Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Poemas e Poesias terça, 29 de abril de 2025

POEMAS PARA A AMIGA - FRAGMENTO 8 (POEMA DO MINEIRO AFFONSO ROMANO DE SANT*ANNA)

POEMAS PARA A AMIGA - FRAGMENTO 8

Affonso Romano de Sant'Anna

Fonte: Google

 

 

 

Contemplo agora


o leito que vazio


se contempla.


Contemplo agora


o leito que vazio


em mim se estende


e se me aproximo


existe qualquer coisa


trescalando aroma em mim.

 



Onde o teu corpo, amante-amiga,


onde o carinho


que compungido em recebia


e aquela forma que tranquila


ainda ontem descobrias?

 



Agora eu te diria


o quanto te agradeço o corpo teu


se o me dás ou se o me tomas,


e o recolhendo em mim,


em mim me vais colhendo,


como eu que tomo em ti


o que de ti me vais doando.

 



Eu muito te agradeço este teu corpo


quando nos leitos o estendias e o me davas,


às vezes, temerosa,


e, ofegante, às vezes,


e te agradeço ainda aquele instante (o percebeste)


em que extasiado ao contemplá-lo


em mim me conturbei


– (o percebeste) me aguardaste


e nos olhos te guardei.

 



Eu muito te agradeço, amante-amiga,


este teu corpo que com fúria eu possuía,


corpo que eu mais amava


quanto mais o via,


pequeno e manso enigma


que eu decifrei como podia.

 



Agora eu te diria


o que não soubeste


e nunca o saberias:


o que naquele instante eu te ofertava


nunca a mim eu já doara


e nunca o doaria.

 



Nele eu fui pousar


quando cansado e dúbio,


dele eu fui tomar


quando ofegante e rubro,


dele e nele eu revivia


e foi por ele que eu senti


a solidão, e o amor


que em mim havia.

 



Teu corpo quando amava


me excedia,


e me excedendo


com o amor foi me envolvendo,


e nesse amor absorvente


de tal forma absorvendo,


que agora que o não tenho


não sei como permaneço nesta ausência


em que tuas formas se envolveram,


tanto o amor


e a forma do teu corpo


no meu corpo se inscreveram. 

 


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