Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 15 de outubro de 2022

DIA DOS PROFESSORES: VEJA OS CONCURSOS ABERTOS COM VAGAS PARA DOCENTES

Dia dos Professores: veja os concursos abertos com vagas para docentes

 

Publicado em ConcursosConcursos PúblicosDistrito FederalestudosFGVMagistratura
Yasmin Rajab – Neste sábado (15/10) comemora-se o Dia dos Professores, em homenagem aos profissionais responsáveis pela educação de crianças, jovens e adultos. Para também celebrar a data, o Papo de Concurseiro preparou uma relação de concursos públicos abertos com vagas para docentes.
 
Vários certames estão com vagas abertas, confira:

Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás 

Estão abertas as inscrições para o concurso da Prefeitura de Alto Paraíso do Goiás. São ofertadas 11 vagas imediatas mais formação de cadastro reserva para professores. As provas objetivas serão aplicadas em dezembro deste ano. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de novembro, através do site do Instituto Quadrix.

Instituto Federal de Brasília (DF)

Instituto Federal de Brasília abriu um novo concurso público com a oferta de 50 vagas. Desse quantitativo, 17 são para docentes e pedagogos. Segundo o cronograma, as provas serão aplicadas em 2023. Inscreva-se até o dia 17 de outubro através do site da Fundação Cefetminas.

Prefeitura de São Paulo

Prefeitura de São Paulo publicou edital de concurso público para a carreira de educação. Organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), são ofertadas 3.250 vagas para o cargo de professor. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 17 de outubro, através do site da FGV.

Prefeitura de Londrina (Paraná)

A Prefeitura de Londrina, localizada no estado do Paraná, está com 369 vagas abertas para o cargo de professor. Segundo o cronograma, as provas objetivas serão aplicadas em novembro deste ano. Os aprovados receberão o salário inicial de R$ 4.691,09. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas até o dia 26 de outubro, através do site da COPS.

Prefeitura de Parobé (Rio Grande do Sul)

Saiu o edital de concurso público da Prefeitura de Parobé, localizada no estado do Rio Grande do Sul. São ofertadas 95 vagas. Deste total, 67 vagas são destinadas ao cargo de professor. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas até o dia 25 de outubro.

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (São Paulo)

O Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, localizado em São Paulo, está com 208 oportunidades abertas para professor. Para se inscrever, é necessário acessar o site até o dia 13 de outubro e realizar o pagamento da taxa no valor de R$ 105,50.

Prefeitura de São Sebastião do Rio Verde (MG)

Saiu o edital de concurso público da Prefeitura de São Sebastião do Rio Verde, localizada no estado de Minas Gerais. São ofertadas 56 vagas. Deste total, 36 vagas são destinadas aos cargos de especialista em educação e professor. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 28 de novembro.

Prefeitura de Lavras (Minas Gerais)

O edital do concurso público da Prefeitura de Lavras, em Minas Gerais, está ofertando 562 vagas, sendo 158 destinadas aos cargos de professor, orientador educacional e pedagogo. As inscrições serão abertas no dia 17 de outubro.

Prefeitura de Ouro Preto (Minas Gerais)

Saiu o edital de concurso público da Prefeitura de Ouro Preto, localizada no estado de Minas Gerais. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP), são ofertadas 145 vagas imediatas para os cargos de professor e pedagogo. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de novembro, através do site da banca. 

Correio Braziliense sexta, 14 de outubro de 2022

GASTRONOMIA: RESTAURANTES HISTÓRICOS SÃO SEMPRE BOA PEDIDA PARA O FIM DE SEMANA

 

Restaurantes históricos são sempre boa pedida para o fim de semana

Restaurantes da capital federal se tornaram, além de referência gastronômica, pontos turísticos e símbolos da memória afetiva brasiliense

AM
Ândrea Malcher*
IB
Isabela Berrogain
postado em 14/10/2022 06:00
 
Roma é um desses restaurantes clássicos -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
Roma é um desses restaurantes clássicos - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

Cidade de belos cartões postais, Brasília é muito conhecida pelos pontos turísticos. No entanto, para além dos monumentos a céu aberto, os restaurantes do quadradinho também são uma ótima representação da cultura brasiliense. Atendendo todas as gerações de moradores da capital, os principais pontos gastronômicos mostram a identidade própria de Brasília.

Assim como o Roma, o Beirute é um dos restaurantes mais antigos de Brasília ainda em atividade. O local foi inaugurado nas vésperas do sexto aniversário da cidade e, desde então, se tornou ponto de parada obrigatório para os brasilienses e turistas. "Brasília é uma cidade única, não só pela própria arquitetura, mas também por reunir gente de diferentes culturas. O Beirute acaba aglutinando essa diversidade de culturas", avalia Francisco Emílio, sócio-proprietário do local.

Aberto desde a década de 1970, o Palhoça também é um dos principais destaques da capital. "É um dos primeiros restaurantes de carne de sol em Brasília. Por ser um dos mais antigos da cidade e por termos a cultura nordestina na casa, ficamos felizes de poder servir. Clientes de 40 anos atrás, que vinham e traziam os filhos, agora estão trazendo os netos", conta Jorge Eustáquio Oliveira, um dos sócios do restaurante.

Relembrando os grandes clássicos da culinária brasiliense, o Divirta-se mais indica seis pontos gastronômicos da capital que fazem parte da história da cidade. 

Em novo endereço

Um dos principais destinos gastronômicos da capital, o Bar Brasília agora atende no Aeroporto diariamente, trazendo a proposta de sucesso do cardápio original, como o arroz de bacalhau e o de polvo. A história da casa começa em 2001, com Jorge Ferreira, e desde então segue como um refúgio para políticos e artistas locais. "O bar exala cultura, entre seus frequentadores, intelectuais, artistas, profissionais liberais, funcionários públicos, e uma variedade enorme de cabeças pensantes de todos os gêneros", conta Mauro Calichman, diretor executivo do restaurante.

O menu foi repaginado pelo chef, e colaborador de longa data, Ville Della Penna, contando atualmente com algumas novidades, mas mantendo a valorização das riquezas da região. "Tudo que é feito no restaurante é de produtor local, valorizando o ingrediente e ios fornecedores locais", diz Penna.

O destaque do chef do Bar Brasília é o arroz de costela (R$ 56), que conta, ainda, com condimentos, rúcula e ovo no preparo. Outro que vale a pena conferir é a porchetta a pururuca
(R$ 50), que, como explica o chef, "sai muito e tem o diferencial de ser curada antes de ser assada". Nas contas acima de R$ 100, cinco horas de estacionamento no local saem por R$ 10.

Sabor bem nordestino

O Palhoça é considerado um dos pioneiros da comida nordestina no Distrito Federal. Fundado em 1978, pelo casal Maria de Lurdes e Nilo Salvino Leite, o restaurante deu os primeiros passos como um quiosque até, hoje, se tornar um dos principais destinos da carne de sol do Nordeste. "Mantemos a casa simples, mas sempre primamos pelo nosso atendimento. Procuramos ser o melhor possível, a um preço acessível e com comida feita com muito carinho", conta Jorge Eustáquio Oliveira, um dos sócios do restaurante.

O carro-chefe do Palhoça é a carne de sol (R$ 139,90, serve quatro pessoas), servida com arroz, feijão, mandioca, paçoca e queijo de manteiga ou coalho, e a isca de peixe (R$ 60). No entanto, o visitante pode saborear outros pratos típicos nordestinos, como buchada de cabrito, a galinha cabidela e dourada no molho ou frita.

Com gostinho uruguaio

Conhecida como a casa brasiliense da parrilla uruguaia, o Figueira da Villa, inaugurado em 2007, está sob nova direção e conta com o chef pernambucano Valentim Ferraz. No novo menu, a inovação e a alta gastronomia andam de mãos dadas. "Trouxe uma pegada contemporânea, com pratos inovadores, mantendo a tradição uruguaia, que é o forte da casa, mas trazendo o que há de novo no mercado."

O destino é um dos marcos da Vila Planalto, estando "ao redor" de uma árvore figueira de mais de 30 anos. "Quem é antigo na Vila Planalto sabe o quanto esse restaurante teve e tem história para contar", elogia o chef.

Outro destaque é o camarão figueira (R$ 69,90), preparado no vinho, com os acompanhamentos de arroz cremoso de queijo e coberto por batata palha. "O camarão fica marinando por 12h no vinho branco, passamos especiarias e uma massa crocante e leva três tipos de molhos diferentes: a geleia de pimenta biquinho, que remete ao Nordeste; a geleia de abacaxi, cítrica; e a geleia agridoce", finaliza.

Os encantos do Calaf

Boteco, restaurante espanhol, balada. O Calaf, um dos espaços mais versáteis e tradicionais de Brasília, abrange todas essas definições. O local surgiu em 1990, fruto do sonho de Venceslau Calaf, e, atualmente, é gerenciado pela filha Priscila. "Aqui, todo mundo se encontra", afirma Priscila. O local é tão simbólico para a capital federal que, ao fechar temporariamente por quatro meses devido aos impactos da pandemia, causou comoção entre todas as gerações.

Trazendo para o público brasiliense o melhor da cozinha espanhola com toque brasileiro, um dos carros-chefe do Calaf é a paella valenciana (R$ 140, para duas pessoas). "É a receita da família da minha avó", explica Priscila. "Tem cliente que pede essa paella todos os anos, no aniversário, há 32 anos", complementa. Como petisco para os que procuram o local para tomar uma cerveja ou um drink, o quibe do Calaf é um clássico. "Ele despontou em 2001 como um sucesso das rodas de samba. Até hoje, as rodadas de quibe e outros salgados deixam os clientes com água na boca", garante.

União de culturas

"A gente é uma casa de comida árabe que tem as características da culinária nacional", define Francisco Emílio sobre o Beirute. Desde 1996, o restaurante, que traz o melhor da cozinha árabe para o brasiliense, é conhecido por unir e agradar públicos de todos os tipos e idades, colecionando clientes fiéis.

Tradicional prato da casa, o filé à parmegiana (R$ 68,40), acompanhado por arroz branco e fritas ou purê de batata, é o mais pedido pelo público. "O nosso parmegiana tem a cara da família", pondera Emílio.

Outro clássico do restaurante é o quibe recheado denominado kibeirute. "Ele representa bem a mistura entre as cozinhas árabe e brasileira, porque é um quibe com queijo, adaptação feita pelo Beirute", explica. "As pessoas costumam falar que o kibeirute é um prato que tem a cara de Brasília", complementa. Para os vegetarianos, o kibeirute de berinjela (R$ 35,90), acompanhado por coalhada e tabule, é a opção ideal.

Também parte da história brasiliense, o Beirute Norte, considerado o "filho caçula" da casa, completa 15 anos amanhã, com direito a comemoração com chorinho ao vivo e programação infantil.

 


Correio Braziliense quinta, 13 de outubro de 2022

NOSSA SENHORA APARECIDA: APÓS DOIS ANOS, FESTA VOLTA A LEVAR MULTIDÕES ÀS RUAS

 

Após 2 anos, Dia de Nossa Senhora Aparecida volta a levar multidões às ruas

Nas principais capitais brasileiras, milhares de pessoas se reuniram para celebrar a data com programações especiais

TM
Taísa Medeiros
postado em 13/10/2022 03:55
 
 (crédito:  Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo)
(crédito: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo)

O dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, celebrado ontem, foi marcado por comemorações em todas as regiões do país. Devotos participaram de missas, procissões, carreatas e peregrinações para expressar sua fé. As celebrações acontecem após dois anos de espera, devido à pandemia, período em que celebrações desse tipo não puderam ocorrer.

O coração do festejo ocorreu no Santuário Nacional de Aparecida, na cidade de Aparecida, interior de São Paulo. A programação contou com sete missas, sendo a principal a missa solene, às 9h, que contou com a participação de vários bispos e arcebispos. Todas as celebrações contaram com participação massiva do público, que ocupou a maior parte dos 35 mil lugares disponíveis no Santuário. A celebração começou às 5h e teve a última missa às 19h15.

 

Na capital gaúcha, Porto Alegre, foi retomada a tradicional procissão de motociclistas em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. Cerca de 15 mil pessoas participaram do evento, que teve início às 7h, na avenida Augusto de Carvalho e terminou às 10h30, no Complexo Cultural do Porto Seco, na zona Norte de Porto Alegre. A caminho do local de saída da procissão, um motociclista de 26 anos morreu ao ser atingido por um carro. Conforme a Brigada Militar, o jovem Kauan Braga ia participar do evento. Esta foi a 45ª edição da procissão. A programação especial também fez parte do dia nas paróquias da Arquidiocese de Porto Alegre, com missas em diversos horários, procissões e bênçãos solenes.

Em Salvador, capital baiana, o dia da padroeira do Brasil teve as festividades iniciadas às 5h, seguida da recitação do Ofício da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e missa. Os festejos ocorreram no Santuário Nossa Senhora da Conceição Aparecida. O evento foi encerrado com a Missa Solene, celebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Valter Magno de Carvalho, às 18h.

Na região Norte, um grupo de mais de 50 ciclistas de Rio Branco (AC) percorreu cerca de 125 quilômetros entre ida e volta em romaria até a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, para agradecer às bênçãos da padroeira. O ponto final era Boca do Acre, interior do Amazonas. Já em Manaus (AM), a celebração contou com a retomada da tradicional procissão pelas ruas do centro da capital. Cerca de 80 mil pessoas participaram dos festejos.

Em Goiânia (GO), a celebração se concentrou na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Santa Edwiges, no Setor Nova Suíça. A primeira missa ocorreu às 7h, e já contava com centenas de fiéis. Outros dois cultos foram realizados, um às 15h e o último às 17h, que foi acompanhado da procissão, da missa festiva e da coroação da imagem de Nossa Senhora.


Correio Braziliense quarta, 12 de outubro de 2022

CONCURSOS: POLÍCIA CIVIL DE GOIÁS OFERECE MAIS DE 860 VAGAS

 

Concurso Público da Polícia Civil de Goiás oferece mais de 860 vagas

Delegado Substituto, Agente de Polícia da 3ª Classe, Escrivão de Polícia da 3ª Classe e Papiloscopista Policial da 3ª Classe e remunerações podem passar das R$ 23.800

Apresentado por
 
 
postado em 10/10/2022 09:20 / atualizado em 10/10/2022 09:32
 
 (crédito: Divulgação Instituto AOCP)
(crédito: Divulgação Instituto AOCP)

O tão esperado concurso público da Polícia Civil de Goiás (PCGO) já está com inscrições abertas, com remunerações que vão de R$ 6.353,13 e podem passar dos R$ 23.800. São 864 vagas para quatro cargos que irão atuar no estado: Delegado Substituto, Agente de Polícia da 3ª Classe, Escrivão de Polícia da 3ª Classe e Papiloscopista Policial da 3ª Classe. Para se inscrever ao cargo de Delegado, o candidato deve ser bacharel em Direito. Já para os demais cargos, o interessado deve ter formação superior em qualquer área do conhecimento até a data da posse.

As inscrições devem ser realizadas no site do Instituto AOCP, instituição organizadora do certame: www.institutoaocp.org.br. O prazo para as inscrições das vagas de Delegado será encerrado às 23h59 (horário oficial de Brasília/DF) no dia 20 de outubro de 2022. Já para os outros cargos, seguirão até às 23h59 (também horário de Brasília) do dia 25 de outubro.

As provas objetivas para Agentes e Delegados estão previstas para dezembro. Com relação as provas destinadas a Escrivão e Papiloscopista, janeiro de 2023. Os horários e locais das provas serão informados futuramente por edital, no site do Instituto e no Cartão de Informação do Candidato.

Os detalhes e requisitos podem ser verificados no edital de abertura, também no endereço eletrônico da organizadora.

Sobre o Instituto AOCP

É uma associação civil sem fins lucrativos e econômicos, sediada em Maringá, no noroeste do Paraná. Há mais de uma década, a instituição organiza processos seletivos e concursos públicos em todo o país e colabora com entidades e projetos sociais através do assessoramento técnico, administrativo e financeiro.

SERVIÇO

Instituto AOCP
Inscrições e Edital: www.institutoaocp.org.br
Central de Relacionamento com o Candidato: candidato@institutoaocp.org.br
Telefone: 44 3013-4900


Correio Braziliense terça, 11 de outubro de 2022

DANILO CAYMMI: CANTOR FAZ APRESENTAÇÕES EM BRASÍLIA NOS DIAS 12 E 13 DE OUTUBRO

 

Danilo Caymmi faz apresentações em Brasília nos dias 12 e 13 de outubro

No repertório de Andança, o cantor reuniu alguns clássicos da MPB para show no Espaço Cultural do Choro, localizado no Eixo Monumental

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 11/10/2022 06:00
 
 (crédito: Demian Jacob/Divulgação)
(crédito: Demian Jacob/Divulgação)

O fato de Danilo Caymmi ter escolhido Andança como nome do show que fará amanhã e quinta-feira, no Espaço Cultural do Choro, é para relembrar da palavra que deu título à música que compôs em parceria com Edmundo Souto Neto Paulinho Tapajós, classificada em terceiro lugar no Festival Internacional da Canção de 1968 — defendida por Beth Carvalho.

"Esse show estreou no Rio de Janeiro, antes da pandemia da covid-19, agora, com a retomada das atividades artísticas, vou me apresentar no Clube do Choro e levar ao público, por meio de canções, um panorama daquela época", destaca o caçula da família Caymmi. "É voltado principalmente para os mais jovens, embora acredite que possa ser apreciado por pessoas de diferentes gerações", acrescenta.

No repertório de Andança, o cantor reuniu alguns clássicos da MPB, entre os quais Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta), Sá Marina (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar), Ponteio (Edu Lobo e Capinam), Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant), Eu e a brisa (Jhonny Alf), Viola enluarada (Marcos e Paulo Sérgio Valle), além das citadas Sabiá e Pra não dizer que não falei das flores.

"Durante o show, faço comentários sobre as canções e o contexto do período em que elas foram compostas e lançadas", anuncia Danilo. Ele será acompanhado pelo violonista Flávio Nunes e terá como convidados o pianista Antônio Carlos Bigonha e a cantora Márcia Tauil

 

Andança

Show de Danilo Caymmi amanhã quinta-feira, às 20h30, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental). Ingresso à venda no local. Classificação indicativa livre.


Correio Braziliense segunda, 10 de outubro de 2022

CUPULATE: O DESAFIO DO *PRIMO* DO CHOCOLATE

 

Cupulate: o desafio do 'primo' do chocolate que pode ajudar Amazônia, segundo pesquisadores

Barra do cupulate tem muita semelhança com a do chocolate

BBC
Mônica Vasconcelos - Da BBC News Brasil em Londres
postado em 10/10/2022 08:07
 
 
 
(crédito: AMMA Chocolate)
 

A barra se quebra com facilidade entre os dedos, sem aquele estalo que ouvimos quando partimos um chocolate. Na boca, os pedaços se dissolvem mais rapidamente, e sua textura é incrivelmente aveludada. A aparência, o aroma e o sabor lembram chocolate, mas leves notas cítricas, amendoadas e amadeiradas, e um gosto distinto, indefinível, confundem o paladar.

Estamos falando do cupulate, um "primo" do chocolate que não contém cacau. É feito com a semente da fruta amazônica cupuaçu (Theobroma grandiflorum, na nomenclatura científica), que pertence ao mesmo gênero que o cacau (Theobroma cacao).

Ao leitor, uma dica: o cupulate não deve ser confundido com bombons feitos de cacau e cupuaçu vendidos há algumas décadas em supermercados pelo Brasil afora.

O legítimo cupulate é um produto que muitos brasileiros ainda desconhecem mas que, na opinião de pesquisadores, pode cumprir um papel importante no desenvolvimento da floresta e contribuir para a economia do Brasil. Para isso, dizem, precisa vencer um desafio: encontrar uma identidade própria, distante do primo famoso e bem sucedido.

O que é o cupulate?

Duas marcas de cupulate se destacam hoje no Brasil. A amazônica De Mendes, que desenvolveu seu cupulate a partir de uma receita tradicional usada por mulheres de uma comunidade agroextrativista do Pará. E baiana Amma, que foi pioneira e comercializa seu cupulate orgânico há quase uma década.

 (crédito: AMMA Chocolate)
 
Cupuaçu
Getty Images
O cupuaçu pertence ao mesmo gênero que o cacau

Ambas entraram no mercado oferecendo, inicialmente, chocolates artesanais feitos com cacau fino, de altíssima qualidade.

O dono da Amma, Diego Badaró, de 41 anos, pertence à quinta geração de uma família de fazendeiros de cacau que, em 1989, tiveram suas lavouras devastadas por um fungo. Ele recuperou a saúde das plantações seguindo as práticas do suíço Ernst Gotsch, especialista em regeneração de terras degradadas. E começou a vender sua linha de chocolates finos.

Um dia, se encantou com o cupuaçu. "Fui visitar uma fazenda de cupuaçu, vi os grãos e fiquei muito interessado, curioso", conta Badaró em entrevista à BBC News Brasil.

A árvore do cupuaçu, o cupuaçuzeiro, pode chegar a 15 metros de altura. Seu fruto pode alcançar 25 cm de comprimento e entre 10 e 13 cm de diâmetro. Rico em vitamina C, vitaminas do complexo B e sais minerais, o cupuaçu é muito apreciado pelos amazônicos, que o consomem nas formas mais variadas, como sucos, cremes, sorvetes, licores e geleias.

Sua popularidade fora da Amazônia, no entanto, contrasta muito com a de duas outras frutas nativas da floresta - o cacau, estrela consagrada, e o açaí (Euterpe oleracea Mart), em ascensão meteórica.

Badaró conta que resolveu fazer uma experiência: usar as sementes da fruta para criar um alimento análogo ao chocolate. "Decidi fermentar os grãos e secar, como fazemos com o cacau. Não ficou muito interessante", relembra. Mas ele insistiu.

Procedimento de secagem do cupuaçu
Mateus Mendes
Procedimento de secagem do cupuaçu para a produção do cupulate

"Resolvi testar novamente, já com fábrica em Salvador. E percebi que a fermentação do cupuaçu era mais longa. É o mesmo processo, só que leva mais tempo do que o do cacau."

Uma barra de cupulate não deve deixar ninguém acordado à noite. Ele não contém cafeína nem teobromina, estimulantes naturais presentes no chocolate. E sua textura cremosa se deve à composição da semente da fruta, explica Badaró.

"O grão do cacau tem 50% de sólidos e 50% de óleo. O do cupuaçu é 80% óleo, tem poucos sólidos, então dá essa textura. É incrível, não?", comenta.

Os cupulates da Amma e da De Mendes são do tipo meio amargo, ou seja, contêm somente semente de cupuaçu e açúcar mascavo.

Cupuaçu
Getty Images
Fruta é consumida nas formas mais variadas, como sucos, cremes, sorvetes, licores e geleias

Em busca de identidade

Nascido e criado na Amazônia, o macapaense César de Mendes, de 59 anos, conhecia bem o cupuaçu e já tinha provado cupulate, mas conta que não via muita graça naquilo. Ele ressalta, inclusive, que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu e patenteou o cupulate na década de 1980.

"O nosso existe há dois anos. Eu não coloquei pra rodar antes porque não estava satisfeito com o resultado. Tinha provado o da Embrapa, mas eu não gostava."

Especialista em engenharia de alimentos, Mendes trabalhou como consultor no ramo do cacau antes de abrir sua própria fábrica. A De Mendes faz chocolates à base de cacau nativo da Amazônia, colhido por comunidades da floresta em regiões, muitas vezes, isoladas.

Isso talvez explique a visão crítica que César tinha sobre o cupulate. Para ele, era como se faltasse uma personalidade própria a esse primo do chocolate. "Você coloca (um produto como esse) no mercado, e as pessoas tendem a comparar com o chocolate", explica. "Então, não tinha estímulo nenhum para fazer."

Uma xícara de uma bebida saborosa tomada à sombra de uma árvore nas imediações do rio Tapajós, no Pará, fez Mendes mudar de opinião. Ele conta que provou a bebida quando visitava a associação de mulheres agroextrativistas Amabela, no município de Belterra. "Era cupulate", diz. "Tomei numa xícara e gostei, como nunca tinha gostado antes."

Mendes conta que perguntou às mulheres se elas concordariam em compartilhar com ele o processo de fabricação - um conhecimento transmitido entre gerações na comunidade. Com a permissão do grupo, testou a receita em casa."Gostei muito. Pensei, 'está na hora de lançar uma barra de cupulate'."

Ele diz que o cupulate da De Mendes tem um sabor único. Tão gostoso que, depois de prová-lo, muitos clientes desistem de comprar chocolate e encomendam apenas cupulate. Mas gostoso como?

"Pra mim, é fácil porque quem nasce na Amazônia entende esse gosto", ele responde. "Mas, quando vou falar com uma pessoa de fora, tenho que dar referências. Por exemplo, quando você mastiga, sente um perfume muito característico do cupuaçu. E, no sabor, percebe o azedinho, a lembrança da fruta, da polpa da fruta."

Mas quem ficou com vontade vai ter um certo trabalho para provar. Os cupulates da De Mendes e da Amma são vendidos principalmente nos sites das marcas. Também podem ser encontrados em algumas lojas de produtos orgânicos e em supermercados independentes, mas é inegável que a distribuição ainda pode ser melhor.

O cupulate pode fazer do cupuaçu o 'novo açaí'?

Na década entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021, as exportações de açaí pelo Estado do Pará (responsável por 94% do total exportado pelo Brasil) cresceram quase 150 vezes (14.380%), segundo dados da Associação Brasileira de Produtores Exportadores de Frutas e Derivados, Abrafrutas. Ainda segundo a entidade, a quantidade exportada subiu de 41 toneladas em 2011 para 5.937 toneladas em 2021.

Em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país produziu 1.478.168 toneladas de açaí, com rendimento à economia brasileira de R$ 4,75 bilhões. Dados do instituto para 2017 (os mais recentes disponíveis) mostram que, naquele ano, a produção de cupuaçu foi de 21.240 toneladas, com um faturamento de R$ 54,82 milhões.

Os dados são de anos diferentes, o que dificulta comparações. Além disso, os pesquisadores enfatizam que os números variam muito de ano para ano. Ainda assim, a diferença no desempenho das duas frutas é imensa.

Será que o cupulate poderia mudar o destino do cupuaçu para fazer dele mais uma estrela da Amazônia? Quase uma década após ter lançado o seu cupulate, Diego Badaró, da Amma, diz não ter dúvidas sobre a viabilidade do produto. "Já está há nove anos no mercado, já se provou."

Aliás, bem antes de Badaró e Mendes investirem no cupulate, outros já haviam identificado o potencial comercial do produto - inclusive no exterior do país, e nem sempre de forma legítima.

'O cupuaçu é nosso'

Na década de 2000, o cupuaçu esteve no centro de uma batalha judicial internacional envolvendo a empresa japonesa Asahi Foods e o governo do Brasil. Em um caso clássico de biopirataria, a empresa japonesa patenteou as marcas "Cupuaçu" e "Cupulate". O caso resultou na campanha "O cupuaçu é nosso", e as patentes foram revogadas.

Mas o sucesso do cupulate no mercado não interessa apenas a empresários. O cupuaçu é visto por um grupo de cientistas brasileiros como um produto com grande potencial de promover o desenvolvimento econômico da Amazônia para que a floresta em pé gere riquezas para o Brasil.

O caminho para isso, dizem, seria aliar os saberes da floresta (como é o caso, por exemplo, da receita de cupulate das mulheres da Amabela) a tecnologias de ponta (para permitir que os próprios produtores façam o beneficiamento da fruta, agregando valor ao produto) e dando suporte a tudo isso com políticas do governo.

Mendes conta que foi convidado pelo climatologista Carlos Nobre, líder do grupo de cientistas, a colaborar com esse plano, batizado de Amazônia 4.0. Ele explica que foi chamado por ser um especialista em cacau. "Conheço a cadeia, conheço as comunidades, produzo. Conheço a floresta", diz. "Por isso me chamaram."

Mas o cupulate teria o mesmo potencial comercial que o chocolate? "O chocolate é um produto que tem uma cultura de consumo em massa de cem anos. É um sabor consagrado no mundo todo. Você vai contrastar (o chocolate) com um outro produto, é delicado de fazer uma projeção", responde.

"Vejo potencial. Mas depende da forma como (o cupulate) vai ser entregue para o mundo. Se for feita essa aproximação com o chocolate, vai ser muito difícil evoluir."

Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62665457


Correio Braziliense domingo, 09 de outubro de 2022

SAUDE: DIETA TARDE DA NOITE AUMENTA O RISCO DE COMPLICAÇÕES

 

Dieta tarde da noite aumenta o risco de complicações de saúde

Pesquisas recentes associam o hábito de comer muito tarde ao surgimento de complicações como câncer, diabetes e obesidade

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Paloma Oliveto
postado em 09/10/2022 06:00
 
 (crédito: Szabo Viktor/Unsplash)
(crédito: Szabo Viktor/Unsplash)

Quando vira um hábito, o assalto à geladeira no fim da noite pode causar mais do que indigestão. De obesidade a câncer, passando por depressão e ansiedade, estudos recentes destacam os prejuízos da alimentação tardia à saúde. Alterações hormonais e no metabolismo podem ser observados, inclusive, em curto prazo, segundo uma pesquisa norte-americana que simulou, em ambiente controlado, o atraso de quatro horas na última refeição do dia.

"Descobrimos que comer quatro horas depois faz uma diferença significativa em nossos níveis de fome, na maneira como queimamos calorias após as refeições e na forma como armazenamos gordura", conta Nina Vujovic, pesquisadora do Programa de Cronobiologia Médica da Divisão de Sono e Distúrbios Circadianos de Brigham. "Pesquisas anteriores mostraram que a alimentação tardia está associada a aumento do risco de obesidade, da gordura corporal e prejuízo à perda de peso. Queríamos entender o porquê."

Segundo Vujovic, no estudo, os pesquisadores se perguntaram: "O tempo em que comemos importa quando todo o resto é mantido?". A pesquisa, com 16 pacientes na faixa de sobrepeso ou obesidade, mostrou que, mesmo sem alterar em nada a alimentação — o que foi controlado, pois os participantes passaram o período de teste no laboratório —, a refeição tardia teve efeitos profundos na fome e nos hormônios reguladores do apetite — leptina e grelina —, que influenciam o desejo de comer.

Especificamente, os níveis do hormônio leptina, que sinaliza saciedade, diminuíram ao longo das 24 horas, em comparação a quando os participantes se alimentaram no horário habitual. Quando comeram mais tarde, os voluntários também queimaram calorias em um ritmo mais lento.

"À noite, temos liberação de alguns hormônios, como a melatonina e o cortisol, e a alimentação influencia nesse processo. Na digestão, há liberação de enzimas, e tudo isso muda muito dependendo do horário", explica o médico Hugo Gatto, pós-graduado em nutrologia e medicina do esporte.

"Quando fazemos uma alimentação diurna, permitimos que o corpo tenha um melhor resultado no emagrecimento e na liberação de insulina, por exemplo. Isso não quer dizer que não tem de comer à noite, mas não deixar para perto da hora de dormir e fazer refeições mais leves", diz Gatto, também especialista em emagrecimento e reposição hormonal.

A nutricionista Marianne Fazzi, da clínica Trivita, em São Paulo, explica que a influência dos horários das refeições na saúde é tão grande que existe uma área de estudos chamada crononutrição. "Nela, pensamos nos efeitos da alimentação no nosso relógio biológico. Através dela, determinamos os melhores momentos para realizar refeições e consumir certos alimentos", diz.

As alterações fisiológicas relacionadas à alimentação tardia também podem influenciar o risco de câncer, de acordo com um estudo do Instituto de Saúde Global de Barcelona. Os pesquisadores descobriram que pessoas que se alimentam habitualmente depois das 21h e dormem até duas horas depois têm 25% mais probabilidade de desenvolver a doença, comparado aos que fazem as refeições antes disso e aguardam mais tempo antes do repouso noturno.

Os pesquisadores avaliaram 621 casos de câncer de próstata e 1.205 de mama e, para comparação, também coletaram dados de 1.910 mulheres e 1.493 homens saudáveis. Nenhum dos participantes trabalhava no turno da noite. Os voluntários foram entrevistados sobre horários das refeições, sono e hora em que normalmente dormiam e responderam a um questionário de frequência alimentar.

Aqueles que dormiram duas ou mais horas após o jantar tiveram uma redução de 20% no risco de câncer de mama e próstata. Já os que se alimentavam depois das 21h e se deitavam até duas horas após a refeição tiveram uma probabilidade 25% mais elevada de desenvolver uma das doenças.

Tenha horários regulares

“Além da qualidade da alimentação, o horário das refeições influencia o metabolismo — e, consequentemente, a saúde geral do corpo. Assim, não importa somente o que você come, mas quando você come. Estabelecer horários regulares para fazer as refeições ajuda a manter o peso, a dormir melhor e manter as atividades diárias com bom desempenho por causa do fenômeno ritmo circadiano (o “relógio biológico'' de cada um). Alimentar-se adequadamente em horários regulares faz com que o corpo mude de tarefa e se recupere de maneira mais apropriada. Resumidamente, o horário das refeições influencia nos relógios biológicos do fígado e do sistema digestivo como um todo. Por isso, é tão importante ter um horário certo para comer. Uma rotina alimentar irregular não impacta somente no peso. Um dos maiores riscos é o desenvolvimento da síndrome metabólica. Essa condição predispõe o indivíduo a ter maior risco de diabetes do tipo 2, perturbações relacionadas à síndrome do ovário policístico, e maior risco de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose e infarto.”

Rogério Marques, médico especialista em nutrologia da clínica Tivolly

Três perguntas para Marianne Fazzi, nutricionista da clínica Trivita, em São Paulo

De que forma o horário das refeições impacta a saúde em geral?

 

Marianne Fazzi, nutricionista da clínica Trivita
Marianne Fazzi, nutricionista da clínica Trivita(foto: Arquivo pessoal )

 

Além de obesidade, há outros problemas associados à alimentação tardia?

Uma má alimentação vai interferir na produção do cortisol e, por consequência, diminuir a liberação da melatonina — hormônio responsável por induzir o sono, aumentando o risco de insônia. A insônia pode levar ao aumento do consumo de alimentos no período noturno, prejudicando ainda mais o sono e elevando a possibilidade de ingerir mais calorias que o necessário. A elevação do cortisol causada, entre outros fatores, por uma alimentação inadequada, está relacionada ao aumento do estresse. Pessoas estressadas consomem mais alimentos calóricos, ricos em açúcar e gordura. O hábito pode levar ao excesso de peso e ao desenvolvimento de doenças, como o colesterol alto.

Pessoas que trabalham no turno da noite estão mais suscetíveis a esses problemas? No caso delas, o que é possível fazer para reduzir riscos?

Ainda que essas regras sejam para a maioria das pessoas, algumas têm uma modificação em um gene chamdo clock e são mais noturnas. Mesmo sem necessidade de trabalhar à noite, elas preferem esse turno para estudar ou trabalhar. O ciclo circadiano delas funciona um pouco diferente do padrão. Mas as pessoas que trocam o dia pela noite têm maior risco de distúrbios do sono, além de ter a produção de alguns hormônios prejudicada. É durante o sono que o corpo faz nosso "detox natural", no qual reorganiza nossas funções. Pessoas que dormem de dia têm mais inchaço, irritação, constipação intestinal e dificuldade em emagrecer.

Impactos também no humor

A hora das refeições também pode influenciar o humor, segundo um estudo do Brigham and Women's Hospital, em Boston. O mesmo grupo de pesquisadores que investigou os efeitos da alimentação tardia no risco de obesidade publicou um artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences relatando um aumento de sintomas de depressão e ansiedade em pessoas que tiveram os horários das refeições alterados.

 

Bruna Capozzi: chance de prevenir
Bruna Capozzi: chance de prevenir(foto: Arquivo pessoal )

 

No estudo, com 19 participantes, os pesquisadores submeteram parte do grupo a um protocolo chamado dessincronia forçada, com pouca emissão de luz durante o dia, invertendo a rotina dos voluntários em 12 horas. A ideia foi simular o trabalho noturno nessas pessoas, causando alterações no ciclo circadiano.

Os participantes foram divididos aleatoriamente em um dos dois grupos de horários de refeições. O primeiro simulou uma rotina em que as refeições eram feitas pela manhã e à noite, como ocorre, geralmente, com quem trabalha em horários noturnos. Já no segundo, os voluntários se alimentavam apenas durante o dia. A equipe, então, avaliou os níveis de humor a cada hora.

No quarto dia de estudo, os níveis de humor semelhantes à depressão e à ansiedade aumentaram significativamente naqueles que se alimentavam pela manhã e à noite, em relação ao início do estudo. No segundo grupo, porém, não foi observado. Segundo o artigo, os participantes que tiveram maior interrupção no ciclo circadiano foram os mais afetados. "O horário das refeições está começando a ser considerado um aspecto importante da nutrição, que pode influenciar a saúde física", disse, em nota, a pesquisadora Sarah L. Chellapp. "Mas o papel do momento da ingestão de alimentos na saúde mental ainda precisa ser testado", destaca.

"Ainda é necessário que sejam feitos estudos específicos que avaliem como determinados horários para realizar refeições podem impactar na saúde mental dos indivíduos", concorda a psicóloga clínica Bruna Capozzi, do Instituto Meraki. "No entanto, esse estudo mostra que é possível, sim, prevenir transtornos mentais, como ansiedade e depressão, com ajuste no horário das refeições. A alimentação apenas diurna ajuda o ciclo circadiano a se manter alinhado, o que previne a intolerância à glicose. E esse aspecto (a intolerância à glicose) tem sido associado ao risco maior de alteração no humor", explica. (PO)


Correio Braziliense sábado, 08 de outubro de 2022

ENTRETENIMENTO: FIM DE SEMANA TEM ESTREIA DE *O CLUBE DA MEIA-NOITE*, NA NETFLIX - OUTROS DESTAQUES

Fim de semana tem a estreia de O clube da meia-noite, na Netflix. Especial com Ivete Sangalo também está entre os destaques

 

De terror a Ivete Sangalo. Entre os destaques pinçados pelo Próximo Capítulo para você estão a estreia da série O clube da meia-noite, na Netflix, e o especial Ivete e os mascarados, na Globo. Confira!

 

Sinais do além
O livro O clube da meia-noite, de Christopher Pike, dá origem à série homônima que estreia hoje na Netflix. A trama se passa num hospital para jovens com doenças terminais onde 8 pacientes se reúnem todas as noites para contar histórias. Os amigos acabam fazendo um pacto macabro: o próximo a morrer vai mandar um sinal para mostrar se há vida depois da morte. A série tem 10 episódios.

Medalha de ouro


Nada como uma olimpíada depois da outra para um time lavar a alma. A prova está no documentário O time da redenção, estreia de hoje no catálogo da Netflix. O longa começa com os EUA ainda de ressaca depois do fiasco do time de basquete masculino nos jogos de Atenas (2004) e vai até o ouro das Olimpíadas seguintes, em Pequim. O documentário vai da formação da equipe campeã, com depoimentos de atletas e técnicos, até o estabelecimento de um novo padrão de comportamento para o basquete americano.

Em boa fase
O filme Os primeiros soldados estará em foco no Cinejornal de amanhã. A partir das 13h50, o Canal Brasil exibe uma entrevista com o protagonista do longa. O filme estreia na programação da emissora às 22h30. Massaro vive Suzano, um biólogo brasileiro que tenta sobreviver à primeira onda da pandemia da Aids, na década de 1980. Assustado com a incerteza de ter contraído a doença, o biólogo se aproxima da transexual Rose (Renata Carvalho) e do videomaker Humberto (Victor Camilo) , também soropositivos. Na entrevista, o ator fala sobre esse trabalho e comemora a fase produtiva que vive na telona. “É um momento de colheita e, sobretudo, de entender o próximo ciclo”, afirma o ator, em material de divulgação.

Cantores mascarados


Enquanto a próxima temporada de The masked singer Brasil não vem, a apresentadora Ivete Sangalo aproveita para se divertir na companhia de mascarados como o Dragão, o Urso e a Onça Pintada. Ela vai matar as saudades no especial Ivete e os mascarados, domingo após Temperatura máxima. “É uma emoção enorme cantar com os mascarados, eu me deparei com um desejo recíproco. Não é uma batalha, é um dueto. É uma experiência muito deliciosa e posso matar a saudade de uns personagens da primeira temporada e reviver emoções da segunda temporada”, conta Ivete, em material de divulgação da série. Além de Ivete e dos mascarados, o programa terá participação de Sidney Magal, Melim, Sandy e Priscilla Alcântara. O repertório será de sucessos da carreira da cantora, como Sorte grande, A lua que te dei e Tempo de alegria.

 

O início de um ritmo
O canal A&E estreia domingo, às 22h55 a série documental Origens do hip hop. Em oito episódios, a produção ouve estrelas do ritmo, como Busta Rhymes, Eve, Fat Joe, Grandmaster Flash, Ice-T e Ja Rule. Eles falam sobre a própria trajetória musical e, com isso, acabam traçando um panorama histórico social e musical do hip hop. A cada domingo serão dois episódios. Na estreia, Busta Rhymes e seu estilo excêntrico, voz estrondosa e carreira explosiva. Na sequência, será a vez de Grandmaster Flash.


Correio Braziliense sexta, 07 de outubro de 2022

GASTRONOMIA: BRASÍLIA VIROU DESTINO GASTRONÔMICO GRAÇAS AO TRABALHO DOS CHEFS LOCAIS

 

Brasília virou destino gastronômico graças ao trabalho dos chefs locais

Capital tornou-se um destino gastronômico e não deixa nada a dever para outras cidades. Conheça os chefs locais responsáveis pela gastronomia do DF

AM
Ândrea Malcher*
IB
Isabela Berrogain
postado em 07/10/2022 06:00 / atualizado em 07/10/2022 10:27
 
 
 
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Com apenas 62 anos de existência, Brasília é um destino gastronômico surpreendente. Devido a pouca idade, a cidade ainda não desenvolveu pratos típicos próprios. Ou pelo menos é o que o visitante desavisado pode acreditar.

"O mercado de Brasília, gastronomicamente falando, está bem em alta, em crescimento. Foi considerado o terceiro polo do Brasil. Estamos recebendo muitas operações de fora, chefs de outros lugares vindo para cá. Isso significa que a cidade está crescendo. Estamos mostrando o cerrado para as pessoas de fora", avalia o chef Thiago Paraíso, do restaurante Ouriço.

 "É uma culinária muito nova. A gente é muito jovem, não temos uma cultura gastronômica brasiliense ainda, porque temos só 62 anos. Estamos construindo uma cultura e, querendo ou não, cultura é comida", complementa.

A capital concentra atualmente uma vasta gama de opções para o paladar, da cozinha regional do cerrado aos sabores nipônicos. Brasília dispõe de renomados chefs presenteando os amantes de boa culinária e o Correio destacou seis mestres e restaurantes que merecem atenção.

A mistura da Itália com o cerrado

Conhecido pelas famosas pizzas da Baco Pizzaria, o chef de cozinha Gil Guimarães tem expandido os horizontes gastronômicos com a Casa Baco. "A Casa reúne influências de tudo que eu fiz e aprendi, é a Baco Pizzaria com cozinha", explica. Com foco na cozinha brasileira e priorizando o uso de produtos locais, o restaurante reúne influências de toda vida do chef.

Representando o melhor do cerrado, o arroz de território (R$ 62) é um dos carros-chefe do local. Feito na panela de ferro, o prato é uma combinação de arroz molhadinho com ovo, linguiça, cogumelos, carne de lata, pimenta de macaco e castanha de baru. "Essa é a comida que eu acredito. É a comida de verdade, que carrega história, os pequenos produtores, o cerrado", garante o chef.

Muito influenciado também pela culinária italiana, Gil Guimarães tem como um dos destaques do restaurante o ravioli a la crema de limão (R$ 68). "Esse é um típico prato que carrega influência do cerrado com um pouco da Itália", avalia. No prato, são servidos raviolis recheados com ricota de búfala, compota de cajuzinho do cerrado, castanha de baru ao creme de limão e presunto cru italiano.

 

Diversidade no churrascão

A pandemia da covid-19 pegou a todos de surpresa, e com o chef Tonico Lichtsztejn não foi diferente. Inaugurado três dias antes do lockdown, o Superquadra Bar nasceu do desejo de Tonico em oferecer aos clientes churrasco de uma forma diferente.

"A ideia era fazer churrasco da forma mais acessível às pessoas, de uma forma que ficasse exposto para todo mundo ver, num clima mais intimista, sem aquela divisão entre cliente e churrasqueiro, que se encontram no salão", compartilha.

Lichtsztejn explica que a entranha bovino angus, por sua vez, é um corte pouco conhecido, mas saboroso. "É uma carne que está muito mais próxima de uma fraldinha do que um miúdo. É um prato bem legal que conseguimos oferecer às pessoas a um preço bacana."

Cozinha de família

Luiza Jabour não poderia evitar a cozinha. A chef é a filha caçula de Simone Jabour, a figura por trás da tradicional confeitaria Sweet Cake, e a vivência junto à mãe moldou a carreira de Luiza. Foi em pleno lockdown que Luiza decidiu abrir o Almeria, restaurante de comida da região do Mediterrâneo. "A casa já tem quase dois anos, abri em novembro de 2020, no auge da pandemia. As pessoas acreditaram em mim e hoje tenho uma equipe que, sem eles, eu não faria nada", ressalta Jabour, que conta ainda com a parceria da chef-assistente Julia Almeida. "Temos uma equipe de mulheres bem forte aqui. Eu amo trabalhar com elas e aprendo diariamente."

Dois dos queridinhos do menu são o fideuá (R$ 98), típica comida do sul da Espanha, uma espécie de paella em que o arroz é substituído pelo macarrão capellini, e a sobremesa último suspiro (R$ 36), com suspiro, creme patissière com baunilha cumaru, chantilly e coulis de frutas vermelhas. "A gente gosta muito do Fideuá e os clientes adoram. Já tentamos tirar do cardápio para trazer novidades e os clientes brigaram e insistiram para ele ficar. Ele tem tudo a ver com o conceito do Almeria", detalha Jabour.

Para todos os paladares

"Eu meio que nasci dentro de um restaurante", brinca o chef Cristiano Komiya, responsável pelo New Koto. Aprendiz do próprio pai, Cristiano foi incentivado desde a infância a participar do mundo da gastronomia, começando na limpeza até chegar na cozinha. Junto com o familiar, o chef passou por quatro restaurantes até conquistar o próprio empreendimento, o New Koto, em 2010.

Para Cristiano, o prato que melhor representa o local é o bentô (R$ 105), muito popular no Japão. "É um prato bem completo, com arroz, sushi, peixe assado, fritura, conserva, sashimi. É um prato bastante equilibrado, que atende todos os paladares", detalha Cristiano.

Equilíbrio na alimentação

O equilíbrio nutricional de um prato e os impactos socioambientais da comida são dois diferenciais que o cliente encontra no Comedoria Sazonal. Inaugurado em junho de 2020, o restaurante oferece gastronomia responsável. "A alimentação criativa, saudável, olhando para o mercado sustentável é possível a partir desse tripé da agricultura, da gastronomia e da nutrição", explica Roberta Azevedo, chef da casa, que se formou em nutrição a fim de entender a relação entre corpo e alimentação.

Visando matérias-primas responsáveis, Azevedo destacou a barriga de pirarucu selvagem (R$ 50), desenvolvida especialmente para o festival Gosto da Amazônia. "Pensamos em quais seriam os elementos brasileiros que esse prato tem que podem mostrar um pouco da nossa cultura alimentar. É um prato muito pedido no restaurante". O prato é acompanhado de molho chimichurri da casa, chibé de farinha d'água com pico de gallo, vegetais braseados, leguminosa da semana e patacones.

O melhor do frutos do mar

Movido pela falta de casas voltadas para frutos do mar em Brasília, o chef Thiago Paraíso foi o responsável, em 2017, pela criação do restaurante Ouriço. "A gente tem de tudo um pouco aqui, mas 70%, 80% do cardápio consiste em frutos do mar", adianta. No restaurante, o chef procura trabalhar com elementos não tão comuns, como vieiras e ouriços. "Eu incentivo todo mundo que trabalha aqui a criar muito. Até quem entrou agora, quem é estagiário, eu incentivo a criar, mudar e não só copiar", assegura.

Como destaque do restaurante, o chef selecionou o polvo espanhol grelhado (R$ 124). "Ele é o nosso carro-chefe. O polvo é o prato individual que mais sai no restaurante, a gente nunca tirou ele do cardápio nem conseguiu tirar", diz. No prato, o polvo é acompanhado por batatas crocantes, tomate e mini cebolas salteadas em azeite de alho e salsa de ervas e limão. Para harmonização, o restaurante criou uma carta de drinks especial, voltada para o consumo de frutos do mar.

*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira


Correio Braziliense quinta, 06 de outubro de 2022

DIA DE NOSSA SENHORA APARECIDA: CATEDRAL DE BRASÍLIA SE PREPARA PARA A FESTA

 

Catedral de Brasília se prepara para o dia de Nossa Senhora Aparecida

A limpeza dos vitrais começou a ser feita na quarta-feira (5/10) por profissionais que praticam rapel. Também serão realizados reparos como pinturas do campanário e da cúpula do meio para deixar um dos cartões postais da cidade pronto para as festividades

MF
Mila Ferreira
JA
José Augusto Limão*
postado em 06/10/2022 06:00 / atualizado em 06/10/2022 09:18
 
Presos por cordas fixadas no alto da igreja, profissionais usam mangueira de hidrojato, esfregões e detergente para lavar os vitrais -  (crédito: Fotos: Ed Alves/CB/D.A Press)
Presos por cordas fixadas no alto da igreja, profissionais usam mangueira de hidrojato, esfregões e detergente para lavar os vitrais - (crédito: Fotos: Ed Alves/CB/D.A Press)

Após dois anos de espera, devido à pandemia, os fiéis poderão retornar à Catedral Metropolitana de Brasília para os festejos do aniversário de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e de Brasília, no dia 12 de outubro. Como forma de preparar o monumento para a comemoração, o Governo do Distrito Federal iniciou nesta quarta-feira (5/10) o processo de limpeza dos vitrais da Catedral. O trabalho continua na quinta-feira (6/10).

 
Com tudo pronto para a festa, a expectativa é que mais de 60 mil fiéis participarão da comemoração da padroeira brasileira. A festa terá início às nove horas da manhã do dia 12/10 com a Missa das Crianças celebrada pelo padre Jomelito Ferreira de Melo e se encerrará com a procissão da imagem de Nossa Senhora Aparecida. As celebrações da Festa de Nossa Senhora Aparecida serão transmitidas, ao vivo, pela TV Canção Nova, Renascidos em Pentecostes e pelas redes sociais da Arquidiocese de Brasília. A programação completa pode ser encontrada no site da Arquidiocese de Brasília: arqbrasilia.com.br/. 

Os icônicos vitrais da Catedral de Brasília são a maior obra já realizada pela vitralista Marianne Peretti. A artista, que faleceu em abril deste ano, aos 94 anos, também criou uma série de painéis para os salões do Congresso Nacional, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para o Memorial JK. Ela assina ainda o Panteão da Pátria, localizado na praça dos Três Poderes. Marianne foi a única mulher a integrar a equipe de artistas responsáveis pela construção de Brasília. Antes de sua interferência, os vitrais previstos para a Catedral eram amarronzados. Marianne sugeriu a Oscar Niemeyer que pintasse as colunas do monumento de branco, para valorizar os vitrais, que em tons de azul, branco e verde trazem leveza e iluminação para o interior da igreja.


Correio Braziliense quarta, 05 de outubro de 2022

OUTUBRO ROSA: BRASÍLIA GANHA ILUMINAÇÃO COR-DE-ROSA CONTRA CÂNCER DE MAMA

 

Brasília ganha iluminação cor-de-rosa contra o câncer de mama

Palácio do Buriti está iluminado para conscientizar as mulheres a se prevenirem contra a doença. Congresso será iluminado nesta quarta-feira (5/10). Diversos serviços fazem parte da programação de promoção à saúde feminina neste outubro

MF
Mila Ferreira
postado em 05/10/2022 06:00 / atualizado em 05/10/2022 06:12
 
 04/10/2022 Crédito: Minervino Junior/CB. Outubro Rosa.  Palacio do  Buriti. -  (crédito:  Minervino Junior/CB/D.A Press)
04/10/2022 Crédito: Minervino Junior/CB. Outubro Rosa. Palacio do Buriti. - (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Outubro chegou e Brasília recebe uma programação voltada à prevenção do câncer de mama. Para começar, a tradicional iluminação cor-de-rosa foi instalada no Palácio do Buriti na última segunda-feira (3/10) e, nesta quarta-feira (5/10), as torres e as cúpulas do Congresso Nacional receberão uma projeção especial com frases de conscientização sobre o assunto e fotos da exposição Amor I love you. A mostra fotográfica será inaugurada na próxima segunda-feira, 10 de outubro, no Senado Galeria, e ficará aberta ao público até o dia 31. A mesma exibição está disponível para visitação no Palácio do Buriti até 14 deste mês.

 

  • 04/10/2022 Crédito: Minervino Junior/CB. Outubro Rosa. STFMinervino Junior/CB

A Secretaria da Mulher (SMDF) em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc-DF) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) vão oferecer serviços diversos voltados à conscientização da importância e prevenção do diagnóstico precoce do câncer de mama, ao longo do mês. "O Outubro Rosa é nosso momento de lembrar a mulher de cuidar da própria saúde. Nós sabemos que, com a possibilidade do diagnóstico precoce, ela tem mais chances de recomeçar sua vida", destacou a Secretária da Mulher, Vandercy Camargos.

A programação contará com a circulação do ônibus Sesc Mais Saúde, da Carreta do Sesc e da Unidade Móvel da SMDF, que passarão por Sobradinho, Recanto das Emas, Santa Maria, Samambaia, Ceilândia e Estrutural. A iniciativa levará profissionais de saúde que realizarão 20 atendimentos por dia, entre consultas ginecológicas e inserção do dispositivo intrauterino (DIU). Menores de idade precisam estar acompanhadas de responsável.


Correio Braziliense terça, 04 de outubro de 2022

SILVIO SANTOS: APRESENTADOR ABRE O JOGO SOBRE MOTIVO DE AUSÊNCIA DA TV - *PREGUIÇA*

Silvio Santos abre o jogo sobre motivo de ausência da TV: "Preguiça"

Dono do Baú explica verdadeira razão de afastamento das telinhas nos últimos meses

Od
Observatorio dos Famosos
postado em 04/10/2022 11:22
 
 (crédito: Reprodução/SBT)
(crédito: Reprodução/SBT)

O apresentador Silvio Santos, de 91 anos, falou sobre o motivo que proporcionou seu afastamento da televisão. A última vez que ele esteve nos estúdios do SBT foi em abril deste ano, mas desde então não foi mais visto no comando de seu programa de auditório transmitido aos domingos.

“Preguiça”

Em entrevista ao canal Intervenção, de Roger Turchetti, no YouTube, o Dono do Baú adiantou que a razão não ocorreu em virtude de sua saúde, conforme se tornaram frequentes as especulações acerca do assunto. “Não, não [estava com problema na voz]. Eu estava era com preguiça mesmo, estava com preguiça de gravar”, disse ele.

 Sobre as mudanças que foram feitas no Programa Silvio Santos nos últimos meses, ele apontou que não percebeu. “Não reparei, mas se os rapazes [do balé masculino] forem bonitos eu vou gostar. Não tenho nenhum preconceito, tanto faz os rapazes ou as meninas, não tem problema”, disse.

Patrícia Abravanel, que assumiu o comando da atração, avaliou as modificações: “É a mesma coisa, só que diferente. Mudou uma coisinha aqui, outra ali, até porque meu pai é muito único e tem muita coisa que só funciona com ele. Teve que adequar ao meu jeitinho”, afirmou a filha do apresentador.


Correio Braziliense segunda, 03 de outubro de 2022

LAW & ORDER: SERIADO VOLTA A TER TEMPORADA INÉDITA

 

Law & Order volta a ter temporada inédita. O 21º ano da série investigativa estreia terça-feira no Universal TV

 

É estreia. Mas tem gostinho de revival. Dez anos depois, Law & Order volta para a 21ª temporada, composta de 10 episódios. A estreia é terça-feira, às 22h20, no Universal TV. Na bagagem, 20 anos de sucesso, seis prêmios Emmy na prateleira e a marca de uma das séries mais longevas da televisão americana.

Um dos trunfos de Law & Order era o roteiro inspirado em manchetes de jornal, em investigações da vida real. E esse mote continuará a ser seguido pelo produtor executivo e criador Dick Wolf, oriundo da equipe original, e pelo roteirista Rick Eid, o mesmo de Chicago PD.

Logo na estreia, Kevin Bernard (Anthony Anderson) e Frank Cosgrove (Jeffrey Donovan) tornam-se parceiros. Uma das primeiras missões da dupla é investigar o assassinato de um famoso artista. A temporada ainda terá um executivo poderoso encontrado morto em pleno Central Park; o desaparecimento de uma influenciadora digital; e a morte de um candidato ao Congresso.

Os (muitos) fãs de Law & Order não precisam se desesperar achando que o elenco não estará de volta. Parte dos atores retomam os personagens de 10 anos atrás, como Sam Waterson (o promotor Jack McCoy) e Anthony Anderson (o detetive Kevin Bernard). Eles ganham a companhia dos “novatos” Camryn Manheim (a tenente Kate Dixon) e Odelya Halevi (a promotora assistente Samantha Maroun), entre outros.


Correio Braziliense domingo, 02 de outubro de 2022

CORINTHIANS: RENATO AUGUSTO CELEBRA VITÓRIA TRANQUILA SOBRE O CUIABÁ

 

Renato Augusto celebra vitória mais tranquila do Corinthians: 'Equipe evoluiu'

Contra o Atlético-GO, o Corinthians abriu o placar com Róger Guedes, mas deixou o adversário empatar pouco tempo depois, com Wellington Rato.

AE
Agência Estado
postado em 02/10/2022 06:28
 
 (crédito: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
(crédito: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

Após lidar com certa dose de sofrimento para vencer o Atlético-GO na Neo Química Arena, na quarta-feira, o Corinthians voltou ao estádio em Itaquera neste sábado e fez uma partida mais tranquila. Apesar de ter demorado um pouco para se encontrar em campo, venceu o Cuiabá por 2 a 0 sem maiores sustos, cenário que trouxe satisfação para o meia Renato Augusto, um dos destaques da partida.

Contra o Atlético-GO, o Corinthians abriu o placar com Róger Guedes, mas deixou o adversário empatar pouco tempo depois, com Wellington Rato. O gol da vitória só saiu aos 42 minutos do segundo tempo, marcado por Yuri Alberto, após muita dificuldade. Neste sábado, os autores dos gols corintianos foram os mesmos. Com a vantagem de 2 a 0, o time foi bem para segurar o resultado e até poderia ter ampliado o placar, quando resolveu acelerar o ritmo na reta final, mas a bola não entrou.

 Os dois gols tiveram a participação de Renato Augusto. O primeiro saiu de uma jogada bem articulada, encerrada com um passe de primeira do meia para Yuri Alberto marcar. No segundo, a participação de Renato foi um pouco menor, porém importante e de muita técnica. Deu um passe de letra para Róger Guedes, que protagonizou um lindo lance individual até colocar a bola na rede.

Ao fim do jogo, o meio-campista foi questionado se ainda sonha com uma convocação para a Copa do Mundo e preferiu não estender o assunto. "Isso é uma coisa que depende muito do treinador, eu tenho que fazer minha parte, estar bem no Corinthians, buscar fazer bons jogos. Agora, é focar no próximo jogo, passo a passo para crescer na competição", disse.


Correio Braziliense sábado, 01 de outubro de 2022

REI CHARLES 3º AS NOVAS MOEDAS COM EFÍGIE DO MONARCA DEVEM ENTRAR EM CIRCULAÇÃO NO REINO UNIDO

 

Rei Charles 3º: as novas moedas com efígie do monarca que devem entrar em circulação no Reino Unido

O novo retrato foi criado com base em fotos do monarca

BBC
Kevin Peachey - BBC News
postado em 30/09/2022 08:32
 
 (crédito: PA Media)
(crédito: PA Media)

Novas moedas com o retrato do rei Charles 3º foram reveladas no Reino Unido — a de 50 centavos de libra esterlina, moeda local, entra em circulação geral dentro de algumas semanas.

A BBC News deu uma espiada na moeda de 50 centavos e também na edição comemorativa de 5 libras, que exibem uma imagem do rei criada pelo escultor britânico Martin Jennings.

As moedas seguem séculos de tradição, com o monarca retratado agora virado para a esquerda — lado oposto ao que estava virado o antecessor, a rainha Elizabeth 2ª.

Tal como os reis britânicos passados, e diferentemente da rainha, ele não é retratado usando coroa.

O rei Charles aprovou pessoalmente a efígie — e ficou satisfeito com a semelhança.

As moedas comemorativas serão vendidas para colecionadores pela The Royal Mint, a Casa da Moeda britânica, a partir do início da próxima semana.

Já a moeda de 50 pence (50 centavos de libra) estará disponível para uso geral bem antes do fim do ano, sendo distribuída de acordo com a demanda de bancos, sociedades de crédito imobiliário e postos de correio.

Elas vão circular em paralelo com as 27 bilhões de moedas do reinado da falecida rainha Elizabeth 2ª, que ainda serão aceitas no comércio.

Anne Jessopp, executiva-chefe da The Royal Mint, afirma que as moedas geralmente duram 20 anos, então as moedas da rainha Elizabeth e do rei Charles vão ficar em circulação juntas por muitos anos.

A partir do início do ano que vem, serão cunhadas moedas de 1 centavo a 2 libras, que os britânicos usam no dia a dia, com a mesma imagem do rei Charles 3º. Elas serão emitidas quando necessário para substituir moedas antigas danificadas e desgastadas — e para cobrir qualquer demanda extra.

"As pessoas não devem se preocupar se tiverem moedas com a rainha. Vamos manter essas moedas em circulação", diz Jessopp.

"Estamos vendo gente mudando para diferentes formas de pagamento, mas as pessoas também gostam de usar moedas por vários motivos diferentes".

Moeda ao lado de uma imagem maior do retrato do monarca
PA Media
O rei Charles aprovou pessoalmente o design

O retrato oficial foi concebido para dar uma aparência acessível ao rei, e o mesmo vale para a inscrição.

Monarcas britânicos anteriores foram designados na inscrição da moeda usando a versão em latim do seu nome. No entanto, as novas moedas exibem Charles III, em vez de Carolus.

A inscrição completa em torno da efígie é: "CHARLES III • D • G • REX • F • D • 5 POUNDS • 2022", abreviado do latim, que pode ser traduzido como "Rei Charles 3º, pela graça de Deus, defensor da fé" .

O reverso da nova moeda comemorativa de 5 libras mostra dois novos retratos da rainha — de jovem monarca a longeva chefe de Estado.

Na moeda de 50 centavos, o reverso é uma cópia do desenho usado na moeda de 1953 para comemorar a coroação de Elizabeth 2ª.

Reverso das moedas do rei Charles
PA Media
O reverso das duas moedas do rei fazem uma homenagem à falecida rainha Elizabeth 2ª

O retrato do rei Charles é o primeiro desenho de moeda criado por Martin Jennings, mas suas esculturas públicas incluem os poetas John Betjeman, na estação St Pancras, em Londres, e Philip Larkin, em Hull.

Ele usou fotografias para criar o design, em vez do rei posar para um retrato específico.

"É o menor trabalho que já criei, mas é uma honra saber que será visto e mantido por pessoas de todo o mundo nos próximos séculos", afirma.

As moedas serão cunhadas na sede da Royal Mint, em Llantrisant, no País de Gales, para onde a Casa da Moeda — a empresa mais antiga da Grã-Bretanha — se mudou em 1967 para atender o processo de decimalização.

Antes da decimalização, era comum que as pessoas tivessem moedas com diferentes monarcas em seus bolsos.

Uma série de moedas para celebrar a vida e o legado da rainha Elizabeth, incluindo a de 5 libras, será colocada à venda pela Royal Mint na segunda-feira.


O que é a Royal Mint?

- É uma das empresas mais antigas do mundo, tendo lançado sua primeira moeda no final do século 9, durante o reinado de Alfred, o Grande;

- A Casa da Moeda funcionou dentro da Torre de Londres durante a maior parte de sua existência, mas desde o final da década de 1960 tem como sede Llantrisant, em Rhondda Cynon Taf, no País de Gales;

- A instalação atual foi inaugurada pela rainha Elizabeth 2ª em 17 de dezembro de 1968, bem a tempo da enorme tarefa de substituir as bilhões de moedas em circulação diante da decimalização;

- Existem mais de 27 bilhões de moedas em circulação no Reino Unido, com a Casa da Moeda emitindo cerca de um bilhão de novas moedas todos os anos — embora esse número flutue.


Separadamente, as pessoas estão sendo orientadas a verificar se têm algumas notas de dinheiro antigas em casa, uma vez que serão retiradas de circulação neste fim de semana.

A partir de sábado, as lojas não podem mais aceitar cédulas de 20 libras com o retrato de Adam Smith; e de 50 libras com Matthew Boulton e James Watt.

Além dessas notas do Bank of England, o banco central britânico, notas de 20 e 50 libras emitidas pelo Clydesdale Bank, Royal Bank of Scotland e Bank of Scotland também serão retiradas de circulação na mesma data.

As notas de 20 libras emitidas pelo Bank of Ireland, AIB Group, Danske Bank e Ulster Bank na Irlanda do Norte também vão sair de circulação.

Quem perder o prazo ainda poderá trocar as notas antigas no banco.


Correio Braziliense sexta, 30 de setembro de 2022

EXPOSIÇÃO: FESTA NIPÔNICA TOMA CONTA DO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES DO PARQUE DA CIDADE

 

Festa nipônica toma conta do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade

Evento apresentará atrações musicais e gastronômicas, com restaurantes de Brasília e de São Paulo

Gd
Giovanna dos Santos*
postado em 30/09/2022 06:00
 
 (crédito:  Made in Japani/Divulgação)
(crédito: Made in Japani/Divulgação)

Brasília receberá mais um dos tradicionais festivais japoneses no fim de semana. O Made in Japan chega ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade com a quarta edição, para celebrar a cultura japonesa no Brasil e difundir as tradições do país do sol nascente na capital. O evento será aberto, hoje, às 18h, com programação que se estende até as 0h. Já no sábado e domingo, as atividades começam às 11h e terminam às 0h e 20h, respectivamente.

ala gastronômica retoma o compromisso de fornecer vastas opções com o melhor da culinária nipônica. Para além dos restaurantes japoneses de Brasília, que sempre marcam presença, essa edição do evento contará com três novos restaurantes vindos diretamente de São Paulo.

Eduardo Lima destaca a missão do Made in Japan de ser um ambiente acolhedor para as famílias: "O evento é voltado para toda a família, pois queremos que as pessoas se unam e se divirtam juntas também fora de casa, prestigiando os eventos da cidade que acontecem nas ruas". Os ingressos estão disponíveis no site do Furando a fila, por R$ 20 a meia entrada e R$ 40 a inteira.

*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira


Correio Braziliense quinta, 29 de setembro de 2022

TRANSPORTE PÚBLICO: ÔNIBUS E METRÔ DO DF VÃO FUNCIONAR NORMALMENTE NO DOMINGO DAS ELEIÇÕES

 

Ônibus e metrô do DF vão funcionar normalmente no domingo de eleições

Ônibus do transporte público coletivo, das linhas urbanas e rurais, vão circular nos horários de funcionamento da tabela de dia útil. Trens do metrô operam das 7h às 19h

PM
Pedro Marra
postado em 28/09/2022 16:05
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

A quatro dias do 1º turno das Eleições de 2022 no Distrito Federal, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informa, nesta quarta-feira (28/9), que os ônibus do transporte público coletivo das linhas urbanas e das linhas rurais vão circular nos horários de funcionamento da tabela de dia útil. Confira as informações da linha que precisa aqui no site da pasta "DF no Ponto".

 
 

Em nota, a Semob acrescenta que, se for o caso de um segundo turno das eleições, em 30 de outubro, o horário deve permanecer o mesmo. A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou que os trens vão circular nas estações em horário normal de domingo, das 7h às 19h.

Comércio também funciona normalmente no domingo

comércio varejista do Distrito Federal funcionará normalmente neste domingo (2/10). A data é marcada pelo 1º turno das eleições gerais de 2022. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista-DF), os horários de funcionamento das lojas serão definidos pelos proprietários.

 De acordo com o sindicato, o comércio do DF tem cerca de 120 mil funcionários, sendo que mais de 70% são eleitores aptos a votar na capital. No DF, o Sindivarejista e o Sindicato dos Empregados no Comércio são as únicas entidades que regulam a abertura e o fechamento das lojas em datas especiais como domingos e feriados.

Ordem de votação na urna

  • Deputado federal - quatro dígitos
  • Deputado estadual ou distrital - cinco dígitos
  • Senador - três dígitos
  • Governador - dois dígitos
  • Presidente - dois dígitos

Como será no dia das eleições

Dia e horário de votação: o primeiro turno será no domingo (2/10), das 8h às 17h, no horário de Brasília. O segundo turno, caso necessário, será em 30 de outubro.

Onde votaro eleitor pode conferir o local de votação no site do TSE. Ou por meio do aplicativo e-Título, acessando "onde votar".


Correio Braziliense quarta, 28 de setembro de 2022

SAÚDE: TOMAR DUAS XÍCARAS DE CAFÉ POR DIA AJUDA A PREVENIR DOENÇAS CARDIOVASCULARES

 

Tomar duas xícaras de café por dia ajuda a prevenir doenças cardiovasculares

Para os autores do estudo, a ingestão leve a moderada de café moído, instantâneo e descafeinado pode ser considerada parte de um estilo de vida saudável

PO
Paloma Oliveto
postado em 28/09/2022 06:00
 
 
 
 (crédito: GUILLERMO LEGARIA)
(crédito: GUILLERMO LEGARIA)

Os amantes de café podem viver mais. De acordo com estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, tomar duas a três xícaras da bebida por dia está associado a maior longevidade e menor risco de doenças cardiovasculares. Para os autores do estudo, a ingestão leve a moderada de café moído, instantâneo e descafeinado pode ser considerada parte de um estilo de vida saudável.

Os resultados mostraram que o consumo diário da bebida foi relacionado a uma redução na mortalidade por qualquer causa. Beber duas a três xícaras por dia de descafeinado foi associado a uma queda de 14%; do moído, 27%; e do instantâneo, 11%. Todos os subtipos de café também foram ligados à menor incidência de doenças cardiovasculares — 6%, 20% e 9%, respectivamente — com a mesma ingestão diária.

"A cafeína é o constituinte mais conhecido do café, mas a bebida contém mais de 100 componentes biologicamente ativos. É provável que os compostos não cafeinados tenham sido responsáveis pelas relações positivas (...) Nossas descobertas indicam que beber pequenas quantidades de café de todos os tipos não deve ser desencorajado, mas pode ser apreciado como um comportamento saudável para o coração", ressaltou, em nota, Peter Kistler, autor do estudo.

Correio Braziliense terça, 27 de setembro de 2022

MUNDIAL DE VÔLEI FEMININO: BRASIL VENCE ARGENTINA E SEGUE INVICTO

 

Vôlei: Brasil vence a Argentina e segue invicto no Mundial feminino

Esquadrão verde-amarelo superou as rivais por 3 sets a 0 e assumiu a vice-liderança do Grupo D. O próximo compromisso será contra a Colômbia, na quarta-feira (28/9)

VP
Victor Parrini *
postado em 26/09/2022 15:17 / atualizado em 26/09/2022 22:53
 
 
 (crédito: Divulgação/FIVB)
(crédito: Divulgação/FIVB)

A Seleção Brasileira feminina segue invicta no Mundial de Vôlei realizado na Holanda. Nesta quarta-feira (26/9), o esquadrão verde-amarelo superou a Argentina por 3 sets a 0 (parciais 25/19, 25/13 e 25/21) e aumentou as chances de classificação à segunda fase.

“Foi uma grande vitória. Nosso saque trabalhou muito melhor. Nosso bloqueio funcionou bem e é isso o que precisamos fazer: melhorar jogo a jogo. Algumas meninas vieram do banco e nos mostraram que podem ajudar. Zé Roberto já havia dito que era um campeonato para mais de sete atletas ainda”, disse a capitã Gabi após o jogo.

O jogo

Se aproveitando da fragilidade argentina após a derrota por 3 sets a 0 para a China, as brasileiras controlaram grande parte do jogo. No primeiro set, a defesa bem postada e contragolpe eficiente rendeu uma vantagem inicial de 6 x 1 no placar. As rivais, porém, acalmaram os ânimos e chegaram a encostar no marcador. Mesmo com o esboço de reação adversário, o Brasil manteve a solidez defensiva e fechou por 25 x 19.

Na parcial seguinte, a companhia verde-amarela esbarrou em algumas falhas, mas nada que colocasse o resultado em risco. A consistência de peças como Carol Gattaz e Pri Daroit fizeram o Brasil virar e aumentar o prejuízo argentino para oito pontos e encaminhar mais uma vitória contundente. O domínio brazuca ficou evidente na parte final do set. O placar de 19 x 9 saltou para 25 x 13 e as comandadas de Zé Roberto Guimarães abriram o 2 x 0 na partida.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima


Correio Braziliense segunda, 26 de setembro de 2022

COMÉRCIO NO PRIMEIRO TURNO: FUNCIONARÁ NO DOMINGO, 02.10.22, NO DF

 

Comércio no Distrito Federal funcionará no domingo (2/10) de eleições

Os horários de abertura e fechamento das lojas serão definidos pelos proprietários, segundo o Sindivarejista

CB
Correio Braziliense
postado em 26/09/2022 10:23
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

comércio varejista do Distrito Federal funcionará normalmente no domingo, dia 2 de outubro. A data é marcada pelo 1º turno das eleições gerais de 2022. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista-DF), os horários de funcionamento das lojas serão definidos pelos proprietários.

 
 

Para atender a população e possibilitar que os empregados votem, o sindicato destaca que os empresários deverão montar um esquema de revezamento dos funcionários. “Assim, quem votar pela manhã deverá trabalhar à tarde e vice-versa, de forma que as lojas possam se manter abertas”, ressaltou o presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta.

O 1º turno das eleições é o momento de ir às urnas para escolher os representantes aos cargos de presidente da República, governador, senador e deputados federais e distritais. De acordo com o sindicato, o comércio do DF tem cerca de 120 mil funcionários, sendo que mais de 70% são eleitores aptos a votar na capital.

No DF, o Sindivarejista e o Sindicato dos Empregados no Comércio são as únicas entidades que regulam a abertura e o fechamento das lojas em datas especiais como domingos e feriados.


Correio Braziliense domingo, 25 de setembro de 2022

ENOLOGIA: UM GUIA DE VINHEDOS DO BRASIL

Um guia dos vinhedos de Brasília para todo apreciador de vinho conhecer

Com clima favorável para o cultivo de uvas viníferas, já é possível brindar com rótulos 100% candangos. Conheça produtores da capital que apostam no enoturismo e propriedades que valem a visita

GF
Giovanna Fischborn
postado em 25/09/2022 07:17
 
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

Alguns países como França, Itália e Espanha têm tradição secular no cultivo de uvas e fabricação de vinhos. No Brasil, a Serra Gaúcha é precursora da vitivinicultura. O que poucos sabem é que o Distrito Federal também tem potencial. Por causa da amplitude entre altas e baixas temperaturas, o centro do país é propício para a prática.

Área urbana

Bonitas parreiras cobrem uma propriedade de dois hectares no Lago Norte, com mirante que dá para toda a cidade. É o charmoso vinhedo Lacustre. Há 11 anos, Odelmo de Gregorio, 82, começou a cultivar no DF uvas de mesa para produzir um vinho como o das colônias italianas — rústico, de "garrafão".

 Em 2021, o filho dele, Marcos Ritter, 42, assumiu a plantação e carregou consigo toda essa dedicação. Diante de tanto potencial, decidiu transformar o projeto, iniciado despretensiosamente, em negócio. "Temos uma boa estrutura, estamos melhorando a bebida e propondo experiências. Por causa da proximidade geográfica com o centro de Brasília, recebemos muita gente daqui, além dos que vêm de outros estados, já interessados em conhecer o que temos a oferecer", conta Marcos.

Aos sábados, acontecem piqueniques na parte plana da plantação. O visitante pode desfrutar de espumante, suco de uva, focaccia, bolo, frios e geleia. Domingo é dia de degustação — queijos, pães, azeites e um lindo pôr do sol harmonizam com vinhos da casa. A proposta é receber grupos pequenos. Tudo mediante agendamento.

Uma caminhada pela lavoura mostra uvas conduzidas em manjedoura (também chamada de latada), quando a planta se esparrama no sentido horizontal. O método é menos comum quando o assunto são vinhos finos, por isso, passou por alguns ajustes para dar certo. "Falar de vinhos na região ainda é algo muito novo. Diria que estamos escrevendo uma história. Tocamos um 'laboratório experimental'", acredita.

Apesar de a ideia ganhar força, Marcos não abandonou a profissão de formação e segue atuando como arquiteto. Afinal, a vitivinicultura requer atenção, capricho e paciência. O vinho demora de seis meses a um ano depois da vindima (colheita) para ser engarrafado. "Um vinho de qualidade espera ainda mais tempo para ser degustado", acrescenta.

Quem orienta a produção por lá é o enólogo Carlos Sanabria, 32 anos. Uma parceria com o Lacustre que já totaliza dois anos. Ele veio de Bento Gonçalves (RS), conhecida como "a capital brasileira do vinho", interessado pela possibilidade de desenvolver a bebida em uma região ainda sem tradição. Na bagagem, trouxe muito estudo e conhecimento prático. De família de produtores, Carlos tem contato com uvas e vinho desde os 8 anos de idade.

Primeiro espumante do DF é do Vinhedo Lacustre
Primeiro espumante do DF é do Vinhedo Lacustre(foto: Ed Alves/CB)

 

A filosofia do especialista é elaborar um vinho com o mínimo de intervenção humana. Provando ter um pé no cerrado, o gaúcho quer que os próximos lançamentos prestigiem o quadradinho e, por isso, pensa em valorizar cada vez mais os sabores característicos daqui.

Ele toca também um projeto solo: a casa de vinhos naturais e fermentados Sanabria, um wine bar e loja. O refúgio, em meio às quadras 406 e 407 da Asa Norte, é ponto de degustação de vinhos artesanais, enquanto se escuta um bom vinil. Segundo Carlos, a música tem um porquê: "Além de cair bem com o momento, as ondas sonoras equilibram o vinho".

Um guia da bebida

 

 19/09/2022. Crédito: Ed Alves/CB. Revista. Brasil. Brasília - DF. Especial Vinhos e Vinhedos. Na foto Marcos Ritter.
19/09/2022. Crédito: Ed Alves/CB. Revista. Brasil. Brasília - DF. Especial Vinhos e Vinhedos. Na foto Marcos Ritter.(foto: Ed Alves/CB)

•Vinhedo, parreira, videira — Pé de uva

•Vitivinicultor — Planta, cuida do vinhedo e é também enólogo.

•Enólogo — Apreciador de vinho e especialista no assunto.

•Sommelier — Responsável pelo serviço do vinho e degustação. Direciona qual é o tipo apropriado ao paladar e ao bolso.

•Cepa ou casta — É o tipo da uva: chardonnay, cabernet sauvignon, pinot noir, syrah (a mais comum aqui) e outras.

•Fermentação alcoólica — Processo que transforma o açúcar natural da uva em álcool, sob a ação de microrganismos.

Para turistar

Mara Flora Lottice Krahl, sommelier, consultora e professora do Departamento de Turismo da Universidade de Brasília (UnB), explica que o enoturismo pressupõe deslocamento e infraestrutura turística (onde comer e, se for o caso, onde dormir), e celebra o avanço da atividade. “Observamos um crescimento exponencial em regiões do Rio Grande do Sul e em todos os estados que têm vinicultura, a exemplo do DF. O interessante é que a cultura do vinho enquanto objeto principal do turismo tem capacidade de inserir outros setores, formando um ecossistema produtivo”, aponta.

Mara, porém, lembra que a prática enoturística não se limita ao mundo rural. “Ele complementa e tem relação de interdependência com o universo urbano, onde está o principal público consumidor e os agentes de mercado.”

Negócio familiar

Quando o portão da Casa Vitor se abre, é fácil se sentir realmente em casa. Aves, um lago repleto de peixes e um jardim colorido introduzem o campo de videiras. A sommelier e sócia do vinhedo, Renata Vitor, 31 anos, garante que o pôr do sol é de tirar o fôlego.

Em 2018, a médica Marina Vitor e o agricultor Carlos Vitor, tios de Renata, decidiram unir a paixão pelo campo à produção da bebida em uma propriedade localizada no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), no Paranoá. "Vitor" é sobrenome e uma homenagem a um dos filhos de Carlos, que faleceu ainda criança. O vinhedo segue administrado pela família desde então — e isso faz toda a diferença.

  • A sommelier Renata Vitor puxou dos tios a paixão por vinhos, da produção à degustaçãoArquivo pessoal
     

O então cultivo de soja, feijão e milho virou somente de uva. Em setembro de 2019, foram plantadas sete mil mudas da syrah. A primeira produção saiu em 2021. O casal mora na propriedade e usa um dos quartinhos como cave para os vinhos, com temperatura regulada. Os rótulos ainda não foram para impressão, então, Renata escreve no recipiente à mão. E fica charmoso. Os visitantes aproveitam para pedir dedicatórias e eternizar momentos na garrafa.

A casa abre aos sábados com programação das 16h às 21h, com espaço para 35 pessoas. O roteiro inclui visita às parreiras, brinde no fim da tarde e um jantar em quatro etapas, elaborado por Marina, que ama inventar na cozinha. Mineira, ela deixa um pouco do Vale do Jequitinhonha (MG) nos pratos. Carlos trabalha até hoje nas plantações. Além de uvas viníferas, há produção de uvas de mesa — que, em setembro, estão na fase do pinto, ficando roxas — e um pomar doméstico com macieiras e pereiras. As flores que ocupam o terreno servem para controle biológico, porque impedem insetos e pássaros de atacarem os pés.

O interessante é que a proposta caseira do vinhedo abraça outras pessoas da região. "Buscamos trazer gente que é querida por nós e incentivar o trabalho entre eles, seja na cozinha, seja na lavoura. Parte da decoração também vem de artesãs daqui", conta Renata. Mulheres artistas reciclam garrafas de vinho usadas da Casa Vitor e usam os frutos cabaça e coité para criar objetos, que estão à venda no local.


Correio Braziliense sábado, 24 de setembro de 2022

CINEMA: TRÊS CONTINENTES NO 8º FESTIVAL INTERNACIONAL E CINEMA DE BRASÍLIA

 

Três continentes no 8º Festival Internacional de Cinema de Brasília

O 8º Festival Internacional de Cinema de Brasíliia (BIFF) terá, além da parte competitiva, duas mostras, uma para o público jovem e uma oficina de Tik Tok gratuita

NM
Nahima Maciel
postado em 24/09/2022 06:00
 
 
 
 (crédito: Fotos: Divulgação - Kris Dewitte )
(crédito: Fotos: Divulgação - Kris Dewitte )

O 8º Festival Internacional de Cinema de Brasília (BIFF) bateu recorde de inscrições em relação às edições mais recentes. Com o retorno ao presencial e a retomada do setor cultural, filmes que estavam represados por conta do fechamento de salas e suspensão de festivais em consequência da pandemia buscam agora público e espaço. No total, mais de 3 mil produções se inscreveram para passar pela seleção. "Foram muitos filmes finalizados em 2021 e 2022, mostrando que a pandemia fez com que muita gente conseguisse finalizar, porque tinha muito filme finalizado", explica Anna Karina, idealizadora do BIFF. "Atendendo critério do festival foram mais de 800 filmes. Acho que, em relação aos anos anteriores, foi uns 60 a 70% a mais. E num curto espaço de tempo."

Para Anna Karina, a seleção traz uma certa "maturidade emocional" que ela arrisca atribuir à pandemia. "Temos pouca relação amorosa e questões mais reflexivas e bem pontuais em termos da política que o mundo está enfrentando, o negacionismo… Há uma inquietude, parece que os roteiros não estão tão ligados a fórmulas. Até o cinema japonês, que podia ter mais fantasia, terror, vem na esteira de um certo vazio político", avalia. "Acho que a pandemia veio muito trazendo um certo confinamento interior que gerou também profundidade."

 Além da mostra competitiva, a programação também inclui BIFF Júnior Competitiva, com filmes inéditos destinados ao público jovem, e o Mosaico Brasil — O novo cinema brasileiro, um olhar para a produção nacional que trouxe algumas surpresas, como um longa feito em libras e Desconectados (Pedro Ladeira, Paulo Saldaña e Ana Graziela Aguiar), sobre o impacto do fechamento das escolas durante a pandemia.

Nessa mostra entra também Meu tio José (Ducca Rios), animação com Wagner Moura e Tonico Pereira que conta a história de um ativista de esquerda que participou do sequestro do embaixador americano durante a ditadura. A mostra traz ainda o documentário Abdzé wede'o, o vírus tem cura?, de Divino Tserewahú, sobre o luto, a perda e o impacto da pandemia na aldeia indígena de Sangradouro.

As oficinas têm entrada franca e vão ocorrer no Sesc Garagem e no Sesc do Setor Comercial Sul. 


Correio Braziliense sexta, 23 de setembro de 2022

PARA BELISCAR: PONTÃO RECEBE QUARTA EDIÇÃO DE FESTIVAL DE PETISCOS

 

Para beliscar: Pontão recebe quarta edição de festival de petiscos

Publicado em festival

É de fato uma das vistas mais bonitas da cidade as águas do Lago Paranoá iluminadas pelo reflexo das luzes, que vem da orla na avenida das Nações, quando cai a noite sobre o Pontão. Além do visual, você pode curtir a maratona de pequenos sabores contidos nos petiscos especiais oferecidos por cada um dos 10 estabelecimentos instalados na área. Eles fazem parte da 4ª edição do Petisqueiros do Pontão, que começou ontem (22) e vai até 7 de outubro. Tendo como temática “entre amigos, petiscos para compartilhar”, as receitas disputam o título de melhor petisco e você, além do júri profissional, também vai poder votar. Escolha o seu preferido no site www.pontao.com.br.

 

Camarão grelhado com queijo coalho e catchup de goiabada do Manzuá. Crédito: Petisqueiros/Divulgação

 

Pelo menos quatro concorrentes usaram o camarão como ingrediente principal: Med Cuisine com arancini de camarão e aioli de coentro (R$ 49); Mormaii, cestinha de banana-da-terra recheada de camarão (R$ 65 para duas pessoas); Manzuá com o crustáceo grelhado com queijo coalho e catchup de goiabada (R$ 75 serve duas pessoas) e Wine Garden, cestinha de massa de pizza recheada com camarão ao molho de gorgonzola (R$ 79 para duas pessoas).

Asinhas de frango empanadas, cuscuz marroquino e molho de gengibre com pimenta calabresa do Fausto & Manoel. Crédito: Petisqueiros/Divulgação

Na minha opinião tiveram destaque no sabor as asinhas de frango empanadas, cuscuz marroquino e molho de gengibre com pimenta calabresa do Fausto & Manoel (R$ 74,90); também de frango coxinhas crocantes com molho de abacaxi servidas com gergelim e coentro do Same Same (R$ 79,90 ); a polenta com rabada e aioli de agrião do Gran Bier (R$ 46); o baby beef grelhado com molho de cogumelos e fritas do Sallva (R$ 95) e as tiras de filé-mignon ao molho shoyu com shimeji e ciabata com alho (R$ 89). Todos petiscos servem duas pessoas.
Boa surpresa causou aos jurados a mais nova grife do Pontão: Pastelaria do Beto que serve no quiosque croquete de cupim com aioli trufado e geleia de pimenta biquinho por R$ 57,90.


Correio Braziliense quinta, 22 de setembro de 2022

ARTES CÊNICAS: MUSICAL *CARMIM* APRESENTA INUSITADO TRAJETO ARTÍSTICO DE UM COMPOSITOR, LAMARTINE BABO

 

Musical 'Carmim' apresenta inusitado trajeto artístico de um compositor

Musical de Roger Mello conta episódio da vida de Lamartine Babo com cantores e atores de Brasília

NM
Nahima Maciel
postado em 22/09/2022 06:00
 
 (crédito:  Diego Bresani/Divulgação)
(crédito: Diego Bresani/Divulgação)

O escritor e ilustrador Roger Mello partiu de uma história muito inusitada para criar o musical Carmim, em cartaz a partir desta quinta-feira e até 2 de outubro no Espaço Cultural Renato Russo. O imbróglio começa em 1935, quando o compositor Lamartine Babo começou a trocar cartas com uma moça chamada Nair, de Boa Esperança, interior de Minas Gerais. As cartas empolgaram o músico até cessarem por conta de um noivado da moça.

Lamartine descobriu então que, na verdade, quem escrevia e assinava as cartas era o próprio maestro que o convidara, na esperança de que ele, um dia, desembarcasse na cidadezinha aos pés das montanhas. Em vez de ficar zangado, Lamartine aceitou a confusão e escreveu o samba-canção Serra da Boa Esperança, um dos clássicos do repertório do músico. "Fiquei muito impressionado com a história", conta Roger. "A peça não é sobre o Lamartine, mas essa coisa que aconteceu em 1935, que é uma história muito estranha."

No palco, 10 atores e atrizes, incluindo quatro instrumentistas, encenam a visita do sambista a Boa Esperança e a descoberta da farsa criada pelo maestro, que é vivido pela cantora Ariadna Moreira. Nomes como Caísa Tibúrcio, Renata Menezes e Victor Angeleas completam o elenco, que canta músicas criadas entre 1927 e 1930. Roger Mello conta que decidiu encenar a história porque sempre achou esse fato muito estranho. "É uma época muito, muito moderna de pessoas muito doidas. O mundo está mais careta agora", repara o diretor, que já montou nove espetáculos e contou com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para levar Carmim ao palco.

Carmim

Direção: Roger Mello. Elenco: André Araújo, Ariadna Moreira, Artur Gedankien, Caísa Tibúrcio, Fernanda Vitória, Larissa Lopes, Renata Menezes, Roger Vieira, Victor Angeleas, Ze Krishna. Hoje, amanhã e domingo, às 20h, no Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul). Ingressos:
R$ 20 e R$ 10 (meia), à venda na plataforma Sympla

 


Correio Braziliense quarta, 21 de setembro de 2022

PRÊMIO CANDANGO DE LITERATURA: SERÁ ENTREGUE HOJE PARA VENCEDORES EM SETE CATEGORIAS

 

Quarta-feira de festa para vencedores do Prêmio Candango de Literatura

Prêmio Candango de Literatura será entregue hoje aos vencedores em sete categorias. Diversas gerações e continentes estão representados entre os finalistas

NM
Nahima Maciel
postado em 21/09/2022 06:00
 
 
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Com uma lista de 70 finalistas, a primeira edição do Prêmio Candango de Literatura vai distribuir R$ 180 mil em prêmios aos vencedores na noite de hoje. Para celebrar a premiação, a comediante Adriana Nunes sobe ao palco acompanhada de Manassés de Sousa para realizar o espetáculo Floripes. Depois, é a vez do show Rizoma, de Lenine. Uma homenagem a Lygia Fagundes Telles, morta no início de abril, também está programada. A premiação será transmitida ao vivo do Teatro Plínio Marcos, no Eixo Cultural Ibero-americano, a partir das 19h30.

Entre os finalistas na categoria romance estão nomes como Marçal Aquino, com Baixo esplendor, Antônio Xerxenesky, com Uma tristeza infinita, Natalia Timerman, com Copo vazio, Ilza Scamparini, com Atirem direto no meu coração, e Germano Almeida, com A confissão e a culpa. Na categoria Contos há desde veteranos, como Ana Maria Machado com Vestígios, e João Anzanello Carrascoza, com Tramas de meninos, até autores celebrados da jovem literatura contemporânea, como Daniel Galera, com O deus das avencas. O Prêmio Brasília também tem autores de diferentes gerações. É o caso de Lourenço Cazarré, que concorre com o infantojuvenil Amor e guerra em Canudos, e Fabiane Guimarães, autora de Apague a luz se for chorar.

 Um total de 1.984 inscrições foram recebidas vindas de autores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique e Portugal. "Espalhamos a ideia para todos os países de língua portuguesa e o resultado está aí; 1.984 obras inscritas, um número a meu ver sibilino, parece ter surgido de um oráculo ou qualquer coisa por aí lembrando George Orwell", diz Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura. "Acredito firmemente naquela definição dada por Monteiro Lobato, segundo a qual um país se faz com homens (e mulheres, claro) e livros. Já se passou quase um século desde então, mas na realidade atual se pudermos trocar uma pistola por um livro, já estaremos avançando…"

Um júri formado por nomes como Antonio Carlos Secchin, Claufe Rodrigues, Cida Pedrosa, Regina Dalcastagnè e Raimundo Carreiro ficou responsável pela escolha dos finalistas e dos vencedores, que serão revelados na noite de hoje. O escritor Ignácio de Loyola Brandão fez a curadoria e ajudou na elaboração do edital, na definição dos critérios de julgamento e na escolha do júri.

CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO DO I PRÊMIO CANDANGO DE LITERATURA

Nesta quarta-feira (21/9), às 19h30, no Teatro Plínio Marcos do Eixo Cultural Ibero-americano. Transmissão ao vivo pelo perfil do prêmio no Instragram (@premiocandangodeliteratura)


Correio Braziliense terça, 20 de setembro de 2022

JACARANDÁS: FLORAÇÃO ENCANTA OS BRASILIENSES ANTECIPANDO A PRIMAVERA

 

 

Floração dos jacarandás encanta os brasilienses antecipando a primavera

Frondoso, o jacarandá mimoso rouba a cena e arranca suspiros dos apaixonados pela natureza exuberante do cerrado. Árvores são de fácil manejo, sendo usadas em reflorestamento e paisagismo

LD
Luciana Duarte*
postado em 20/09/2022 06:00 / atualizado em 20/09/2022 06:09
 
 
 
 19/09/2022. Crédito: Luciana Duarte/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Jardim de Jacarandá na Segunda Avenida 301 do Sudoeste. -  (crédito:  Luciana Duarte/CB)
19/09/2022. Crédito: Luciana Duarte/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Jardim de Jacarandá na Segunda Avenida 301 do Sudoeste. - (crédito: Luciana Duarte/CB)

Quando o saudosismo das floradas rosas, amarelas e brancas dos ipês começa invadir a alma dos brasilienses, surgem os tons de azuis e roxo e púrpura dos jacarandás-mimosos espalhados pela cidade. Essas árvores exuberantes chegam a atingir 15 metros de altura e florescem entre os meses de agosto e novembro.

  • Para Patrick, a sombra da copa dos jacarandás é um alívio no solLuciana Duarte/CB
     

Apesar de ser colocado popularmente entre as espécies de jacarandá, o Jacaranda Mimosifolia é parente dos ipês e não dos jacarandás verdadeiros, entre os quais se encontram o da Bahia (Dalbergia Nigra) e o do cerrado (Dalbergia Violacea). Entretanto, os três tipos de árvores são originários da América do Sul, se adaptando muito bem aos climas quentes e temperados, de acordo com o botânico Augusto Cesar Soares, servidor aposentado do Jardim Botânico de Brasília (JBB).

Com fácil manufatura, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) considera a madeira dos jacarandás verdadeiros e do jacarandá-mimosos nobre, sendo destinadas à produção com esculturas, móveis e instrumentos musicais. Parte considerável das obras do período da arte barroca no Brasil foram esculpidas com essas plantas. Mas, a exploração predatória, desde a chegada dos europeus ao país, provocou uma larga devastação e, hoje, é raro haver a reprodução de forma espontânea.

 Pelas características e pelo rápido desenvolvimento, atingindo o máximo do crescimento com cinco anos de plantio, o jacarandá mimoso é um ótimo exemplar quando o assunto é paisagismo e em reflorestamento. Além dos cachos de flores, a árvore fornece sombra ampla e agradável. Há, ainda, um valor simbólico associado à imagem da planta — como ela perde praticamente todas as folhas antes de florescer, é vista como sinal de renascimento.

Apesar de atrair olhares pela beleza ímpar, a árvore é pouco conhecida, sendo confundida com os ipês. Morador de Ceilândia, Vakesander da Silva Sales trabalha como lavador de carros ao lado de uma praça na CLSW 104, rodeada de vários pés de jacarandás. "Sempre vejo as pessoas pararem para tirar fotos, até já tirei uma foto minha também. Mas achava que era um tipo de ipê", disse.

José Geraldo, 57 anos, é um apaixonado por plantas. O morador do Sudoeste conta que sabe que a florada da árvore ocorre no final de agosto, mas desconhecia o nome da planta. "Fico admirado com as cores tão vivas", confessa. O funcionário público herdou a paixão da mãe pela natureza e se dedica a plantar árvores em espaços sem vegetação no DF. "Eu guardo as sementes das frutas que consumo, cultivo em casa e, depois, transfiro para um lugar que acredito adequado", detalha.

 Patrick Luiz Lamarca, 22 anos, orgulha-se em dizer que mora em frente a uma reserva ambiental, no Guará 2. Admirador da natureza, ele sabe que a planta de floração azulada não é um ipê, mas desconhecia o nome. "O jacarandá é deslumbrante, com uma copa muito grande que produz flores lindas e uma sombra muito agradável a maior parte do ano", descreve.

Cultivo

Para quem quiser cultivar a árvore é importante ficar atento à irrigação, à adubação, à prevenção de pragas e à poda. O botânico Augusto César explica que o ideal é procurar um especialista para cuidar da maneira mais eficiente do espécime, mas dá algumas dicas básicas. "Quando o plantio se fizer usando sementes, será preciso germinar e aguardar que a planta atinja pelo menos 80 centímetros para o replantio, quando, deverá ser garantida a irrigação até a planta se tornar adulta", informa.

As árvores podem ser plantadas próximas a estruturas de concreto pois as raízes são do tipo "pivotantes", ou seja, não se espalham, crescendo em direção ao lençol freático. Por se tratar de uma espécie que produz flores e frutos secos, ela atrai insetos para polinização e pássaros que se alimentam das sementes. Além disso, as flores são comestíveis, e, segundo Augusto César, vai bem em uma salada.

Saiba mais

Nome científico: Jacaranda Mimosifolia

Tempo crescimento máximo: 5 anos

Flores: próprias para consumo humano

*Estagiária sob a supervisão de Guilherme Marinho

 


Correio Braziliense segunda, 19 de setembro de 2022

SÃO LONGUINHO: QUEM FOI O SANTO BAIXINHO QUE *AJUDA" A ENCONTRAR COISAS PERDIDAS

 

Quem foi São Longuinho, o santo baixinho que 'ajuda' a encontrar coisas perdidas

Conheça mais sobre aquele para o qual a tradição popular dedica o ato de dar três pulinhos para encontrar um objeto perdido

BBC
Edison Veiga - De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
postado em 19/09/2022 09:16
 
 (crédito: Domínio Público)
(crédito: Domínio Público)
São Longuinho, em trecho de ilustração grega antiga
Domínio Público

Para quem fala português, parece até piada que um santo de nome Longuinho tenha sido um homem reconhecido como de baixa estatura. E com dificuldade de locomoção. É o que se acredita a respeito de São Longuinho, aquele para o qual a tradição popular dedica o ato de dar três pulinhos e — surpresa! — ele ajuda a se encontrar um objeto perdido.

Mas sua identidade, contudo, é bastante controversa. Longinus, seu nome latino, provavelmente seja uma referência à lança comprida que, segundo relatos bíblicos, o soldado romano teria utilizado para perfurar o peito de Jesus na cruz, para ter a certeza de que ele estava morto.

"São Longuinho é dos santos mais populares da Igreja, e sua devoção remonta aos tempos da igreja primitiva. O nome 'Longuinho' é um derivação de 'Longinus', termo latino que designa um tipo de lança romana", explica o escritor e teólogo J. Alves, pesquisador de histórias de santos.

"Existem poucos relatos históricos sobre a vida desse personagem, mas é interessante pensar em seu nome como, lendariamente, essa associação à lança", pontua o estudioso de hagiologias Thiago Maerki, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e associado da Hagiography Society, dos Estados Unidos.

Segundo o Evangelho de João, os judeus não queriam que os corpos dos executados ficassem expostos na cruz durante o sábado, por conta da Páscoa. "Pilatos ordenou, então, que os soldados lhes quebrassem as pernas e os retirassem da cruz. Como Jesus já estava morto, um dos soldados abriu-lhe o lado com um golpe de lança", diz Alves.

"A tradição popular identifica São Longuinho como esse soldado romano, o centurião Cássio, que teria traspassado o lado de Jesus com a lança, de onde saiu sangue e água", completa o pesquisador Alves.

Nos evangelhos canônicos, não há menção ao nome do soldado. "Mas há uma referência a Longuinho no livro apócrifo dos Atos de Pilatos, que foi produzido por volta do século 6 ou 7 depois de Cristo", diz Maerki.

"Concretamente o que se sabe originalmente dele é o registro no Martirológio [o livro com o nome dos santos católicos]: 'Em Jerusalém, a comemoração de São Longino, venerado como o soldado que abriu com a lança o lado do Senhor pregado na cruz'", pontua José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia e professor na Universidade Estadual Vale do Acaraú, no Ceará.

Lira ressalta que a Bíblia, "o texto sagrado, não lhe atribui nome, nem seus feitos, mas a tradição o registra".

Na Legenda Áurea, conjunto de narrativas hagiográficas reunidas por volta de 1260 pelo arcebispo de Gênova, Jacopo de Varazze (1229-1298) há a menção de que Longuinho tenha sido "um dos centuriões que vigiavam a cruz do Senhor por ordem de Pilatos" e que teria sido ele "quem perfurou o flanco do Senhor com a lança, mas vendo os prodígios que então aconteceram" teria se convertido.

São Longuinho, em iconografia do século 17
Domínio Público
São Longuinho, em iconografia do século 17

Depois da cruz

Pela tradição, quando o soldado acertou Jesus com a lança, o sangue teria espirrado nos olhos de Longuinho, curando-o de uma doença ocular que o deixava quase cego. "Dizem que isso se deveu ao fato de algumas gotas do sangue de Cristo terem escorrido pela lança e caído em seus olhos, até então turvados por doença ou por velhice, e que imediatamente passaram a ver com nitidez", diz Lira.

Segundo Alves, "diante desse fato miraculoso e vendo os acontecimento que sucederam com a morte de Jesus", o soldado se converteu, deixou o exército romano e teria fugido para a Capadócia, onde acabou sendo preso e martirizado.

Maerki analisa essa cura da cegueira como algo metafórico. "Significa que naquele momento, os olhos dele, físicos, carnais, se abriram para uma verdade de fé. Que ele conseguiu abrir seus olhos e enxergar por meio de uma fé cristã", comenta.

No livro apócrifo, a sina de Longuinho é narrada. "Ele teria sofrido uma perseguição muito grande por ter transpassado o corpo de Jesus, condenado a ficar em uma caverna onde, todas as noites, um leão aparecia e o despedaçava até o amanhecer. Depois, seu corpo se regenerava e ele voltava ao normal, em uma espécie de padrão que se repetiria até o fim dos tempos", narra Maerki. "É uma tradição lendária. São tradições construídas na Idade Média."

E é também lendária a narrativa sobre seu martírio. Acredita-se que Longuinho tenha feito um trabalho de evangelização na Capadócia e isso veio a incomodar os judeus ali assentados. "Autoridades então relataram o problema a sacerdotes de Jerusalém que, por sua vez, avisaram Pilatos [o governador romano que, pela tradição, teria sido o juiz da condenação de Jesus]. Longuinho teria sido então, condenado à morte por traição", diz Maerki.

Dois soldados foram então enviados para encontrá-lo, com a missão de trazerem para Pilatos a cabeça dele. Quando chegaram a Capadócia, foram pedir informações em uma casa. Era a casa do próprio Longuinho que, como não foi reconhecido, recebeu seus algozes e ofereceu hospedagem. Na hora da despedida, os encarregados da execução disseram que não teriam como agradecer por tamanha hospitalidade.

São Longuinho, em ilustração grega antiga
Domínio Público
"São Longuinho é dos santos mais populares da Igreja", diz teólogo

"E ele teria revelado. Sou Longuinho, a quem vocês estão procurando. E estou pronto para morrer. O maior presente que vocês podem me dar é cumprir as ordens de quem os enviou", diz Maerki.

Outra versão é a que consta da Legenda Áurea. Conforme conta Lira, ali diz que Longuinho renunciou à carreira militar, foi instruído pelos apóstolos de Jesus e passou 28 anos de vida monástica em Cesareia da Capadócia — atual Caiseri, na Turquia. "Converteu muita gente à fé por sua palavra e seus exemplos", diz o pesquisador.

De acordo com essa versão, ele foi aprisionado e teve os dentes e a língua arrancados, mas mesmo assim conseguia seguir falando. E que quando ele foi condenado à morte, o governador que o sentenciava, estava cego. Longuinho teria dito que logo após a sua morte, ele intercederia pela sua cura de "corpo e alma". "No mesmo instante o governador mandou cortar sua cabeça. Imediatamente recuperou a vista e a saúde e até o fim da vida praticou boas obras", conta Lira.

Três pulinhos

Em um tempo em que não havia processos de canonizações como hoje, ele acabou se tornando santo por conta do martírio relatado. "A tradição uniu-se ao registro bíblico e isso facilitou seu reconhecimento num tempo em que não haviam beatificações, mas, canonizações diretas pelo registro das atas dos martírios que deu origem ao Martirológio", explica Lira. A oficialização de sua santidade foi feita pelo papa Silvestre 2o (950-1003) no ano de 999.

"Ele é daqueles santos mártires que viveram nos primórdios do cristianismo e deram testemunho da fé, derramando o próprio sangue em nome de Jesus", argumenta Alves. "O testemunho da radicalidade do Evangelho, que, em nome de Jesus, não teme a morte, como uma lança, afeta o coração do sistema político e religioso do Império Romano e, aos poucos, põe em questão o culto divino ao imperador. É nesse contexto sociopolítico e religioso de uma mudança de era, que devemos situar a vida de São Longuinho, que é tido, pela tradição popular, como testemunha ocular da crucifixão de Jesus."

"No Brasil, há essa camada interpretativa muito comum entre o povo mais simples que se tornou algo forte: os três pulinhos para São Longuinho", comenta Maerki.

E de onde vem a ideia de ele ser aquele que ajuda a encontrar objetos perdidos? Segundo Alves, tudo começou porque Longuinho era um soldado baixinho.

"Tal crença estaria relacionada à baixa estatura dele que, antes da conversão, servia a alta corte romana, durante os banquetes e festas. O fato de ser baixinho lhe permitia uma visão privilegiada dos objetos caídos ao chão, por baixo das mesas, os quais eram recolhidos por ele e entregues a seus donos", conta o pesquisador.

E há uma outra explicação, que é relacionada à sua própria canonização, formalizada quase mil anos após sua morte, pelo papa Silvestre 2o. (950-1003). "Parte da documentação do processo havia sido desviada e o papa teria pedido ajuda ao santo para encontrar tais documentos. Logo, tudo foi reencontrado", afirma Alves.

Ele relata também que há outra tradição que aponta que São Longuinho tinha dificuldade de locomoção. "Daí a origem dos três pulinhos. Lenda ou não, nada mais atual e necessitante do que a mensagem de São Longuinho, que intercede a Deus pelo resgate de nossa perdas físicas, morais e espirituais, sofridas tanto no âmbito individual e familiar como no âmbito social", diz Alves.

Há ainda uma outra curiosidade a respeito do personagem cristão, segundo uma vertente do espiritismo. No livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, publicado em 1938 pelo médium Chico Xavier (1910-2002) — em alegada psicografia atribuída ao jornalista e escritor Humberto de Campos (1886-1934) —, há a tese de que o imperador dom Pedro 2º (1825-1891) teria sido a reencarnação de São Longuinho.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62904563


Correio Braziliense domingo, 18 de setembro de 2022

IPÊS-ROSA: ÁRVORES PINTAM A CIDADE COM A COR DO AMOR E ENCANTAM BRASILIENSES

 

Ipês-rosa pintam a cidade com a cor do amor e encantam brasilienses

Chegou a vez de os ipês-rosa embelezarem a capital do país. Mesmo se destacando entre as árvores do cerrado, o ipê tem características semelhantes às demais do bioma

IB
Isabela Berrogain
postado em 18/09/2022 06:00
 
 
 
Nesta época do ano, o ipê-rosa direciona os nutrientes coletados do solo e as reservas energéticas na floração, que coincide com o auge da seca -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Nesta época do ano, o ipê-rosa direciona os nutrientes coletados do solo e as reservas energéticas na floração, que coincide com o auge da seca - (crédito: Ed Alves/CB)

A floração dos ipês traz alívio para a paisagem seca de Brasília nesta época do ano. As árvores tradicionais do cerrado fazem parte da identidade da capital federal e sempre surpreendem os brasilienses quando dão início a uma nova floração. Agora, chegou a vez dos ipês-rosa, que pintam a cidade com a cor do amor.

A turista recifense Daniela de Sá, que costuma visitar Brasília semestralmente, sente falta dos ipês na capital de Pernambuco. "Sempre que estou em Brasília e saio para andar, vejo muitos ipês. É a coisa mais linda do mundo, principalmente quando bate o sol e ilumina as árvores. Eu sinto muita falta de poder apreciar a beleza dos ipês", lamenta ela, que mora em uma área pouco arborizada da capital pernambucana. "Apesar de admirar todos os ipês, para mim, os rosas são os mais bonitos. Eu amo a combinação do rosa das flores com o azul do céu de Brasília, que é um show à parte", diz. 

Até mesmo os que moraram em Brasília a vida toda renovam o encantamento com a beleza dos ipês a cada florada. É o caso da estudante Ana Luiza Campos, amante das árvores do cerrado. "Entre as coisas que ajudam a lidar com esta seca intensa, ver os ipês pela cidade é a minha preferida", afirma. Para Ana, a variedade de cores é o que mais chama atenção nas árvores, com destaque para os ipês-rosa. "É engraçado como vira até tópico de conversa: 'Você viu o ipê da 206? Está lindo!' ou 'Já está na época dos ipês-rosa?", destaca.

 

  • FRASE "Dentre as coisas que ajudam a lidar com essa seca intensa, ver os ipês pela cidade é a minha preferida" Ana Luiza Campos, estudanteFotos: Ed Alves/CB/D. A Press

  • Nesta época do ano, o ipê-rosa direciona os nutrientes coletados do solo e as reservas energéticas na floração, que coincide com o auge da secaEd Alves/CB

  • 13/09/2022 Crédito: Ed Alves/CB. Cidades. Ipe Rosa.Ed Alves/CB

A estudante costuma registrar os ipês vistos pela capital federal. "São sempre uma miragem no meio da secura e formam uma paisagem linda, além de serem um símbolo da cidade", declara. As fotos, e até endereços de onde encontrar as árvores mais bonitas, são compartilhadas com a família, que também admira a beleza das flores.

Nutrientes

Matheus Reis, coordenador do núcleo de divulgação científica do projeto A Vida no Cerrado, explica o motivo da floração dos ipês durante o período de seca. "Uma das suas principais características é ser uma árvore decídua, ou seja, ela perde as folhas de sua copa durante um período de estiagem. Essa estratégia evolutiva permite que, durante a seca, os ipês tenham um gasto energético menor do que as plantas que mantêm suas folhas o ano todo", justifica. Segundo o coordenador, esse processo é responsável por possibilitar que o ipê direcione os nutrientes coletados do solo e as reservas energéticas na floração, que coincide com o ápice da seca.

Mesmo se destacando entre as árvores do cerrado, o ipê conta com características similares às demais do bioma. "O ipê possui raízes que se aprofundam bastante no solo, o que possibilita que ele retire água e os nutrientes necessários para se manter mesmo na seca, já que os recursos do ambiente ficam mais escassos", informa. "O que mais chama atenção nessas árvores é a cor de suas flores, que contrasta com a vegetação predominantemente marrom presente nos campos do cerrado", opina Matheus. Os ipês também chamam atenção pelo tamanho. Podendo chegar a até 30 metros de altura, essas árvores costumam ser maiores que a maioria no cerrado. 


Correio Braziliense sábado, 17 de setembro de 2022

MÚSICA: FESTIVAL YADOLÊ REÚNE VOZES DAS MULHERES NEGRAS EM FESTA CULTURAL

 

Festival Yadolê reúne vozes das mulheres negras em festa cultural

O festival Yadolê reúne, neste sábado (17/9) e domingo (18/9), 13 artistas de diversas partes do Brasil e do mundo para ocupar o Museu Nacional da República

PA
Pedro Almeida*
postado em 17/09/2022 06:00
 
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A voz das mulheres negras do Brasil e do mundo reverbera neste fim de semana em Brasília com o festival de música Yadolê. O evento, a ser realizado no Museu Nacional da República, conta com programação neste sábado (17/9) e domingo (18/9), sempre a partir das 19h. Mayra Andrade, Margareth Menezes e Teresa Lopes são os grandes destaques. A entrada é gratuita mediante retirada de ingresso on-line.

Criada no Cabo-Verde, país africano lusófono, Mayra rememora que o primeiro contato com a música foi por meio de canções brasileiras. A língua aproxima os dois países, mas há similaridades que vão além. No entanto, a artista fincou morada em vários locais, como Lisboa e Paris. "A minha vivência é muito rica nesse ponto de ter morado em vários lugares, absorvido culturas muito distintas", revela a cantora em entrevista ao Correio. "Moldou muito a minha forma de ver o mundo, de olhar para as coisas, olhar para as diferenças e me enriquecer a partir delas. Absorver tudo isso e traduzir isso em som, em música", completa.

Ainda que Mayra exalte o conceito do festival Yalodê, que visa empoderar as mulheres negras por meio da música, a cantora, no entanto, acredita que a própria existência de evento com tal recorte evidencie a falta de representatividade para elas: "A questão do protagonismo e da representatividade serem regra e não exceção vem nos lembrar como ainda temos problemas por resolver. Eu idealizo um mundo em que não sejam necessários festivais para mulheres negras porque teremos conquistado um lugar de fala equilibrado no mundo".

O primeiro show da artista em Brasília terá como base o álbum Manga, lançado em 2019, mas, para brindar a abertura, haverá espaço para surpresas no repertório. "Eu tenho preparado um momento de muita verdade, de autenticidade no palco para que as pessoas saiam de lá de coração cheio e com sentimentos diferentes, partilhados de um momento verdadeiro de música e de comunhão, de conexão", conclui.

 

Correio Braziliense sexta, 16 de setembro de 2022

ENOLOGIA: BRINDA BRASIL TERÁ DOIS DIAS DE DEGUSTAÇÃO DE ESPUMANTE

 

Brinda Brasil terá dois dias de degustação de espumante

 
Das 20 vinícolas que confirmaram participação no Brinda Brasil hoje (16/9) e amanhã (17) no Brasília Shopping, 19 são do Rio Grande do Sul (apenas Suzin é catarinense de São Joaquim). É que o evento, desde o lançamento e também agora, em sua décima edição, é focado no espumante, o vinho branco de borbulhas que encontrou no solo gaúcho a melhor expressão do país, daí o sucesso no mercado nacional e nos canais de exportação. São dois dias de degustação no horário das 18h às 22h de todos os espumantes abertos nos estandes, que somam mais de 100 rótulos.

Além do salão, há um concurso que premiará com medalhas de ouro, prata e bronze os melhores em cada uma das seis categorias: nature, extrabrut, charmat, champenoise, demi-séc e moscatel, avaliados por um júri de enófilos e especialistas. Preside o júri, o sommelier Tiago Pereira, da Trattoria Da Rosario. O evento tem o apoio de Maria Amélia, consagrada grife de bolos e doces, e o patrocínio da Cooperativa Garibaldi. Outros expositores oferecerão produtos como geleias de Renata Mandelli, queijos da serra de Minas, embutidos de Pirenópolis e outros produtos, como cosméticos à base de uva fabricados pela Casa Valduga.

Crédito: Brinda Brasil/Divulgação

Desde 2011, 16 mil pessoas já visitaram o Brinda Brasil, informa o idealizador Rodrigo Leitão, que compartilha a realização do evento com o diretor executivo Sérgio de Albuquerque e a diretora de produção, Emília Carvalho. Ingressos à venda na bilheteria digital por R$ 165 cada noite.

Melhores espumantes

O evento conta ainda com uma premiação, o Prêmio Brinda Brasil. Concorreram 36 inscritos de oito vinícolas. Os vencedores foram escolhidos por um júri formado por especialistas que avaliaram o paladar médio do brasileiro. Confira abaixo a lista de vencedores.

Confira os vencedores de 2022

Grande Prêmio do Júri: Garibaldi Vero Brut Rosé – Vinícola Garibaldi
Melhor Nature: Batalha Champenoise – Vinícola Champenoise
Extra Brut: Garibaldi Acordes Extra Brut
Brut Champenoise: 130 Valduga Brut Rose
Brut Charmat: Garibaldi Vero Brut Branco
Demi-Séec: Campos de Cima Brut Rose Demi Sec e Casa Valduga Demi Sec
Categoria Moscatel: Larentis Moscatel


Correio Braziliense quinta, 15 de setembro de 2022

MILTON NASCIMENTO: ASTRO SE DESPEDE DE BRASÍLIA

 

Milton Nascimento apresenta, em Brasília, seu show de despedida dos palcos

Milton Nascimento apresenta em Brasília, somente hoje, na Arena Nilson Nelson, o espetáculo A última sessão de Música, que marca o afastamento definitivo dos palcos

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 15/09/2022 06:00
 
 
 (crédito:  Marcos Hermes/Divulgação)
(crédito: Marcos Hermes/Divulgação)

Há três anos Milton Nascimento saiu em turnê pelo país com o show Clube da Esquina — nome também do disco que, recentemente, foi considerado o mais importante da história da música popular brasileira. Naquela época, ele deixava subentendido que estava próximo de encerrar o ciclo de apresentações, que teve início em 1975, quando lançou os álbuns Minas e Gerais.

Quase um mês depois — em 11 de junho — ele estreou na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Em seguida, partiu em excursão pela Europa, onde o show foi visto em cidades da Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal. Numa igreja em Londres fez o registro audiovisual de A última sessão de música. De volta ao Brasil, Milton cantou novamente no Rio e foi a Porto Alegre, Salvador e Recife.

 Hoje, ele chega a Brasília e se apresenta, às 21h, na Arena Nilson Nelson. Usando figurino com a assinatura do estilista Ronaldo Fraga, ocupa um palco com cenário criado pelos artistas plásticos Os Gêmeos. A acompanhá-lo tem em cena a banda formada por Wilson Lopes (guitarra, violão e direção musical), Frederico Heliodoro (baixo), Lincoln Cheib (bateria), Ademir Fox (piano), Widor Santiago (sopros), Ronaldo Silva (percussão), Alexandre Primo Ito (arcos) e Zé Ibarra (vocais). Bituca (como é chamado pelos amigos) lançou mais de 40 discos de estúdio e outros tantos gravados ao vivo, é detentor de cinco prêmios Grammy e do título de Doutor Honoris Causa em música pela Universidade de Berklee, em Boston (EUA).

No show, o cantor vai revisitar sua obra, ao interpretar clássicos como Cravo canelaPra Lennon e McCartneyCaisClube da Esquina 2, Nada será como antesCoração de estudanteMaria Maria e Nos bailes da vida. Mas o repertório traz também canções não tão difundidas, mas igualmente importantes na obra do artista, entre as quais LiliaMorro VelhoOutubroPai GrandeTema de Tostão e a que dá título ao espetáculo.

Músico que iniciou a carreira na capital, tocando em bandas de baile, o saxofonista  Widor Santiago, que já acompanhou Erasmo Carlos, Djavan e Léo Jaime, faz parte da banda de Milton Nascimento há 20 anos. "Para mim, é um privilégio tocar com este gigante da MPB há duas décadas", afirma."Quando venho a Brasília, a sensação é de estar voltando para casa", acrescenta.

Última sessão de música

Show de Milton Nascimento e banda. Hoje, 21h, na Arena Nilson Nelson. Ingressos; R$ 100 (superior),
R$ 288 (cadeira anel), R$ 350 (cadeira gold) R$ 450 (cadeira premium) — valores referentes à meia entrada

Entrevista/Milton Nascimento

Milton, porque decidiu deixar de fazer shows depois da turnê A última sessão de música?

Essa foi uma decisão tomada depois de muita reflexão com meu filho, Augusto, e, na verdade, a gente já tinha pensado nisso até antes da pandemia. E, como foi tudo pensado com muita calma, acho que foi a hora certa.

Que avaliação faz dos seus 60 anos de trajetória artística?

Posso dizer que sou muito grato com tudo que vivi em todos esses anos de carreira. E ter a chance de me despedir dos palcos com essa turnê, tem sido muito emocionante para todos nós. Em cada cidade as pessoas tem nos recebido de uma forma incrível e que eu jamais imaginava.

Acho que todas as fases da nossa vida deixam um aprendizado importante. Por isso que considero tudo que vivi com muito carinho, até mesmo as passagens mais difíceis.

Entre as tantas canções que compôs, gravou e cantou em shows, há aquelas que são da sua preferência?

Depois de tantas músicas gravadas e tantos parceiros ao longo da vida, acho muito difícil escolher as preferidas. E eu posso dizer que tenho muito carinho por todas elas.

Na Europa, nós passamos por Itália, Espanha, Inglaterra e Portugal, e em todas as cidades as pessoas nos trataram de uma forma que eu jamais vou esquecer. E, no Brasil, nós já passamos por Rio, São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Recife, e em cada cidade foi uma carga impressionante de emoção que as pessoas passavam para gente.

Você que sempre abriu espaço em seu trabalho para jovens artistas, como vê a contribuição de Zé Ibarra, que integra a banda que o acompanha desde a excursão de o Clube da Esquina?

Zé Ibarra é um artista impressionante, e ainda vai construir muita coisa na música. Tudo que ele faz tem uma força que arrebata a gente.

Que importância atribui ao seu filho Augusto Nascimento, que há cinco anos cuida de sua carreira?

Eu devo a ele os momentos mais felizes da vida, tudo que a gente tem feito devo a ele. E nós nunca tivemos tanto prazer em fazer as coisas como nos últimos anos, desde viagens para shows, gravações, e cada temporada tem sido uma emoção diferente.

Desde quando lançou os álbuns Minas e Gerais que você vem a Brasília. Como vê a acolhida que recebe aqui?

Todos os meus projetos passaram por Brasília, sempre. É uma das cidades que eu mais gosto de fazer shows, e ter a chance de me despedir dos palcos no Nilson Nelson vai ser marcante na minha carreira.

Como eu tenho dito sempre, me despeço dos palcos, da música jamais.


Correio Braziliense quarta, 14 de setembro de 2022

TEMPO EM BRASÍLIA: BRASÍLIA ESTÁ EM ALERTA AMARELO POR RISCO DE FORTE ONDA DE CALOR

 

Brasília está em alerta amarelo por risco de forte onda de calor

O aviso do Inmet aponta para leve risco à saúde, devido a temperatura 5ºC acima da média por período de 2 até 3 dias. O alerta termina hoje, às 16h

EH
Edis Henrique Peres
postado em 14/09/2022 10:38 / atualizado em 14/09/2022 10:49
 
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O Distrito Federal está sob aviso de alerta amarelo devido a forte onda de calor que atinge a região central do país. O aviso emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) se deve ao risco à saúde devido a temperatura em torno de 5ºC acima da média esperada para o mês por um período de 2 a 3 dias.

A umidade relativa do ar varia ao longo do dia. “O máximo será de 70%, mas no horário mais quente da tarde, deve cair para até 10%”, alerta Heráclio. A temperatura se mantém sem grandes alterações ao longo da semana.

A boa notícia para quem não aguenta mais as altas temperaturas é que a onda de calor começa a perder força depois de hoje. "Mas a baixa umidade continua. Entre sexta e sábado, com o alívio relacionado a umidade, há chance de alguma chuva isolada, um crescimento da nebulosidade e um alívio na temperatura, que deve ficar entre 32ºC e 33ºC de máxima”, afirma.

  • Manter uma boa hidratação (água, sucos naturais, água de coco, etc). Sugerimos portar sempre que possível uma garrafa para reposição de líquidos.
  • Umedecer periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico.
  • Utilizar hidratantes labiais e cremes corporais para evitar ressecamento.
  • Utilizar umidificador, baldes ou bacias com água ou panos molhados para elevar a umidade do ar em casa.
  • Manter a adequada limpeza dos ambientes, evitando acúmulo de pó e favorecimento de ácaros e fungos, a fim de reduzir crises alérgicas.
  • Dar especial atenção às crianças e idosos, monitorando principalmente a questão de hidratação e doenças respiratórias.
  • Reduzir ou suspender, se possível, as atividades físicas nos períodos mais quentes do dia.
  • Dar preferência a refeições leves.
  • Usar roupas leves, chapéu ou boné.

Correio Braziliense terça, 13 de setembro de 2022

JK: HOMENAGEM A JUSCELINO MARCA OS 120 ANOS DE SEU NASCIMENTO

 

Homenagem a Juscelino Kubitschek marca os 120 anos de seu nascimento

Figuras importantes da política local e nacional compareceram à celebração do aniversário de 120 anos do presidente que construiu a capital do país. Elas destacaram o caráter visionário e a atuação democrática do estadista

NG
Naum Giló
postado em 13/09/2022 06:00
 
 
 
Aniversário de JK, um das figuras mais importantes da história do Brasil, foi marcado por celebração no memorial que leva seu nome -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Aniversário de JK, um das figuras mais importantes da história do Brasil, foi marcado por celebração no memorial que leva seu nome - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

É impossível falar de Brasília sem ao menos mencionar Juscelino Kubitschek, o aniversariante de ontem. Se estivesse vivo, o homem que realizou o sonho de construir a nova capital do Brasil completaria 120 anos. A data foi marcada por homenagens feitas por figuras importantes da cidade e da República, no Memorial JK. O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e os senadores e postulantes ao Palácio do Buriti Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PDT) compareceram ao encontro conduzido pelo empresário e também candidato a governador do Distrito Federal Paulo Octávio (PSD). Todos depositaram flores no túmulo do mandatário, que fica no Memorial.

O senador Randolfe Rodrigues deu destaque para as bases do combate às desigualdades regionais lançadas na gestão de JK, que décadas depois se tornariam princípio fundamental da Constituição de 1988. "É no governo de JK que temos a maior obra do século. Brasília não é a maior obra do século só para o Brasil, é para o mundo. É uma epopeia que não tem igual, que é inimaginável fazer na atualidade, imagine fazer isso nos anos 1950. Ele não sabia que era impossível e foi lá e fez. E depois de ter feito essa obra imensa e ter integrado o Brasil, combatido as desigualdades regionais e ter elevado o desenvolvimento nacional como nunca na história do país, qual foi a preocupação dele ao deixar o governo? A democracia", declarou o parlamentar. 

Rodrigues é um dos responsáveis pela reunião de registro dos discursos de JK durante o seus cinco anos de governo. A publicação do Conselho Editorial do Senado é constituída por cinco volumes que contém todos os pronunciamentos proferidos pelo estadista enquanto ocupava a cadeira presidencial, desde a difícil campanha pela eleição, em 1956, até 1960. 

"JK foi o maior estadista que o Brasil teve e hoje nós estamos celebrando os 120 anos do nascimento dele. E é com muita emoção que recebemos tantas pessoas aqui hoje e lançamos o último livro da coletânea que traz os discursos do meu avô quando era presidente", celebrou Anna Christina Kubitschek, presidente do Memorial JK.


Correio Braziliense segunda, 12 de setembro de 2022

MOSTRA CULTURAL: EXPOSIÇÃO NO SENADO HOMENAGEIA OS 200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

 

Exposição no Senado homenageia os 200 anos da Independência do Brasil

Desvendar um caminho próprio para repensar o processo da independência brasileira a partir das ações do Parlamento é o objetivo da exposição 200 Anos de Cidadania: O Povo e o Parlamento.

 

 (crédito:  Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Ag..ncia Brasil)
 
AB
Agência Brasil
postado em 10/09/2022 12:49
 
(crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Ag..ncia Brasil)

Organizada pelo Museu do Senado em parceria com o Centro Cultural da Câmara dos Deputados, a mostra percorre os caminhos da Independência e retrata a evolução dos direitos sociais, coletivos, civis, políticos e étnico-raciais, perpassando pelas conquistas legislativas mais recentes, dentre elas, as das pessoas com deficiência (PcDs), crianças, jovens e idosos bem como integrantes da comunidade LGBTQIA+.

O acervo reúne réplicas da Carta de 1824 e das demais seis Constituições brasileiras, todas serão disponibilizadas para manuseio pelos visitantes. Além de vídeos com entrevistas de historiadores e lideranças de diferentes segmentos da sociedade, segundo o curador da exposição, Sylvio Costa. Como o dinheiro foi um elemento importante na construção social do nosso país, cédulas e moedas históricas – cedidas pelo Museu de Valores do Banco Central - também estarão disponíveis na visitação.

A exposição foi inaugurada pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e estará aberta para visitação de hoje (10) ao dia 1º de dezembro, no Salão Negro do Congresso Nacional. Os horários de visitação são das 9h às 12h e das 13h às 18h, de segunda à sexta, e das 9h às 17h aos sábados e domingos. A entrada é franca.


Correio Braziliense domingo, 11 de setembro de 2022

ROCK IN RIO 2022: JULIETTE CONFIRMA SHOW NESTE DOMINGO

 

Juliette confirma show no Rock in Rio no domingo (11/9)

A vencedora do BBB 21 comemorou a participação no festival através das redes sociais

YR
Yasmin Rajab
postado em 10/09/2022 15:52
 
 
 
 (crédito: Reprodução/Instagram @juliette)
(crédito: Reprodução/Instagram @juliette)

Está confirmado! Juliette, vencedora da 21ª edição do BBB, fará um show no Rock in Rio do próximo domingo (11/9). A celebridade se apresentará na Arena Itaú, em parceria com a plataforma TikTok.

 A cantora ainda anunciou que preparou um show especial para a ocasião: "Um show lindo que preparei especialmente para vocês! Vai ter Cacto no RiR sim, bb!".
 

No domingo, a edição do Rock in Rio 2022 chega ao fim. Além de Juliette, também se apresentação no último dia do festival a cantora Ivete Sangalo, Rita Ora, Megan The Stallion e Dua Lipa.

 


Correio Braziliense sábado, 10 de setembro de 2022

MEIO AMBIENTE: SEMANA DO CERRADO DO LAGO OESTE COMEÇA NESTE SÁBADO COM DIVERSAS ATRAÇÕES

 

Semana do Cerrado do Lago Oeste começa neste sábado com diversas atrações

Celebrado em 11 de setembro, o Dia Nacional do Cerrado ressalta a importância da preservação do bioma da capital federal. Em comemoração, evento no Lago Oeste reúne uma programação especial que promete aproximar o público do ecossistema

IB
Isabela Berrogain
postado em 10/09/2022 06:00
 
Heusi: "Esperamos que os participantes do evento se sensibilizem" -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Heusi: "Esperamos que os participantes do evento se sensibilizem" - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Com vegetações rasteiras, épocas de seca bem definidas e solo avermelhado, o Distrito Federal é totalmente ocupado pelo cerrado. O bioma da capital federal, o segundo maior da América do Sul, com aproximadamente 22% do território brasileiro e é conhecido como a savana mais rica do mundo. A importância do cerrado é tamanha que, anualmente, o bioma é celebrado em 11 de setembro. Em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, a Associação dos Amigos da Floresta, Asproeste e a Associação Viva Lago Oeste realizam, até 18 de setembro, a Semana do Cerrado do Lago Oeste

 

  • Atividades iniciais da Semana do Cerrado do Lago OesteDivulgação/Semana do Cerrado do Lago Oeste
     
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Impulsionando a defesa e a valorização do cerrado, o evento reúne uma programação que aproxima o público do ecossistema. "Nós temos um privilégio de viver no cerrado, que é lindíssimo, mas ele é um dos biomas mais devastados, que mais sofrem consequências da ação humana, com o crescimento da cidade e da produção agrícola, por exemplo. Hoje, a gente sabe que é possível ter produção de forma sustentável, sem degradar o Cerrado, mas essa é uma consciência recente, adquirida há uns 10, 15 anos", diz Marcus Vinícius Heusi, presidente da Associação Viva Lago Oeste. "A semana tem como intuito ser um acordar para a necessidade de cada um fazer sua parte e preservar o cerrado. Nós esperamos que os participantes do evento se sensibilizem com o que nós iremos trazer, por meio das nossas atividades, e levem esse conhecimento adiante", explica.

Ao longo da semana, serão realizadas exposições fotográficas, rodas de debates, palestras, feiras, passeios ciclísticos e mais atividades voltadas para os interessados em conhecer mais sobre o cerrado e proteger o bioma. "O cuidado com o meio ambiente é algo muito comum entre os moradores do Lago Oeste, nós somos muito esclarecidos e unidos com essa questão", afirma Marcus. Buscando conscientizar sobre os perigos das queimadas, o combate aos incêndios que vêm acontecendo no DF nos últimos dias será um dos temas das atividades. "O momento é super oportuno para falarmos sobre essas queimadas. Existem pessoas que moram na nossa área que já sofreram muito com essa situação. É uma pena que uma região tão rica em fauna e flora como o cerrado sofra tanto com os incêndios", lamenta.

 Nesta edição, a terceira do evento, um dos principais focos é gerar interesse nas crianças e adolescentes do Centro Educacional Professor Carlos Mota. Na instituição, serão realizadas diversas atividades de exaltação ao cerrado. "Nós sabemos que a educação é a forma que temos de conscientizar as pessoas. Quando nós levamos esses jovens para exposições fotográficas, palestras, debates sobre a importância do cerrado e eles vão a campo para conhecer e explorar a fauna e a flora do local onde vivem, isso é algo que fica na memória deles. Com isso, podem surgir alguns interessados e estudiosos que queiram cuidar mais do cerrado, levar essas informações para casa, para os pais, irmãos, parentes", torce. "É no jovem e na criança que nós depositamos nossa esperança no futuro. Apesar de sofrido, o cerrado é uma uma terra riquíssima e nós não podemos deixar isso se perder. Temos que manter esse bioma vivo para as próximas gerações, que poderão cuidar melhor do que nós cuidamos", declara. Desde quinta-feira, o colégio tem recebido intervenções relacionadas à semana. Também foi realizado o plantio simbólico de três mudas de ipês na entrada do Lago Oeste, representando as instituições representantes do evento.

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Aberto ao público, o lançamento oficial da celebração ocorre neste sábado (9/9), com feiras de sementes e produtos do cerrado, apresentação de viola caipira e curso de meliponicultura. "Eu nasci plantando. Ainda assim, nessas feiras de troca, eu sempre acabo conhecendo novas sementes e aprendendo mais técnicas de plantio", conta Zé de Bie, morador do Lago Oeste e participante assíduo da feira de troca de sementes.

Para Zé, a grande vitória das feiras de trocas é poder compartilhar as próprias sementes com os demais moradores do Lago Oeste, disseminando a diversidade do cerrado pela região onde mora. "Quando essas feiras ocorrem durante o fim de semana, na segunda-feira nós sempre ficamos felizes ao vermos os viveiros daqui cheios de moradores plantando as sementes. É um incentivo para a população começar a plantar e cuidar mais do cerrado", garante.

Confira

Entrada gratuita. Apenas as atividades de ciclismo e do roteiro turístico são pagas. Livre para todos os públicos. A programação completa do evento pode ser encontrada em https://vivalagooeste.com.br/.


Correio Braziliense sexta, 09 de setembro de 2022

RAINHA ELIZABETH II: REINO UNIDO COMEÇA 14 DIAS DE HOMENAGENS E PREPARA FUNERAL - CHARLES, O PRIMOGÊNITO, É O NOVO REI DA INGLATERRA

 

Reino Unido começa 14 dias de homenagens e prepara funeral para Elizabeth II

Aos 96 anos, a monarca britânica mais longeva morre no castelo de Balmoral, na Escócia. Charles, o filho primogênito, é o novo rei da Inglaterra

RC
Rodrigo Craveiro
postado em 09/09/2022 05:45 / atualizado em 09/09/2022 05:46
 
 
 (crédito: Intercontinentale/AFP)
(crédito: Intercontinentale/AFP)

Em 2 de junho de 1953, ao ser coroada rainha da Inglaterra e 15 meses depois de herdar o trono do pai falecido, George VI, ela declarou: "Para toda a vida e com todo meu coração, me esforçarei em ser digna de vossa confiança". Após ocupar o trono por 70 anos e 127 dias, Elizabeth Alexandra Mary Windsor cumpriu sua missão. Na tarde de ontem, aos 96 anos, a rainha Elizabeth II saía de cena, deixava órfãos milhões de súditos e se eternizava como um pilar da monarquia britânica, no momento em que o Reino Unido atravessa uma de suas principais crises econômicas e energéticas.   

O fim do reinado britânico mais longevo foi anunciado às 18h30 (14h30 em Brasília) em um comunicado do Palácio de Buckingham. "A Rainha morreu pacificamente em Balmoral (castelo na Escócia, 800km ao norte de Londres), nesta tarde. O rei e a rainha consorte (Camilla Parker Bowles) permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã (hoje)", afirma. O filho primogênito, príncipe Charles, 73, assumiu automaticamente o trono e adotou o nome de rei Charles III. No entanto, a coroação do novo rei somente deve ocorrer dentro de um ano. 

Às 16h, Charles divulgou nota sobre o falecimento da mãe, intitulada Declaração de Sua Majestade O Rei na Hora da Morte da Rainha. "A morte da minha querida mãe é um momento de grande tristeza para mim e para todos os membros da minha família. Choramos profundamente a perda de uma soberana e uma mãe muito querida. Sei que sua perda será sentida profundamente em todo o país, nos reinos e na Commonwealth, assim como por inúmeras pessoas em todo o mundo", afirmou.

Hoje, o novo rei terá uma audiência com a premiê britânica e fará um discurso para a Commonwealth. Charles III também assinará os planos funerários completos — a previsão é de que o funeral de Estado ocorra dentro de 10 dias. O primeiro dos 14 dias de luto oficial terá uma salva de canhões em homenagem à rainha, em Hyde Park e em Tower Hill. No Parlamento, a Câmara dos Comuns fará uma sessão especial em tributo à rainha, a partir do meio-dia (8h em Brasília), com duração de 10 horas. Amanhã, às 14h (hora local), os parlamentares prestarão o juramento de Charles III. No mesmo dia, o  Conselho de Ascensão, órgão formado por figuras do governo e conselheiros privados, se reunirá no Palácio de St. James e proclamará o novo rei.

O falecimento de Elizabeth II provocou comoção em todo o Reino Unido e nos 14 países da Comunidade das Nações (Commonwealth), incluindo o Canadá. Uma multidão se reuniu diante do Palácio de Buckingham, em Londres, para acompanhar a descida da bandeira a meio-mastro e escutar o hino nacional, God save the Queen. O jornal The Guardian informou que o caixão com o corpo da rainha será levado, por terra, de Balmoral até o Palácio de Holyroodhouse, também na Escócia. De lá, o cortejo seguirá para uma cerimônia na Catedral de Santo Egídio, em Edimburgo, onde o caixão será exposto por 24 horas, antes de ser encaminhado para Londres. Na capital, uma carruagem conduzirá o corpo do Palácio de Buckingham até o Palácio de Westminster, sede do Parlamento, para visitação pública. O funeral de Estado ocorrerá na Abadia de Westminster.  

Na última foto tirada em vida, publicada na terça-feira, Elizabeth II aparecia recebendo a visita de Liz Truss, quando convidou a primeira-ministra a formar um novo governo. Na imagem, chamou a atenção a coloração roxa das mãos da soberana, que deixa quatro filhos, oito netos e 12 bisnetos. Em breve declaração na entrada da Downing Street — residência oficial do governo —, Truss disse que a morte da rainha é "uma grande comoção para a nação e para o mundo".

Ao longo de quase uma vida inteira dedicada ao trono, Elizabeth II sobreviveu a uma série de turbulências, como a morte do esposo, o príncipe consorte, Philp, em abril de 2021; os escândalos sexuais envolvendo Andrew; a ruptura de Harry e de Meghan com a família real, em 2020; e a morte da princesa Diana em um acidente, em 1997. 

 


Correio Braziliense quinta, 08 de setembro de 2022

BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: BOLSONARO REÚNE MULTIDÃO E MONOPOLIZA 7 DE SETEMBRO

 

Jornal Impresso

 


Correio Braziliense quarta, 07 de setembro de 2022

GASOLINA MAIS BARATA: PETROBRAS VÊ MAIS MARGEM PARA BAIXAR GASOLINA DO QUE DIESEL

 

Petrobras vê mais margem para baixar gasolina do que diesel

A leitura é de que a gasolina tem estoques em reconstrução no mundo e cotações mais resilientes mesmo quando pressionadas, enquanto o diesel segue sob forte volatilidade

AE
Agência Estado
postado em 07/09/2022 10:11
 
 (crédito: ASHRAF SHAZLY)
(crédito: ASHRAF SHAZLY)

A Petrobras trabalha com cenário em que há espaço para novas reduções no preço da gasolina no curto prazo. No caso do diesel, porém, as quedas são menos prováveis, dizem fontes com conhecimento do assunto. O presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, e seus diretores planejariam, portanto, reduzir mais ainda os preços da gasolina aos distribuidores. O combustível já cedeu 19,2% no acumulado de quatro quedas desde meados de julho.

A leitura é de que a gasolina tem estoques em reconstrução no mundo e cotações mais resilientes mesmo quando pressionadas, enquanto o diesel segue sob forte volatilidade.

 Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustível (Abicom), o preço médio da gasolina da Petrobras estava 5%, ou R$ 0,17, acima do PPI, enquanto a o diesel estaria 2%, ou R$ 0,09, acima do preço de referência. Os dois combustíveis poderiam ser, em tese, ajustados para baixo.

Mas, no caso da gasolina, essa diferença positiva tem se mantido na maior parte dos dias desde a primeira quinzena de julho, enquanto o diesel tem oscilado mais. Em 25 de agosto, por exemplo, o diesel da Petrobras chegou a ficar 6%, ou R$ 0,34, abaixo do PPI, voltando à paridade no último dia do mês.

Fator político

Embora respaldados pelo PPI, o fato é que novas quedas na gasolina também atenderiam a pressões do Planalto a um mês das eleições.

Uma fonte com conhecimento da empresa prevê pelo menos mais três reduções no preço da gasolina em refinarias da Petrobras até as eleições presidenciais de outubro. Caso o cenário se mantenha, ajustes para baixo poderiam ser fatiados, girando em torno de 5% a cada semana, também para estabelecer calendário positivo ao governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Correio Braziliense terça, 06 de setembro de 2022

7 DE SETEMBRO: MUSEU DO IPIRANGA REABRE NESTA TERÇA-FEIRA, APÓS NOVE ANOS FECHADO

 

Museu do Ipiranga reabre nesta terça-feira após nove anos fechado

Direção do Museu conseguiu seguir o cronograma e reabrir a instituição em tempo das comemorações dos 200 anos da Independência

HL
Henrique Lessa
postado em 06/09/2022 10:16
 
 (crédito: HENRIQUE LESSA / CB / D.A Press)
(crédito: HENRIQUE LESSA / CB / D.A Press)

São Paulo - Após nove anos fechado, o Museu Paulista, do Ipiranga, reabre suas portas ao público nesta terça-feira (6/9) com uma área de exposições três vezes maior do que quando foi fechado em 2013 após um incêndio. A reabertura do museu assume uma das mais importantes atividades de comemoração dos 200 anos na capital paulista. O edifício monumento é localizado às margens do riacho que dá nome ao bairro na capital paulista, marco da Independência brasileira. 

De acordo com o vice-diretor da instituição, Amâncio Jorge de Oliveira, a inauguração, em função de acordos com os patrocinadores da reforma, públicos e privados, já estava prevista, "há muito tempo', para ocorrer no dia anterior ao feriado de Sete de Setembro, diferentemente, segundo ele, das notícias de que o museu estaria evitando a data em função de receios em relação às manifestações marcadas para a data pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)

Questionado pelo Correio, Oliveira afirmou que há, sim, receios quanto à segurança tanto dos visitantes, quanto do Museu, mas em razão da expectativa de público muito expressivo para essa data. Para reduzir os riscos, a visitação ao museu, que terá a entrada franca por 60 dias, só será realizada por meio de agendamento prévio realizado no site da entidade, e com um número reduzido para o feriado.

 

  • Parque da Independência em frente ao MuseuHENRIQUE LESSA / CB / D.A Press
 

Amâncio Oliveira, que é professor de negociações internacionais na Universidade de São Paulo (USP), comentou que a engenharia política necessária para o projeto de reforma, que envolveu parceiros privados, instituições públicas, além dos governos estadual e federal, deu trabalho. “Foi o processo negocial mais difícil que já enfrentei na vida.” Para ele, os processos de polarização entre as esferas de governo foram um dos maiores desafios.

O novo museu além de uma área livre de exposições três vezes maior, tem em seu subsolo novos espações para arquivo do acervo e de reserva técnica, além de novas áreas de administração, o que possibilitou a utilização do prédio monumento quase que integralmente para exposições.

Rios e retratos do Brasil

Na entrada do Museu do Ipiranga, os visitantes podem ver 17 globos cheios das águas dos mais importantes rios nacionais. As águas foram trocadas este ano, usualmente, elas são substituídas a cada período de 30 anos, uma atividade de coleta realizada em parceira com a Marinha do Brasil.

Já nas salas reformadas do edifício, todas as preocupações com acessibilidade estão presentes no novo prédio. Com informações em libras, em braile e com obras e répicas de quadros em relevo, a nova proposta traz um museu não apenas para ser olhado, mas também para ser sentido pelo tato.

 

 

Correio Braziliense segunda, 05 de setembro de 2022

7 DE SETEMBRO: BRASÍLIA SE PREPARA PARA O PRIMEIRO DESFILE EM DOIS ANOS

 

7 de Setembro: Brasília se prepara para primeiro desfile em dois anos

Com presidente em ato no Rio e promessa de manifestações pelo país, comemorações serão marcadas pelo retorno dos desfiles militares. Em Brasília, esquema contará com snipers e esquadrão antibomba

 

FS
Fernanda Strickland
TM
Taísa Medeiros
postado em 05/09/2022 05:53 / atualizado em 05/09/2022 05:54
 
 
 
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

Um feriado de Sete de Setembro diferente se aproxima. Em 2022, o Brasil comemora 200 anos como uma nação independente. A data será marcada pelo retorno dos desfiles militares, que ficaram suspensos por dois anos por conta da pandemia da covid-19. A volta das comemorações presenciais deverá atrair ainda mais pessoas para os locais de comemoração. Em Brasília, além do desfile cívico-militar do feriado de Independência, a Esplanada dos Ministérios vai receber manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um fato inédito neste ano foi a visita do coração do primeiro Imperador do Brasil, Dom Pedro I, transportado ao Brasil no fim do mês de agosto e exposto no Palácio do Itamaraty até esta quinta-feira, quando volta para Portugal.

Tudo isso em meio à tensão entre os Poderes. Recentemente, Bolsonaro convidou os oito empresários que foram alvos da operação de busca e apreensão determinada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para estarem ao seu lado no palanque do 7 de Setembro. Investigados por suspeita de financiamento dos atos contra a democracia, os empresários poderão marcar presença no desfile militar em Brasília ou no evento eleitoral na orla de Copacabana.

Uma série de mensagens que circulam em grupos bolsonaristas no Telegram e no WhatsApp foram reveladas pelo Estadão. Elas espalham planos falsos de tentativa de assassinato do presidente, além de falar em uma cassação da chapa à reeleição. Com uso de palavras como "guerra" e "bomba atômica", as mensagens ganham tom mais incisivo. O alerta de que este 7 de Setembro será a "segunda independência" do Brasil também aparece em outdoors em Brasília.

Em Brasília, a região da Esplanada vai contar com reforço no esquema de segurança com uso de snipers — atiradores de alta precisão — e do esquadrão antibomba do DF. A rede de hotéis de Brasília espera uma ocupação de 70% dos quartos de hotéis da região central da capital para o feriado, segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih).

Devido ao desfile, haverá mudanças no trânsito e nos locais de estacionamento para quem for acompanhar a festividade. A Esplanada será fechada a partir da alça leste da rodoviária do Plano Piloto até a via L4. A mudança no trânsito local terá início a partir das 17h de amanhã. As vias serão liberadas para o trânsito de veículos após finalização do desfile, atos previstos e, principalmente, após avaliação técnica dos órgãos de segurança. Os governos Federal e do Distrito Federal decretaram ponto facultativo a partir de amanhã para todos os servidores.

 

 
 

Outras capitais

Em São Paulo, as comemorações dos 200 anos da Independência ocorrerão no entorno do Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga. Está programado um desfile cívico-militar em uma avenida próxima ao museu, e a encenação do grito de D. Pedro I, no Parque da Independência, no Ipiranga. Também é esperada a concentração de manifestantes na Avenida Paulista. A Secretaria de Segurança monitora a organização do ato, mas a avaliação é de que o clima é menos tenso do que o de 2021.

O governo de Minas Gerais também realizará um ato cívico no dia 7 de Setembro. A solenidade celebrará o bicentenário da Independência do Brasil. O governador Romeu Zema (Novo) é presença garantida no evento. Os tradicionais desfiles das tropas de segurança ocorrerão na Avenida Afonso Pena, a partir das 9h, com participação das forças policiais do estado, incluindo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) e a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG). Com horários muito próximos, os atos em Belo Horizonte vão contar com a PMMG, que está organizando esquemas de segurança pela capital, mas também por todo o estado.


Correio Braziliense domingo, 04 de setembro de 2022

BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: COMPOSIÇÕES DE DOM PEDRO I SERÃO REGIDAS POR MAESTRO BRASILEIRO EM PORTUGAL

 

Composições de Dom Pedro I serão regidas por maestro brasileiro em Portugal

Radicado em Lisboa, Ricardo Bernardes será o regente de orquestras que executarão músicas de Dom Pedro I, como parte das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil

VN
Vicente Nunes - Correspondente em Portugal
postado em 04/09/2022 08:00 / atualizado em 04/09/2022 08:00
 
 
Ricardo Bernardes:
Ricardo Bernardes: "São 27 anos de conquistas e a sensação de que há muito por ser feito, especialmente em relação à música barroca, ainda desconhecida do grande público" - (crédito: Vicente Nunes/CB)

Lisboa — Foi aos 13 anos que Ricardo Bernardes disse ao pai, um conceituado médico de Curitiba, que seria maestro. O menino, que acabara de entrar na adolescência, ainda não tinha muita noção do porquê  decidiu enveredar pelo mundo da música, mas pouca coisa o tinha tocado tanto quanto as melodias clássicas de Mozart que ele ouvia todas as manhãs no carro com a mãe a caminho da escola. A sensação era de que os acordes lhe tocavam a alma. "Meu pai levou um susto. Na cabeça dele, seria médico, como ele, advogado ou engenheiro", conta Bernardes, hoje, com 46 anos. "Meu pai até insistiu para que eu me inscrevesse no vestibular para tentar seguir nas profissões que ele considerava as mais adequadas para mim. Segui o conselho dele, mas também me inscrevi para música. Nas provas finais, faltei em todas, só fui atrás do meu sonho. E aqui estou", diz, sorridente.

 

Estreia profissional de Ricardo Bernardes: concerto inaugural do Americantiga Ensemble em 21 Dez de 1995
Estreia profissional de Ricardo Bernardes: concerto inaugural do Americantiga Ensemble em 21 Dez de 1995(foto: Arquivo Pessoal )

 

O maestro reconhece que não é fácil viver de música, sobretudo no Brasil, onde a cultura não tem o respeito necessário. Por isso, a sua opção por se fixar em Portugal, onde governo e iniciativa privada investem pesado para que a sociedade tenha acesso a todo tipo de arte. Durante os dois primeiros anos da pandemia, por exemplo, o governo português e a Fundação Gulbenkian arcaram com todos os projetos culturais que foram suspensos por causa das medidas de contingência contra a covid-19. Artistas como ele não ficaram desamparados. Agora, com a retomada dos espetáculos, ele acredita que está na hora de todos que vivem da cultura entregar o que de melhor podem fazer para a população. É questão de respeito.

Ode ao barroco

Apesar de a paixão pela música ter sido despertada por Mozart, são as melodias barrocas que dominam as obras executadas por Bernardes. O interesse é tanto pelos artistas daquela época que ele comprou, em um leilão, um órgão construído no início do século 18. As teclas do instrumento são feitas de ossos. A relíquia fica guardada na Igreja das Chagas de Cristo, uma pérola encravada no centro velho de Lisboa. É muito comum a seus frequentadores ouvirem o músico tocar durante as missas. "A opção pelas canções barrocas vem desde o tempo em que estava em Curitiba, ainda muito jovem. Fui pesquisando e descobri um material muito bom, totalmente desconhecido, inclusive do barroco do Paraná", ressalta.

Na gravação do Requiem de José Maurício Nunes Garcia,em 2009
Na gravação do Requiem de José Maurício Nunes Garcia,em 2009(foto: Arquivo Pessoal)

 

Boa parte desse trabalho de pesquisa estará presente nos dois concertos — que terão 90 músicos de várias nacionalidades — em comemoração ao bicentenário da independência. Além das obras de Dom Pedro I, estarão no repertório os compositores Marcos Portugal, José Maurício Nunes Garcia, André da Silva Gomes, João de Deus de Castro Lobo e Sigismund Neukomm. Esse último era muito próximo da princesa Leopoldina, mulher de Dom Pedro, oriunda da Casa dos Habsburgo, da Áustria, comandada pelo Rei Francisco II, pai dela. "A Capela Real do Rio, por onde transitavam todos os grandes artistas, chegou a ser a maior casa musical das Américas. Inclusive, foi no Rio que se apresentou, pela primeira vez fora da Europa, a ópera Don Giovanni, de Mozart", lembra Bernardes.

Essa riqueza musical se repetia na São Paulo dos tempos do império português, graças ao trabalho do então governador da capitania, Dom Luís António de Souza Botelho Mourão. Foi dele a ideia de construir uma casa de ópera na região, com as obras bancadas pelas famílias mais ricas da época. Mourão, que fundou pelo menos cinco cidades no Brasil, entre elas, Campo Mourão, no Paraná, integrava o Morgadio de Mateus, honra hereditária concedida pela coroa portuguesa. Curiosamente, o maestro é hoje o diretor artístico dos encontros musicais da Fundação da Casa de Mateus, criada pelo pai de Mourão em 1743. A instituição, referência em Portugal e no exterior quando o assunto é música barroca, está sob o comando da família de Mourão há 14 gerações.

Trabalho duro

 

Aos 16 anos, tocando piano em Curitiba
Aos 16 anos, tocando piano em Curitiba(foto: Arquivo Pessoal)

 

Nesse período todo de aprendizado, Bernardes desenvolveu pesquisas que hoje são referências em se tratando da música barroca do Brasil e de Portugal. É dele, por exemplo, a edição da coleção Música no Brasil — séculos 18 e 19, em seis volumes e 2,5 mil páginas. "Mesmo nos momentos mais difíceis, quando a sensação era de que abandonaria a música, sempre houve pessoas que me incentivaram muito a continuar na estrada. Esse apoio é muito importante", assinala. Ele acredita que a opção de se fixar em Lisboa, há 13 anos, foi a base que lhe faltava para consolidar e impulsionar a carreira. "Fiz meu doutorado no Texas, nos Estados Unidos, mas foi um período muito solitário da minha vida. Quando desembarquei na capital portuguesa tive a certeza de que era o local ideal para desenvolver minha arte", conta.

 

O Imperador dom Pedro I do Brasil compondo o Hino da Independência, em 1822, retratado por Augusto Bracet
O Imperador dom Pedro I do Brasil compondo o Hino da Independência, em 1822, retratado por Augusto Bracet(foto: Fotos: Domínio público)

 

Bernardes adora remexer nas memórias para planejar o futuro. Erros e acertos são avaliados para traçar planos. "A arte está entranhada em mim", frisa. Mas, por segurança, ele montou, com o pai, uma empresa de importação de vinhos de Portugal e desenvolve projetos no mercado imobiliário. "É preciso ter onde se apoiar", assinala. Desde criança, foi construindo pontes. A coleção de selos se transformou em coleção de discos de músicas clássicas garimpados em sebos. A ida a um concerto de dois pianistas garantiu a professora que lhe abriu portas no Teatro Guaíra, templo da cultura curitibana. As amizades foram fincando os alicerces que o levaram aos palcos de várias partes do mundo. "São 27 anos de conquistas e a sensação de que há muito por ser feito, especialmente em relação à música barroca, ainda desconhecida do grande público. Para mim, tudo sempre é novo", diz.


Correio Braziliense sábado, 03 de setembro de 2022

FESTA DO MORANGO: COMEÇA, COM PROGRAMAÇÃO PARA TODA A FAMÍLIA

 

Festa do Morango começa com programação para a família toda

Tradicional Festa do Morango de Brazlândia chega à 26ª edição oferecendo a fruta in natura e produtos derivados, como geleias e doces. Evento segue até 11 de setembro

NG
Naum Giló
postado em 03/09/2022 06:00 / atualizado em 03/09/2022 07:27
 
 
 
Produtos feitos de Morango na Festa do Morango 2022 -  (crédito: Khalil Santos)
Produtos feitos de Morango na Festa do Morango 2022 - (crédito: Khalil Santos)

A Festa do Morango retorna com tudo para a sua 26ª edição, na sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag) — BR-080, km 13, em Brazlândia. A abertura foi ontem, e o evento segue até 11 de setembro, com pausa em 5 e 6 de setembro. Fora a venda da fruta e de diversos produtos derivados, como geleias, doces, sucos, tortas e bolos, o espaço conta com feiras de artesanato, plantas ornamentais e outras frutas e pontos de alimentação. Entre as atrações musicais estão Kleo Dibah, Di Propósito, Israel Novaes, Dalmir Junior, Pedro Paulo e Matheus, e Diego e Victor Hugo. Artistas do Distrito Federal também subirão no palco ao longo dos sete dias de festa com muito sertanejo e forró.

morango é a grande estrela, mas a festa oferece espaço para outros produtos cultivados pelos agricultores de Brazlândia. Em 9 e 10 de setembro, a Exposição Agrícola disponibilizará legumes, verduras e frutas, como goiaba e abacate, para a compra. 

Presidente da Associação Rural e Cultural Alexandre Gusmão (Arcag), José Luís conta que as expectativas para esta edição são altas com a retomada dos shows musicais, suspensos ano passado devido à pandemia. São aguardados entre 20 mil e 30 mil visitantes diariamente. "É uma forma de homenagear os agricultores, que enfrentam tantas dificuldades, na chuva e no Sol, além de trazer uma renda extra", destaca José

A doceira Neri Urany, 56, usa os morangos produzidos em Brazlândia nos produtos que vende na feira. As guloseimas são feitas por ela. Geleia, biscoito e docinhos cristalizados. "Na Festa do Morango, eu garanto um dinheiro a mais", comemora a comerciante. Também com uma banca, Elisa Dourados dos Santos, 69, enumera os itens que oferece: "Tenho todos os doces com morango. Torta-bolo, bolo no pote, geleia com pimenta de morango e cuca". Há 17 anos, ela participa da feira, e as vendas nunca decepcionam. 

 

 

Cultivo

Sérgio Rufino Marciel, gerente da Emater, destaca a cultura do morango na capital do país se fortalece a cada ano. "Mandamos morango para Tocantins, Maranhão e Goiás. E importamos também. Nossa produtividade é boa, mas a área rural é pequena em relação a área urbana. A gente tem que levar essa cultura para outras áreas do DF."

São 351 produtores de morango no DF, entre familiares e não familiares. Dados da Emater apontam a produção foi de cerca de 6,7 mil toneladas, em cerca de 180 hectares plantados, movimentando R$110 milhões em 2021.

Francisco Santos, 56, começou a cultivar a fruta há 13 anos. São seis tipos diferentes de morango plantados em quatro hectares. No evento, Santos espera vender 7 mil caixas da fruta, cada uma pesando cerca de 1,3kg. "A Festa do Morango é a data que o produtor passa o ano todo esperando. Além de ser uma divulgação do nosso trabalho, é a oportunidade de ganhar um dinheiro a mais", ressalta o produtor, que oferece ainda espetinhos, geleia, coxinha e picadinho, tudo à base de morango, feitos pela família

 

26ª Festa do Morango de Brasília

Local: Sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), na BR-080, km 13
Dias: 2 a 4 de setembro (sexta a domingo), e 7 a 11 de setembro (quarta a domingo)
Horário: dia 2, 8 e 9 abertura a partir das 19h, com encerramento geral às 2h
Outros dias: a partir de 10h e encerramento às 02h
Acesso livre

Dia de Campo do Morango

Data: sábado (3/9)
Horário: 8h30 às 13h
Local: Chácara no Núcleo Rural Chapadinha, em Brazlândia
Inscrição: a inscrição pode ser feita em qualquer um dos escritórios da Emater-DF.

Colha & Compre; Pague do Morango Orgânico

Data: 4 e 11 de setembro
Horários: 8h às 9h30 – 10h às 11h30 – 13h às 14h30 e 15h às 16h30.
Local: Chácara Fukushi - Núcleo Rural Alexandre de Gusmão, Gleba 1,
Chácara 084 - Brazlândia, Brasília – DF
Inscrição: www.instagram.com/chacarafukushi/
Valor: R$55 (adultos e crianças acima de 10 anos)
R$ 27,50 (crianças de 5 a 10 anos e pessoas acima de 60 anos).
Crianças de até 4 anos não pagam.

Concurso de Receitas com Morango
Data: 7 de setembro
Horário: 11h
Local: No estande da Morangolândia
Haverá apresentação das receitas, degustação pelos jurados e anúncio dos vencedores. Durante todo o evento, nas barracas participantes, terá comercialização das receitas concorrentes.

Florabraz
30 estandes de agricultores com comercialização de flores, plantas ornamentais e frutíferas.
Horário: 10h às 22h nos dias 2, 3, 4, 7, 10 e 11 (fim de semana e feriado)
19h às 22 horas nos dias 2, 8 e 9 (meio de semana).

Morangolândia
40 estandes de produtores de morango comercializando a fruta in natura e derivados
Data: 2 a 4 e 7 a 11 de setembro.
Horário: 10h às 22h nos dias 2, 3, 4, 7, 10 e 11 (fim de semana e feriado)
19h às 22 horas nos dias 2, 8 e 9 (meio de semana).

Exposição Agrícola
Apresentação de diversas culturas cultivadas na região de Brazlândia.
Data: 9 e 10 de Setembro.
Horário: 14h às 22h no dia 9 de setembro e 10h às 22h no dia 10 de setembro.

Estande da Emater-DF
Técnicos da Emater-DF estarão de plantão tirando dúvidas gerais sobre produção agrícola e atividades desenvolvidas pela empresa.
Horário: 10h às 22h nos dias 2, 3, 4, 7, 10 e 11 (fim de semana e feriado)
19h às 22 horas nos dias 2, 8 e 9 (meio de semana).


Correio Braziliense sexta, 02 de setembro de 2022

RENATO BORGUETTI: GAITEIRO SE APRESENTA EM BRASÍLIA NESTE FIM DE SEMANA

 

O gaiteiro Renato Borguetti se apresenta em Brasília neste fim de semana

Renato Borguetti se apresenta neste sábado (3/9), às 20h30, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental) e, domingo (4/9), às 17h, no Centro Cultural Banco do Brasil

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 02/09/2022 06:00
 
 
 (crédito: Werner Maresch/divulgação)
(crédito: Werner Maresch/divulgação)

Um dos músicos brasileiros com maior presença na programação do Clube do Choro é Renato Borguetti. Há duas décadas o gaiteiro gaúcho tem participado dos projetos que a instituição desenvolve ao longo do ano. Neste fim de semana ele está de volta para duas apresentações.

"É a primeira vez que me apresento no Clube do Choro com esses jovens músicos. Os dois vêm me acompanhando desde que iniciei a nova turnê, depois da paralisação das atividades artísticas determinada pela pandemia. Neste show, faço uma espécie de revisão da minha carreira, registrada em mais de 30 discos, incluindo LP, CD e DVDs", anunciou Borguetti ao Correio. Clássicos como Sétima do Pontal, Mercedita, Laçador e Milonga para as missões fazem parte do repertório.

 Os outros shows do projeto programados para este mês têm como protagonistas Dhi Ribeiro (nesta sexta, 2, às 20h30), Luiz Caldas (7 e 8), Reco do Bandolim e Choro Livre (14 e 15), Nelson Faria (21 e 22) e Rosa Passos e Lula Galvão (28 e 29).Os ingressos estão à venda pela www.bilheteriadigital.com/choro.


Show de Renato Borghetti

Neste sábado (3/9), às 20h30, no Clube do Choro, e, domingo, às 17h, no CCBB.


Correio Braziliense quinta, 01 de setembro de 2022

INFÂNCIA: PEDIATRAS NO BRASIL E NOS EUA ADVERTEM CONTRA DIETA VEGANA ATÉ DOIS ANOS

 

Pediatras no Brasil e nos EUA advertem contra dieta vegana até dois anos

Falta de vitaminas e minerais nos primeiros anos de vida pode repercussão durante toda a vida, apontam pesquisas

BBC
André Biernath - @andre_biernath - Da BBC News Brasil em Londres
postado em 01/09/2022 09:13 / atualizado em 01/09/2022 09:16
 
 
 
 (crédito: Getty Images)
(crédito: Getty Images)

O caso da americana Sheila O'Leary, condenada à prisão perpétua nos Estados Unidos acusada de homicídio do próprio filho por desnutrição e desidratação após submetê-lo a uma alimentação apenas com frutas, vegetais crus e leite materno, gerou dúvidas entre os pais.

Será que é possível nutrir bebês e crianças exclusivamente com uma dieta vegana?

Entre sociedades médicas — como a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) — a recomendação é evitar uma alimentação sem nenhuma fonte de origem animal até os dois anos de vida.

Mas os especialistas admitem que, sim, até dá para excluir carnes, ovos, laticínios e outros produtos de origem animal das refeições dos pequenos — mas é preciso tomar um enorme cuidado para garantir um aporte adequado de nutrientes, vitaminas e minerais para eles.

Isso envolve escolher bem os ingredientes que vão à mesa e, em alguns casos, até partir para a suplementação com comprimidos e injeções.

Todo esse processo, inclusive, deve ser acompanhado de perto por profissionais de saúde, como pediatras e nutricionistas, para evitar problemas no desenvolvimento do corpo e da mente.

"Os dois primeiros anos de vida são um período crítico, em que o cérebro e o corpo da criança se desenvolvem bastante e precisam de uma grande variedade de nutrientes", explica a médica Fabíola Suano, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP.

"Ou seja, uma carência nutricional nessa fase pode representar um risco para toda a vida", complementa.

A falta de alguns desses compostos que aparecem exclusivamente ou em mais abundância nos alimentos de origem animal, como a vitamina B12, o ferro e o cálcio, por exemplo, está relacionada a déficits no desenvolvimento dos ossos e dificuldades na formação de estruturas do cérebro importantíssimas para a memória, o aprendizado e o raciocínio.

Saiba a seguir quais são as principais recomendações dos especialistas e como pais e mães veganos podem garantir uma boa saúde ao filho, se desejarem mantê-lo longe de carnes, ovos, leites e afins durante a infância.

Polêmica à mesa

Entidades como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam que o bebê seja alimentado exclusivamente com o leite materno até o sexto mês de vida.

Nesse ponto, a alimentação da mãe pode fazer toda a diferença: como os nutrientes primordiais chegam ao bebê através do leite materno, é importante que a mulher coma bem e tenha níveis adequados de vitaminas e minerais.

"Muitas vezes, a mãe que adota uma dieta vegana precisa tomar injeções de vitamina B12, para garantir que esse composto esteja no leite dela", exemplifica Suano, que também é professora do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Quando o aleitamento não é possível, a alternativa nesses casos é utilizar as fórmulas à base de proteína hidrolisada de arroz ou de proteína isolada de soja.

A amamentação, aliás, continua a ser recomendada até os dois anos de idade — nesse período, porém, vale introduzir aos poucos outros alimentos.

É justamente aí que muitos pais que adotam uma dieta vegetariana ou vegana ficam em dúvida: é possível excluir alguns ou todos os produtos de origem animal da alimentação dos filhos?

A mais recente diretriz da SBP sobre o tema, publicada em 2017, admite que "uma dieta vegetariana bem balanceada é capaz de promover crescimento e desenvolvimento na infância e na adolescência".

O documento está alinhado com a posição de outras entidades do setor, como a Associação Dietética Americana e a Academia Americana de Pediatria.

"Entretanto, por serem mais vulneráveis a desenvolver deficiência de nutrientes, [essas crianças] devem ser adequadamente monitoradas e muitas vezes suplementadas, já que o risco é proporcional à menor variedade dos grupos alimentares consumidos", aponta o texto.

Já a dieta vegana especificamente, que corta todos os produtos de origem animal, é vista com ressalvas nesses primeiros dois anos de vida.

"É preciso conversar com a família e encontrar um meio termo. Se os pais não querem dar carne vermelha, será que não seria possível preparar um peixe ou um ovo?", sugere Suano.

"Se entre os seis meses e os dois anos a criança é submetida a uma dieta totalmente vegana, ela fica com uma diversidade alimentar e nutricional muito restrita", acredita a médica.

A pediatra ressalta que esse debate está longe de chegar a um consenso, mesmo entre os especialistas da área. "Algumas entidades dizem que, sim, é possível adotar o veganismo a partir dos seis meses de vida, enquanto outras consideram a prática arriscada e contraindicada", compara.

Mulher amamentando bebê
Getty Images
A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses de vida

"Mas há ao menos uma unanimidade entre todas as associações: a família que optar por reduzir ou cortar completamente o consumo de carne, leite e ovo das crianças deve fazer um acompanhamento muito cuidadoso."

Essa orientação está, inclusive, em materiais publicados pela Sociedade Vegetariana Brasileira.

Como qualquer tipo de estilo de vida, eliminar os ingredientes de origem animal tem vantagens e desvantagens.

Por um lado, uma alimentação desse tipo está relacionada ao consumo de menos calorias e gorduras saturadas, o que diminui o risco de quadros como obesidade e doenças cardiovasculares na infância e ao longo da vida.

O maior teor de fibras alimentares, vindas dos vegetais, também representa uma ótima notícia para o funcionamento do sistema digestivo — apesar de isso poder interferir na absorção de alguns minerais.

Por outro, a ausência de carnes, ovos e laticínios no prato representa um risco de faltarem ferro, vitamina B12, cálcio e zinco no organismo.

A grande questão, explicam os especialistas, é que alguns desses micronutrientes são mais comuns nos produtos de origem animal — frutas, verduras e legumes até carregam uma boa quantidade deles, mas a biodisponibilidade (ou a porção que nosso corpo absorve daquilo) é mais baixa.

Como evitar problemas

É preciso considerar também que nem sempre uma dieta menos calórica ou com pouca gordura representa uma boa notícia. Afinal, as crianças precisam desses nutrientes na medida certa para crescer bem e com saúde.

Uma revisão de estudos feita no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo, apontou que crianças adeptas de uma dieta vegetariana tendem a ser mais baixas e magras, embora os valores médios de altura e peso delas ainda estejam dentro dos valores considerados normais.

Outra preocupação constante dos especialistas está na ausência de micronutrientes essenciais à saúde.

Um dos exemplos disso é o ferro, que constitui a hemoglobina, uma molécula presente nas células vermelhas do sangue responsáveis por transportar oxigênio para todas as partes do corpo. Ele também é essencial para a imunidade e para a fabricação dos neurotransmissores do cérebro.

A deficiência deste mineral está relacionada a "alterações do desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento do sistema imunológico e diminuição da capacidade de trabalho", lista o material da SBP.

Para garantir a presença do ferro na dieta, é possível partir para algumas estratégias simples, como deixar o feijão de molho por 12 horas. Isso diminui a presença de moléculas que afetam a biodisponibilidade desse mineral.

Outra ideia é consumir vegetais ricos nesse micronutriente, como lentilha, feijão e ervilha, junto com fontes de vitamina C, caso da laranja e do limão, o que aumenta a absorção do ferro pelo nosso organismo.

Feijão cozido
Getty Images
Deixar o feijão de molho e comer fontes de ferro junto com alimentos ricos em vitamina C garantem um maior consumo desse mineral

Já o cálcio, presente no leite e em alguns laticínios, é primordial para a formação dos ossos que dão sustentação ao corpo e garantem a locomoção.

Até é possível encontrar esse mineral em alguns vegetais, mas a biodisponibilidade dele também é uma barreira importante.

Para as crianças que fazem uma dieta completamente vegana, o caminho mais seguro é a suplementação do cálcio, que garante um aporte suficiente para o desenvolvimento do esqueleto.

A mesma recomendação vale para a vitamina B12, que só aparece nas carnes, nas vísceras e nos ovos.

Como ela é essencial para a circulação sanguínea e para a estrutura que recobre e protege os neurônios, médicos e nutricionistas prescrevem suplementos ou indicam o consumo de alimentos fortificados.

Outros micronutrientes que exigem uma atenção extra nesse contexto são o zinco, o iodo, a vitamina A, o ácido fólico, a vitamina D e o ômega 3.

Em alguns casos, será preciso reforçar o consumo de alguns alimentos fortificados ou ampliar a oferta de ingredientes de origem vegetal específicos, que trazem uma certa quantidade desses compostos.

Em outros, resta partir para a suplementação por meio de cápsulas, comprimidos e injeções.

No final das contas, uma pitada de bom senso e o acompanhamento de profissionais de saúde vai ser essencial para garantir um bom desenvolvimento da criança que faz uma dieta vegana ou vegetariana nesses primeiros anos de vida.

"Nós sabemos que o vegetarianismo e o veganismo cresceram muito nos últimos anos, seja pela busca de uma dieta mais saudável, seja pela preocupação com o meio ambiente", analisa Suano.

"E nós, como profissionais de saúde, precisamos conversar com as famílias, entender o ponto de vista delas e chegar a um meio termo satisfatório e saudável para todos os envolvidos", conclui a pediatra.

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62736718


Correio Braziliense quarta, 31 de agosto de 2022

MEIO AMBIENTE: USO DE SACOLAS PLÁSTICAS NO DF VOLTA A SER PERMITIDO ATÉ MARÇO

 

 

Uso de sacolas plásticas no DF volta a ser permitido até março

 

Publicado em Coluna Capital S/A

Por Samanta Sallum 

A Câmara Legislativa do DF aprovou, no início da noite, a prorrogação do período de adaptação dos supermercados para o fim do uso de sacolas plásticas. As autuações realizadas até o momento serão anuladas.

A lei que proíbe o uso das sacolas plásticas continua em vigor. Mas as sanções aos estabelecimentos que descumprirem a regra só começarão a ser aplicadas a partir de março.

O prazo agora foi estendido até 1º de março de 2023. O projeto é de autoria do deputado Leandro Grass do PV com outros parlamentares. O PL 2939/2022 teve aprovação em primeiro e segundo turnos, com 15 votos favoráveis.

A lei que manda substituir sacolas plásticas comuns pelas que são biodegradáveis e, assim, mais ecológicas, entrou em vigor em 1o de agosto.

Paliativo

A nova decisão da Câmara Legislativa agora é um paliativo para não prejudicar os estabelecimentos comerciais que tinham ainda estoque de sacolas plásticas. Então, na prática,  com as multas sendo adiadas para o ano que vem, os mercados ainda terão tempo para oferecer as sacolas aos clientes.

O texto original foi do presidente da Câmara, Rafael Prudente (MDB). A proposta dele era prorrogar por 1 ano o início da vigência da lei que proíbe as sacolas. No entanto, não houve acordo com a maioria dos parlamentares para passar a medida.

O deputado Leandro Grass, candidato ao GDF, apresentou emenda substitutiva, que acabou reunindo os votos necessários. Venceu então a prorrogação das sanções para quem descumprir a lei.


Correio Braziliense terça, 30 de agosto de 2022

SAÚDE: IMPORTÂNCIA DO LEITE MATERNO NO DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ

 

Especialistas reforçam importância do leite materno no desenvolvimento do bebê

Seminário do Correio reuniu profissionais da saúde para falar sobre o Agosto Dourado, mês da conscientização da importância de amamentar

MA
Mariana Albuquerque*
RP
Raphael Pati*
ID
Isabel Dourado*
postado em 30/08/2022 05:58 / atualizado em 30/08/2022 05:59
 
 
 
 (crédito: Cadu Ibarra/CB/D.A.Press)
(crédito: Cadu Ibarra/CB/D.A.Press)

Este mês foi designado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Agosto Dourado por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação. A cor dourada, por sua vez, está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Esse tema foi debatido no Correio Webinar — "Agosto Dourado: a importância da amamentação para a vida dos bebês".

Segundo o Ministério da Saúde, os percentuais no Brasil são positivos. Atualmente, o aleitamento materno exclusivo (Ame) alcança 45,8% dos bebês com até seis meses. Para melhorar esse índice, especialistas afirmam que é essencial conhecer os fatores que prejudicam o aleitamento materno.

"O Agosto Dourado faz uma menção a esse alimento perfeito que a gente tem na natureza. Por isso chamamos de alimento de ouro, que é capaz de nutrir e hidratar um ser humano por seis meses num período de crescimento e desenvolvimento surreal. Não temos nenhum outro alimento que faça esse papel. A criança não precisa nem de água, nem chá. Então esse alimento vale ouro", afirmou a médica pediatra Juliana Sobral.

A prática do Aleitamento Materno Exclusivo até os seis meses de vida tem diversos benefícios: ajuda na flora intestinal, no metabolismo, no desenvolvimento cognitivo, cerebral e imunológico do bebê. Além disso, é só no leite materno que há a presença de proteínas de células de defesa que aumentam a imunidade da criança e a presença de lactoferrina, que será responsável na melhor absorção de ferro.

Os movimentos que a criança faz para retirar o leite do peito são um exercício importante para a boca e para os músculos do rosto e irão ajudar a criança a não ter problemas com a respiração, a mastigação, a fala, o alinhamento dos dentes e, também, para engolir.

 

 

pri-3008-amamentacao
pri-3008-amamentacao(foto: pri-3008-amamentacao)

 

Critérios para doação

Sobral explica que o Agosto Dourado também é fundamental para propiciar a doação do leite materno. Ela e Thaís Sarinho, enfermeira e supervisora do banco de leite da Maternidade Brasília, lembram que meio litro de leite materno doado pode alimentar muitos recém-nascidos por dia que estão na UTI neonatal.

Em 2020, de acordo com o Ministério da Saúde, o leite materno doado representou apenas 64% da necessidade total do país. Na Maternidade Brasília, onde a supervisora atua, são confeccionados 'kits' que são entregues na própria casa da mãe que deseja doar, para que elas realizem o procedimento sem a necessidade de sair de casa.

"A gente vai até a casa dela e entrega o material e sempre que ela vê que encheu o 'pontinho', liga no banco e a gente vai até a casa delas e busca, sem o menor problema", contou a supervisora da maternidade. "A intenção (com as doações) é conseguir abarcar todos os bebês da maternidade e não só os da UTI neonatal. Mas, hoje, a gente tem que selecionar devido à demanda. Tem épocas que temos leite, mas tem épocas que estão bem fracas as doações e, por isso, é importante o Agosto Dourado, para a gente lembrar que não é só um mês. Tem todo um ano de trabalho e os bebês não param de nascer", afirmou Thaís Sarinho.

No Brasil, a amamentação é contraindicada caso a mãe esteja infectada com o HIV (vírus da Aids) e o HTLV1 e HTLV2 (vírus que comprometem as defesas do organismo).

Grávida de 36 semanas, a jornalista Bárbara Lins participou do encontro. Admitiu ter muitas dúvidas sobre o assunto e aproveitou o momento para perguntar sobre a bomba de leite, se o aparelho interfere em algo na produção do alimento. A doutora Juliana Sobral explicou que a bomba pode auxiliar bastante a mãe, já que ordenhar com a mão é mais complicado.

"A bomba pode ser uma grande ferramenta que ajuda a mãe, principalmente para a mãe que tem aquela produção excessiva de leite precisa com frequência ficar ordenhando. A gente sabe que muitas mães não conseguem ordenhar com a mão, já que é cansativo e dói", relatou a médica pediatra da Maternidade Brasília. "Cada mulher tem sua anatomia da mama e sua realidade, principalmente quando a mãe volta a trabalhar, que precisa ordenhar uma quantidade maior para deixar para o filho. A bomba pode ser uma grande aliada", continuou a doutora.

*Estagiários sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza


Correio Braziliense segunda, 29 de agosto de 2022

IMIGRAÇÃO: BRASILEIROS QUE VIVEM EM PORTUGAL ESTÃO MANDANDO MAIS DINHEIRO PARA O BRASIL

 

Brasileiros que vivem em Portugal estão mandando mais dinheiro para o Brasil

Nos primeiros três meses do ano, transferências chegaram a R$ 391 milhões — um recorde. Tendência é fluxo aumentar

VN
Vicente Nunes - Correspondente em Portugal
postado em 28/08/2022 06:00
 
 
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Lisboa — O baiano Danilo Cardeal, 40 anos, conta cada centavo de euros que fatura com o trabalho de entregador de mercadorias na capital portuguesa. Há 11 meses em Lisboa, tem cumprido, sistematicamente, as metas financeiras que estabeleceu para levar de Ilhéus (BA), sua cidade natal, para o outro lado do Atlântico, a mulher, Carmen, e os dois filhos, um de 10, outro de 12 anos. A determinação do brasileiro já lhe permitiu comprar à vista uma moto por 3.290 euros (R$ 18 mil) e tem garantido uma pensão entre 500 euros (R$ 2.750) e 1 mil euros (R$ 5.500) que ele envia todos os meses à família. Com dois empregos, que lhe consomem pelo menos 16 horas do dia, fatura 1.700 euros (R$ 9.350) por mês.

Levantamento do Observatório de Migrações aponta que, de todos os recursos enviados aos países de origem por estrangeiros que vivem em Portugal, metade pertence a brasileiros. Tal concentração, afirma a economista Sandra Utsumi, diretora executiva do Banco Haitong, é explicada pelo forte aumento na migração de cidadãos do Brasil para território luso. Os brasileiros representam um terço de todos os estrangeiros oficialmente registrados em Portugal. São mais de 250 mil, dos quais 47,6 mil obtiveram autorização para morar na terra de Cabral nos primeiros seis meses de 2022. "Há muitos estímulos para que os brasileiros migrem para Portugal, a começar pelas constantes crises econômicas do Brasil", diz.

 A economista lembra que, a partir do fim dos anos de 1980, houve uma migração grande de brasileiros para o Japão, os dekasseguis, descendentes de japoneses que haviam se mudado para o Brasil muitas décadas antes. Tempos depois, o fluxo de brasileiros se direcionou para os Estados Unidos e para a Inglaterra — em menor intensidade. Agora, o foco é Portugal. "O Japão endureceu muito as regras para imigrantes. O mesmo ocorreu nos Estados Unidos e, mais recentemente, na Inglaterra, por causa do Brexit", explica. "Em Portugal, está ocorrendo o contrário, o governo está incentivando a vinda de estrangeiros", acrescenta.

Perfil variado

O fluxo mais recente de brasileiros para Portugal é disseminado, aponta o economista Roberto Luiz Troster. "Estamos falando de trabalhadores menos qualificados, de empresários, de profissionais com nível superior, de aposentados, de empreendedores e nômades digitais", ressalta. Para ele, esse movimento só tende a aumentar. "Infelizmente, não vemos melhora econômica no Brasil tão cedo. A perspectiva é de que o país cresça, no máximo, 0,5% em 2023, independentemente de quem seja o vencedor nas eleições presidenciais", frisa. "Além disso, temos um país extremamente polarizado politicamente, e o debate se restringe a temas como inflação, pobreza e gastos públicos. Em Portugal, e em boa parte da Europa, o pensamento está voltado para a nova economia e as oportunidades que a tecnologia traz", emenda.

Professor do Insper, Ricardo Rocha assinala que há um conjunto de fatores a estimular os brasileiros a migrarem para Portugal, não só os econômicos. "Há a facilidade da língua; o clima não é tão frio no inverno como no restante da Europa; a cultura brasileira é parecida com a portuguesa; e tem a segurança pública. As pessoas podem transitar tranquilamente pelas ruas, de dia e à noite", diz. No entender dele, não só aumentarão as remessas de recursos de brasileiros de Portugal para o Brasil, renda oriunda principalmente do trabalho, como também crescerão as transferências para o país europeu, pois parcela das classes média e alta quer fixar residência definitiva em terras lusitanas.

Os registros do Banco Central confirmam isso. Entre janeiro e março deste ano, foram remetidos US$ 105 milhões (R$ 535 milhões) do Brasil para Portugal. Parte significativa desses recursos foi para a compra de imóveis, que são mais baratos do que em regiões como Itaim (São Paulo), Lago Sul (Brasília) e Leblon (Rio de Janeiro), pois, lembra o professor do Insper, muitos descendentes de portugueses conseguiram cidadania, graças às mudanças nas leis. Agora, o país europeu quer atrair, sobretudo, mão de obra para suprir a demanda em áreas que vão da hotelaria à medicina. Os trabalhadores que obtiverem esses vistos especiais, que duram até 180 dias e permitem que as pessoas procurem emprego nas cidades portuguesas, certamente vão remeter parte dos salários para o Brasil.

 

Reforço de caixa
Reforço de caixa(foto: CB/Arte)

 

A cada euro no bolso, a esperança renovada

O brasiliense Alexandre Guimarães Davi, 37, está em Portugal há três anos. Mestre em gestão, trabalha na diretoria financeira de uma consultoria de mobilidade internacional. Todos os meses, envia entre 200 euros (R$ 1,1 mil) e 300 euros (R$ 1.650) para o Brasil, a fim de ajudar nas despesas do apartamento que mantém no Distrito Federal e para investimentos em ações. O interesse pelo país europeu, acrescenta ele, começou quando decidiu fazer uma pós-graduação no exterior. Hoje, garante, está completamente adaptado à nova vida, ao lado de mulher e das duas filhas. "A qualidade da educação e da saúde públicas nos garante uma satisfação que não se vê no Brasil. Isso, sem falar nas facilidades de acesso a outras culturas", assinala.

Eric da Silveira Gonçalves, 28 anos, também está há três anos em Portugal. Todos os meses, transfere, em média, 100 euros (R$ 550) para o Brasil. O valor corresponde à pensão que ele paga para a filha que deixou em Porto Alegre, onde morava. Às vezes, a transferência é um pouco maior, dadas às necessidades da criança, inclusive na escola. O jovem trabalha como entregador de mercadorias, com salário líquido de 850 euros (R$ 4.675). A mulher dele, Michelle, é gerente de uma hamburgueria e recebe 1 mil euros (R$ 5.500) por mês. "Com essa receita conjunta, conseguimos pagar todas as nossas despesas mensais de 1.200 euros (R$ 6.600), incluindo aluguel, e ainda sobra alguma coisa para diversão e para a poupança", conta ele, que tem uma filha, Laura, nascida em território luso.

 

Eric e a mulher Michelle, com a filha Laura: contas equilibradas
Eric e a mulher Michelle, com a filha Laura: contas equilibradas(foto: Vicente Nunes/CB)

 

Esforço e benefício

Mineira de Contagem, Paloma Bianca Martins, 28, assumiu o compromisso de ajudar a mãe e os irmãos, que continuam no Brasil, a pagar as contas de casa. Para isso, ela transfere entre 100 euros (R$ 550) e 150 euros (R$ 825) todos os meses para a família. Em Lisboa, ela trabalha em um restaurante. A jornada pesada não a desamina. "O trabalho é estafante, mas, em Portugal, tenho acesso a coisas que não tinha ao Brasil. Posso ir aos restaurantes que quiser, ir à praia, usar transporte público com segurança, andar na rua sem medo", relata ela, que não abre mão de poupar uma parcela do salário por segurança.

No que depender do baiano Danilo Cardeal, até fevereiro do próximo ano, a família toda estará em Portugal. E ele não precisará mais remeter recursos para o Brasil. Os planos dele estão traçados: a mulher vai trabalhar — uma vaga está esperando por ela —, e o apartamento de três quartos que hoje ele divide com mais duas pessoas ficará só para ele e os familiares. "Melhor, não precisarei mais trabalhar dois turnos, pois o que ganho à noite será compensado pelo salário da minha mulher", explica. "Terei, inclusive, os finais de semana livres", sonha. Experiente, ele dá um recado para aqueles que pretendem se aventurar por Portugal. "Não aceitem trabalho com salário inferior a 1 mil euros. Quem seguir por esse caminho estará condenado a morar sempre em quarto alugado."


Correio Braziliense domingo, 28 de agosto de 2022

HISTÓRIA DO IMPÉRIO: DOMITILA VEM AÍ

 

Artigo: Domitila vem aí

Você, caro leitor, acha que Dom Pedro amava Leopoldina? Você sabe como Dom Pedro tratava a esposa, a imperatriz Leopoldina? Todos sabem que quem morava no coração de Dom Pedro era a amante, Domitila, a Marquesa de Santos

CB
Correio Braziliense
postado em 28/08/2022 06:00
 
 (crédito: Reprodução/Wikimedia Commons)
(crédito: Reprodução/Wikimedia Commons)

JORGE ANTUNES - Maestro, compositor, professor titular aposentado da UnB, membro da Academia Brasileira de Música

Em 10 de setembro de 2012, o ministro dos Serviços Financeiros do Japão, Tadahiro Matsushita, de 73 anos, foi encontrado enforcado em casa. O grande político japonês, filiado ao Partido Novo do Povo, suicidou-se dois dias depois de uma revista ter revelado uma relação extraconjugal que ele mantinha.

Em 25 de junho de 2021 o jornal britânico The Sun publicou uma foto de Matt Hancock, ministro da Saúde, beijando a amante Gina Coladangelo, conselheira do Departamento de Saúde e Assistência Social, com quem o político inglês estava tendo um caso extraconjugal. Envergonhado com o escândalo, o ministro se demitiu.

Em alguns países a descoberta e a revelação de relacionamentos extraconjugais de políticos e homens públicos sempre desencadeiam grandes escândalos nacionais. As consequências variam: ora resultam no fim da carreira política do machão, via renúncia ou demissão, ora resulta no fim da vida do mulherengo por suicídio.

No Brasil é bem diferente. Político com amante é motivo de orgulho para seu eleitorado. Nossa gente cultua machões mulherengos. Nosso povo adora Don Juans, cabras machos sedutores, machões pegadores. Assim, homens públicos casados que têm relações extraconjugais reveladas não se avexam não. Pelo contrário, pavoneiam-se orgulhosos, sabendo que conquistarão muitos novos admiradores.

Você, caro leitor, acha que Dom Pedro amava Leopoldina? Você sabe como Dom Pedro tratava a esposa, a imperatriz Leopoldina? Todos sabem que quem morava no coração de Dom Pedro era a amante, Domitila, a Marquesa de Santos. Pois o coração de Pedro, onde dormita aquela mulher que, segundo seus contemporâneos, era feia de doer, está vindo aí. Então, a dita-cuja deve estar vindo junto, para nos lembrar que é muito estranho o fato de que nenhum deputado brasileiro até hoje apresentou projeto para criar o Dia da Amante.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro acaba de anunciar a futura montagem da ópera Domitila, do meu querido amigo, o grande compositor João Guilherme Ripper, diretor da Sala Cecilia Meireles. Mas minha ópera Leopoldina continua na gaveta. Ou seja, no Bicentenário da Independência, o Theatro Municipal programa a ópera que exalta a amante de Dom Pedro, Domitila, mas não vai programar a ópera Leopoldina. A História, de há muito, vem sendo escrita pelos vencedores homens. No Brasil o machismo vigora há séculos. Assim, o protagonismo histórico das grandes líderes e lutadoras é sempre apagado e esquecido.

O apagão histórico machista, aplicado sobre nossas heroínas, ainda hoje vigora. Um dos colunistas do Correio Braziliense escreveu recentemente: "Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro estava em viagem a São Paulo e, no trajeto Santos-São Paulo, próximo ao riacho do Ipiranga, recebeu uma carta assinada por sua esposa e por José Bonifácio, seu conselheiro pessoal, com as novas ordens enviadas por Portugal. D. Pedro aproveitou a situação para declarar a independência".

Domitila, que habitava o coração que foi trazido da cidade do Porto rumo ao Itamaraty, passou a viver, a partir de 4 de abril de 1825, no Palácio de São Cristóvão, nomeada por Dom Pedro como dama de honra de sua esposa Leopoldina. Era a humilhação cruel da imperatriz. Esta, 20 meses depois, em 11 de dezembro de 1826, abortou seu nono bebê e morreu aos 29 anos de idade.

 


Correio Braziliense sábado, 27 de agosto de 2022

DIVERSÃO: PROJETO ENSINA O BEABÁ DO CARAVA PARA ESCOLAS DO DF

 

Projeto ensina o beabá do carnaval para escolas do DF

O projeto chega ao seu quarto módulo com aulas de mestre sala e porta-bandeira, alas coreografadas e comissão de frente, ministradas até setembro, no Eixo Ibero-Americano e outras regiões do DF

NG
Naum Giló
postado em 27/08/2022 06:00
 
 
 
 (crédito:  Acervo da Escola de Carnaval/Divulgação)
(crédito: Acervo da Escola de Carnaval/Divulgação)

Girar em torno do Cruzeiro ao som do frevo, subir e descer a tesourinha com o samba na ponta dos pés ou percorrer as vias com adereços e carros alegóricos é a apoteose da folia de Momo. O que poucos imaginam é que, para o enredo fluir, cada detalhe é costurado nos bastidores por profissionais que vivem do carnaval. Gente movida à paixão e para quem conhecimento e técnica são indispensáveis.

Com um jejum de oito anos, ele acredita que é o momento para escolas de samba e carnavalescos do Distrito Federal se prepararem para a grande festa que se avizinha. "Sem falar das trocas com os profissionais do carnaval do Rio de Janeiro, que vieram ministrar as oficinas em Brasília. Há muita vontade de voltar a desfilar", relata o presidente.

 O projeto apresenta todas as etapas de produção da maior festa popular brasileira, dos desenhos de figurino e escolha de materiais, passando pela dança e performance dos desfiles, até a confecção do relatório das atividades artísticas. Dividido em quatro módulos, que atendem públicos diferentes, é possível cursá-los separadamente ou optar pelo pacote completo.

Setembro ritmado

O quarto módulo do projeto está com inscrições abertas para descortinar os segredos de mestre sala e porta-bandeiras; alas coreográficas e comissão de frente de uma escola de samba. As aulas serão ministradas por profissionais do Rio de Janeiro. Após a formação, os alunos desenvolvem oficinas abertas ao público. As inscrições são pelo site www.escoladecarnaval.org.br e ficam disponíveis enquanto houver vagas.

Já a disciplina de alas coreografadas, com 22 vagas, será entre 29 de agosto e 2 de setembro, na antiga Funarte, com Fábio Batista e Dhu Costa, da escola de samba carioca Grande Rio. Eles apresentarão a importância do planejamento e da execução de qualidade de alas coreografadas.

Experiência

Conhecido pelas coberturas televisivas dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, Milton Cunha é o curador da Escola de Carnaval. Com vasta experiência em curadorias em carnavais no Brasil e em outros países, o carnavalesco e cenógrafo se debruça sobre o projeto desde outubro do ano passado. Em fevereiro, desembarcou em Brasília para iniciar os trabalhos práticos.

Ele explica que são quatro eixos artísticos: artes da administração, voltado para os gestores das agremiações; artes da escrita, voltado para narrativas e temas para blocos, sambas-enredos e composições; artes da dança, dividido em oficinas para passistas, mestre-sala e porta-bandeira e alas coreografadas; e artes visuais, a mais extensa, responsável por desenvolver habilidades em transformar textos em fantasias, alegorias e adereços.

Ao se deparar com tanto material, como um ponto de convergência de culturas de todo o país, Milton confessa que se emocionou, principalmente pelas manifestações culturais em sua maioria de origens periféricas. "Fiquei chocado com o fato de essa história não ser algo tombado."

Fundador da Unidos da Vila Paranoá, David do Samba está aproveitando a oportunidade. "Para a gente, a Escola de Carnaval está sendo um ganho muito grande. Nós, das as escolas de samba do DF, estávamos sem forças, mesmo antes da chegada da pandemia. Está sendo um momento de valorização e capacitação dos profissionais envolvidos com o carnaval. Agora vemos a possibilidade de voltarmos mais fortes e qualificados do que antes", anima-se.

O fim do projeto será marcado pelo lançamento de uma revista documentando tudo que foi feito durante a Escola Carnavalesca, como forma de mostrar para a cidade e para os formadores de opinião os caminhos trilhados por cada agremiação que participou do projeto. A publicação, que terá um valor histórico, também trará a linha do tempo do carnaval de Brasília e terá exemplares distribuídos no show final do projeto, marcado para outubro.


Correio Braziliense sexta, 26 de agosto de 2022

FESTA GREGA: COMUNIDADE GREGA DE BRASÍLIA ABRE A TRADICIONAL FESTA PANIGHIRI

 

Comunidade Grega de Brasília abre a tradicional festa Panighiri

Fundada há 57 anos, a Comunidade Grega de Brasília convida o público para o Panighiri, que é comemorado no último final de semana de agosto na Grécia, quando é celebrada a colheita da uva, no verão do país banhado pelo Mediterrâneo

NG
Naum Giló
postado em 26/08/2022 05:58 / atualizado em 26/08/2022 05:59
 
 
 
 (crédito: Guilherme Kardel)
(crédito: Guilherme Kardel)

Brasília nasceu e cresceu tomando o posto de cidade do futuro, de um sonho que então começava a se tornar realidade, em um país que se encontrava em franca transformação. Famílias vinham de todos os lugares. O resultado: um turbilhão cultural. No entanto, essa diversidade não se limita às fronteiras do território nacional. Comunidades estrangeiras também embarcaram na aventura traçada por Juscelino Kubitschek.

Pioneiros com sotaque grego

Staikos Georges Tzemos, 86, é um dos membros mais antigos da comunidade. Chegou ao Brasil em 1959, com apenas 22 anos. Desembarcou no Porto de Santos (SP) em 18 de maio. Dois dias depois, já estava em Brasília, onde já tinha irmãos esperando para ajudar no empreendimento do ramo de confecções na Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante). "O que eu vi quando cheguei foram os barracos e uma Brasília em obras", rememora o pioneiro.

 Tzemos relata que havia cerca de 1800 gregos na Cidade Livre, que atuavam principalmente no comércio. Muitos foram embora por causa de um grande incêndio que atingiu quase todos os barracos e as lojas da região. Mas ele e seus irmãos insistiram em Brasília e, em 1962, fundaram o Magazine Bibabô, uma das maiores lojas de departamento da época, que também serviu de abrigo para o consulado grego em uma Brasília ainda com estrutura diplomática incipiente.

Foi nesse período que Staikos e outros compatriotas se reuniram e fundaram a Sociedade Helênica, hoje chamada de Comunidade Grega de Brasília, que conta com uma Igreja Ortodoxa e salão de festas. "A importância de preservar a cultura grega é que somos um país muito antigo. São mais de 8 mil anos de história e sobrevivemos a todo esse tempo", conta Staikos.

Aos 12, as aulas de uma professora enviada pelo Estado grego para a comunidade de Brasília a compeliu a se aprofundar na arte. Hoje, ela é professora e integra o grupo de dança Ílios, uma das atrações da festividade da comunidade que tem seus pais como dois dos fundadores. "São nossas raízes. Apesar de ter crescido aqui, a gente faz o máximo para manter e passar isso para as novas gerações", conta Messinis. A celebração também terá shows das bandas Samos, de Brasília, e Elliniki Kompania, de São Paulo, embalados pelo som característico do bouzouki, instrumento de cordas tradicional da Grécia.

Fundada há 57 anos, a Comunidade Grega de Brasília é presidida por Konstantino Kobos, 51. Assim como Lambrini, ele também faz parte da segunda geração de imigrantes gregos da cidade. Kobos explica que o Panighiri, que tem semelhança com a brasileira festa junina, com música, dança e comidas típicas, é tradicionalmente festejado no último final de semana de agosto na Grécia, quando é celebrada a colheita da uva no verão grego.

Como não poderia faltar em uma legítima festa grega, o encontro vai contar com a tradicional quebra de pratos, que Konstantino adianta serem feitos de gesso, para que não ocorram acidentes. "Essa comunidade foi fundada pelos nossos pais e avós e, hoje, cabe a nós preservar, manter e difundir tudo que eles realizaram. A festa é uma prova concreta de que fazemos isso", orgulha-se Kobos.


Correio Braziliense quinta, 25 de agosto de 2022

MARILENE GALVÃO SE ENCANTOU: COMPONENTE DA DUPLA SERTANEJA AS GALVÃO MORRE AOS 80 ANOS

 

Marilene Galvão, da dupla sertaneja As Galvão, morre aos 80 anos

Em 2021, as irmãs encerraram a carreira como dupla sertaneja, com o maior tempo em atividade no país: 74 anos

AE
Agência Estado
postado em 25/08/2022 09:05
 
 
 (crédito:  Site oficial da dupla As Galvão)
(crédito: Site oficial da dupla As Galvão)

A cantora Marilene Galvão, da dupla sertaneja As Galvão, morreu nesta quarta-feira, 24, aos 80 anos, em São Paulo. A causa da morte da artista não foi revelada. O velório e o sepultamento de Marilene serão realizados na quinta-feira, 25, em Paraguaçu Paulista, segundo o fã-clube oficial da dupla. Entre os principais sucessos das pioneiras do sertanejo feminino estão os clássicos Beijinho Doce e Carinha de Anjo.

"Em breve traremos mais notícias. Para agora, contamos com as orações e apoio de vocês! Nós cremos na ressurreição e acreditamos que nossa menina descansou, e em um bom lugar desfrutará do seu descanso."

Em 2021, as irmãs encerraram a carreira como dupla sertaneja, com o maior tempo em atividade no País: 74 anos. Na ocasião, Mary, 83, contou que Marilene sofria de Alzheimer, chegando esquecer as letras das músicas. As irmãs eram embaixadora da Associação Brasileira do Alzheimer e se apresentavam em hospitais e casas de recuperações para pessoas que lidam com a doença, antes do quadro dela se agravar.

Com o apoio do pai, um alfaiate amante da música, a dupla começou cantando tangos e serestas com sete e cinco anos, respectivamente, em programas de rádio da região de Paraguaçu Paulista.


Correio Braziliense quarta, 24 de agosto de 2022

ZÉ CARIOCA: O MAIS BRASILEIRO PERSONAGEM DA DISNEY COMPLETA 80 ANOS

Os 80 anos do Zé Carioca: o mais brasileiro dos personagens da Disney

O personagem receberá como homenagem pelo aniversário um especial 'O Essencial do Zé Carioca — Celebrando 80 Anos', que reúne 14 histórias clássicas do papagaio

BBC
André Bernardo - Do Rio de Janeiro para a BBC News Brasil
 
postado em 24/08/2022 09:43
 
Por pouco, Zé Carioca não foi um… tatu-bola — em vez de um papagaio —, mas uma viagem ao Brasil fez Walt Disney mudar de ideia -  (crédito: DIVULGAÇÃO WALT DISNEY)
Por pouco, Zé Carioca não foi um… tatu-bola — em vez de um papagaio —, mas uma viagem ao Brasil fez Walt Disney mudar de ideia - (crédito: DIVULGAÇÃO WALT DISNEY)

Por pouco, muito pouco mesmo, o Zé Carioca não seria um… tatu. Em agosto de 1941, os desenhistas Franklin Thomas (1912-2004) e Norman Ferguson (1902-1957), que acompanharam Walt Disney (1901-1966) em sua viagem ao Brasil, chegaram a fazer esboços de um simpático tatu-bola tamborilando um pandeiro.

No entanto, de tanto ouvir piada de papagaio, algumas delas contadas pelo jornalista Gilberto Souto (1906-1972), correspondente da revista Cinearte em Hollywood, Walt Disney mudou de ideia e optou por outro animal da fauna brasileira para representar o país em um de seus próximos filmes: o papagaio.

A visita do 'pai' do Mickey Mouse ao Brasil começou em 17 de agosto de 1941 quando, por volta das seis da tarde, ele, sua mulher, Lillian (1899-1997), e uma equipe de 16 profissionais, oito desenhistas e oito animadores, desembarcaram no Rio de Janeiro. Do aeroporto Santos Dumont, parte da comitiva seguiu para o Hotel Glória, o primeiro cinco estrelas do Brasil; e parte para o Copacabana Palace, um dos mais tradicionais da orla carioca.

O motivo oficial da visita de Walt Disney ao Brasil foi a divulgação de Fantasia (1940), o terceiro longa de animação dos estúdios Disney. A estreia no dia 23 de agosto, no Pathé Palácio, na Cinelândia, Centro do Rio, foi tão badalada que contou até com a presença do então presidente da República Getúlio Vargas (1882-1954) e da primeira-dama Darcy Vargas (1895-1968).

Getúlio Vargas conversa com Walt Disney no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro
Arquivo Nacional
Getúlio Vargas conversa com Walt Disney no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro

No dia seguinte, Walt Disney tirou o dia de folga para visitar o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. Saiu de Copacabana às cinco da tarde e seguiu para Madureira. Na Azul e Branco, assistiu a um ensaio da escola fundada em 1923 e conheceu o sambista Paulo Benjamin de Oliveira (1901-1949), o Paulo da Portela.

O sambista de Oswaldo Cruz, reza a lenda, teria sido uma das fontes de inspiração para o Zé Carioca. Mas, não foi a única. O figurino do papagaio, por exemplo, foi baseado no rábula alagoano Manuel Vicente Alves, o Dr. Jacarandá (1869-1948), um tipo para lá de folclórico das ruas do Rio. Ele gostava de usar, entre outros adereços, paletó, chapéu-palheta, gravata-borboleta e guarda-chuva. "Pode confiar em mim", gostava de dizer aos seus clientes. "Sou igual a jacarandá: pau para toda obra".

Em sua passagem pelo Rio, Walt Disney conheceu alguns brasileiros ilustres. O compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959) foi um deles. O cartunista José Carlos de Brito e Cunha (1884-1950), o J. Carlos, foi outro. Durante um jantar no Copacabana Palace, J. Carlos deu de presente ao visitante a ilustração de um papagaio abraçando o Pato Donald. Até hoje, não se sabe ao certo que fim levou o desenho de J. Carlos. Ou, ainda, se Walt Disney aproveitou algo dele na criação do personagem.

"Ao longo desses 80 anos, o Zé Carioca sofreu muitas alterações no visual. Trocou o tradicional paletó e a gravata-borboleta, por pulôver ou camiseta branca. Numa fase, usou boné. Noutra, tênis", exemplifica o pesquisador Marcus Ramone, autor de Entre Patos e Ratos: a Epopeia dos Quadrinhos Disney (Editora Noir). "É o meu personagem Disney favorito. Ao contrário de outras aventuras em quadrinhos da Disney, que se passavam em Patópolis, as do Zé se desenrolavam no Rio de Janeiro. Havia muitos elementos familiares ao público brasileiro, a começar pela condição social do personagem".

Mas, o Zé Carioca não estaria completo se não fosse o músico paulista José do Patrocínio Oliveira (1904-1987), o Zezinho. Um dos integrantes do conjunto musical Bando da Lua, que acompanhava a cantora Carmen Miranda (1909-1955), foi ele quem emprestou a voz ao Zé Carioca no filme Alô, Amigos (1942), que marcou a estreia do mais brasileiro dos personagens da Disney no cinema.

Ao todo, Walt Disney e sua trupe passaram 23 dias no Rio, de 17 de agosto a 8 de setembro de 1941, quando partiram para Buenos Aires. Entre outros compromissos, Disney visitou o Jardim Botânico, conheceu o Pão de Açúcar e concedeu entrevista à imprensa.

José Patrocínio de Oliveira e Carmen Miranda
Acervo José Patrocínio de Mello
O músico José do Patrocínio Oliveira tocando com a cantora Carmen Miranda

Na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), um dos repórteres quis saber se a viagem tinha motivação política. "Não me preocupo com esses assuntos. Bastam-me os meus próprios problemas para me preocupar bastante…", respondeu o entrevistado, segundo o jornal O Globo, de 19 de agosto de 1941.

Polêmicas à parte, Walt Disney não veio ao Brasil só para lançar Fantasia. A viagem fazia parte da Política de Boa Vizinhança, estratégia política adotada pelo presidente Franklin Roosevelt (1882-1945) para angariar a simpatia de aliados latino-americanos na Segunda Guerra Mundial.

"O Zé Carioca surgiu com uma perspicácia que beira a malandragem. Além disso, é um fã que adora e adula o Pato Donald. Isso demonstra o que é, no entendimento dos artistas da Disney, ser um 'bom amigo'", analisa o historiador Alexandre Maccari Ferreira, doutorando em Comunicação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). "Por um lado, o Zé Carioca tem características metonímicas do 'brasileiro padrão', como a alegria. Por outro, as penas do seu rabo são das cores da bandeira norte-americana". O tema de sua dissertação de mestrado de Alexandre foi O Cinema Disney Agente da História: A Cultura nas Relações Internacionais Entre Estados Unidos, Brasil e Argentina (1942-1945).

Poucos dias antes de desembarcar no Rio, Walt Disney teve a oportunidade de ouvir, pela primeira vez, o samba-exaltação Aquarela do Brasil, de Ary Barroso (1903-1964). Foi em Belém (PA), onde o avião em que ele e sua equipe viajavam pousou para abastecer. Estava hospedado no Grande Hotel, na capital paraense, quando notou que o conjunto musical só tocava canções estrangeiras. Intrigado, pediu ao maestro que executasse alguma música típica do Brasil. O pianista, então, arriscou alguns acordes de Aquarela do Brasil, composta dois anos antes. Walt Disney só veio a conhecer o compositor no último dia de sua visita ao Rio, em um coquetel oferecido pelo Consulado dos Estados Unidos no Hotel Glória.

Na biografia No Tempo de Ari Barroso (1993), o jornalista Sérgio Cabral conta que Ary Barroso compôs Aquarela do Brasil na noite de 28 de fevereiro de 1939. Chovia muito e, sem poder sair de casa, começou a tocar uma nova canção ao piano. Minutos depois, já havia terminado letra e música. "O objetivo do vovô era fugir das tragédias da vida e exaltar as belezas de nosso país", explica Márcio Barroso, neto de Ary. "Naquela mesma noite, pouco depois de concluir Aquarela do Brasil, compôs As Três Lágrimas. Uma não tem nada a ver com a outra".

O primeiro comentário que ouviu a respeito de Aquarela do Brasil não foi lá muito encorajador. "O coqueiro que dá coco? Você queria que ele desse o quê?", desdenhou o cunhado. Ary deu de ombros. De lá para cá, Aquarela do Brasil já ganhou 322 regravações: de Carmen Miranda a Elis Regina (1945-1982), de Bing Crosby (1903-1977) a João Gilberto (1931-2019), de Frank Sinatra (1915-1998) a Plácido Domingo.

Zé Carioca e Aquarela do Brasil estrearam juntos no cinema. Foi no dia 24 de agosto de 1942, quando os cinemas brasileiros exibiram Alô Amigos (Saludos Amigos, no original). Nos EUA, a estreia só aconteceu seis meses depois, em 6 de fevereiro de 1943. Zé Carioca fez tanto sucesso que voltou a dar o ar de sua graça em dois outros longas-metragens: Você Já Foi à Bahia? (The Three Caballeros, 1944) e Tempo de Melodia (Melody Time, 1948).

Por coincidência, Walt Disney convidou J. Carlos e Ary Barroso para trabalharem com ele, em Los Angeles, na Califórnia. Ambos recusaram a proposta. "Because don't have Flamengo here" foi a desculpa que Ary Barroso, um flamenguista doente, deu para declinar do convite.

Se, nas telas de cinema, Zé Carioca estreou primeiro no Brasil e depois nos EUA; nas tirinhas de jornal, se deu o contrário: estreou primeiro lá e depois aqui. Com roteiro de Hubie Karp (1915-1953) e desenhos de Bob Grant (1914-1968) e Paul Murry (1911-1989), Zé Carioca (Joe Carioca, no original) estreou nas páginas dos jornais americanos em 11 de outubro de 1942. Ele só chegou ao Brasil em 2 de fevereiro de 1943 quando O Globo Juvenil passou a publicar algumas dessas histórias. Logo, o Zé Carioca passou a ser publicado também em revistas em quadrinhos. A estreia no formato gibi aconteceu em dezembro de 1942, na Walt Disney 's Comics and Stories. A história O Rei do Carnaval teve roteiro e desenho de Carl Buettner (1903-1965).

"Em suas primeiras tiras de quadrinhos, ainda produzidas nos EUA, pouca coisa realmente diferenciava o Zé dos demais personagens Disney. As tramas eram ambientadas em uma cidade que poderia ser qualquer outra. Isso começou a mudar quando os quadrinhos do Zé começaram a ser produzidos no Brasil por artistas locais. De repente, o Zé Carioca estava vivendo no Rio de Janeiro, na fictícia Vila Xurupita, comendo feijoada e jogando futebol", analisa Paulo Maffia, editor-chefe da Culturama.

No Brasil, as histórias do Zé Carioca já foram publicadas por duas editoras: a Abril, entre 1961 e 2018, e a Culturama, desde 2020. A primeira revista em quadrinhos brasileira foi a do Pato Donald número 1, publicada em julho de 1950. O Zé Carioca aparece na capa, desenhada pelo artista argentino Luis Destuet. Aos poucos, o papagaio começa a conquistar seu próprio espaço. Em março de 1960, ele protagoniza sua primeira aventura totalmente brasileira, A Volta do Zé Carioca, de autoria de Jorge Kato (1936-2011). E, em janeiro de 1961, ganha sua própria revista.

"Houve um tempo em que a revista do Zé Carioca vendeu muito bem e atingiu o patamar de 180 mil exemplares. A título de comparação, O Pato Donald estava na faixa dos 200 mil", explica Manoel de Souza, autor de O Império dos Gibis — A Incrível História dos Quadrinhos da Editora Abril (Editora Heroica).

Com o passar dos anos, o Zé Carioca ganhou um grande amor (Rosinha); um melhor amigo (Nestor); um rival (Zé Galo); um time de futebol (Vila Xurupita F.C.), uma versão heróica (Morcego Verde); e até uma série de primos, um de cada estado (Zé Paulista, Zé Jandaia, Zé Pampeiro, Zé Queijinho, Zé Baiano e Zé Pantaneiro).

"O Zé Carioca dos filmes é expansivo e acolhedor. Seu bom humor é contagiante. Quer bancar o esperto, mas com elegância e naturalidade, sem ser desleal. Já o Zé Carioca das revistinhas não é tão ético, mas é bem divertido. Era o típico malandro que gostava de levar vantagem em tudo. Vivia numa pindaíba de fazer gosto e não media esforços para alcançar uma alta condição social, sem ter que trabalhar duro. Hoje em dia, seria considerado 'politicamente correto'", compara o pesquisador Jorge Carvalho de Mello, autor de Muito Prazer, Zé Carioca — A Extraordinária Vida do Músico que Inspirou Walt Disney a Criar o Famoso Papagaio (Editora Noir), com previsão de lançamento para novembro.

Para comemorar seu aniversário de 80 anos do Zé Carioca, a Culturama acaba de lançar O Essencial do Zé Carioca — Celebrando 80 Anos, que reúne 14 histórias clássicas do papagaio, de Zé Carioca Contra o Goleiro Gastão, de janeiro de 1961, a Volta, Zé... Volta!, de setembro de 2020. Em edição de capa dura, estão reunidos alguns dos melhores roteiristas e desenhistas do Zé Carioca, como Waldyr Igayara de Souza (1934-2002), Renato Canini (1936-2013) e Ivan Saidenberg (1940-2009), entre outros.

Das 14 histórias de O Essencial do Zé CariocaQue Galo É Esse, Zé?, publicada em março de 1983, é de autoria de Gerson Borlotti Teixeira. Das 518 histórias que escreveu só com personagens Disney, 187 são do Zé Carioca. "O Zé personifica a alegria, a esperança e até uma pitada de malandragem do brasileiro. Em tempos de politicamente correto, essa malandragem teve que ser praticamente esquecida", explica Gerson, que estreou na Editora Abril em 1977. "A Disney tem um manual de ética e conduta muito rigoroso que deve ser seguido por qualquer empresa que tem os direitos de usar seus personagens. Antigamente, o Zé era conhecido por seus calotes e malandragens. Hoje, essas práticas são vetadas. Isso obriga os roteiristas a explorar outras características do personagem, como o alto-astral, o otimismo e a cara de pau de filar a feijoada na casa do Pedrão".

Em outubro, a Culturama lança Zé Carioca Conta a História do Brasil. Com argumento do jornalista e escritor Eduardo Bueno e roteiro de Paulo Maffia, o livro revisita cinco episódios da História do Brasil, desde o Descobrimento até a Independência. Personagens Disney como Donald, Peninha e Gastão, entre outros, interpretam figuras históricas, como Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero Vaz de Caminha (1450-1500) e Américo Vespúcio (1454-1512). "Minha inspiração foi o Don Rosa, autor de algumas das histórias mais épicas do Tio Patinhas", conta Eduardo Bueno. "As histórias contadas pelo Zé Carioca não são 100% verdadeiras. Há muita ficção ali. O que eu procurei fazer foi brigar o menos possível a ficção com a realidade".

Outro lançamento, previsto para novembro, é Muito Prazer, Zé Carioca, de Jorge Carvalho de Mello. Curiosamente, o violonista que inspirou, entre outros, a criação do Zé Carioca era paulista de Jundiaí. No livro, o autor conta que, depois que decidiu incluir o papagaio em seus desenhos animados, Walt Disney precisava de alguém para dublá-lo. O nome escolhido foi o do ator Grande Otelo (1915-1993), mas eles não chegaram a um acordo. "Zezinho estava em estúdio dublando O Dragão Relutante (1941) quando um funcionário da Disney procurou seu chefe para dizer que tinha encontrado a voz ideal para o papagaio. Além da voz, Zezinho emprestou sua ginga e malemolência ao Zé Carioca", revela o autor.

Mas, a festa preparada para o Zé Carioca não se limita ao lançamento de livros e gibis. Um sem-número de produtos temáticos, de esmalte a chinelo, de pelúcia a quebra-cabeça, de capa de celular a instrumento musical, serão lançados ao longo dos próximos 12 meses. E, como toda festa que se preza, a do Zé Carioca ganhou até música: Os Zés do Brasil, composta por Leandro Lehart e cantada por Xande de Pilares. "O Zé Carioca mostra um lado lindo que o brasileiro tem e, muitas vezes, esquece que tem", analisa Tokie Esaka, diretora criativa da Disney Brasil. "O brasileiro é um povo otimista por natureza, que não desiste nunca. Isso tem tudo a ver com a Disney. Acreditamos em nossos sonhos e procuramos olhar o lado belo das coisas".

Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62660115


Correio Braziliense terça, 23 de agosto de 2022

IPÊS: AGORA É A VEZ DE APRECIAR A BELEZA EFÊMERA DO IPÊS BRANCOS DA CIDADE
 

Agora é a vez de apreciar a beleza efêmera dos ipês brancos da cidade

No auge do período de seca em Brasília, os ipês brancos começam a aparecer e encantam os moradores do Distrito Federal. São sortudos os que encontram nas ruas as árvores, raras e de curto período de floração

IB
Isabela Berrogain
postado em 23/08/2022 06:00 / atualizado em 23/08/2022 06:04
 
 
 
 (crédito: Márcia Machado)
(crédito: Márcia Machado)

Durante a seca, a cidade de Brasília torna-se mais bonita da noite para o dia. Isso ocorre graças ao floreamento dos ipês brancos, os mais raros de serem encontrados na cidade. Além de estarem em poucos lugares, o período de floração destas árvores as tornam mais especiais ainda: os ipês brancos exibem suas flores por até, no máximo, quatro dias. Os sortudos encontram as árvores por coincidência na rua e os apaixonados por ipês realizam uma verdadeira caçada para achar e contemplar a beleza pálida desta florada.

Após mapear os principais pontos em que os ipês estavam floreando através de postagens no Instagram, Beatriz saiu de carro pela Asa Sul e pela Asa Norte fotografando as árvores mais bonitas e documentando os locais onde as encontrou. "Foi muito gostoso. Foi um tempo que eu passei admirando mesmo os ipês. Eu saí de casa, tomei Sol, admirei as flores. Não é todo dia que você pode fazer isso, sair de casa para admirar uma flor", pontua. "Eu acho que os ipês chamam tanta atenção aqui, porque Brasília não é necessariamente conhecida pela vegetação, ela é conhecida pela arquitetura, pelo urbanismo. Aí quando a gente vê algo na cidade que talvez seja tão chamativo quanto os monumentos e não é algo feito pelo ser humano, é da natureza, eu acho que comove um pouco", opina.

Pensando em pessoas como Beatriz, que procuram ipês por Brasília, a bióloga Paula Ramos Sicsú criou o aplicativo Ipês, disponível para Android e iOS. "O principal motivo que me fez criar o aplicativo foi a necessidade. Eu gosto muito de admirá-los, de fazer registros deles e eu sentia muita falta de ter um local em que eu pudesse descobrir onde tem ipê, se ele está florido, se está situado em um local de fácil acesso", explica Paula. O intuito da ferramenta é compartilhar informações sobre as árvores ao redor do Distrito Federal, como floração, localização, para facilitar a visita dos demais cadastrados na plataforma.

No aplicativo, os brasilienses também podem dividir fotos e dicas para os visitantes. "Eu acho que apreciar ipês é um hábito nacional e principalmente local. Então é legal ter um ambiente para centralizar essas informações, um espaço em que todo mundo possa acessar e contribuir para gerar essas informações", opina. Para a bióloga, a ferramenta é uma forma de ajudar os amantes da espécie mais amada pelos moradores do DF. "É muito evidente que não existe nenhuma outra árvore que suscite o interesse e a mobilização de tantas pessoas, pelo menos aqui em Brasília", diz.

A exuberância continua

Mesmo com a floração branca, a exuberância e a predominância dos ipês amarelos continua pela cidade. Para Natália Magalhães, 23 anos, os ipês amarelos são os mais bonitos por contrastarem com o céu azul de Brasília. "Eu gosto de apreciar os ipês amarelos há muitos anos e, com o tempo, eu percebi a relação que eles têm com a arquitetura e a beleza de Brasília. Para mim, é até estranho pensar que os ipês não estão presentes em todos os meses do ano, porque eles já parecem fazer parte da cidade", relata.

Lina Távora, 41 anos, concorda com a evidência dos ipês amarelos. "A cor se destaca muito, porque dá um contraste com a terra vermelha bem característica de Brasília", avalia. "A cidade fica linda. É interessante, porque na época mais seca, nesse período difícil, o ipê nos mostra que a vida é bonita em todas as formas", complementa. A paixão da mãe passou para os filhos, Raul, 7 anos, e Alice, 10. "Eu já fiz uma pesquisa sobre ipê para a escola. Nos pediram para estudar sobre uma árvore e eu escolhi o ipê, porque eu acho ele muito bonito. O amarelo é meu preferido", afirma Raul. 

 

Correio Braziliense segunda, 22 de agosto de 2022

SAÚDE: OS MITOS SOBRE CAFÉ E VINHO EM QUE TALVEZ VOCÊ AINDA ACREDITE

Os mitos sobre café e vinho em que talvez você ainda acredite

Estudos sobre os efeitos do café e do vinho tinto na saúde humana, foram publicados no periódico científico Annals of Internal Medicine

BBC
BBC Geral
postado em 22/08/2022 08:15 / atualizado em 22/08/2022 08:15
 
 
 
 (crédito: Getty Images)
(crédito: Getty Images)

Muitas vezes somos bombardeados com informações sobre alimentos e substâncias que supostamente são benéficas por seus efeitos "protetores" sobre a saúde e suas "virtudes nutricionais".

Mas os conselhos dietéticos e as avaliações que ouvimos sobre alguns alimentos parecem estar mudando o tempo todo.

Duas das substâncias alimentares mais estudadas por seus efeitos na saúde humana são o café e o vinho tinto. E sobre eles já ouvimos que podem ter impactos "prejudiciais" ou "benéficos"em nosso corpo.

O que dizem os estudos científicos mais recentes sobre essas bebidas? Consultamos dois cientistas que pesquisam o efeito do café e do vinho tinto na saúde humana.

Café e mortalidade

Aquela xícara de café pela manhã que faz parte de nossa rotina diária pode estar relacionada ao prolongamento das nossas vidas. Ou pelo menos essa é a conclusão de um estudo publicado em julho no periódico científico Annals of Internal Medicine, que acompanhou quase 200 mil pessoas por 10 anos.

Os pesquisadores descobriram que aqueles que bebiam de 1,5 a 3,5 xícaras de café por dia — mesmo com uma colher de chá de açúcar — tinham até 30% menos chances de morrer durante a década do estudo do que aqueles que não bebiam café.

Para quem tomava café sem açúcar, o risco de morrer era entre 16 e 21% menor. E aqueles que tiveram o menor risco de morte durante o período do estudo foram os que bebiam três xícaras de café por dia.

Não é o primeiro estudo a encontrar um risco reduzido de morte entre as pessoas que tomam café. Em 2018, outro estudo que acompanhou mais de 500 mil pessoas por 10 anos também encontrou uma redução de 16% no risco de morte prematura.

E vários estudos encontraram essa redução mesmo entre aqueles que bebiam café descafeinado, sugerindo que o benefício pode vir de alguns dos milhares de compostos que o café contém.

Muitas pessoas, no entanto, continuam a pensar que o café é prejudicial e que devemos limitar o consumo desta substância. Erramos sobre o café?

"Há algum tempo, nossa perspectiva sobre o efeito do café na saúde mudou radicalmente", diz Esther López-García, professora de medicina preventiva e saúde pública da Universidade Autônoma de Madri à BBC Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

López-García participou de vários estudos sobre os efeitos do café no desenvolvimento de doenças cardiovasculares e incapacidades.

"A partir de 2003, começaram a ser realizados estudos em grandes populações, nas quais o consumo de café era medido regularmente durante anos e se via como isso afetava o risco de morte prematura, doenças cardiovasculares ou diabetes tipo 2", explica ela.

"Constatou-se que ajustando fatores que também afetam a saúde, como o uso de tabaco e álcool, o consumo regular de café não tem efeitos prejudiciais. Foi até mesmo considerado benéfico na prevenção do desenvolvimento de diabetes tipo 2 e acidente vascular cerebral", acrescenta.

"Viu-se também que os efeitos nocivos da cafeína não se mantêm nos consumidores regulares, que desenvolvem tolerância a esta substância, e neles, os efeitos benéficos de outros componentes do café têm maior impacto na saúde", afirma a especialista.

Nos numerosos estudos que foram feitos sobre o café surgiram evidências sobre seus supostos efeitos protetores contra a doença de Parkinson, e também foi dito que protege contra a deterioração cognitiva em geral, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer.

Mas a professora López-García enfatiza que "a evidência mais sólida é para o diabetes tipo 2. Para o restante das doenças, ainda não está claro".

"Sabe-se que não é prejudicial para doenças cardiovasculares e tampouco para câncer de mama. E acredita-se que a cafeína reduz o risco de doenças neurodegenerativas, mas os resultados ainda não são claros."

 

café
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Café contém mais de mil compostos químicos, e muitos deles estão sendo amplamente investigados

O café contém mais de mil compostos químicos, e muitos deles estão sendo amplamente investigados.

Ele contém, por exemplo, uma enorme quantidade de antioxidantes, que outras pesquisas mostraram que podem prevenir ou retardar o dano celular.

A professora López-García explica que os efeitos benéficos do café se devem fundamentalmente a um desses antioxidantes: o ácido clorogênico.

"É um antioxidante que tem muitos efeitos benéficos no metabolismo da glicose. Contém também outras substâncias, como o magnésio, que é um mineral com inúmeros efeitos à saúde", diz.

Talvez parte da "má imagem" que o café teve no passado seja porque em algumas pessoas a cafeína pode causar ansiedade ou insônia.

É por isso que a especialista da Universidade Autónoma de Madrid salienta que em pessoas saudáveis ??o consumo habitual de 3 a 5 xícaras de café "pode ser benéfico".

"Hoje o consumo de café, sem açúcar, é recomendado como bebida saudável em muitos guias alimentares."

Mas acrescenta que "todas as pessoas com problemas de saúde que possam ser agravados pelo consumo de café (insônia, ansiedade, hipertensão não controlada, refluxo gastroesofágico ou arritmias cardíacas) devem receber aconselhamento individualizado sobre o consumo desta bebida".

 

mulheres tomando vinho
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"Neste momento, as evidências científicas nos permitem afirmar que o melhor para sua saúde é consumir o mínimo de álcool possível", diz especialista

Vinho e seus "efeitos protetores"

O vinho tinto tem sido frequentemente apresentado como "a face saudável" do álcool.

Vários estudos nas últimas décadas levaram-nos a acreditar que um copo de vinho "ocasional" está associado a uma melhor saúde cardiovascular devido aos seus efeitos "protetores" sobre o coração.

Por exemplo, um estudo publicado em 2019 na revista científica Molecules sugere que o vinho tinto, devido à grande variedade de compostos polifenólicos que contém, está associado a um menor risco de doença cardíaca coronária.

Mas em janeiro deste ano a Federação Mundial do Coração (WHF, na sigla em inglês) publicou uma revisão de pesquisa mostrando que o álcool definitivamente não é bom para a saúde cardiovascular.

"Nas últimas décadas, a prevalência de doenças cardiovasculares (DCV) quase dobrou", observa o relatório da WHF, "e o álcool desempenhou um papel enorme na incidência de muitas delas".

A organização observa que "há mais de 30 anos tem havido uma mensagem difundida promovendo o mito de que o álcool prolonga a vida, principalmente reduzindo o risco de doença cardíaca coronária".

Mas o relatório acrescenta que "o risco devido ao consumo de álcool é aumentado para a maioria das doenças cardiovasculares" e para muitas outras doenças.

Então o vinho tinto é bom ou ruim? Perguntamos isso a Miguel Marcos Martín, pesquisador do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Salamanca e professor da Universidade de Salamanca (Espanha), que participou de vários estudos sobre os efeitos do álcool na saúde.

"É verdade que existem estudos que relacionam o consumo de álcool a possíveis benefícios para a saúde, com resultados controversos e inconclusivos, mas não podemos esquecer que muitos outros estudos mostram claramente que é uma substância com muitos efeitos nocivos, mesmo em doses baixas", explica.

"Por todas essas razões, neste momento o consumo de qualquer quantidade de álcool ou tipo de bebida não pode ser recomendado por motivos de saúde."

Martín afirma que a mensagem de que o vinho tinto tem "efeitos protetores" para o coração "é um conselho que, em primeiro lugar, não está claramente baseado em evidências científicas porque não foi provado conclusivamente que assim seja" .

"Por outro lado, mesmo sendo verdade que o vinho tem efeito protetor contra algumas doenças, não podemos esquecer os efeitos colaterais que produz. As bebidas alcoólicas causam dependência, cirrose hepática, pancreatite, etc."

O argumento para os supostos efeitos protetores do vinho na saúde cardiovascular é baseado no resveratrol, que faz parte de um grupo de compostos chamados polifenóis. Acredita-se que eles atuem como antioxidantes, protegendo o corpo contra danos celulares que podem aumentar o risco de doenças como câncer e doenças cardiovasculares.

Mas, como explica o médico do Hospital Universitário de Salamanca, seriam necessárias quantidades muito maiores desse composto do que as encontradas em algumas doses de vinho para obter esses efeitos na saúde.

"O potencial efeito positivo do vinho é atribuído tanto à própria molécula de etanol quanto ao resveratrol e outras substâncias antioxidantes contidas no vinho", diz o especialista.

"Não está comprovado, no entanto, que a administração dessas substâncias separadamente tenha um efeito positivo na saúde a longo prazo, por isso é ainda menos claro que sua ingestão, nas pequenas quantidades contidas no vinho, possa ser benéfica para a saúde", acrescenta.

Muitas pessoas tendem a pensar que o álcool causa mais danos à saúde quando consumido em excesso. Mas, na realidade, mesmo o consumo moderado, como uma taça de vinho todos os dias, pode gerar impacto negativo no corpo.

"O consumo de álcool em pequenas doses (por exemplo, um copo de vinho ou uma cerveja) está associado a um pequeno aumento do risco de desenvolver tumores (por exemplo, tumores de cabeça e pescoço, mama ou cólon), assim como fibrilação atrial (uma arritmia muito comum)", diz Martín.

"Felizmente, consumir pequenas quantidades também está associado a poucos riscos, mas tudo se soma."

O principal, diz o especialista, é não acreditar que beber vinho faz bem à saúde.

"Neste momento, as evidências científicas nos permitem afirmar que o melhor para sua saúde é consumir o mínimo de álcool possível."

Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62608090


Correio Braziliense domingo, 21 de agosto de 2022

IDOSOS: GUARÁ GANHA CENTRO DE APOIO E DE ATIVIDADES PARA A PESSOA IDOSA

Centro de apoio e de atividades para a pessoa idosa

Unidade inaugurada no Guará começa a funcionar a partir de setembro com vários cursos e oficinas com o objetivo de promover cuidado, atenção, integração e proteção para esse público

CB
Correio Braziliense
postado em 20/08/2022 20:22
 
 
 
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Com capacidade para receber dezenas de pessoas, o Centro de Apoio e Cursos Profissionalizantes começa a funcionar a partir de setembro. A unidade, voltada para a atenção à pessoa idosa, vai ofertar capacitações e atividades integrativas e de convivência para esse público e para quem trabalha diretamente com esses cidadãos. Instalada no Polo de Modas do Guará II, a primeira qualificação já está com inscrições abertas.

Fruto de uma parceria entre instituições da sociedade civil, o local contou com a união de esforços dos Institutos Adonai, Creai e Reciclando o Futuro. “Já capacitamos mais de 300 profissionais para a atuação com esse público. Trata-se de uma ação muito importante para quem está em busca de gerar emprego e renda por meio de uma nova profissão, que é uma das procuradas atualmente no mercado”, explica a fundadora do Reciclando o Futuro, Renata d'Aguiar.

 O curso é ministrado por professores especialistas em diversas áreas ligadas à atenção integral à pessoa idosa. A qualificação tem duração de oito horas e ocorre durante quatro dias – a data de início vai ser definida nos próximos dias. De acordo com o cronograma, os alunos vão aprender sobre sinais e sintomas das principais doenças da terceira idade e prevenção de quedas e úlceras de pressão, entre outros conteúdos.

“O mercado está em busca de profissionais nessa área. Porém, é preciso qualificação, pois trata-se de um público com particularidades que precisam ser levadas em consideração”, enfatizou Renata d’Aguiar, ao lembrar que mais 120 vagas vão ser ofertadas de forma gratuita também em uma unidade em Samambaia.

O centro ainda prevê a oferta de atividades como informática, oficinas de artesanato, beleza, musicalização e horta comunitária. “Queremos tirar o cidadão idoso do ambiente doméstico e recolocá-lo de volta à vida ativa”, acrescentou Fabiano Galvão, mais um dos responsáveis pelo espaço.

Serviço
Curso de cuidador de idoso
Locais: Centro de Apoio e Cursos Profissionalizantes (Polo de Modas do Guará II)
Instituto Adonai (Quadra QN 502, conjunto 13, lote 1 – Samambaia Sul)
Inscrições gratuitas: https://bityli.com/ibenF
Mais informações e inscrições: (61) 98593-3373 ou (61) 98186-0802
@institutocreai

 

Correio Braziliense sábado, 20 de agosto de 2022

AEROMOSQUITO SHOW: EVENTO COMEÇA NESTE SÁBADO, REUNINDO ESCOTISMO E AVIAÇÃO

Aeromosquito Show começa neste sábado; evento reúne escotismo e aviação

Aeromosquito Show oferece aos apaixonados pelo escotismo, ciências e aeronáutica um fim de semana cheio de atrações. A programação conta com tirolesa, escalada e apresenta um modelo do avião 14-bis construído por grupo do movimento. O evento ocorre neste sábado (20/8) para o público geral. No domingo (21/8), será exclusivo para escoteiros

EF
Eduardo Fernandes*
postado em 20/08/2022 06:01
 
 
 
Modelo do avião 14Bis foi construído por grupo de escoteiros para apresentação no evento Aeromosquito Show -  (crédito: Arquivo pessoal)
Modelo do avião 14Bis foi construído por grupo de escoteiros para apresentação no evento Aeromosquito Show - (crédito: Arquivo pessoal)

Em um só lugar, o evento Aeromosquito Show — Feira de Ciências e Aeronáutica traz inúmeras atividades para os apaixonados por escotismo, tecnologia e aeronáutica. No entanto, a diversão vai muito além. O projeto idealizado pelo Grupo Escoteiro do Ar Salgado — 9° DF traz ações educativas sobre trânsito, ensinamentos sobre o cerrado, jogos e brincadeiras. Para os amantes da aviação, um modelo do 14-bis — avião construído pelo inventor brasileiro Alberto Santos Dumont —, feito de forma similar ao original pelo Grupo Escoteiro Caio Martins, estará disponível para visitação.

 

  • Grupo Escoteiro do Ar Salgado — 9° DF é o responsável pelo surgimento do Aeromosquito Show e pela expansão do projetoArquivo pessoal

  • Para montar a réplica do 14-bis, escoteiros usaram bambus, TNT, arame farpado e rodas de bicicletaArquivo pessoal

  • Atividades e brincadeiras também estão previstas na programaçãoArquivo pessoal
    Modelo do avião 14Bis foi construído por grupo de escoteiros para apresentação no evento Aeromosquito ShowArquivo pessoal
A programação deste sábado (20/8) é aberta para o público geral. No domingo (21/8), será exclusiva para escoteiros. Para entrar no evento, basta levar 1 quilo de alimento não perecível. Os visitantes poderão construir foguetes e lançá-los utilizando garrafas pets e assistir uma sessão no planetário. Brincadeiras na tirolesa e um muro de escalada também estão à espera dos mais corajosos. 

Apelido

Segundo a organizadora do evento, Alexandra da Costa, 48 anos, a ideia surgiu anos atrás, quando alguns escoteiros se reuniram para mostrar uns aos outros o que aprendiam nos acampamentos sobre ciência e aeronáutica. Com isso, o grupo decidiu construir algo que durasse por mais tempo e contemplasse a presença de colegas de outras cidades e instituições que atuam com ensino, pesquisa e aviação. "Em vez de fazermos uma feira de ciências parecida com a das escolas, fizemos nossa feira dentro de um acampamento escoteiro", explica.

 O nome do projeto é uma homenagem ao apelido pelo qual os escoteiros que participavam da oficina de aeromodelismo, no final da década de 1990 e início dos anos 2000, eram chamados: mosquitos.

Inaiara Saraiva de Souza, 41, é chefe da Tropa Sênior Aporé do Grupo Escoteiro Caio Martins — 6º DF. O amor pelo escotismo começou há uma década. Ao levar o filho, que na época tinha 11 anos, para um acampamento não aguentou e se empolgou para participar. Até hoje, segundo ela, a diversão é garantida. "Atualmente, estou com meu filho, no movimento, como adulto voluntário, além de meu pai e mais três sobrinhos. O método de educação do escotismo é encantador", destaca a técnica de enfermagem.

E graças ao esforço da família, conseguiram construir o modelo 14-bis, que mede aproximadamente 4x3 metros. Para a execução do projeto, utilizaram bambus, TNT, arame farpado e rodas de bicicleta. Muitos dos materiais empregados no original feito em 1906.


Correio Braziliense sexta, 19 de agosto de 2022

FESTIVAL PORCO RÚSTICO DUROC: PRATOS INÉDITOS EM EVENTO QUE COMEÇA AM 29 DE AGOSTO

 

Pratos inéditos no Festival Porco Rústico Duroc que começa em 29 de agosto

Publicado em festival

Entre os dias 29 de agosto e 18 de setembro o brasiliense poderá se deliciar com pratos inéditos do Festival Porco Rústico Duroc, que se realiza, pela primeira vez na cidade, como opção gastronômica apresentada em 29 restaurantes. O menu possui duas faixas de preços: R$ 55,50 e R$ 75,70, ficando a cargo de cada casa escolher aquela que melhor se adequa à sua receita.

Os restaurantes confirmados no festival são: Dom Francisco Restaurante (unidades 402 sul e Asbac),  Universal Restaurante, Blas Cozinha de Culturas, Mayer Sabores do Brasil, Café das Orquídeas, Carpe Diem, Leo Hamu,Vila Cinco Restaurante, Le Birosque, Xamam Restaurante e Charcutaria, Trattoria Da Rosario, IVV Swinebar, BSB GRILL das unidades da Asa Norte e Sul, Primeiro Cozinha de Bar, Teta Cheese Bar, Ticiana Werner Restaurante & Wine Bar, Norton restaurante, Dona lenha (unidades da Asa Norte e Sul e do Terraço Shopping), Brasis Ateliê Gastronômico, Superquadra (as duas unidades), Assados do Fred e Conca Cozinha Original.

Quando o porco é nobre

Já se vão 13 anos que Brasília teve o seu primeiro festival de carne suína promovido pela Abrasel com a participação de 32 restaurantes, muitos já extintos, como o memorável O Convento e o mais recente Feitiço Mineiro. O sucesso se repetiu por nove edições durante as quais cresceu o entusiasmo pelo consumo da carne, que já naquela época começava a quebrar tabu. O principal dizia respeito à falta de higiene na criação do animal, que por ser sujo e gordo poderia causar doenças.

O preconceito foi vencido graças à tecnologia usada nos criatórios e o reconhecimento do inigualável sabor suíno, que chegou até à alta gastronomia, além do surgimento de novas raças. Uma delas teve enorme destaque. É a Duroc, que pela sua suculência, maciez e nítido gosto vai ganhar um festival para chamar de seu.

Bisteca Fiorentina

Crédito: Vinícius Emerick/Divulgação

A maioria dos chefs e restaurateurs visitou na quarta-feira a fazenda Miunça, localizada na DF 295, distante 70 quilômetros da rodoviária de Brasília, onde tudo começou. Foi o produtor rural e zootecnista Alexandre Cenci quem importou as primeiras matrizes da raça Duroc trazidas de avião dos Estados Unidos, em abril de 2020. Com 200 fêmeas e 50 machos reprodutores, selecionados geneticamente, teve início a produção suína, cuja “alta qualidade com mais coloração e marmoreio garante uma experiência gastronômica diferenciada da carne de porco tradicional”, explica Alexandre Cenci.

Menos de dois anos mais tarde, bons cortes de Duroc chegavam ao mercado numa iniciativa da Hartos Agropecuária, empresa de Censi, em parceria com a Casa do Holandês, cujo titular Raymond Graumans realiza os cortes, e a Malunga de Joe Valle, que ofereceu o produto primeiro na loja do Sudoeste. Os três parceiros contaram com o entusiasmo e orientação do chef Francisco Ansiliero, mestre no preparo da carne suína, que acaba de encomendar ao holandês o corte Duroc semelhante ao da bisteca fiorentina.


Correio Braziliense quinta, 18 de agosto de 2022

PREVISÃO DO TEMPO: FRENTE FRIA SE APROXIMA DO DF E TEMPERATURAS CAEM NO FIM DE SEMANA

Frente fria se aproxima do DF e temperaturas caem no fim de semana

Com o aumento da nebulosidade, a previsão indica queda nas temperaturas máximas dos próximos dias. Para esta quinta-feira (18/8), a umidade fica abaixo de 20% e os termômetros devem marcar 31°C à tarde

JE
Júlia Eleutério
postado em 18/08/2022 08:52 / atualizado em 18/08/2022 08:57
 
 (crédito: RodrigoNunes)
(crédito: RodrigoNunes)

Para aliviar o calor dos últimos dias, o Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet) destaca que uma frente fria deve chegar ao Distrito Federal neste fim de semana. Mas até lá, os brasilienses podem esperar mais um dia quente e seco na capital. Segundo o instituto, a temperatura máxima pode chegar a 31°C  e a umidade deve ficar abaixo de 20% na tarde desta quinta-feira (18/8).

 
 

O meteorologista do Inmet Cleber Souza ressalta que as mudanças devem ocorrer a partir desta sexta-feira (19/8). “A temperatura máxima já começa a cair um pouco por conta do aumento de nebulosidade”, avalia. O especialista explica que a mudança é devido à passagem de uma frente fria pelo litoral do Brasil.

A expectativa é de que ocorram chuvas isoladas na capital entre sábado e domingo. “Vamos esperar que esse sistema aumente mais ainda a nebulosidade no final de semana e ocorra algumas chuvas isoladas como foi naquela semana passada, quando o sistema passou”, destaca Cleber.

Para o período da tarde desta quinta, o céu terá poucas nuvens e névoa seca. A umidade máxima pela manhã foi de 65% e os termômetros marcaram 14°C.

Cuidados

Devido à baixa umidade, a Defesa Civil alerta para alguns cuidados necessários para esse período de seca. Confira:

  • Manter uma boa hidratação (água, sucos naturais, água de coco, etc). Sugerimos portar sempre que possível uma garrafa para reposição de líquidos.
    Umedecer periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico.
  • Utilizar hidratantes labiais e cremes corporais para evitar ressecamento.
  • Utilizar umidificador, baldes ou bacias com água ou panos molhados para elevar a umidade do ar em casa.
  • Manter a adequada limpeza dos ambientes, evitando acúmulo de pó e favorecimento de ácaros e fungos, a fim de reduzir crises alérgicas.
  • Dar especial atenção às crianças e idosos, monitorando principalmente a questão de hidratação e doenças respiratórias.
  • Reduzir ou suspender, se possível, as atividades físicas nos períodos mais quentes do dia.
  • Dar preferência a refeições leves.
  • Usar roupas leves, chapéu ou boné.

 


Correio Braziliense quarta, 17 de agosto de 2022

PATRIMÔNIO HISTÓRICO: 17 DE AGOSTO - DIA DE REFLETIR SOBRE A PRESERVAÇÃO DOS MONUMENTOS

17 de agosto: dia de refletir sobre a preservação dos monumentos

No Dia do Patrimônio Histórico, o Correio conversou com pessoas que se surpreenderam e continuam se surpreendendo com os monumentos da cidade, expostos a céu aberto para serem compreendidos e admirados

JE
Júlia Eleutério
postado em 17/08/2022 06:00
 
 
 (crédito:  Minervino Júnior/CB)
(crédito: Minervino Júnior/CB)

Preservar, reconhecer e valorizar o potencial histórico de conjuntos arquitetônicos, móveis e até do que não é material é essencial para a construção da cultura de um povo. O dia 17 de agosto foi a data escolhida para promover reflexões sobre a importância da preservação desses espaços que contam a história. No DF, o brasiliense tem o privilégio de ver, viver e circular numa cidade inteira tombada como patrimônio cultural da humanidade, feito que completa 35 anos em 7 de dezembro. Brasília tem tal honraria justamente porque é composta por monumentos, edifícios ou sítios de extrema importância do ponto vista histórico.

A data importante para conscientizar a população sobre os patrimônios é em homenagem ao historiador e jornalista Rodrigo Melo de Andrade, responsável pela criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1937. O órgão é o responsável pela proteção e preservação dos bens culturais nacionais, edifícios, centros urbanos e sítios arqueológicos.

José Salustiano, 45, apresentava para a esposa, Lucineide Alcântara, 42, a Praça dos Três Poderes. Tirando fotos, a cearense e nova moradora de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno, apreciava a paisagem da capital. "É tudo muito bacana", comenta Lucineide sobre o museu a céu aberto, acrescentando que o lugar favorito é a Catedral. Terceirizado na Câmara dos Deputados, José nasceu em Brasília e enfatiza a relevância dos monumentos. "A gente vê muitas construções importantes e vários lugares marcantes. É maravilhoso ter isso tão perto", conta.

Com uma área de 112,25km² e tombado nos âmbitos distrital e federal, o conjunto urbanístico?arquitetônico de Brasília é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, sendo o único bem contemporâneo a merecer tal reverência. Segundo o Iphan, a principal característica da cidade é a monumentalidade, determinada por quatro escalas: monumental, residencial, bucólica e gregária, além da arquitetura inovadora. 

Marco no século

Projetado por Lucio Costa, o conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília foi inscrito no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan em 14 de março de 1990. O arquiteto e urbanista e vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF (CAU-DF), Pedro Grilo, destaca que a capital é, de fato, a única cidade moderna tombada. "Isso é um motivo de muito orgulho para a arquitetura brasileira. Se constituiu com certeza um marco na história do século 20", pontua o especialista.

Grilo ressalta que Brasília vai além do tombamento em si, pois a construção da cidade já é um marco. "Se pegar Brasília, é uma cidade inteiramente moderna tanto no seu urbanismo como na sua arquitetura. São mais de 1,5 mil blocos construídos e a maioria deles foi feita logo no começo da cidade. É um conjunto imenso de prédios", comenta o arquiteto.

O especialista acredita que a manutenção predial é o melhor caminho para conservação e preservação das estruturas e das características das construções antigas e históricas. "O que acontece muitas vezes é que os edifícios acabam sem manutenção muitos anos e chega num ponto que as pessoas decidem que o edifício não é mais legal, porque ele está muito velho e estragado e acabam fazendo reformas ultrarradicais que trocam todos os materiais originais do prédio, deixando ele descaracterizado", enfatiza Grilo.

Na semana do Dia do Patrimônio Histórico, o conselho está distribuindo o Selo CAU-DF que reconhece o valor histórico das edificações não monumentais de Brasília. Nesta terceira edição, nove edifícios de escritórios e uma escola pública serão contemplados com a certificação. "A gente escolheu dez edificações do cotidiano da cidade que não são normalmente identificadas como patrimônio para dar o selo justamente por estarem bem conservadas há cerca de 60 anos", destaca Grilo.


Correio Braziliense terça, 16 de agosto de 2022

CINEMA: MARIA BETHÂNIA É TEMA DO FILME *MARIA – NINGUÉM SABE QUEM SOU EU*

 

Maria Bethânia é tema do filme ‘Maria - Ninguém sabe quem sou eu’

Documentário conta com direção e roteiro de Carlos Jardim e revisita a carreira e vida pessoal da artista; longa ainda não tem previsão de estreia

CB
Correio Braziliense
postado em 16/08/2022 10:28
 
 (crédito: Gerlan Cidade)
(crédito: Gerlan Cidade)

Com mais de 50 anos de carreira, Maria Bethânia é tema do longa Maria — Ninguém sabe quem sou eu, que ganhou teaser. O documentário conta com a direção e roteiro de Carlos Jardim e revisita os 57 anos profissionais e os 76 da vida pessoal da artista.

Entre as imagens icônicas está o show que ela fez junto a Chico Buarque, em 1975, e de A hora da estrela, espetáculo teatral de 1984, baseado no livro de Clarice Lispector. As cenas da prévia trazem, ainda, a leitura de textos selecionados pela artista, com narração de Fernanda Montenegro.

 


Correio Braziliense segunda, 15 de agosto de 2022

PARA ESQUECER O EX-AMOR: 8 CONSELHOS PARA MULHERES ESQUECEREM OS EX

 

8 conselhos de 'coach de separação' que ensina mulheres a esquecerem os ex 

Após um momento doloroso durante um processo de divórcio levou Aronke Omame a mudar de carreira e se tornar coach de separação

 

BBC
Megha Mohan - Repórter de identidade e gênero
postado em 15/08/2022 08:44
 
 
Uma colagem de Aronke sorrindo ao lado de um grande livro aberto, com fundo colorido
Somsara Rielly

O fato de a hashtag #breakup ("separação") ter sido usada mais de 21 bilhões de vezes no TikTok mostra quanta gente quer falar ou obter conselhos sobre desilusões amorosas.

Então talvez não seja surpresa que existam coaches de separação, como Aronke Omame, que ganham a vida ajudando estas pessoas por meio da sua experiência.

Estamos agora em 1993, e a advogada comercial Aronke Omame, de 35 anos, está prestes a aprender uma lição no campo dos relacionamentos amorosos que vai mudar sua vida.

Ela está em um tribunal em Lagos, na Nigéria, mas pela primeira vez não está representando um cliente. Ela está dando uma força para a amiga, Mary (nome fictício), cujos pais estão se divorciando.

A mãe de Mary, observa Aronke, não para de olhar para o pai de Mary do outro lado da sala. Não é sutil. Ela está esticando o pescoço para chamar a atenção dele.

Então, quando o juiz faz um breve intervalo, Aronke assiste, petrificada, enquanto Mary e a mãe se aproximam dele. O tribunal está em silêncio, todos os olhos estão voltados para a família.

Um suspiro toma conta da sala com a cena que acontece a seguir.

Mary e a mãe se ajoelham diante do respectivo pai e marido. De cabeça baixa, imploram a ele que não desfaça a família.

Mas o pai de Mary levanta o queixo e, com ar de desprezo, começa a insultar as mulheres em voz alta, na frente de todo mundo.

Short presentational grey line
BBC

O ano agora é 1967, e Aronke, com então nove anos, está no recreio com os amigos, enquanto a diretora caminha em sua direção. É raro ver a diretora na hora do recreio. Algo está errado.

Ela informa a Aronke que seu pai está esperando no portão. Ele está aqui para buscá-la. Aconteceu alguma coisa.

O pai de Aronke diz a ela que eles não vão voltar para casa, que ela vai ter que ficar na casa da avó por algumas semanas. E como a casa da avó fica longe da cidade, ninguém vai poder levá-la à escola. Ela terá esse tempo livre, diz o pai.

Ele e a mãe dela irão visitá-la, mas por enquanto têm assuntos particulares para resolver. Precisam de um tempo sozinhos. Ela está confusa, mas pode sentir que agora não é o momento para perguntas.

Dicas de Aronke para a separação (role a página para baixo para ver mais)

- Chore — chorar faz bem, ajuda a descarregar a dor.

- Não ligue ou envie mensagens de texto para seu ex por pelo menos algumas semanas.

Ao longo das semanas seguintes, Aronke e os irmãos são sempre levados para outros cômodos da casa da avó, longe do alcance dos adultos, quando sua mãe e pai chegam para conversar, sussurrando baixo com vários membros da família.

Eles deixam as crianças com os avós todas as noites, para voltar para casa. Uma casa que está em processo de dissolução.

Colagem de uma foto retrô em preto e branco de um casal, com uma divisão entre eles. Duas malas laranjas ao lado deles
Somsara Rielly

Aronke brinca com os primos e cozinha com a avó. É divertido ter algumas semanas de férias da escola. Ela está feliz. Ou, pelo menos, não está infeliz.

E dentro de um mês, sua família encontra seu novo ritmo.

"Naquela época, a família era uma comunidade", diz Aronke à BBC.

"Fui criada por ambos os avós, tias e tios. Meus pais receberam muita ajuda."

O pai dela sai da casa da família, e Aronke e os irmãos voltam. Seus pais mantêm um relacionamento cordial entre si, e nenhum dos dois critica o outro na frente dos filhos. A família não está partida. Só tem uma pessoa a menos dormindo na casa.

"Aprendi que os relacionamentos nem sempre duram", diz Aronke.

"Apesar das melhores intenções de todos. É tentador ser mordaz um com o outro, mas terminar as coisas com dignidade vai ser melhor no futuro."

- Peça a um amigo ou parente para ser seu ouvinte, alguém com quem você possa entrar em contato com frequência.

- Lembre-se de que você está de luto e seu ex também — o luto é um período de ajuste.

Ela nunca soube exatamente por que o casamento dos pais acabou, mas isso não importa.

O resto de sua infância, ela insiste, é feliz. Mas sua próxima lição na seara do amor vai doer.

Colagem de uma mulher chorando (as lágrimas estão estilizadas em azul), uma lixeira com um livro com alianças na capa e a imagem de um casal se beijando atrás dela
Somsara Rielly

Aronke tem 18 anos e está na faculdade de direito. Ela está a fim do seu melhor amigo. Eles são da mesma turma. As piadas internas dos dois levam a um flerte, que logo se transforma, acredita Aronke, em um namoro com exclusividade.

Ela está apaixonada pela primeira vez.

Mas tem um problema. Ele quer fazer sexo, e ela não está pronta.

"Eu não acreditava em sexo antes do casamento", diz ela.

"Eu era muito caseira."

Ela tenta compensar de outras maneiras, estando disponível, sendo amorosa e espontânea. Um dia, vai à casa dele para fazer uma surpresa, e o encontra beijando outra jovem.

"Fiquei arrasada. Saí de lá pensando que ele viria atrás de mim."

Ele não foi.

- Dê um novo nome ao seu ex — se o nome dele for Pedro, chame ele de Roberto enquanto fala sobre ele, isso pode te deixar menos irritada.

- Deixe de seguir a pessoa em todas as redes sociais — não é hora de tentar descobrir se ele está mais feliz sem você!

Após dias de silêncio, ela recebe uma carta.

"Ele diz que encontrou sua 'pedra preciosa' e que não faço mais parte da vida dele."

A rejeição deixa Aronke devastada.

"Eu estava envergonhada. Senti que meu mundo havia desmoronado."

Ela não vai à aula por duas semanas. Chora na cama. Tem medo de esbarrar com ele. Fica dentro de casa.

As amigas vão visitá-la. Dizem a ela que existem opções melhores esperando por ela no mundo lá fora.

Até que, um dia, como num passe de mágica, seu humor melhora. Ela sente vontade de se aventurar. Tem uma faculdade de direito para terminar e amigos para festejar. Sai pela porta e volta à vida.

Essas duas semanas de isolamento fizeram muito bem a ela. Com o passar do tempo, consegue voltar, inclusive, a ser amiga dele.

"Ainda bem que me permiti chorar", diz ela.

"Foi uma boa lição. Eu botei para fora".

Colagem de um casal caminhando perto de uma praia, com uma carta de baralho de ás de copas rasgada atrás deles
Somsara Rielly

Avance 17 anos no tempo, e agora Aronke está no tribunal, em Lagos, assistindo com horror como o pai de Mary insulta sua esposa e filha ajoelhadas.

"Ele estava soltando palavras que eu nem sequer consigo lembrar. Apaguei da minha mente", diz Aronke.

"Mas eram repugnantes".

Não muito tempo antes, ela própria havia se divorciado, mas o seu processo de separação nunca ficou tão feio quanto a humilhação pública que acabara de testemunhar.

Ela se pergunta como uma mulher de 60 anos pode se ajoelhar diante de um homem que claramente a maltrata — e implorar para que ele não a deixe.

Foi então que tudo se encaixou.

"A cultura apoia uma mulher ser subjugada ao marido", diz Aronke.

"Se eu não tinha reparado isso antes, reparei agora".


O aumento digital das separações:

- O Google diz que as buscas por "get over break-up" (algo como "superar a separação") dobraram nos últimos cinco anos, e mais que triplicaram desde 2012.

- O KeywordTool.io, uma ferramenta baseada em inteligência artificial que mede termos de pesquisa em várias plataformas, diz que a Irlanda buscou mais por "how to get over a break-up/your ex" ("como superar um término/seu ex") nos últimos 10 anos — e que Nigéria, Cingapura, Índia, Austrália, Quênia, EUA e Reino Unido estão entre outros no top 10.

- No TikTok a hashtag #breakup tem mais de 21 bilhões de menções e #gettingoverabreakup tem 8,7 milhões.

- A International Coaching Federation, o órgão do setor responsável pelo mercado de coaching de desenvolvimento pessoal, diz que o mercado de coaching de relacionamento, que inclui coaching de separação, agora está avaliado em mais de US$ 1 bilhão por ano.


Aronke se lembrou das pessoas que disseram, como se estivessem ajudando, que tinha sido o foco excessivo na carreira dela que levou ao término de seu próprio casamento. Na época, Aronke disse a si mesma para ignorar as más línguas. Mas doeu? Claro que sim.

E quando o casamento de seus pais terminou, todos os olhos se voltaram para sua mãe, perguntando o que ela poderia ter feito para evitar que seu marido perdesse o interesse. A sociedade estava levando as mulheres a permanecerem em casamentos infelizes, até mesmo abusivos, não oferecendo a elas um roteiro de como sair e começar uma vida próspera e plena.

Então, naquele dia, ao deixar o tribunal em que o casamento da mãe de Mary seria legalmente dissolvido, Aronke toma uma decisão. Ela vai ajudar as pessoas a superar o fim de seus relacionamentos com o máximo de dignidade possível.

Nos anos seguintes, ela se dedica ao estudo do direito de família e coaching de relacionamento. Seus amigos sempre a chamaram de "Advogada Sisi" (algo como "dona advogada"), agora a chamam de "Advogada Sisi: coach de separação".

Short presentational grey line
BBC

Em 2022, não há um dia normal para a Advogada Sisi. Com mais de 40 anos de carreira jurídica, e mais de 10 anos como coach credenciada, ela acorda diariamente com mensagens no Facebook ou em sua caixa de entrada — principalmente de mulheres — em busca de ajuda para superar um relacionamento.

Ela agora faz parte de um subgrupo emergente de coaches de relacionamento chamados "coaches de separação" — mentores treinados que dizem que podem te ajudar a lidar com a dor do fim de um relacionamento.

"Um coach de separação pode te ajudar a olhar para trás para um período inevitável e doloroso da vida com orgulho", afirma.

"Enquanto um coach de relacionamento pode te ajudar a se tornar desejável para outra pessoa, um coach de separação ajuda você a se tornar desejável para si mesmo novamente."

É um serviço aparentemente ainda envolto em discrição.

"Recebo mensagens de pessoas que não me seguem abertamente nas redes sociais", revela.

"O que me diz que ainda há uma certa vergonha ligada ao fim de um relacionamento".

- É tentador se empanturrar de alimentos não saudáveis ??e ficar desleixado, mas isso não vai te deixar feliz — pense na sua alimentação e pratique exercícios.

- Os relacionamentos geralmente levam a dinheiro e recursos compartilhados, portanto, analise suas despesas e faça alterações se precisar.

Mas certamente parece haver um mercado para ajudar a superar as desilusões amorosas.

Aronke cobra 150 mil nairas nigerianas (cerca de R$ 1,8 mil) por três sessões. Ela diz que começa dando aos clientes um panorama geral sobre como colocar sua vida de volta no eixo. As duas primeiras semanas são cruciais, segundo ela.

Ela incentiva os clientes a chorar, a deixar de seguir ou silenciar o ex em todas as redes sociais e pedir a um amigo de confiança que ajude a impedi-los de pegar o telefone para ligar para o ex.

"Sua mente vai te enganar com desculpas sobre por que você sente que precisa ligar", diz ela.

"Não ouça, ela está mentindo para você. Se precisar, entregue seu telefone para um amigo."


'Minuto a minuto'

"A perda de um relacionamento é uma coisa dolorosa e difícil de passar, especialmente se você nunca vivenciou isso antes. Você nem precisa dizer nada — só de estar rodeado de amigos e familiares pode ajudar. As principais coisas a lembrar é que você não precisa passar por isso sozinho, e que com o tempo seu coração vai cicatrizar. Esse momento difícil vai passar, encare isso minuto a minuto, hora a hora e, aos poucos, suas feridas vão começar a cicatrizar."

Holly Roberts, conselheira da Relate, instituição beneficente de apoio a relacionamentos.


Uma dica mais inusitada é mudar o nome do seu ex quando falar dele.

"Se o nome dele é Pedro, chame de Roberto enquanto fala sobre ele. Você pode se sentir menos irritada e mais objetiva em relação ao Roberto."

Em seguida, Aronke orienta os clientes sobre como criar estratégias de longo prazo.

"Muitas vezes, dinheiro e imóveis estão envolvidos nos relacionamentos, e precisam ser separados. É confuso, e as pessoas precisam de ajuda com isso."

Ela ajuda mulheres a analisar suas finanças e orçamento para ficarem sozinhas.

Aronke conta que recebe críticas online de pessoas dizendo: "É claro que essa senhora quer acabar com as famílias, ela é uma mulher divorciada".

Isso não a incomoda, diz ela. Apesar de ter um companheiro, ela diz que isso não a afetaria, mesmo que fosse solteira.

"De qualquer forma, estou feliz", afirma.

"E não é esse o ponto? Há uma luz no fim do túnel. Às vezes, perder um relacionamento é um alerta para aprender a construir relacionamentos melhores daqui para frente."

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62517392


Correio Braziliense domingo, 14 de agosto de 2022

BENITO DI PAULA: CANTOR CELEBRA 80 ANOS COM TURNÊ AO LADO DO FILHO

 

Benito di Paula celebra 80 anos com turnê ao lado do filho

Benito Di Paula comemora os 80 anos de idade ao lado do filho Rodrigo Vellozo com shows lotados e novos projetos

PI
Pedro Ibarra
postado em 14/08/2022 06:00
 
 
 (crédito: Murilo Alvesso/Divulgação)
(crédito: Murilo Alvesso/Divulgação)

Normalmente, pais e filhos têm uma relação de várias fases. A infância é o momento de educação e inspiração. A adolescência é período de rebeldia e embate. Na fase adulta, o filho encontra o próprio caminho. Por fim, na fase idosa do pai, ambos se reencontram em uma inversão de papéis, na qual o filho cuida do pai. Benito Di Paula e Rodrigo Vellozo tiveram a própria trajetória, que não necessariamente segue a caricatura da relação pai e filho, mas que chegou ao reencontro.

Mesmo antes de repensar com o filho uma forma de revisitar a própria obra, Benito percebia que, organicamente, o público mais jovem chegava a ele de alguma forma, principalmente por meio de indicação dos pais."Tenho um amigo que foi a meu show solteiro, depois, namorando, então, noivo, em seguida, casado. Mais tarde chegou com a esposa grávida e prometeu para mim que se fosse menino se chamaria Benito de Paula. Acabou vindo menina e o nome foi Ana Paula", lembra o cantor, que também é um exímio contador de histórias. "Eu sou cantor que agrada toda a família, é raro isso, muito raro", acredita.

 Foi a partir dessa sacada que Rodrigo viu o potencial que o pai tinha, a força que era um artista permanecer relevante e presente por mais de cinco décadas. "A obra do meu pai tem clara essa questão de transmissão familiar, que é evidente. Porém, para além disso, tem o fato de que ele vive no agora. Cada vez que ele toca Retalhos de cetim é diferente", afirma Rodrigo Vellozo. "É uma coisa muito forte, ele é o momento, todo momento é o momento da arte. Toda hora é a hora sagrada da criação. Caiu a bola, ele chuta para o gol", explica.

O potencial do pai de ser arte fez o filho pensar em como levar este extenso trabalho para mais públicos, para os mais jovens, para novas vozes cantarem. Dessa fagulha, surge a ideia do songbook Benito 80. Rodrigo convidou artistas de diversas gerações para regravar músicas de Benito. Foram lançados em julho gravações de João Bosco, para música Se não for por amor; Teresa Cristina gravou Proteção às borboletas; Mariana Aydar, cantando Do jeito que vai dar; e Demônios da Garoa, Rodrigo Campos e o próprio Rodrigo Vellozo, a canção Madrugada, esta nunca gravada.

Além das canções já lançadas, Benito e Rodrigo confirmaram ainda uma regravação de Charlie Brown, cantada por Criolo, e Juçara Marçal interpreta o clássico Retalhos de cetim. Um dos fatores buscados pelo songbook é tirar o estigama de que Benito Di Paula é "música para homem". "A obra do meu pai tem um lance de ser bem masculina, então propositalmente trouxemos várias mulheres para as regravações. Quando nomes como Teresa Cristina, Mariana Aydar, Juçara Marçal dão o próprio olhar, a música ganha um outro significado", comente Vellozo. "É muito bonito isso, atesta a capacidade da música de se transmutar em outros universos", atesta.

 

De pai para filho

Benito Di Paula acredita que o trabalho que fez está em boas mãos com o filho. "É uma satisfação, emoção e alegria ver meu filho trabalhando como produtor. Eu nunca esperei que ele faria um trabalho como esse. A dedicação dele é emocionante, tudo separado, tudo bonitinho, ele dá dica de tudo", conta e ainda elogia: "Qualquer pai queria ter um filho igual o Rodrigo".

Ele acredita que via o pai como pai e não pela perspectiva artística. "As pessoas, às vezes, me perguntam como é ser filho do Benito e eu não sei como é não ser. Eu já nasci dentro deste contexto, meu pai já era um mito dentro e fora do Brasil. Então para mim sempre foi uma coisa normal", comenta. "Quando eu fui vendo, como artista e pelos olhos do público e de colegas de profissão, eu percebi que não é normal uma obra como esta. É muito importante, se relaciona com muitos outros artistas, isso estamos vendo agora com o projeto Benito 80", acrescenta.

Rodrigo tem uma carreira solo com discos lançados, e é um dos maiores legados que Benito deixa, um filho que vai perpetuar toda obra do imortal musicista. Agora, os dois juntos são capazes de fazer exatamente o que Benito Di Paula queria e sempre fez, alegrar o povo. "Eu espero, em Deus, que eu tenha deixado um legado muito legal para essa grande família que é o Brasil. Mas garanto que queria ter deixado muito mais", fala Di Paula.

"Os grandes artistas são eternos. E eu acho que meu pai é isso. Meu pai é um ser humano, mas o Benito Di Paula é um super-herói. Ele não fica doente, não erra, ele é além do humano, é eterno", aponta Rodrigo Vellozo. "Para além da obra ele deixa uma figura, às vezes tão forte, que cobre a própria obra. Fica um fenômeno único na história da música brasileira", complementa sem esquecer o que realmente veio primeiro. "Claro que além de tudo isso ele é meu pai e, para mim, isso é mais importante que qualquer outra coisa. Muito mais importante do que Retalhos de cetim", conclui.

 
 
 
 

Correio Braziliense sábado, 13 de agosto de 2022

ARRAIÁ AGOSTINO: FESTA DA CASA AZUL AGITA O SÁBADO COM ALEGRIA E SOLIDARIEDADA

 

Arraiá agostino da Casa Azul agita o sábado com alegria e solidariedade

Com entrada gratuita, segundo dia do São João da Casa Azul promete animar foliões e arrecadar fundos para a instituição, que atua há 32 anos no combate às desigualdades sociais no Distrito Federal

AI
Ana Isabel Mansur
postado em 13/08/2022 06:00
 
 
Folia vai até as 20h, na 408 Sul -  (crédito: Fotos: Casa Azul/Divulgação)
Folia vai até as 20h, na 408 Sul - (crédito: Fotos: Casa Azul/Divulgação)

Engana-se quem pensa que a temporada de folias de São João no Distrito Federal terminou. A Casa Azul, organização sem fins lucrativos, promove, hoje, o primeiro arraiá agostino, no templo da Federação Espírita do DF, na área especial da 408 Sul. A festança começa às 11h e se estende até as 20h, com barraquinhas de comidas típicas, atrações musicais e apresentação da Quadrilha Xamegar. A entrada é gratuita.

O convite também foi feito pelas redes sociais da Casa Azul. "Vai ter comidas típicas, quadrilha, brincadeiras e muita música boa", anunciou uma publicação do perfil, destacando que haverá programação para todas as idades. 

 

Ação

A organização, que existe há 32 anos, atua no combate às desigualdades sociais no Distrito Federal, promovendo assistência — diariamente e no contraturno escolar — a mais de duas mil crianças, jovens e famílias, por meio de atividades de incentivo à cultura, tecnologia, educação, formação profissional e ao esporte.

Os principais locais de atuação são nas comunidades de Samambaia, Riacho Fundo II, São Sebastião e Vila Telebrasília. Nesses lugares, a Casa Azul promove oficinas de artes, teatro, música, dança, informática, atividades esportivas, orientação pedagógica, entre outros.

Em dezembro de 2021, a instituição recebeu, pela quarta vez seguida, o Prêmio Melhores ONGs entre as 100 organizações brasileiras do setor vencedoras em 2021. As instituições foram escolhidas pelas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento. A entidade também venceu como a melhor ONG do DF.

O prêmio é realizado pelo O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e do Canal Futura. A premiação reconhece, desde 2017, o trabalho prestado pelas instituições não-governamentais no Brasil.

A intenção, além de reconhecer a relevância dos trabalhos prestados, é incentivar boas práticas, assim como a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas.


Correio Braziliense sexta, 12 de agosto de 2022

DIA DOS PAIS: ONZE OPÇÕES GASTRONÔMICAS PARA CELEBRAR A DATA EM BRASÍLIA

Onze opções gastronômicas para celebrar o Dia dos Pais em Brasília

 

Publicado em Restaurantes
 

O Dia dos Pais está quase chegando, se você ainda não definiu como será a celebração em família, o blog da Liana Sabo traz uma seleção com 11 opções gastronômicas para comemorar a data com o patriarca. Confira!

Celebração no hotel

Windsor Brasília/Divulgação

Os hotéis Windsor Brasília (SHN Quadra 01 – Conj. A – Bl. A) e Windsor Plaza Brasília (SHS Qd 05 BI. H) terão serviços de bufê para o almoço do Dia dos Pais. O menu à la carte conta com mix de folhas com palmito, pêssego grelhado e azeite aromatizado (R$ 48) e creme de mandioca com embutidos defumados (R$ 58) como opções de entrada. Entre os pratos principais, os clientes podem optar por picanha grelhada, arroz à piamontese e batatas sauté (R$ 86) e ravióli de funghi com molho de tomate (R$ 58). Para adoçar o dia, a escolha fica entre brownie de chocolate e nozes com sorvete (R$ 28), torta de limão (R$ 26) e pudim de café (R$ 24). Funcionamento das 12h30 às 15h30.

Três etapas

Crédito: Gui Teixeira/Divulgação

O Le Jardin Bistrot (CLSW 301 – Edifício Espaço Vip, Sudoeste; SEPS 708/907) contará com um menu exclusivo no valor de R$ 89 com três etapas e três opções de prato principal, para atender bem os mais variados gostos. A entrada será a salada Paris, uma das mais pedidas da casa. Já as opções de prato principal são o boeuf bourguignon com purê, bacon e cogumelos; o peixe ao molho de leite de coco com purê de alho assado; e o risoto de tomate, cogumelos orgânicos, vagem e pesto. Os lugares disponíveis são limitados reserve pelo telefone (61) 99988-0012.

Churrasco de cordeiro

Pernil de carneiro inteiro. Crédito: Greta/Divulgação

O primeiro Dia dos Pais do restaurante Greta (QI 9, Bl. A, Lj. 18 – Lago Sul), casa comandada pelos chefs Edu Reis e Matheus Grilo, terá churrasco fogo de chão com cordeiro e dose dupla de chope (R$ 11,90, das 12h às 16h). A peça inteira do pernil de cordeiro é servida com três acompanhamentos escolhidos pelo cliente (batata frita, arroz branco, cuscuz marroquino, vegetais grelhados, vinagrete de melancia e manga, e arroz pilaf). O prato serve até cinco pessoas e custa R$ 425. A versão individual é acompanhada de arroz pilaf, legumes e tzatziki – molho grego com base de iogurte e pepino – (R$ 89). Funcionamento no domingo, das 12h às 17h.

Crédito: A Mano/Divulgaçaõ

Menu italiano

O restaurante ‘A Mano (CLS 411 Bl. D), sob o comando do chef Fernando Alonso, apresenta menu especial do Dia dos Pais. De entrada, duas opções: mil folhas de bacalhau na nata (R$ 59) e vieiras grelhadas servidas com espuma de parmesão e finalizadas com tuille nero (R$ 89). Já como prato principal, o chef separou o papardelle trufado artesanal ao funghi porccini e cubos de mignon (R$ 99) e o stinco de cordeiro ao seu próprio molho servido com taglioline de hortelã (R$ 139). Para finalizar a experiência, a sobremesa oferecida é a mousse al cioccolato con riduzione di lambrusco condita con amarena gialla (R$ 39). Aberta de 12h às 17h.

Frutos do mar

No restaurante Sagrado Mar (SHIS QI 17, bloco G, sala 201 – Ed. Fashion Park), a sugestão para o Dia dos Pais é o churrasco marinho composto por polvo, camarão, lula, mexilhão e peixe acompanhado de batata frita provençal, vinagrete e arroz jardineira para duas pessoas ao valor de R$ 250. Aberto para almoço das 12h às 15h30.

Crédito: Piselli/Divulgação

Bons vinhos

No Piselli Brasília (Shopping Iguatemi), a comemoração será regada a vinho. Na compr de uma garrafa do tinto Forte Ambrone (R$ 185), a segunda será cortesia em homenagem aos papais. Para harmonizar, a pedida é o risoto montalcino (R$ 123), risoto de parmesão com vinho tinto toscano, linguiça local e radicchio. As reservas podem ser feitas pelo WhatsApp (61) 9913-7191. Funcionamento das 12h à 0h.

Apaixonados por burguer

No Trufa Burger (CLS 213 Bolco A Loja 9 Parte B), a pedida é dividir o hamburguer artesanal com o paizão. Nos dias 12, 13 e 14/8, na compra de 1 combo, o cliente ganha 50% de desconto no segundo. Entre as opções estão o honey & brie (R$ 38,90), com sabor agridoce, feito com duas generosas fatias de queijo brie levemente derretidas, 160g do exclusivo blend TB, duas camadas de mel de trufado com trufas brancas e o melhor pão artesanal; e o cheeseburguer TB (R$ 38,90), com tradicional pão artesanal brioche tostado, 150g do blend da casa, queijo cheddar e maionese à base de trufas negras. Funcionamento das 16h às 23h.

Rodízio de pizza

O Dia dos Pais será ainda mais especial na Casa Graviola e Graviola Burguer e Pizza. De 12 a 14 de agosto, as unidades da 202 Sul, Terraço Shopping e Shopping Iguatemi (Burguer e Pizza), terão rodízio do paizão: quatro pizzas brotinhos nos sabores preferidos do cliente, por R$ 110. Também, na compra de um Burguer, o cliente ganha dois mini burgueres de frango, ou vegan. Aberto de 11h30 às 22h.

Happy hour

Crédito: Jijoca/Divulgação

Que tal celebrar o Dia dos Pais em clima de happy hour? O restaurante Jijoca (402 Sul, Bloco B, Loja 29) tem diariamente das 16h às 19h uma seleção especial de drinques especiais. O grande destaque é o Jijoca Azul, que remete ao mar cearense, bebida com gim, água tônica, curaçau blue, limão, xarope da casa, cravo, limão siciliano, gengibre e açúcar. Outra opção é o Jijoca Red com curaçau red, vodca, xarope de morango e de gengibre, limão e água com gás. Aberto todos os dias de 12h08 até 22h28.

Drinque especial

Taypá Sour. Crédito: Inove Aceleradora/Divulgação

Com a assinatura do premiado chef Marco Espinoza, o restaurante Taypá (QI 17, Bloco G, lojas 208/210 – Fashion Park – Lago Sul) terá um drinque especial para a data comemorativa. É o Taypá Sour, feito com uísque, suco de limão siciliano, mel e cerveja própria da casa (R$ 32). A bebida harmoniza com o cardápio da casa. Aberto a partir das 12h e fechado para jantar.

Jantar de graça

Crédito: Coco Bambu/Divulgação

Até 19 de agosto, os clientes que gastarem R$ 400 no Taguatinga Shopping vão ganhar um cupom eletrônico para concorrer a um jantar de R$ 500 no restaurante Coco Bambu, recém-lançado no estabelecimento da chef executiva Daniela Barreira e especializado em pratos nordestinos. Clientes que doarem 1 kg de alimento ganham cupons em dobro.


Correio Braziliense quinta, 11 de agosto de 2022

METEOROLOGIA: INMET ALERTA PARA QUEDA DE 5° C NA TEMPERATURA; CHUVAS SEGUEM ATÉ SEXTA

Inmet alerta para queda de 5°C na temperatura; chuvas seguem até sexta

Temperatura cairá 5°C a partir desta quinta-feira (11/8). Nessa quarta-feira (10/8), choveu em algumas áreas isoladas e deve seguir até sexta-feira (12/8)

IM
Isac Mascarenhas*
postado em 11/08/2022 06:00
 
Brasília estava há 94 dias sem chuvas. Precipitações devem seguir até amanhã. Um refresco em meio à seca -  (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)
Brasília estava há 94 dias sem chuvas. Precipitações devem seguir até amanhã. Um refresco em meio à seca - (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Depois de 94 dias de seca, os brasilienses sentiram um pequeno alívio ontem. O Distrito Federal teve um dia com chuvas em pontos isolados de Planaltina, Recanto das Emas, Plano Piloto e Octogonal. Devido uma frente fria, a temperatura cairá 5°C, o que levou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a emitir um alerta de perigo.

Acostumado com a seca de Brasília, Giovane de Souza Martins, 58 anos, comemorou o começo das precipitações. "Não sou muito fã do calor. Geralmente a chuva também traz frio, aí eu posso trabalhar mais à vontade. Nos últimos dias estava muito quente, terrível", conta o bombeiro civil.


Correio Braziliense quarta, 10 de agosto de 2022

COPA DO MUNDO 2022: FIFA ESTUDA ANTECIPAR A ABERTURA EM UM DIA

 

Fifa estuda antecipar abertura da Copa do Mundo do Catar em um dia

Pela programação original confirmada em 1º de abril, no sorteio dos grupos, a tabela previa o duelo entre Senegal e Holanda, às 7h (de Brasília) como primeiro jogo da Copa do Mundo, em 21 de novembro

MP
Marcos Paulo Lima
postado em 10/08/2022 00:55
 
 
O cartaz oficial da Copa do Mundo FIFA do Qatar é revelado no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha -  (crédito: KARIM JAAFAR / AFP)
O cartaz oficial da Copa do Mundo FIFA do Qatar é revelado no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha - (crédito: KARIM JAAFAR / AFP)

Fifa estuda a possibilidade de mudar a data de abertura da Copa do Mundo do Catar. Agendado para começar em 21 de novembro, o torneio pode iniciar um dia antes, em 20 de novembro, um domingo, com a partida entre Catar e Equador. A tendência é de que o jogo seja disputado às 15h (horário de Brasília), às 21h no horário local do país sede da 22ª versão do evento.

A mudança na data de abertura lembra o jeitinho brasileiro para driblar o azar. A Copa de 2014 começaria em 13 de junho. Porém, os supersticiosos convenceram a Fifa a antecipar o jogo de abertura em 24 horas para 12 de junho, Dia dos Namorados.

 Em tese, a remarcação não causaria dano aos elencos das 32 seleções nem outras mudanças na tabela. A data limite para que os campeonatos nacionais sejam interrompido é 13 de novembro.

Correio Braziliense terça, 09 de agosto de 2022

TRIO SIRIDÓ: CONJUNTO FORROZEIRO DE BRASÍLIA COMPLETA 50 ANOS DE ESTRADA COM UMA SÉRIE DE SHOWS PELO DF

Trio Siridó celebra 50 anos de carreira com uma série de shows pelo DF

O Trio Siridó, grupo que animou as principais festas nordestinas de Brasília, celebra 50 anos de carreira com uma série de shows

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 09/08/2022 05:57 / atualizado em 09/08/2022 10:32
 
 (crédito: Tina Coelho/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Tina Coelho/Esp. CB/D.A Press)

Reduto de imigrantes do Nordeste no Distrito Federal, Ceilândia acolhe há 50 anos o Trio Siridó, expoente da cultura popular daquela região na Capital Federal. Para celebrar a data, o grupo programou uma série de apresentações, a maioria gratuita, que teve início no último final de semana com shows na Casa do Cantador e na Feira Central no Sol Nascente. A partir da próxima semana sai em caravana por outras cidades, tendo Santa Maria como ponto de partida.

Torres teve em Luiz Gonzaga a grande fonte inspiração quando, bem jovem, decidiu seguir o ofício de músico. Paraibano de Campina Grande, foi em sua cidade natal que ele conheceu o Rei do Baião. No repertório de shows e mesmo de discos do trio, ele sempre incluiu composições do ídolo, com quem chegou a dividir o palco em várias ocasiões. Ao Correio o forrozeiro concedeu longa entrevista. Aqui, trechos da conversa. 

Como foi o encontro com Luiz Gonzaga, naquela cidade?

Meu encontro foi emocionante, ele fazia um show na cidade de Caruaru, e chamou a garotada que sabia as letras das músicas dele e eu me destaquei cantando às canções que sabia de cor e salteado. Depois, tivemos muitos encontros, o Trio Siridó sempre foi selecionado para acompanhar o nosso rei do Baião nas suas apresentações na reunião Centro-Oeste. O show de Caruaru foi apenas um portal de entrada para muitos outros encontros musicais emocionantes.

O Rei do Baião é sua principal referência?

Por ordem de afeto: Luiz Gonzaga, Jacinto Silva, Déo do Baião, Jackson do Pandeiro e o sanfoneiro Camarão são minhas principais inspirações e influências no mundo da música. Luiz Gonzaga sempre foi um padroeiro dos forrozeiro. Um artista que marcou época e lançou tendência no nosso gênero, que se tornou patrimônio imaterial do Brasil. Acompanhamos Gonzagão em várias apresentações no DF.

Quando veio para o Distrito Federal, foi morar em Ceilândia?

Quando cheguei aqui na capital fui morar na extinta vila do IAPI. Depois, percorri várias regiões do DF. Hoje, eu e minha família moramos em Ceilândia, berço da cultura nordestina no DF.

Que lembranças guarda de quando, em 1972, criou o Trio Siridó?

Eu tocava na extinta boate Camisa Listrada, de Ceilândia, sem receber nada, foi quando o dono (Paulo Brandão) me convidou para ser artista fixo da casa. A partir daí, surgiu a necessidade de formar um trio. Passei a me apresentar com os meus companheiros (Mocó e Deijaci). Os trios de forró estavam em alta na época, feliz foi essa decisão. E até hoje os trios trazem alegria por onde se apresentam.

A escolha do nome do grupo foi sua, ou houve sugestão de alguém?

Escolha minha e do Mocó, que homenageia a canção de Luiz Gonzaga sobre a região nordestina e suas mazelas enfrentadas. O povo nordestino é marcado pela perseverança, assim como o seridoense.

Qual a avaliação faz de sua trajetória musical?

São muitas emoções ao lembrar da nossa trajetória. Passamos muitas dificuldades, como todos artistas, mas também tivemos muitos momentos de glória. Tive a oportunidade de me apresentar com meus ídolos, de trazer alegria por esse Brasil a fora. O forró é o compasso do coração. É uma felicidade plena poder fazer o que amo há meio século.

Em quais as mídias o trio fez registro do trabalho?

Já fizemos jornais locais, nacionais, programas de TV e rádios para todo o país. Hoje estamos na internet, nas redes sociais. Temos parceria com a Asforró, associação dos forrozeiros do Distrito Federal e participamos de vários projetos culturais, com outros diversos nomes e trios de forró consagrados no DF.

Quantos discos foram lançados?

Nos 50 anos, o Trio Siridó lançou 16 discos, oito em vinil e oito em CD. O primeiro, Progresso da mandioca, foi lançado em 1980. Flor mulher, Sapo na lagoa e Bate bate paixão são as músicas mais conhecidas do trio.

Do repertório autoral do Siridó que músicas são destaques?

São várias, Carregadinho de amor, Flor mulher, É que nem sapo na lagoa, Progresso da mandioca, É de madrugada que a população aumenta, entre tantas outras.

Tem quanto tempo a atual formação e como descobriu seus atuais companheiros?

Essa atual formação surgiu depois da pandemia. São músicos que sempre foram fãs do Siridó e tinham vontade de ingressar no nosso time. Também conto com a ajuda dos meus netos, que, às vezes, tocam comigo.

Além do Distrito Federal, que outras regiões do país já tomaram conhecimento do forró criado pelo grupo?

Todo o Norte, Nordeste, Centro-Oeste e algumas regiões do Sul como, Paraná, Maringá. Estivemos também na África (Luzamba, Luanda e África do Sul).

Na sua avaliação, o Trio Siridó tem o devido reconhecimento como uma referência da cultura popular brasiliense?

Não é o que eu esperava. O meio artístico é cheio de altos e baixos. Só reafirmo que sinto muito orgulho do meu meio século de forró.

 


Correio Braziliense segunda, 08 de agosto de 2022

CARTÃO POSTAL DE BRASÍLIA: IPÊS AMARELOS COMEÇAM A FLORIR

 

Cartão postal de Brasília, os ipês amarelos começam a florir

O ipê-amarelo começa a florir para embelezar ainda mais a cidade e encantar os amantes da natureza. Moradores já buscam a árvore para fotografar

EF
Eduardo Fernandes*
postado em 08/08/2022 06:18 / atualizado em 08/08/2022 06:19
 
Daiane Borges, 37, e Wendel Sousa, 43, é apaixonado pela cor amarela e cultiva quatro mudas de ipê em casa, no Jardim Botânico -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Daiane Borges, 37, e Wendel Sousa, 43, é apaixonado pela cor amarela e cultiva quatro mudas de ipê em casa, no Jardim Botânico - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Vibrante, radiante e um refúgio, o ipê-amarelo é um cartão postal de Brasília. A espécie é apreciada pelos brasilienses e visitantes, que registram sua perfeição em fotos, fazem selfies em frente a árvore e aproveitam para aquele descanso sob a sombra dele. O amarelo da florada começa, de maneira sutil, a incorporar-se à beleza da cidade no mês de agosto.

Wendel não fica atrás quando o assunto é o sentimento pela árvore. O analista de sistemas descreve um "ipê incrível", que tem ao lado do trabalho, na Entrequadra 515 Norte. O amarelo no local é tão marcante que é alvo de registros e concursos de fotografia todos os anos. "Nessa vida corrida entre emprego e os desafios cotidianos, poder enxergar uma arte a céu aberto é um privilégio. É uma beleza que não tem preço", destaca.

 Com a mesma percepção, Marluce Xavier, 52, trabalha no Espaço Israel Pinheiro há uma década. Ao lado, um ipê-amarelo começa a retomar seu charme e a colorir a rotina da auxiliar de serviços gerais. Ela também costuma registrar a paisagem em fotos nesta época, porque a espécie é a sua preferida. "Eu acho muito bonito. Quando as copas enchem, fica lindo demais", observa a moradora do Paranoá, que gosta de acompanhar o processo de maturação das flores.

Amor de infância

A estudante de publicidade Giovanna Paulino Monteiro, 21, cresceu admirando o ipê-amarelo em frente a sua casa, na região do Gama. Durante dez anos, quando a floração surgia, a felicidade aumentava. Isso fez com o que carinho pela espécie fosse diferente do sentimento por outras árvores. Ela recorda que, de uma forma ou de outra, a cor vibrante fez parte da infância. É uma marca feita pelo tempo em seu coração, algo que jamais vai esquecer.

Floração

Falta pouco para que as árvores sejam tomadas pelo tom amarelo. Os frutos já começam a surgir. A engenheira agrônoma Carmen Regina explica que o auge da espécie deve aparecer em, no máximo, 10 dias. "Varia de planta para planta. A floração dura até 15 dias em cada uma. Como temos muitas árvores plantadas, vamos ficar um bom tempo tendo flores", esclarece.

Em relação aos frutos, a especialista reforça que eles aparecem logo após a floração. A dispersão das sementes dos ipês ocorre pelo vento. A germinação da árvore pode durar uma semana, se as sementes forem novas. Caso sejam um pouco mais velhas, o ciclo pode demorar mais.

Beleza na capital

Existem mais de 600 mil pés de ipês das cinco cores plantados no Distrito Federal, de acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), responsável por cuidar das árvores. No Plano Piloto, local de maior concentração, por exemplo, são mais de 25 mil exemplares.

O órgão também é o encarregado do plantio da árvore nas áreas verdes das quadras e ao longo das vias, como a W3, o Eixo Monumental e a L4. A maior quantidade está nos Eixos Norte/Sul. 

No Distrito Federal, existem ipês-roxos, amarelos, rosas, brancos e verdes. As cores obedecem a uma ordem de floração em cada época do ano. É uma árvore que necessita de pouca irrigação e se adapta ao clima seco da capital federal.


Correio Braziliense domingo, 07 de agosto de 2022

CANOAGEM: ISAQUIAS QUEIROZ LEVA MEDALHA DE OURO NO MUNDIAL CANOAGEM VELOCIDADE

Isaquias Queiroz leva medalha de ouro no Mundial de Canoagem Velocidade

O campeão olímpico Isaquias Queiroz disputará mais uma final na competição neste domingo (7/8)

CS
Cecília Sóter
postado em 06/08/2022 12:42 / atualizado em 06/08/2022 15:06
 
Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio do ano passado, o brasileiro Isaquias Queiroz subiu ao topo do pódio neste sábado (6/8) na categoria C1 500m do Mundial de Canoagem Velocidade, em Halifax, no Canadá -  (crédito:  Canoagem Brasileira/Divulgação)
Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio do ano passado, o brasileiro Isaquias Queiroz subiu ao topo do pódio neste sábado (6/8) na categoria C1 500m do Mundial de Canoagem Velocidade, em Halifax, no Canadá - (crédito: Canoagem Brasileira/Divulgação)

Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio do ano passado, o brasileiro Isaquias Queiroz subiu ao topo do pódio neste sábado (6/8) na categoria C1 500m do Mundial de Canoagem Velocidade, em Halifax, no Canadá.

 
 

Neste domingo (7/8), Isaquias fará mais uma final, na categoria C1 1000 metros. Quem também vai brigar por um lugar no pódio da competição será a dupla Erlon Silva e Filipe Vieira, na categoria C2 500m.

  • Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio do ano passado, o brasileiro Isaquias Queiroz subiu ao topo do pódio neste sábado (6/8) na categoria C1 500m do Mundial de Canoagem Velocidade, em Halifax, no CanadáCanoagem Brasileira/Divulgação
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Com mais essa vitória, o brasileiro acumula ao todo 13 medalhas em mundiais (sendo sete ouros e seis bronzes) nas seis edições que disputou.


Correio Braziliense sábado, 06 de agosto de 2022

AUTOMOBILISMO: BRASÍLIA RECEBE EVENTO PARA APAIXONADOS POR CARROS NESTE FIM DE SEMANA

 

Brasília recebe evento para apaixonados por carros neste fim de semana

A capital recebe dois eventos voltados para os amantes de carros. O Campeonato Brasiliense de Drift garante muita adrenalina neste sábado (6/8) e domingo (7/8). O Brasília Diecast, em 13 de agosto, reunirá aficionados por miniaturas

JE
Júlia Eleutério
postado em 06/08/2022 06:00 / atualizado em 06/08/2022 12:01
 
Piloto mais jovem do país, o brasiliense Lucas Medeiros, 14 anos, estará no encontro de drift -  (crédito: Júlia Eleutério/CB/DA PRESS)
Piloto mais jovem do país, o brasiliense Lucas Medeiros, 14 anos, estará no encontro de drift - (crédito: Júlia Eleutério/CB/DA PRESS)

Para os amantes de carros e de velocidade, os próximos finais de semana estão recheados de eventos automobilísticos no Distrito Federal. Hoje e amanhã, a capital recebe a 4ª etapa do Campeonato Brasiliense de Drift que reúne 28 pilotos de todo o país em um momento de adrenalina pura e cheio de velocidade. Os colecionadores de miniaturas de carros têm o 7º Encontro Brasília Diecast marcado para o próximo dia 13.

No evento de velocidade, dois carros vão para o circuito, iniciado com 100 pontos. Um vai na frente e o outro o segue para pressionar o máximo possível. Em alguns locais do trajeto, há critérios de avaliação para as manobras. Quem errar menos, passa de fase, quando serão montadas as oitavas, quartas, semi e final, que será amanhã. Para quem for ao evento, Gustavo destaca a carona radical, que é um ingresso que dá oportunidade de ir ao lado do piloto no circuito. "É rápido, mas é uma emoção única", garante.

 

Velocidade alta

Piloto mais jovem do país, o brasiliense Lucas Medeiros, 14 anos, é uma das atrações no campeonato. O adolescente conta que começou a pilotar aos sete anos no kart. "Desde pequeno, eu assisto Fórmula 1. Gosto muito. Eu amo a velocidade, pra mim é tudo. Essa é a minha terapia. Acho incrível", destaca. Morador do Park Way, o jovem sonha em seguir carreira no automobilismo e correr na Stock Car.

 

Modalidade surgiu no Japão e tem foco na velocidade e nas derrapagens
Modalidade surgiu no Japão e tem foco na velocidade e nas derrapagens(foto: Júlia Eleutério/CB/DA PRESS)

 

Iniciando no mundo das manobras com quatro anos, Gustavo Cavalcanti, 23 anos, é um dos competidores no evento. Em 2012, o Drift surgiu na vida dele. "Naquela época, tinha pouco conhecimento sobre o drift, olhava o vídeo da galera andando, lá, no Japão e daqui e tentava fazer igual", recorda-se o esportista, lembrando que das limitações dos carros que usava. "Agora, a gente montou ela (o carro) e está de ponta", comemora. "Paixão é a velocidade", acrescenta. Morador de Planaltina, Gustavo é acompanhado pela mãe, Clarice Cavalcanti, que diz ficar com o coração acelerado ao ver o filho competir. "Ele gosta, e o que compensa é ver a felicidade dele", ressalta, orgulhosa.

Coleção de milhares

Quem acha que carrinho é somente para crianças está muito enganado. No DF, o Brasília Diecast, em 13 de agosto, reúne colecionadores de miniaturas. Raul Fernando Scotini, organizador do encontro que ocorre a cada dois meses, revela que, em Brasília, há pessoas com acervos com até 15 mil exemplares. "É uma volta ao passado ter nas mãos as miniaturas de carros que alguns tiveram e viram de verdade, mas já não existem mais", comenta. Segundo o organizador, há uma variedade de modelos de veículos antigos, clássicos, temáticos, esportivos, de rali, de corrida, modelos de filmes, de desenhos e de personagens. 

O evento contará com a participação do Pink Car com exposição das colecionadoras de Brasília. Além disso, haverá várias outras atrações como exposição e encontro de carros antigos dentro do shopping, os mini carros, teatro infantil e a maquete gigante da cidade italiana, Monza.

Serviço

Mega Drift

Data: 6 e 7 e de agosto
Horário: 9h às 18h
Local: Arena BRB – Estacionamento Mané Garrincha
Meia entrada solidária para todos a partir de R$40,00 (doando 1kg de alimento não perecível)
Ingressos no site: www.megadriftbrasil.com.br

7º Encontro Brasília Diecast

Data: 13 de agosto
Horário: 9h às 19h
Local: Liberty Mall Shopping - SCN Quadra 2 Bl. D, Asa Norte
Entrada gratuita
Informações: (61) 99175-7888


Correio Braziliense sexta, 05 de agosto de 2022

MEIO AMBIENTE: CONHEÇA A HORTA COMUNITÁRIA DESENVOLVIDA NO PARQUE DA CIDADE

 

Conheça a horta comunitária desenvolvida no Parque da Cidade

Projeto da Administração do Parque da Cidade criou canteiros comunitários para plantação de hortaliças próximo ao Estacionamento 13. O novo atrativo encanta quem passa pelo local. Objetivo é fornecer alimentos para creches, asilos e moradores do DF. A ideia é expandir a iniciativa para outros locais de Brasília

EH
Edis Henrique Peres
postado em 05/08/2022 06:00
 
Cleber tem uma horta em casa. Quando viu os canteiros no Parque da Cidade, tirou fotos e divulgou para os amigos. "É ótimo lidar com a terra", garante -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Cleber tem uma horta em casa. Quando viu os canteiros no Parque da Cidade, tirou fotos e divulgou para os amigos. "É ótimo lidar com a terra", garante - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Quem visita o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, enquanto realiza caminhadas e pedaladas pela ciclovia, não deixa passar despercebido a novidade: no Estacionamento 13, vários canteiros de uma horta comunitária margeiam um trecho da ciclofaixa. De alface crespa, acelga e cebolinha a mostarda, espinafre e repolho, as folhagens encantam diversos frequentadores do local.

 

  • 04/08/2022. Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Horta Comunitária no Parque da Cidade.ED ALVES/CB/D.A.Press
     

 A horta comunitária foi idealizada pela administração do Parque da Cidade e está na etapa de planejamento. Embora o projeto seja piloto, o objetivo é expandir os canteiros para outros pontos do local e atender visitantes, creches e asilos. Administrador do parque, Carlos Alberto explica que a ideia nasceu logo no começo da gestão. "Queremos que os espaços sejam ocupados de uma forma a trazer a integração entre o frequentador e o parque, seja por meio do exercício físico ou do cuidado da horta, que é uma ação mais terapêutica que ele pode participar e, ao mesmo tempo, ajudar o próximo", destaca.

No momento, quem atua no cuidado com a terra e na irrigação das plantas são os colaboradores da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). "É um projeto piloto, que teve a ajuda da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) que nos deu apoio no manuseio do terreno para ser montada a horta, além dos colaboradores da Funap que fazem a rega. Depois, vamos alinhar como os frequentadores poderão nos ajudar. A intenção é que o projeto se espalhe até mesmo para outros parques", adianta o administrador.

Contato com a terra

Nutricionista, Luciana Miranda ressalta que os benefícios de uma horta comunitária são enormes. Desde o conhecimento da origem do alimento até o consumo de verduras e folhagens mais frescas. "Eles são mais nutritivos, saudáveis e saborosos. Além disso, são livres de agrotóxicos. Esse último ponto faz muita diferença, pois alimentos que tiveram seu beneficiamento junto de agrotóxicos, podem acarretar grandes riscos à saúde de quem os consome de forma contínua", detalha.

Luciana acrescenta que o contato com o cuidado da horta é outro benefício. "É como uma terapia ou se torna uma terapia para aqueles que se dedicam a este tipo de cultura, faz bem para a mente e para o corpo, que vai estar em movimento, e é uma satisfação quando se vê o que se planta nascendo, alimentando outras pessoas", afirma a nutricionista.

Maria do Socorro, 50, é uma das apaixonadas por horta. Ela conta que só não tem canteiros em casa, em Taguatinga Sul, por falta de espaço, mas confessa que quando tiver a oportunidade de morar em um lugar maior, vai plantar frutas e ter um canteirinho. "Tudo natural, para gerar alimento. A horta é uma maravilha, é sadia, é comida",. Maria trabalha há oito anos como massoterapeuta no Parque da Cidade, e a tenda em que atende fica bem de frente à horta comunitária. "Eu adorei a ideia, é uma beleza, e eles falaram que é para a gente mesmo cuidar, levar para casa, depois ajudar a plantar", finaliza.

 

 

Três perguntas para

Talyta Machado, nutricionista

Quais os benefícios de uma horta comunitária?

Quando pensamos em hortas caseiras ou comunitárias, temos que avaliar a questão ambiental e financeira. Ela é economicamente sustentável e garante uma alimentação saudável de forma mais acessível, além de ter o benefício de uma alimentação que respeita a sazonalidade, o tempo que os vegetais levam para crescer. Vivemos em uma sociedade industrializada, e perdemos um pouco a essência como ser humano, de conexão com a terra, com as estações do ano, com o sol e a chuva. A medicina tradicional indiana, por exemplo, fala que cada estação nos dá o alimento que é adequado para aquele período. E esse contato mais próximo com a natureza, retoma isso. Lidar com a horta melhora questões de ansiedade, estresse, diminui a produção de cortisol, e a pessoa conhece melhor a natureza e os alimentos. É uma relação saudável entre corpo e mente.


Ser livre de agrotóxicos faz diferença?

O consumo de agrotóxicos pode diminuir a absorção de certos nutrientes, como magnésio. O agrotóxico faz um processo chamado de quelação, em que ele gruda com o magnésio e outros minerais e é eliminado pelas fezes, ou seja, perdemos nutrientes. Outra coisa importante, é que quando uma planta está na terra e precisa lidar com as pragas, ela se protege produzindo compostos bioativos, que são anti-inflamatórios e superimportantes para a nossa saúde. Quando temos o agrotóxico, contudo, essa planta não tem grande necessidade de produzir esses compostos bioativos. Plantas orgânicas tem muito mais compostos bioativos.

Estamos chegando em um período de baixa umidade no DF. Tem alguma recomendação?
É importante não esquecer de tomar água. Neste período, ficamos procurando bebidas refrescantes, por causa do calor, mas temos que ter cuidado, porque sorvetes, sucos e chás não substituem a água. A água é sempre a base. Outra dica é comer alimentos frios e com alta umidade, como melancia, saladas tropicais e cruas, por exemplo.

 

Hortinha em casa

Cuidados para uma horta saudável:

  • » Não desista depois de um primeiro erro ou tentativa frustrada
  • » Escolha um local onde tenha luz do Sol por, pelo menos, 3 horas ao dia
  • » Cuidado com o excesso de água, a falta é perigosa, mas o excesso também é prejudicial e pode levar os nutrientes da planta embora
  • » Adube bem a terra, aproveitando os recursos de casa. Um adubo caseiro que pode ser feito é com casca de banana, casca de ovo e borra de café. Depois, é necessário colocar os itens no forno ou para secar no sol durante alguns dias. Com eles secos, bata no liquidificador e misture até virar um pó. Por mês, em um vaso de 2kg, duas colheres de sopa da mistura é o suficiente para agregar cálcio e outros nutrientes à planta

 

Autorização

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) informa que a implementação de hortas comunitárias devem ser feitas com a autorização da Administração Regional da cidade. “Esse é o órgão responsável por avaliar, junto a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), se o terreno pode ser utilizado para esse fim com os georreferenciamentos adequados. Em seguida, a administração entra em contato com a Secretaria de Agricultura (Seagri), que dá continuidade aos trâmites. A Emater entra após acionada pela Seagri com os insumos e as orientações necessárias”, informa.


Correio Braziliense quinta, 04 de agosto de 2022

CINEMA: SINE BRASÍLIA RECEBE MOSTRA DE CINEMA LATINO-AMERICANO E CARIBENHO

Cine Brasília recebe mostra de cinema latino-americano e caribenho

5ª Mostra de Cinema Latino-Americano e Caribenho começa nesta quinta-feira, no Cine Brasília, com entrada gratuita, em mostra marcada pela diversidade de temas e abordagens

RD
Ricardo Daehn
postado em 04/08/2022 00:01 / atualizado em 04/08/2022 06:13
 
 
 (crédito:  Gaya Filmes/Globo Play)
(crédito: Gaya Filmes/Globo Play)

Na pulsão de uma mudança que "pede para outra realidade emergir", como assinala a embaixadora de Barbados, Tonika Sealy-Thompson, a 5ª Mostra de Cinema Latino-Americano e Caribenho chega, a partir de hoje (4/8), ao Cine Brasília (EQS 106/7). Ela vem embalada aos moldes dos anos 1960, que "eram para todo mundo", como ressalta Tonika: a mostra de 19 filmes terá entrada franca.  E, junto com a diversidade de temas, traz muita representatividade de assinaturas criativas. "No quinto ano do evento, mas com dois anos de pandemia, estamos apenas começando: é necessário 'beber e comer da cultura' que não é muito disponível — e Brasília pode virar um centro desta cultura", ressalta a embaixadora.

 

 

A importância de se ter noção do que sejam os países hispânicos e perceber aproximações para além das geográficas são fatores sublinhados por Eduardo Cousin, chefe de chancelaria da Embaixada de Equador, país presente nos festejos. "O conhecimento das nossas realidades através da cinematografia é fundamental. No futuro, podemos pensar em ações de cooperação e de integração de produtores cinematográficos", destaca Cousin, ciente da aproximação "muito atrativa, pelo carinho e admiração gerados pelo Brasil".

O vigário (a ser apresentado, às 18h30 de 10/8), de Tito Jara H., marca sua estreia na América Latina, dentro da mostra, depois de ser exibido em festival indiano. Comercialmente, será exibido nos mercados europeus, norte-americano e brasileiro, em 2023. "O filme fala de um homem que surpreende as pessoas, sendo um religioso falso e se aproveita de uma menina que tem capacidades especiais, pronta para realizar espécies de milagres. A reflexão do longa é a de que muitas pessoas acreditam mais nas mentiras do que nas verdades, como não deixa de ocorrer na política também", comenta Eduardo Cousin, que completa com a percepção de que "Equador, Colômbia e Caribe também têm muita parte da população crente na ideia de que ações transcorridas no céu são influentes, e que podem tocar suas vidas".

Admiração e respeito 

Na busca por relação mais intensa com o Brasil, que segue tendo a popularidade associada às telenovelas e ao futebol, espectadores estrangeiros terão acesso ao retrato, em cinema, de uma mulher forte: Pureza, interpretada por Dira Paes, em fita de Renato Barbieri (atração do dia 13 de agosto, às 18h30). Pureza, em realidade contemporânea, lutou pela libertação de pessoas exploradas em situações análogas às da escravidão. A favor da visibilidade de obras femininas, a embaixadora Tonika Sealy-Thompson dimensiona que metade dos filmes têm cineastas mulheres no comando. Autoproclamada "servidora do processo" e facilitadora da circulação das obras pelo Brasil, Tonika vem do país insular comandado pela primeira-ministra do partido trabalhista Mia Amor Mottley, que, como ela assinala, "perturba a ordem global".

A mostra de cinema no Cine Brasília contempla, entre outros, o documentário Sonhos de Panamá, da diretora Alison Saunders-Franklyn, que destrinça parte do processo de exploração de raças imersas em estruturas de poder. "Barbadianos foram importantes na construção do Canal do Panamá. O suor, o sangue e as lágrimas deles estão investidos nessa conexão de países e comércio", observa Tonika. Na defesa do meio ambiente, a mostra destaca As mulheres do Wangki, produção da nicaraguense Rossana Lacayo. No filme, há registro da luta de mulheres indígenas por preservação de dados ancestrais e por debelar uma sociedade machista.

No processo da expansão cultural da rede de países, Tonika Sealy-Thompson ressalta que Barbados cabe no Brasil 19 mil vezes, mas que sempre, no encontro de culturas, ecoa como princípio a igualdade. "As indústrias criativas são importantes comercialmente, no âmbito da América-Latina e Caribe. No começo de 2023, vamos organizar um evento relacionado ao tema, com possibilidade de parcerias e de coproduções. Fico emocionada com a ideia de ver diretores e produtores se conhecerem — há conteúdos fantásticos em termos de potencial. A capacidade produtora do Brasil é excelente", conclui.

5ª Mostra de Cinema Latino-Americano e Caribenho

Cine Brasília - (EQD 106/107), com entrada franca.

Hoje (4/8), às 18h30, Como água para chocolate (México), de Alfonso Arau.

Amanhã (5/8), às 18h, Sonho Florianópolis (Argentina), de Ana Katz. Às 20h30, Avenidas (Uruguai), de Daniela Sparanza.

Sábado (6/8), às 15h30, Cachimba (Chile), de Sílvio Caiozzi. Às 18h30, Ruth (Portugal), de Antônio Pinhão Botelho.

Domingo (7/8), às 15h30, Viagem a Tombuctú (Peru), de Carmen Rossana Diaz Costa. Às 18h30, A palavra de Pablo (El Salvador), de Arturo Menéndes.

Dia 8, às 18h30, Donaire e esplendor (Panamá), de Arturo Montenegro. Às 21h, O apóstolo (Espanha), de Fernando Cartizo.

Dia 9, às 18h30, Joana Azurdy: guerrilheira da pátria grande (Bolívia), de Jorge Sanjinés. Às 20h30, Matar um morto (Paraguai), de Hugo Giménez.

Dia 10, às 18h30, O vigário (Equador), de Tito Jara H.. Às 21h, De olhos fechados (Costa Rica), de Hernan Jimenez.

Dia 11, às 18h30, Cavaleiros do paraíso (Colômbia), de Thalía Osório Cardona. Às 20h30, Sonhos de Panamá (Barbados), de Alison Sauders.

Dia 12, às 18h30, As mulheres do Wangki (Nicarágua), de Rossana Lacayo. Às 20h30, De María África a María Montez (República Dominicana), de Jesús Reyes Mota.

Dia 13, às 15h30, Inocência (Cuba), de Alejandro Gil Álvarez. Às 18h30, Pureza (Brasil), de Renato Barbieri.

 

  • Sonho de Panamá: 
raízes de esforços 
e injustiças
    Sonho de Panamá: raízes de esforços e injustiçasFoto: Blue Water Producctions/Divulgação
  • Celebração dos 30 anos do sucesso Como água para chocolate: 
filme abre a programação
    Celebração dos 30 anos do sucesso Como água para chocolate: filme abre a programaçãoFoto: Conaculta/Divulgação
  • O vigário: espectadores privilegiados
    O vigário: espectadores privilegiadosFoto: Artefilms/Divulgação
  • A Príncipe: 
Joey King
    A Príncipe: Joey KingFoto: Scott Garfield/Sony Pictures
  • Bryan Tyree Henry e Aaron Taylor-Johnson formam dupla inseparável
    Bryan Tyree Henry e Aaron Taylor-Johnson formam dupla inseparávelFoto: Scott Garfield/Sony Pictures
  • Brad Pitt no 
corre-corre de 
Trem-bala
    Brad Pitt no corre-corre de Trem-balaFoto: Scott Garfield/Sony Pictures
 
 

Nos trilhos do pop

 

 

Com um chapéu à la ursinho Paddington (o personagem peruano que, numa animação, busca por um lar em Londres), o tipo vivido por Brad Pitt em Trem-bala circula por Tóquio, com a pretensão de adquirir calma e emanar paz. Mas, dentro do que ele chama de "azar épico", com o qual convive, Joaninha (o codinome do personagem de Pitt) terá pela frente mais uma missão que o impulsiona para o mau caminho. Sem demora, Joaninha se verá dentro de um trem que abriga enredo assemelhado ao de Assassinato no Expresso do Oriente, com direito a diferencial: poucos dos passageiros poderiam ser considerados inocentes.

No novo filme de David Leitch — lembrado pela truculência gráfica dos anteriores Atômica (2017) e Deadpool 2 (2018) — há compulsão por jatos de sangue, doses de vômito, violência e agressão. A referência inicial a Os embalos de sábado à noite é genial. Com poucas paradas pela frente, o trem-bala do título entra nos trilhos, ainda que de modo caótico, no longa que tem a assinatura de Zak Olkewicz (do terror Rua do medo: 1978). Morte Branca é o nome de um personagem que parece fazer parte do histórico de muitos outros que desfilarão no enredo. O destino do trem final parece ser Kyoto, mas será que todos chegarão?

Perigosos como qualquer integrante da Yakuza, e dentro de uma corrida atrás de maleta repleta de dólares, o círculo se apresenta: Príncipe (Joey King, a garota de A barraca do beijo) tenta passar despercebida; enquanto Tangerina (Aaron Taylor-Johnson) e Limão (Brian Tyree Henry) são comparsas inseparáveis, e Kimura (Andrew Koji), que está com o jovem filho internado em hospital, confirma a dependência e a aprovação do pai (Hiroyuki Sanada). No filme que adapta a literatura de Kôtorô Isaka, ainda há espaço para personagens sul-americanos como O Lobo (Bad Bunny), que traz rastro de sangue.

Um evento com morte coletiva é anunciado no filme que, além das participações de Channing Tatum, Zazie Beetz, Michael Shannon e Sandra Bullock, traz a presença de uma cobra de veneno mortal. Em certa medida, o novo filme se vale de emblemática persona criada por Brad Pitt nos cinemas, que, no passado esteve a serviço do inglês Guy Ritchie (de Snatch: Porcos e diamantes, de 2002) e Era uma vez em... Hollywood (Quentin Tarantino, de 2019). Nas melhores tiradas, o personagem de Pitt, escolado em indicar terapeutas, confirma que "carma é uma merda" e tem o sangue frio de parar uma sangrenta trégua, para beber uns goles de água.

Com incômodos excessos de esperteza e aborrecedora insistência em gracejos, a personagem Príncipe (Joey King) — desinteressada em ser esposa ou mesmo mãe de alguém, como ela reforça — é mais uma a insistir no mote da paternidade presente no filme. Com apelativas cenas de humor descabido e afetado, como na hora em que Tangerina e Limão recapitulam o empilhado de mortes que carregam na profissão de mercenários, Trem-bala ganha terreno e conquista, pela velocidade nas reviravoltas, em planos e estratégias. Em meio a tanta vingança e malícia, é curiosa a estratégia do personagem Limão, que, dentro do tal trem-bala, faz constantes relações entre a realidade dele e o famoso desenho animado de emotivas locomotivas Thomas e seus Amigos. (RD) 


Correio Braziliense quarta, 03 de agosto de 2022

GASTRONOMIA: DOCERIA NANICA DESEMBARCA EM BRASÍLIA

 

Referência em banoffees, doceria Nanica desembarca em Brasília

Publicado em Confeitaria

O brasiliense ganhou mais um local para saborear banoffee. Reconhecida pelas receitas inovadoras, a doceria paulista Nanica inaugura, nesta quarta-feira (3/8), a primeira loja em Brasília localizada na 116 Sul. A unidade estará aberta para o público a partir das 16h30.

“Chegar à capital do país é um passo muito grande para a célere história do Nanica. Queremos construir uma marca estruturada e sólida em todo Brasil. Buscamos levar o sabor e a nossa essência através das banoffees para os consumidores”, declara Leonardo Macedo.

O cardápio explora seis receitas e versões autorais da banoffee, carro-chefe da marca, que leva banana, doce de leite caseiro e um chantilly com toque especial na composição. São elas: monoffee (com leite condensado cremoso, morango e mini suspiros), uvoffee (com uva, leite condensado cremoso e amêndoas tostadas), churroffee (leite condensado cremoso com especiarias, banana e cereal de churros), nutella (com banana, creme de avelã e chantilly) e mineiro de botas (com goiabada cascão, banana e chantilly de queijo). As tortas são vendidas em fatias. Além de serem consumidas na loja, também podem ser pedidas pelo delivery do Ifood.

Para harmonizar com os produtos, a marca traz o exclusivo nanicoffee, combinação refrescante de café espresso, leite, doce de leite e chantilly de banana. A loja funciona de 11h às 22h na 116 Sul (Bloco B, Loja 21). Pedidos e encomendas: 3257-0037.


Correio Braziliense terça, 02 de agosto de 2022

SAÚDE: NA VELHICE, CARNE VERMELHA É PERIGO PARA O CORAÇÃO
 

Na velhice, carne vermelha é perigo para o coração

O risco do surgimento de complicações cardiovasculares é 22% maior entre idosos que ingerem a proteína diariamente, mostra estudo que analisou dados de 4 mil pessoas. Peixe, aves e ovos não têm o mesmo efeito

CB
Correio Braziliense
postado em 02/08/2022 00:01
 
 (crédito: Antonio Cunha/CB/D.A Press)
(crédito: Antonio Cunha/CB/D.A Press)

Costumamos ouvir que uma dieta balanceada deve conter a ingestão de proteínas — incluindo as presentes nas carnes vermelhas. Porém, discussões e pesquisas mostram que esse nutriente pode, também, trazer malefícios à saúde. Um estudo conduzido pela Universidade de Tufts e pelo Instituto Lerner, ambos nos Estados Unidos, mostra que o consumo da carne vermelha e carne processada pode aumentar em 22% o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares em idosos.

Com quase 4 mil participantes acima de 65 anos, a pesquisa mostra que há um risco 22% maior para cada 1,1 porção de proteína ingerida por dia — e cerca de 10% desse risco elevado é explicado pelo aumento dos níveis de três metabólitos produzidos por bactérias intestinais a partir de nutrientes abundantes nas carnes vermelha e processada: o N-óxido de trimetilamina (TMAO), a gama-butirobetaína e a crotonobetaína. A vulnerabilidade não foi constatada com o consumo de aves, ovos ou peixes, e os voluntários foram acompanhados por, em média, 12 anos e meio.

Outros fatores, como o aumento do nível de açúcar no sangue e a ativação de inflamações no corpo a partir da carne, se mostram mais nocivos que o colesterol ou a pressão arterial. "Curiosamente, identificamos três caminhos principais que ajudam a explicar as ligações entre carne vermelha e processada e doenças cardiovasculares — metabólitos relacionados ao microbioma, níveis de glicose no sangue e inflamação geral —, e cada um deles parecia mais importante do que os caminhos relacionados ao colesterol no sangue ou a pressão arterial", analisa, em nota, o coautor sênior, Dariush Mozaffarian.

Segundo a equipe de cientistas, esse é o primeiro estudo a investigar as interrelações entre alimentos de origem animal e o risco de doenças cardiovasculares. Na avaliação de Meng Wang, coprimeira autora do artigo e pós-doutoranda na Friedman School, ligada à Universidade de Tufts, a pesquisa responde a perguntas de longa data sobre a ligação entre a proteína e esse tipo de complicação. "As interações entre a carne vermelha, o nosso microbioma intestinal e os metabólitos bioativos que eles geram parecem ser um caminho importante para o risco, o que cria um alvo para possíveis intervenções para reduzir doenças cardíacas", avalia.

Para os autores, compreender os impactos do consumo de carne é particularmente importante em idosos porque, apesar de serem mais suscetíveis à ocorrência de complicações cardíacas, essas pessoas podem se beneficiar da ingestão de proteínas — o nutriente compensa a perda de massa e força muscular relacionadas à idade. Os resultados, avaliam, indicam que melhores escolhas alimentares podem funcionar como um fator protetivo para o coração. "O estudo também defende os esforços dietéticos como meio de reduzir esse risco, uma vez que as intervenções dietéticas podem reduzir significativamente o TMAO", afirma Stanley L. Haze, chefe da seção de cardiologia preventiva e reabilitação na Cleveland Clinic e coprimeiro autor.

Ahmed Hasan, do Instituto Nacional de Saúde, cujos dados baseiam a análise, pontua que é preciso aprofundar o estudo sobre o efeito da carne vermelha na saúde cardíaca de idosos, mas os primeiros resultados indicam que, ao escolher alimentos de origem animal, pode ser menos importante o foco nas gorduras totais e saturadas, por exemplo, do que entender os efeitos sobre a saúde de outros componentes do alimento. "Embora sejam necessárias mais pesquisas, os relatórios atuais fornecem um novo alvo potencial para prevenir ou tratar doenças cardíacas em um subgrupo de pessoas que consome quantidades excessivas de carne vermelha", diz.

Apesar da descoberta, eliminar a carne do cardápio não é a salvação para evitar doenças cardiovasculares, esse é apenas um caminho para a prevenção em determinados grupos. Hasan ressalta que, independentemente da idade, para um estilo de vida que seja saudável para o coração, é preciso a adoção de uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos integrais, além de controlar o estresse, ter qualidade de sono e praticar exercícios físicos.

Risco maior de morte

Parte do grupo de pesquisadores que relaciona a ingestão de carne vermelha e processada à saúde cardiovascular publicou, em maio, na revista Jama Network Open, um estudo que associa o TMAO e outros metabólitos ao risco de morte em pessoas mais velhas. A vulnerabilidade foi de 20% a 30% maior entre idosos com níveis mais altos desses compostos no plasma e em seus biomarcadores do que os com taxas mais baixas.

Os resultados foram obtidos na análise de dados de mais de 5 mil pessoas. Para os autores, as informações podem ajudar na criação de estratégias para reverter os níveis do metabólito. "Agora que sabemos mais sobre a gravidade dos riscos associados ao TMAO, podemos explorar abordagens eficazes para alterar esses níveis no corpo", afirmou, à época, em nota, a coprimeira autora do artigo, Amanda Fretts, do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Washington.

 

Remédios são ligados a infartos

 (crédito: ERNESTO BENAVIDES)
crédito: ERNESTO BENAVIDES

Pense na seguinte hipótese: você tem uma doença cardiovascular e se trata com remédios específicos, como betabloqueadores e antiplaquetários. Mas, como em um efeito rebote, o que deveria impedir uma piora clínica causa ainda mais problemas de saúde. Essa possibilidade foi levantada em uma pesquisa que identificou uma relação entre o uso desses dois medicamentos e o aumento de ataques cardíacos em períodos de calor extremo.

O estudo utilizou como base o registro de 2.494 casos de pessoas que sofreram ataque cardíaco não fatal em Augsburg, na Alemanha, durante os meses de clima quente (de maio a setembro), entre 2001 e 2014. Os autores analisaram a utilização das duas classes medicamentosas antes do infarto, comparando os dados da exposição ao calor no dia do problema com os dos mesmos dias da semana no mesmo mês.

A análise não estabeleceu uma relação de causa e efeito. Mostrou que o uso de medicamentos antiplaquetários foi associado a um aumento de 63% no risco de ataques cardíacos, e o de betabloqueadores, de 65%. No caso de ingestão dos dois remédios, a taxa subiu para 75%. "Os pacientes que tomam esses dois medicamentos têm maior risco. Durante as ondas de calor, eles devem realmente tomar precauções", enfatiza, em nota, Kai Chen, professor-assistente do Departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública de Yale e primeiro autor do estudo, publicado na revista Nature Cardiovascular Research.

Os cientistas consideram que o risco de sofrer um infarto pode ter aumentado em decorrência do aumento da temperatura e também pela ocorrência de doença cardíaca subjacente. Há pistas, porém, da força da primeira hipótese. Uma delas é que, na maioria das vezes, outros remédios para o coração não mostraram uma conexão entre ataques cardíacos relacionados e calor.

A única exceção foram as estatinas, Quando tomadas por pessoas mais jovens, elas foram associadas a um risco três vezes maior de ataque cardíaco em dias quentes. "Nós levantamos a hipótese de que alguns dos medicamentos podem dificultar a regulação da temperatura corporal", enfatiza Chen. A equipe planeja tentar desembaraçar essas relações em novos estudos.

 

Correio Braziliense segunda, 01 de agosto de 2022

COVID-19: *NÃO PODEMOS CONSIDERAR A PANDEMIA SUPERADA*, DIZ PESQUISADORA DA FIOCRUZ

 

"Não podemos considerar a pandemia superada", diz pesquisadora da Fiocruz

Uma das principais referências no combate à covid-19, a pneumologista Margareth Dalcolmo reitera a necessidade de ampliar a cobertura vacinal da população, especialmente crianças, e adverte que medidas como o uso de máscaras continuam imprescindíveis

TM
Taísa Medeiros
postado em 01/08/2022 05:57 / atualizado em 01/08/2022 06:19
 
 
A pesquisadora destaca que, apesar de a maior parte da população agir de maneira despreocupada, o Brasil ainda não superou a pandemia e deve preocupar-se, principalmente, com a população infantil -  (crédito: Peter Ilicciev / Ag. Enquadrar)
A pesquisadora destaca que, apesar de a maior parte da população agir de maneira despreocupada, o Brasil ainda não superou a pandemia e deve preocupar-se, principalmente, com a população infantil - (crédito: Peter Ilicciev / Ag. Enquadrar)

Vários estados brasileiros flexibilizaram, nos últimos meses, as medidas de prevenção contra a covid-19. Como consequência, leva-se hoje no Brasil uma vida semelhante à observada em tempos pré-covid, sem uso de máscaras, com grandes aglomerações normalizadas — cenas que, há um ano, seriam inimagináveis. Na contramão dessas decisões está parte significativa dos cientistas brasileiros, como a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo.

A pesquisadora destaca que, apesar de a maior parte da população agir de maneira despreocupada, o Brasil ainda não superou a pandemia e deve preocupar-se, principalmente, com a população infantil. "Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético. Mas hoje nós já temos vacinas aprovadas no Brasil", ressalta. "É muito estranho que as famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo", provoca a médica.

 

O Brasil superou a pandemia, ou a gente ainda tem um caminho pela frente?

Nós ainda não podemos considerar a pandemia da covid-19 superada no Brasil por várias razões. Primeiro, estamos diante de uma doença nova, com aparecimento de novas variantes. Hoje, praticamente há uma variante ou uma subvariante que aparece a cada duas semanas. Algumas dessas, comoa cepa BA5, que predomina no Brasil, de alta transmissão e com o que chamamos de escape vacinal. Então, o uso de máscaras em locais fechados ainda é muito relevante. A segunda razão é que, a despeito de uma boa taxa de vacinação, não alcançamos com as doses de reforço, que são as terceira e quarta doses, um percentual realmente importante na população brasileira. Em terceiro lugar, precisamos urgentemente vacinar a população pediátrica. A despeito de as vacinas terem se mostrado extremamente protetoras nas crianças, essa hesitação vacinal por parte de muitas famílias é muito grave e contraria uma tradição muito arraigada na nossa população, que é gostar e confiar nas vacinas.

Por que isso ocorre?

A população brasileira sempre aderiu de maneira muito saudável às vacinas oferecidas pelo SUS às nossas crianças, de modo que considero muito importante que a imprensa e todos nós, médicos, nos manifestemos com veemência, instando as famílias a levarem as suas crianças para serem vacinadas e que não deem ouvidos a essa quantidade de notícias falaciosas que têm sido disseminadas contra as vacinas nas crianças, inclusive por alguns médicos, o que eu considero um desserviço enorme à nossa população já tão sofrida e amedrontada.

Existe a chance de a gente ter alguma variante mais forte ainda das já conhecidas?

A probabilidade é pequena, porque as variantes e subvariantes não têm, até o momento, demonstrado uma mortalidade maior. E, se alguém duvidava do efeito protetor contra formas graves, hospitalizações e mortes pela covid-19 por força da aplicação das vacinas, essa dúvida caiu por terra. Os dados falam por si. A curva de diminuição é tão dramática, os hospitais se esvaziaram, o número de mortes que já chegou a mais de 3 mil pessoas por dia, diminuiu muito, embora ainda seja um número relevante, porque cada vida humana conta. Quem está internado hoje ou, eventualmente, morrendo ou são pessoas não vacinadas, ou portadoras de uma condição clínica muito desfavorável do ponto de vista imunológico.

Muitos pais ficaram com medo de vacinar as crianças alegando que os estudos não eram conclusivos, que não se sabia exatamente os efeitos da vacina. Ao mesmo tempo, não se sabe exatamente quais são os efeitos, a longo prazo, da covid nas crianças.

O Brasil teve um dos piores desempenhos e uma das mais altas letalidades pela covid-19 em população pediátrica. Nós tivemos quase 3 mil óbitos em crianças abaixo de cinco anos de idade, o que é absolutamente impressionante. As crianças precisam ser protegidas pelas vacinas. Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético, mas já temos vacinas aprovadas no Brasil, tanto a da Pfizer quanto recentemente a Corona Vac para a população entre 3 e 5 anos de idade. É muito estranho que essas famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo, diante de uma um programa de vacinação tão incorporado à nossa cultura. Eu nunca vi pais e mães se perguntarem o que tinha numa vacina chamada pentavalente, que a gente aplica nos bebês abaixo de um ano de idade. Então, é um desserviço atribuir às vacinas efeitos nocivos que absolutamente elas não têm. O que não sabemos até agora, isso sim, é quais serão os efeitos a médio e longo prazos que a covid-19 poderá causar nessa população pediátrica, como já sabemos que ela causa na população adulta, por exemplo, com a chamada síndrome da covid longa. Hoje, o maior desafio da medicina é lidar com essas pessoas que precisam de reabilitação, muitas vezes complexa, para ganharem de volta o mínimo de normalidade em suas vidas.

Os efeitos neurológicos ainda estão sendo estudados.

Neurológicos, respiratórios, cardiovasculares e, inclusive, psiquiátricos. O número de pessoas que precisam de assistência psicológica e psiquiátrica pelo trauma de terem ficado internados por um longo tempo, em confinamento, é grande. O vírus afeta o sistema nervoso central, o que pode ocasionar mudança de comportamento, um quadro neurológico prolongado, neuropatias periféricas prolongadas. Tudo isso são efeitos que hoje nós estamos lidando nos serviços de reabilitação pós-covid.

Esses efeitos ainda serão sentidos por décadas?

Não podemos dizer por quanto tempo, nem se eles serão indeléveis. Não sabemos, porque ainda não temos o necessário recuo histórico para essa análise. Então, só o tempo dirá se eles são indeléveis ou temporários.

Apesar dos constantes cortes na saúde pública, o SUS foi essencial para o combate da pandemia. Como a senhora vê a falta de valorização da saúde no país?

Em 13 de março de 2020, dei minha primeira entrevista pública e, naquele momento, disse, convicta, que nós tínhamos duas armas para enfrentar a tsunami que estava chegando ao Brasil. A primeira e mais nobre delas era o SUS. Sem o SUS, a tragédia teria sido muito maior. A segunda seria o distanciamento físico e social, que era uma arma absolutamente fundamental em se tratando de uma virose aguda de transmissão respiratória. Por conta de todas as fragilidades, subfinanciamento, carência de recursos humanos, enfim, tivemos uma operacionalização que muitas vezes deixou a desejar. Mas, sem o SUS, a tragédia teria sido muito pior.

Houve falta de sincronia entre o poder público e as demandas de saúde? Porque a gente viu atraso na vacinação, diversos percalços que parecem uma certa negligência...

Desde o início, ficou claro que, contra esse tipo de doença, com alta capacidade de transmissão, a arma seriam as vacinas, porque virose aguda se resolve com vacina, tradicionalmente. E o Brasil viveu um paradoxo. Foi o país que desenvolveu estudos de fase três para vacinas de grande qualidade, como foi com a CoronaVac, com a Pfizer, com a Janssen e com a AstraZeneca. Foi o país que mais colocou voluntários nos estudos de fase três, e viveu a contradição de ter um embate entre uma retórica paradoxal de algumas autoridades e a necessidade óbvia de vacinar a população. Nós poderíamos ter começado a vacinar antes do que efetivamente começamos. Esse embate retórico entre a ciência brasileira e o discurso oficial, sem dúvida, não foi positivo no resultado.

A Procuradoria Geral da República desqualificou as investigações da CPI da covid. Não houve responsabilização. Por que a saúde segue sendo negligenciada, mesmo com todas as evidências?

Eu não sei se não haverá responsabilização. Sem dúvida nenhuma, caberá à sociedade brasileira ter a consciência cívica do que é necessário e reivindicar da maneira adequada. Politicamente, eu não saberia dizer em que isso vai resultar. Agora, sem dúvida nenhuma, mais do que a responsabilização retrógrada daquilo que não aconteceu, temos que ter um olhar pra frente. É como conduzir o problema daqui pra frente num momento difícil, num ano eleitoral. Onde as tensões obviamente tendem a se acirrar, e nós precisamos ter a serenidade, a eficiência que os serviços de saúde naturalmente exigem nesse momento.

O debate eleitoral tem se concentrado na economia. Aparentemente, a saúde pública está relegada a segundo plano.

O que é um equívoco, porque saúde pública e economia são basicamente a mesma coisa. Quando você investe em saúde você está fazendo um investimento nobre em economia, porque as pessoas adoecerem menos nas fases mais produtivas de suas vidas, trabalharem, produzirem, estudarem, produzirem conhecimento técnico e científico, é absolutamente fundamental. O equívoco está na maneira de olhar. Investir em saúde e educação não é gastar. É olhar o dia de amanhã, o futuro do país, as novas gerações.

Por quanto tempo o Brasil precisará de reforço na vacinação contra a covid-19? E por quanto tempo a doença permanecerá nas nossas vidas?

São duas questões aí. Primeiro, haverá, sem dúvida, uma nova leva de vacinas de segunda geração. Algumas já estão sendo fabricadas com a proteína spike, da cepa Omicron, e não mais com as cepas originais, com a qual foram formuladas todas as vacinas que nós usamos até o momento. Acho que nós ainda precisaremos receber uma dose, pelo menos, de vacina, com as vacinas de segunda geração quando forem liberadas. O vírus SARS-CoV-2 não deve desaparecer das nossas vidas, ele deverá permanecer num comportamento epidemiológico endêmico. Ou seja, vamos ter casos de vez em quando. O vírus já faz parte do diagnóstico diferencial das viroses respiratórias.

A senhora participou, na semana passada, do encontro da SBPC na UnB. Como está a situação da ciência no Brasil?

Nunca foi tão necessário que governantes e autoridades se sensibilizassem para o fato de que investimento em ciência, tecnologia e inovação é um investimento mais nobre. Enquanto isso for equivocadamente olhado como gasto, e não como um olhar para o nosso amanhã, estaremos perdurando no que eu chamaria de um erro de visão de país. Foi muito simbólica essa SBPC presencial realizada nas dependências da UnB nesse momento. Acho que, para a universidade, que já sofreu tanto nas últimas décadas, no Brasil, isso representa muito. Espero que essas discussões possam aumentar o nível de consciência dos jovens ali presentes.

A OMS definiu como preocupante o avanço da varíola dos macacos no Brasil. Como está a doença no mundo?

É um outro nível, outra doença. Mas de qualquer maneira, acho que a OMS fez um alerta correto e oportuno. Hoje, alguns países se ressentem de não ter mantido estoques adequados de vacinas, como não temos quantidades suficiente se precisarmos de uma vacinação em maior âmbito, de algumas populações ou grupos de risco. Acho que nós precisaremos, sim, vacinar alguns grupos de população com a vacina da varíola, e o Brasil seguramente é um país que tem condições pra fabricas a vacina. Isso depende de vencer alguns entraves técnicos, como, por exemplo, ter o vírus original para que a vacina seja produzida. O Butantan e a Fiocruz são instituições públicas perfeitamente qualificadas para fabricar a vacina da varíola.

Quais são os principais sintomas dessa doença pouco conhecida no Brasil? Que cuidados devem ser adotados?

São sintomas de uma de uma doença geral. Ela chama a atenção quando existe a suspeita epidemiológica de que tenha havido contato com alguém sabidamente doente. Quem teve contato deve ser observado, antes mesmo do aparecimento das lesões cutâneas. Como o período de incubação é relativamente longo, de três a quatro semanas, a pessoa tem que saber se teve contato com alguém doente ou esteve num ambiente onde houve outros casos. O diagnóstico precoce vai levar ao isolamento. O isolamento deve ser de quatro semanas, que é o período em que podem aparecer lesões cutâneas, que são altamente contagiosas. A maior parte dos casos não tem sido grave, são muito poucas mortes até o momento. É uma doença que, eventualmente, pode ser controlada por vacina, se aumentar o número de casos ou declarada essa necessidade.

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Correio Braziliense domingo, 31 de julho de 2022

IMIGRAÇÃO: CONHEÇA OS CAMINHOS PARA SER CIDADÃO PORTUGUÊS

Almeja viver na Europa? Conheça os caminhos para ser cidadão português

Um número cada vez maior de brasileiros descendentes de lusitanos procura obter a cidadania do país de seus antepassados. O processo exige dedicação, mas mudanças na legislação feitas a partir de 2018 facilitaram a empreitada

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Vicente Nunes - Correspondente
postado em 31/07/2022 07:00
 
Para atrair descendentes de portugueses que deixaram o país — muitos para fugir da pobreza —, abriu-se a possibilidade de netos desses cidadãos pedirem diretamente a nacionalidade originária -  (crédito: Pixabay)
Para atrair descendentes de portugueses que deixaram o país — muitos para fugir da pobreza —, abriu-se a possibilidade de netos desses cidadãos pedirem diretamente a nacionalidade originária - (crédito: Pixabay)

Lisboa — A artista plástica Lenne Russo, 51 anos, está a caminho de realizar um sonho: obter a cidadania portuguesa. Mais do que ter o desejado passaporte da União Europeia, que permite trânsito livre por mais de 120 países mundo afora, ela quer reconquistar o sobrenome originário da família, que se perdeu na burocracia do serviço público brasileiro no início do século passado. Entre 1907 e 1908, o avô dela, Eduardo dos Santos Russo, então com três anos de idade, desembarcou no porto de Santos com a família, que buscava em terras brasileiras condições melhores de vida.

Uma mudança promovida na legislação pelo governo de Portugal em 2018, no entanto, trouxe um sopro de esperança para Lenne. Para atrair descendentes de portugueses que deixaram o país — muitos para fugir da pobreza —, abriu-se a possibilidade de netos desses cidadãos pedirem diretamente a nacionalidade originária. Até então, netos de portugueses nascido no exterior só podiam requerer a cidadania derivada. Ou seja, recebiam o direito de seus pais, mas não podiam passar o benefício adiante. Com a alteração na lei, a nacionalidade portuguesa passou a ser um direito de herança, e eles poderão transmiti-la para as gerações seguintes.

 
 
 

 

migracao portuguesa
migracao portuguesa(foto: pacifico)

 

Mas que fique claro, avisa o advogado Renato Martins, CEO do escritório Martins Castro, com sede em Lisboa: "Se os netos de portugueses não pedirem a cidadania, seus descendentes não poderão requerê-la. É como se a corda se rompesse". Por isso, é importante dar entrada nos pedidos de nacionalidade enquanto aqueles que têm direito estão vivos. É o caso de Lenne. "Não tenho filhos, mas minha irmã, Elaine Aparecida, tem três. Então, eu e ela estamos requerendo a cidadania portuguesa para que meus sobrinhos e os filhos deles possam se beneficiar", ressalta. "Melhor: todos os documentos emitidos pelo governo português trarão Russo como nosso sobrenome", comemora.

Inteligência artificial

Não há estimativas atualizadas sobre quantos descendentes de portugueses nascidos no Brasil têm direito à cidadania do país europeu. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de meados dos anos 2000, apontavam que 21 milhões de brasileiros tinham origem portuguesa. Boa parte desses cidadãos está espalhada por Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará e Goiás. Nem todos, porém, têm condições de comprovar a ligação com os antepassados, até por desconhecimento. "Sendo assim, é necessário um acompanhamento profissional, sério", recomenda a advogada Joana Nunes, do escritório Garcia, Silva, Nunes e Associados.

A maior dificuldade, acrescenta Renato Martins, é colher toda a documentação exigida pelo governo de Portugal. Ele lembra que, até 1911, não havia registro civil no país. Os nascimentos eram catalogados nas igrejas. E muita coisa se perdeu no meio do caminho. Assim, é preciso uma busca minuciosa. "Há pessoas que estão nesse processo há mais de 10 anos, sem sucesso", afirma ele, que montou, com os sócios da Martins Castro, um programa de inteligência artificial capaz de identificar informações num tempo mais curto.

"Temos, hoje, mais de 1 milhão de metadados, dentro de um banco genealógico, que podem ser lidos e buscados", explica do advogado. O processo implica localizar informações em igrejas e conservatórias (cartórios), em Portugal, e em portos, municípios, pois muitos portugueses foram trabalhar em atividades agrícolas, e mesmo em hospedarias, no Brasil. Com essas informações, cruzamos os dados e podemos chegar ao que buscamos", destaca Martins. Ele ressalta que nem tudo está digitalizado, mas a digitalização em si também não é garantia de sucesso na empreitada de quem está pleiteando a nacionalidade portuguesa.

É preciso, segundo o advogado, transformar cada informação — nome, sexo, nome dos pais, localidade e data de nascimento — em um dado buscável. "Chamamos isso de metadados. A partir daí, a inteligência artificial faz a parte dela, pois consegue ler os documentos", detalha. Ele acrescenta que o tempo necessário para que todo o processo de obtenção da cidadania seja concluído depende da qualidade das informações. Quando elas estão disponíveis mais facilmente, em cinco dias úteis é possível localizar os documentos necessários. O processo todo, entretanto, pode levar cerca de dois anos e meio. Detalhe importante: nenhum candidato à cidadania portuguesa pode ter sido condenado a três anos ou mais de prisão.

Judeus sefarditas

A analista de comércio exterior Maria Lígia de Melo, 35, procura os registros de seus ascendentes portugueses desde 2019. O caso dela, contudo, é mais complicado. Ela alega ter ligações com os judeus sefarditas, que foram expulsos de Portugal pela Inquisição no século XV. Parcela significativa desses judeus se deslocou para Recife, com seus nomes trocados para que pudessem viver em paz. O benefício da nacionalidade originária dos sefarditas foi criado em 2015, mas, neste ano, houve uma alteração da Lei de Nacionalidade Portuguesa, para dificultar aqueles que pretendem obter a cidadania desta forma.

Além dos registros de descendência, será necessário demonstrar um vínculo real e duradouro com Portugal por meio de deslocações regulares pelo país ou ter o documento da titularidade de direitos reais sobre imóveis, em caso de herança. Maria Lígia está em território luso há três anos, onde trabalha e estuda. Apesar das dificuldades, ela não desiste. "Minha família é do interior de Pernambuco, que é muito ruim de documentação. Por isso, ainda não consegui localizar os dados de que necessito. Mas, se Deus quiser, terei minha cidadania portuguesa por ser de origem sefardita", diz

Lenne Russo até pensou em desistir da cidadania portuguesa quando os pais morreram, em 2014. No ano passado, no entanto, uma amiga a convenceu a retomar o sonho de requerer a nacionalidade, recuperar o sobrenome e viver na Europa. E foi à luta. Depois de muito procurar, encontrou registros da chegada de seu bisavô, Augusto Cesar Russo, com seu avô, no Arquivo Nacional. "Estava tudo lá, o nome completo dele a da mulher", conta. "Assim que minha cidadania sair, quero visitar os locais de origem da minha família, em Trás-os-montes", reforça ela, que pagará R$ 11.200 pelo processo de nacionalização dela e da irmã.

Casamento e filhos

A advogada Joana Nunes afirma que brasileiros casados ou em união estável com portugueses também podem pedir a cidadania em Portugal. A relação, porém, não pode ser inferior a três anos. Todos os documentos devem ser autenticados e apostilados por Haia, o que garante reconhecimento internacional. Filhos de estrangeiros nascidos em Portugal são outros que se encaixam entre os que podem transferir cidadania, no caso, para os pais, desde que eles vivam em terras lusitanas por mais de cinco anos.

Joana faz outro alerta: "Antes de dar entrada no pedido de cidadania é preciso buscar a ajuda de profissionais sérios, registrados na Ordem dos Advogados de Portugal". O aviso faz sentido. O governo de Portugal está investigando pelo menos 22 influencers digitais brasileiros que vêm vendendo facilidades para a obtenção de nacionalidade, mas, na verdade, dão golpes nos desavisados. "Profissionais registrados para prestar esse tipo de serviço podem ser denunciados à Justiça caso deem prejuízos a alguém e respondem por isso. No caso dos falsos consultores, a punição é mais difícil e as perdas, certas", sentencia.

As estimativas apontam que pelo menos 1 milhão de brasileiros vivem em Portugal, incluídos aqueles que têm dupla cidadania. Entre os classificados como estrangeiros legais, são quase 300 mil, dos quais 47 mil obtiveram autorização para fincar raízes no país no primeiro semestre deste ano. Além desses grupos, de descendentes de portugueses e de brasileiros que obtiveram autorização de residência, o governo de Portugal quer atrair mão de obra para o país e dinamizar a economia. Para isso, criou um visto temporário de 180 dias para que os interessados possam procurar emprego em empresa locais. A nova lei deve entrar em vigor até o fim de agosto.

Economia e xenofobia

As facilidades criadas para atrair descendentes de portugueses e estrangeiros não está restrita a Portugal, diz o advogado Renato Martins, CEO da Martins Castro. Ele observa que Espanha, Alemanha, França e Luxemburgo, que recentemente naturalizou 15 mil brasileiros, estão no mesmo caminho. E isso é resultado do que está sendo chamado pelas autoridades de "inverno demográfico", quando os idosos passam a ser maioria da população e os jovens no mercado de trabalho já não são suficientes para garantir o sustento dos regimes de Previdência Social. "Eu, assim como estudiosos da União Europeia e da Organização das Nações Unidas (ONU), prefiro chamar essa realidade de suicídio demográfico", diz.


Correio Braziliense sábado, 30 de julho de 2022

COPA AMÉRICA DE FUTEBOL FEMININO: BRASIL E COLÔMBIA DECIDEM FINAL NESTE SÁBADO (30.07)

Copa América: Brasil e Colômbia decidem final feminina neste sábado (30/7)

Seleção Brasileira joga pelo octacampeonato e a hegemonia continental. A partida final do campeonato será transmitida às 21h pelo SBT, na TV aberta, e pela SporTV

MD
Monique Del Rosso*
postado em 29/07/2022 17:38
 
 (crédito: Thais Magalhães/CBF)
(crédito: Thais Magalhães/CBF)

Chegou a hora da decisão. A Seleção Brasileira feminina de futebol busca o nono título da Copa América, hoje, às 21h. Depois de eliminar o Paraguai na semifinal por 2 x 0, o time precisa vencer a anfitriã Colômbia para levantar o troféu. O jogo será no estádio Alfonso López, em Bucaramanga. O SBT e o SportTV anunciam a transmissão.

A técnica sueca Pia Sundhage avalia que a equipe brasileira precisa superar algumas fragilidades apresentadas na partida anterior contra o Paraguai. "Estou muito feliz com o resultado, mas desapontada com a performance. Acredito que poderíamos ter nos saído muito melhor no ataque. Vamos trabalhar e estaremos preparadas para a final”, disse a sueca em entrevista à CBF.

 
 
 Treino da Seleção Feminina Principal na Universidad Industrial de Santander
Treino da Seleção Feminina Principal na Universidad Industrial de Santander(foto: Thais Magalhães/CBF)

 

Contra o Paraguai, o Brasil teve muitas oportunidades desperdiçadas na cara do gol. Por isso, Pia afirma que a equipe está treinando para melhorar os passes, as finalizações e estudando pontos fortes e fracos das colombianas.

 

Linda Caicedo comemora o gol da Colômbia sobre a Argentina na semifinal da Copa América
Linda Caicedo comemora o gol da Colômbia sobre a Argentina na semifinal da Copa América(foto: RAUL ARBOLEDA / AFP)

 

Uma das preocupações é a jogadora mais nova da Copa América, Linda Caicedo. A atacante de 17 anos teve ótima atuação na semifinal contra a Argentina e fez o gol decisivo na última segunda-feira. Linda foi titular da seleção colombiana nos cinco jogos da equipe no torneio e tem o maior índice de recuperações de bola, 15, com efetividade de 88,2%. Nos passes, os números são ainda mais impressionantes. A taxa de acerto é de 83,6%.

"Eu estava assistindo à vitória delas contra a Argentina e sei que enfrentá-las será difícil em vários aspectos. Ao mesmo tempo, precisamos ter em mente a nossa força. Será um jogo fantástico", projeta Pia. A treinadora ainda não deu detalhes sobre a escalação do Brasil, mas conta com todas as atletas disponíveis.

Independentemente do resultado da decisão, Brasil e Colômbia estão garantidos na Copa do Mundo Feminina em 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, e nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A seleção campeã da América terá direito, ainda, a um tira-teima com o país vencedor da Eurocopa. O duelo à parte será contra Alemanha ou Inglaterra, protagonistas da decisão do Velho Continente, amanhã, às 13h, em Wembley.

 *Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima


Correio Braziliense sexta, 29 de julho de 2022

GASTRONOMIA: CHEF LANÇA MENU EM CINCO ETAPAS COM PETISCOS DO CERRADOOE

 

 

 

Chef lança menu em cinco etapas com petiscos do Cerrado

 

Publicado em Sem categoria

A chef Ana Paula Boquadi, do Buriti Zen, em parceria com a sommelière Gabriela Sampaio, lança na quinta-feira, 4 de agosto, às 19h, um menu de cinco etapas denominado Petiscaria Cerratense harmonizado com cervejas artesanais de sabores locais, como cagaita e baru.

Os pratos incluem opções veganas, como bolinho de shitake ao molho de açaí com baru, mas também o pirarucu de manejo com flocos de tapioca; ceviche de cajuzinho com crosta de mandioca; isca de shimeji com molho de castanha de caju e brusquetas com queijo de castanha no pão de fermentação lenta, tomate confit e ervas frescas. De sobremesa, sorvete de baru com chocolate e cookie. Por R$ 250 o cardápio será servido no Espaço Astrea, QI 26, Lago Sul. Contato pelo whatsapp 98147-5075.


Correio Braziliense quinta, 28 de julho de 2022

AÇOUGUE DO BERG: EM COMEMORAÇÃO AO PRIMEIRO ANO, CASA PROMOVE WINE FAIR

Em comemoração ao primeiro ano, Açougue do Berg promove Wine Fair

Publicado em festival
 

O Açougue do Berg (Setor de Clubes Sul Tc. 2) recebe, nesta quinta-feira (28/7), o evento Wine Fair. Das 19h às 23h, o evento conta com cerca de 90 rótulos de vinhos para serem harmonizados com um bufê especial assinado por chefs. A festividade faz parte da comemoração do aniversário de um ano do estabelecimento.

“Estamos muito felizes com a aceitação do brasiliense da nossa proposta em ofertar uma experiência para o cliente memorável, seja por conta dos produtos de qualidade (muitos deles artesanais), seja pelo bom atendimento. Nesta noite queremos comemorar esse aniversário oferecendo aos nossos clientes uma viagem às melhores e mais surpreendentes vinícolas do mundo”, afirma o sócio e chef Valmir Biberg, que assina os pratos do Açougue do Berg.

A expectativa é reunir no local aproximadamente 150 pessoas. O convite para o evento custa R$ 180 e pode ser adquirido pela plataforma Sympla (com custo de taxa de conveniência adicional) e também diretamente no restaurante. Ingressos em https://www.sympla.com.br/evento/wine-fair-2022/1646446. Reservas ou informações: (61) 99175-6835 e 2099-2989.

 


Correio Braziliense quarta, 27 de julho de 2022

BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: BANCO CENTRAL LANÇA MOEDAS COMEMORATIVAS

 

BC lança moedas comemorativas dos 200 anos da Independência de R$ 2 e R$ 5

Pela primeira vez será usado o recurso da cor na moeda — nesse caso, as cores verde e amarela na moeda de R$ 2

FS
Fernanda Strickland
postado em 26/07/2022 16:40 / atualizado em 26/07/2022 18:10
 
 
O lançamento das moedas marca a contribuição do BC para a celebração e registro do momento histórico que instituiu o Brasil como nação -  (crédito: Raphael Ribeiro/BC)
O lançamento das moedas marca a contribuição do BC para a celebração e registro do momento histórico que instituiu o Brasil como nação - (crédito: Raphael Ribeiro/BC)

O Banco Central (BC) lançou, nesta terça-feira (26/7), duas moedas comemorativas, uma em prata e outra em cuproníquel — ambas são alusivas aos 200 anos da Independência do Brasil. A cerimônia on-line foi transmitida ao vivo, no canal do BC no YouTube. O lançamento das moedas marca a contribuição do BC para a celebração e registro do momento histórico que instituiu o Brasil como nação.


No reverso, a primeira estrofe do Hino da Independência, escrito por Evaristo da Veiga e com música composta pelo próprio D. Pedro I, aparece como elemento comum às duas moedas. Na moeda de prata, aparece também a Bandeira Nacional. Já o reverso da moeda de cuproníquel traz uma novidade: pela primeira vez em uma moeda brasileira será usado o recurso da cor. Nesse caso, as cores verde e amarela, escolhidas por D. Pedro I logo após a Independência, aparecem em uma faixa em movimento. Essas cores são provenientes das casas de Bragança e Habsburgo e foram usadas na Bandeira do Brasil desde o Primeiro Império, tornando-se um símbolo nacional.

Inicialmente serão cunhadas 5 mil moedas de prata e 10 mil de cuproníquel, podendo-se atingir as tiragens máximas de 20 mil unidades de prata e 40 mil de cuproníquel.

"Eventos de grande importância para o país"

 O presidente do BC, Roberto Campos Neto disse durante seu discurso que dentro das varias atribuições, o Banco Central, tem a responsabilidade de emitir a moeda nacional, o dinheiro em espécie que todos usam no cotidiano. "O BC se vale desta missão também para celebrar marcos históricos, emitindo moedas comemorativas que registram de forma perene fatos e eventos de grande importância para o país", disse. 

 

 
 

Características das moedas:

1. Moeda de prata

Valor de face: 5 reais
Material: prata 999/1000
Diâmetro: 40mm
Peso: 28g
Bordo: serrilhado
Acabamento: proof
Preço de venda: R$ 420,00

2. Moeda de cuproníquel

Valor de face: 2 reais
Material: Cu 75% - Ni 25%
Diâmetro: 30mm
Peso: 10,17g
Bordo: serrilhado
Preço de venda: R$ 34,00

 


Correio Braziliense terça, 26 de julho de 2022

BRASIL: NOVA CARTEIRA DE IDENTIDADE NACIONAL COMEÇA A SER EMITIDA HOJE

 

Nova Carteira de Identidade Nacional começa a ser emitida hoje

Essa nova versão do documento de identificação servirá também de documento de viagem, devido à inclusão de um código de padrão internacional chamado MRZ, o mesmo usado em passaportes

AB
Agência Brasil
postado em 26/07/2022 08:32
 
 

Hoje, começa a ser emitida a nova carteira de identidade nacional, documento que adotará o número de inscrição do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como "registro geral, único e válido para todo o país".

A nova identidade vem com um QR Code, que pode ser lido por qualquer dispositivo apropriado, como um smartphone, o que permitirá a validação eletrônica de sua autenticidade, bem como saber se ele foi furtado ou extraviado.

 Essa nova versão do documento de identificação servirá também de documento de viagem, devido à inclusão de um código de padrão internacional chamado MRZ, o mesmo usado em passaportes.

 Até o momento, porém, o Brasil só tem acordos para uso do documento de identidade nos postos imigratórios de países do Mercosul. Para as demais nações, o passaporte continua sendo obrigatório.

O novo Registro Geral (RG) terá validade de dez anos para pessoas com até 60 anos de idade. Para os maiores de 60 anos, o RG antigo continuará valendo por tempo indeterminado.

Segundo o Ministério da Economia, "neste primeiro momento, somente serão emitidas as novas identidades para cidadãos que estiverem com as informações no CPF de acordo com suas certidões atualizadas. Pessoas que não possuírem ou estiverem com as informações incorretas no CPF poderão recorrer aos canais de atendimento a distância da Receita Federal para resolver a situação. No futuro, os próprios órgãos de identificação civil farão novas inscrições e atualizações no CPF".

Atualização de dados

A atualização das informações no CPF pode ser feita gratuitamente pela internet, no site da Receita Federal. Dependendo da situação, pode ser necessário o envio de documentos para a Receita Federal via e-mail.

 


Correio Braziliense segunda, 25 de julho de 2022

CAPITAL MOTO WEEK: CORREIO BRAZILIENSE OFERECE DESCONTO PARA INGRESSOS

 

Correio Braziliense oferece desconto para ingressos do Capital Moto Week

Oportunidade é destinada aos assinantes do jornal para que possam participar do maior evento automobilístico da América Latina, que inicia nesta quinta-feira (21)

Apresentado por  
postado em 21/07/2022 14:45
 
 (crédito: Paulo Cavera)
(crédito: Paulo Cavera)

Dez dias de muito rock, lazer, gastronomia e adrenalina para Brasília: essa é a proposta do 17º Capital Moto Week, o maior evento automobilístico da América Latina, que inicia nesta quinta-feira (21), no Parque de Exposições da Granja do Torto. Com mais de 70 atrações, a expectativa é que o festival receba 800 mil pessoas, 300 mil motos e mais de dois mil motoclubes nacionais e internacionais.

Como parceiro de mídia, o Correio Braziliense acompanhará todos os dias do festival. Além disso, com o intuito de movimentar ainda mais a cidade do rock, o jornal disponibiliza 22% de desconto para os assinantes que realizarem a compra do ingresso - inteira, meia ou solidário. Para obter o código promocional, é necessário acessar o site Clube do Assinante (https://clubedoassinante.correiobraziliense.com.br).

"Liberdade, espírito e tradição são palavras que traduzem o nosso festival, e faz tempo que queremos unir no palco bandas e estilos diferentes para realizarem apresentações únicas e que só poderão ser vistas aqui", informa Pedro Affonso Franco, um dos organizadores do CMW.

Com um palco principal e três temáticos (Saloon, Moto Bar e Lady Bikers), espalhados em 250 mil m², o evento contará com a presença de atrações conhecidas, como Capital Inicial, Pitty, Raimundos, Os Paralamas do Sucesso, Biquíni Cavadão, Dead Fish, Blitz e Detonautas.

Além disso, também será possível acompanhar as apresentações de bandas que estão consolidando o nome no cenário do rock, sendo eles Cazuza in Concert, Trampa, Rock Beats, Distintos Filhos, Quinta Essência, Lúpulo e Cereais não Maltados, Surf Sessions, Ifloyd e Baú Revirado.

 

  • Paulo Cavera
     

O festival retorna à cidade depois de uma pausa de dois anos, por conta da pandemia. Para inovar e proporcionar uma experiência diferenciada, o evento contará com o maior palco de rock do Centro-Oeste, além da criação de novos espaços para o público poder aproveitar cada minuto dentro do CMW.

As áreas de lazer foram ampliadas e as duas praças de alimentação, junto com os quiosques espalhados pelo evento, irão reunir mais de 30 opções gastronômicas tradicionais da cidade. De segunda a sexta, no horário do almoço, a entrada será liberada para todos apreciarem os pratos na Granja do Torto.

“Preparamos os espaços para recebermos os motociclistas que fazem da Granja do Torto suas casas durante os dez dias de evento. Por ser um evento que não dorme, nos preocupamos em receber todos da melhor maneira possível”, explica Juliana Jacinto, também organizadora do CMW.

Como parte de uma das surpresas desta edição, o Moto Week recebe o Brasília Tattoo Festival, considerado o mais tradicional encontro de tatuadores da região. Com essa parceria, o público poderá conhecer estúdios de tatuagem consagrados entre os dias 21 a 30 de julho.

“O mote do Capital Moto Week deste ano é falar sobre humanização e destacar experiências e histórias. Nosso lema dialoga totalmente com o Brasília Tattoo Festival, pois queremos que as pessoas guardem experiências incríveis dos dez dias de programação destinados ao amor pelo motociclismo, pelo rock e, sobretudo, pela liberdade que esse estilo de vida proporciona”, complementa Pedro.

Serviço:
O que: Capital Moto Week 2022
Quando: 21 a 30 de julho
Onde: Parque de Exposições da Granja do Torto, Brasília – Distrito Federal
Código promocional do Correio Braziliense (22% de desconto): Acesse o Clube do Assinante (https://clubedoassinante.correiobraziliense.com.br).

Ingressos
- Motociclistas sem garupa e pilotando não pagam;
- Motos com garupa entram grátis de segunda a sexta até às 15h e sábados e domingos até às 18h;
- PCD tem acesso e estacionamento grátis no festival com direito a gratuidade de 1
acompanhante;
- Pessoas com mais de 65 anos têm direito a meia-entrada;
- Para quem levar lixo eletrônico ou 1kg de alimento tem direito ao ingresso solidário ao valor atual de R$50;
Ingressos para pedestres no site https://www.bilheteriadigital.com

Matéria escrita pela jornalista Gabriella Collodetti


Correio Braziliense domingo, 24 de julho de 2022

PESCA ESPORTIVA: QUANDO O PEIXE NÃO MORRE PELA BOCA

 

Quando o peixe não morre pela boca: pesca esportiva ganha adeptos

Diferentemente dos demais pescadores, os praticantes da pesca esportiva sempre devolvem os animais fisgados vivos para a água, a fim de evitar impactar o meio ambiente e a reprodução

IB
Isabela Berrogain
postado em 23/07/2022 06:00
 
Pesque-pague é uma opção de lazer. Nesses locais, as pessoas podem alugar os equipamentos para a pescaria -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Pesque-pague é uma opção de lazer. Nesses locais, as pessoas podem alugar os equipamentos para a pescaria - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Relaxar, entrar em contato com a natureza e aproveitar momentos entre amigos. Esses são alguns dos atrativos que fazem os brasilienses se apaixonarem pela pesca esportiva. O universo de rios, varas, linhas e iscas tem conquistado, cada vez mais, pessoas de todas as idades, tornando esta prática uma das mais crescentes no Brasil.

 

  • Alex Jun Kaya destaca que a atividade vem crescendo no DFED ALVES/CB/D.A.Press 

No início da trajetória, o pescador admite que não havia preocupação com a fauna e a preservação dos peixes, como existe atualmente. "A gente ia para a pescaria no Rio Araguaia e soltava os peixes pequenos, mas aqueles que davam tamanho a gente trazia. Aí, a gente acabava enchendo a geladeira com peixe para consumo próprio, para dar para os vizinhos e os amigos, e não era muito legal", reconhece.

Não demorou para o aposentado conhecer e adotar os benefícios da pesca esportiva, que diferentemente das demais, essa modalidade não tem como objetivo o consumo ou venda dos peixes, portanto a ideia é que os animais sejam sempre devolvidos à água. "Essa conscientização foi se apossando da gente, não só de nós pescadores, mas também dos profissionais da área, dos guias de pescas. Começamos, então, com a prática", explica Luís Fumio. 

Desde criança, o produtor audiovisual Gustavo Giani costuma pescar. Ao longo dos anos e após diversas pescarias em diferentes locais do Brasil, em 2009, ele optou por mudar para a atividade não predatória. "Eu ia para um lugar pescar e pegava muito peixe. Aí, eu voltava cinco anos depois e pegava muito pouco. Foi isso que me fez começar com o movimento da migração para a modalidade, eu pensei: 'Vou começar a pescar e soltar, porque, dessa forma, o peixe vai continuar ali e vai continuar reproduzindo, deixando a fauna mais intacta'", recorda-se. 

O interesse pela prática evoluiu e três anos depois, em 2012, o produtor criou o perfil no Instagram @pescaesportiva, que, hoje, tem mais de 100 mil seguidores. "A ideia da página veio exatamente pela minha paixão e pela minha vontade de tentar preservar a natureza e minimizar os danos que os pescadores causam nela. Compartilhar todo o estilo de vida do pescador esportivo e fazer uma tipo de fórum para as pessoas conseguirem entrar em contato umas com as outras, compartilharem dicas, sempre com o intuito de pescar e soltar os peixes e preservar a natureza em volta de onde você pratica a pesca", detalha.

Pesque-pague

Gustavo aconselha a aqueles que pretendem começar a pescar frequentar pesque-pague, principalmente pela facilidade que os locais oferecem. "Lá, você não precisa de nenhum tipo de equipamento, porque pode alugar todo o material no próprio estabelecimento. O que eu aconselho é começar a ir pra pesque-pague e fazer amizade. A partir daí, você pode entrar em grupos e blogs para a ter a sua equipe", orienta.


Correio Braziliense sábado, 23 de julho de 2022

SÃO JOÃO: FINAL DO CONCURSO DE QUADRILHAS ACONTECE NESTE FINAL DE SEMANA, EM TAGUATINGA

 

Final do Concurso de Quadrilhas acontece neste final de semana, em Taguatinga

A campeã irá representar o Distrito Federal no concurso nacional promovido pela Confederação Brasileira de Entidades Juninas

SC
Samuel Calado
postado em 22/07/2022 22:30 / atualizado em 22/07/2022 22:33
 
 (crédito:  Samuel Calado / CB)
(crédito: Samuel Calado / CB)

A grande final do Circuito de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e entorno acontece neste final de semana, 23 e 24 de julho, no estacionamento do Taguaparque, em Taguatinga. O evento é gratuito e terá início às 18h. Além dos grupos, haverá apresentações de bandas de forró e feirinha com comidas típicas. Ao todo, 14 grupos concorrem a taça de campeão. Além de se consagrar no Distrito Federal, a vencedora terá a oportunidade de disputar no concurso nacional promovido pela Confederação Brasileira de Entidades Juninas que este ano acontecerá em Belo Horizonte (MG). 

 

Junina "Formiga da Roça" (São Sebastião)
Junina "Formiga da Roça" (São Sebastião)(foto: Samuel Calado/CB)

 

No ranking geral, as quadrilhas "Si Bobiá a Gente Pimba", de Samambaia Sul e "Formiga da Roça", de São Sebastião aparecem quase empatadas no primeiro lugar, com dois décimos de diferença entre ambas. Logo em seguida estão as juninas Paixão Cangaço (Águas Lindas de Goiás), Arroxa o Nó (Paranoá) e Sabugo de Milho (Taguatinga). Já próximo ao rebaixamento estão os grupos Xamegar (Paranoá) e Pula Fogueira (Itapoã), que agora lutam para não cair para o módulo de acesso. Independente do resultado, cada quadrilha recebeu R$3.125,00 por cada etapa.

Confira a classificação geral

1. 539,3 - Si Bobiá a Gente Pimba
2. 539,1 - Formiga da Roça
3. 537,2 - Paixão Cangaço
4. 535,8 - Arroxa o Nó
5. 535,6 - Sabugo de Milho
6. 534,5 - Rasga o Fole
7. 533,8 - Ribuliço
8. 532,6 - Arraiá dos Matutos
9. 530,9 - Amor Junino
10. 530,7 - Sanfona Lascada
11. 530,1 - Xem Nhem Nhem
12. 530,1 - Xique Xique
13. 528,8 - Xamegar
14. 520,6 - Pula Fogueira

 

 

Quadrilha Paixão Cangaço, de Águas Lindas de Goiás
Quadrilha Paixão Cangaço, de Águas Lindas de Goiás(foto: Samuel Calado / CB)

 

A coordenadora de avaliação, Alexa Guerra, revela que a mesa do júri desta edição será composta por um jurado do Recife, um do Tocantins e três do Distrito Federal. “Agora é a finalização dos projetos. O que tinha de mudar, já mudaram. Teve quadrilha que modificou todo o espetáculo, comparado ao início do projeto. Como cada mesa é composta por avaliadores diferentes, repassamos as mesmas instruções, entre elas, trabalhar de forma imparcial e estar atento aos detalhes de cada trabalho. No final, devem trazer comentários que possam acrescentar o projeto”.


Veja a ordem das apresentações das quadrilhas

 

Sábado (23/07)


01 - Xém Nhem Nhém
02 - Pula Fogueira
03 - Xamegar
04 - Amor Junino
05 - Rasga o Fole
06 - Si Bobiá a Gente Pimba
07 - Xique Xique


Domingo (24/07)

01 - Formiga da Roça
02 - Ribuliço
03 - Arroxa o Nó
04 - Arraiá dos Matutos
05 - Sabugo de Milho
06 - Paixão Cangaço
07 - Sanfona Lascada

A Liga de Quadrilhas Independentes do Distrito Federal e Entorno (Linqdfe), organizadora do evento, recomenda que as pessoas cheguem cedo ao local para garantir vaga na arquibancada. O evento contará com cobertura especial nas redes sociais do Correio e transmissão ao vivo no Youtube, através do canal da liga e TV Formiga.

Assista à homenagem especial produzida pelo Correio 


Correio Braziliense sexta, 22 de julho de 2022

FESTA POPULAR: ENCONTRO DA FOLIA DE REIS VOLTA AO PRESENCIAL, NESTA SEXTA, NO RIACHO FUNDO 2

 

Encontro da Folia de Reis volta ao presencial, nesta sexta, no Riacho Fundo 2

O Encontro volta a ser realizado presencialmente, de hoje a domingo, no Riacho Fundo 2, com a participação de grupos do DF, de São Paulo, Minas, Goiás e Bahia

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 22/07/2022 06:00
 
 
 (crédito:  Luis Fernandes/Pedro Paulo/Divulgação)
(crédito: Luis Fernandes/Pedro Paulo/Divulgação)

Brasília que, ao longo dos anos, tem acolhido brasileiros de diferentes regiões, transformou-se musicalmente num grande caldeirão sonoro. Ouve-se na capital estilos e ritmos diversos — do choro ao funk, do rock ao samba, da marchinha carnavalesca à música sertaneja, do jazz ao hip-hop.

A Folia de Reis, também chamada de Reisado ou Festa de Santos Reis,  se revela por meio de cânticos, ritos e melodias que contam a anunciação, o nascimento do menino Jesus e a peregrinação dos Reis Magos. Trazida para o Brasil pelos jesuítas, recebeu ao longo dos anos influências indígenas e africanas. A manifestação secular tem raízes no meio rural brasileiro e resiste significativamente de geração em geração. Levada por avós e pais, reproduzindo dentro das famílias, os festejos são comemorados de modo particular em cada região do país.

Saudado com entusiasmo pelos participantes, o Encontro de Folia de Reis ocorre no Centro Educacional Agrourbano Ipê, na área rural do Riacho Fundo 2, com extensa programação, tendo como atrações grupos de folia, danças populares e shows de artistas de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia e, claro, do DF. "A escolha do local dará oportunidade ao público, com raízes no meio rural, de relembrar a infância, as vivências e as celebrações típicas da cultura interiorana do país numa festa que reitera a força da tradição e da herança cultural religiosa", destaca Walério dos Reis, presidente da Associação dos Foliões de Reis do Distrito Federal, instituição realizadora do projeto.

Integrante da Folia João Timóteo, Walério acrescenta: "Para mim, é uma grande alegria a volta do Encontro da Folia de Reis, dos giros pelas residências para cantar e rezar pelos moradores, tocando instrumentos como viola, violão, rabeca, acordeon, tambor, pandeiro e carregando bandeira com a imagem dos três Reis Magos, de Nossa Senhora e São José". Uma das novidades desta edição é que, pela primeira vez, será híbrida: ao vivo com transmissão pela internet, por meio do canal do Clube do Violeiro Caipira.

"É de suma importância a participação feminina na 20ª edição do Encontro de Folia de Reis, no momento em que a equidade de gênero é tão falada, principalmente quando se trata do ambiente cultural", ressalta Karen Parreira, violeira, compositora e uma das produtoras do evento. "Como representante do Distrito Federal, sinto muito orgulho de ver que temos novas violeiras, como Gaby Viola, que é uma promessa para o futuro da música caipira", complementa.

Hoje, na abertura do encontro, haverá o tradicional terço rezado e a chegada dos três Reis Magos, representados pelos atores Valterismar Maciel (Gaspar), Júnior Lima (Baltazar) e Xiquito Maciel (Belchior). A sequência será com o giro dos folias, encontro das bandeiras, apresentação de grupos de foliões, e shows da violeira Gaby Violas, dos violeiros Moisés Mozer e Luiz Borges e da dupla goiana André e Andrade.

O café da manhã dos foliões dará início às atividades de amanhã, que contará ainda com o giro das folias e a brincadeira dos palhaços, uma tradição que percorrerá casas de moradores da comunidade, com cantos que lembram a viagem dos Reis Magos para levar os presentes ao Menino Jesus. À noite, haverá shows de Karen Parreira, Reinaldo Cordeiro e da dupla paulista Leyde e Laura.

Mineiros de Passabém, radicados em Brasília no final da década de 1960, os irmãos Zé Mulato e Cassiano festejam os três Reis Magos desde a infância. "Participamos do Encontro de Folias de Reis desde sempre e com uma alegria muito grande. Essa festividade vem provar a força da cultura popular tradicional no cenário do país", destaca Zé Mulato "São os versos que que se transformam, que se recriam e que contam nossa crença, nossos valores e nossa gratidão aos Santos Reis. O Encontro é espaço e tempo sagrado, que envolve todos nós devotos dessa bela tradição", acentua.

Para Volmi Batista, coordenador e curador do Encontro de Folias de Reis do Distrito Federal, o momento é de comemoração. "É hora de celebrar a retomada de um evento que há 20 anos enaltece a tradição cultural e religiosa e as folias de Reis no DF e no Brasil" Ele reforça: " O encontro é uma forma de fortalecer a nossa memória, de reviver nossa história e cultura. A pandemia nos afastou e agora podemos nos reencontrar por meio dos festejos aos Santos Reis".

20 Edição do Encontro de Folias de Reis do Distrito Federal

De hoje a domingo, Centro Educacional Agrourbano Ipê, na área rural do Riacho Fundo 2, a partir das 8h. Acesso gratuito. Classificação indicativa livre.


Correio Braziliense quinta, 21 de julho de 2022

CINEMA: *THOR* SUPERA ESTREIA DE *ELVIS* E LIDERA AS BILHETERIAS BRASILEIRAS

"Thor" supera estreia de "Elvis" e lidera as bilheterias brasileiras

Na primeira semana de exibição "Elvis" foi visto por quase 200 mil espectadores enquanto o filme do deus nórdico levou 825 mil pagantes ao cinema no mesmo período

CB
Correio Braziliense
postado em 20/07/2022 17:16
 
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

O filme Thor: Amor e trovão, quarto da franquia do herói, lidera as bilheterias brasileiras desde sua estreia, em 7 de julho. O longa já arrecadou cerca de R$ 75 milhões desde o lançamento. O número de audiência resulta em 3,7 milhões de espectadores no Brasil até o momento.

O filme biográfico sobre Elvis Presley, protagonizado por Austin Butler, foi visto por quase 200 mil espectadores em sua semana de lançamento, somando R$ 4,94 milhões em bilheterias. Nos EUA, o final de semana foi competitivo e o longa conseguiu se destacar ao empatar com Top Gun: Maverick' em bilheteria e faturar US$ 30,5 milhões de dólares, cerca de R$ 165 milhões.


Correio Braziliense quarta, 20 de julho de 2022

PESCA: MANEJO SUSTENTÁVEL DE PIRARUCU GARANTE RENDA EM DEZENAS DE MUNICÍPIOS BRASILEIROS

 

Manejo sustentável de pirarucu garante renda em dezenas de municípios brasileiros

O manejo de pirarucu, autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ocorre em cerca de 21 municípios do Amazonas

MP
Michelle Portela
postado em 20/07/2022 06:00
 
 (crédito:  Bernardo Oliveira/Instituto Mamirauá)
(crédito: Bernardo Oliveira/Instituto Mamirauá)

Os últimos áudios de aplicativos de mensagem enviados pelo indigenista Bruno Pereira, assassinado em junho, davam conta da invasão do território indígena no Vale do Javari, no Amazonas, por pescadores ilegais em busca de um dos mais estimados animais amazônicos, o pirarucu (Arapaima gigas). Poucos dias depois da gravação, Bruno foi morto numa emboscada que vitimou também o jornalista britânico Dom Phillips, na região do Alto Solimões, no Amazonas, por pessoas envolvidas na prática ilegal.

"A gente está preparando uma reunião, uma articulação para a Câmara de Vereadores e a Prefeitura (de Atalaia do Norte) na Comunidade São Rafael. Os invasores da terra indígena vão perder o manejo do pirarucu que demorou 10 anos para tirarem", disse Bruno, no áudio, transmitido em maio. O indigenista se referia à reunião que ocorreria em 3 de junho com o objetivo de barrar o avanço da pesca ilegal.

 Peixe nativo do bioma amazônico, o pirarucu habita rios e lagos de águas calmas, podendo alcançar até 200 kg. A pesca é permitida apenas nas áreas de manejo nos já citados 21 municípios. A partir da contagem dos peixes adultos, é estabelecida uma cota de captura de 30%, preservando os 70% restantes para assegurar a reprodução natural.

No médio Solimões, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá e Amanã, no município de Tefé, a 523 quilômetros de Manaus, acabam de atingir R$ 3,5 milhões em valores brutos de venda de pescado manejado.

A coordenadora do Programa de Manejo da Pesca do Instituto Mamirauá, MP, Ana Cláudia Torres, disse que a vacinação contra a covid-19 permitiu a retomada da atividade. "Ainda que a pandemia tenha continuado em 2021, não teve o mesmo impacto do ano anterior. Assim, os grupos conseguiram implementar o plano de trabalho previsto", afirmou.


Correio Braziliense terça, 19 de julho de 2022

VIDA MODERNA: AS IRANIANA QUE DESAFIAN O REGIME TIRANDO VÉU EM PÚBLICO

 

 

As iranianas que desafiam o regime tirando véu em público

Mulheres de diferentes partes do país gravaram vídeos em parques, ruas da cidade e até na praia, mostrando-se sem seus hijabs, algumas usando tops e shorts

BBC
Faren Taghizadeh - BBC News Persian
postado em 18/07/2022 17:10
 
 

As mulheres no Irã têm protestado contra as rígidas regras do uso do véu islâmico, o hijab, retirando os lenços do rosto em público e publicando as imagens nas redes sociais.

"Não ao hijab obrigatório! Eu dirigi todo o caminho para o trabalho sem usar meu lenço na cabeça hoje para dizer não às regras! Nosso sonho é ser livre para escolher o que vestir", disse uma mulher iraniana em um vídeo publicado nas redes.

Ativistas de direitos humanos pediram às mulheres em todo o país para que publiquem vídeos de si mesmas retirando o hijab em público, por conta do 12 de julho, o Dia Nacional do Hijab e da Castidade no calendário oficial do Irã.

Dezenas aderiram, apesar do risco de serem presas por este ato de desobediência civil, que é contra as leis do país sobre "vestimenta islâmica".

Mulher retirando o hijab
BBC
Alguns vídeos mostraram mulheres tirando seus lenços de cabeça

Mulheres de diferentes partes do país gravaram vídeos em parques, ruas da cidade e até na praia, mostrando-se sem seus hijabs, algumas usando tops e shorts.

Em um vídeo compartilhado por milhares de pessoas, uma mulher pode ser vista andando por um calçadão à beira-mar, antes de tirar o hijab, deixá-lo cair no chão, depois pisar nele e ir embora.

No mesmo dia, as autoridades organizaram manifestações públicas em massa para mulheres que usam o hijab celebrem sua "proteção islâmica".

A TV estatal transmitiu uma cerimônia "Hijab e Castidade", apresentando uma performance coreografada por mulheres vestindo longas vestes brancas e lenços verdes nas cores nacionais.

Cerimônia para celebrar o uso do hijab
Tasnim News Agency
Mulheres se aprensentando na cerimônia `Hijab e Castidade`, apoiada pelo Estado

Enquanto isso, nas redes sociais persas, uma hashtag para a campanha traduzida do farsi como "Não significa não, desta vez não ao hijab obrigatório" rapidamente viralizou ao ser promovida por ativistas, além de alguns jornalistas e políticos da oposição.

Algumas mulheres se manifestaram contra os homens no poder que elas consideram responsáveis por restringir suas liberdades pessoais.

"Vocês nos veem apenas servindo à honra de vocês, como sua propriedade! Vocês nos veem como seres humanos fracos e frágeis. Vocês nos forçam a cobrir nossas cabeças com base em suas inseguranças", disse uma mulher do norte do Irã em um vídeo, enquanto tirava o lenço na frente da câmera.

Pelo menos cinco mulheres que publicaram imagens como parte da última campanha foram presas.

Vida Movahed durante protesto contra uso obrigatório do hijab
BBC
Vida Movahed (foto), um ícone de um protesto semelhante feito em 2018, cumpriu vários meses de prisão

O Irã teve campanhas semelhantes nos últimos anos, estimuladas por mulheres que lutam pelo direito de escolher usar ou não o véu.

Mas uma recente repressão da "polícia da moralidade" do Irã contra mulheres acusadas de não cumprir o código de vestimenta fez com que os opositores da política pedissem uma ação mais dura.

Polícia da moralidade no Irã
ISNA
Polícia da moralidade pode prender mulheres por não usarem um 'hijab adequado'

Desde a revolução islâmica de 1979, no Irã, as mulheres são legalmente obrigadas a usar roupas "islâmicas". Na prática, isso significa que as mulheres devem usar um xador, uma manta de corpo inteiro ou um lenço na cabeça, e um manteau (sobretudo) que cobre os braços.

Alguns homens iranianos também têm apoiado a campanha contra o véu nas redes sociais, aparecendo em vídeos ao lado das mulheres que protestam.

Uma imagem mostrando a parede de uma mesquita em Teerã grafitada com a mensagem: "Pão, trabalho, liberdade, cobertura voluntária" foi amplamente compartilhada nas redes sociais, referindo-se à crise econômica do país e à lei sobre hijabs.

Graffiti escrito:
BBC
Graffiti escrito: "Pão, trabalho, liberdade, cobertura voluntária"

O chefe do Judiciário no Irã, Gholamhossein Mohseni Ajeei, sugeriu que potências estrangeiras estão por trás dessa campanha, instruindo as agências de inteligência a encontrar as "mãos por trás do véu despido".

O presidente Ebrahim Raisi também prometeu reprimir a "promoção da corrupção organizada na sociedade islâmica", em referência direta à campanha.

Mas muitas mulheres estão determinadas a continuar com os protestos, apesar das ameaças.

"Você pode nos prender, mas não podem parar nossa campanha", disse uma mulher em um vídeo nas redes sociais.

"Não temos nada a perder. Perdemos nossa liberdade anos atrás e estamos reivindicando-a de volta."

- Texto originalmente publicado em http://bbc.co.uk/portuguese/internacional-62210664

 


Correio Braziliense segunda, 18 de julho de 2022

CINE BIKE: EVENTO NO CCBB ALIA CINEMA, CICLISMO E DISCUSSÕES SOBRE MOBILIDADE

 

Cine Bike no CCBB alia cinema, ciclismo e discussões sobre mobilidade

Evento no CCBB, o Cine Bike alia cinema, aprendizado de ciclismo e discussões sobre a mobilidade urbana e a importância de inserir a bicicleta como meio de transporte urbano

RD
Ricardo Daehn
postado em 17/07/2022 18:57 / atualizado em 17/07/2022 18:59
 
Animação 'As bicicletas de Belleville' -  (crédito:  CCBB/Divulgação)
Animação 'As bicicletas de Belleville' - (crédito: CCBB/Divulgação)

Selecionado para a mostra de cinema Cine Bike, repleta de ações paralelas de cidadania, o curta-metragem Circulando pelo enquadramento (1988), estrelado por Tilda Swinton, é dos títulos que sintetiza o intuito do evento promovido pelo CCBB: provocar a reflexão sobre os vícios da mobilidade urbana e estimular rupturas no dia a dia agitado. O filme criado por Cynthia Beatt mostra paisagens do Muro de Berlim, feitas no movimento de bicicletas, instigando o fim de circuitos de imobilidade e estagnação. Impensadas mudanças, um ano após a produção, viriam a derrubar a realidade, desde 1961, imposta pelo Muro de Berlim. Na base da conscientização, o Cine Bike pretende difundir aspectos da boa prática do ciclismo.

Com curadoria do professor e crítico Sérgio Moriconi, Cine Bike trará painéis com especialistas que enfatizarão Os avanços dos planos de mobilidade urbana no Brasil (no dia 21) e ainda vão tratar do tema Ruas e cidades humanizadas — Slowmovement (previsto para dia 28). Atividades educativas e demonstrações práticas de reparos em bicicletas ganharão contornos divertidos, com apresentações de repentista e mímicos. No próximo domingo, entre 10h e 12h, a autora Josi Paz lançará o livro Pedalar é suave.

 
A visão humanista de  Ladrões de bicicleta está presente na mostra
A visão humanista de Ladrões de bicicleta está presente na mostra(foto: CCBB/Divulgação)

 

Longas consagrados de cineastas reconhecidos como os irmãos belga Luc e Jean-Pierre Dardenne, caso de O garoto da bicicleta (2011), estarão na programação, que aposta em clássicos como o primeiro filme de François Truffaut (o curta Os pivetes, de 1957), e ainda no italiano vencedor do Oscar como melhor filme internacional, Ladrões de bicicleta, (1948), exemplar neorrealista de Vittorio de Sica que, com relevo humanista, associava trabalho no pós-guerra com injustiça social. No sábado, dia 23, a partir das 16h, uma tela especial exibirá filmes como Pedalando com Molly (animação britânica de 2021) e Escola de carteiros (1947), filme eternizado pela criatividade de Jacques Tati (o mesmo de Carrossel da esperança, de 1949, também na programação do evento), centrado na modernização do serviço postal da época, a partir dos esforços de um distraído carteiro francês. O evento oferece, também, treinamentos para o aprendizado de iniciantes no projeto Pedalando com a Bike Anjo, numa ação que reacende a memória do sociólogo e ativista Raul Aragão, morto em 2017.

Com parte de eventos on-line, Cine Bike trará cinco filmes (com acesso disponibilizado por 24 horas, em: www.cinebikebrasil.com.br). Na lista, há o inclusivo Todos os corpos na bike; Explorando as ruas de Estocolmo, com o impacto de um projeto que, no emprego de transportes alternativos, pretende zerar mortes por acidentes. E, ainda, O porta-voz, filme australiano em torno de uma espécie de museu vivo de bicicletas de todas as eras. Uma das melhores experiências cinematográficas está marcada para o dia 24, às 18h30, em um telão montado no CCBB, no qual será projetado As bicicletas de Belleville, animação de 2004 criada por Sylvain Chomet, e que, em meio a enredo que faz uso da competição batizada Tour de France, vem pontuado por gags e tons críticos.

 

Cena do filme Lulu  vai de bike, tributo ao ciclista brasiliense  Pedro Davidson
Cena do filme Lulu vai de bike, tributo ao ciclista brasiliense Pedro Davidson(foto: CCBB/Divulgação)

 

Na leva de 35 filmes elencados para a mostra, o recente A volta em Minas, de Fernando Biagioni, revela os frutos de uma jornada de 14 dias, dos extremos de Minas Gerais, unidos ao longo de 1500 quilômetros perfeitos e que proporcionam situações de freio ao consumismo exagerado e o acirrar de amizades, temas comuns ainda a Mama Agatha (de Fado Hindash). Nessa fita, há exame da dedicação de uma ganense na formação de migrantes e refugiadas do sul de Amsterdã, que ingressam no mundo das pedaladas. Outro destaque na mostra, o média-metragem A rainha bicicleta (2013) revela passos de democratização e a importância, na segunda revolução industrial, do movimento das bikes, entre franceses, num panorama que contempla período entre 1890 e a época atual.

No exterior há circuito consolidado similar aos temas do Cine Bike? O que fomenta a adoção do ciclismo na capital?

Existem festivais similares no mundo, e em Brasília, fomos pioneiros, o que não deixa de ser surpreendente. Brasília é singular em relação ao tema. Pela própria geografia plana, e há o favorecimento pelo clima da cidade. Temos períodos enormes não chuvosos. Há favorecimento de as pessoas irem para o trabalho de bicicleta, sob temperaturas frescas. Notamos muitas características, ao se caminhar domingo, no Eixão. Há quantidade de coletivos de bike e há grupos que se reúnem para passeios como a volta ao Lago Paranoá. No Parque da cidade há quantidade enorme de ciclistas. Houve, nos últimos anos, incremento muito expressivo nas ciclovias que, claro, podem ser melhoradas.


Correio Braziliense domingo, 17 de julho de 2022

ARTES VISUAIS: EXOSIÇÃO *MUNDOS CONCRETOS, LÍQUIDOS E GASOSOS* SEGUE ATÉ 13 DE AGOSTO

Exposição ‘Mundos concretos, líquidos e gasosos’ segue até 13 de agosto

As esculturas de Adriana Vignoli são fruto de processos complexos, que têm início no pensamento arquitetônico resultante de uma das formações da artista

NM
Nahima Maciel
postado em 15/07/2022 06:00
 
 (crédito:  Filipe Cardoso)
(crédito: Filipe Cardoso)

Há uma conversa entre escultura e arquitetura no conjunto de obras da exposição Mundos concretos, líquidos e gasosos, em cartaz na Casa Albuquerque. É uma conversa poética, mas também muito palpável. Com uma série de 23 obras, Matias Mesquita e Adriana Vignoli propõem ao visitante um passeio pelo universo do que não se pode controlar, do que é fluido e do que escapa. "Foi um encontro muito feliz", avisa Mesquita.

As esculturas de Adriana são fruto de processos complexos, que têm início no pensamento arquitetônico resultante de uma das formações da artista. "O trabalho começa com um projeto mesmo, um desenho que utilizo a partir de uma ferramenta da arquitetura, que é o autocad, numa concepção quase utópica", diz a artista. "A escultura é um desenho que acontece no papel, depois vai para o autocad, lida com pesos, suspensões, proporções e encontro de materiais."

 Ferro fundido, vidro e plantas formam a base do material utilizado nas esculturas, mas é sobre a cura por meio das plantas que Adriana pretende refletir. "Isso sempre esteve presente, desde os primeiros trabalhos, talvez não de maneira tão consciente", avalia. Os próprios materiais dão um indício: há terra, água, borracha, incorporada depois de observar a quantidade de látex usado em hospitais durante o acompanhamento do tratamento de câncer da mãe. E as plantas, presentes fisicamente ou em desenhos. "Esses materiais aparecem sutilmente. As esculturas têm um processo de transformação, de transmutação", garante a artista. "Essas plantas estão ali como personagens principais da escultura, são a vida da escultura. Esse processo de cura está mais forte a partir dessas plantas, dessas biologias, vou buscando cada vez mais plantas que tenham processo de cura."

Os gasosos do título da exposição saltam aos olhos nas pinturas em concreto de Matias Mesquita. As nuvens que o artista tenta apreender são quase impossíveis de serem registradas, tamanha é a velocidade da mudança de sua configuração no céu. É esse efêmero que interessa ao artista. As pinturas são realizadas sobre blocos de concreto milimetricamente planejados, como se Matias quisesse ter controle total desse material, já que não o tem sobre a paisagem. "Trago esses elementos escultóricos arquitetônicos para a produção, mas tentando fazer uma espécie de um resgate que é extremamente humano que é a construção desses lugares de contenção, desses sistemas de contenção para conter algo que é quase impossível de ser contido. Como as passagens das nuvens, algo em processo de transformação constante", analisa

 

Mundos concretos, líquidos e gasosos

Exposição de obras de Adriana Vignoli e Matias Mesquita. Visitação até 13 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 19 h, e sábado, das 10h às 13h, na Casa Albuquerque Galeria de Arte (SHIS QI 05 bl. C lj. 09 - sobreloja - CL)


Correio Braziliense sábado, 16 de julho de 2022

CULTURA NEGRA: FESTA MAKOSSA MOVIMENTA A GALERIA DOS ESTADOS

 

Festa Makossa movimenta a Galeria dos Estados neste sábado (15/7)

Programação especial do evento vai comemorar os 20 anos de história da festa que marcou o lazer e celebração negra da capital

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 16/07/2022 06:00
 
 (crédito: Shake It/Divulgação)
(crédito: Shake It/Divulgação)

Referência no espectro da cultura negra em Brasília, a Makossa celebra 20 anos de realização. O tradicional baile black, que ocorre na Galeria dos Estados desde 2002, volta a movimentar a noite da região central da cidade neste sábado (16/7) a partir das 22h, com uma grande festa, sob o comando dos produtores Léo Cinelli e Chicco Aquino. A atração principal é o rapper paulistano Rappi'n Hood.

Os outros destaques do baile são DJs que vão se revezar em dois palcos. No Galeria se apresentam o paulista Kefing e os brasilienses Miria lvez, Bourog, Chocolaty e Ketlen; e no Underbaile, Morenno, Klap, Umiranda, J4K3, Underluv, The Beat'son e Pepê.

Realização da LCA Produções, ao longo dos anos a Makossa tornou-se um laboratório de criação e experiência, em termos de estrutura, ativação e cenografia para outros eventos no Distrito Federal. Ficou conhecida também por levar vida noturna ao centro da capital. Em função do desabamento que atingiu o local, houve algumas edições itinerantes do baile, que foram interrompidas na pandemia. A última edição havia sido em novembro de 2019, no Setor Comercial Sul. Na retomada, em abril último, no formato de festival, houve dois dias de programação, com DJs e uma convidada especial, a cantora Flora Matos.

Por sua relevância artística, a Makossa recebeu homenagem em abril último, com placa concedida pela Administração de Brasília, que traz texto contextualizando a atuação na Galeria dos Estados.

 

ENTREVISTA /CHICCO AQUINO

Que contribuição a Makossa tem dado ao segmento artístico em Brasília?

A Makossa ajudou a difundir, no Plano Piloto, a cultura dos bailes blacks tradicionais ainda muito presentes nas regiões do entorno e, consequentemente, se tornou vitrine de muitos artistas de todo DF. Acho que esse legado de construção contínua ao longo dos anos é um grande diferencial da Makossa.

Alguma edição foi mais marcante e porquê?

Tiveram algumas edições que me marcaram muito. Destaco a de novembro de 2016, quanto trouxemos uma das maiores atrações do mundo no que diz respeito ao turntablism, técnica de uso dos toca-discos como instrumento de mixagem, que foi o DJ Craze. Foi uma catarse coletiva na Galeria dos Estados.  Em 2018, com o desabamento do viaduto, realizamos uma de nossas mais importantes edições no SBN (Setor Bancário Norte). Foi a primeira edição após o desabamento e havia toda uma comoção e ansiedade também com relação à aceitação do baile fora de seu local de origem. Foi histórico!

Como avalia a edição que ocorreu no Estádio Mané Garrincha?

Foi a a nossa maior edição, a do Estádio Mané Garrincha, com a presença do meu ídolo como DJ comandando o baile! O DJ Jazzy Jeff, artista icônico e parte integrante da fundação da cultura hip hop, mundialmente conhecido pelo programa Fresh Prince of Bel Air, ao lado de Will Smith.

Destaca alguma outra?

Para fechar esse quarteto de edições históricas, destaco a primeira edição deste ano, em abril. O retorno à Galeria dos Estados, após a revitalização de todo o espaço, após dois anos de pandemia, tudo isso foi muito surreal. Me marcou muito também por outros dois fatores: realizamos uma edição com dois dias de duração, sábado e domingo, com apresentação do gigante Skratch Bastid e, pela primeira vez, tivemos um show com música ao vivo dentro do baile, que foi o show da Flora Matos. Vivemos dois dias mágicos. Todas essas edições que comentei vieram embaladas por outras ações complementares, como oficinas, vivências e atividades extra evento, criando uma atmosfera e experiência para além dos bailes.

Os DJs residentes se mantiveram ao longo do tempo?

Ao longo do tempo fomos encorpando o time de residentes. No início, era somente o DJ Jamaika. Depois, convidamos o DJ Chokolaty. Estamos falando de dois pilares da cultura do DF – ao lado do DJ Celsão, acho que são os principais DJs dessa cultura aqui no DF. Depois, eu me tornei o terceiro DJ residente e, em seguida, o DJ OG L se tornou o quarto nome do time de residentes. Na época, o nome artístico dele era Batma, que depois virou LM e hoje assina como OG L.

De quem foi a melhor performance entre os artistas convidados?

Difícil pergunta. Mas como falei anteriormente, se eu pudesse escolher, eu ficaria com duas: DJ Craze (2016) e DJ Jazzy Jeff (2018). Agora se você falar que só pode ser uma, eu fico com o set do Jazzy Jeff, em 2018.

Que importância atribui a concessão de uma placa pela Administração de Brasília para marcar duas décadas da Makossa?

Isso é algo que realmente nos deixa muito felizes e orgulhosos. O Brasil tem uma capital e essa capital tem um centro. No centro da capital do Brasil tem uma placa e essa placa é de uma festa. Mano, isso é quase surreal diante das circunstâncias que estamos vivendo. Para gente, é muito mais que uma placa ou uma festa, mas isso tem um significado enorme. Esse reconhecimento foi um dos momentos mais bonitos da nossa história. Não podemos deixar de agradecer algumas pessoas nesse processo. A administradora de Brasília, Dra. Ilka, o arquiteto e designer Danilo Barbosa, autor da sinalização oficial da cidade, e a artista Key Amorim, que customizou a placa com sua arte.

Qual foi o critério de escolha das atrações da festa comemorativa?

As atrações foram escolhidas pensando no encontro de gerações. A Makossa quer mostrar que tradição e inovação andam de mãos dadas e que podemos construir uma realidade que abraça e inclui todo mundo no rolê.

ENTREVISTA // LEO CINELLI

Como, quando e em que circunstância surgiu a ideia da Makossa?

A Makossa surgiu em 22 de março de 2003, com o intuito de ser uma festa bimestral, misturando em seu conceito a cultura dos bailes blacks em prol da revitalização do Setor de Diversões Sul.

A proposta era criar um projeto que valorizasse a cultura negra em Brasília?

Sim, difundindo o seu estilo musical, a dança e o comportamento, mas ao longo do tempo, fomos incorporando outros elementos, como a cultura hip hop e manifestações artísticas de rua.

De que foi algo construído com dedicação, amor e sem pretensão de se tornar o que é hoje. E isso se difundiu em um trabalho que evoluiu, que se tornou sério, de inclusão, feito há várias mãos e que propõe uma narrativa verdadeira com seu público.

Porque a escolha da Galeria dos Estados como sede do evento?

O intuito de se fazer a Makossa no centro da cidade veio por dois motivos: pela facilidade de acesso: temos a rodoviária ao lado, hoje também temos o metrô. Além disso a Galeria dos Estados é um ponto de convergência no fluxo de pessoas que transitam na cidade. E pela revitalização cultural do Setor de Diversões Sul, SDS, um logradouro com essa finalidade, mas que, na época, e até hoje, tem sua função um pouco desvirtuada.

Que lembranças guarda da primeira edição?

A sensação de estar criando algo novo, mágico e com muita energia. Talvez a mais marcante foi de que, na época, o piso do subsolo do Teatro Dulcina (onde foi realizada a primeira edição da Makossa) não estava cimentado, mas vimos que aquele local era perfeito para uma das pistas de dança. E por meio de um acordo, trocamos o aluguel de todo o espaço por 60 sacos de cimento e um caminhão de areia, que conseguimos de um patrocinador. Literalmente, construímos nossa pista de dança para a primeira Makossa!

Makossa 20 Anos

Hoje (sábado), a partir das 22h, na Galeria dos Estados. Ingresso R$ 50 (primeiro lote), valor sujeito a alteração. Venda: makossabsb.com.br. Não recomendado para menores de 18 anos. Mais informações: 98431-1745.

 


Correio Braziliense sexta, 15 de julho de 2022

MUSICA: BRASÍLIA RECEBE FESTIVAL REPÚBLICA BLUES NESTE FINAL DE SEMANA

Brasília recebe Festival República Blues neste fim de semana

O Festival tem participação de Tulipa Ruiz, Fernanda Abreu, do grupo argentino Escalandrum , do músico norte-americano Lil Jimmy Reed e da cantora brasiliense Ellen Oléria

PI
Pedro Ibarra
postado em 15/07/2022 06:00
 
 (crédito: Desfrute Cultural/Divulgação)
(crédito: Desfrute Cultural/Divulgação)

Brasília já é a capital do rock, mas periodicamente se torna a capital do blues também. O Festival República do Blues chega a 8ª edição em Brasília e traz alguns dos principais nomes do gênero para o gramado do Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) no sábado e domingo.

O evento é gratuito, a entrada é mediante a doação de um quilo de alimento não perecível. A cantora Tulipa Ruiz acredita que é essencial ter iniciativas como o República do Blues para que a arte chegue com força para todos os públicos e para o blues ser fomentado para mais gente. "Democratização dos acessos, formação de plateia, ocupação das ruas com arte. Da maior importância um festival tão bacana ser realizado desta maneira", afirma a cantora em entrevista ao Correio

A cantora acredita muito na proposta do festival e está muito feliz de chegar a cidade para tocar Blues. "Fiquei muito feliz de ter sido convidada para o festival, pelo fato do blues de alguma maneira, ou de todas, fazer parte da minha formação musical e da minha banda. Ouvir blues dá vontade de tocar, de improvisar. Cresci em rodinhas de improviso de blues", conta. "A importância de um festival com essa temática é a formação de plateia, a mistura de públicos e o encontro entre as bandas", completa Tulipa.

Correio Braziliense quinta, 14 de julho de 2022

MÚSICA: DIOGO NOGUEIRA TRAZ *SAMBA DE VERÃO* AO IATE CLUBE NESTE SÁBADO (16.07)

 

Diogo Nogueira traz "Samba de Verão" ao Iate Clube neste sábado (16/7)

O cantor e compositor carioca vai apresentar o Samba de verão, show que tem por base a trilogia homônima, formada pelos álbuns Sol, Céu e Luau

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 14/07/2022 06:00
 
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Diogo Nogueira promete esquentar a temperatura fria do inverno de quem for ao Luau do Iate Clube, no sábado, às 21h. O cantor e compositor carioca vai apresentar o Samba de verão, show que tem por base a trilogia homônima, formada pelos álbuns Sol, Céu e Luau, gravados ao vivo numa balsa, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em agosto de 2021. O projeto tem como diretor musical o violonista brasiliense Rafael dos Anjos, ex-integrante do grupo Choro Livre.

Ao falar sobre o retorno à cidade, onde vem desde o início da trajetória artística, Diogo ressaltou: "Brasília tem muito a ver com minha história. Tenho cantado na capital desde o começo da carreira. Aí, fiz as primeiras apresentações em casas noturnas e clubes e estabeleci uma relação muito forte com o público brasiliense. Vai ser incrível voltar à capital para fazer o show Samba de verão, no Luau do Iate". 

Samba de Verão

Show de Diogo Nogueira e banda, sábado, às 21h, no Luau do Iate, no Iate Clube de Brasília,na orla do Lago Paranoá. Ingressos: R$ 75 (individual/sócio), R$ 100 (lugar à mesa/sócio), R$ 150 (meia entrada individual/não sócio), R$ 175 (lugar à mesa/ não sócio). Local de venda: Bilheteria Digital e na recepção do clube. Mais informações: 3329-8744 e 99981-8735.


Correio Braziliense quarta, 13 de julho de 2022

GILBERTO AMARAL SE ENCANTOU: JORNALISTA E RADIALISTA MORRE AOS 87 ANOS EM BRASÍLIA

 

 

 

Jornalista e radialista Gilberto Amaral morre aos 87 anos, em Brasília

Considerado um dos primeiros colunistas sociais do país, jornalista escreveu diariamente para o Correio por 26 anos. Despedida está marcada para esta quarta-feira (13/7), no cemitério Campo da Esperança

 

AI
Ana Isabel Mansur
postado em 12/07/2022 22:48 / atualizado em 12/07/2022 23:14
 
Gilberto Amaral com a esposa, Mara Amaral, na comemoração do aniversário de 85 anos do jornalista, em 2019 -  (crédito: Edy Amaro/Esp. CB/D.A Press)
Gilberto Amaral com a esposa, Mara Amaral, na comemoração do aniversário de 85 anos do jornalista, em 2019 - (crédito: Edy Amaro/Esp. CB/D.A Press)

Morreu nesta terça-feira (12/7), o colunista social, radialista e apresentador, João Gilberto Amaral Soares. Ele tinha 87 anos e estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital DF Star, na Asa Sul, após sofrer uma queda em casa. Com uma piora do quadro de saúde, o jornalista não resistiu.

 

 

Mineiro de São Sebastião do Paraíso e amigo pessoal de Juscelino Kubitschek — o ex-presidente foi padrinho do casamento de Gilberto e Mara —, o colunista chegou a Brasília antes da inauguração da cidade, convocado pelo então presidente para integrar o grupo de trabalho que cuidaria da transferência da sede do governo federal. Nos primeiros anos da atual capital do país, o jornalista ficou responsável por entregar as chaves dos apartamentos funcionais para os servidores públicos que se mudaram para o Planalto Central.

 

Credito: ArquivoCB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Jornalista Gilberto Amaral.
Credito: ArquivoCB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Jornalista Gilberto Amaral.(foto: Arquivo CB/CB/D.A Press) 

Desde menino, brincava com os microfones da rádio do pai, José Soares Amaral, na cidade natal e, antes de morar em Brasília, tornou-se cronista reconhecido em Belo Horizonte. Assinou coluna diária no Correio, de 3 de novembro de 1975 a 5 de agosto de 2001, e integrou a equipe da TV Brasília, também do grupo Diários Associados.

proeminência de Gilberto nos bastidores de Brasília se constatava pela proximidade do jornalista com a maioria dos presidentes da República, desde ditadores militares até civis, além de JK, Fernando Collor de Mello e José Sarney. "Personalidade singular, inteligência rara e grande figura humana. Perco um amigo estreito, um companheiro leal, correto e de virtudes morais e intelectuais invejáveis. Seu desaparecimento é uma grande perda para a sociedade de Brasília", lamentou Sarney.

Em entrevista ao jornalista Irlam Rocha Lima, publicada em junho de 1990 no Correio, o colunista revelou ser uma das primeiras pessoas a saber que o ex-presidente Tancredo Neves não tomaria posse. À época, admitiu se arrepender de não ter dado a notícia em primeira mão pelo jornal. 

Os filhos não escondem a emoção ao homenagear o pai: "Apaixonado por Brasília, pela família, pelos amigos e pelo Palmeiras. A trajetória no mundo da comunicação sempre foi o orgulho dele. Eu me sinto honrado por tudo que ele fez", emocionou-se o caçula, Marcelo.

Irmão de Gilberto, Pedro Rogério destacou a caminhada profissional do jornalista. "Era um homem forjado no trabalho e respirou a poeira do cerrado quando nascia a nova capital, da qual se tornaria narrador e personagem. Jamais abandonou a mineiridade, mas, de corpo inteiro, foi um cidadão do mundo", completou.


Correio Braziliense terça, 12 de julho de 2022

ARTE: ESCOLA DE MÚSICA DE BRASÍLIA ACUMULA HISTÓRIAS DE TALENTO E SUCESSO

 

Escola de Música de Brasília acumula histórias de talento e sucesso

Referência internacional, a Escola de Música de Brasília (EMB) é responsável por formar, há quase 50 anos, grandes nomes da cena artística. Histórias de jovens musicistas se misturam ao legado da instituição

IB
Isabela Berrogain
postado em 12/07/2022 06:00 / atualizado em 12/07/2022 10:30
 
A Escola de Música de Brasília foi fundada em 1974, idealizada pelo maestro Levino de Alcântara -  (crédito:  Carlos Vieira/CB/D. A Press. Brasil, Brasilia, DF)
A Escola de Música de Brasília foi fundada em 1974, idealizada pelo maestro Levino de Alcântara - (crédito: Carlos Vieira/CB/D. A Press. Brasil, Brasilia, DF)

Em funcionamento há mais de 50 anos, a Escola de Música de Brasília (EMB) tem sido responsável por tornar Brasília um dos principais pólos artístico do Brasil. A instituição, na 602 Sul, formou incontáveis instrumentistas, cantores e maestros de destaque no cenário local, nacional e internacional. Agora, a EMB prepara uma nova geração para representar a escola mundo afora.

 

 
 
  • João Ferreira, professor da Escola de Música de Brasília e diretor musical da banda NatirutsJuliana Caribé/Divulgação
     
  • A Escola de Música de Brasília foi fundada em 1974, idealizada pelo maestro Levino de AlcântaraCarlos Vieira/CB/D. A Press. Brasil, Brasilia, DF
 Dentre os aprendizados vividos por Talía ao longo destes sete anos na EMB, ela destaca as conexões feitas dentro da instituição. "O laço que foi construído com meus professores durante esses anos estudando me motivou e ainda motiva a ser uma pessoa melhor a cada dia e lutar pelos meus sonhos. Eles são os alicerces na minha formação musical, e, além de valores musicais, eu aprendi muito como ser humano", afirma. "A existência da Escola de Música é muito importante para o Distrito Federal devido ao rompimento de barreiras de classes e de estereótipos que ela propõe, e por dar oportunidade para as pessoas aprenderem um instrumento", avalia Talía.

Também foi na EMB que Tiago Teixeira, conhecido como Tiago Black, encontrou o caminho para estudar música na UnB. "Lá na Escola de Música, eu tive contato com praticamente toda a teoria musical que me deu base pra entrar na universidade", relata o artista. Segundo o instrumentista, a instituição foi essencial para a preparação para o mercado. "A EMB tem excelentes profissionais. A importância da escola para o cenário musical é inquestionável, a maioria dos músicos e musicistas que conheço passou por lá, seja fazendo os cursos básicos, os técnicos ou os cursos de verão", pondera. Formado em 2017, Tiago Black trabalha nos projetos autorais das cantoras Flor Furacão e Anna Moura e se apresentará com ambas artistas no festival CoMA, marcado para agosto.

A história de Daniel Baker com a EMB iniciou-se na infância. Hoje, ele é vice-diretor da escola. "Comecei estudando violino quando criança e, após um período fora da cidade, voltei para estudar violão erudito e piano popular, tendo me formado no nível técnico de ambos, antes de sair para cursar a licenciatura", detalha Baker. "Posso afirmar que o nível de conhecimento passado pela EMB equivale ou eventualmente supera até o de instituições de nível superior", analisa o docente.


Correio Braziliense segunda, 11 de julho de 2022

COPA AMÉRICA FEMININA DE FUTEBOL: BRASIL ESTREIA COM GOLEADA SOBRE A ARGENTINA

Brasil estreia na Copa América Feminina com goleada sobre a Argentina

Em busca do oitavo título da Copa América de Futebol Feminino, a seleção brasileira iniciou sua jornada no torneio com uma vitória por 4 x 0. O próximo desafio será contra o Uruguai

AE
Agência Estado
postado em 10/07/2022 15:37
 
 (crédito: Thais Magalhães/CBF)
(crédito: Thais Magalhães/CBF)

Em busca do oitavo título da Copa América de Futebol Feminino, a seleção brasileira iniciou sua jornada no torneio com uma vitória por 4 a 0 sobre a Argentina, na noite de sábado (9/7), em partida realizada no estádio Centenário de Armênia, na Colômbia. Adriana (2), Bia Zaneratto e Debinha anotaram os gols da partida.

O Brasil seguiu pressionando e aos 19 minutos, Fê Palermo cruzou na cabeça de Bia Zaneratto, que mandou para fora. A resposta argentina veio em cobrança de falta de Florencia Bonsegundo, que forçou Lorena a fazer boa defesa. Após a primeira chegada da Argentina, o Brasil abriu o placar em bela jogada.Bia Zaneratto acionou Tamires com liberdade na esquerda, que cruzou na medida para Adriana abrir o placar.

Aos 35 minutos da primeira etapa, Bia Zaneratto foi derrubada na área anotando pênalti para o Brasil. Ela mesmo bateu no canto esquerdo de Correa, que acertou o canto, mas não conseguiu segurar a cobrança forte da atacante do Palmeiras. Após sofrer o segundo gol, a Argentina esboçou reação com um belo chute de fora da área de Nuñez, que levou perigo ao gol de Lorena. Porém, a finalização de fora da área acertou o travessão e foi para fora. O primeiro tempo foi encerrado com domínio da seleção brasileira, que finalizou quatro vezes, contra dois arremates da seleção argentina.

A segunda etapa começou sem nenhuma alteração para as duas equipes. Assim como no primeiro tempo, a seleção brasileira começou pressionando a Argentina. Aos sete minutos, veio a primeira chance do Brasil, no cruzamento rasteiro de Tamires para Bia Zaneratto, que foi cortado pela zaga argentina.

Com a partida mais controlada após o terceiro gol, Pia Sundhage começou a rodar o elenco brasileiro e promoveu uma série de substituições. Giovana deu lugar a Duda Santos. Logo depois, Fê Palermo, Tainara e Ary Borges deram lugar a Letícia Santos, Antônia e Duda Sampaio. Nos minutos finais da partida, Debinha recebeu um ótimo lançamento de Duda Sampaio, venceu a corrida contra a marcação argentina, driblou a goleira e anotou o último gol da vitória brasileira na estreia da Copa América de Futebol Feminino.

Com o triunfo, a seleção brasileira saltou para a liderança do Grupo B, com três pontos e um saldo positivo de quatro gols. A Venezuela, que bateu o Uruguai por 1 a 0 neste sábado, ocupa a segunda colocação. O próximo compromisso brasileiro na competição está marcado para a próxima terça-feira, às 18h, frente ao Uruguai.

Resultados

Sexta-Feira (8/7)
Bolívia 1 x 6 Equador
Colômbia 4 x 2 Paraguai


Correio Braziliense domingo, 10 de julho de 2022

SÃO JOÃO: PENÚLTIMA FASE DO CIRCUITO DE QUADRILHAS ACONTECE NESTE FINAL DE SEMANA, EM SAMAMBAIA

Penúltima fase do Circuito de Quadrilhas acontece neste final de semana, em Samambaia 

Em disputa acirrada, a diferença entre o primeiro e segundo lugar é de um décimo

KS
Khalil Santos * Samuel Calado
postado em 08/07/2022 16:44 / atualizado em 08/07/2022 19:11
 
 (crédito:  Samuel Calado/CB)
(crédito: Samuel Calado/CB)

No Distrito Federal e entorno é comum ver as pessoas comemorando as festividades juninas, julinas e até agostinas. E com as quadrilhas não seria diferente. Neste final de semana, 9 e 10 de julho, o Estacionamento da Castelo Forte, na Samambaia Sul, receberá a penúltima etapa do tradicional Circuito de Quadrilhas. Ao todo, 14 grupos da categoria especial disputam pela almejada vitória, aguardada por mais de dois anos devido às restrições impostas durante a pandemia. A vencedora, além da consagração na capital, terá a oportunidade de representar o “quadradinho”, na competição nacional. O evento é gratuito com início a partir das 18h.

 

Junina "Formiga da Roça" (São Sebastião)
Junina "Formiga da Roça" (São Sebastião)(foto: Samuel Calado/CB)

 

Já a "Formiga da Roça" terá a oportunidade de experimentar pela primeira vez a vitória no concurso. A grande aposta do grupo é o espetáculo “A promessa” onde a quadrilha faz uma homenagem ao Sertão de Pernambuco ao contar a história do personagem Chico Moqueca que ao ter a graça alcançada, casa a filha Rosinha com um fantasma chamado Gusmão. O dia da apresentação, no próximo domingo (9/07) será embalado com festa e bolo especial para celebrar os 26 anos de fundação da Formiga. 

Confira o ranking geral das quadrilhas

Se Bobear a Gente Pimba - 359.4
Formiga da Roça - 359.3
Arroxa o nó - 358.2
Paixão Cangaço - 357.3
Rasga o fole - 355.9
Sabugo - 355.8
Ribuliço - 355.2
Xamegar - 350
Amor junino - 351.5
Arraiá dos Matutos - 353.7
Sanfona lascada - 351.3
Xem Nhem Nhem - 351.1
Xique Xique - 350.6
Pula fogueira - 343.4


Correio Braziliense sábado, 09 de julho de 2022

FESTIVAL: MARCELO CAFÉ,PRODUTOR CULTURAL, FALA DO FESTIVAL MALOCA URBANA

Marcelo Café, produtor cultural, fala do Festival Maloca Urbana

Em entrevista para o Correio, um dos idealizadores e produtores do Maloca Urbana, Marcelo Café, descreve como será o Festival Maloca Urbana deste sábado e domingo

DC
Davi Cruz*
postado em 09/07/2022 06:00
 
A cantora Teresa Lopes é uma das atrações do festival Maloca Urbana, no Guará -  (crédito: Nina Quintana /Divulgação)
A cantora Teresa Lopes é uma das atrações do festival Maloca Urbana, no Guará - (crédito: Nina Quintana /Divulgação)

Neste sábado (8/7) e domingo (9/7), o Teatro Arena do Cave no Guará recebe o Festival Maloca Urbana. O evento reúne artistas de rap, samba e outras expressões culturais, periféricas e negras do Distrito Federal. Além da variedade musical, a festa traz atividades formativas, feiras de exposição criativa e estações de esportes e lazer. A programação é gratuita e aberta a todos os públicos.

Os dois dias de Maloca Musical trazem para o palco os grandes nomes do hip hop e do samba brasiliense junto aos grupos e artistas da nova geração, como Tropa de Elite e o rapper Fillipe Costa, coletivo Novin Mob, Elas que toquem e Teresa Lopes. O objetivo do festival é conectar diversos públicos para celebrar saberes, artes e memórias afro-brasileiras.

 Em entrevista para o Correio, um dos idealizadores e produtores do Maloca Urbana, Marcelo Café, descreve o foco principal do evento. "O público vai encontrar nesse festival uma fala da rua, a voz da rua, a voz da resistência, a voz que busca dar visibilidade aos aparelhos públicos como o Cave, que dão espaço de pertencimento para jovens negros e periféricos", afirma o sambista.

O termo indígena maloca originalmente refere-se ao local onde as pessoas se juntam, porém, na vida urbana tornou-se uma conotação pejorativa como o lugar de onde surgem as pessoas marginalizadas pela sociedade. "Esse nome foi criado em conjunto baseado na resistência dos povos originários", completa Marcelo Café.

Como em todas as atividades do evento, a Maloca Musical tem entrada gratuita, porém, os ingressos precisam ser retirados de forma on-line, através da plataforma Sympla: www.sympla.com.br. O link para acessar os ingressos está disponível também nas redes sociais do Festival Maloca Urbana.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

Festival Maloca Urbana acontece neste sánado (8/7) a partir das 17h e domingo (9/7) a partir das 15:30h, no Teatro de Arena do Cave — Guará II, a entrada é gratuita.


Correio Braziliense sexta, 08 de julho de 2022

JAMES CAAN SE ENCANTOU: ASTRO DE O PODEROSO CHEFÃO MORRE AOS 82 ANOS

Morre, aos 82 anos, James Caan, estrela de ‘O poderoso chefão’

Além de estrelar o clássico de Francis Ford Coppola, o ator foi indicado ao Oscar de 1973 por interpretar Sonny Corleone no clássico

 

 

CB
Correio Braziliense
postado em 07/07/2022 17:05 / atualizado em 07/07/2022 17:06
 
 (crédito: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT)
(crédito: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT)

O ator James Caan, conhecido por viver o papel de Sonny Corleone, na tradicional trilogia mafiosa, O poderoso chefão, morreu na noite desta quarta-feira (6/7), aos 82 anos. A informação foi confirmada pela conta oficial do astro no Twitter. A causa da morte ainda não foi informada. Veja o comunicado abaixo.

 

"É com grande tristeza que informamos a vocês a morte de Jimmy (apelido de James) na tarde de 6 de julho. A família aprecia as demonstrações de amor e condolências e pede que vocês continuem a respeitar a privacidade deles durante este período difícil", informa a nota.

James nasceu em Nova York e iniciou a carreira na década de 1960, no teatro e na televisão. O primeiro papel em cinema do ator foi no longa Irmã Dulce, lançado em 1963, dirigido por Billy Wilder. Antes mesmo de atuar em O poderoso chefão, James Caan foi indicado ao Emmy pelo filme Glória e derrota, lançado em 1971.

A parceria do astro com Francis Ford Coppola teve início em Caminhos mal traçados, lançado em 1969, e estendeu-se até o papel do violento e esquentado Sonny no clássico dos mafiosos em 1972. No ano seguinte, a atuação de James Caan rendeu a indicação ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante pelo papel de Sonny Corleone, o filho mais velho Vito Corleone (Marlon Brando) no primeiro filme da trilogia de O poderoso chefão. Caan também esteve no segundo filme da franquia.

O ator ficou conhecido ainda pelos filmes Louca obsessão (1990), Profissão: Ladrão (1981) e Rollerball: Os gladiadores do futuro (1975).

James Caan foi casado quatro vezes: entre 1961 e 1966 com Dee Jay Mathis, com Sheila Marie Ryan de 1975 a 1976, com Ingrid Hajek de 1990 a 1994 e com a última esposa Linda Stokes, de 1995 a 2017. Ele teve cinco filhos, entre eles, Scott Caan, que atuou na série Hawaii Five-0, lançada em 2010.

 


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