeitamente estar em lados opostos no confronto. Ao deixar o Grêmio após três temporadas consecutivas, Renato virou o plano A do presidente Pedrinho para iniciar 2025, mas recusou a proposta cruz-maltina — onde teve duas passagens (2005 e 2008) — para “descansar a cabeça e curtir com a família” após um ano conturbado em razão das enchentes no Rio Grande do Sul. Já Diniz, que deixou o Cruzeiro ainda em janeiro, voltou a ter seu nome ventilado em Laranjeiras com a demissão de Mano Menezes no fim de março.
Com direito ao “Rap do Renato” no anúncio oficial, o autor do emblemático gol de barriga na final do Carioca de 1995 começou com o pé direito e conseguiu mudar o astral da equipe com quatro vitórias consecutivas e seis jogos de invencibilidade. Em meio a um calendário recheado de partidas, mas com poucos treinamentos, o desempenho do time, por sua vez, não escapou das vaias da torcida em um recorte recente — são dois jogos sem vencer no Brasileiro —, o que já traz instabilidades a uma relação que, até então, parecia difícil de estremecer.
Mesmo estreando com derrota para o Lanús-ARG na Sul-Americana, Diniz já teve seu nome gritado pela torcida após uma vitória contundente por 3 a 0 sobre o Fortaleza, pelo Brasileiro, em sua estreia em São Januário. Antes, com Carille, nem os três pontos eram suficientes para conter as reclamações sobre o desempenho da equipe. Agora, o torcedor espera saborear mais resultados positivos com o bordão “Vitória, Vasco”, de Diniz.
Vitória que não veio e quase complicou o Vasco na Copa do Brasil, que precisou dos pênaltis para avançar após empate com o Operário-PR, na terça-feira. Após superar o primeiro susto no comando cruz-maltino, o técnico, em discurso no vestiário após o jogo, já mirava o reencontro com seu ex-clube: “Vamos descansar. Acabou. Sábado é final contra o Fluminense”.
Desfalque e novidades
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Diniz não poderá contar com Philippe Coutinho, expulso contra o Fortaleza. Uma das alternativas é escalar Nuno Moreira mais centralizado, o que deixaria uma vaga em aberto no lado esquerdo do ataque. Loide Augusto e Adson aparecem como os substitutos mais prováveis, enquanto Alex Teixeira, Garré, Paulinho e Zuccarello também podem exercer a função. Payet seria o substituto ideal, mas o francês está em fase final de recuperação de uma lesão no joelho direito. Há ainda a possibilidade de Tchê Tchê atuar mais avançado, formando uma trinca de volantes na ausência do camisa 11.
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Do lado tricolor, Keno e Lima devem ser novidades para o clássico. O atacante, que já teve boas atuações sob o comando de Renato, foi poupado dos últimos dois jogos para controle de carga; já o meia, que não joga desde o dia 3 de maio, contra o Sport, estava em transição para os trabalhos em grupo após contusão na coxa direita, segundo a última atualização do clube. Preservado diante da Aparecidense, a tendência é que o zagueiro Freytes volte a ser relacionado. Sem sair do banco no jogo da Copa do Brasil, Thiago Silva volta ao time titular.