Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Coluna do DIB quarta, 21 de maio de 2025

COSME COELHO, CRIADOR DA CAPA DA CONSTITUIÇÃO, É FLORIANENSE (CRÔNICA DO CLUNISTA SACRISTÃO ANTÔNIO CARLOS DIB)

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COSME COELHO É FLORIANENSE
 
Servidor aposentado que criou a capa da Constituição teve peça em exposição no CCBB
 
Cosme Rocha é servidor aposentado do setor de arte da Gráfica do Senado. Ele estava molhando as plantas quando atendeu à ligação da reportagem e se mostrou surpreso e, ao mesmo tempo, feliz em saber que sua criação fez parte da exposição Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
 
A exposição reuniu obras emblemáticas da década de 80, incluindo a arte da capa da Constituição de 1988, criada por Cosme em 1987. O design foi desenvolvido para um concurso interno do Congresso durante a Assembleia Nacional Constituinte (ANC). Na época, as opções apresentadas na primeira rodada não agradaram o então presidente da ANC, deputado Ulysses Guimarães. Foi na segunda fase que Cosme, motivado mais por um sentimento de transformação do que pela competição, decidiu enviar a própria proposta, que sairia vitoriosa.
 
— Eu não fiz a capa para ganhar o concurso. Fiz porque sentia que o país estava mudando. Era um momento forte demais ao país. Ali, a gente estava criando um país. O discurso do Ulysses me emocionou porque, sem saber da simbologia exata, ele falou o que eu pensava quando construí a capa. Ele do lado político e eu do lado da criação queríamos uma nação diferenciada, com mudança e democracia — relembrou.
 
Criação
 
Cosme contou que a capa foi inspirada na bandeira nacional e sintetiza o espírito de renovação e participação que, inclusive, a população brasileira desejava na década de 80.
 
— Virei a bandeira de ponta a cabeça para não deitar em berço esplêndido. Tirei todos os ícones e fiz como se fosse um sol nascente. Ali estava nascendo a nação brasileira por conta da participação popular. Na época, teve manifestação de todas as formas. Toda a sociedade se manifestou, foi a única constituição feita com participação popular — disse.
 
O criador
 
Cosme trabalhou no Senado por mais de três décadas e se aposentou em 2013. Além de artista plástico, também participou ativamente de movimentos culturais no Distrito Federal, desde os tempos em que ajudava a montar o Jornal da Constituinte.
 
Com uma trajetória marcada pela vontade de ver um país mais justo, hoje, aos 76 anos, segue produzindo e criando obras.
 
— Estou organizando uma exposição para mostrar meu trabalho aqui no Brasil e depois na Europa. Quero montar um itinerário e fazer um catálogo. Antes eu desenhava e depois pintava. Agora vou direto. Como na vida, os erros e acertos vão compondo a obra. Hoje não tenho mais medo de errar. Cada traço me dá mais segurança.
 
Pai de oito filhos, avô, artista e amante da natureza, Cosme vê na arte um caminho contínuo de aprendizado. Enquanto prepara nova exposição com suas obras, ele segue cultivando plantas e ideias no quintal de casa com a mesma sensibilidade que transformou em imagem o nascimento de uma nova Constituição.

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