Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 09 de abril de 2025

XUXA RETORNA COM NOVO ÁLBUM

Xuxa retorna com novo álbum para todas as gerações de baixinhos

Ao Correio, artista fala sobre o lançamento do projeto 'Só para baixinhos 14' e sobre crescer com gerações distintas de crianças do Brasil

 
Xuxa lança um novo disco com a mesma essência -  (crédito: Blad Meneghel/Divulgação)
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Xuxa lança um novo disco com a mesma essência - (crédito: Blad Meneghel/Divulgação)

Os baixinhos podem crescer, mas a rainha deles continua a reinvenção em busca de conversar com as novas gerações. A cantora, atriz e apresentadora lança Xuxa só para baixinhos 14.

Com o tema cores, a Rainha dos Baixinhos fez um disco criativo e sinestésico. Ela pretende ir além de apenas dar sequência ao trabalho e ao legado. Busca ser novidade para novas crianças e fazer parte do crescimento de mais uma geração, assim como faz desde os anos 1980.

Ao Correio, Xuxa falou sobre o novo álbum, os mais de 40 anos de carreira, a importância da educação e até sobre a própria infância.

Entrevista // Xuxa

Qual é o processo de continuar conversando com diferentes gerações de crianças? Como você se adaptou nessa caminhada?

Existe uma coisa que é o aprendizado, estamos aprendendo todos os dias. Mas acho que eu aprendo ainda mais porque as crianças dos anos 1980 são muito diferentes das dos anos 1990, que são absolutamente diferentes das dos anos 2000, completamente diferentes das dos anos 2010. E, agora, com a internet bombando na cabeça desses pequenos dos anos 2020, tenho muito mais para aprender. Então, as crianças dessa geração, comparadas com as da época em que comecei, são pessoinhas com outro tipo de gosto e olhar. Tenho que aprender muito com elas. A caminhada, muitas vezes, não é fácil, mas é uma delícia.

Você fala sobre essa sinestesia de uma música que remete a cores. Quais são essas cores que fazem da sua música universal?

Na realidade, cores são um tema universal. Eu fiquei muito feliz com essa escolha, porque me achei uma pessoa de muita sorte de ter escolhido um tema de tão fácil acesso para as crianças e os pais como esse. Não precisa nem explicar muito o tema. Cores são entretenimento, são para imaginação, para o aprendizado. Tem uma coisa fantasiosa, lúdica e verdadeira nesse tema cores. Tema mais universal, impossível.

Você faz parte da infância de muita gente. Praticamente todo mundo tem uma música de um dos seus CDs ou DVDs no coração. Qual é  a sensação de fazer parte do crescimento de tantos baixinhos?

 

Você é ícone da infância de muita gente, mas quais foram os seus ícones de infância? O que construiu a Xuxa baixinha?

Sempre gostei muito de desenho animado. Gostava muito de assistir à Pedrita, por isso que eu usava as chuquinhas de cabelo. Eu assistia a muitos desenhos como Tom e Jerry, desses que têm animais como protagonistas. Acho que daí veio minha paixão pelos bichos. Tinha um cara que representava um personagem chamado Capitão Asa aqui no Rio de Janeiro, ele vinha de uma nave e eu sempre tive vontade de ter uma nave por causa dele. Realmente, fui uma criança formada com a televisão, ela sempre esteve muito presente no meu crescimento. Eu dei a sorte de pegar o melhor momento dela, quando comecei a trabalhar com tevê. Tenho a televisão na minha formação, no meu lado infantil e de pré-adolescência. E, depois, já me vi como uma mulher jovem, trabalhando para crianças, pegando os melhores momentos da televisão, trabalhando para crianças e tirando o maior proveito que algum artista pode tirar. Não acredito que tenha sido outra pessoa a que aproveitou mais essa época. Eu fui dona de todas as manhãs por muito tempo na TV Globo, a terceira maior televisão do mundo. Eu não só construí a minha forma de pensar e agir com a televisão, como também eles me ajudaram a construir tudo que eu sou hoje em dia. E, agora, eu estou aqui tendo que aprender a lidar com outras mídias, uma coisa bem diferente. Tenho a sorte de ver isso facilmente na minha filha e vou ver ainda mais nos meus netos, porque as crianças já nascem com dedinho mexendo, falando no telefone, mexendo em laptop e clicando no tablet. Isso sem contar inteligências artificiais que vão aparecendo na nossa frente que daqui a pouco vai mexer com a cabeça de tudo e todos.

Eu tentei fazer o meu melhor e dar o meu melhor. Pesquisei com seis diferentes desenhistas, ritmos distintos, fundos diferentes, ideias originais, com inteligência artificial, com 2D, 3D e com uma coisa que eu gosto muito de fazer que é tentar passar, de alguma maneira, uma mensagem legal, deixar minha sementinha ali para essas crianças, porque elas acabam ouvindo e repetindo ações como ter carinho pela natureza, pelo próximo, olhar para os animais, para as cores de uma maneira diferente ou para valorizar as amizades.

Recentemente, toda sua vida esteve em evidência com entrevistas e documentários. Qual o processo de dividir essas suas várias frentes no que diz respeito ao interesse público e continuar dialogando com o público infantil?

Não é muito diferente do que eu faço no meu dia a dia, porque da mesma maneira que eu cresço profissionalmente, o meu público também cresce de idade, tamanho e interesse. O que me espanta é eles ainda terem bastante interesse de me ter por perto. Existem vários artistas que aparecem e desaparecem rapidamente. Tem vários artistas com muito mais seguidores e influência que eu, mas eu acabo pegando e atingindo o respeito e o carinho que essas pessoas não conseguiram e não conquistaram por meio dos anos porque elas não tiveram essa possibilidade. Eu me sinto uma pessoa privilegiada e diferenciada por isso.


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