Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
O Globo segunda, 28 de fevereiro de 2022
CARNAVAL 2022: DOMINGO DE CARNAVAL EM SILÊNCIO SÓ NO SAMBÓDROMO
Domingo de carnaval em silêncio só no Sambódromo; Lapa e Leblon concentram a festa noturna dos foliões
Blocos improvisados, muito batuque, bares e ruas com agitos típicos da época pré-pandemia montaram o cenário carioca
Flavio Trindade
28/02/2022 - 03:30 / Atualizado em 28/02/2022 - 08:37
Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
RIO — Quando o relógio da Marquês de Sapucaí apontou 21h30 da noite do domingo de carnaval, pelo segundo ano seguido, devido às restrições da pandemia da Covid-19, não foi ouvido o som da campainha que marca o início do desfile das escolas de samba do Grupo Especial. O palco estava pronto, a Avenida iluminada, as estruturas de cercas e andaimes no entorno do Sambódromo montadas, mas ao longo da noite só o silêncio no local, que, desde 1984, abriga o maior espetáculo da Terra. Se não aconteceu no ano passado, pelo menos agora está marcado para os dias 21 e 22 de abril.
Na Avenida Presidente Vargas, o único som era o de veículos que passavam esporadicamente pela via, situação que se repatia, mas com menos frequência, na Rua Benedito Hipólito e Avenida Salvador de Sá, que cortam o Sambódromo.
'RIO CARNAVAL': VEJA O RESUMO DO ÚLTIMO DIA DE MINIDESFILES DAS ESCOLAS NA CIDADE DO SAMBA
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Unidos da Tijuca foi a primeira escola a se apresentar na noite deste domingo na Cidade do Samba Foto: Ricardo Moraes / ReutersApresentação do Unidos da Tijuca durante do Rio Carnaval Foto: Ricardo Moraes / ReutersA comissão de frente da Unidos da Tijuca exibe prévia do que levará para a avenida em abril Foto: Ricardo Moraes / ReutersDesfile Unidos da Tijuca Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboParaíso do Tuiuti foi a segunda escola da noite Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Desfile Paraíso do Tuiuti Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboCasal de mestre-sala e porta-bandeira da Tuiuti se apresenta na Cidade do Samba Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboApresentação da Paraíso do Tuiuti Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboApresentação da Paraíso do Tuiuti Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboTerceira agremiação da noite, Estação Primeira de Mangueira contagiou a torcida com samba-enredo deste ano Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo Desfile da verde e rosa durante o Rio Carnaval, na Cidade do Samba Foto: Ricardo Moraes / ReutersA rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos, levantou a torcida com samba no pé Foto: Ricardo Moraes / ReutersDesfile Mangueira no Rio Carnaval 2022 Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboAla das baianas da verde e rosa encanta o púbico na última noite de desfiles na Cidade do Samba Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboCasal de mestre-sala e porta-bandeira da Mangueira se apresenta na Cidade do Samba Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo Passista da verde e rosa durante minidesfile na Cidade do Samba Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboMocidade Independente de Padre Miguel se apresenta na Cidade do Samba Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Alguns poucos pedestres que passavam davam uma espiada por entre as grades e correntes que trancam o acesso à Marquês de Sapucaí. O sentimento de que faltava algo era visível em todos.
Mas não foi só ali que essa sensação vigorava. Na Zona Norte, mais especificamente na Estrada Intendente Magalhães, o mesmo vazio era sentido pelos moradores, acostumados com a movimentação dos desfiles dos grupos de acesso do Carnaval carioca. Menos badalados, é verdade, mas que despertam a mesma paixão e são tão disputados quanto o Grupo Especial.
FOTOS: NO SUBÚRBIO DO RIO, A TRADIÇÃO DOS BATE-BOLAS SE MANTÉM NESTE CARNAVAL
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Os clóvis ou bate bolas "refletem a forma alegre e irreverente da população suburbana festejar, e a sua capacidade de produzir uma manifestação de caráter tradicional e ao mesmo tempo renovador" Foto: Domingos Peixoto / Agência O GloboIntegrantes da Turma da Utopia, grupo de bate-bola de Rocha Miranda, no subúrbio do Rio Foto: Domingos Peixoto / Agência O GloboCasal fantasiado de bate-bola se beija durante desfile em Rocha Miranda, subúrbio do Rio Foto: Domingos Peixoto / Agência O GloboO desfile é considerado "forma de resistência cultural diante da crescente tendência de massificação da cultura do carnaval carioca" Foto: Domingos Peixoto / Agência O GloboHá dez anos, os bate-bolas são considerados patrimônio cultural do Rio Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
No decreto, o prefeito reconheceu que os "clóvis" são personagens típicos do carnaval carioca Foto: Domingos Peixoto / Agência O GloboRI Rio de Janeiro (RJ)27/02/2022 Carnaval da Covid. Saida de turma da utopia de bate bola e Rocha Miranda subúrbio do Rio . Foto Domingos Peixoto / agência o Globo Foto: Domingos Peixoto / Agência O GloboOs clóvis ou bate bolas "refletem a forma alegre e irreverente da população suburbana festejar, e a sua capacidade de produzir uma manifestação de caráter tradicional e ao mesmo tempo renovador" Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
No entanto, se nas passarelas de samba não havia festas nem aglomerações de foliões, por mais uma noite e madrugada, em outros pontos da cidade o cenário era o oposto. A pouco mais de dois quilômetros de distância da Sapucaí, blocos não oficiais faziam batuques improvisados na Lapa, onde a movimentação intensa de pessoas pelos bares e ruas dava a impressão de um fim de semana comum no período anterior à pandemia.
O mesmo panorama se repetiu na Zona Sul, em pontos conhecidos da boemia, como a Praça São Salvador, no Flamengo, e, de forma mais intensa, no Leblon, na região da Rua Dias Ferreira, onde uma multidão mostrou que pelo menos lá o carnaval transcorria normalmente.