Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 07 de abril de 2025

DONA EPIFÂNIA MARIA DE JESUS COMPLETA 108 ANOS DE AMOR À VIDA

Dona Epifânia Maria de Jesus completa, hoje (7/4), 108 anos de amor à vida

Baiana de Correntina, Dona Pifa é testemunha viva de parte da história do Brasil. Ao lado do marido, ela presenciou a inauguração de Goiânia e, posteriormente, a de Brasília

 
 04/04/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. Senhora de 108 anos, Epifâmia Maria de Jesus Mendes e sua filha Eunice       -  (crédito: Fotos: Bruna Gaston CB/DA Press)
04/04/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. Senhora de 108 anos, Epifâmia Maria de Jesus Mendes e sua filha Eunice - (crédito: Fotos: Bruna Gaston CB/DA Press)
 

A moradora de Sobradinho 2, Epifânia Maria de Jesus Mendes, mais conhecida como vovó Pifa, celebra seus 108 anos de vida hoje. Com uma trajetória dedicada à família e uma paixão incondicional pela música, Dona Epifânia é um exemplo vivo de alegria pela vida. Natural de Correntina, na Bahia, ela conta histórias que remontam grandes eventos do Brasil no século passado, incluindo sua presença na inauguração de Goiânia e, posteriormente, de Brasília.

Em 1956, o marido de Dona Epifânia, Paulo Mendes, foi convocado para trabalhar na construção de Brasília. Para ela, essa foi uma das melhores decisões que tomaram. Na capital federal, viveram na Cidade Livre, um dos primeiros assentamentos que surgiram com a chegada dos operários responsáveis pela construção da cidade.

 

  • entrevista com dona Epifânia, uma senhora de 108 anos.
    entrevista com dona Epifânia, uma senhora de 108 anos.Bruna Gaston/CB
     
  •  Aos 104 anos, a idosa entrou para o livro dos recordes com a mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagem
    Aos 104 anos, a idosa entrou para o livro dos recordes com a mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagemBruna Gaston CB/DA Press
     
  •  04/04/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. Senhora de 108 anos, Epifâmia Maria de Jesus Mendes e sua filha Eunice
    04/04/2025 Bruna Gaston CB/DA Press. Senhora de 108 anos, Epifâmia Maria de Jesus Mendes e sua filha EuniceBruna Gaston CB/DA Press
     
  •  Com a ajuda dos netos, Dona Pifa realizou o sonho de  fazer a primeira tatuagem aos 90 anos de idade
    Com a ajuda dos netos, Dona Pifa realizou o sonho de fazer a primeira tatuagem aos 90 anos de idadeBruna Gaston CB/DA Press 

Eunice Mendes, filha viva mais nova de Dona Epifânia, de 72 anos, lembra com carinho dos primeiros tempos em Brasília. "O governo dava uma casa de madeira para os candangos. Todo mundo trabalhava, até as crianças. Na época da ditadura, nós não podíamos falar em política dentro de casa", diz Eunice.

Dona Epifânia não só ajudou a construir um lar, mas também formou uma grande família. Com 14 filhos, 39 netos, 44 bisnetos e 10 tataranetos, ela deixou um legado de afeto e força. Embora tenha perdido 9 filhos ao longo da vida, a família permanece unida e continua a cuidar dela com carinho e dedicação. Eunice é quem cuida da mãe atualmente, mantendo a mesma devoção e carinho que Dona Epifânia sempre demonstrou. "Cuidar da minha mãe é um privilégio. São poucos os que podem envelhecer ao lado dos pais. É uma satisfação muito grande. Eu amo cuidar da minha mãe. Eu cuido com excelência, por mais que esteja ficando cada vez mais difícil".

Além de ser uma mulher de família, Dona Epifânia também se destacou por sua paixão pela música e pela poesia. Mesmo analfabeta, sempre teve uma forte ligação com as artes, especialmente com a música. "Eu sou viciada em música", afirmou. Ao longo da entrevista ao Correio, Dona Epifânia recitou versos de poesias e até cantou. Seu amor pela música a levou a gravar duas canções, com o apoio da família.

Livro dos recordes

Um dos marcos mais notáveis na vida de Dona Epifânia foi sua entrada no Guinness Book, o livro dos recordes, como a mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagem. Com quatro tatuagens, realizadas aos 90, 98, 101 e 104 anos, ela se tornou uma sensação mundial. Sua última tatuagem, feita aos 104 anos, foi uma chave dourada, simbolizando o fechamento com chave de ouro dessa fase.

Idade avançada

Atualmente, Dona Epifânia enfrenta desafios ligados à sua saúde. Embora tenha vivido uma vida plena e repleta de alegrias, os sinais da idade começaram a aparecer. Ela apresenta agora traços de demência, uma condição que afeta a capacidade mental, a memória e o comportamento. Apesar disso, seu espírito permanece alegre, como ela mesma diz: "Eu sou a Pifa que não pifa".

Sua filha Eunice, que cuida dela com carinho, observa as dificuldades que vêm com o envelhecimento. "Ela está cada vez mais difícil de cuidar, mas é uma honra ter minha mãe ao meu lado", revela Eunice.

Apesar de não ter praticado muitas atividades físicas ou seguido uma alimentação saudável, Dona Epifânia acredita que a chave para sua longevidade foi a alegria de viver. "Eu saía de manhã e voltava de noite. Eu dançava forró, eu cantava. Eu era muito querida por toda a galera", lembra com saudade.


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