RIO - Haja fome! O pecado da gula passa bem longe de restaurantes, lanchonetes e carrocinhas de cachorro quente no Rio e Baixada Fluminense, onde a abundância faz parte cardápio. Com eles não têm miséria! Os tamanhos e a quantidade de ítens é de encher os olhos e, principalmente, a barriga.
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Uma pizza gigante, com 90cm de diâmetro e coxinhas nas bordas é uma das atrações da Pizzaria Lavoro, em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio. O proprietário, Rômulo Penza, de 41 anos, há três anos lançou um desafio oferecendo R$ 500 de prêmio a quem conseguisse comer sozinho a tal pizza que serve de 20 a 25 pessoas e custa R$ 220. Um amigo até que se habilitou, mas mal conseguiu chegar à metade. Quem não se deu por vencido foi o Rômulo, que vai retomar a missão:

Pela dificuldade de produção e entrega — exige um baú especial — a pizza gigante, que tem fãs famosos como Dudu Nobre, só é vendida sob encomenda. O mesmo acontece com o cachorro-quente de um metro que faz sucesso no Méier, na Zona Norte. Lá também tem desafio: o cliente que conseguir comer sozinho o cachorrão e, de quebra, tomar um litro de refrigerante não paga o lanche e ainda ganha R$ 100.
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O dogão que alimenta de três a quatro pessoas pesa mais de três quilos e custa R$ 75. É feito com um pão especial, leva seis linguiças, tomate, cebola roxa, pimentão, maionese de ervas finas, queijo ralado e batata palha. A criação é de Elaine Cristina da Silva, de 41, que toca com a filha o Cachorro-Quente do Gaúcho, com filial no Recreio.

A lanchonete foi batizada com o apelido do marido dela Antônio Carlos Pereira Allender, morto em 2015. Nas redes sociais tem um garoto-propaganda que é luxo só: Xande de Pilares. Mas ele não é o único. O dogão também já foi recomendado na internet por Anderson Leonardo, do Molejo, e pelos integrantes do Grupo Clareou.
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Cachorro-quente gigante é também a especialidade de Francisco Ferreira, de 32 anos. Ele tinha uma hamburgueria que fechou durante a pandemia. Depois de um ano parado, montou, há oito meses, uma barraca de lanches na rua, na Taquara. Apostou no dogão como diferencial para atrais a clientela. Deu tão certo que há três semanas saiu da calçada e se mudou para uma loja no mesmo bairro.
— A ideia do lanche gigante era atrair pessoas, pela curiosidade, para filmar, fotografar e marcar a gente nas redes sociais. Deu certo —avalia o comerciante, cujo cachorrão mede quase um metro e é feito com duas baguetes, de 50 cm, cada, recheadas com linguiça suína defumada, maionese, creme cheddar e bacon.

O cachorrão que serve de três a quatro pessoas custa R$ 70. Há outras opções do tamanho da fome do cliente, como o doguinho de 20 cm, que sai a R$ 20. Na Dona Confeitaria, em Duque de Caxias, a tradicional coxinha cresceu de tamanho. O estabelecimento que já oferecia um salgado de um quilo dobrou o peso na sua nova versão. Agora são impressionantes dois quilos de pura delícia, que servem de quatro a cinco pessoas. Segundo o sócio Lucas Corrra, a ideia surgiu durante a pandemia. A intenção é, num momento de crise, servir toda família com um só salgado.
A coxinha gigante, da Dona Confeitaria, em Duque de Caxias, custa R$ 59,90 e serve até cinco pessoas. São 900 gramas de massa, 150 gramas de requeijão e 950 gramas de frango. O super lanche, que como os demais é considerado por muitos um gatilho contra a dieta, também é feito apenas por encomenda.

Como não ficar boquiaberto diante da tábua de petiscos de um metro, servida no Nosso Lugar, hamburgueria no Centro de Duque de Caxias? É preciso uma fome apoteótica para encarar mais de dois quilos de comida, em forma de petisco. Haja cerveja ou chope para acompanhar a tábua de pão de alho, contra-filé, linguiça, isca de frango empanado e batata com bacon e parmesão. A aventura gastronômica sai a R$ 169. Mas, levando conta que alimenta até oito pessoas, se todos dividirem a despesa vão gastar pouco mais de R$ 21, cada. Trata-se de uma boa opção para compartilhar com os amigos. Segundo Anderson dos Anjos, de 41 anos, sócio do Nosso Lugar, por enquanto ainda não há histórico de nenhum cliente que tenha encarado a tábua sozinho.
— Já pediram para três e sobrou. Nunca vi mesa de quatro comendo tudo. Só mais de cinco. Menos que isso, é preciso ser muito bom de boca — diz o sócio da hamburgueria, que costuma embulhar as sobras para viagem, no caso de que não consegue ir com a comilança até o fim.