Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 26 de março de 2022

GASTRONOMIA: CINCO MENUS PARA APROVEITAR ÚLTIMOS DIAS DO RESTAURANTE WEEK

Confira cinco menus para aproveitar últimos dias do Restaurant Week

O festival gastronômico se encerra neste domingo (27/3). Ainda dá tempo saborear um dos menus completos com entrada, prato principal e sobremesa do evento

CS
Cecília Sóter
postado em 26/03/2022 07:00 / atualizado em 26/03/2022 11:00
 
Tilápia grelhada, camarões, molho de camarão e torta de lâminas de batata do Jijoca -  (crédito: Reprodução/Instagram @jijocabr)
Tilápia grelhada, camarões, molho de camarão e torta de lâminas de batata do Jijoca - (crédito: Reprodução/Instagram @jijocabr)

O festival gastronômico Restaurant Week Brasília, em sua 25ª edição, chega ao fim neste domingo (27/3) com diversas opções de menus completos com entrada, prato principal e sobremesa.

Correio separou cinco casas para você conferir:

 
 

Jijoca (402 Sul)

O restaurante estreante no festival serve pratos feitos com frutos do mar e outros ingredientes da região Nordeste. Para o evento gastronômico, a casa está oferecendo no almoço as opções de entrada Ceviche de moqueca ou Croquete de costela bovina. De prato principal as opções são o picadinho de filé de sol, arroz cremoso de coco e cubos de queijo de coalho ou a tilápia grelhada, camarões, molho de camarão e torta de lâminas de batata. E para sobremesa você pode escolher entre Torta de Maçã ou Leite Frito.

 

Artesian Osteria (303 Sudoeste)

O restaurante italiano é especializado em massa artesanal de longa fermentação. Para o festival, no almoço você pode optar de entrada entre Strisce di pizza (massa crocante acompanhada de molho pesto), Bruschetta de tomate confit com manjericão gratinado com muçarela e parmesão ou uma salada com alface, rúcula, tomate cereja, parmesão e pesto de manjericão.

Os pratos principais são: filé mignon empanado com molho pomodoro artesanal, alcaparras e temperos, gratinado com parmesão e purê rústico de batata; risoto de shitake com alho poró ou risoto de filé suíno caramelizado, finalizado com raspas de limão siciliano. E de sobremesa, Cannoli recheado com creme patissière cítrico, finalizado com pistache, acompanha sorvete de creme ou sorvete de creme com sagú de vinho servido em cesta crocante.

Contê Food & Drinks (403 Sul)

A casa oferece um menu contemporâneo. No almoço você pode escolher para entrada entre Mini salada ou Duo de trufas salgadas com molho de laranja picante. Para o prato principal as opções são Abobrinha recheada com ricota, polpa de abobrinha e muçarela; Filé de frango recheado com risoto de alho poró e crocante de couve ou Milanesa de peixe ao molho pesto e fettuccine crocante de bacon.

Nonna Augusta Pizzaria e Trattoria (413 Norte)

A casa é especializada na cozinha italiana com massas e molhos artesanais e frescos. Para o evento gastronômico, no almoço a escolha de entrada fica entre as saladas de Farfalle com tomate cereja e tomate seco, azeitona preta, cebola roxa, manjericão e limão siciliano e de Figo fresco com mix de folhas, gorgonzola, nozes e aceto balsâmico. De prato principal, as opções são Cotoletta e Ravióli de queijo de cabra e parmesão ao molho pomodoro; talharim ao molho Pomodoro com Polpetine; e Escalope de Filé mignon ao molho roti acompanhado de risoto de cabernet sauvignon e hortelã.

 

Correio Braziliense sexta, 25 de março de 2022

CEILÂNDIA: CIDADE DAS PRAÇAS

 

A cidade das praças: pontos de encontro oferecem lazer e cultura em Ceilândia

A região administrativa conta com aproximadamente 15 praças;o Correio percorreu as principais e mostra o que há de melhor em cada uma

AB
Aline Brito
postado em 25/03/2022 06:00
 
Praça do Cidadão, onde funciona o projeto Jovens de Expressão, em Ceilândia -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
Praça do Cidadão, onde funciona o projeto Jovens de Expressão, em Ceilândia - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

Na cidade do superlativo, o pouco não basta. Tudo em Ceilândia é grandioso: a arte, a cultura, o coração do povo ceilandense, a diversidade e, não menos importante, as praças. Um ou dois pontos de encontro não iriam traduzir o muito que o lugar representa. Por isso, a amada Cei é a região administrativa do Distrito Federal com mais praças espalhadas. São cerca de 100 locais distribuídos pelos mais de 230 km², onde a população pode descontrair, estudar, praticar esportes, trocar experiências e ter acesso a uma infinidade de possibilidades.

Praça da Bíblia, do Cidadão, do Trabalhador, dos Direitos, das Marias. Um misto daquilo que torna Ceilândia o que ela é, o cidadão, o povo trabalhador, as múltiplas religiões, as mais diversas Marias, a juventude. Muito mais que um “espaço público urbano livre de edificações”, como supõe o significado da palavra, as praças da cidade mais populosa de Brasília são o exemplo de que a Cei é para todos.

 De todos os pontos de encontro da cidade, o Correio selecionou os mais conhecidos e frequentados para ver de perto a relação dos moradores com o espaço. A reportagem ouviu histórias, conheceu projetos e pessoas, para mostrar o que há de melhor nelas.

 

Cincos principais praças de Ceilândia
Cincos principais praças de Ceilândia(foto: Valdo Virgo)

 

“Tem dois anos que se você passar aqui todos os dias, eu vou estar aqui. Sem exceção”. Essa é a rotina da bancária Thalita dos Santos, 29 anos, frequentadora da Praça do Trabalhador, na QNM 13. Ela comprou uma casa na Ceilândia Sul e adotou o local como ponto de encontro para ela e seus cachorros. A jovem criou um grupo no WhatsApp com outros moradores da região para, juntos, passearem com os animais de estimação.

Já são mais de 30 tutores de pets no grupo. Todos os dias eles marcam de ir à praça para que os peludos possam brincar e os humanos, socializar. “Eu comecei a vir primeiro, eu tinha ela e uma outra (cadela), mas a outra infelizmente foi atropelada, então eu passei a vir só com essa. Assim, começaram a vir outros cachorros e nós tutores decidimos fazer um grupo. Antes de sair para ir à praça, a gente sempre manda mensagem neste grupo e as pessoas se organizam para andar juntas”, contou a tutora da Cristal e da Lola.

 

Thalita e Lucimeire com seus pets, integrantes do grupo de WhatsApp organizado para passear na Praça do Trabalhador
Thalita e Lucimeire com seus pets, integrantes do grupo de WhatsApp organizado para passear na Praça do Trabalhador(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

 

Da Bíblia

A Praça da Bíblia é a mais conhecida de Ceilândia e uma das mais famosas do DF. Inaugurada em 30 de novembro de 2007, no Dia do Evangélico, a ideia do ponto era ser um local para realização de eventos cristãos, que atendesse, principalmente, a comunidade evangélica da cidade. Por isso não foram instalados bancos, equipamentos para o lazer de crianças e adultos, ou até mesmo árvores. Mas, ao longo dos 15 anos de existência, o propósito do espaço acabou se perdendo, já que poucos eventos religiosos ocorreram.

 

Edvaldo Cirilo ( Negro Vatto ) membro do Grupo Samba na Comunidade, que costumava tocar na Praça da Bíblia.
Edvaldo Cirilo ( Negro Vatto ) membro do Grupo Samba na Comunidade, que costumava tocar na Praça da Bíblia.(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Ele, praticamente um irmão gêmeo de Ceilândia, tem raízes na cidade e dedicou boa parte da vida à comunidade. Um mês depois da fundação da Região Administrativa, em 30 de abril, nasceu Edvaldo, que nunca mais abriu mão dos laços que criou com a Cei. “Vi a cidade crescendo e juntamente fui me formando, aqui estudei em escolas públicas, terminei o ensino médio por aqui mesmo e aos 20 anos de idade ingressei na Polícia Militar do DF, por onde trabalhei longos 30 anos”, contou o artista. Desses 30 anos como policial, 20 foram na Ceilândia, prestando serviço à comunidade. Agora, depois de aposentado, Negro Vatto ocupa o tempo com poesias, desenhos, e o Samba da Comunidade.

A primeira edição do Samba da Comunidade foi em 2014. A formação inicial dos sambistas que encabeçaram o projeto contou com a participação de Negro Vatto, Mirinho do Banjo, João Henrique, Michael Santos e Jonas Dias. Ao longo de seis anos, as rodas de samba organizadas pelo projeto disseminaram a cultura do samba de raiz para as localidades onde o ritmo não era conhecido. A repercussão foi tão grande que fez alguns dos maiores nomes do gênero musical desembarcarem na praça da Bíblia para presenciar a grandiosidade do samba ceilandense.

Por conta da pandemia da covid-19, que começou em 2020, o projeto teve que pausar os encontros. “A Praça da Bíblia é uma praça que é bem popular. Na praça acontecem inúmeros eventos culturais, mas por conta da pandemia, está parada. Lá funciona um comércio dos ambulantes, espetinho, macarrão do Karl Max, e outros. Eu às vezes passo pela praça e vejo o quanto está fazendo falta pra comunidade as atividades culturais”, lamenta Negro Vatto.

Mesmo com o relaxamento das medidas de segurança, os projetos na Praça da Bíblia ainda não retornaram. De acordo com o rapper Rafinha Bravoz, representante do Sarau-vá, que reunia cerca de 300 pessoas durante o saraus, as atividades de poesia no espaço devem retornar em breve. “O ideal é que no máximo em maio a gente recomece”, afirmou. Além disso, existe um projeto que será apresentado à Câmara Legislativa do DF (CLDF) ainda no primeiro semestre deste ano, para tornar a praça um espaço mais acolhedor.

“A praça da bíblia fica em um ponto estratégico, entre a Ceilândia antiga, Setor O, início do Sol Nascente e a QNQ, então é um local em que passa muita gente e de fácil acesso para muitos moradores. Pretendemos trazer um espaço gastronômico para o local, equipamentos públicos como PECs (Pontos de Encontro Comunitários) parque infantil, anfiteatro para realização de apresentações culturais e cultos religiosos”, informou o administrador da RA, Fernando Fernandes.

Praça da Bíblia, Ceilândia.
Praça da Bíblia, Ceilândia.(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

 

De acordo com o administrador, a ideia do projeto gastronômico surgiu dos próprios moradores. “Foi uma ideia nossa ao conversar com alguns frequentadores da praça. Vamos tocar pra frente e até o final do ano teremos novidades boas. Muita gente frequenta a Praça da Bíblia para praticar exercícios e as crianças para brincar com os coleguinhas, então queremos dar uma estrutura, queremos mudar a cara”, afirmou Fernandes. “A ideia é dar mais movimentação ao local, porque acabou ficando uma praça grande, pavimentada, com a bíblia no meio e nenhum equipamento para atrair as pessoas”, resumiu.

Do Cidadão

A ocupação a fim de ressignificar espaços públicos também tomou conta de outro ponto de encontro na Cei. Na Praça do Cidadão, localizada na EQNM 18/20, um projeto deu significado ao local. Há 15 anos, o Jovens de Expressão ocupa a praça para colocar a população de Ceilândia e arredores em contato com a arte, a educação, a saúde, a dança, a música e mais. “Incentivamos as potencialidades da juventude”, afirma o programa nas redes sociais, que tem como premissa dar voz aos moradores da cidade.

São mais de 500 jovens assistidos diretamente pelo programa todos os anos e cerca de dois mil indiretamente. Na praça, o Jovens de Expressão (JEX) tem um local próprio para atendimento ao cidadão, terapia comunitária, pré-vestibular, oficinas, empreendedorismo, além de manter o ponto de encontro sempre vivo, com muitas cores e grafites que transmitem a essência de Ceilândia. “O Jovens de Expressão começou como ocupação, em contrapartida a uma pesquisa que saiu em 2006 sobre vulnerabilidade na juventude, que mostrou as cidades mais violentas do Distrito Federal. Ceilândia, Sobradinho e Planaltina, eram as regiões com mais índices de mortes violentas. Então o projeto surgiu para tirar o jovem de Ceilândia da ociosidade, oferecendo atividades culturais, esportivas, cinematográficas, entre outros”, informou Rayane Soares, coordenadora do JEX.

 

Rayane Soares, coordenadora do projeto Jovens de Expressão
Rayane Soares, coordenadora do projeto Jovens de Expressão(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

 

Basta passar pelo local para ver que, hoje, Ceilândia é muito mais que os índices de violência. “No momento nós estamos com o Cine de Expressão, que são oficinas voltadas para o cinema, com filmes introdutórios”, contou Rayane. Pelas redes sociais é possível perceber que a juventude da cidade se envolve com as oficinas e mostram seus talentos, seja com libras, canto, poesia, fotografia, produções cinematográficas, etc. Além disso, na Praça do Cidadão o Jovens de Expressão também montou uma galeria de arte que está com a exposição Quinquilharias, do grupo Antiquário, em exibição até 30 de março.


Correio Braziliense quinta, 24 de março de 2022

PESCA: BRASIL DÁ POUCA IMPORTÂNCIA SETOR PESQUEIRO

Brasil dá pouca importância ao setor pesqueiro, mostra pesquisa

Situação de 93% das espécies comercializadas é desconhecida, o que eleva o risco de desaparecimento de variedades e desequilíbrio do ecossistema

ME
Maria Eduarda Cardim
postado em 24/03/2022 06:00
 
 (crédito: Paul Einerhand/Unsplash/Divulgação)
(crédito: Paul Einerhand/Unsplash/Divulgação)

Apesar de a produção de alimento nos meios aquáticos ter ganhado importância nos últimos anos, o Brasil ainda ignora a pesca como fonte de emprego e renda. É o que aponta um levantamento da ONG Oceana Brasil sobre o cenário da pesca, em 2021. A pesquisa concluiu que o país desconhece a situação de 93% das espécies de peixes pescados, o que eleva o risco de que variedades importantes para consumo e equilíbrio do ecossistema marinho não suportem a exploração nos moldes atuais.

Segundo a pesquisa, as espécies com mais informações sobre o status populacional continuam sendo os atuns e afins, que dispõem de avaliações regulares conduzidas pela Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT, em inglês). A falta de analises dos estoque é um fator que limita a ordem da pesca, uma vez que impossibilita que se possa equilibrar a intensidade de pesca com a produtividade dessas espécies.

Ainda ao observar os estoques pesqueiros, apenas 9% estão submetidos a planos de gestão de pesca, o mesmo número avaliado em 2020. "Pouco se evoluiu em termos de construção de planos de gestão para pesca que se apliquem aos estoques listados como alvo da pesca comercial brasileira", avaliou o diretor científico da Oceana Brasil, Martin Dias.

 

Sem planejamento

O desconhecimento e a falta de planos de gestão e recuperação desses estoques tornam impossível uma identificação de quadros predatórios provocados pela pesca excessiva (sobrepesca), por exemplo, o que compromete o equilíbrio entre o uso e conservação desses recursos.

"Sem uma modernização da política pesqueira nacional, a tendência é seguir com pequenos avanços intercalados por grandes retrocessos, perpetuando um ciclo vicioso que é prejudicial tanto sob a ótica econômico-social quanto ambiental", analisou Dias. O levantamento ainda reforça que essa escassez de dados tornam a "reversão desse cenário morosa".

O descaso com a pesca no país é histórico, segundo Dias. Por isso, a ONG sugere uma modernização do marco legal que estabelece a política comercial e de preservação. "Seguimos com um marco legal frágil, incapaz de criar essas bases sólidas para a gestão pesqueira", pontuou.

A Oceana Brasil considera "necessária e urgente" a mudança para o setor. "Tanto do ponto de vista de aprimoramento dos princípios, das ferramentas e instrumentos para se alcançar o objetivo do desenvolvimento sustentável da atividade de pesca, como para consolidação de uma base jurídica sólida que uma política de Estado deve ter", indica.


Correio Braziliense quarta, 23 de março de 2022

MÚSICA: CHICO CÉSAR E LAILA GARIN SÃO VOZ E SOM DO ESPETÁCULO *A HORA A ESTRELA*

Chico César e Laila Garin são voz e som do espetáculo 'A hora da estrela'

Está disponível nas plataformas de streaming, o álbum com a trilha sonora do espetáculo 'A hora da estrela' ou 'O canto de Macabéa', de Clarice Lispector, nas vozes de Chico César e Laila Garin

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Irlam Rocha Lima
postado em 23/03/2022 06:00
 
 (crédito: Daniel Barboza/Divulgação)
(crédito: Daniel Barboza/Divulgação)

A trilha sonora do musical de A hora da estrela ou O canto de Macabéa, de Clarice Lispector, que esteve em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, de 24 de junho a 4 de julho de 2021, está disponível nas plataformas digitais. O espetáculo, inspirado em obra clássica de Clarice Lispector, narra a saga de uma migrante nordestina em existência medíocre no Rio de Janeiro.

Em Saudade da zona, Laila faz duo com a atriz Cláudia Ventura; e, com o ator Cláudio, Demoníaca a vida doía. Na única faixa solo, ela canta Um quarto só para mim. Nos acompanhamentos está o trio formado por Fábio Luna (flauta, bateria, pandeiro e congas), Pedro Aune (baixo) e Pedro Franco (guitarra). Há ainda a participação do arranjador Marcelo Caldi, tocando piano e sanfona.

Chico César diz que criar a trilha sonora para A hora da estrela foi um desafio e tanto. "Clarice Lispector adorava música, como se depreende de sua dedicatória nesse livro a Schumann, Beethoven, Bach, Strauss e Debussy, Prokofief, Schonnberg e ao penambucano Marlos Nobre". Ele acrescenta:"Busquei a música na própria angulosidade dos assuntos, seus fraseados e seus cortes secos. Nos silêncios embaraçosos e no atrito das almas rurais, provincianas. A inspiração veio da generosa busca da atriz aqui na peça pela humanidade invisibilizada da moça nordestina".

Para Laila,foi um presente interpretar o Canto de Macabéa, por meio da música de Chico César, que dá conta de nos fazer sentir no corpo e na alma o que os versos de Clarice abrem no pensamento", ressalta. "Assim como a atriz da peça se funde com Macabéa, acho que Chico se fundiu com Clarice. Marcelo Caldi com os músicos e arranjos revelam melodias e harmonias escondidas entre versos, que traduzem o mais silencioso em nós".

Chico César e Laila Garin — O Canto de Macabéa

ou A Hora da Estrela

Álbum com a trilha sonora do espetáculo, com 16 faixas.

Disponível nas plataformas digitais.


Correio Braziliense terça, 22 de março de 2022

PANDEMIA: QUANDO O DF PAROU - BRASILIENSES CONTAM COMO LIDARAM COM A CHEGADA DA PANDEMIA

 

Quando o DF parou: brasilienses contam como lidaram com a chegada da pandemia

Publicação do decreto que estabeleceu a primeira interrupção geral de serviços e atividades no Distrito Federal completou dois anos na semana passada. Para relembrar o período, o Correio traz histórias de quem acompanhou isso de perto, fosse em casa, fosse no front

AM
Ana Maria Pol
postado em 22/03/2022 06:00
 
 
Painéis eletrônicos alertavam para os riscos do novo coronavírus -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Painéis eletrônicos alertavam para os riscos do novo coronavírus - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O movimento nas ruas, nas quadras comerciais e no asfalto — tão conhecido e integrado às vidas dos brasilienses — mudou completamente em março de 2020, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) informar que a disseminação da covid-19 representava uma situação pandêmica. Há dois anos, governos começaram a adotar medidas restritivas em todo o mundo e, no Distrito Federal, não foi diferente. Em 18 de março, o vazio se fez presente em diversos espaços da capital do país, depois da publicação do decreto que estabeleceu, pela primeira vez, o fechamento de estabelecimentos.

Moradora do Sudoeste, ela se recorda de quando o cenário pandêmico chegou ao Distrito Federal. Com isso, precisou migrar para o home office. "Foi caótico, porque ninguém conhecia bem a dinâmica do vírus, o que era, as consequências. Eu estava como assessora em um escritório de advocacia, e os sócios precisaram tomar a decisão (pelo trabalho remoto) abruptamente, sem entender como as coisas aconteceriam. Foi bem difícil. Cheguei a trabalhar muito mais horas do que o normal. E sempre havia fatores externos que tiravam a concentração", completa.

 

  •  Brazilian soldiers disinfect the Subway Central Station and its surroundings, as a measure against the spread of the coronavirus, COVID-19, pandemic in Brasilia, early on March 29, 2020. - A federal court in Rio de Janeiro on Saturday banned the government from disseminating propaganda against confinement measures aimed at controlling the coronavirus pandemic. The campaign video encourages people not to stop their normal lives, despite health ministry figures show that COVID-19 has claimed almost 100 lives and affected close to 3,500 people in Brazil. (Photo by EVARISTO SA / AFP). Lockdown. Medidas restritivas.
    Na Rodoviária do Plano Piloto (E), equipes descontaminaram o terminalEVARISTO SA
     
     
  • 19/03/2020. Credito: Ana Rayssa/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades.  Apos decreto do governador Ibaneis Rocha, shoppings amanhecem fechados. Conjunto Nacional. Lockdown. Medidas restritivas.
    Em frente ao shopping na plataforma superior, ruas vaziasAna Rayssa/CB/D.A Press
  

Cobranças

Enquanto algumas atividades foram suspensas ou transferidas para o remoto, trabalhadores de áreas consideradas essenciais continuaram na linha de frente. Varredora do Serviço de Limpeza Urbana, Ilza Carvalho da Silva, 34, cuidou do DF em um período de incertezas. Diariamente, de madrugada, ela saía de casa, no Recanto das Emas, rumo às ruas. Ao regressar, a gari tinha de redobrar os cuidados. Apesar de cansada, era necessário evitar o risco de infectar a família. "Nós não paramos. E tivemos muito medo de pegar a doença e transmiti-la. Tenho três filhos. Então, minha maior preocupação era passar (a covid-19) para alguém. Sempre que chegava do trabalho, ia direto para o banho, tirava meu uniforme e, no outro dia, trabalhava com outras roupas, para evitar qualquer tipo de contato. Foi difícil e cansativo, mas valeu a pena, pois ninguém (próximo) contraiu a doença", acrescenta.

A assistência à qual a técnica em saúde se refere tem a ver com o enfrentamento a um inimigo pouco conhecido. "Saímos de analfabetos a doutores em tempo recorde, empacotando corpos de colegas, atendendo pacientes transtornados, amenizando a dor de pessoas e tratando feridas de um lugar em que nunca tínhamos tocado antes, a alma. Nossas forças se esvaíram e, hoje, nossa saúde mental mina a cada dia. Trabalhamos incansavelmente dois anos para um mundo que só nos cobrou números e resultados", desabafa Fátima Simone.

 

  • A varredora do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) Ilza Carvalho da Silva, 34, foi uma das responsáveis pela limpeza da cidade durante o período
    Ilza não teve como trabalhar em home office: cuidado redobradoSLU/Divulgação
    Fátima Simone, na UBS 5 de Taguatinga: trabalho incansávelMarcelo Ferreira/CB/D.A Press
  •  

Passados dois anos de uma batalha que ainda não terminou, a pergunta que fica é: o que mudou? Para a infectologista Joana D'Arc, o ser humano relembrou das próprias vulnerabilidades e que precisa estar preparado para adversidades. Mesmo assim, a médica percebe que o brasileiro precisa mudar comportamentos: "Vivemos a exposição de todas as nossas fragilidades nesta pandemia e, apesar disso, continuamos a fazer o mesmo que ocorre com as catástrofes, ou sejam perceber o problema e o trabalho feito só quando chove. Sabemos onde está o erro, mas permanecemos em um circuito de inércia, por vários motivos".


Correio Braziliense segunda, 21 de março de 2022

OUTONO: ESTAÇÃO COMEÇA NO DISTRITO FEDERAL COM UMIDADE MÍNIMA DO AR EM ATÉ 25%

 

Outono começa no Distrito Federal com umidade mínima do ar em até 25%

Verão terminou às 12h33 desse domingo (20/3), com tempo parecido com o desta segunda-feira (21/3). Previsão do Inmet é de temperatura entre 14ºC e 31ºC

PM
Pedro Marra
postado em 21/03/2022 08:43
 
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Com o fim do verão às 12h33 desse domingo (20/3), o outono no Distrito Federal começa com calor na maior parte do dia e umidade relativa do ar de 90% a 25%. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de temperatura entre 14ºC, registrada nesta manhã no Gama, e 31ºC. “Teremos um dia relativamente seco”, afirma o meteorologista do órgão, Olívio Bahia.

Para quem for praticar atividades físicas ao ar livre, a recomendação do meteorologista é se hidratar ao máximo. “Já que não está chovendo e tem pouca nuvem, são aqueles cuidados com a radiação ultravioleta para o pessoal que anda, faz esporte e tem que redobrar a atenção com a pele”, alerta Olívio.

 O tempo quente, com pouca condição para chuva deve permanecer para os próximos dias. “Até quinta ou sexta-feira, tem pouca chance de chuva no DF, mas a gente espera que chova no fim de semana”, adianta o meteorologista do Inmet.

 

 

Cuidados com calor

  • Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz;
  • Não esqueça de usar máscara de proteção individual, importante nesta pandemia da covid-19 para evitar o contágio pelo novo coronavírus;
  • Procure manter o corpo sempre bem hidratado, e beba bastante água, mesmo sem sentir sede;
  • Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo;
  • Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes;
  • Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
  • Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 17h;
  • Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar;
  • Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol;
  • Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas;
  • Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir;
  • Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas;
  • Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes;
  • Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam;
  • Dê preferência para aspiradores ou panos úmidos;
  • Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, levantam a poeira que se mistura no ar;
  • Não queime lixo nem provoque queimadas por descuido ou desatenção;

Fonte: Defesa Civil do Distrito Federal (DCDF)


Correio Braziliense domingo, 20 de março de 2022

DISTRITO FEDERAL: HOMENAGEM AOS 51 ANOS DA CEILÂNDIA

 

Ana Dubeux: A Ceilândia, com amor

 

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Ana Dubeux
postado em 20/03/2022 06:00 / atualizado em 20/03/2022 07:24
 
 (crédito:  Monique Renne/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Monique Renne/Esp. CB/D.A Press)

Desde que me entendi por gente em Brasília, entendi também que Brasília tem gente — uma gente boa, criativa e cheia de humanidade, que contraria o conceito de capital fria, feita de concreto, sem aconchego, esquinas ou vizinhança camarada. Parte dessa compreensão veio do fato de olhar além do Plano Piloto. Meu quadrado nunca teve divisas, nem espaço delimitado por retas ou mesmo as curvas arquitetônicas.

No próximo dia 27, Ceilândia faz festa: 51 anos de vida, de resistência, de uma identidade única, embora plural. Aqui no Correio, não deixamos de celebrar a data. No próximo domingo, será publicada a versão impressa de um especial que aponta para o futuro do lugar que hoje acolhe 470 mil moradores.

Um hotsite especial, já no nosso site, conta histórias memoráveis dos ceilandenses: dos projetos culturais, como o Jovem de Expressão, aos empreendedores. Os artistas também ganham espaço e voz.

Editor de Cidades e de Cultura, José Carlos Vieira, o Zé, amante dos recantos culturais além do Plano Piloto, conhece não só a geografia desse lugar, mas sua gente, sua força cultural.

Nossa ideia é sempre de resgate. Histórias, tradição e novas perspectivas de um lugar que resiste, luta, comove, promove e orgulha o Distrito Federal.

Vale a pena conferir para conhecer melhor esse recanto tão importante e revelador que nasceu e cresceu na diversidade de sua gente, que migrou de muitos estados brasileiros para erguer uma nova história e uma nova cidade. Nossos parabéns a todos os ceilandenses! Que Ceilândia receba nossa homenagem e continue fazendo história e poesia!


Correio Braziliense sábado, 19 de março de 2022

SAÚDE: EVENTOS EM TODO O PAÍS MARCAM PASSAGEM DO DIA DA SÍNDROME DE DOWN

 

Eventos em todo o país marcam passagem do Dia da Síndrome de Down

Neste ano, o país vai comemorar pela primeira vez o Dia Nacional da Síndrome de Down, que foi instituído no último dia 4 também para o dia 21.

AB
Agência Brasil
postado em 19/03/2022 08:35
 
 (crédito:  Wilson Dias/Ag..ncia Brasil)
(crédito: Wilson Dias/Ag..ncia Brasil)

Muitos eventos alusivos ao Dia Mundial da Síndrome de Down, que será comemorado nesta segunda-feira (21), começam a ser realizados hoje (19) no Brasil. Neste ano, o país vai comemorar pela primeira vez o Dia Nacional da Síndrome de Down, que foi instituído no último dia 4 também para o dia 21.

Um dos eventos previstos para este fim de semana é o 11º Simpósio Internacional da Síndrome de Down (Trissomia 21), organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo (Cepec SP).

O simpósio abordará temas como escolaridade, saúde, direito, nutrição, atividades físicas, genética, inclusão, autonomia, trabalho e envelhecimento. Amanhã (20), a fundadora da Escola de Gente, do Rio de Janeiro, Claudia Werneck, fará palestra com acessibilidade plena sobre o tema  "Comunicação inclusive. Vai ter legado depois da pandemia?".

 Também hoje será divulgada live beneficente pelo Instituto Amor21, a partir de 13h, no Maceió Shopping, em Alagoas, com o tema "O que Quer Dizer Inclusão?". Além de comemorar o dia 21 de março, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para a importância da inclusão das pessoas com Down por meio da conscientização. O Instituto Amor21 é formado por pais, parentes e amigos de pessoas com síndrome de Down. Foi fundado em novembro de 2014 e é filiado à Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down.


O Dia Mundial da Síndrome de Down é celebrado em 21 de março desde 2006, em alusão à Trissomia do Cromossomo 21, porque os portadores da síndrome de Down carregam três cromossomos número 21, em vez de dois, como as demais pessoas.

Respeito

No Shopping Benfica, em Fortaleza, o Instituto Compartilha e a empresa Taurus Engenharia abrem hoje uma série de atividades em ação intitulada "O que Quer Dizer Inclusão?". O objetivo é fazer com que os frequentadores do shopping center reflitam sobre a importância da inclusão de pessoas com síndrome de Down, que precisam ser respeitadas como indivíduos independentes e capacitados. A programação inclui oficinas de confecção de peças em biscuit e bijuterias para adultos com síndrome de Down, palestras, bate-papo, contação de histórias, exposição de quadros e apresentações artísticas e culturais. Haverá ainda venda de produtos confeccionados por pais de pessoas com Down.

Podem participar pessoas de qualquer idade. Apenas crianças com menos de 8 anos devem estar acompanhadas de adultos. A finalidade do evento é levar a população a refletir sobre os preconceitos em relação às pessoas apenas com base na aparência física.

Interação

Em Maricá, Rio de Janeiro, a prefeitura abre neste sábado na Lagoa de Araçatiba a programação da Semana da Síndrome de Down, que vai até sexta-feira (25). Das 9h às 12h, a Secretaria de Assistência Social oferece modalidades de interação para o público-alvo, como canoa polinésia adaptada, corrida de triciclo adaptado, ioga, alongamento e circuito. A ação é uma parceria com o projeto Empresto Minhas Pernas, da Organização da Sociedade Civil Rede Cicle, que faz com que as pessoas com deficiência tenham autonomia física ou mental por meio da interação com voluntários em práticas esportivas.

Segundo o secretário de Assistência Social de Maricá, Jorge Castor, o objetivo é incentivar o profissional a direcionar o olhar para as alterações comuns em variadas deficiências e mostrar que a pessoa com Down pode interagir com as demais, fazer esporte, dançar, brincar. É um evento de inclusão social. Na quarta-feira (23), às 9h, começa a Primeira Jornada Científica T21, com enfoque na condição genética Trissomia do Cromossomo 21, conhecida como síndrome de Down.


A Semana da Síndrome de Down será encerrada na sexta-feira com exibição do filme Cromossomo 21, no Rotary Clube de Maricá, às 14h.

Vídeos

A Down Syndrome International, entidade sediada no Reino Unido e responsável pela criação do Dia Mundial da Síndrome de Down, convida pessoas com essa condição a participar dos eventos pelo Dia Internacional da Síndrome de Down na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos) e Genebra (Suíça). Quem quiser pode enviar vídeos ao site da entidade dizendo o que é inclusão. No evento de Nova York, pessoas que não têm síndrome de Down também podem participar.

Cromossomo do amor

Na segunda-feira, das 18h às 19h, a Universidade Guarulhos, em São Paulo, promove o evento online Cromossomo do Amor – Conhecer para Incluir. A programação, que será transmitido pelo canal da universidade no YouTube, inclui temas como conscientização sobre direitos, inclusão e bem-estar, importância do acompanhamento do atendimento pedagógico e apresentará sugestões de atividades que podem ser feitas em casa.

Foz do Iguaçu, no Paraná, promoverá de segunda a sexta-feira a 3ª Semana da Pessoa com Síndrome de Down. O evento, que será virtual e terá palestras sobre educação inclusiva, faz parte das atividades de extensão realizadas por professores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). O objetivo é levar educadores, profissionais de saúde e o público em geral a compreender quais são os direitos dos portadores da síndrome de Down quanto à educação, à saúde, à qualidade de vida, ao trabalho, além de combater o preconceito em relação às pessoas com essa condição.

O evento é aberto a todos os interessados e fornecerá certificado aos que se inscreverem e assinarem a lista de presença no dia de cada atividade. A transmissão será pelo YouTube, e as pessoas inscritas receberão e-mail com informações para acesso à sala virtual. As inscrições podem ser feitas aqui.

De 21 a 23 deste mês, a Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência e o Instituto Limbios, localizado no estado de São Paulo, estão com inscrições abertas para evento online e gratuito para lembrar o Dia Internacional da Síndrome de Down. Com o tema "Síndrome de Down (T21), o Cromossomo que Nos Une", o encontro virtual será transmitido pelo canal do Instituto Limbios no YouTube. De acordo com a organização, estará em debate a importância do acolhimento e da estimulação precoce para o pleno desenvolvimento do portador de síndrome de Down, do diagnóstico até a vida adulta. As inscrições podem ser feitas por este e-mail ou pelo telefone (14) 3732-8844.

Mesa-redonda

Na segunda-feira, em Macaé, no Rio de Janeiro, a Secretaria de Educação realizará mesa-redonda, a partir das 14h, na Câmara Municipal, levando a população a refletir sobre a síndrome de Down no projeto Todos por uma Macaé Inclusiva. Para participar, os interessados precisam se inscrever no site do Centro de Formação Professora Carolina Garcia. O objetivo é debater a inclusão e promover a discussão de alternativas para aumentar a visibilidade social das pessoas com síndrome de Down.

Também a Secretaria de Inclusão de Ourinhos, em São Paulo, programou para segunda-feira o 1º Updown, evento especial para marcar a passagem do Dia Mundial da Síndrome de Down. A ação foi definida em reunião da prefeitura com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O evento será na Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos, a partir das 15h. A programação prevê mesa de conversa com pessoas com síndrome de Down e apresentação de dança.

Conscientização

De 21 a 27 deste mês, Pelotas, no Rio Grande do Sul, promove a Semana de Conscientização e Orientação Sobre a Síndrome de Down. Organizado pela prefeitura, o evento terá participação de diversas entidades e palestras e oficinas ao longo dos sete dias de programação. Colaboram na organização as secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação e Desporto de Pelotas. Entre as atividades previstas, está a construção de uma rede de acolhimento a partir de encontros presenciais com as equipes da atenção primária de saúde, rodas de conversa e debates sobre o tema "Você sabe o que é inclusão?", além de pintura nas escolas municipais nas cores azul e amarelo, em referência ao tema.

Ainda no Rio Grande do Sul, a Associação de Pais, Familiares e Amigos de pessoas com Síndrome de Down Bem Viver realiza, em Santa Maria, a exposição "Somos mais que T21" no Monet Plaza Shopping. A mostra reúne itens confeccionados por crianças, jovens e adultos com a síndrome e fotos dos filiados à associação. A mostra fica na sala 90 do shopping até o dia 1º de abril e a visitação é gratuita.

Em Porto Ferreira, São Paulo, o Sest/Senat promoverá a 2º edição da Semana Municipal de Conscientização sobre a Síndrome de Down nos dias 28, 29 e 30 de março. Aberto ao público, o evento será realizado de forma presencial, a partir das 19h30, seguindo as medidas de higiene, distanciamento e com os participantes usando máscaras.

A semana resulta de parceria entre as secretarias de Educação, Saúde e Desenvolvimento Social e Cidadania, em conjunto com a sociedade, e busca discutir inclusão, respeito e combate ao preconceito contra as pessoas com síndrome de Down.


Correio Braziliense sexta, 18 de março de 2022

GASTRONOMIA: LIBERTANGO GANHA VERSÃO BRASILIENSE NO SETOR HOTELEIRO SUL

 

Libertango ganha versão brasiliense no Setor Hoteleiro Sul

 

 

Publicado em Restaurantes
 

Ao se atrever a transformar o clássico tango num estilo livre e potente, o genial músico argentino Astor Piazzola não poderia imaginar que o título de uma de suas mais incensadas composições – Libertango — fosse servir, 40 anos mais tarde, para batizar restaurante especializado em parrilla, reconhecido entre os melhores do Brasil no serviço de deliciosas carnes grelhadas igualmente argentinas.

“No retorno de uma viagem a Buenos Aires, onde comprei um CD de Piazzola, vinha ouvindo as músicas e me encantei especialmente com uma delas. Imediatamente decidi substituir a palavra Recoleta, que eu não gostava muito, no nome do restaurante aberto no Guarujá. Assim nasceu o Libertango, transferido logo depois para Campos de Jordão”, conta o empresário paulista de Avaré, Jorge Seródio, que ao lado da mulher Lucinha, dão suporte à versão brasiliense do famoso estabelecimento, que veio dar filhote no térreo do Bonaparte, Setor Hoteleiro Sul, pelas mãos do empresário Raul Canal, proprietário de imóveis no local.

É ele que narra, por sua vez, como descobriu o Libertango, numa viagem à famosa estação de inverno paulista. “Fui jantar lá no Dia dos Namorados de 2015 e me apaixonei pela comida e o lugar e ainda voltei mais quatro vezes durante a estada”, lembra o advogado, dublê de empresário, que já estava interessado em “revitalizar a área de hotelaria, onde fica o meu escritório”.

Menu de gênero

Embora seja quase todo executado na parrilla, o cardápio traz muita variedade de carnes, apesar de 80% ter origem argentina. Do Uruguai, vem um delicioso carré de cordeiro servido com arroz com açafrão e molho de hortelã (R$ 154). Os cortes argentinos vão do bife de chorizo (350g para homem por R$ 132,90 e 270g para mulher por R$ 120,90) ao corazón de cuadril, que é a alcatra (R$ 126,90 para homem e R$ 117,90 para mulher); da fraldinha, consta como vacio (R$ 129,90 para homem e R$ 118,90 para mulher) ao asado de tira, costela com preço único de R$ 115,90. “Normalmente a mulher come menos que o homem, mas isso não impede que ele peça tamanho menor ou a mulher tamanho maior”, explica Lucia Serodio.

Alguns cortes podem vir à mesa para duas pessoas. Nesse caso, eles tem 600g e são servidos com dois acompanhamentos, como o ojo de bife (R$ 287,90); tapa de cuadril, que é a cobiçada picanha e o shoulder steak (ambos por R$ 279,90 cada). Arroz com brócolis, batata frita, purê de batata ou de maçã, polenta, farofa, creme de milho e até cabelinho de anjo ao alho e azeite de oliva são os principais acompanhamentos. Além de entradas, como empanada e linguiça, saladas e pastas, há pescados para quem não quer carne: salmão e truta grelhados. Ainda na parrilla, pancetta suína (cerdo a Gardel) e frango desossado (R$ 80,90).

Vinho exclusivo

Raul Canal com o vinho Neto do Tróia

Outra “descoberta” de Raul Canal, que se tornou um capricho, foi um tinto da Puglia, Nero Di Troia, “difícil de encontrar, fomos achá-lo numa distribuidora em São Paulo”, revela o experiente sommelier cearense Cintra Neto, de 47 anos, que emigrou para o sul e veio a Brasília, 11 anos atrás, com a equipe de A bela Sintra, passando depois pelo Bartolomeu. O vinho sai por R$ 433.

De sobremesa, há as clássicas argentinas, como panqueca recheado de doce leite com sorvete (R$ 29,90) e alfajores (R$ 14,90), segundo receita de Lucia Seródio, que faz o doce molhado por dentro.

Funciona de terça a sábado, de 12h às 15h e de 19h às 23h. Domingo, de 12h às 17h. Reservas: 3554-1727.


Correio Braziliense quinta, 17 de março de 2022

PREVISÃO DO TEMPO: DF TERÁ DIA QUENTE, COM CHUVAS

 

DF terá dia quente, mas com chuvas; a máxima será de 30ºC

Inmet prevê pancadas de chuvas isoladas, principalmente no período da tarde. O verão termina no próximo domingo, dia 20 de março, dando início ao outono

JE
Júlia Eleutério
postado em 17/03/2022 08:56
 
 (crédito: RodrigoNunes)
(crédito: RodrigoNunes)

Separa o guarda-chuva! As chuvas no Distrito Federal ainda não vão dar trégua para os brasilienses. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas podem ocorrer durante todo o dia, principalmente na parte da tarde, e de forma isolada. A previsão do tempo indica também um dia quente na capital com a temperatura máxima podendo chegar a 30ºC. A mínima registrada foi de 18ºC na madrugada.

O meteorologista avaliou que o tempo chuvoso em algumas horas do dia é comum para essa época do ano. "Estamos mantendo essa chuva típica de verão, apesar de estarmos quase no fim da estação já”, pontuou Mamedes. O verão termina no próximo domingo, dia 20 de março, dando início ao outono.

Como se proteger das fortes chuvas?

O brasiliense que está nas ruas precisa tomar cuidado. Para isso, o Correio preparou algumas dicas que podem te ajudar durante esse período chuvoso. Confira:

  • Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas. Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada;
  • Caso precise de mais informações, acione a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros Militar (telefone 193). 

Correio Braziliense quarta, 16 de março de 2022

FUTEBOL - ÊXITO DO AMÉRICA MINEIRO EXPÕE TEMPO PERDIDO PELOS GIGANTES

Da Série B do Mineiro para a Libertadores: êxito do América expõe tempo perdido pelos gigantes

Publicado em Esporte
 
 

Em 2008, o América-MG disputava a segunda divisão do Campeonato Mineiro. Naquela mesma temporada, o Vasco caía pela primeira vez para a Série B do Brasileirão. De lá para cá são 14 anos. Incapaz de se reconstruir, o time carioca está no lugar que, em tese, seria do América. Com um jeitinho mineiro de ser, o Coelho preenche o espaço que, em circunstâncias normais de temperatura e pressão, deveria ser ocupado pelo Vasco: a fase de grupos da Libertadores.

 

A classificação do América em dois triunfos nos pênaltis contra o Guaraní, do Paraguai, e o Barcelona de Guayaquil nesta terça-feira é um tapa na cara de gigantes do futebol brasileiro. Dá um pouquinho a dimensão de como alguns times tradicionais pararam no tempo.

 

Em 2008, o América competia com Uberlândia, Caldense, Itaúna, Araxá, URT, Poços de Caldas, Ideal, Formiga, Valeriodoce, União Luziense e Passense pelo título da Série B do Mineiro, chamado por lá de Módulo II. Uma década e meia depois, está entre os 32 maiores clubes da América do Sul. Aguarda pelo sorteio, em 25 de março, para saber em qual das oito chaves entrará na fase mais importante da principal competição do continente.

 

Obviamente há quem relativize o sucesso do América-MG argumentando que nunca antes na história desse país se distribuiu tantas vagas para a Libertadores. Há quem diga que o clube mineiro não convive com a pressão dos gigantes. Outros exaltarão a sorte, o sucesso em duas disputas consecutivas nos pênaltis. Os mais incautos alegarão que os times do Guaraní e do Barcelona não são de nada. E ai de quem lembre que o time paraguaio eliminou o Corinthians duas vezes e o Barcelona foi duas vezes vice-campeão da Libertadores. Outro dia, inclusive, era o único intruso nas semifinais contra Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras.

 

Afundado pelo segundo ano consecutivo na Série B, o Cruzeiro deve estar se moendo. O herói do América-MG é o goleiro Jailson, aquele que não serviu para assumir as traves celestes. Ronaldo desembarcou no clube e seus assessores decidiram dispensá-lo. Deixou a Toca da Raposa pela porta dos fundos ao lado do ídolo Fábio. Curiosamente, outro goleiro que pode avançar à fase de grupos nesta quarta-feira se o Fluminense sustentar a vantagem de 3 x 1.

 

Futebol se ganha em campo, mas, também, fora dele. Um colega de Belo Horizonte, sempre muito atento à vida do Coelho, destaca a administração do presidente Marcus Sallum. Segundo ele, o dirigente é muito correto, humilde e honesto. Artigos de luxo em tempos tão sombrios.


Correio Braziliense terça, 15 de março de 2022

PANDEMIA: MÁSCARAS DEVERIAM SER MANTIDAS EM AMBIENTES FECHADOS, DIZ ESPECIALISTA

Máscaras deveriam ser mantidas em ambientes fechados, diz especialista

Segundo o professor de Biologia Celular, locais com aglomerações ainda deveriam manter a obrigatoriedade do uso de máscara, como transporte público, comércios, teatro, cinema, feiras e shopping.

AB
Agência Brasil
postado em 15/03/2022 09:05 / atualizado em 15/03/2022 10:07
 
 (crédito:  Tânia Rêgo/ Agência Brasil )
(crédito: Tânia Rêgo/ Agência Brasil )

Idosos e imunossuprimidos devem manter o uso de máscara como proteção contra a covid-19, mesmo em cidades onde não há mais obrigatoriedade. O alerta é do professor do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB), Bergmann Morais Ribeiro.

Segundo Ribeiro, locais com aglomerações ainda deveriam manter a obrigatoriedade do uso de máscara, como transporte público, comércios, teatro, cinema, feiras e shopping. 

A obrigatoriedade do uso também deveria ser mantida para estudantes e professores em escolas. Outro ponto destacado pelo professor é a necessidade de que os brasileiros completem o ciclo vacinal contra a covid-19.

"A pandemia ainda não acabou. Existem outras variantes que surgiram, como a Ômicron, que aumentou o número de infecções na Grã Bretanha, em Hong Kong e na própria China. Se não tomarmos cuidado, pode aparecer nova onda", lembrou..

Fiocruz

Para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a flexibilização de medidas protetivas contra a doença, como o uso de máscaras em locais fechados de forma irrestrita, é prematuro. De acordo com o boletim do Observatório Covid-19 divulgado pela instituição, as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença. Ainda não é possível avaliar o efeito das festas e viagens no período do carnaval. 

O boletim cita estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%. Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim diz que as máscaras ficaram ainda mais importantes.


Correio Braziliense segunda, 14 de março de 2022

TURISMO:LAGO PARANOÁ - UM CONVITE PARA APRECIAR A ALVORADA E FAZER ESPORTES NÁUTICOS

Lago Paranoá: um convite para apreciar a alvorada e fazer esportes náuticos

Ponto turístico reúne beleza, lazer e saúde para os brasilienses. Praticantes de canoagem e outras modalidades esportivas aquáticas chegam ao nascer do Sol para começarem o dia bem antes de encarar o expediente

JE
Júlia Eleutério
postado em 14/03/2022 06:00
 
 
Amanhecer no Lago Paranoá, brasilienses praticam canoagem antes de começar a rotina de trabalho e aproveitam a paisagem -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Amanhecer no Lago Paranoá, brasilienses praticam canoagem antes de começar a rotina de trabalho e aproveitam a paisagem - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Um dos pontos turísticos mais conhecidos de Brasília tem se destacado ainda mais ao amanhecer. O Lago Paranoá tornou-se uma das principais opções dos brasilienses que gostam de conciliar uma atividade física nas primeiras horas do dia com uma rotina de trabalho na capital. A prática de exercícios ao ar livre ganhou força após o início da pandemia do novo coronavírus.

Morador da Vila Planalto há 10 anos, Alan ressalta que nunca foi de acordar cedo, mas, com a prática da canoagem, isso mudou. "Ver o sol nascer e estar no meio do lago, além de saudável, traz uma visão linda. Parece que você nunca se acostuma", destaca. O arquiteto começou a praticar o esporte aquático há 11 meses. "Fui remar a primeira vez de teste e, na segunda, já comecei a ir regularmente e virei mensalista. Não sei se vou conseguir parar", acrescenta Alan. A prática mais comum é com a canoa havaiana, que possui um flutuador lateral, para dar estabilidade.

Junto ao nascer do Sol, que impressiona com tamanha beleza, os esportistas que procuram o lago pelas manhãs podem ouvir o canto dos pássaros e entrar em contato com a natureza. Recém chegada à Brasília, a arquiteta Thais Otto, 30 anos, foi apresentada à canoagem pelo colega de trabalho, Alan, e começou a frequentar o corpo d'água nas manhãs. "Ele me convidou para experimentar, e digo que a parte mais difícil foi tomar a decisão de levantar da cama às 5h. Depois disso, tudo pareceu contribuir: o calorzinho de Brasília, o Sol e as companhias! Paramos do outro lado do lago para mergulhar, e confesso que foi a primeira vez que subi em uma mangueira para comer a manga direto no pé", conta a arquiteta.

Natural de Ponta Grossa (PR), Thais se mudou para a capital do país a trabalho em 2021 e destaca que sempre gostou de praticar esportes. Por conta da pandemia, priorizou atividades ao ar livre, fazendo até futevôlei. "Desde que conheci a canoagem, tenho feito a atividade quase toda semana, sempre no nascer do Sol. Chegamos, remamos por duas horas, e, de lá, me arrumo e vou trabalhar", detalha a paranaense. "A tranquilidade e o Sol desse horário são especiais, e a paisagem e o céu surpreendem todas as vezes. O dia parece maior e traz uma sensação de paz, quando estamos no meio do lago, longe de tudo. Recomendo!", enfatiza a nova moradora de Brasília.

Para todos

Dono da Avalon Canoagem, no Setor de Hotel e Turismo Norte (SHTN), Vagner Maciel, 41, aluga canoas havaianas, ensinando os adeptos da modalidade, como é o caso dos amigos Thais e Alan, sempre sob a proteção de uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida. O empresário paulista pratica o esporte há alguns anos e é apaixonado pelo Lago Paranoá. "O diferencial da nossa canoa é que a gente está aberto para o público, não somos um clube fechado. Qualquer pessoa tem acesso aqui. É um esporte de ponta, mas é acessível para qualquer um passear", avalia Vagner, mais conhecido como Papito pelos amigos e alunos.

Pensando na qualidade de vida e no esporte em si, Papito acorda cedo todos os dias para atender os alunos. Ele revela que a maioria opta por ir logo cedo, às 6h. Na época da seca no Distrito Federal, a procura aumenta, mas, atualmente, Vagner tem 30 mensalistas. "Você dá um mergulho e molha a cabeça, a gente diz que é pegar o axé. Transforma a energia do corpo", diz o professor. "Tem gente que mora há 50 anos em Brasília ou que nasceu aqui e nunca entrou no Lago. As pessoas olham para o lago e imaginam que é cheio de bicho, que tem jacaré e cobra, e não se permitem aproveitar. Depois que entra, vêem que não tem esse perigo todo e que dá uma sensação tão boa", convida o empresário para que todos aproveitem as maravilhas do lago, independente de horário.

Opções variadas

Muitos brasilienses se aventuram nas manhãs no Lago Paranoá para praticar natação, windsurf, kitesurf e stand up paddle (sup), por exemplo. O remo é outra modalidade procurada por quem deseja uma atividade diferente das convencionais. Fortalecendo a musculatura abdominal e dorsal, diversas pessoas buscaram o esporte por ser ao ar livre, assim como a canoagem havaiana.

Professor no Remo Brasília, no Minas Tênis Clube, Rodrigo Prado acredita que a procura será ainda maior neste ano. "Desde 2020, quando houve o fechamento, a gente teve uma procura por ser uma atividade ao ar livre, mas não normalizou ainda. Agora, com o fim das chuvas e as pessoas vacinadas, acreditamos que vai voltar ao normal", comenta o educador, acrescentando que os meses entre novembro e fevereiro há menos alunos, por conta das precipitações.


Correio Braziliense domingo, 13 de março de 2022

COVID-19: É PRECOCE DESOBRIGAR USO DE MÁSCARAS, DIZ PESQUISADORA DA FIOCRUZ

"É precoce desobrigar uso de máscaras", diz pesquisadora da Fiocruz

Margareth Dalcolmo desaprova as flexibilizações feitas no país e critica a falta de incorporação de remédios contra covid-19 no SUS

ME
Maria Eduarda Cardim
postado em 13/03/2022 06:00 / atualizado em 13/03/2022 06:56
 
 (crédito: MAURO PIMENTEL)
(crédito: MAURO PIMENTEL)

Ainda que, em diversos momentos da pandemia da covid-19, os discursos governamentais, considerados nocivos por especialistas, tenham manchado a imagem do Brasil no cenário internacional, o comportamento do país no combate ao novo coronavírus é considerado razoável diante dos altos e baixos vividos nestes dois anos de pandemia. A opinião é da pneumologista Margareth Dalcolmo, um dos nomes de destaque do Brasil no enfrentamento à covid-19.


Em Brasília para lançar o livro Um tempo para não esquecer — A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde, que reúne artigos da pesquisadora que documentam o transcorrer da pandemia, Dalcolmo conversou com o Correio sobre as flexibilizações feitas atualmente no país e sobre o futuro da pandemia no Brasil e criticou a falta de incorporação de um remédio para tratamento da covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).


Para ela, o Brasil precisa pensar em nacionalizar os medicamentos já aprovados e recomendados para o tratamento da doença para impedir que os preços das medicações se tornem proibitivos para o país. Além disso, a pesquisadora acredita que a quarta dose da vacina, hoje recomendada somente para grupos específicos, deve ser estendida à população em geral nos próximos meses, mas acha pouco provável ser necessário fazer campanhas de vacinação anuais como se faz para o vírus influenza, por exemplo.

Confira a entrevista:

Como a senhora avalia o momento atual da pandemia no Brasil?


Mas essa flexibilização do uso de máscaras em ambientes abertos é uma questão pacificada na comunidade científica?


Sim, nós já estamos dizendo isso desde o fim de novembro. Desde antes do aparecimento da cepa ômicron. Nós já estamos falando que poderíamos, dada à taxa de vacinação alta alcançada, dispensar o uso de máscaras em atividades isoladas. Você precisa ter um certo bom senso. Uma festa ou um luau com 2 mil pessoas, com tudo agarradinho, não é exatamente estar ao ar livre. Agora, caminhar, ir em parques, praias, tudo isso pode ser sem máscaras.


A senhora acredita que desobrigar o uso de máscaras em ambientes fechados é precoce?

Eu, particularmente, acho que é precoce, sim. Acho que nós não podemos ainda falar em controle total porque nós ainda temos um número de mortes atribuídas à doença bastante considerável. Embora a taxa de hospitalização tenha realmente diminuído, ela não é zero.


E qual é, agora, a prioridade no combate à pandemia no Brasil?


Vacinar as crianças, completar a vacinação de quem ainda não o fez e fazer vigilância epidemiológica. Porque se você me perguntar: ‘Não vai ter outra variante?’ Não sei dizer. Nós não sabemos. O número de suscetíveis precisa diminuir mais, nós ainda temos muitos circulando por aí que podem ajudar a disseminar o vírus em um eventual aparecimento de uma nova cepa variante.


E a quarta dose da vacina? A senhora acredita que ela será estendida? Ou teremos uma vacinação anual como acontece com a vacina da gripe?

Acho que a quarta dose deverá ser estendida a todo mundo a partir dos 18 anos de idade nos próximos meses. Essa é a minha expectativa. Neste momento, nós estamos vacinando vulneráveis, pessoas idosas ou com doenças de imunossupressão, mas a minha expectativa é de que nós vacinemos todos, a partir dos 18 anos, com uma quarta dose, nos próximos meses. Haverá seguramente uma segunda geração de vacinas, já estabelecidas com cepas novas. Há estudos sendo feitos nesse sentido, mas eu não creio, não tenho a expectativa e acho pouco provável que nós precisemos fazer vacinações anuais como se faz para o vírus influenza.


Agora, com autonomia da produção do imunizante, o olhar se volta para os medicamentos contra a covid-19. Já existem alguns aprovados pela Anvisa, mas nenhum incorporado ao SUS. Qual é o impacto disso?


É uma pena. De novo, nós estamos atrasados. Nós deixamos de utilizá-los durante o aparecimento da cepa ômicron, não pudemos, foi uma pena porque deixamos de tratar milhares de pessoas. Então, nós precisamos nacionalizar esses produtos para que, inclusive, os preços deles, que são proibitivos para o Brasil, baixem. Nós já estamos em negociação para a fabricação do monulpiravir por Farmanguinhos, por meio da Fiocruz no Brasil.


O governo federal já fala em uma possível reclassificação da pandemia para endemia. Isso é possível?

Isso não existe. Isso é uma retórica completamente equivocada. Quem vai dizer se a pandemia está controlada é a Organização Mundial da Saúde (OMS). Não é um título honorífico dizer que hoje não é mais pandemia porque eu quero que não seja. Para isso ser considerado de maneira correta do ponto de vista epidemiológico será necessário reduzir, para muito perto de zero, o número de hospitalização e de morte pela doença. Então, eu consideraria isso um exercício retórico.


Ainda falando sobre o Brasil, qual é a imagem que o país passa no cenário internacional em meio à pandemia?


Eu acho que o Brasil teve imagens, digamos, boas e ruins. Tivemos tudo. Primeiro, não nos preparamos adequadamente para receber uma epidemia desse porte. Embora o SUS fosse desde o início, sabidamente, a arma mais poderosa para enfrentar a pandemia, o SUS entrou em condições bastante desfavoráveis em um certo sentido. Então, tem sempre uma coisa boa e uma coisa ruim, né? A coisa boa é que o Brasil foi um belo local, um celeiro, de produção de grandes estudos de fase três para vacina. Mas aí, o Brasil conseguiu não seguir o seu exemplo tradicional de adesão à vacinação, que é muito característico da população brasileira. Infelizmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) entrou sem uma coordenação, como tinha sido em epidemias anteriores. Então, tudo isso fez com que o Brasil, que vinha de uma tradição extremamente positiva, tenha entrado numa pandemia desta magnitude em condições desfavoráveis.


E quanto ao lado positivo?

A comunidade científica e acadêmica brasileira mostrou uma capacidade de trabalho extraordinária. O Brasil é, hoje, o décimo país em publicações científicas sobre a covid-19, o que não é pouca coisa. É muito se compararmos com países onde o investimento em pesquisa é tão maior do que no Brasil. E nós estamos sofrendo cortes, um atrás do outro. Depois, outra coisa positiva, é que a comunidade científica brasileira, e vale dizer feminina, porque ela foi totalmente de mulheres, foi muito ágil e muito rápida no sequenciamento do genoma. Em quatro dias no Brasil, foi identificado o genoma por um grupo de cientistas brasileiras, mulheres, como a Ester Sabino, a Jaqueline Goes. Soma-se ainda aos fatores positivos a capacidade de instituições brasileiras públicas, como a Fiocruz e o Instituto Butantan, terem tido, no caso da Fiocruz, a iniciativa de fazer a encomenda tecnológica de nacionalização de uma vacina. O resultado disso hoje, em uma fase de mais ou menos controle pandêmico, é de autonomia. O Brasil, hoje, assegurou a autonomia na produção de vacinas para covid-19.


É preciso falar também sobre a politização da pandemia, certo?


Exceto essa enorme politização da pandemia feita pelo discurso governamental, que, a meu juízo, foi profundamente nocivo ao país, eu acho que nesse balanço, de altos e baixos, o Brasil teve um comportamento bastante razoável no combate ao novo coronavírus. Vivemos essa dualidade o tempo todo. Não precisávamos ter vivido tragédias paralelas à epidemia. Nós não precisávamos ter vivido a tragédia de Manaus. Manaus foi o primeiro local que teve pico epidêmico em abril de 2020 e nós sabíamos que a imunidade conferida pela doença era efêmera. Então, Manaus poderia ter se preparado para um eventual aparecimento de uma nova cepa. Não precisaríamos ter vivido a tragédia de oxigênio no norte do país. Não precisaríamos ter vivido o escândalo que foram os hospitais de campanha no Rio de Janeiro, o atraso no processo de vacinação. Nós vivemos a contradição de termos feito estudos extraordinários de fase três e não termos feito as encomendas no tempo certo.


Passados esses dois anos de pandemia, como a senhora avalia que o Brasil vai sair desse momento em termos científicos?

Acho que dois produtos positivos saíram dessa tragédia que se abateu sobre nós. Primeiro, a grande capacidade de produção da comunidade científica e o reconhecimento por parte da sociedade civil brasileira, que não nos conhecia, que não sabia que existia uma ciência nacional. Muitos de nós saímos dos nossos casulos, laboratórios, consultórios e viemos a público. A sociedade quando nos reconhece, confia em nós. Então, a sociedade brasileira hoje sabe que existe uma ciência genuinamente nacional, que trabalha e está comprometida com ela. O segundo produto que eu considero extremamente positivo é que o Brasil é um país que nos constrange tanto pela sua enorme desigualdade, e, na verdade, a iniciativa privada, pela primeira vez de maneira robusta, mostrou um comparecimento muito impressionante.


Como assim?


Na primeira entrevista pública que eu dei sobre a pandemia da covid-19, eu disse que a iniciativa privada teria que comparecer pesadamente ou a tragédia seria maior. E nós tivemos muitas doações. O que nós precisamos agora é criar no Brasil uma cultura de um novo voluntariado ou o que eu chamo de um voluntariado de nova qualidade. Instituir isso e incorporar a nossa cultura. É preciso diminuir essa distância tão grande entre quem tem e quem não tem. Lembrando que milhares de pessoas entraram na linha de pobreza durante esses dois anos de pandemia. E um terceiro produto, e não menos importante, obviamente, foi que, a despeito de todas as dificuldades, o SUS respondeu.


Correio Braziliense sábado, 12 de março de 2022

DOM TERRA SE ENCANTOU: BISPO EMÉRITO DE BRASÍLIA FALECEU AOS 97 ANOS DE IDADE

Devotos e membros da arquidiocese de Brasília se despendem de Dom Terra

 

 

Uma última homenagem é prestada ao bispo emérito Dom João Evangelista Martins Terra na Catedral de Brasília

 

Pedro Ibarra
postado em 12/03/2022 10:12
 
 (crédito: Pedro Ibarra/ CB/ DAPress)
(crédito: Pedro Ibarra/ CB/ DAPress)

O bispo emérito de Brasília Dom João Evangelista Martins Terra foi velado na Catedral da capital na manhã deste sábado (12/3). O bispo auxiliar, professor e estudioso da religião morreu, aos 97 anos de idade, na última sexta-feira (11).

“A perda de Dom Terra se dá no plano intelectual, como o grande estudioso da sagrada escritura e grande teólogo que ele foi, mas também como ser humano, homem e pastor”, afirma o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar. “Ele deixa para nós um profundo amor pela sagrada escritura e o exemplo de muito amor também à palavra de Deus”, completa.

Dom Paulo relembrou a trajetória de Dom Terra, que antes de ser bispo auxiliar em Brasília também desempenhou o mesmo papel em Recife. “Ele doou a vida a Deus em Recife e aqui em Brasília”, conta.

Dom João Evangelista Martins Terra chegou a Brasília em 1994 no papel de bispo auxiliar do cardeal José Freire Falcão, na época arcebispo da capital. Posteriormente se tornou bispo emérito da cidade.


Correio Braziliense sexta, 11 de março de 2022

PANDEMIA: MÁSCARAS SEGUEM OBRIGATÓRIAS PARA ACESSO NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO

Máscaras seguem obrigatórias para acesso no Tribunal Regional do Trabalho

Por meio da resolução nº 34/2020, todos os funcionários e os visitantes precisam utilizar máscaras de proteção para transitar na unidade do Tribunal Regional do Trabalho no DF

RM
Rafaela Martins
postado em 11/03/2022 09:56 / atualizado em 11/03/2022 09:57
 
 (crédito: Internet/Reprodução)
(crédito: Internet/Reprodução)

Mesmo que o Governo do Distrito Federal (GDF) tenha decretado o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras faciais em locais fechados, os protocolos sanitários adotados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) — por meio da Resolução nº 34/2020 — continuam em vigor nas unidades do Distrito Federal e do Tocantins.

Desobrigação

O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a flexibilização da exigência na manhã de quinta-feira (10/3). No começo da tarde o decreto de não obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados do Distrito Federal, estava assinado e publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

 
Apesar da liberação, o governador destacou a importância de manter os cuidados contra a doença. "Vai existir um debate na imprensa e na sociedade também (sobre a liberação). As pessoas têm de se prevenir. Quem quiser continuar usando máscara, que continue, sem problema nenhum", afirmou, ressaltando que a medida não exige o fim do uso, apenas desobriga a utilização.

Correio Braziliense quinta, 10 de março de 2022

HISTPÓRIA: TORRE DE TV COMEMORA ANIVERSÁRIO COM TOUR VIRTUAL E DIVERSÃO PARA TODOS

Torre de TV comemora o aniversário com tour virtual e diversão para todos

O monumento erguido em 1967 é parada obrigatória para quem visita a capital do país. Comerciantes do local colecionam histórias de moradores e turistas. Diversas atrações serão oferecidas a população

AM
Ana Maria Pol
BG
Bernardo Guerra*
postado em 10/03/2022 06:00
 
 
Torre de TV completa 55 anos como a segunda mais alta construção do Brasil -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Torre de TV completa 55 anos como a segunda mais alta construção do Brasil - (crédito: Ed Alves/CB)

Enquanto o volume fabuloso de aço da Torre Eiffel ilumina e conquista as ruas de Paris, em Brasília, a imponência da Torre de TV captura o olhar de centenas de pessoas que passam pelo local durante a semana. O monumento projetado pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa — pioneiro que traçou o Plano Piloto — é inspirado na estrutura parisiense e completou 55 anos de história, nessa quarta-feira (9/3). Com 230 metros de altura, é a segunda construção mais alta do Brasil — ficando atrás do Infinity Coast, em Balneário Camboriú (SC), com 234,7 metros — e desde a inauguração, em 1967, é um dos atrativos mais importantes da capital do país.

Turista, Izaias conta que veio do Pará, há quatro dias. "Aqui, é muito diferente da minha terra natal, porque todos os pontos turísticos ficam concentrados e dá para tirar fotos muito bonitas, além de poder visitar vários locais ao mesmo tempo. Fica tudo perto", diz.

Izaias esteve no Distrito Federal há quatro anos, mas não pôde visitar a Torre, uma vez que estava fechada para reformas. Em 2020, o monumento reabriu para visitação e, desde então, funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 19h. "Valeu a pena esperar e, agora, eu, com certeza, vou indicar a visita para amigos e familiares que vierem conhecer Brasília", completa o estudante. Sob a gestão do Banco de Brasília (BRB), há dois anos, o ponto turístico ganhou um espaço de eventos no mezanino, mantendo o mirante que oferece uma vista panorâmica do Plano Piloto.

Para 2022, está prevista a entrega do paisagismo do espaço entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Torre de TV. Os projetos originais estão preservados. O boulevard contará com wi-fi para a população. "Assumir a gestão da Torre e devolver à população de Brasília um dos principais cartões-postais do DF nos dá orgulho e a certeza de que estamos trabalhando em prol do desenvolvimento econômico, social e humano. Estamos felizes em poder celebrar os 55 anos da Torre junto à nossa gente. É, realmente, um cartão postal com muito significado, momentos, memórias e histórias na vida de todos nós", afirma o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.

Comércio

A visita à Torre de TV se completa com o passeio pela fonte luminosa e pela famosa Feira da Torre, que oferece o melhor do artesanato e produtos regionais. Ela funciona de sexta-feira a domingo e nos feriados, das 8h às 18h. No local, é possível encontrar móveis, peças de vestuário, bijuterias, arte decorativa e, na praça de alimentação, pratos típicos do Brasil inteiro. Dentre as pessoas que aproveitam as sombras da estrutura para vender souvenires, está o comerciante José Raimundo, 54.

Nascido em Brasília, José ressalta que trabalha no espaço há dez anos, vendendo estátuas pequenas de monumentos de Brasília, pulseiras, tornozeleiras e colares e pôde presenciar diferentes histórias, que ficaram na memória. Dentre eles, o show da Marília Mendonça, na Esplanada dos Ministérios. "Lotou os jardins da cidade, foi algo legal de se ver", lembra, com carinho da cantora. "Sempre esbarramos e trocamos ideia com gente de tudo quanto é lugar do Brasil. Às vezes, até de fora. A Torre reúne muitas histórias, e nós, que trabalhamos aqui, conseguimos compartilhar várias delas e conhecer diversas pessoas", destaca José.

A Torre de TV abriga, na feira, 571 boxes ocupados por artesãos de todo o DF. "Ela gera emprego e renda e movimenta a economia criativa de Brasília. Desde que foi inaugurada, a Torre nunca deixou de ser um grande atrativo turístico. Representa a união do brasiliense", considera a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça. "A Torre é ponto de encontro dos brasileiros de todos os estados. Ela funciona como um farol para o DF", completa.

Programe-se

Para celebrar os 55 anos da Torre de TV, o BRB vai promover uma série de atrações. A partir desta quinta-feira (10/3), estará à disposição uma visitação on-line da Torre, pelo perfil @torredetvbrasilia no Instagram. O mirante funcionará, das 9h às 17h45. O projeto Torre 360 oferece mais atrações que podem ser conferidas no perfil @torre360brb, também no Instagram. De 12 de março até abril, a galeria do Mezanino recebe a exposição Quem acredita em desenhos fixos?, assinada pela Nós Galeria, de São Paulo, com 40 peças. A entrada custa R$ 10.

*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho


Correio Braziliense quarta, 09 de março de 2022

EMPREGO: PRÓXIMO CONCURSO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PODE OFERECER 350 VAGAS DE AUDITOR

Próximo concurso do Ministério da Agricultura pode oferecer 350 vagas de auditor

Publicado em Concursos

Além da expectativa do concurso para efetivos, o Mapa tem edital iminente para contratação de servidores temporários

 

Jéssica Andrade – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) poderá realizar ainda este ano um novo concurso Mapa para efetivos. A previsão é abrir 350 vagas de auditor fiscal agropecuário. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical), Janus Pablo Macedo, desse total, 20 serão destinadas ao cargo de farmacêutico.  “Temos um concurso projetado para um cenário futuro. A ministra (Tereza Cristina) reforçou o pedido ao Ministério da Economia com 350 vagas para auditores sendo 20 vagas para farmacêuticos”, diz.

As demais vagas deverão ser divididas por diversas outras áreas do auditor. Em nota, o Conselho Federal de Farmácia confirmou a fala do presidente que foi dada durante a 514ª Reunião Plenária do próprio CFF. O encontro aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro.

Janus enfatizou do porquê serem reservadas oportunidades para farmacêuticos: “O farmacêutico é responsável pelo controle e garantia da qualidade dos alimentos produzidos pelo nosso País. além de fiscalizar também a fabricação e comercialização dos produtos veterinários, podendo também atuar na adidância agrícola, ou seja, no exterior. O papel desse profissional no Ministério da Agricultura é muito amplo e promissor“, comentou o presidente do ANFFA Sindical. 

Ainda não se sabe quais serão as outras áreas contempladas no concurso. O que se sabe é que são cinco formações possíveis e, além do farmacêutico, há: médicos veterinários, químicos, engenheiros agrônomos e zootecnistas.

O concurso ainda precisa de autorização formal do Ministério da Economia para ser realizado.

Último concurso do Mapa foi há 5 anos

O Mapa tem solicitado um novo concurso com frequência. O último concurso para o cargo de auditor-fiscal agropecuário, na função de veterinário, aconteceu em 2017. Além da graduação em Medicina Veterinária, foi necessário o registro ativo nos conselhos regionais ou federal da categoria.

A seleção foi organizada pela banca Esaf e os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas, contendo 70 questões entre: Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos, além de exames discursivos e de títulos.

O concurso Mapa 2017 segue válido até março de 2022. Além desse, em 2014, as pasta realizou uma seleção que foi prorrogada e teve sua validade expirada em 2016.

Na época, foram oferecidas 796 vagas, em cargos dos níveis fundamental, médio, médio/técnico e superior. Com lotação em todo o país, mais de 412.118 candidatos se inscreveram.

Mapa tem edital iminente para temporários

Além do concurso para efetivos, o Mapa tem edital iminente para contratação de servidores temporários. O certame será organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Institucional Brasileiro ( Idib ).

O Idib e a pasta ainda não divulgaram a data de lançamento do edital. Porém, com o contrato assinado, o documento deve ser divulgado a qualquer momento.

Veja distribuição das oportunidades:

  • analista de dados: nove vagas;
  • especialista em governança de dados: duas vagas;
  • analista em business intelligence: cinco vagas;
  • cientista de dados: duas vagas;
  • especialista em Big Data: duas vagas;
  • engenheiro de IA: duas vagas;
  • analista em interoperabilidade: nove vagas;
  • arquiteto em soluções: três vagas;
  • especialista em devOps: duas vagas;
  • analista de infraestrutura de TIC: seis vagas;
  • analista de processo: uma vaga;
  • analista de negócios (Gerente de Projetos de Soluções de TIC): 14 vagas;
  • analista de segurança da informação: três vagas.

Correio Braziliense terça, 08 de março de 2022

CARNAVAL 2022: ESCOLAS DE SAMBA DO RIO COMEÇAM A ENSAIAR DOMINGO NO SAMBÓDROMO

Escolas de samba do Rio começam a ensaiar domingo no Sambódromo

As arquibancadas serão abertas ao público. Não será exigido o uso de máscaras, mas as pessoas precisarão apresentar comprovante de vacinação

AB
Agência Brasil
postado em 08/03/2022 10:03
 
 (crédito:  Fernando Fraz..o)
(crédito: Fernando Fraz..o)

Os ensaios técnicos das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro começam neste domingo (13), no Sambódromo. As agremiações irão ensaiar sempre nas noites de domingo, até o dia 10 de abril.

No dia 13, ensaiam Imperatriz, São Clemente e Portela. No dia 20, é a vez de Paraíso do Tuiuti, Vila Isabel e Mangueira. Já no dia 27, entram na Marquês de Sapucaí a Unidos da Tijuca, Beija-Flor e Salgueiro. Nesses dias, os ensaios começam às 20h.

Em 3 de abril, ensaiam Mocidade e Grande Rio, a partir das 21h40. Já no dia 10, a atual campeã do carnaval carioca, Viradouro, encerra a rodada de ensaios técnicos no Sambódromo, a partir das 22h50.

Os desfiles oficiais serão realizados no feriadão de Tiradentes, entre 22 e 24 de abril. Entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada de sábado (23) desfilam Imperatriz, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, Viradouro e Beija-Flor. Entre a noite de sábado e a madrugada de domingo (24), será a vez de Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel.


Correio Braziliense segunda, 07 de março de 2022

DIA DA MULHER: ORQUESTRA SINFÔNICA DO TEATRO NACIONAL FARÁ HOMENAGEM ESPECIAL À DATA

 

A arte celebrando as mulheres

 

MP
Maria Paula
postado em 06/03/2022 00:01
 
 (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A.Press)
(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A.Press)

No dia 8 de Março, quando o mundo inteiro estará celebrando as mulheres, nós, que estamos na capital federal, teremos a chance de participar de uma das mais lindas homenagens: a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob a regência do Maestro Cláudio Cohen, fará uma apresentação especial em homenagem a essa importante data.

Leonora é personagem da Ópera Fidelio, de Beethoven. Disfarçada de homem (Fidelio), ela se infiltra na prisão em busca de Florestan, seu marido desaparecido e preso injustamente pelo seu inimigo Don Pizarro. Leonora é uma heroína que, com todo o seu destemor, consegue libertar Florestan.

A outra obra oferecida ao público fala da mulher revolucionária e transgressora que sempre esteve à frente do seu tempo: a cigana Carmen, personagem sedutora da ópera de Bizet. Ela canta que "o amor é um pássaro rebelde que não se pode aprisionar". Carmen é uma personagem que nada tem em comum com a heroína tradicional, pura, sofredora, um joguete nas mãos dos homens e do destino. É amoral, complexa, combina em si traços tanto de heroína quanto de vilã, de uma forma que a coloca acima dos julgamentos da moral corrente.

Após o concerto será exibido o documentário Dulcina, de Glória Texeira, com a atuação de Françoise Forton, grande atriz também revolucionaria falecida recentemente.

Se o amigo leitor tiver a oportunidade de ir, certamente terá uma noite inesquecível; se não, aproveite para homenagear de outras formas as mulheres incríveis que fazem parte da sua vida. Eu tenho feito isso constantemente e me arrisco a sugerir uma ideia: resgate memórias emocionantes, junte fotos antigas, compartilhe com sua mãe e avó, caso ainda estejam entre nós, as lembranças que marcaram sua história!

Convide suas irmãs, filhas, netas ou amigas para curtirem juntos um momento inesquecível.

Enfim, seja lá como for, não deixe que o Dia Internacional da Mulher passe em branco na sua vida. 


Correio Braziliense domingo, 06 de março de 2022

COMÉRCIO: TRADIÇÃO FAMILIAR E PIONEIRISMO MANTÊM COMÉRCIOS EMBLEMÁTICOS NO DF

Tradição familiar e pioneirismo mantêm comércios emblemáticos no DF

Comércios afetivos que passam de geração para geração fazem parte da vida dos brasilienses são apoiados por moradores vizinhos

Ad
Arthur de Souza
postado em 06/03/2022 06:00
 
Isamu Maeda e a família colecionam 54 anos de lembranças, em Taguatinga, com o Bazar do Papai -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Isamu Maeda e a família colecionam 54 anos de lembranças, em Taguatinga, com o Bazar do Papai - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Certos comércios do Distrito Federal são tão tradicionais que quase se confundem com a região em que estão localizados. Alguns remontam aos primeiros tempos da capital federal, são pioneiros da década de 1950. O Correio visitou alguns desses lugares em busca de relatos e curiosidades, conversou com clientes e ouviu quem, lá atrás, acreditou em um projeto e acabou abrindo um negócio que se tornou emblemático. Em diferentes regiões, eles acumulam histórias e carregam carinho e afeto de diferentes gerações de moradores.

Tânia Mendes, 64, é moradora de Taguatinga há 50 anos, e conhece o ponto comercial desde que a família se mudou para a região. Ela lembra que sua mãe, já falecida, comprava aviamentos — apetrechos de decoração e costura — no Bazar do Papai. "Ela costurava para a família e acabei aprendendo com ela. Como sou tricoteira e crocheteira, é lá que sempre encontro o que procuro. Tenho muito carinho pelos donos, que sempre prezam pelo bom atendimento", comenta. "Depois de casada, fui morar por um tempo em Minas Gerais. Minha mãe fez uns pijaminhas de flanela quando meus filhos nasceram, e ela levava o casaquinho de todos na loja para pregar os botões. De todos os que foram feitos, um eu guardo até hoje. Esse casaquinho tem 42 anos", afirma.

 

Parte da cidade

Em Sobradinho, o Bazar Barreto faz parte da rotina dos moradores da região há 60 anos. O nome escolhido é uma homenagem à família dos proprietários, nada de modismos, que, desde então, têm se dedicado ao comércio que oferece artigos para o lar, brinquedos e decoração. Aristides Barreto, 94, mais conhecido pelos clientes como 'seu' Barreto, lembra que começou com uma banca de camelô. "Somente com Deus e minha coragem. Com honestidade, fui juntando economias, até que consegui montar a lojinha", emociona-se. Ele afirma que os frequentadores tratam o local como a "loja da vovó". "Todo mundo gosta de vir aqui, desde crianças a idosos, e eu fico muito satisfeito com isso. Sobradinho é parte da minha família", diz. Apesar da idade, Aristides não se afasta dos clientes nem pensa em parar. "Posso até tirar alguns dias para descansar, mas logo dá saudade e eu volto, não consigo ficar sem isso daqui", brinca.

Dedicação acompanhada por moradores como Eurico Rodrigues, 47. Freguês assíduo, ele também é o cabeleireiro da esposa do 'seu' Barreto há quase 30 anos. "Dá para dizer que é uma troca, sou cliente dela, assim como ela é minha. Além disso, gosto de passar aqui para tomar o chá que eles fazem e saber como eles estão, nem que seja uma vez por semana", ressalta. "Algo de que sempre me lembro foi quando alguns comerciantes da quadra se juntaram para comemorar o aniversário de 93 anos dele", recorda.

De mãe para filha

Dentro da Feira do Guará, uma banca se destaca entre as muitas opções de quitutes e sabores. A Universidade do Pastel é tão tradicional quanto a própria feira. Popularmente conhecida como pastelaria do gaúcho, ela funciona há mais de 20 anos, segundo Eitor Moraes, 67, proprietário. "Comecei indicado por uma amiga e achava que isso aqui não seria bom. Eu era gerente de hotel na época, só que um dia eu me convenci, pois a popularidade da feira era boa", lembra. "No começo, eu não sabia nada de pastelaria. Jogava farinha para o alto, e o vento trazia para a minha cara, ficava todo branco. Nesse momento eu pensava: no que me meti", diverte-se Eitor. Sobre o nome e apelido, ele tem uma explicação. "A ideia surgiu pois eu tenho duas formações (acadêmicas) e acabei vendendo pastel. O apelido veio pelo fato de ser do Rio Grande do Sul", explica.

Cliente da Universidade do Pastel desde que se entende por gente, a bancária Bruna Rocha, 32, diz que, durante o passeio na feira, uma paradinha na pastelaria é uma tradição familiar. "Virou uma memória afetiva, porque é uma coisa que lembra a infância. Parar na feira, comer pastel e tomar caldo de cana é uma coisa que veio de criança. Independentemente do que a gente vem fazer aqui, sempre paramos na pastelaria, nem que seja para tomar o caldo, mesmo não estando com sede", admite. "Foi minha mãe que me influenciou. Dá para dizer que é uma tradição passada de mãe para filha. Quando eu viajo, inclusive, procuro uma feira que tenha pastelaria, justamente para me lembrar daqui. É um hábito que carrego para qualquer lugar que eu vá", conclui a bancária.

Muitas recordações

Outro estabelecimento bastante conhecido por quem mora no DF, principalmente no Plano Piloto, é a Pioneira da Borracha, fundada por Hely Walter Couto, 96. A decisão de abrir a loja veio quando o irmão de um amigo ofereceu um lote para que ele se mudasse de Belo Horizonte para Brasília, no fim dos anos 1950. Hely, que até então tinha uma alfaiataria, voltou para Minas e falou com seus funcionários sobre a novidade. "Contei que vinha para Brasília para abrir uma 'Casa da Borracha'. Um deles perguntou se já existia alguma loja do ramo, e eu disse que não, então, ele sugeriu que a chamasse de pioneira. Foi assim que surgiu o nome da loja, que teve a primeira unidade inaugurada no Núcleo Bandeirante", relembra.


Correio Braziliense sábado, 05 de março de 2022

IMPOSTO DE RENDA: COMO EVITAR ERROS NA DECLARAÇÃO

Como evitar erros na declaração do Imposto de Renda

Com o prazo de entrega, que começa nesta segunda-feira (7) e vai até 29 de abril, a Declaração do Imposto de Renda exige cuidados. No ano passado, 869,3 mil contribuintes caíram na malha fina, de um universo de 36,8 milhões de declarações enviadas

AB
Agência Brasil
postado em 05/03/2022 10:24
 
 (crédito:  Marcelo Camargo/Ag..ncia Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Ag..ncia Brasil)

Seja por falta de atenção, por erro ou por falta de documentos, uma das obrigações mais tradicionais do brasileiro pode acabar em dor de cabeça. Em vez de receber restituição, o contribuinte pode ser obrigado a refazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física e a prestar contas adicionais ao Fisco. Nos piores casos, a Receita Federal pode cobrar uma multa de até 75% do imposto devido.

Como prevenir contratempos? Segundo o advogado Edemir Marques de Oliveira, especializado em direito tributário, a antecipação na hora de juntar documentos e a transparência na prestação de informações são os principais cuidados que o contribuinte deve ter. "A primeira coisa é tentar ser o mais honesto possível com a Receita. E nessa transparência, o contribuinte deve juntar toda a documentação que puder em termos de deduções e dos rendimentos", explica.

 Entre os rendimentos mais propenso a dar problemas, diz o advogado, estão as receitas de aluguéis e os ganhos de capital na venda de imóveis. "O contribuinte deve ser organizado não apenas no momento de declarar o Imposto de Renda, mas durante todo o ano", diz Oliveira.

Em relação às deduções, o advogado aconselha que o contribuinte exija nota fiscal e guarde todos os recibos dos gastos que podem ser deduzidos, como educação e saúde.

Dinheiro, Real Moeda brasileira
Receitas de aluguéis e os ganhos de capital na venda de imóveis estão entre os mais propensos a dar problemas na declaração- José Cruz/Agência Brasil

Dicas

Para Oliveira, a grande novidade de 2022 que pode resultar na diminuição de erros e de omissões é a declaração pré-preenchida da Receita. Nesse modelo, o contribuinte recebe um formulário com dados de declarações enviadas por empresas, instituições financeiras, imobiliárias e médicos, cabendo apenas conferir os dados. Todo o processo é feito no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC).

Até agora disponível apenas para contribuintes com certificação digital (tipo de assinatura eletrônica vendida no mercado), a declaração pré-preenchida foi ampliada neste ano. A ferramenta poderá ser usada por quem tem conta tipo prata ou ouro no Portal Gov.br. O advogado, no entanto, recomenda atenção a quem opta por esse recurso.

"O declarante deve comparar as informações com os documentos antes de confirmar os dados. Caso encontre alguma divergência, deve ajustar as informações e guardar o documento ou o recibo para eventuais esclarecimentos ao Fisco", orienta Oliveira.

Por fim, o advogado aconselha o contribuinte a acompanhar o processamento da declaração, informado por meio do e-CAC. Caso haja problemas, deve-se enviar, o mais rápido possível, uma declaração retificadora. "A Receita oferece a oportunidade para que o contribuinte faça a autorretificação e evite ser intimado", justifica.

Confira as principais orientações para evitar erros e omissões e cair na malha fina.

  •   Organizar documentos ao longo do ano ou pelo menos algumas semanas antes de enviar a declaração
  •  
  •   Ser transparente com a Receita Federal e informar todos os rendimentos recebidos no ano anterior, assim como comprovar todos os gastos que geram dedução
  •  
  •   Revisar a declaração antes do envio para evitar erros de preenchimento
  •  
  •   Identificar operações que não ocorrem com frequência, para evitar omissão de dados. Entre essas operações, estão compra e venda de bens acima de R$ 5 mil, que podem gerar ganhos de capital
  •  
  •   Evitar a inclusão de dependentes em duas declarações
  •  
  •   Incluir os rendimentos próprios dos dependentes, como filho que recebe pensão de ex-cônjuge
  •  
  •   Evitar inclusão de despesas médicas indedutíveis ou sem comprovação
  •  
  •   Acompanhar o processamento da declaração após a entrega e retificar dados inconsistentes ou omitidos o mais rápido possível
 

Correio Braziliense sexta, 04 de março de 2022

LAZER: CONFIRA OS DESTAAQUES DA PROGRAMAÇÃO DO FIM DE SEMANA NA TELINHA
 

Confira os destaques da programação do fim de semana na telinha

Publicado em Sem categoria

Programação do fim de semana vai da estreia de The boys presents: Diabolical ao documentário Elza & Mané – Amor em linhas tortas

Humor ácido
Baseada nos quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson, The boys presents: Diabolical estreia nesta sexta-feira (4/3) no catálogo do Amazon Prime Video. Os 8 episódios do spin-off da aclamada The boys serão curtinhos, de 12 a 14 minutos, o que não significa que não haverá tempo para muito humor. As histórias trazidas em Diabolical serão inéditas e farão parte do universo de The boys. Vale lembrar que, apesar de ser uma animação, The boys é voltada para o público adulto e tem classificação indicativa não recomendada para menores de 18 anos.

Mais uma jornada


Aguardada por fãs de ficção científica, a segunda temporada de Star Trek: Picard chega nesta sexta-feira (4/3) ao catálogo do Amazon Prime Video. Desta vez, Picard vai unir amigos de várias gerações para uma corrida contra o tempo. Eles precisam salvar o planeta Terra de perigos oferecidos pela própria ação do homem. Além disso, ele terá que acompanhar de perto o julgamento de um inimigo poderoso no Dia do Juízo Final.

Drama familiar


Andy tem certeza que conhece em detalhes a mãe dela, Laura. Até que um dia a reação de Laura em um, aparentemente simples passeio no shopping, a surpreende. A matriarca explode em violência. Assim, um segredo guardado há quase 30 anos vem à tona e pode mudar por completo a vida de Andy. Só que, para descobrir realmente o que está acontecendo, ela precisa investigar a própria mãe. Esse é mote de Ninguém pode saber, filme que estreia nesta sexta-feira (4/3) na Netflix.

Um grande amor

Elza e Mané – Amor Em Linhas Tortas

A história de amor de Elza Soares e Mané Garrincha é tema da série documental Elza & Mané – Amor em linhas tortas, estreia do Globoplay. O roteiro assinado por Caroline Zilberman e Rafael Pirrho mostra a relação conturbada entre a musa da MPB e o craque do Botafogo e da Seleção Brasileira. Sem passar tinta para as dificuldades do caminho, a série fala sobre racismo, preconceito social, alcoolismo, perseguição política e violência doméstica. O público poderá acompanhar entrevistas resgatadas do jogador e depoimentos de Elza exclusivos para Elza & Mané – Amor em linhas tortas.

Suspense com comédia


Maria Bopp é a protagonista de As seguidoras, série que estreia domingo (6/3) no Paramount+. Criada pelo pessoal do Porta dos Fundos, a produção mescla suspense e comédia. Em seis episódios, somos apresentados a Liv, influenciadora digital que leva a obsessão por ganhar seguidores às últimas consequências e se transforma em uma serial killer. “É mais fácil matar, esquartejar, transportar, embalsamar, ocultar um cadáver do que passar pelo tribunal da internet”, brinca Maria, no material de divulgação de As seguidoras.


Correio Braziliense quinta, 03 de março de 2022

POLÊMICA: JORNAL BRITÂNICO CRITICA BRASIL POR CARNAVAL EM MEIO À GUERRA

 

Jornal britânico critica Brasil por carnaval em meio à guerra

Artigo do Daily Mail destacou que a festa foi cancelada no país devido à covid-19, mas, mesmo assim, brasileiros foram às ruas celebrar

TM
Thays Martins
postado em 03/03/2022 09:44
 
 (crédito: CARL DE SOUZA / AFP)
(crédito: CARL DE SOUZA / AFP)

O jornal britânico Daily Mail criticou os brasileiros que saíram para festejar o carnaval mesmo com uma guerra acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia. "A festa continua no Rio! Milhares inundam as ruas do centro no Brasil para celebrações não oficiais do carnaval, enquanto o resto do mundo protesta em solidariedade pela invasão da Ucrânia pela Rússia", começa o artigo publicado na terça-feira (1°/3). 

 

Os protestos nos Estados Unidos, onde vários monumentos foram iluminados com as cores da bandeira ucraniana, e na Rússia, onde mais de 6 mil pessoas foram detidas por protestarem, também são destacados no texto. 

Em resposta, muitos brasileiros questionaram se o resto do mundo também se manifestou quando crises humanitárias envolvendo países não europeus aconteceram. "O resto do mundo protestou quando os EUA ajudaram o exército brasileiro a instalar uma ditadura que matou e torturou milhares de pessoas?", questionou uma leitora. 

"A felicidade é gratuita. A vida é preciosa demais para se preocupar com queixas. Eu gostaria que o mundo tivesse se unido contra a invasão da OTAN na Líbia, Síria e muitos outros países indefesos na terra do jeito que estão com a Ucrânia", afirmou um outro leitor. 


Correio Braziliense quarta, 02 de março de 2022

FUTEBOL - ABEL BRAGA TEM 10 VITÓRIAS SEGUIDAS
WILLIAN BIGODE CELEBRA O PRIMEIRO GOL: UM DOS TALISMÃS TRINTÕES DE ABEL. FOTO: FLUMINENSE

Em tempos de investimento em técnicos importados, um brasileiro tem 10 vitórias seguidas: Abel Braga

Publicado em Esporte

Olha só o tamanho da contradição: em tempos de investimentos em massa nos técnicos importados,Abel Braga é o ponto fora da curva neste início de temporada. Enquanto colegas de profissão argentinos, portugueses, uruguaios e paraguaios tentam decifrar o futebol brasileiro, o comandante do Fluminense avança devagarinho na formação de um time minimamente competitivo.

 

Abel Braga chegou a 10 vitórias consecutivas neste início de ano. A lista das vítimas tem Madureira, Audax, Portuguesa, Nova Iguaçu e Volta Redonda, mas também os arquirrivais Flamengo, Botafogo e Vasco e dois triunfos sobre o Millonarios. Abel superou no Fluminense a sequência da própria arrancada à frente do Internacional no vice-campeonato do Brasileirão 2020. À época, o Colorado enfileirou nove triunfos até empatar com o Athletico-PR, na Arena da Baixada.

 

Abel Braga mostrou mais uma vez na vitória por 2 x 0 contra o Millonarios, em São Januário,  que tem um plano para levar o Fluminense à fase de grupos da Libertadores. Ele quer um time experiente, cascudo, intimidador. Felipe Melo é um dos encarregados por amedrontar os adversários. O veterano de 38 anos vibrava nas disputas de bola. Ele chegou a gritar e gesticular de propósito para o adversário ouvir e se apequenar. 

 

O Fluminense começou o jogo com um time na casa dos 29,7 anos. Essa era a média dos 11 titulares. Há uma divisão clara de faixa etária. São cinco veteranos com mais de 30 anos — Fábio, David Braz, Felipe Melo, Willian Bigode e Cano — e seis abaixo dessa idade: Calegari, Nino, Cris Silva, Luiz Henrique, André e Yago Felipe. Você e eu podemos até discordar dessa combinação, mas ela existe, há um método de trabalho. 

 

Funcionou contra um adversário bem mais jovem. O Millonarios de hoje tinha média de idade de 26,5 anos. A juventude e a mobilidade permitiram ao time colombiano superar o Fluminense em vários quesitos nas estatísticas. Teve mais posse de bola (51% x 49%), finalizou mais (10 x 9), trocou mais passes (411 x 392), desarmou mais (20 x 14), mas pecou demais no quesito em que o Fluminense foi muito superior: qualidade no arremate. 

 

O Millonarios finalizou oito vezes dentro da área contra cinco do Fluminense. Obrigou o goleiro Fábio a fazer seis defesas. Do outro lado, o time de Abel Braga foi preciso nas finalizações. Willian Bigode aproveitou a oportunidade dele. Arias colocou a outra na rede. 

 

Um outro detalhe separou os homens do Fluminense dos meninos do Millonarios no mata-mata da segunda fase da Pré-Libertadores. A ingenuidade nas disputas de bola com jogadores experientes. A equipe colombiana cometeu 20 faltas contra 7 do adversário, ou seja, o Fluminense, que tinha vantagem de 2 x 1 construída no jogo de ida, ganhava tempo a cada paralisação para controlar a partida e renovar o gás de seus veteranos. 

 

O truque de montar um Fluminense na casa dos 30 anos funcionou contra o Millonarios, mas não é certeza de sucesso na próxima fase. O Olimpia, por exemplo, tem jogadores tão experientes quanto os tricolores nesse tipo de competição. A média de idade do Olimpia é parelha com a dos titulares de Abel Braga. A equipe paraguaia tem 29,5 anos. Derrotado por 3 x 1 na partida de ida, o Atlético Nacional entrou em campo com 27,7 anos. Sinal de que o Fluminense terá de intimidar menos — e jogar muita bola — na terceira fase. 


Correio Braziliense terça, 01 de março de 2022

LANÇAMENTO: PARCERIA DE NAIARA AZEVEDO E MARÍLIA MENDONÇA SERÁ LANÇADA NA QUINTA-FEIRA, (3/3)

Parceria de Naiara Azevedo e Marília Mendonça será lançada na quinta-feira (3/3)

A ex-participante do BBB anunciou que o lançamento de "50%" ocorrerá nesta semana

CB
Correio Braziliense
postado em 28/02/2022 20:54 / atualizado em 28/02/2022 20:54
 
 
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

A ex-BBB e dona do hit 50 reais, Naiara Azevedo, anunciou o lançamento de 50%, parceria com Marília Mendonça, gravada em setembro de 2020, semanas antes do acidente de avião que tirou a vida de Marília. A música chega na próxima quinta-feira (3/3). 

Antes mesmo do lançamento, a música foi alvo de polêmicas enquanto Naiara estava confinada no BBB. O irmão de Marília, o cantor João Gustavo, disse que não permitiria o lançamento da canção, mas depois voltou atrás e se desculpou. 

João esclarece que o vídeo liberado pela família não é o gravado após a morte de Marília e, sim, o que ela participa ao lado de Naiara. "A equipe de Naiara Azevedo nos procurou e entendeu a nossa posição contrária ao lançamento de uma gravação feita após a morte da Marília. Um vídeo totalmente diferente daquilo que a Marília havia feito em vida e que tinha um tom apelativo de tristeza e sofrimento", escreveu o cantor.

"Minha irmã sempre levou alegria e felicidade por onde passava, essa é a imagem que queremos defender. Nunca fomos contrários ao lançamento do vídeo feito em vida pela Marília com a Naiara, essa era a vontade dela e será respeitada", continua.

João Gustavo, que havia chamado de Naiara de "oportunista" no primeiro dia do reality show, aproveitou para se desculpar com à cantora: "Peço desculpas pela forma intempestiva como agi, criticando de uma forma dura a artista Naiara. Quando minha mãe tomou conhecimento do vídeo que queriam lançar, ela ficou muito triste e vê-la daquela forma me fez perder a cabeça e eu agi de uma forma impulsiva. Hoje, de cabeça fria, reconheço que fui duro nas palavras e por não ter compromisso com o erro, peço desculpas à Naiara e toda sua equipe."


Correio Braziliense segunda, 28 de fevereiro de 2022

CINEMA: VEJA LISTA DE FILMES QUE TRATAM, DO CARNAVAL E PODEM SER VISTOS NA TV

Veja lista de filmes que tratam do carnaval e podem ser vistos na TV

Em tempos de contenção de farras e aglomeração, o cinema é instrumento para reacender os ânimos, recontando tramas, origens e a evolução dos festejos de Momo

RD
Ricardo Daehn
postado em 28/02/2022 06:00
 
 (crédito:  Mustapha Barat/Divulgação)
(crédito: Mustapha Barat/Divulgação)

Desvendar parte do "mistério do samba" foi a tarefa do documentário homônimo de 2008, assinado por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, que remexeu num baú de pesquisas de Marisa Monte dedicadas à Velha Guarda da Portela, num filme que contou com as presenças de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. É assim, reavivando enredos históricos ou registrando para a posteridade fatos geracionais, que o cinema contribui para a cultura nacional. Iniciativas raras no âmbito da cultura trazem momentos como o investimento, em 2001, de R$ 267 mil no restauro do precioso longa Alô, alô, Carnaval (1935), que demarcou a projeção do talento de Carmen Miranda, e contou com personalidades do rádio, em meio a sátiras aos anos de 1930. No filme de Adhemar Gonzaga, despontam números musicais com obras consagradas como Pierrot apaixonado, eternizadas em sons e movimentos. 

Com pé na realidade, a cinebiografia Trinta é outro título que incendeia, ao acompanhar a involuntária vocação carnavalesca de Joãosinho Trinta (Matheus Nachtergaele), nascida em 1974, à frente da Acadêmicos do Salgueiro. O clima de celebração também alcança passistas, musas e criativas cantoras que imprimem o vigor feminino em Damas do samba (2013), feito por Susanna Lira, a partir de conversas com mulheres da estatura de Tia Surica, Dona Ivone Lara e Alcione. Direto da fonte — em filmes como Axé, canto do povo de algum lugar (2016), que exalta talentos como Luiz Caldas e Bell Marques; Banda de Ipanema (2000), dirigido por Paulo César Saraceni, e Filhos de Ghandy (2000), sobre o bloco fundado em 1949 —, o público pôde se inteirar de personagens pioneiros e da evolução de cenários da mais brasileira das festas. Confira abaixo, como a sétima arte bem reproduziu a energia da massa em filmes memoráveis.

 

Quando o carnaval
chegar (1972)

De Cacá Diegues.

As composições de Chico Buarque, companheiro, no elenco, de Nara Leão e Maria Bethânia, emolduram o clima de festejos da trupe que experimenta, em deslocamentos pelo país, o sucesso advindo das apresentações musicais nas quais louvam sucessos do rádio. Nos bastidores do trabalho, eles convivem com ambições e paixões, além de sincretismo, nesse filme que traz integrantes da Acadêmicos do Salgueiro.

Dona Flor e seus dois
maridos (1976)

De Bruno Barreto.

No filme colorido e repleto de sinestesia, há na trilha sonora o uso de criação de Ary Barroso (Quindins de Yayá), o que ajuda a ambientar a festiva Salvador dos anos 40, na qual uma cena se torna inesquecível: Vadinho (José Wilker) enfarta, fantasiado, em pleno carnaval. Mas, ele voltará, a fim de infernizar a vida da personagem-título a cargo de Sônia Braga. Sucesso resplandescente de público desbancado (em números) por outros marcos como Central do Brasil e Tropa de elite.

Carnaval Atlântida (1952)

De José Carlos Burle.

No tabuleiro da baiana e Máscara da face são alguns dos números musicais vivenciados por personagens de Eliana Macedo e Oscarito. A trama explora uma pretendida adaptação para a mitológica Helena de Troia, mas tudo com a esperada estrutura festiva do cinema nacional. Um consultor de mitologia é acionado para enriquecer, com requintes de superprodução hollywoodiana, o roteiro do filme pretendido. Mas, por trás do projeto, muitos torcem pela efetiva feitura de mais uma comédia de carnaval, com traços verde-amarelos.

Banana is my business (1995)

De Helena Solberg.

Com carga documental, a carreira e a vida de Maria do Carmo Miranda da Cunha, a Carmen Miranda, criada no Brasil e despontada para o mundo via Hollywood, são revistas, 40 anos após a morte dela, em meados dos anos de 1990. Cenas de arquivos e depoimentos se mesclam a episódios encenados por Eric Barreto e Letícia Monte. A diretora Helena Solberg demarcou a proposta de resgate da identidade cultural de Carmen e o fato da exponencial projeção feminina, numa época conservadora. No Festival de Brasília de 1994, crítica, júri popular e júri oficial (que concedeu prêmio especial) se uniram na consagração do filme.

Cinco vezes favela (1962)

Longa que traz Couro de gato, de Joaquim Pedro de Andrade.

Nesse filme de episódios, Cacá Diegues cerca aspectos comerciais ligados aos festejos de Momo, enquanto colegas como Marcos Farias e Leon Hirszman exploram dilemas da favela. Em 12 minutos, Joaquim Pedro assina o curta clássico Couro de gato, que trata do cenário assustador para os felinos, diante da confecção de tamborins, às vésperas do carnaval.

Berlim da batucada (1944)

De Luiz de Barros.

Buscando conteúdo e atores brasileiros, profissionais do exterior invadem o ambiente do carnaval carioca, a fim de idealizarem um filme colorido, nesta comédia musical que conta com as atuações de Procópio Ferreira e Grande Otelo, além das presenças e vozes de Francisco Alves, Dalva de Oliveira e
Herivelto Martins.  

Orfeu (1999)

De Cacá Diegeus.

A peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, traz o mote do longa estrelado por Tony Garrido e Patrícia França, e que conta com a comunidade da Unidos do Viradouro. Orfeu é um compositor do morro que se apaixona pela nortista Eurídice, e eles montam um calendário para a vida conjugal, mas que dependente das atividades carnavalescas. Cenas na autêntica folia da Marquês de Sapucaí, crises com o tráfico de drogas e uso de mitologia grega formam pilares do longa conferido por mais de um milhão
de espectadores.

Orfeu do carnaval (1959)

De Marcel Camus.

Produção francesa e paulistana ganhadora da Palma de Ouro Cannes, do Oscar de melhor filme estrangeiro e do prêmio de melhor direção no Festival de Berlim. Ciúmes e a morte rondam o amor entre Orfeu (o jogador de futebol Breno Mello) e Eurídice (Marpessa Dawn), que vem embalado por músicas como Manhã de carnaval e por acordos dos personagens com divindades. O filme traz participações de Lea Garcia e de foliões da Portela, Mangueira, Acadêmicos do Salgueiro, Império Serrano e Unidos da Capela.

Samba Riachão (2001)

Documentário de Jorge Alfredo.

Autor de Cada macaco no seu galho e Vá morar com o diabo, Clementino Rodrigues, o artista Riachão, puxa o fio da meada do longa que trata de boemia e da posição de destaque do samba, no apanhado histórico da MPB. Dorival Caymmi, Carlinhos Brown, Tom Zé, Gilberto Gil e Caetano Veloso estão entre as figuras de ponta analisadas no decorrer do longa que venceu prêmios de júri popular e, empatado com Lavoura arcaica, o de melhor filme, pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Algumas atrações

HBO Max (streaming)

No 14º episódio da série Turma da Mônica, Fantasia de Carnaval, os endiabrados Cascão e Cebolinha tentam atrapalhar os preparativos da festa por parte de outros personagens criados por Maurício de Souza. O programa Onda boa traz Ivete Sangalo em clima de agito e descontração, ao receber, em cinco episódios gravados no sítio dela, personalidades musicais como Iza, Glória Groove e Vanessa da Mata.]

Irmão do Jorel — Especial Carnaval bruttal (foto) mostra personagens desiludidos com um realidade adulterada, em que a festa de carnaval traz marchinhas repetidas à exaustão e padronização de fantasias.

Canal Brasil

Mangueira em 2 tempos (foto), amanhã, às 18h. A partir do vídeo Mangueira de amanhã, feito há 30 anos, a diretora Ana Maria Magalhães revisita o cotidiano de antigos frequentadores de escola
de samba mirim.

Paulinho da Viola — Meu tempo é hoje, quarta, às 18h. De Izabel Jaguaribe. O discreto Paulinho da Viola tem parte da vida desvendada por Zuenir Ventura, cicerone de uma jornada que inclui encontros com talentos como Marina Lima e Elton Medeiros.

Curta!

(programação, de graça, no site canalcurta.tv.br/viainternet)

Hoje, às 20h30, episódio Ó abre alas da série 101 canções que tocaram o Brasil, comandada por Nelson Motta, examina o percurso das marchinhas clássicas.

Hoje, às 21h, Coração do samba, a diretora Theresa Jessouroun propõe um raio-X no campo da percussão: ela explora o segmento da bateria de uma escola de samba.

 


Correio Braziliense domingo, 27 de fevereiro de 2022

CULTURA: GIBITECA DO ESPAÇO CULTURAL RENATO RUSSO SERÁ REINAUGURADA APÓS 10 ANOS

 

Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo será reinaugurada após 10 anos

Com investimento da Secretaria de Cultura e Economia, o espaço será reaberto em junho. Ao todo, 25 mil gibis estão disponíveis no acervo atual

RM
Rafaela Martins
postado em 26/02/2022 16:30
 
 (crédito: Tony Oliveira/Agência Brasilia - 25/4/21)
(crédito: Tony Oliveira/Agência Brasilia - 25/4/21)

Fechada há 10 anos, a Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, passou por reformas e está com reabertura prevista para o primeiro semestre de 2022. Importante na formação de ilustradores e quadrinistas brasilienses, o local voltará a ser um espaço de conhecimento e sociabilidade. Ao todo, foram investidos R$ 60 mil pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

A gibiteca foi fechada em 2013 para reforma, que só foi concluída em 2019, garantindo acessibilidade e um sistema de prevenção a incêndios. Com a pandemia de covid-19, ficou impossibilitada a continuidade dos serviços, que foram retomados em 2022, com seleção e catalogação dos 25 mil gibis do acervo atual. Com a estrutura reformada, o espaço aguarda apenas a chegada do novo mobiliário — que terá novas estantes e outros itens.

 Gerente do Espaço Cultural Renato Russo, Marmenha Rosário afirmou que pretende reabrir a gibiteca no primeiro semestre. “A reabertura deve ser ainda neste semestre. A gente já está pensando em um mês de atividade nessa linguagem dos quadrinhos, com exposição e encontro de quadrinistas. Tenho certeza que após a reinauguração teremos uma programação efetiva e sistemática”, explicou.

expectativa é que o local volte a ter a mesma importância que teve durante o período de auge entre 1980 e 1990. “A gibiteca é uma parte muito importante [da 508 Sul], uma área em que as crianças faziam cursos de gravura e de desenho e passavam muito tempo aqui em meio a essa coleção de gibis. Muitos desenvolveram suas artes aqui. Há toda essa relação afetiva com o espaço”, afirma Marmenha.


Correio Braziliense sábado, 26 de fevereiro de 2022

CARNAVAL 2022: VEJA COMO FICA O CARNAVAL NAS CAPITAIS DO PAÍS
 

Veja como fica o carnaval nas capitais do país

Levantamento mostra como quase a totalidade das prefeituras proibiu blocos, desfiles e manifestações em locais públicos.

AB
Agência Brasil
postado em 26/02/2022 09:49
 
 
 

A nova fase de pandemia de covid-19, impulsionada pela variante Ômicron, levou ao cancelamento do carnaval em quase todas as capitais do país. Levantamento mostra como quase a totalidade das prefeituras proibiu blocos, desfiles e manifestações em locais públicos.

Em todas as cidades estão valendo os protocolos sanitários, como uso de máscara. A exigência de passaporte vacinal é adotada em parte das cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju e Fortaleza.

 

Blocos

A proibição da festa foi sentida pelos blocos, trabalhadores e promotores de eventos carnavalescos. A Agência Brasil conversou com representantes de blocos.

O Bloco Eu Acho é Pouco, que sai em Olinda (PE) e completa 45 anos em 2022, é uma das agremiações que sentem o cancelamento da festa neste ano, mas considera que não haveria como fazer desfile com segurança.

"A ausência do carnaval é proporcional à realização da festa para quem ama e vive o evento. É um momento de recolhimento, pois não há condições sanitárias para ir às ruas. Mas é preciso olhar para a cadeia produtiva da cultura e apoiar de alguma forma", diz Luciana Veras, uma das integrantes do bloco, que destinará parte da renda com venda de camisetas a pessoas que trabalham nos desfiles.

Na avaliação de Juliana Andrade, coordenadora da Rede Carnavalesca do Distrito Federal (DF), houve quebra do pouco apoio que existia na cidade para a realização da festa. "Podíamos inserir o carnaval como tecnologia no enfrentamento à pandemia. Marchinhas, informações nos meios de comunicação", defende.

Levantamento por regiões

Sudeste

No Rio de Janeiro, o carnaval de rua foi, segundo a prefeitura, descartado. O motivo foi a dificuldade de controlar o fluxo de pessoas e exigir o passaporte vacinal para acesso aos eventos. O desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí foi adiado para abril. Eventos privados foram autorizados, desde que seja exigida a comprovação de vacinação completa.

Em São Paulo, o carnaval de rua foi cancelado, enquanto os desfiles de escolas de samba foram adiados para o feriado de Tiradentes. As festas e eventos particulares podem ocorrer, desde que respeitado o limite de 70% da capacidade do local e que seja exigido comprovante de vacinação. É obrigatória a adoção de protocolos de saúde como uso de máscaras e disponibilização de álcool em gel.

A prefeitura de Belo Horizonte não publicou regras proibindo festejos de carnaval. À Agência Brasil, informou que vai avaliar as situações "caso a caso". Lembrou que não investiu nem apoiou com infraestrutura nenhum bloco de carnaval neste ano.

Os dias não serão pontos facultativos na capital mineira, o que, na expectativa da administração municipal, deverá dificultar a realização de eventos em locais públicos. Eventos privados estão autorizados conforme as regras adotadas pela prefeitura, como obtenção de alvará, comprovante de vacinação ou exame RT-PCR até 48 horas antes, obrigação de máscaras e disponibilização de álcool em gel e outros recursos para higienização das mãos.

Não há limitação de capacidade de público. Os organizadores devem ter informações sobre os participantes para rastreamento epidemiológico e informação às autoridades de saúde se tiverem conhecimento de casos que possam ter sido contraídos no evento. Os ingressos devem ser adquiridos preferencialmente por meios eletrônicos.

Em Vitória (ES) não haverá programação de carnaval. O Decreto nº 20.415, de 14 de fevereiro, proibiu a realização em espaços públicos de concentrações, desfiles de escolas de samba e blocos, atividades recreativas semelhantes a blocos carnavalescos, bem como qualquer evento que resulte em aglomeração em vias. O desfile das escolas de samba foi transferido para os dias 7, 8 e 9 de abril

Os estabelecimentos e eventos privados são regulados por norma estadual. Como a cidade está em risco moderado de pandemia, bares e restaurantes podem funcionar até as 22h, de segunda a sábado, e até as 16h no domingo. Festas e shows podem ocorrer com capacidade de até 50%, 1,2 mil pessoas em locais fechados e 2 mil pessoas em locais abertos. Para entrar nos locais será exigido comprovante vacinal.

Centro-Oeste

No Distrito Federal, o carnaval também foi cancelado, em decretos editados no dia 6 de janeiro. Conforme as regras do governo local, bailes, shows, blocos e desfiles estão proibidos, bem como qualquer evento de carnaval, inclusive em estabelecimentos privados. Festivais, festas e eventos culturais semelhantes não podem cobrar ingresso. Os bares não podem manter espaços de dança, mas podem funcionar sem cobrança de ingresso, com música ao vivo, assim como shows e festas em locais abertos ou fechados, também sem cobrança de valores.

Em Cuiabá, o carnaval foi proibido, incluindo tanto atividades públicas quanto privadas. Segundo o Decreto 8.946 de 2022 da prefeitura, publicado nesta semana, eventos esportivos e artísticos realizados em ginásios e estádios têm que respeitar limitação de 80% da capacidade local, além de medidas de biossegurança. 

Em Goiânia, o Decreto nº 598, de 17 de fevereiro, proibiu festejos de carnaval em logradouros públicos. A primeira versão do decreto previa a suspensão de festejos de carnaval em ambientes fechados, mas a redação foi modificada. A norma também fixa obrigações para atividades econômicas. Bares, restaurantes, casas de espetáculo e boates devem manter distanciamento de 1,5 metro entre as mesas, com limitação de 60% da capacidade e a possibilidade de música ao vivo e uso de pista de dança.

Nordeste

Em Salvador, um dos maiores carnavais do país também está cancelado. Foram proibidas ainda quaisquer atividades culturais e com som em áreas públicas. A prefeitura montou força-tarefa para fiscalizar aglomerações e manifestações nos locais onde a festa é tradicionalmente realizada, como o circuito Barra-Ondina. Os dias de carnaval não terão ponto facultativo, e os órgãos municipais funcionarão normalmente.  

A prefeitura de Maceió cancelou as festas. Em nota à Agência Brasil, informou que estão proibidas também as autorizações para a realização de festas privadas em locais públicos.

Em Aracaju, estão autorizados eventos, com regras estabelecidas pelo estado, desde que respeitados os limites de até mil pessoas em locais abertos e até 300 em espaços fechados. A realização é condicionada à aprovação da Secretaria de Saúde, devendo haver também  respeito aos protocolos sanitários. Nos eventos devem ser exigidos comprovante de vacinação ou teste negativo de antígeno realizado até 48 horas antes.

A prefeitura do Recife, cidade com um dos mais tradicionais festejos do país, decidiu também pelo cancelamento, a exemplo de outras capitais nordestinas. A prefeitura anunciou programações alternativas. A Ciclofaixa do Turismo e Lazer, que passa por pontos turísticos da cidade, terá bicicletas com caixas de som tocando frevo, o ritmo tradicional do carnaval.

Olinda, cidade vizinha à capital e que forma o circuito carnavalesco da região metropolitana, também cancelou a festa. As duas cidades lançaram programas de apoio a blocos e trabalhadores do carnaval.  

Em Fortaleza, a prefeitura proibiu até o dia 1º de março a realização de eventos festivos de carnaval e pré-carnaval. Outros eventos deverão respeitar os limites de até 500 pessoas em espaços abertos e de até 250 pessoas em locais fechados. Nessas ocasiões, a determinação é exigir o passaporte vacinal e respeitar os protocolos de saúde. O governo do Ceará e a prefeitura de Fortaleza não decretaram ponto facultativo nos órgãos públicos.

A prefeitura de São Luís informou que não haverá carnaval na cidade. Diante do cancelamento dos desfiles e blocos, a administração municipal disse que vai conceder auxílio para artistas e integrantes de blocos. Os eventos privados seguem autorizados, conforme norma vigente na capital maranhense. Foi determinado ponto facultativo de 28 de fevereiro a 2 de março.

Norte

A prefeitura de Manaus suspendeu a autorização de festas e blocos de rua.. Os dias 1º e 2, até as 12h, são feriados municipais.

Em Belém, os festejos foram cancelados em novembro do ano passado. A prefeitura determinou ponto facultativo nos dias 28 de fevereiro, 1º e 2º de março, até as 12h. Festas em locais fechados podem ocorrer, desde que com protocolos sanitários e exigência de comprovante de vacinação.

Decisão semelhante tomou a prefeitura de Palmas, no Tocantins. A administração editou decreto cancelando as manifestações carnavalescas até 1º de março. Durante o feriado foi decretado ponto facultativo.

Em Porto Velho, o carnaval também foi cancelado, conforme o Decreto nº 17.887, de 12 de janeiro de 2022. "Fica proibida a realização de quaisquer eventos, públicos ou privados, em espaços abertos ou fechados, em comemoração ao carnaval de 2022, como bailes, blocos e agremiações,  carnaval de rua, festas em repúblicas, festas em sítios e eventos privados de qualquer espécie", diz a norma. Entretanto, bares, restaurantes e boates poderão funcionar na capital de Rondônia, desde que respeitem os protocolos sanitários. A prefeitura estabeleceu como ponto facultativo os dias 28 de fevereiro, 1º e 2 de março.

Sul

A prefeitura de Porto Alegre proibiu atividades, como blocos de rua e desfiles de escola de samba, mas festas privadas estão permitidas conforme os protocolos estaduais e municipais (como uso de máscara e distanciamento). As atividades foram transferidas inicialmente para 6, 7 e 8 de maio, quando devem ocorrer os desfiles. Mas a data pode mudar em função da pandemia.

Florianópolis é outra capital da região que tece o carnaval cancelado pela prefeitura. Foram proibidos blocos e desfiles de agremiação, bem como quaisquer eventos carnavalescos públicos ou privados. O feriado será ponto facultativo na cidade, com os serviços municipais funcionando em regime de plantão.

Na cidade de Curitiba, a festa será em formato virtual. A decisão foi tomada em resposta ao pedido da Liga das Escolas de Samba. Foram cancelados os blocos e o desfile na Avenida Marechal Deodoro. Um edital forneceu apoio para que as escolas e três blocos promovam atividades virtuais no período. A prefeitura e demais órgãos públicos terão expediente normal nesses dias.

Agência Brasil não recebeu retorno das prefeituras de Rio Branco, Boa Vista, Campo Grande, Natal e João Pessoa.  

  
 

 
 

Correio Braziliense sexta, 25 de fevereiro de 2022

CARNAVAL 2022: CARNAVAL É FERIADO? POR QUE COVID COMPLICA AINDA MAIS ESSA QUESTÃO EM 2022

Carnaval é feriado? Por que covid complica ainda mais essa questão em 2022

Ensaio da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel em meio à pandemia, no Rio


postado em 25/02/2022 09:42
 
 
 

Com festas de Carnaval canceladas ou adiadas, dúvidas já comuns sobre a validade do feriado se tornaram ainda mais complexas.

Diferentemente de outros anos, quando já era esperado que o ponto facultativo se transformasse em um dia de folga, por conta das restrições impostas pela covid-19 e menos probabilidade de festividades (incluindo proibições expressas em várias cidades), é esperado que muitas pessoas trabalhem normalmente.

Carnaval é feriado?

O único estado onde o Carnaval é de fato um feriado todos os anos é o Rio de Janeiro, que possui uma lei específica que determina a terça-feira de Carnaval como um dia de folga.

Os municípios também podem ter leis próprias que classificam como feriado o Carnaval na cidade. É o caso de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, Belo Horizonte (somente para o comércio), em Minas Gerais, e cerca de outras 100 cidades, a maioria localizada no interior dos estados.

Nos demais locais, a data é considerada ponto facultativo, ou seja, funcionários públicos recebem folga, mas no setor privado cabe a cada empresa decidir se o dia deve ser de trabalho ou não.

Em São Paulo, onde o Carnaval é comumente considerado um feriado apesar de não fazer parte do calendário oficial, o governou já anunciou que, em 2022, não haverá folga prolongada em todo o Estado.

Independentemente disso, as empresas que assim desejam podem continuar considerando a terça-feira de carnaval como um dia de folga. Outros tipos de acordo também podem ser feitos.

A empresa tem a opção, por exemplo, de oferecer a folga na terça-feira, mas exigir que o trabalhador compense as horas não trabalhadas em outros dias.

Festas de Carnaval foram proibidas ou adiadas em 2022

Embora a data continue no calendário e seja esperada por muitas pessoas que gostam de curtir os blocos de rua, desfiles e festas privadas, as celebrações de Carnaval para 2022 já foram canceladas em boa parte do Brasil.

Um levantamento feito pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) mostra que ao menos 1.011 cidades já proibiram as festas públicas e privadas. Um número representativo, 538 municípios, cancelaram somente festas públicas, sem impedir que celebrações privadas - ainda que com milhares de pessoas - sejam feitas. Entre elas, Rio de Janeiro, Salvador, Belém São Paulo.

Algumas festas privadas com nomes de cantores famosos entre as apresentações têm ingressos sendo vendidos de R$ 700 a R$ 3000.

Apenas 72 municípios mantiveram ambos os tipos de festa, segundo o estudo que analisou, entre 14 e 17 de fevereiro, 2.193 cidades em todas as regiões do país. Cerca de 550 municípios ainda não definiram as medidas que serão adotadas.

Já as típicas festas com desfiles exuberantes nos sambódromos do Rio de Janeiro e São Paulo foram adiadas para o dia 21 de abril em ambas as capitais.

Profissional vacina mulher sentada; atrás, é possível ver grande escultura carnavalesca de um cacique
Reuters
Vacinação contra a covid-19 na sede do bloco Cacique de Ramos, no Rio

Qual é a data do Carnaval?

A data do Carnaval é móvel (ou seja, não há um dia fixo como é o caso do Natal ou Ano Novo) e é sempre definida em relação à Páscoa.

A terça-feira do Carnaval ocorre 46 ou 47 dias (se o ano for bissexto) antes do domingo de Páscoa, que por sua vez é celebrado no primeiro domingo após a primeira lua cheia após o equinócio de primavera no hemisfério norte ou no outono, no caso do hemisfério sul.

Apesar de a data ter servido para emenda de feriado em muitos anos, oficialmente, o Carnaval é apenas um dia, a terça-feira.

Recomendações de saúde aos locais que farão festas

Em outubro de 2021, a Fiocruz e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) elaboraram nota técnica, a pedido da Comissão Especial de Carnaval da Câmara dos Vereadores, que aponta cinco indicadores para a realização de um carnaval seguro na cidade do Rio de Janeiro em 2022 - mas pode servir como base para outros municípios.

O documento enviado ao CEEC (Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19), da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, considera indicadores utilizados por organismos internacionais para atividades de potenciais riscos de aglomerações e foi assinado Hermano Castro, pneumologista e ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, e Roberto Medronho, professor titular de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFRJ. Entre as recomendações para locais que consideram a realização de festa, estão:

1. Quantidade de atendimentos na rede municipal de saúde: média móvel semanal menor que 110 casos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (1,63 casos por 100.000 habitantes).

2. Tempo de espera e quantidade de casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) na fila para internação no município: fila de espera de três pessoas por dia, com um tempo de espera que não deve ultrapassar de uma hora.

3. Porcentagem de testes diagnósticos positivos no município: testes positivos (RT-PCR ou Ag) durante os últimos sete dias menor do que 5%.

4. Taxa de vacinação no Brasil, no Estado do Rio de Janeiro e no Município do Rio de Janeiro: imunidade coletiva acima de 80% da população total.

"Recomendamos a taxa de vacinação acima de 80%, levando em consideração a variante Delta, cuja transmissão pode afetar até 10 pessoas. Essa é uma fórmula de imunidade que a epidemiologia usa, e trata-se de uma porcentagem mais conservadora. Atualmente, o único indicador que ainda não alcançamos foi o da vacinação, mas são valores totalmente possíveis de atingirmos, desde que não haja a interrupção da vacina", afirmou o pesquisador.


 


Correio Braziliense quinta, 24 de fevereiro de 2022

NORDESTE: VISIBILIDADE E DIVERSIDADE NORDESTINA CAI NA REDE PARA O MUNDO

Visibilidade e diversidade nordestina cai na rede para o mundo

Coleções por estados contam parte da história e peculiaridades locais para os visitantes que acessarem o Museu Virtual do Homem do Nordeste, disponível no Google Arts & Culture

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*Naum Giló
postado em 24/02/2022 06:00 / atualizado em 24/02/2022 06:10
 
Peças de cerâmica do Museu do Homem do Nordeste, em Recife  -  (crédito: Acervo Fundaj)
Peças de cerâmica do Museu do Homem do Nordeste, em Recife - (crédito: Acervo Fundaj)

Parte do acervo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), do Recife, agora está disponível no Google Arts & Culture, com mais de 565 itens e, também, uma exposição do Mestre Vitalino (1909-1963), montada especialmente para a estreia virtual.

Pertencente à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o Muhne tem mais de 16 mil peças em seu acervo, que revela a pluralidade das culturas negras, indígenas e brancas desde as nossas origens até os diferentes desdobramentos e misturas. As coleções são caracterizadas pela variedade, com objetos provenientes das casas das famílias dos senhores de engenhos, até objetos simples, de uso cotidiano das famílias pobres. O museu foi idealizado pelo sociólogo-antropólogo Gilberto Freyre.

Agora abrigando uma parte do acervo do Muhne, a plataforma Google Arts & Culture funciona desde 2011, com o objetivo de aumentar a presença online de organizações culturais e criar ferramentas e tecnologias gratuitas para mostrar e compartilhar histórias de arte e cultura com o público on-line. A plataforma é imersiva e possibilita explorar arte, história e maravilhas culturais ao redor do mundo, desde as pinturas no quarto do Van Gogh, até a cela de prisão de Nelson Mandela. Para chegar ao Muhne pelo Google Arts & Culture, basta ir ao endereço artsandculture.google.com e procurar pelo Museu do Homem do Nordeste.

Segundo Antônio Campos, presidente da Fundaj, o Muhne é uma instituição criada para investigar e dar visibilidade às diversas identidades que integram o Nordeste do Brasil. "São nove estados marcados pela pluralidade cultural e que agora podem ser visualizados a partir de um recorte ainda simbólico do nosso acervo. Reverbera um discurso cristalizado e o museu, agora presente no Google, pretende provocar o público e a contrapor o olhar de miséria que há muito imprimiram."O Nordeste é Caatinga e Mata Atlântica, é tão originário quanto a Amazônia e, ainda assim, europeu", define Campos.

A experiência virtual permite acessar as coleções por estados, da Bahia ao Maranhão, ou material utilizado para a confecção das peças, como borracha, cera, couro, gesso, porcelana e tecido. São objetos como a calunga Dona Joventina, do Maracatu Estrela Brilhante. Talhada em madeira há 112 anos pelas mãos de um santeiro desconhecido, a história da calunga é repleta de disputas, controvérsias e muito mistério. Há também uma coleção de cachaças com rótulos repletos de arte, mamulengos, rendas de bilro, arupembas, foices, estrovengas, joalherias e instrumentos musicais.

Mestre Vitalino

A exposição de estreia apresenta um recorte da Coleção Vitalino, do Muhne. Peças do artista brasileiro evidenciam a cultura do Nordeste do Brasil até meados do Século 20. Pernambucano de Caruaru, Vitalino Pereira dos Santos é um dos mais importantes artesãos do Brasil. O caruaruense também é conhecido por suas peças de cerâmica, que trazem figuras inspiradas nas crenças populares, nos rituais e no imaginário da população da região. São formas e cores por ele criadas que conferem materialidade ao espírito e à identidade cultural de parte substantiva do Brasil.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco.


Correio Braziliense quarta, 23 de fevereiro de 2022

VIOLÊNCIA: PASSAGEIRO E COMERCIANTES ENFRENTAM INSEGURANÇA DIÁRIA NA RODOVIÁRIA

Passageiros e comerciantes enfrentam insegurança diária na Rodoviária

Com cerca de 800 mil pessoas transitando todos os dias pela Rodoviária do Plano Piloto, o local se torna é alvo de criminosos. De acordo com o 6º BPM, somente este ano, 416 ocorrências foram registradas no terminal

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Arthur de Souza
postado em 23/02/2022 06:00
 
Segundo o 6º BPM, a maioria dos crimes é de furto e roubo -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Segundo o 6º BPM, a maioria dos crimes é de furto e roubo - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Com um público avaliado entre 700 e 800 mil pessoas circulando diariamente, a Rodoviária do Plano Piloto pode ser considerada uma cidade à parte dentro do Distrito Federal. Os dados são da administração do terminal. O número de ônibus que transitam pelo local é de 3,8 mil, embarcando e desembarcando passageiros nas estações. De acordo com a tenente-coronel Kelly Cezário, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar (Esplanada) — responsável pelo policiamento na região da Rodoviária —, somente este ano, a PMDF registrou 416 ocorrências na área. "Os altos números de pessoas circulando na Rodoviária, podem facilitar a ação da criminalidade. A maior parte das ocorrências atendidas no terminal são de roubo e furto, com uma estimativa de que, mais da metade, são dessa natureza", destaca.

 

Rodoviária do Plano Piloto
Rodoviária do Plano Piloto(foto: Valdo Virgo/CB/D.A Press)

 

A comandante do 6º Batalhão ressalta que entre 2020 e 2021, houve aumento na taxa de criminalidade no terminal, passando de 1.563 para 2.295. "Os dados de 2020 são menores, por conta da restrição de circulação causada pela pandemia. Estávamos em lockdown, por isso, menos pessoas passaram pela Rodoviária. A partir do ano passado, a circulação voltou a aumentar, refletindo nos números de ocorrências registradas", explica Kelly.

A PMDF atua no local 24h por dia, na tentativa de conter a criminalidade, com um contingente de 60 militares, em média, por turno de 12 horas, cada. "Temos uma base móvel situada no centro da Rodoviária, policiais que trabalham de moto, equipes de rádio-patrulhamento e o policiamento a pé. Além disso, quando a gente percebe um aumento nos índices criminais, intensificamos o policiamento com o apoio do Batalhão de Cães, para fazer frente ao tráfico de drogas", detalha. Dentro da base móvel, a comandante alerta que há um canal de disque-denúncia para que a comunidade possa indicar locais onde a PM possa intensificar a atuação. "A população é parte importante no combate à criminalidade. Com os dados do disque-denúncia, nós podemos controlar melhor os locais onde as viaturas e os militares fazem as rondas", conta.

Contudo, a comandante avalia que algumas situações atrapalham a atuação da polícia. "A desordem causada pelo comércio ambulante, que está espalhado pelos corredores da Rodoviária, causa grande dificuldade no atendimento às ocorrências", argumenta.

Receio

Quem passa pela Rodoviária do Plano Piloto revela que não se sente seguro. O estudante Luis Fernando, 16 anos, conta que a situação "é de dar pena". "A segurança, aqui, é muito pouca, quase nenhuma. Quando vou para casa de algum parente, preciso passar por aqui a noite, e a sensação de insegurança é maior ainda", afirma. Luis frisa que nunca sofreu um assalto ou foi vítima de furto no terminal, no entanto presenciou algumas situações. "Meu padrasto teve o celular furtado em dezembro do ano passado. Ele estava subindo no ônibus, e aí vieram por trás dele e puxaram do bolso. Chegamos a fazer um boletim de ocorrência, mas foi o mesmo que nada, é difícil recuperar", lembra o estudante.

 

Luis presenciou quando o padrasto foi vítima de furto
Luis presenciou quando o padrasto foi vítima de furto(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Luis considera que qualquer um que transite por lá corre risco de ser vítima de crimes. Para ele, falta policiamento. "Durante o dia e à noite. Para os bandidos não tem hora. Eles agem o tempo todo. É difícil observar a presença de polícia aqui. De vez em quando, a gente vê, mas é raro. Eu não me sinto seguro aqui", desabafa o morador de Planaltina.

Elisângela de Abreu, 42, relata sentimento de medo quando precisa passar pela Rodoviária. "A segurança aqui é precária, você precisa ficar atento aos seus pertences o tempo todo, caso contrário, passam e levam sua bolsa ou o que estiver ao alcance, e nem sabe quem foi", protesta. "Eu não me sinto segura. Apesar de nunca ter passado por um momento como esse, presenciei alguns e, mesmo quando não é com você, a sensação é de agonia. Eu não frequento aqui durante a noite, justamente pelo medo de acontecer algo comigo, tenho muito receio", ressalta Elisângela.

Comerciantes relatam que precisam ter cuidado redobrado. O técnico da Blumenau Celulares Edmilson Ribeiro, 32, diz que, antes das 8h, é difícil encontrar qualquer militar em patrulhamento. "Durante a manhã na Rodoviária, no horário de pico, o que você mais ouve são gritos de 'assalto!', 'olha o ladrão!'. Também já observei pessoas batendo na mão de outras, tentando tirar o celular, e você não acha polícia", retruca. "Até existe um policiamento que prende, mas não adianta nada. Uma ou duas semanas depois, a mesma pessoa aparece, com a tornozeleira (eletrônica), andando dentro da Rodoviária", reclama o técnico.


Correio Braziliense terça, 22 de fevereiro de 2022

TURISMO: ARREDORES DE BRASÍLIA E CIDADES VIZINHAS AO DF SÃO REFÚGIOS PARA O CARNAVAL

Arredores de Brasília e cidades vizinhas ao DF são refúgios para o carnaval

Sem possibilidade de "cair na folia", brasiliense tem recantos de tranquilidade como opção para o feriado. A Chapada dos Veadeiros e Pirenópolis, em Goiás, e o Lago Oeste, no DF são exemplos de recantos ideais para relaxar

JE
Júlia Eleutério
MA
Marilene Almeida*
postado em 22/02/2022 06:00
 
Pousada Villa Tereza em Alto Paraíso de Goiás -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Pousada Villa Tereza em Alto Paraíso de Goiás - (crédito: Arquivo Pessoal)

Carnaval é época folias, festas de rua, fantasias e muita diversão. Porém, com a chegada do coronavírus, em 2020, e o avanço da variante ômicron no início deste ano, muitos brasilienses estão trocando os agitos do mês de fevereiro por dias de descanso em pousadas e casas de temporada nas proximidades da capital federal, buscando um refúgio seguro para aproveitar o feriado prolongado.

A cerca de 230km de Brasília, um dos destinos favoritos dos brasilienses é a Chapada dos Veadeiros (GO). Na região, a cidade de Alto Paraíso de Goiás oferece uma variedade de hospedagens para quem deseja curtir o carnaval em contato com a natureza e com as famosas cachoeiras, mantendo o distanciamento e os cuidados necessários para combater a covid-19.

Em meio à pandemia, o empresário e proprietário Fábio Rezende, 38 anos, inaugurou a Pousada Villa Tereza em dezembro de 2020. O local mantém as medidas restritivas impostas pelas autoridades sanitárias, mas continua recebendo os hóspedes. Com capacidade máxima de 30 pessoas, todas as oito suítes já estão reservadas para o feriado. "Na pousada, continuamos a seguir os protocolos da covid, mantendo o distanciamento. Nossas suítes possuem entradas individuais e varandas privativas, o que torna a pousada um ótimo refúgio para quem quer privacidade, segurança e que não deixa os cuidados de lado", ressalta Fábio.

O dono da pousada conta que as expectativas são sempre ótimas para os períodos de feriados, principalmente porque os visitantes de Brasília e de outros estados, buscam a região para conhecer os atrativos como Vale da Lua, Cachoeira do Segredo e o Parque Nacional. "As expectativas são as melhores. A procura tem sido muito grande para o feriado, como no ano passado. Acreditamos que mesmo com a pandemia, muitas pessoas querem fugir um pouco da rotina e procuram lugares ao ar livre para curtir com mais tranquilidade", destaca o proprietário, que está com todas as suítes reservadas desde o início do mês.

Outra cidade turística amada pelos brasilienses é Pirenópolis (GO). Com um centro histórico famoso e uma rua só de restaurantes e bares, o local também é refúgio para quem procura calmaria, devido aos casos de covid-19. Embora seja impossível evitar alguma aglomeração nas ruas, os proprietários de pousadas e donos de estabelecimentos comerciais garantem os cuidados necessários para proteger os turistas.

Wagner Miranda, 42, é dono da pousada Vila Colonial, que fica pertinho da histórica Igreja do Bonfim. São apenas 800 metros de distância. A pousada oferece acomodações com piscina ao ar livre e um belo jardim. "Estamos seguindo todas as medidas do protocolo de segurança sanitária, como o uso obrigatório de máscara, álcool 70% e distanciamento. Nós agendamos os quartos, por isso, não há perigo de superlotação", afirma o empresário.

Além da igreja do Bomfim, outros pontos de interesse famosos próximos à acomodação incluem o Museu das Cavalhadas e o Museu da Família Pompeu."Esta é a parte de Pirenópolis que os nossos hóspedes mais gostam, de acordo com avaliações independentes", finaliza Wagner.

Nova experiência

O Lago Oeste é a opção mais nova, e tem conquistado cada vez mais turistas. Referência em agrofloresta e com uma diversidade de opções de lazer e de gastronomia, fica a apenas 30 minutos de Brasília. Próxima do Parque Nacional, a região dá acesso a trilha que leva à cachoeira Poço Azul, proporcionando uma vivência junto à natureza e longe do barulho do centro da capital.

Conhecido na região, o Recanto Maria Flor oferece uma experiência diferente para os moradores da capital. A chácara fica suficientemente afastada para dar a "sensação de sair da cidade grande" e encontrar um lugar de sossego. Com capacidade máxima de 10 ocupantes, a casa pode ser alugada através de um aplicativo de reservas ou pelo site do local.

"A casa já está alugada há um tempo para o Carnaval, mas a gente tem uma atração na chácara que é o Balancéu, um balanço gigante aberto para o público durante o carnaval", comenta o proprietário do espaço Marcus Vinícius Heusi, 63 anos. O balanço precisa ser reservado conforme horário e quantidade de pessoas. As informações estão disponíveis no site do recanto. "Além de a gente ter a atração do Balancéu, o Lago Oeste oferece muitas opções de lazer como turismo pedagógico, cachoeiras, trilhas e produção de queijo de cabra. Nós disponibilizamos bicicletas para as pessoas andarem pela região", completa o dono.

Construído em 1998, o recanto começou a receber hóspedes em 2017 e não deixou de funcionar com a chegada do coronavírus. "A gente segue todas as recomendações de higienização. Assim que sai um hóspede, a gente deixa a casa arejar e faz a faxina no ambiente. Não tivemos nenhum caso, até onde sabemos, de alguém ter pego covid-19 lá, ou que tenha ido com a doença para a casa", conta Marcus, acrescentando que, na pandemia, a procura de pessoas que vivem em Brasília e em Goiânia, foi maior. Antes de 2020, a chácara recebia mais turistas estrangeiros.

*Estagiária sob a supervisão de Layrce de Lima.


Correio Braziliense segunda, 21 de fevereiro de 2022

GASTRONOMIA: CHEF FRANCÊS OFERECE SOFISTICAÇÃO DE SEU PAÍS PARA BRASÍLIA

Chef francês oferece sofisticação da gastronomia do seu país para Brasília

Depois de vasta experiência em restaurantes premiados e como personal chef de famílias de magnatas na Europa, francês fixa residência em Brasília e compartilha os segredos da gastronomia do seu país

SN
Sibele Negromonte
postado em 20/02/2022 08:00 / atualizado em 20/02/2022 10:55
 
 
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Quando criança, Lionel Ortega esperava ansioso pelas férias, para ir à fazenda dos avós, no sul da França, região onde nasceu e cresceu. Nas lembranças, coelhos, pombos, trufas, escargots, framboesas e tantos outros animais e vegetais que eram criados, cultivados e transformados em deliciosas refeições pelas habilidosas mãos da avó e sob o olhar atento do neto.

 O casal ainda mantinha uma padaria a poucos quilômetros da fazenda, para onde Lionel adorava ir. "Minha avó preparava um delicioso bolo de azeite, muito tradicional na França, mas que, hoje, dificilmente encontramos", relembra. E a paixão pela gastronomia só crescia no garoto, que tinha uma certeza: quando crescesse, seria chef de cozinha.

E o sonho se realizou. Aos 19 anos, Lionel começou a cozinhar profissionalmente e nunca mais parou. "Tenho quatro diplomas de gastronomia na França e uma pós-graduação no Brasil", orgulha-se. Mas os primeiros anos, admite, não foram fáceis. "Na faculdade, eu tinha duas alternativas: fazer o curso e, no final, um estágio de três meses, ou revezar uma semana na escola e outra em um restaurante." Lionel escolheu a segunda opção. "A minha semana no estágio começava na sexta à noite. Era pesado, mas quando a gente ama o que faz, o tempo voa. Ficava 12 horas no restaurante e parecia que tinham se passado cinco minutos", diverte-se.

E não era qualquer restaurante. O Clos de la violette, localizado em sua cidade natal, Aix-en-Provence, tinha nada mais nada menos que uma estrela Michelin no currículo. "Três anos depois, quando saí de lá, ele tinha duas estrelas Michelin", recorda-se. Para o francês, essa foi, de fato, sua maior escola.

Depois da experiência no Clos de la violette, Lionel teve a oportunidade de trabalhar em outro restaurante estelado, o Le Moulin de Lourmarin, também no sul da França. Curioso, decidiu conhecer melhor o universo dos chocolates. Seguiu para Lyon, onde fez um estágio na renomada fábrica da família Bernachon.

Sempre aberto a novas experiências, o chef decidiu expandir os horizontes além da França. Aprendeu inglês e trabalhou em restaurantes na Irlanda, na Suíça e em outros países europeus, até receber o convite de ser sous chef na Embaixada da França em Londres. "Foi uma experiência maravilhosa. Poucos sabem, mas o nível gastronômico nas embaixadas é muito alto."

Personal chef

E foi em Londres que Lionel iniciou uma guinada na vida profissional. Enquanto atuava na embaixada, fez um serviço extra — um jantar exclusivo para uma família. "Eu adorei trabalhar como personal chef. E achei que poderia investir nisso." Ele participou, então, de uma seleção para ser chef de uma família americana que estava alugando, por um mês e meio, uma casa no sul da França. E foi escolhido. "De sous chef, passei a ser chef. Era o responsável por preparar o cardápio, fazer as compras, enfim, todas as etapas da cozinha. Foi um desafio maravilhoso."

E Lionel entrou de cabeça neste mercado. Na Europa, explica, há esse costume de famílias muito ricas contratarem um chef por temporada. "No inverno, geralmente, eles vão para as montanhas; no verão, para grandes iates privados. É um mercado muito bem remunerado e muito fechado. É preciso ter referências, e eu tinha conseguido entrar nele."

De 2006 a 2011, o chef trabalhou para diversas famílias — árabes, inglesas, chinesas, italianas, suíças... Até que, em uma dessas temporadas, conheceu, na sua cidade, Aix-en-Provence, uma brasileira por quem se apaixonou. Advogada, ela estava fazendo um mestrado na região. E Lionel decidiu largar tudo para vir morar no Brasil com a amada. O destino foi Brasília.

Em terras candangas, o chef continuou a fazer o que mais gosta: cozinhar. Passou a trabalhar como personal chef, preparando menus tipicamente franceses para os clientes. "O bom da minha profissão é que posso trabalhar em qualquer lugar." Ele foi convidado por várias embaixadas para realizar eventos exclusivos. "Trabalho com o serviço francês, com empratamentos bem elaborados. Já fiz jantar para um casal e menu degustação para 250 pessoas", conta.

Lionel explica que as redes sociais o ajudaram bastante a entrar no mercado brasiliense. Por meio de sua página no Instagram e no YouTube, está sempre em contato com os potenciais clientes. "Uma vez por semana, às quintas-feiras, eu faço uma live em que ensino o preparo de um petisco. E sempre há um convidado para, da cozinha da casa dele, fazer o prato comigo, on-line." A inscrição para ser esse convidado pode ser feita no site do chef.

Lionel, porém, não abandonou as luxuosas temporadas como personal chef na Europa. Durante a pandemia, por exemplo, viajou com a família para Paris, instalou a mulher e os dois filhos, de 7 e 11 anos, no centro da cidade, e foi trabalhar no castelo do famoso estilista Valentino, próximo à capital francesa. "Mas acabei desistindo desse serviço porque Valentino, por conta da idade avançada, e seus empregados estavam em total isolamento, e eu não poderia sair para ver minha família." O chef foi trabalhar, então, em outra residência. Durante os períodos de verão no Velho Continente, costuma fazer as malas e prestar serviço para algum magnata.

Sempre ativo, o chef publicou, ainda, quatro livros — um só de receitas de quiche; um de creme bruleé; um guia para quem quer seguir a carreira de personal chef; e uma edição ilustrada para crianças da faixa etária dos filhos. Uma forma de passar as experiências e o amor pela gastronomia adiante. E, claro, desmistifica a ideia de que comida francesa não é para todos!

Quiche de aspargos verdes e parmesão

 

Quiche de aspargo verde e parmesão do chef Lionel Ortega
Quiche de aspargo verde e parmesão do chef Lionel Ortega(foto: Sueli Estrela/Divulgação)

Correio Braziliense domingo, 20 de fevereiro de 2022

COTIDIANO: CANTEIROS FLORIDOS DEIXAM O DF MAIS BELO E COLORIDO DURANTE TODO O ANO

 

Canteiros floridos deixam o DF mais belo e colorido durante todo o ano

Em meio às chuvas de verão, os canteiros da cidade seguem colorindo o caminho dos brasilienses. Responsável pelo cultivo e plantio, a Novacap cuida diariamente dessas plantas nos viveiros 1 e 2, para que sejam distribuídas pelo Distrito Federal

JE
Júlia Eleutério
postado em 20/02/2022 06:00
 
Margarida branca - Chrysanthemum leucanthemum -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Margarida branca - Chrysanthemum leucanthemum - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Os canteiros coloridos por flores espalhados pelo Distrito Federal encantam os brasilienses o ano todo. Algumas espécies, que enfeitam as vias, são resilientes ao período chuvoso e sobrevivem às mudanças climáticas. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável pelo cultivo e plantio das espécies, cuida diariamente dessas plantas nos viveiros 1 e 2 para que elas sejam distribuídas pela capital.

As diversas cores das Sunpatiens estão tomando conta das ruas da cidade por se adaptarem facilmente ao clima. De origem japonesa, essas plantas híbridas são resistentes às chuvas e ao sol, podendo florescer o ano inteiro. "É uma espécie nova que a gente começou a produzir há dois anos e, no ano passado, implantamos no balão do aeroporto. Fazemos esse estudo há muitos anos, e escolhemos as espécies conforme a estação. O Sunpatiens vai estar florido o ano inteiro e tolera os períodos chuvosos", destaca a chefe de agronomia e responsável pelos viveiros, Janaína Lima Gonzáles.

 São mais de 100 hectares da Novacap destinados para a produção e cultivo das espécies de plantas e árvores que colorem a capital. Divididos em dois viveiros, o plantio é feito no período chuvoso, iniciado em outubro e indo até março. A agrônoma esclarece que, além desta espécie, outras flores de durabilidade mais curta que resistem ao período são plantadas pela cidade, como a Dália, a Margarida e a Zínia, encontradas nos balões próximos ao aeroporto. "É mais fácil, realmente, a gente encontrar as espécies no período seco. Mas já conseguimos, depois de tantos estudos, encontrar espécies para o período chuvoso que vai estar florido no ano inteiro", conta Janaína.

A especialista em ecologia ressalta que é importante combinar o cultivo de espécies nativas e exóticas que possuem diferentes preferências por luminosidade, água, nutrientes e polinizadores. "O cultivo combinado dessas espécies distintas diminuem os gastos com a manutenção do paisagismo da cidade e segue uma tendência mundial de investir cada vez mais no plantio de espécies nativas, que além de belas e de baixo custo de manutenção, são as preferidas da fauna do cerrado, ajudando a manter o equilíbrio ecossistêmico, local e regional, e tornando Brasília um excelente corredor ecológico para animais da avifauna, pequenos mamíferos e invertebrados", pontua.

Alertas

Um dos problemas enfrentados pela Novacap é o roubo de plantas dos canteiros. "Ano passado, a gente teve que repor metade do balão por conta dos furtos. A gente sempre alerta a população para não retirar as mudas ou danificá-las, porque é um processo muito trabalhoso de cultivo", comenta Janaína. Outro ponto reforçado pela responsável dos canteiros é sobre os plantios em áreas públicas. "O cidadão não pode plantar uma árvore na cidade sem a autorização do Departamento de Parques e Jardins, da Novacap. Para fazer isso, tem que solicitar na ouvidoria do órgão ou na Administração Regional. Então, um técnico da Novacap vai avaliar a área para saber se tal espécie pode ser plantada", explica.


Correio Braziliense sábado, 19 de fevereiro de 2022

CARNAVAL 2022: BLOCO MENINO DE CEILÂNDIA HOMENAGEIA O POETA FRANCISCO MOROJÓ

Bloco carnavalesco Menino de Ceilândia homenageia o poeta Francisco Morojó

Em 'Ver, ouvir e dançar frevo', o poeta ganha um boneco gigante para celebrar a importância dele para a cultura da cidade

PA
Pedro Almeida*
postado em 19/02/2022 08:58 / atualizado em 19/02/2022 08:58
 
 (crédito: Andre Violatti/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Andre Violatti/Esp. CB/D.A Press)

A exposição Ver, ouvir e dançar frevo remonta a trajetória de 27 anos do bloco de carnaval Menino de Ceilândia por meio de fotografias tiradas por foliões na festa. Situada no Centro Cultural de Ceilândia, a mostra promove, hoje, um sarau em homenagem ao poeta Francisco Morojó, conhecido como Pezão, que também ganha um boneco gigante. A entrada é gratuita.

Com 27 anos de existência, o Instituto Menino da Ceilândia extrapolou o conceito de bloco de rua e ampliou as atividades. O grupo promove saraus, exposições, palestras, oficinas de frevo e da arte de produção de bonecos gigantes, além de várias ações envolvidas na cadeia produtiva do carnaval. O hiato promovido pela pandemia trouxe a oportunidade de olhar para trás e refletir sobre a história escrita. Pelas lentes dos foliões, nasceu a exposição Ver, ouvir e dançar frevo. Registros crus e marcantes em diferentes fases do bloco estão expostos em Ceilândia para matar a saudade do carnaval. Os retratos também deixam aparente o engajamento da comunidade.

Marcos do frevo, os bonecos gigantes são o destaque do Instituto. O grupo usa essa arte para homenagear figuras importantes de Ceilândia. Neste ano, o homenageado é Francisco Morojó. Morador de Ceilândia, mas nascido na Paraíba, Pezão passeou por diversos tipos de expressões artísticas. Escreveu músicas, fez teatro e artesanato, mas o carro-chefe era a poesia. Morojó peregrinava pelos bares de Brasília, Taguatinga e Ceilândia para vender os versos que escrevia. Ailton Velez ressalta o trabalho de ativismo cultural e a tentativa de melhoria dos equipamentos culturais da cidade por parte do poeta. Francisco Morojó morreu de forma precoce em 2003, vítima de um acidente de carro. Para celebrar a memória de Pezão e o conjunto da obra, esse personagem marcante de Ceilândia ganha um boneco gigante, acompanhado de um sarau com poesias do autor, que ocorre hoje,a partir das 14h, no Centro Cultural de Ceilândia, local da exposição.

A exposição chega ao fim em 26 de fevereiro, sábado de carnaval. Apesar das restrições, a data não passará em branco. O Menino de Ceilândia prepara uma live com repertório especial da orquestra de Ceilândia. As informações serão compartilhadas no perfil oficial do Instagram do Menino de Ceilândia (@meninodeceilandia).

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco.


Sarau em homenagem ao poeta Pezão

Centro Cultural de Ceilândia, Ceilândia Norte QNN 13. Hoje (19/2), a partir das 14h. A exposição Ver, ouvir e dançar frevo segue até o dia 26 de fevereiro, sempre das 8h às 18h. A entrada é gratuita. 

 


Correio Braziliense sexta, 18 de fevereiro de 2022

DIA DO COMBATE AO ALCOOLISMO: 7 PONTOS PARA ENTENDER MELHOR A DOENÇA

 

Dia do Combate ao Alcoolismo: 7 pontos para entender melhor a doença

Segundo o presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), Dr. Arthur Guerra, o alcoolismo é um tema que afeta diretamente a saúde pública

CG
Camilla Germano
postado em 18/02/2022 06:00
 
 (crédito: Reprodução/Pixabay)
(crédito: Reprodução/Pixabay)

Nesta sexta-feira (18/2), comemora-se o Dia do Combate ao Alcoolismo, data criada para dar visibilidade a uma doença muitas vezes negligenciada, mas que tem um duro efeito na saúde pública. Segundo o Dr. Arthur Guerra, médico psiquiatra e presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), é importante chamar a atenção para a doença porque a maioria dos pacientes apresentam quadros de “negação” — ou seja, muitos custam acreditar que têm algum problema. Além disso, o especialista destaca que o uso desenfreado do álcool está chegando cada vez mais em duas populações: as mulheres e os jovens, levando em conta um grande aumento do consumo durante a pandemia. 

O Correio entrevistou o representante do CISA para entender a relevância da data e sanar as principais questões sobre o tema.

Quais são os sinais, caso existam, que indicam que a bebida se tornou um problema?

Identificar quando o consumo de álcool passou a prejudicar a saúde e a dependência se desenvolveu não é fácil. Essa progressão é sutil e decorre não somente da quantidade consumida, mas também da frequência, das circunstâncias desse consumo e das consequências à saúde do indivíduo.

Entretanto, alguns sintomas podem indicar que algo não vai bem e reconhecê-los é uma medida importante para procurar o apoio adequado. São eles: forte desejo de beber, dificuldade de controlar o consumo (não conseguir parar de beber depois de ter começado), uso continuado apesar das consequências negativas e priorizar a bebida, deixando de lado outras atividades e obrigações.

Quais são os principais sinais da dependência do álcool?

As pessoas que têm dependência não conseguem ficar sem álcool e na hora que ficam sem consumir, o corpo apresenta tremores e muito suor. A pessoa quer beber e bebe de qualquer jeito, até escondido. Em alguns casos, na falta de álcool comum, chega até beber álcool de limpeza.

O alcoolismo é considerado uma doença? Há uma cura?

O alcoolismo é uma doença crônica, assim como diabetes e hipertensão. E é multifatorial, pois diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento. Mas tem tratamento.

Ainda que a recuperação não seja fácil e ocorram percalços, como as recaídas, os alcoolistas que procuram ajuda adequada estão no caminho certo para recuperar uma vida autônoma e com mais saúde.

Uma vez alcoolista, a pessoa tem grandes chances de ficar bem, se não beber nada. Ele está curado? Curado seria se pudesse voltar a beber socialmente, o que não pode. Ele está curado se não beber nada e vai perceber grande melhoria na qualidade de vida. Mas não pode voltar a beber.

Ainda sim, vale ressaltar que cada indivíduo é único e a avaliação multidisciplinar contínua é a melhor maneira de indicar o apoio mais adequado, inclusive podendo envolver diferentes abordagens (farmacológico, psicoterápico, grupos de ajuda mútua, atividade física e/ou até hospitalização para casos mais graves).

É verdade que o alcoolismo pode ser genético? Se sim, que tipos de precauções podem ser tomadas se existirem vários casos na família?

Não é que o alcoolismo seja genético, o alcoolismo tem características hereditárias. Mas não é porque o pai é alcoolista, que o filho também vai ser. Os filhos de alcoolistas têm uma vulnerabilidade e uma chance maior de vir a ter problemas com o uso do álcool. Eles têm um risco maior, não quer dizer que eles vão ter dependência.

Se junto com esse risco — porque tem mais enzimas que metabolizam o álcool — a pessoa tiver mais acesso ao álcool (como pessoas bebendo em casa, por exemplo), ou tiver um pouco de ansiedade, um pouco de preocupação, ou tiver em um ambiente onde todo mundo bebe, onde o lazer é beber, pronto. Aquele risco hereditário que tem fica mais evidente e pode sim trazer um maior consumo de álcool.

Como é feito o tratamento do alcoolismo? Existem diferentes métodos?

O tratamento do alcoolismo é um dos grandes desafios da medicina. Porque depois que a pessoa se torna dependente, na minha visão, ela tem uma chance de ficar boa: parar de beber, ou seja, total abstinência. O problema é que vivemos em um mundo completamente alcoólico.

Usar álcool não é ser alcoolista. O alcoolista é aquela pessoa que bebe mais do que o necessário e que por conta desse uso excessivo do álcool, acaba tendo prejuízo, ou para ele ou para quem vive junto com ele.

Então como a gente vai falar para essa pessoa que nega ter a doença, que ela não deve beber mais? Esse é o desafio. A chance de ficar bom é não beber nada!

As pessoas alcoólatras podem desenvolver doenças físicas?

O álcool afeta o corpo humano como se fosse um spray: pega todo o corpo.

No fígado, pode dar um quadro de hepatite alcoólica, depois cirrose alcoólica. No pâncreas, pode dar um quadro chamado de pancreatite crônica alcoólica.

Nos nervos, pode dar um quadro de neuropatia periférica — condição que afeta diretamente os nervos periféricos, responsáveis por enviar informações do cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo, além de trazer as mensagens sensoriais ao sistema nervoso central.

No coração, pode dar um quadro de miocardiopatia alcoólica — doença do músculo cardíaco caracterizada pelo prejuízo à dilatação e contração de um ou ambos os ventrículos do órgão.

No entanto, cada pessoa é mais afetada pelo consumo de álcool em um dos órgãos. A bebida não pega todos os órgãos de uma pessoa só. É um processo grave e sério.

Quais são os melhores locais para buscar ajuda. São em centros de reabilitação, buscar ajuda de psicólogos, apoio familiar…?

Existem opções de apoio e tratamentos gratuitos no Brasil, como os Centros de Atenção Psicossocial — Álcool e Drogas (CAPS-AD), ambulatórios de hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e grupos de mútua ajuda, como Alcoólicos Anônimos (A.A.).


Correio Braziliense quinta, 17 de fevereiro de 2022

EMPREGO: SERPRO AUMENTA QUANTITATIVO DE VAGAS PARA CONCURSO DE ANALISTA

 

SERPRO aumenta quantitativo de vagas para concurso de analista

As vagas contemplam o cargo de analista, que exigiu nível superior

17/02/2022 10:11 | Atualização: 17/02/2022 10:20

Jéssica Andrade

Serpro/Divulgação

 

 

A Superintendente de Gestão de Pessoas do Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO aumentou a quantidade de vagas oferecidas pelo edital nº1/2021. O aditamento é de 20 (vinte) vagas ao quantitativo previsto.

 

A informação foi publicada no Diário Oficial da União, na edição desta quinta-feira (17/02). A mudança altera o Edital nº 1/2021 - SERPRO, de 31 de março de 2021, publicado no Diário Oficial da União de 06 de abril de 2021, para convocação de candidatos classificados no Cadastro de Reserva do Concurso Público 2021, observado o prazo de validade do certame.

As 20 (vinte) vagas aditadas são para o cargo de analista, que exige nível superior, serão distribuídas em conformidade com o quadro a seguir:

 

     

Especialização

Localidade da Vaga

Quantidade de Vagas

Ciência de Dados

São Paulo/SP

04

Desenvolvimento de Sistemas

Curitiba/PR

16

 

A convocação dos candidatos dar-se-á a partir da data de publicação deste edital, devendo, obrigatoriamente, as contratações ocorrerem até a data final de validade do concurso público, observadas as necessidades de provimento do quadro de pessoal do SERPRO, a disponibilidade orçamentária da empresa e a ordem de classificação dos candidatos aprovados para cada cargo, especialização e localidade da vaga.

 

Concurso SERPRO 2021

 O edital de abertura do concurso público do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), ofereceu 165 vagas temporárias e formação de cadastro reserva para analista, cargo de nível superior. Os contratos, sob regime CLT, terão duração de 12 meses. A remuneração é de R$ 7.620,37. 

Além do vencimento base, os profissionais  também tem direito a benefícios como auxílio-alimentação, de R$ 950,64; auxílio-creche, de R$ 382,68; auxílio-transporte; auxílio a filho com deficiência, de R$ 1.150,70; plano de saúde e odontológico; e previdência complementar. 

O Cebraspe foi o organizador da seleção, que obteve mais de 1835 inscritos. As provas objetivas foram aplicadas no dia 6 de junho de 2021, às 14 horas (horário oficial de Brasília/DF).

 


Correio Braziliense quarta, 16 de fevereiro de 2022

CINEMA: PAULO RIBEIRO, ATOR BRASILIENSE, É PREMIADO DM LOS ANGELES

Ator brasiliense Paulo Ribeiro é premiado em Los Angeles

Atuação em curta-metragem foi consagrada no Golden film festival awards. O filme ‘Como tudo nessa vida’ está entre os selecionados para Lift-off film festival

CB
Correio Braziliense
postado em 16/02/2022 09:52
 
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

O curta-metragem Como tudo nessa vida, dirigido pela carioca Flávia Orlando, garantiu o prêmio de melhor ator para o brasiliense Paulo Ribeiro no Golden film festival awards. A película foi uma das produções selecionadas para o Lift-off film festival.

A primeira rodada do festival é on-line, no Vimeo on demand e os finalistas serão julgados por revisores profissionais que selecionam o vencedor mensal. O curta ganhador de cada mês é exibido nas sessões do evento anual no Pinewood Studios, no Reino Unido, e no Los Angeles Lift-Off Film Festival, no Raleigh Studios, em Hollywood.

A produção foi criada em parceria com o ator, que é criador do coletivo de cinema Janela 55, e foi filmada em Brasília. Em 2022, Paulo Ribeiro pretende rodar o primeiro longa-metragem com produção assinada pelo coletivo.


Correio Braziliense terça, 15 de fevereiro de 2022

OBITUÁRIO: ARNALDO JABOR SE ENCANTOU - JORNALISTA E CINEASTA MORRE AOS 81 ANOS, DE AVC

 

Morre o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor aos 81 anos

Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

CB
Correio Braziliense
postado em 15/02/2022 09:21 / atualizado em 15/02/2022 09:54
 
 (crédito:  Paramount Pictures/Divulgação)
(crédito: Paramount Pictures/Divulgação)

O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu na madrugada desta terça-feira (15/2) em São Paulo. Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, após sofrer um  acidente vascular cerebral (AVC).

No fim de dezembro, um boletim médico dizia que Jarbor tinha tido uma melhora progressiva e estava consciente. Porém, de acordo com a família, o carioca não resistiu as complicações do AVC. 

"Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro", escreveu em uma rede social Suzana Villa Boas, ex-mulher de Jabor. Ele deixe três ex-mulheres, três filhos e quatro netos.

Arnaldo Jabor começou como cineasta na década de 1960, antes disso, já tinha trabalhado como técnico de som. Jabor se desenvolveu no movimento do Cinema Novo, que tinha como objetivo criticar as desigualdades no país. 

Seu primeiro longa foi o documentário Opinião Pública, lançado em 1967, uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade. Em 1970, ele dirigiu Pindorama, o primeiro longa de ficção da carreira. O filme usa de metáforas para driblar  as censuras do governo durante a Ditadura Militar. 

Em 1978, ganhou o prêmio Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por Tudo Bem. O cineasta ainda ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por Toda Nudez Será Castigada (1973) e o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por O Casamento (1975).

A partir de 1991, Jabor começou a escrever crônicas para jornais e fazer comentários políticos na televisão e na rádio. Foi a partir dessa época que o cineasta se tornou mais conhecido. De lá para cá, escreveu oito livros.


Correio Braziliense segunda, 14 de fevereiro de 2022

SUPER BOWL: HIP HOP TOMA CONTA, COM DR. DRE, SNOOP DOGG E EMINEM

Hip hop toma conta do Super Bowl com Dr. Dre, Snoop Dogg e Eminem

O tão esperado show, que contou com a participação surpresa de 50 Cent, abrilhantou o primeiro Super Bowl disputado em Los Angeles

AF
Agência France-Presse
postado em 14/02/2022 08:51 / atualizado em 14/02/2022 08:52
 
 (crédito:  VALERIE MACON / AFP)
(crédito: VALERIE MACON / AFP)

Los Angeles, Estados Unidos- Os astros Dr. Dre, Snoop Dogg e Mary J. Blige trouxeram, no domingo, as batidas do hip-hop pela primeira vez ao show do intervalo do Super Bowl, onde Eminem invocou um protesto por justiça racial ao se ajoelhar no palco.

O tão esperado show, que contou com a participação surpresa de 50 Cent, abrilhantou o primeiro Super Bowl disputado em Los Angeles (Califórnia) em quase 30 anos, que terminou com a vitória dos Rams contra o Cincinnati Bengals por 23-20.

No gramado do SoFi Stadium, inaugurado em 2020 com um orçamento de mais de 5 bilhões de dólares, apareceram cinco casas brancas colocadas em um mapa iluminado de Los Angeles e com carros estacionados na porta, em uma mensagem clara de que é fundamentalmente uma música urbana.

Dre e Snoop abriram o show com seu hit "The next episode", antes de prestarem homenagem ao falecido Tupac Shakur com "California Love".

O rapper Eminem apresentou seu hit "Lose Yourself", encerrando a apresentação de joelhos no palco, um gesto que homenageia o protesto antirracismo do ex-jogador da NFL Colin Kaepernick.

Os rappers se apresentaram para 70.000 espectadores que lotaram o estádio, no que parece ser o 'novo normal' após dois anos de pandemia de covid-19.

Os cinco artistas reunidos ganharam 44 prêmios Grammy – só Eminem tem 15 – e lançaram 22 álbuns que alcançaram o número 1 da Billboard.

Alvo esta semana de uma denúncia por um suposto abuso sexual ocorrido em 2013, apenas Snoop Dogg não tem um Grammy apesar de ter sido indicado 17 vezes.

O Super Bowl voltou a Los Angeles pela primeira vez desde 1993, no terceiro ano de colaboração entre a NFL, Pepsi e Roc Nation, empresa do magnata do hip-hop Jay-Z, marido de Beyoncé, que junto com o produtor Jesse Collins produziu este show.

- Deuses no Olimpo -


"É como ver os deuses no Olimpo", comemorou um fã no Twitter sobre o espetáculo de pouco mais de 10 minutos realizado durante o intervalo do maior evento esportivo do ano nos Estados Unidos.

"O hip-hop é o maior gênero musical do planeta atualmente, então é uma loucura que tenhamos demorado tanto para sermos reconhecidos", afirmou Dre esta semana.

Dre incluiu dois rappers surdos, Sean Forbes e Warren "WaWa" Snipe, em seu show, trazendo intérpretes de libras pela primeira vez.

Dre, Snoop Dogg, Eminem, Blige e Lamar juntaram-se assim a uma longa lista de artistas famosos que se apresentaram neste espetáculo, incluindo Beyoncé, Madonna, Coldplay, Katy Perry, U2, Lady Gaga, Michael Jackson, Jennifer Lopez ou Shakira.

No ano passado foi o cantor pop The Weeknd, Abel Tesfaye, quem protagonizou o espetáculo, marcado pelas limitações impostas pela pandemia do coronavírus.

A apresentação deste domingo acontece três anos depois que a NFL foi criticada por escolher a banda de rock Maroon 5 em Atlanta, que durante anos foi considerada a capital do hip-hop.

Há rumores de que artistas como Rihanna, P!nk e Cardi B se recusaram a participar daquela edição, em meio à polêmica sobre os protestos contra a brutalidade policial contra afro-americanos liderados por Kaepernick, então jogador do San Francisco 49ers. 

 


Correio Braziliense domingo, 13 de fevereiro de 2022

NATUREZA: GOVERNO ALERTA BANHISTAS E PESCADORES SOBRE PERIGOS DO PEIXE-LEÃO

Governo alerta banhistas e pescadores sobre perigos do peixe-leão

Os espinhos na região dorsal do peixe-leão soltam um veneno nocivo aos seres humanos, cuja toxina pode causar febre, vermelhidão e até convulsões.

AB
Agência Brasil
postado em 12/02/2022 14:43
 
 

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou uma campanha para orientar os turistas, pescadores e mergulhadores para o aparecimento do peixe-leão (Pterois volitans), uma espécie invasora que não é natural das águas brasileiras. A campanha, lançada ontem (11), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), prevê a distribuição de panfletos e cartazes com informações sobre os perigos desse animal, cuja presença já foi registrada na costa do Pará e de Fernando de Noronha (PE), para o ecossistema marinho brasileiro e para seres humanos.

Os espinhos na região dorsal do peixe-leão soltam um veneno nocivo aos seres humanos, cuja toxina pode causar febre, vermelhidão e até convulsões.

Serão disponibilizadas para a população informações para quem for vítima da espécie sobre como cuidar do local afetado para dificultar a ação do veneno e procurar atendimento médico o mais rápido possível.

Para pescadores e mergulhadores, os informativos também alertam que o animal não deve ser devolvido ao mar e que as autoridades devem ser informadas sobre local onde o peixe foi visto para ajudar no monitoramento dessa espécie.

O material, em formato de panfleto, terá ainda um QR Code com um formulário para que as pessoas possam enviar para o ministério informações sobre o local onde a espécie foi vista e/ou capturada, com envio de fotos e imagens.

Segundo o MMA, os "panfletos têm linguagem adequada para cada público e serão distribuídos em áreas costeiras prioritárias do país para orientar banhistas, pescadores e mergulhadores, caso avistem o peixe-leão."


Correio Braziliense sábado, 12 de fevereiro de 2022

SINCRETISMO: TERREIRO DE CANDOMBLÉ É PRIMEIRO BEM TOMBADO PELO INEPAC ESTE ANO

Terreiro de candomblé é primeiro bem tombado pelo Inepac este ano

Liderado por Mãe Márcia de Oxum há cerca de 27 anos, o terreiro está em funcionamento há mais de 50 anos e acolhe centenas de pessoas por mês

AB
Agência Brasil
postado em 12/02/2022 10:37 / atualizado em 12/02/2022 10:38
 
 
 

O terreiro de candomblé Egbe Ile Iya Omidaye Asé Obalayo, situado no bairro de Sacramento, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, pertencente aos povos tradicionais de matrizes africanas, é o primeiro patrimônio tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) neste ano e o terceiro desde 2016. O anúncio foi feito na sexta-feira (11/2) pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. O local é considerado de grande relevância cultural e social para os municípios do leste da região metropolitana do estado.

Mãe Márcia avaliou que, como centro de referência para muitos terreiros de São Gonçalo e dos municípios vizinhos, o fato de o terreiro ser o primeiro patrimônio tombado pelo Inepac em 2022 constitui um marco e uma celebração para toda a comunidade candomblecista. "É a certeza que contamos com o governo para nos ajudar em qualquer eventualidade e dividir conosco essa responsabilidade de proteção do patrimônio", destacou.


Correio Braziliense sexta, 11 de fevereiro de 2022

LONGEVIDADE: REDUZIR CALORIAS ESTÁ LIGADO AO AUMENTO DO TEMPO DE VIDA

 

Reduzir calorias está ligado ao aumento do tempo de vida

Um estudo da Universidade de Yale sugere que a estratégia pode ter associação com a expectativa de vida prolongada

PO
Paloma Oliveto
postado em 11/02/2022 06:00
 
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

Em laboratório, cientistas já demonstraram que camundongos, vermes e insetos, como a mosca da fruta, vivem mais quando há redução calórica na dieta. Já em humanos, essa questão nunca foi comprovada e, enquanto alguns especialistas, como os defensores do jejum intermitente, simpatizam com a ideia, não há recomendação oficial de cortar calorias para esses fins. Porém, um estudo da Universidade de Yale publicado, nesta quinta-feira (10/2) , na revista Science sugere que a estratégia pode ter associação com a expectativa de vida prolongada. Além disso, os cientistas identificaram um mecanismo genético que promove os mesmos benefícios da diminuição da ingestão energética, abrindo caminho para terapias futuras.

Os especialistas usaram dados do primeiro ensaio clínico controlado sobre restrição calórica em humanos, a Avaliação Abrangente dos Efeitos de Longo Prazo da Redução da Ingestão de Energia (Calerie). Nessa pesquisa, cerca de 200 participantes receberam uma quantidade fixa de calorias que poderiam ingerir diariamente. Posteriormente, parte deles teve de reduzir 14% desse total, enquanto os outros continuaram com o regime inicial. Ao longo de dois anos, os efeitos foram sendo avaliados pelos cientistas.

Autor sênior do estudo, Vishwa Deep Dixit, professor de patologia, imunobiologia e medicina comparada de Yale diz, em um comunicado, que o objetivo geral da pesquisa foi verificar se a restrição calórica é tão benéfica para humanos quanto para animais de laboratório. "Sabemos que a inflamação crônica de baixo grau em humanos é um dos principais gatilhos de muitas doenças crônicas e, portanto, tem um efeito negativo na expectativa de vida. Aqui, estamos perguntando o que a restrição calórica está fazendo com os sistemas imunológico e metabólico e, se é realmente benéfica, como podemos aproveitar as vias endógenas que imitam seus efeitos em humanos?", detalha.

Os pesquisadores analisaram, primeiro, o timo, glândula que fica acima do coração e é responsável pela produção das células T, componentes do sistema imunológico. Essa estrutura envelhece mais rápido que outros órgãos, servindo de parâmetro comparativo no estudo. Um exame de ressonância magnética apontou que o timo dos participantes com ingestão calórica limitada tinha menos gordura e maior volume funcional após dois anos de restrição, o que significa que estava produzindo mais células T do que no início do estudo. Entre as pessoas que não reduziram calorias, não se viu essa alteração. "O fato de que esse órgão pode ser rejuvenescido é, na minha opinião, impressionante, porque há muito pouca evidência de que isso aconteça em humanos", diz D

 

Genes

Com base em um sequenciamento das células T dos participantes com restrição calórica, a equipe descobriu, também, que essa estratégia age no microambiente de gordura. "Encontramos mudanças notáveis na expressão gênica do tecido adiposo entre o primeiro e o segundo ano de restrição calórica", relata Dixit. "Isso revelou alguns genes que foram implicados em prolongar a vida em animais." A pesquisa apontou também para alvos que podem melhorar a resposta metabólica e anti-inflamatória em humanos.

Mais análises genéticas mostraram que um gene específico, o PLA2G7, conduziu alguns dos efeitos benéficos da restrição calórica. Para entender melhor os efeitos da proteína, os pesquisadores fizeram um teste para reduzir sua expressão em camundongos. "Descobrimos que a redução do PLA2G7 produziu benefícios semelhantes ao que vimos com a restrição calórica em humanos", diz Olga Spadaro, principal autora do estudo. Especificamente, as glândulas timo desses animais foram funcionais por mais tempo, protegendo-os da inflamação relacionada à idade.

"O estudo mostra que a restrição calórica reconecta muitas das respostas metabólicas e imunológicas que aumentam a expectativa de vida e a saúde", diz o biomédico John Kirwan, do Centro de Pesquisa Biomédica de Pennington, na Louisiana. "Se os pesquisadores conseguirem encontrar uma maneira de manipular o PLA2G7, eles poderão criar um tratamento para prolongar o tempo saudável de uma pessoa, o tempo que um indivíduo goza de boa saúde." 


Correio Braziliense quinta, 10 de fevereiro de 2022

TEMPO: PREVISÃO PARA O DF TEM FRIOZINHO E CHUVA NESTA QUINTA-FEIRA (10/2)

Previsão do tempo para o DF tem friozinho e chuva nesta quinta-feira (10/2)

Segundo o Inmet, ao longo do ida pode ser emitido alerta amarelo, para o risco de chuva e ventos fortes

CB
Correio Braziliense
postado em 10/02/2022 10:01 / atualizado em 10/02/2022 10:08
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Ainda com o guarda-chuva a postos, o brasiliense continua contando com o clima instável no quadradinho de Goiás. Esta quinta-feira (10/2), o tempo no Distrito Federal será marcado por um céu com muitas nuvens durante parte do dia, vai ter pancadas de chuva e trovoadas em diferentes regiões administrativas entre a tarde e o início da noite.

Para se proteger quem está na rua precisa tomar cuidado, veja algumas dicas:

 
  • Não se abrigue embaixo de árvores em caso de rajadas de vento;
  • Não estacione veículos próximo a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada;
  • Para mais informações acione a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193)

Correio Braziliense quarta, 09 de fevereiro de 2022

EMPREGABILIDADE: QUARTA-FEIRA (9/2) INICIA COM 261 OPORTUNIDADES PARA QUEM BUSCA EMPREGO NO DF

Quarta-feira (9/2) inicia com 261 oportunidades para quem busca emprego no DF

As vagas estão distribuídas entre diversas áreas profissionais, sendo frentistas e açougueiros as profissões com maior número de oportunidades

CB
Correio Braziliense
postado em 09/02/2022 09:21
 
 (crédito: Marcello Casal/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal/Agência Brasil)

A quarta-feira (9/2) chega com oportunidades de emprego para aqueles que ainda não estão firmados no mercado de trabalho, são 261 vagas divulgadas pelas agências do trabalhador. A profissão com maior número de vagas é frentista, são 35 vagas destinadas a pessoas com deficiência. A remuneração é de R$

Açougueiros também entram na lista de maior número de vagas, assim como na anterior são 35 vagas e o salário pode variar entre R$ 1.347,41 e R$ 2 mil, mais benefícios.

Há vagas para diversas profissões como: armador de ferro (15), atendente de lanchonete (14), carpinteiro (12), vendedor pracista (15), entre muitas outras.


Os interessados devem buscar uma das 14 agências do trabalhador no DF, das 8h às 17h, ou o aplicativo Sine Fácil. Caso o perfil não corresponda aos requisitos da vaga, o sistema, ainda, poderá cruzar informações e encontrar oportunidades correspondentes às especificações do currículo.

Confira todas as vagas disponibilizadas.

Mais serviços

Empreendedores podem fazer uso dos serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível fazer uso dos espaços físicos para a seleção de candidatos encaminhados.

A secretaria disponibiliza o telefone para atendimento em caso de dúvidas relacionadas à pasta: (61) 99209-1135.


Correio Braziliense terça, 08 de fevereiro de 2022

AGRONEGÓCIO: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE SERÃO TEMAS DE DEBATE NO CORREIO

Agricultura sustentável e meio ambiente serão tema de debate no Correio

Esse será um dos temas discutido no evento Correio Talks, "Sistemas Alimentares e Desenvolvimento Sustentável", que acontecerá nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, às 15h30

 

 (crédito:  Ana Rayssa/Esp.  CB)

CB
Correio Braziliense
postado em 08/02/2022 06:00
 
 (crédito: Kelly Venâncio/Marketing CB)
(crédito: Kelly Venâncio/Marketing CB)

Projeções de crescimento populacional preveem que, em 2050, cerca de nove bilhões de pessoas se concentrarão em grandes metrópoles. Especialistas pelo mundo alertam que, em nível global, isso pode significar uma escassez de suprimentos básicos à sobrevivência humana. Dos fatores que convergem para essa calamidade, um dos que deve ser revisto é a forma hegemônica como os sistemas alimentares estão sendo produzidos.

A expressão, atribuída ao processo que se pode chegar, é chamada de sindemia global — que é a coexistência da pandemia da fome, da obesidade e das mudanças climáticas, no qual os efeitos se potencializam mutuamente. Esse será um dos temas discutido no evento Correio Talks, "Sistemas Alimentares e Desenvolvimento Sustentável", que acontecerá nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, às 15h30. O debate poderá ser acompanhado pelas redes sociais do Correio Braziliense.

Janine Coutinho, coordenadora do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, uma das participantes do evento, explicou que sistemas alimentares hegemônicos e sindemia estão relacionados pela "forma que se comercializa, transporta, produz e consome alimentos". "Essa maneira de cadeia produtiva de alimentos está relacionada a 25% a 30% da emissão de gases de efeito estufa. O uso indiscriminado dos agrotóxicos na agricultura tem efeitos muito grandes na saúde das pessoas e do meio ambiente, uma vez que provoca diversos tipos de câncer, contaminando mares e rios. Do ponto de vista da obesidade, o Brasil, por ser um país de base de commodities, tem uma camada grande de alimentos ultraprocessados sendo vendidos nas gôndolas dos supermercados", disse.

Pamela Gopi, da Campanha de Agricultura do Greenpeace, reforça, com isso, que a lógica comercial dos alimentos só poderá sair do caminho de sindemia se os brasileiros começarem a fazer escolhas melhores para a sua alimentação. "A partir do momento que eu escolho saber quem faz a minha comida, da onde vem aquele alimento, eu estou fomentando essa rede que não é só de agro, pensa só em indústria e que, sim, olha para a mesa dos brasileiros de forma eficaz. O que a gente fala "plantando saúde, não doença"", ressaltou.


Correio Braziliense segunda, 07 de fevereiro de 2022

TEMPO: PREVISÃO É DE MAIS CHUVAS NO DF PARA ESTA SEGUNDA-FEIRA (7/2)

Previsão é de mais chuvas no DF para esta segunda-feira (7/2)

Segundo o Inmet, a semana não deve ter muitas mudanças sendo dias chuvosos e úmidos na capital

CB
Correio Braziliense
postado em 07/02/2022 09:15
 
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Prepare o guarda-chuva que a semana promete ser chuvosa no Distrito Federal. Assim como no fim de semana, a previsão do tempo destaca o clima instável e as chances de chuvas com possíveis trovoadas na capital para esta segunda-feira (7/2).O tempo deve permanecer dessa forma ao longo da semana.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima será em torno de 25ºC no DF, enquanto a mínima registrada foi de 18ºC, na região de Águas Emendadas. O céu deve ficar encoberto por muitas nuvens e com chances pancadas de chuvas durante todo o dia. A umidade relativa do ar ficará entre 60% e 95% ao longo desta segunda.

O meteorologista do Inmet Heráclio Alves ressalta a semana chuvosa que está por vir devido a umidade. “Vai ser uma semana mais chuvosa, porque tem muita umidade e isso configura sobre a região central do país e, no decorrer do período, não se descarta pancadas de chuva a qualquer hora do dia, principalmente a partir da tarde”, comenta Heráclio. “A temperatura vai aumentando e vai intensificando a nebulosidade, com isso aumenta a chance das pancadas de chuvas”, completa.

Em casos de chuva, como se proteger?

O brasiliense que está nas ruas precisa tomar cuidado. Para isso, o Correio preparou algumas dicas que podem te ajudar durante esse período chuvoso. Confira:

-Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas. Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
-Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.
-Caso precise de mais informações, acione a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros Militar (telefone 193).


Correio Braziliense domingo, 06 de fevereiro de 2022

MERCADO DE TRABALHO: AGRONEGÓCIO CRIOU MAIS DE 150 MIL VAGAS EM 2021

Com fartura de empregos, agronegócio criou mais de 150 mil vagas em 2021

No total, são cerca de 9 milhões de pessoas empregadas em atividades ligadas ao setor, sendo a região Sudeste a que mais gerou novos postos

GC
Gabriela Chabalgoity*
ME
Maria Eduarda Angeli*
postado em 06/02/2022 06:00 / atualizado em 06/02/2022 08:15
 
Empresários avaliam que o perfil dos funcionários tem mudado ao longo dos últimos anos, com a capacitação de tempos em tempos -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Empresários avaliam que o perfil dos funcionários tem mudado ao longo dos últimos anos, com a capacitação de tempos em tempos - (crédito: Ed Alves/CB)

agro é um dos setores que mais crescem no Brasil. Representa cerca de 30% do PIB. Com mais produção, também aumenta a demanda por profissionais da área. Em 2021, foram abertas mais de 150 mil vagas ligadas ao setor, segundo os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No total, são cerca de 9 milhões de pessoas empregadas em atividades ligadas ao agronegócio, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 574 mil a mais que o registrado em 2019, no último levantamento pré-pandêmico. A população ocupada, que não necessariamente tem carteira assinada, ultrapassa os 18 milhões.

À medida que o setor cresce, porém, os produtores passam a buscar mão de obra cada vez mais qualificada. A tecnologia, responsável por grande parte do bom desempenho brasileiro na agropecuária, fica mais expressiva no campo a cada ano, e os trabalhadores precisam acompanhar. "O desempenho do agronegócio brasileiro se deve ao avanço da tecnologia. Sabemos que hoje quando estamos comendo um produto, muitas vezes tem mais tecnologia embarcada nesse produto do que em um equipamento eletrônico, porque é um conjunto de tecnologias que vai desde a biologia do solo até a questão do clima", explica Argileu Martins, ex-secretário de Agricultura do DF.

 

Na opinião de Martins, a tendência é que o mercado de trabalho ligado à atividade se estabilize. José Carlos Hausknecht, sócio-diretor da MB Agro, esclarece: "Você está crescendo em tecnologia, usando cada vez mais maquinário sofisticado. Você está substituindo aquele trabalhador braçal — o chamado boia fria — pelo operador de máquina, e acaba tendo cada vez mais uma mão de obra mais qualificada e mais bem remunerada".

O quadro tender a tornar o setor mais competitivo, já que um menor uso do trabalho braçal leva a uma otimização das tarefas e, portanto, a um menor custo de produção, além de resultar em uma redução do impacto ambiental, visto que é possível operar com menos recursos como água e terra.

Rodrigo Coutinho, da fazenda Minelis, é produtor de café e conta que a família toca o negócio no Lago Oeste desde 1987. O local tem 10 funcionários fixos trabalhando diretamente com a plantação, mas, na época de colheita, são contratados pelo menos mais 15.

O empresário relata que o perfil dos funcionários mudou muito ao longo dos anos. "Tem maquinários que vão evoluindo ao longo do tempo e tudo isso vai mudando muito. Aqui no DF, a gente tinha muita dificuldade de encontrar profissionais que conhecessem a cultura do café, então, isso é muito complicado. Ainda hoje não é tão fácil — porque nós não temos tantos produtores assim —, mas a situação melhorou um pouco, com certeza", diz.

Segundo Coutinho, é preciso promover a capacitação dos trabalhadores de tempos em tempos, em especial quando chegam novos equipamentos: "A gente sempre acaba tendo que investir um pouco para ganhar em produtividade, em velocidade, principalmente, na hora da colheita". Para ele, a chegada da tecnologia no campo "está só começando". "A gente tem muito o que investir nisso ainda, em termos de outras tecnologias, principalmente para acompanhar condições climáticas em tempo real", avalia.

Vagner Rizzatti é um dos trabalhadores da fazenda Minelis e diz que, com o passar dos anos, sentiu a necessidade de se atualizar. Empregado no setor agrícola há 17 anos, ele começou a se dedicar com mais afinco após o curso superior de administração de empresas. "Sempre trabalhei no campo, depois dos estudos de ensino médio, foi o período em que trabalhei mais frequente. Iniciei como técnico agrícola, mas já era coordenador de campo", conta Rizzatti, gerente da Minelis.

"Como já estava na minha rotina de trabalhar no campo, onde gosto, e suas extensões, comecei a me capacitar e fazer cursos e práticas voltadas (para isso). E com o passar do tempo, nível superior", relata o profissional.

O produtor Franscisco de Souza, 52 anos, planta desde criança, mas, foi após o inicio da pandemia que sentiu a necessidade de conduzir seu próprio negócio. Em uma chácara no Lago Oeste, ele produz milho, abóbora, feijão, tomate, entre outros alimentos. De acordo com ele, desde que começou a plantar, até hoje, o trabalho no campo mudou muito por conta das novas tecnologias. "Hoje, a gente colhe o dobro do que colhia no passado", garantiu. "É a vida que eu pedi a Deus. Sempre gostei de plantar, mas agora, com meu próprio negócio, eu posso encher uma cesta de alimentos para cada um dos meus seis filhos levar para casa aos finais de semana. É gratificante."

Mudanças tecnológicas

Não só a produção é importante, mas, com as evoluções tecnológicas, se tornou necessário também o estudo de áreas como o marketing do produto, por exemplo. A produtora rural há 7 anos, Gleisy Cristina Coité, da CSA da Florestta, explica que, mesmo não sendo produtora de longa data, ela sente a necessidade de ter, cada vez mais, capacitação profissional, seja para cuidar cada vez melhor do plantio das hortaliças, manejo, colheita, na logística da entrega, quanto na gestão de pessoas, gestão de marketing para garantir a melhor entrega para o cliente.

Ela afirma, ainda, que, com a pandemia, o cuidado com os produtos mudou, bem como a procura por orgânicos e o cuidado com a saúde. "Isso exigiu de nós um aumento da área de cultivo, aquisição de carro para aumentar a entrega, bem como contratação de pessoal para cuidar dos novos clientes", declarou.

O agricultor orgânico Paulino Alves da Silva afirma que precisou procurar por cursos para aprimorar a produção, visto que o campo está recebendo inovações. Além disso, ele conta que, com a pandemia, o cuidado com os produtos foi redobrado. "O cuidado é em dobro, principalmente no momento de embalagem, para que esse produto chegasse ao consumidor final com melhor qualidade, limpo ao máximo impurezas que por ventura pudessem conter. Sempre nos preocupamos com o uso de álcool, mesmo nos ambientes do sítio e seguimos os protocolos e decretos", disse.

Alguns produtores optam por tentar capacitar seus funcionários já contratados, em vez de buscar nova mão de obra. É o caso de Joe Valle, da Fazenda Malunga, que trabalha com uma variedade de hortaliças orgânicas, laticínios e grãos. O empreendimento tem um ciclo completo: produção, industrialização e venda, empregando 199 pessoas.

"Sentimos muita necessidade porque temos um problema que é a baixa qualificação profissional das pessoas que estão à disposição para o trabalho no campo. Então o que nós temos feito hoje é realmente a formação de pessoas, buscando o modelo de gestão baseado na Toyota", explica Valle. "Todo o trabalho hoje da agricultura 4.0 na questão tecnológica dos meios está baseado também na formação das pessoas", afirma. "Muitas vezes o problema é o sistema, você quer que ele (trabalhador) entregue o que ele não está preparado para entregar", completa.

Isabel Mendes, assessora técnica da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), acredita que este ano deve fazer jus ao anterior, com mais vagas sendo ofertadas. "O mercado de trabalho está relacionado à atividade econômica. Claro que a gente tem algumas medidas que podem impulsionar, mas, no fim das contas, o que gera emprego é atividade econômica. Em 2021, a atividade econômica de forma geral foi melhor para todos os setores da economia, inclusive para o agro", avalia. A especialista aponta que a expectativa é de um 2022 ainda melhor, levando em consideração os resultados do ano passado.

* Estagiárias sob supervisão de Vicente Nunes

 

 

 

Pelo Brasil

A região Sudeste foi a que mais gerou postos de trabalho na agropecuária no ano passado, com um saldo de 79 mil empregos, seguido pelo Nordeste (20,7 mil) e Centro-Oeste (17,8 mil). As regiões Sul e Norte totalizaram 8,8 mil e 8,1 mil novas vagas em 2021, respectivamente.

Sudeste 79 mil empregos

Nordeste 20,7 mil empregos

Centro Oeste 17,8 mil empregos

Sul 8,8 mil empregos

Norte 8,1 mil empregos

Por área

Entre as atividades agropecuárias, as que mais contribuíram para a criação de vagas ao longo de 2021 foram o cultivo de soja (22,2 mil), bovinos para corte (21,6 mil) e cultivo de cana-de-açúcar (8,9 mil).

Soja 22,2 mil vagas

Bovinos para corte 21,6 mil vagas

Cana de açúcar 8,9 mil vagas

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)


Correio Braziliense sábado, 05 de fevereiro de 2022

UM UÍSQUE PARA CADA MOMENTO: CONHEÇA OS RÓTULOS SABORIZADOS DE JACK DANIEL*S

Um uísque para cada momento: conheça os rótulos saborizados de Jack Daniel’s

Jack Honey, Jack Fire e Jack Apple inovam e expandem as possibilidades para novas formas de consumo de uísque

Apresentado por  
postado em 01/02/2022 11:12 / atualizado em 02/02/2022 15:06
 
 (crédito: Caue? Moreno)
(crédito: Caue? Moreno)

Quando falamos em uísque, é possível que de primeira venha à cabeça aquela imagem de homens elegantes com um drinque à mão. É comum até remetermos aos mais velhos, mas essa imagem tem ficado no passado. Os jovens têm aderido cada vez mais a degustação dos destilados e, pensando nessa geração de espíritos independentes, Jack Daniel's apresenta novas possibilidades com suas versões saborizadas, sem perder a essência e a qualidade da marca.

Jack Honey, Jack Fire e Jack Apple promovem versatilidade à Jack Daniel's. Os Jack Flavors ampliam o leque de possibilidades e elevam o patamar da marca a um universo menos óbvio, com novas ocasiões e formas de se apreciar uísque. “Por exemplo, se a pessoa vai encontrar alguns amigos em casa, em um churrasco ou em um momento mais diurno, Jack Honey vai super bem. Agora, se vai para um bar, curtir um happy hour que pode se estender para uma balada ou algo mais animado, pode escolher Jack Apple. Mas, se a intenção é ter intensidade, dançar a noite toda e aproveitar uma energia mais alta, seja com shots ou no drink, Jack Fire é o mais recomendado", sugere Mariana Visconde, gerente de marketing de Jack Daniel’s Flavors no Brasil. 

Mariana reforça ainda que não existe uma forma certa para explorar novos sabores. "A gente sempre gosta de lembrar que o melhor jeito de beber Jack é o seu jeito. Apenas faça valer a pena, sempre com responsabilidade”, completa.

Os rótulos saborizados originam-se do tradicional Old No 7 de Jack Daniel's, que tem em sua produção características artesanais, entre elas, uma etapa essencial, chamada charcoal mellowing, que promove suavidade e sabor único do autêntico Tennessee Whiskey. Após a bebida pronta, são adicionados licores e especiarias exclusivos: canela para Jack Fire, mel para Jack Honey e maçãs verdes para Jack Apple (este no momento comercializado apenas no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Sul do país).

Hoje, esses rótulos representam mais de 25% das vendas da Família Jack Daniel 's e ajudam a romper aquela imagem que muita gente ainda tem da bebida. “É interessante ver como aquela barreira que existia em torno do consumo de uísque, felizmente, está acabando. Atualmente, nosso destilado é uma opção de consumo para diferentes públicos, sejam estes os já ‘amigos de Jack’, como chamamos nossos consumidores fiéis, bem como aquelas pessoas que curtem drinques e que têm curiosidade de se aventurar e conhecer o universo do uísque”, reflete Mariana.

Make It Count

Com a campanha global Make it Count, Jack Daniel’s procura impactar uma nova geração de espíritos independentes. Com o mote "small moments, big flavors", a campanha alia-se aos rótulos saborizados Jack Fire, Jack Honey e Jack Apple e chega para encorajar cada vez mais pessoas a viverem o melhor de momentos cotidianos.

Como cada flavor tem toque exclusivo da autenticidade de Jack Daniel's, a marca apresenta drinks que cabem perfeitamente à diversas ocasiões.

Confira:

Jack Fire & Ginger
Ingredientes:

  • 50 ml Jack Daniel's Tennessee Fire®
  • 150 ml Ginger Ale

Modo de preparo:

Encha um copo alto com gelo. Adicione 50ml de Jack Fire e acrescente 150ml de Ginger Ale.

Dica: para finalizar, enfeite com uma fatia de laranja.


Jack Honey & Lemonade
Ingredientes:

  • 50 ml Jack Daniel's Tennessee Honey®
  • 30 ml suco de limão Siciliano
  • 100 ml refrigerante de limão

Modo de preparo:

Encha uma caneca com gelo. Adicione Jack Honey, o limão siciliano e o refrigerante. Misture levemente todos os ingredientes Dica: use fatias de limão para enfeitar.

Seus amigos da Jack Daniel’s te lembram: beba com responsabilidade e faça valer a pena!

Cheers!

 

  • Acervo Jack Daniel' 

 

Sobre a Jack Daniel’s

Oficialmente registrada pelo governo dos EUA, em 1866, com sede em Lynchburg, Tennessee, a destilaria Jack Daniel, Lem Motlow, é a primeira inscrita nos Estados Unidos, além de constar no Registro Nacional de Locais Históricos do país. Jack Daniel’s é o fabricante do mundialmente famoso Jack Daniel’s Old No 7, Gentleman Jack, Jack Daniel’s Single Barrel Select, Jack Daniel’s Tennessee Honey, Jack Daniel’s Tennessee Fire, Jack Daniel’s Tennessee Apple e Jack Daniel’s Sinatra Select.

Hoje, a marca é um verdadeiro ícone global e pode ser encontrada em mais de 170 países ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Agora, também, com a produção dos rótulos saborizados que são artesanais e tem como ponto de partida o clássico Jack Daniel’s Old No 7. Esses whiskeys são elaborados em um processo que suaviza gota a gota da bebida, levando o nome de charcoal mellowing - amadurecimento do carvão, caracterizando o Tennessee Whiskey diferente de um Bourbon - whiskey feito de milho.

O uísque Jack Daniel’s é amadurecido em barris de carvalho americano virgem e, quando a bebida está pronta, são adicionados os licores e as especiarias que geram as versões saborizadas: mel para Jack Honey; maçã verde para Jack Apple; e canela para Jack Fire.

Texto escrito pela jornalista Suzanny Costa

 

Correio Braziliense sexta, 04 de fevereiro de 2022

TURISMO: VINHEDO A 65 KM DE BRASÍLIA FAZ SUCESSO COM ROTEIRO ENOTURÍSTICO E PRODUÇÃO NO CERRADO

Vinhedo a 65km de Brasília faz sucesso com roteiro enoturístico e produção no cerrado

 

 

Publicado em Coluna Capital S/A

Coluna Capital S/A, por Jéssica Eufrásio (interina)

Os brasilienses amantes de vinhos podem incluir na agenda um novo roteiro para apreciar a bebida, rodeados por um cenário de colinas, trilhas e piscinas naturais. Tudo no cerrado e a 65km da capital federal. Neste mês, o Vinhedo Girassol, em Cocalzinho (GO), fará a primeira wine tour do ano. Nas visitas, marcadas para os próximos três sábados (5, 12 e 19 de fevereiro), os participantes terão cinco horas de programação, com direito a passeio pelas áreas de cultivo das uvas e a um mirante com vista de 360º, além de almoço com entrada, prato principal, sobremesa e degustação do carro-chefe da casa, o Terroir Girassol Syrah.

Clima favorece…
Os encontros ocorrem desde 2018 no vinhedo. E são justamente as características climáticas da região do cerrado goiano que têm garantido o sucesso do produto e um cultivo de qualidade, segundo os responsáveis pelo empreendimento. A amplitude térmica, as temperaturas altas de dia e baixas à noite, o inverno seco e a estiagem na fase de maturação das uvas resultam em vinhos estruturados, complexos, equilibrados e potentes.

…E produto agrega
Atualmente, o vitivinicultor Sérgio Resende (foto) administra o vinhedo ao lado dos irmãos. “No início, fazíamos (o tour) com outro vinho, não tínhamos o nosso. Isso melhorou ainda mais, porque criou mais identidade. Ter um vinhedo é muito legal, é um trabalho gostoso. Essa bebida agrega muito para o relacionamento das pessoas, o relaxamento, as descobertas, e favorece novos empreendimentos na região. Hoje, temos um negócio vibrante. E há mais de 60 vinhedos em Goiás, incluindo os das adjacências de Brasília”, conta.

Wine Tour Vinhedo Girassol 2022
Datas: 5, 12 e 19 de fevereiro
Horário: das 10h às 15h
Valor: R$ 185 por pessoa
Local: Distrito de Girassol, Km 21,5 — Cocalzinho (GO)
Informações: 61 996-777-155 ou @vinhedo.girassol (Instagram)

Pós-graduação sem fronteiras

Um MBA oferecido pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac), no Gama, tem promovido conexões entre estudantes e professores do mundo inteiro interessados no campo dos negócios. O programa digital Hayek Global permite uma experiência singular aos inscritos, que, mesmo em países a milhares de quilômetros de distância, podem trocar conhecimentos e habilidades cruciais para o mercado de trabalho.

Experiência internacional
Na pós-graduação, os participantes desenvolvem competências em diversas áreas, como contabilidade, finanças, análise de dados, marketing, gestão de recursos humanos e controles internos. Idealizador da marca, o brasiliense Edson Agatti  comenta a iniciativa e detalha a proposta do curso. “Uma coisa é você estudar on-line e se conectar com pessoas da vizinhança. Outra, completamente diferente, é você se conectar e interagir em tempo real com gente do mundo todo. Imagina poder acordar em casa, em um sábado de manhã, ligar o computador e trabalhar em tempo real em um projeto com um amigo da Guatemala e outro da Nigéria. Tudo (com base) no plano de negócios de uma startup que a colega da Romênia almeja criar. É esse tipo de experiência que proporcionamos neste MBA”, destaca.

Alta de 32% nas vendas eleva expectativas no JK Shopping
Um dos centros de compras que atende as regiões de Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires registrou incremento nas vendas em 2021, na comparação com o primeiro ano da crise sanitária, o que elevou as expectativas de consumidores e lojistas. Com a alta de 32,5% verificada no período, a equipe do JK Shopping acredita em uma melhora de desempenho para 2022.

Alento para empresários e varejo
Em dezembro último, o faturamento da empresa superou, inclusive, o período pré-covid: subiu 13,5% em relação ao mesmo mês de 2019 e 17% ante o indicador de 2020. “Os resultados positivos demonstram um retorno gradual de um dos setores mais prejudicados pela pandemia. E, ainda com desafios, essa retomada representa um alento para os empresários e para o varejo como um todo”, avalia Eliza Ferreira (foto), superintendente do shopping.

Valor da ciência e da educação no foco do debate em Brasília
A capital federal foi a cidade escolhida para sediar a 2ª Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola, a Cilpe2022 — a primeira ocorreu em Lisboa, em 2019. Desta vez, em formato híbrido, o evento abordará a construção de uma sociedade intelectualmente rica e culturalmente igualitária por meio da valorização da ciência e da educação. Promovida pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), a edição vai tratar das formas de impulsionar as línguas espanhola e portuguesa, além de traçar um panorama dos impactos da pandemia sobre os investimentos nos setores cultural e acadêmico dos países do grupo. O encontro ocorre de 16 a 18 de fevereiro, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21. Para se inscrever, acesse: bit.ly/3opE3fY.


Correio Braziliense quinta, 03 de fevereiro de 2022

SINCRETISMO: BRASILIENSES PEDIRAM A BÊNÇÃO DE IEMANJÁ NA PRAÇA DOS ORIXÁS, NA ORLA DO LAGO

Brasilienses pediram a benção de Iemanjá na Praça dos Orixás, na orla do Lago

Dezenas de pessoas celebraram o Dois de fevereiro, dia de Iemanjá, mãe das águas. Muitos aproveitaram o momento para agradecer a divindade ou renovar pedidos; evento simbólico foi marcado por muita música e oferendas de flores, essências e alimentos

CM
Cibele Moreira
postado em 03/02/2022 06:00
 
Maria Carolina Antonieto apresenta a filha caçula, Clara,  a Iemanjá e recebem a bênção da orixá -  (crédito:  Carlos Vieira/CB)
Maria Carolina Antonieto apresenta a filha caçula, Clara, a Iemanjá e recebem a bênção da orixá - (crédito: Carlos Vieira/CB)

Uma quarta-feira (2/2) de festa, de bênçãos, de cura e agradecimento. Foi assim a celebração a Iemanjá que ocorreu, na Praça dos Orixás, na orla do Lago Paranoá. A Festa das Águas reuniu dezenas de pessoas ao longo do dia em um momento de prece à divindade que representa a união, a saúde e o amor fraterno. Quem chegava ao local parava em frente a escultura da orixá, muitas vezes com uma vela acesa, outras com flores, incensos, perfumes, cidra e demais oferendas e presentes.

O gramado da orla foi, aos poucos, sendo ocupado por famílias, amigos e representantes de terreiros que foram saudar a orixá considerada mãe das águas. Apesar de Brasília não ter um mar — simbologia de Iemanjá —, os brasilienses contaram com o grande espelho d'água para depositar as flores, essência de perfumes e algumas barcas de madeira com oferendas que, neste ano, foram reduzidas para diminuir o impacto ao meio ambiente. Os presentes, em sua maioria, eram biodegradáveis em respeito à natureza.

A psicóloga Maria Carolina Antonieto, 42 anos, aproveitou a data para pedir a benção da mãe Iemanjá e apresentar a filha caçula, Clara, de 7 meses. "A gente veio aqui, não só receber a benção, mas apresentar a Iemanjá a Clara. E isso representa muito para nós. Eu tinha um diagnóstico de infertilidade, meus filhos gêmeos foram frutos de uma fertilização in vitro e, depois de quatro anos sem fazer nenhum método, ela veio. Foi um presente de Iemanjá para nós", relata a moradora da Asa Sul, que estava acompanhada dos pais, marido e sobrinha. Ela e a família receberam a bênção da divindade em um rito dentro do lago feito pelo Pai de Santo que ela segue.

 

Espiritualidade

Orlando Alves, 50, também aproveitou o dia para homenagear a orixá. Acompanhado da esposa, Gláucia dos Santos, 36, e da filha Eloá dos Santos, 1 ano e 6 meses, ele agradeceu a divindade e pediu mais amor, carinho e saúde. "É um dia de reflexão interior também, uma busca por espiritualidade. É bom estar aqui nesse cantinho do lago, traz uma energia boa da natureza, os orixás são forças da natureza", afirma o servidor público.

O cozinheiro André da Costa Rocha, 34, agradece a Iemanjá pelo lar que ela proporcionou a ele e ao marido Tiago Costa. "Ela representa muito para o nosso lar. Nós somos casados e ela vem abençoando esse relacionamento há muito tempo", conta.

Para Stéffanie Oliveira, presidente do Instituto Rosa dos Ventos e uma das organizadoras do evento, a celebração ultrapassou as expectativas. Depois de um ano sem poder fazer o festejo presencial por causa da pandemia, ela relata que foi lindo e gratificante ver o povo ocupar a Praça dos Orixás em plena quarta-feira. "Essa é uma data muito importante para as culturas de matrizes africanas. Iemanjá tem essa força de mãe, força da mulher", ressalta.

Saudação

O cortejo saudando Iemanjá, um dos momentos mais esperados da Festa das Águas, ocorreu com a praça cheia. O rito sagrado foi comandado pela Yalorixá do Ilê Axé Oyá Bagan mãe Baiana de Oyá, que cantou e guiou os presentes até o lago para uma reza em conjunto, feita em iorubá, na beira da água. A orla foi completamente ocupada e mais de 100 pessoas acompanharam o momento feito ao entardecer.

Além do momento sagrado, a celebração contou com feira afro e apresentações musicais com a cultura do maracatu e samba de coco que colocou todo mundo para dançar. A expositora Clarissa Lins, 39, ressalta que o evento também tem um lado político e de resistência. "A realidade que a gente vive hoje no Brasil é de muita intolerância cultural e religiosa e eu sinto que esse evento vem para justamente fortalecer e resgatar não só o sentimento e a religiosidade de matriz africana que as pessoas têm. Mas, para abrir os horizontes daquelas pessoas que ainda não conseguiram enxergar a força, a energia e a importância de todo esse movimento", afirma. 


Correio Braziliense quarta, 02 de fevereiro de 2022

FESTA DAS ÁGUAS HOMENAGEIA IEMANJÁ NA PRAÇA DOS ORIXÁS NESTA QUARTA-FEIRA

Festa das Águas homenageia Iemanjá na Praça dos Orixás nesta quarta

Programação conta com feira de artesanato afro, atrações musicais, além dos ritos sagrados de cortejo e oferendas à divindade. Evento começa às 10h e segue até as 21h

CM
Cibele Moreira
postado em 01/02/2022 21:00
 
Festa das Águas homenageia Iemanjá, a mãe das águas pela cultura de matriz africana -  (crédito: Webert da Cruz)
Festa das Águas homenageia Iemanjá, a mãe das águas pela cultura de matriz africana - (crédito: Webert da Cruz)

A Praça dos Orixás recebe nesta quarta-feira (2/2) uma programação especial em homenagem a Iemanjá. A Festa das Águas ocorrerá a partir das 10h, com uma programação diversificada que conta com feira de artesanato afro, atrações musicais, além dos ritos sagrados de cortejo e oferendas à divindade da cultura de matriz africana. 

“Optamos por atrações no formato de cortejo, em espaço aberto, justamente para não aglomerar”, ressalta Stéffanie Oliveira que está à frente da organização do evento. A yalorixá Mãe Vilcilene de Jagun, membro do Coletivo das Yás, destaca que a data ainda alcança um marco especial neste período de pandemia. “Iemanjá é a mãe do filho-peixe, a mãe das águas e representa a paz, a união, o amor fraternal. Nesse dia é um momento de pedir a Iemanjá que nos purifique, que nos tire essa doença, nos traga saúde”.

Durante a festa haverá momentos voltados para homenagear a orixá mãe das águas. O primeiro é o samba para Iemanjá com os sambistas de Brasília Breno Alves, Kadu Dantas e Rodrigo 7 Cordas. “A gente fez um pedido muito carinhoso aos artistas locais, para que preparassem um samba para Iemanjá. Com as letras e temas das músicas para a mãe das águas”, adianta Stéffanie Oliveira. No fim do dia tem a batucada coletiva, um convite a todos que tocam tambor para homenagear a divindade regida pelos mestres Martinha do Coco e Tico Magalhães.

Em relação as oferendas, Stéfanie pede o uso de elementos naturais e biodegradáveis, como flores, alimentos e folhas. “A natureza é sagrada, assim como os orixás são natureza representando cada elemento. Então pedimos que os presentes sejam feitos com cuidado e respeito a nossas águas e ao Lago Paranoá”, destaca a presidente do Instituto Rosa dos Ventos.

Confira a programação da Festa das Águas de 2022

Quarta-feira (2/2), a partir das 10h, na Praça dos Orixás

10h - Abertura da Feira de Artesanato e da Praça de Alimentação
12h - Samba com Acarajé
13h - Samba para Iemanjá com Breno Alves, Kadu Dantas e Rodrigo 7 Cordas
14h30 - A Roda - encontro de pandeiristas amadores
15h30 - Apresentação do grupo Encantaria das Mata
16h30 - Roda de Percussão com Folha Seca
17h20 - Batucada para as Águas com Mestra Martinha do Coco e Mestre Tico Magalhães (traga seu tambor e venha com roupa branca)
18h - Cortejo para Iemanjá com Coletivo das Yás
19h - Bando Matilha Capoeira
20h - Nãnan Matos - Show Sambadeira

 


Correio Braziliense terça, 01 de fevereiro de 2022

CINEMA: DIRETORES NEGROS GANHAM VISIBILIDADE COM PRODUÇÕES IDENTITÁRIAS

Diretores negros ganham visibilidade com produções identitárias

Festivais internacionais, premiados filmes e seminários específicos aumentam a visibilidade de criadores negros

RD
Ricardo Daehn
postado em 01/02/2022 06:00
 
Marte um: filme de Gabriel Martins explora sonhos de um menino de família moradora da periferia -  (crédito:  Embaúba Filmes/Divulgação)
Marte um: filme de Gabriel Martins explora sonhos de um menino de família moradora da periferia - (crédito: Embaúba Filmes/Divulgação)

Num circuito de festivais de cinema que já incluíram Cannes, Roterdã, Brasília e Tiradentes, faltava à produtora mineira Filmes de Plástico chegar ao Festival de Sundance. Representante brasileiro no evento, o longa Marte Um despontou com uma leva de fitas realizadas por diretores negros, entre os quais Carey Williams, W. Kamau Bell e Adamma Ebo. Todos estavam alinhados no festival recém-encerrado. "A receptividade foi maravilhosa: tivemos trocas de experiências potentes, ainda que de modo on-line. Pipocaram muitas críticas e veio o impacto do festival. Estou muito feliz, é impressionante ver como críticos escrevem textos interessantes e tão diversos. Tiveram muita generosidade com o filme", observa Gabriel Martins, diretor de Marte Um, em entrevista ao Correio.

Gabriel, no segundo longa-metragem (com Maurílio Martins, realizou o primeiro, No coração do mundo) diz não trabalhar com a chave virada sobre o tipo de imagem que projetará do Brasil no exterior. "Não racionalizo sobre isso, não em nível consciente, planejando o que os gringos vão achar do filme", diverte-se. O diretor aposta, sim,"em filme honesto e sincero", que esteja atrelado à necessidade da história pretendida. Marte Um, como ele diz, foi feito para elogiar esteticamente a presença de pessoas negras na tela. "Aposto nas nossas narrativas, em situações que têm a ver com a nossa história. Isso pode ser uma contribuição para que mais pessoas negras queiram filmar. Algo que talvez até inspire ou estimule para pessoas fazerem de forma até diferente da que eu fiz", explica.

Marte Um fala da classe média baixa, de encantamentos com futebol, de maldições e do dia a dia na periferia de uma grande cidade. Tudo gira em torno de Deivid (Cícero Lucas), que tem ambição para, em 2030, ser atuante como astrofísico. O enredo se passa em 2018, com Bolsonaro eleito. Wellington (Carlos Francisco, de Bacurau) é o porteiro, pai de Deivid; Tércia (Rejane Faria), a mãe, e Eunice (Camila Damião), a irmã que não tem coragem de assumir um relacionamento lésbico. Raça e gênero integram a trama possibilitada por um fundo de orçamento para diretores negros, gerado em 2016.

O cineasta acredita que o filme, tendo passado num festival grande, determina impacto na importância do cinema negro no Brasil. "Devido ao Festival de Sundance, trechos de Marte Um foram mostrados no Jornal Nacional, o maior do país. Com muita exposição, isso é colocar o cinema negro no mapa da história. Me parece uma contribuição possível para que a gente seja visto e esteja vivo, e que possamos sair deste vazio de possibilidades em que a gente está agora — tanto financeiras quanto mercadológicas. Viabilizar um filme, no Brasil, pode passar a se mover, numa direção a cenário diferente do que temos", avalia.

Um dos roteiristas do longa Alemão, estruturado sob demanda da RT Features, e criador de um retrato de violência impresso no curta Rapsódia para o homem negro, Gabriel Martins conta da vontade de navegar por vários sentimentos, no registro de cinema. "O Marte Um espelha minha história enquanto cineasta de periferia, tem uma carga otimista. É um filme que, de alguma forma, acredita na potência de um sonho. E eleva isso a um romantismo da situação, sem deixar de ser atento às contradições do mundo, sem acatar postura ingênua. Traz uma dose de crença no ser humano, talvez", revela Gabriel Martins.

Mais terreno 

No quarto curta-metragem, e ao final da graduação em cinema pela UFF, aos 27 anos, o diretor Bruno Ribeiro vive um ótimo momento: competirá pelo Urso de Ouro, no Festival de Berlim, com o curta Manhã de domingo, que estreou na 25ª Mostra de Tiradentes (MG). "O filme é roteirizado por negros, a protagonista é negra. Há toda a questão em torno de discurso identitário que está posta no Brasil, e lá fora também, numa escala um pouco maior. É um tema dos nossos tempos. Mas não foi isso apenas que pesou para a seleção em Berlim. Existe uma produção negra hoje muito vasta que disputa lugares em festivais e editais. Acredito que seja importante a pauta da representatividade", opina o realizador.

Tópicos variados absorvem Bruno, que, em Manhã de domingo, traz Raquel Paixão interpretando a pianista negra Gabriela, dona de instabilidade emocional, na primeira participação em prestigiado recital. "Precisamos de um prolongamento do debate da nossa questão. A produção negra é muito vista por meio de chaves temáticas muito difundidas e isso, às vezes, atrapalha a construção de um olhar mais atento e cuidadoso com a singularidade das obras. Temos que pensar: 'Para além dos corpos, o que mais pode ser absorvido de uma obra?'", pontua o cineasta.

Com a visão ampliada, diante do acesso à internet, na qual descobriu infinitas cinematografias, Bruno Ribeiro celebra o potencial da versão presencial do evento em Berlim, prevista para fevereiro. "Gosto da possibilidade de que o filme se conecte com plateias cada vez mais amplas. Ao invés de buscar consagração no cenário internacional, quero romper minhas bolhas, e desbravar o mundo." Sem minimizar a questão da representatividade, Bruno explica que, na interlocução "com amigos pretos", busca nas artes pautas mais coerentes com os tempos experienciados. "A pauta da representatividade já foi absorvida pelo mercado, de forma mais ampla — desde a publicidade. Artistas pretos já lutam por outras coisas", demarca.

Crítica / Summer of soul (... ou, quando a revolução não pode ser televisionada) ****

Uma luz nas sombras

Múltiplo em funções artísticas, Questlove teve ouvido e olhos atentos na primeira investida em cinema, que resultou no aclamado Summer of Soul, documentário que trata de lacuna na historiografia do preconceito racial na escala norte-americana. O desprezo publicitário e de apoio financeiro direcionado exclusivamente para o Festival de Woodstock, deixou no limbo um evento musical similar realizado a 150 km das ruidosas apresentações de apreço à contracultura. Tratava-se do Harlem Cultural Festival, encontro que levou 300 mil pessoas a um templo de amor e liberdade, promovido no Mount Morris Park novaiorquino, em emblemático momento de revalidação da cultura africana e pleno de altivez negra. Tudo sob o comando do produtor Tony Lawrence que, sob resguardo de ativistas do partido dos Panteras Negras, e manto progressista do prefeito branco John Lindsey, fez eclodir uma festa pra lá de fértil.

Antes de retratar o radicalismo de parte do público do festival — que viu a chegada do homem à lua como um desperdício de dinheiro e cristalizava a expressão "meganha" para designar policiais —, o filme reforça o espírito de família e os laços de irmandade exaltados por Sly, compositor do Sly and the Family Stone. Contribuem em muito depoimentos como os do guitarrista gospel Roebuck Staples, capaz de tarimbar sons pentecostais como "terapia ao estresse" da opressão social ou ainda o mero registro da agressiva guitarra de Sonny Sharrock. Entre a catarse e a possessão espiritual das matrizes africanas, como dito no filme, a diversão no festival — pródigo em "laquê e frango", como ambienta o modelo, ator e produtor Musa Jackson, que, em criança, integrou a seleta plateia — ecoa na vibração e no festejar genuíno da execução de Oh Happy day, no resgate do tambor de Ray Barretto e na real oração proposta por Mahalia Jackson e Mavis Staples, ao entoar Precious Lord take my hand, em saudação a Martin Luther King, morto no ano anterior ao festival, numa corrente de ódio que levou os irmãos Kennedy e ainda Malcolm X.

Resgate de raízes — curiosamente foi a marca Maxwell House, atenta à valorização da origem africana do café, que trouxe o apoio financeiro para a estrutura vanguardista impressa no festival de música —, aproximação de almas e um sentimento de integração ecoam no verdadeiro portal histórico aberto por Summer of soul. Discussões sobre pessoas "não serem suficientemente negras"; a visão, no show, de uma celebrada trompetista negra, e redefinições de nomenclaturas de raças (a pioneira no uso do termo 'negro' na grande mídia Charlayne Hunter-Gault conta do enterro do termo "preto", para a ascensão do "negro") conferem atualidade aos debates do filme.

Num ambiente de violência (e da proliferação da heroína na comunidade negra) e de saques desmedidos, o aquietar de ânimos foi instituído pelas glorificadas presenças de artistas como Stevie Wonder, B.B. King, David Ruffin (sempre lembrado por My girl) e a potente The 5th Dimension (que, em cena, funde Acquarius a Let the sunshine in). Dama da resistência, Nina Simone resplandece, no filme, ao clamar (com Blacklash blues e To be young, gifted, and black) pela afirmação de identidade, por 50 anos renegada, aliás, diante do ineditismo das imagens de Summer of soul. O show dos pretos não tinha apelo rentável, aos olhos dos engravatados da tevê. Estendendo a revalorização para latinos, artistas do Mongo Santamaria e Lin-Manuel Miranda dão as caras. Mobilização, regozijo e energia louvável tomam a tela, diante de Summer of soul.

Entrevista / Joel Zito Araújo

Atualmente, você está no evento Oju — Roda Sesc de Cinemas Negros. É necessária uma virtual cisão, no diálogo com as plateias, com a expressão cinema negro?

Nós brasileiros estamos acostumados a ver as coisas ignorando a desigualdade racial Assistimos um filme brasileiro que só tem brancos, mas não classificamos como filme de branco, nem consideramos que filmes assim fazem historicamente uma cisão no diálogo, com 56% da nossa população que não se auto classifica como branca. Embora esta seja uma atitude reiterada por muitos realizadores e aconteça por mais de um século. Sim, existe cinema negro, muitos realizadores jovens gostam desta denominação. Eu penso um pouquinho diferente, eu acho que nós, realizadores afrodescendentes, preocupados em incorporar os segmentos negros e indígenas, que são maioria da população brasileira, é que acabamos por fazer um autêntico cinema brasileiro.

Houve avanços na solidificação do cinema feito por negros no país? Quais cinematografias te atraem?

Sim, na última década, junto à conquista das cotas nas universidades, e um aumento exponencial de universitários e profissionais negros, talvez até mesmo em decorrência desta nova realidade, surgiu um cinema feito por negros, e com muito protagonismo, especialmente das mulheres negras. E eu acho que desta quantidade grande de jovens cineastas negros e negras que estão surgindo, aparecerá muita qualidade. Cinema é assim, é do exercício e da quantidade, que surge a qualidade. No meu caso específico eu tenho um cinema que se alimenta de múltiplas influências, desde grandes nomes europeus do passado e do presente, como Fellini, Bergman e Almodóvar, do cinema asiático, como do cinema negro norte-americano e do cinema africano. Relativamente ao cinema africano, aprecio muito os trabalhos dos clássicos Ousmane Sembène e Djibril Diop Mambéty, como dos contemporâneos Abderrahmane Sissako, Mahamat Saleh Haroun e Andrew Dosunmu.

A discriminação racial ainda persiste no país? Qual a ferida mais doída em relação ao tema?

Eu tive muitas feridas que já me cansei de falar delas, não quero mais alimentá-las voltando a elas. Mas me preocupa que muitos ainda não percebam o quanto a discriminação racial é um fenômeno cotidiano no Brasil que não só destrói a autoestima das crianças e das pessoas negras, como extermina fisicamente muito delas.


Correio Braziliense segunda, 31 de janeiro de 2022

CULTURA: LIVRO CONTA TRAJETÓRIA DAS GRANDES DAMAS DA MÚSICA BRASILEIRA

Livro conta trajetória das grandes damas da música brasileira

O pesquisador Leonardo Bruno lança o livro 'Canto de rainhas', que reúne perfis de Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Elza Soares

 

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 31/01/2022 06:00 / atualizado em 31/01/2022 06:49
 
 (crédito: Marcos Hermes/Divulgaçao)
(crédito: Marcos Hermes/Divulgaçao)

Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Elza Soares são nomes incontestáveis no abecedário da música popular brasileira. Mais do que isso, elas podem — e devem — ser consideradas autênticas rainhas do samba, gênero que contribui decisivamente para a avaliação do nosso cancioneiro como um dos de maior relevância no mundo. Até por isso, soa com total coerência a escolha das cinco como protagonistas de Canto de rainhas, o recém-lançado livro de Leonardo Bruno, que busca ressaltar também o poder das mulheres na criação artística do país.

Donas de vozes potentes e intérpretes personalíssimas, essas mulheres ultrapassaram as barreiras do machismo e do racismo para alcançarem o patamar mais alto da MPB, lado a lado com outras artistas não menos importantes como Clementina de Jesus, Elizeth Cardoso, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa e Nara Leão. Sucessoras de Tia Ciata, Chiquinha Gonzaga, Marília Batista e Nora Ney serviram de referência para as que vieram depois, entre as quais Marisa Monte, Teresa Cristina, Fabiana Cozza, Nilze Carvalho, Mart'nália e Mariene de Castro.

Jornalista com presença frequente em rodas de samba e na cobertura dos desfiles das escolas no carnaval do Rio de Janeiro e participante de cerimônias de premiação desse segmento, Leonardo Bruno é autor de livros sobre a Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel e co-autor da biografia de Zeca Pagodinho. Ele demonstrou com a obra seu profundo conhecimento sobre trajetória de Alcione, Beth, Clara, Elza e Ivone. Mas, para escrever Canto de rainhas, entrevistou dezenas de mulheres ligadas ao samba e recorreu a uma vasta bibliografia.

Usando prosa quase coloquial, ele propôs com Canto de Rainhas construir um retrato da música brasileira nas últimas décadas, ao mapear a caminhada, as vivências, as lutas e conquistas das personagens como representantes do samba e do universo feminino. No primeiro capítulo, o autor, de forma ousada, reúne trechos de entrevistas das cinco homenageadas, e monta uma espécie de bate-papo entre elas, algo que nunca ocorreu, uma vez que as cinco jamais estiveram lado a lado num mesmo ambiente.

"Que bom saber que Alcione apreciava a voz de Núbia Lafayette, Beth era fã de Marlene, Clara admirava Elizeth Cardoso, Elza gravou Dona Ivone, antes mesmo que essa tivesse seu primeiro disco lançado. A leitura de Canto das Rainhas me mostrou que cada voz, cada mulher foi importante para forjar a voz feminina no samba", diz a cantora e compositora Teresa Cristina no texto de orelha.

No prefácio, a jornalista Flávia Oliveira destaca a escolha, por Leonardo Bruno, das personagens de Canto de Rainhas — O poder das mulheres que escreveram a história do samba. Num determinado momento enfatiza: "Cinco mulheres que se provaram talentosas, relevantes, corajosas independentes, ainda que inseridas num mercado profissional machista, racista, elitista — em alguns casos, tudo isso junto".

Canto de Rainhas - O poder das mulheres que escreveram a história do samba

De Leonardo Bruno. Editora Agir, 416 páginas. R$ 89,90.

 Como surgiu o Canto de rainhas?

O livro nasce de minha paixão pelas cantoras de samba. Observando suas trajetórias mais de perto, senti a necessidade de mostrar as barreiras que elas enfrentaram por serem mulheres num ambiente machista. O mundo do samba é historicamente dominado pelos homens, e as mulheres que conseguiram chegar ao topo, apesar de tantas dificuldades, são vitoriosas. Evidenciar a opressão que elas sofreram é uma forma de evitar que as novas gerações passem pelas mesmas situações.

 

A escolha de Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Elza Soares e Dona Ivone Lara como personagens tem
um significado?

Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Elza Soares são figuras muito marcantes para quem acompanha o samba dos anos 1970 pra cá. Elas são a trilha sonora da minha vida, e acredito que de boa parte dos brasileiros. Muitas vieram antes, como Elizeth e Clementina; muitas vieram depois, como Jovelina e Teresa Cristina; mas acabei focando nesse ABCDE porque queria investigar algumas histórias mais a fundo. E as trajetórias dessas cinco são fantásticas.

Durante quanto tempo você se deteve na apuração dos fatos ligados à trajetória das cinco?

O processo todo do livro demorou três anos. A pesquisa foi muito extensa, por precisar reconstituir as trajetórias de muitas personagens. Foram dezenas de entrevistas, um mergulho gigante em jornais e documentos antigos, além de um trabalho longo de escrita. O livro trata de questões muito delicadas (machismo, racismo, elitismo, etc) e eu me apoiei numa literatura consagrada para dar conta do entendimento de trajetórias tão complexas.

 

Teve mais dificuldade em alguma delas?

Não, a tristeza que tive foi nunca ter conversado com Clara, a única das cinco com quem não tive contato. Estar com a pessoa e senti-la é muito importante para um trabalho desses.

No caso de Beth Carvalho, Clara Nunes e Dona Ivone Lara, que já morreram, houve dificuldade maior?

Beth foi entrevistada para o livro. Ivone não, mas conversei inúmeras vezes com ela sobre os temas abordados aqui. Apenas Clara tive que biografar "a distância".

 

Essa obra é voltada para um público específico ou imagina que ela possa despertar a atenção e interesse de diversos segmentos?

A meu ver, Canto de rainhas pode interessar a três tipos de público. Em primeiro lugar, aos fãs das cantoras de samba, especialmente das cinco que estão na capa, porque o livro faz um mergulho muito profundo em suas histórias. Em segundo lugar, no amante do samba de forma geral, porque através delas é possível reconstruir um pouco a história do samba. E, em terceiro lugar, as pessoas interessadas em questões como femininos e racismo. O livro traz um olhar atento sobre estes temas a partir das histórias das rainhas. 

Que sensação viveu ao escrevê-la?

A sensação que tive foi a de estar presente ao encontro entre elas, descrito no primeiro capítulo do livro. Eu e elas numa roda, conversando sobre diversos assuntos. Olha que privilégio!


Correio Braziliense domingo, 30 de janeiro de 2022

GASTRONOMIA: ESTUDOS INDICAM QUAIS AS DIETAS QUE MELHORAM A SAÚDE NA VELHICE

 

Estudos indicam quais as dietas que melhoram a saúde na velhice

Há escolhas nutricionais que podem evitar o surgimento de problemas recorrentes na terceira idade, indicam pesquisas recentes. Quanto mais natural o regime, com frutas e hortaliças, por exemplo, maiores as chances de usufruir dos benefícios

VS
Vilhena Soares
postado em 30/01/2022 06:00
 
Para a pesquisadora, os dados podem ser usados como base para a construção de dietas personalizadas e direcionadas a cada fase da vida -  (crédito:  Universidade de Barcelona/Divulgação)
Para a pesquisadora, os dados podem ser usados como base para a construção de dietas personalizadas e direcionadas a cada fase da vida - (crédito: Universidade de Barcelona/Divulgação)

Escolher bem o que comer é importante para conservar a saúde de qualquer pessoa. Entre os idosos, mais ainda. Pesquisas têm revelado que determinados nutrientes podem ajudar a evitar problemas comuns quando se chega à terceira idade, como complicações intestinais e enfraquecimento ósseo. Para especialistas, os resultados desses estudos indicam a possibilidade do uso de dietas personalizadas para promover um envelhecimento saudável.

Um dos focos dos cientistas é o desgaste da parede intestinal que pode fazer com que bactérias e toxinas "vazem" do intestino. "Há o trânsito de substâncias potencialmente tóxicas para o sangue, e isso está relacionado ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, enfermidades cardiovasculares e até Alzheimer", explica, em comunicado, Cristina Andrés-Lacueva, professora da Faculdade de Farmácia e Ciências dos Alimentos da Universidade de Barcelona.

A pesquisadora e sua equipe avaliaram se a alimentação evitaria o problema. Para isso, selecionaram 51 pessoas com mais de 60 anos e as submeteram a uma dieta rica em polifenóis — compostos orgânicos encontrados em frutas e plantas — por oito semanas. Constataram que a inclusão de até três porções diárias de alimentos como suco de maçã, cacau, chocolate amargo, chá-verde, laranja e romã fortaleceu a parede intestinal dos voluntários.

As amostras de sangue e fezes revelaram que os benefícios estavam relacionados a alterações na microbiota desencadeadas pela dieta. "Por exemplo, a teobromina e a metilxantina, derivadas do cacau e do chá-verde, se relacionam positivamente com bactérias produtoras de butirato (ácido graxo), que protege a parede do intestino, e se relacionam inversamente com a zonulina, o único regulador conhecido ligado à permeabilidade intestinal. Pesquisas já revelaram que, quando ativada, essa proteína aumenta o risco de síndrome da permeabilidade", detalha Andrés-Lacueva.

Para a pesquisadora, os dados podem ser usados como base para a construção de dietas personalizadas e direcionadas a cada fase da vida. "Uma maior ingestão de frutas, verduras e outros alimentos descritos nesse trabalho fornece fibras e polifenóis que ajudam a contrabalançar os danos à permeabilidade intestinal, que são decorrentes do envelhecimento", enfatiza.

Segundo o médico, o intestino permeável tem sido foco de vários estudos, em que se procura elucidar como a microbiota tem influência na regulação de mecanismos que promovam melhora na qualidade de vida e na prevenção de doenças. "Estudos também têm mostrado estratégias que ajudam nesse equilíbrio da microbiota. Podemos destacar mudanças no estilo de vida, como incentivar o idoso a ser mais fisica e mentalmente ativo, e sobretudo alterações no padrão alimentar", ilustra.

Inflamações

Também muito ligada a boas condições de vida na terceira idade, a saúde dos ossos pode ser melhorada com um regime estratégico, mostra um estudo americano. "Pesquisas anteriores ligaram nutrientes específicos à fragilidade ou à função óssea, mas não investigaram toda a dieta de um indivíduo e qual o impacto dela nesse sistema ao longo do tempo", relata, em comunicado, Courtney L. Millar, pesquisadora do Departamento de Medicina da Universidade de Harvard e uma das autoras do estudo.

A pesquisa avaliou dados relacionados à alimentação de 1.701 idosos saudáveis colhidos por mais de 10 anos. Constatou-se que a dieta pró-inflamatória, rica em carboidratos simples ou em gorduras saturadas, estava associada a uma maior vulnerabilidade óssea. Os participantes que seguiam esse regime tinham duas vezes mais risco de desenvolver problemas ósseos do que aqueles com uma dieta anti-inflamatória.

Os cientistas defendem que a ingestão regular de alimentos que contêm fibras e antioxidantes pode impedir que os idosos tenham fragilidade óssea. "Embora sejam necessários mais estudos, diretrizes baseadas em uma dieta anti-inflamatória podem ajudar a reduzir a porcentagem de pessoas que podem desenvolver fragilidade óssea e ter as condições relacionadas, como quedas e fraturas, e isso ajuda a melhorar a qualidade de vida", afirma Millar.

Para Agostinho Moreira, médico especialista em longevidade da clínica Viva Mais, em Brasília, os dados obtidos trazem informações valiosas para o combate a um problema muito comum na terceira idade: a osteoporose. "Hoje, sabemos que não é apenas a reposição de cálcio que previne um idoso de ter fraturas ósseas, mas, sim, aquilo que está relacionado ao seu estilo alimentar não inflamatório, que se dá pelo consumo de fibras, frutas, verduras, legumes integrais, como feijão-preto, lentilha e grão-de-bico, e de carnes magras com menos gordura saturada, como as de aves e peixes", detalha.

Já uma alta ingestão de alimentos como carnes vermelhas, processados e carboidratos simples — açúcar, massas e pães, por exemplo — não favorece um estado metabólico saudável, afirma o especialista. "Eles geram inflamação crônica de baixo grau, o que favorece a osteoporose", explica.

 

 
 

Estresse e excessos

Ainda não há explicações científicas sobre o que leva a essa complicação, mas os especialistas acreditam que ela possa estar ligada a uma má alimentação, ao consumo exagerado de álcool e de açúcar e ao estresse. A síndrome pode ser detectada por alterações no sistema imunológico, fadiga e problemas digestivos. Não existe um tratamento exclusivo para ela. A indicação de uma melhora na alimentação é uma das abordagens mais prescritas.

Maior proteção cognitiva

A saúde cerebral também pode ser promovida ao se adotar uma boa dieta. Cientistas da Universidade de Barcelona, na Espanha, constataram esse benefício entre idosos que consumiam mais plantas e frutas. No estudo, feito em parceria com cientistas franceses, os investigadores avaliaram, ao longo de 12 anos, um grupo de 842 pessoas com mais de 65 anos nas regiões de Bordeaux e Dijon, na França.

Após estudar dados relacionados à alimentação e à saúde dos voluntários, a equipe concluiu que idosos que consumiam com frequência alimentos como cacau, café e cogumelos apresentavam um comprometimento cognitivo menor. As análises sanguíneas dos participantes também mostraram que alguns metabólitos presentes nesses alimentos, como a 2-furoilglicina e a 3-metilantina, comum no café e o cacau, podem estar relacionados a esse efeito protetor.

"O que vimos é o papel modulador da dieta no risco de sofrer comprometimento cognitivo. Os resultados mostram uma associação significativa entre esses processos e certos metabólitos", afirma Mireia Urpí-Sardà, pesquisadora do Departamento de Nutrição, Ciência dos Alimentos e Gastronomia da universidade espanhola e uma das autoras do estudo.

Adoçante

Também chamou a atenção da equipe o fato de a sacarina, presente em adoçantes artificiais, estar associada a um efeito prejudicial na função cognitiva dos voluntários. Para os especialistas, os dados vistos precisam ser aprofundados em pesquisas maiores, na tentativa de que, em um momento, as informações possam ser usadas como armas protetivas à saúde neural dos idosos.

"É essencial o estudo da relação entre o deficit cognitivo, o metabolismo da microbiota e o metabolismo alimentar. Só assim, poderemos desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas que ajudem a cuidar da nossa saúde cognitiva", enfatiza Urpí-Sardà.


Correio Braziliense sábado, 29 de janeiro de 2022

VERÃO: PATRÍCIA POETA ESBANJA BELEZA EM FERNANDO DE NORONHA

De biquíni fininho, Patrícia Poeta esbanja beleza em Fernando de Noronha

Apresentadora deixou internautas de queixo caído ao exibir sua boa forma

DL
Douglas Lima - Especial para o Uai
postado em 28/01/2022 23:57 / atualizado em 28/01/2022 23:57
 
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Patrícia Poeta vem compartilhando diversos momentos de suas férias em Fernando de Noronha com seus seguidores nas redes sociais.

Na manhã desta sexta-feira (28/01), a apresentadora voltou a arrancar suspiros dos internautas após publicar uma sequência de fotos de biquíni todo colorido em verde, branco e marrom, e exibiu toda a sua beleza no Arquipélago de Pernambuco.

Aos 45 anos, ela deixou os fãs de queixo caído ao exibir seu físico invejável. Com o cabelão solto, ela ousou nas poses esculturais, a jornalista se clicou sentada e em pé nas pedras, e exibiu a barriga chapada.

Na legenda, Patrícia lamentou o fim das férias na praia paradisíaca e garantiu que já estará de volta às telinhas da TV Globo neste fim de semana. "Longe de casa, no paraíso. Registros dos últimos dias de folga. Se conectar com a natureza não tem preço, né?! Vou embora daqui sempre com o gostinho de 'quero mais'. Até breve, Noronha! Amo essa ilha e as pessoas que vivem nela! Valeu, mais uma vez! Ah, te espero amanhã no É de casa! De volta ao batente!".

Nos comentários, os fãs não deixaram por menos e elogiaram a beleza da comunicadora. "Que mulher linda, meu Deus", escreveu uma fã. "Um espetáculo, simplesmente perfeita", comentou outra. "Benza Deus com tanta beleza", reforçou uma terceira. "Nossa que mulher linda", pontuo um seguidor. "Mulherão maravilhosa levantou até a minha pressão", brincou um admirador. "É a nora que a mãe mamãe sonha", disparou um internauta.

 


Correio Braziliense sexta, 28 de janeiro de 2022

CLIMA: MOMENTO DE TIRAR O GUARDA-CHUVA DA BOLSA, SEXTOU COM CHANCE DE CHUVA NO DF

Momento de tirar o guarda-chuva da bolsa, sextou com chance de chuva no DF

Segundo o Inmet a temperatura máxima pode chegar a 28ºC, a umidade relativa varia entre 50% e 95%

CB
Correio Braziliense
postado em 28/01/2022 09:05
 
 (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Nesta sexta-feira (28/1), a temperatura no Distrito Federal segue o padrão dos últimos dias, mais amena. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima ficará na casa dos 28ºC. A mínima registrada ficou em 16ºC no Plano Piloto. Já a umidade relativa do ar poderá variar entre 50% e 95%.

“O tempo vai ficar com muitas nuvens, com pancadas de chuva, pois a ZCAS proporciona de três a cinco dias de chuvas contínuas. Hoje ainda é aquele padrão de verão. Apesar de estarmos com o céu bonito no momento, vai ter chuva”, alerta Andrea Ramos, meteorologista do Inmet.

 


Correio Braziliense quinta, 27 de janeiro de 2022

CINEMA: DRAMA SOBRE A VIDA DA PRINCESA DIANA E LONGA DE DEL TORO ESTREIAM

Drama sobre a vida da princesa Diana e longa de del Toro estreiam

Dois filmes que despontam como fortes candidatos a premiações internacionais, O beco do pesadelo e Spencer, alavancam as estreias de cinema na cidade

RD
Ricardo Daehn
postado em 27/01/2022 06:00
 
Spencer: recorte dramático na figura de Lady Di -  (crédito: Diamond Films/Divulgação)
Spencer: recorte dramático na figura de Lady Di - (crédito: Diamond Films/Divulgação)

Um filme repleto de tiros, sangue e violência visual. Descrito desta forma, o novo longa-metragem assinado pelo cinéfilo (e diretor consagrado) Guillermo del Toro, perderia muito do âmago da popularidade. Refilmagem de um clássico de Edmund Goulding (cineasta vencedor do Oscar de melhor Grande Hotel, em 1932), O beco do pesadelo ajusta a trama de filme noir de 1947, com Joan Blondell. Envolvente, o enredo deriva de um romance escrito por William Lindsay Gresham. Vale a lembrança de que Guillermo del Toro foi o responsável por A forma da água (melhor filme e melhor direção, no Oscar de 2017).

Gênero popular, nos anos de 1930, para o público de Hollywood, o noir costuma se render às imagens em preto e branco. Mas, em O beco do pesadelo, a direção de fotografia extremamente colorida é cortesia do dinamarquês Dan Laustsen. Consagrado pelos temas de limitações financeiras e estrelado por personagens minados por ingenuidade, o noir embebeda a nova produção de del Toro. Antes de chegar ao coração de Nova York, o protagonista Stanton Carlisle (Bradley Cooper) abraça um dos clichês do noir outrora estrelados por Robert Mitchum e Humphrey Bogart: vaga por terrenos baldios, até pegar carona num rabo de cometa, quando passa a integrar a trupe de circo itinerante.

"Ciência e conhecimento", pelo que dita o administrador do circo Clem (Willem Dafoe), são as chaves para este novo mundo. Entre desfiles por espelhos disformes e a convivência com tipos como o homem cobra (que exibe uma flexibilidade assustadora) e um chamado selvagem (entre o humano e o bestial), Stanton abusará do carisma, chegando a invadir o dia a dia da jogadora de tarô Zeena (Toni Collette) e do fracassado mentalista Pete (David Strathairn).

"Pessoas querem ser notadas", arrisca um dos personagens que detecta brechas para toda a sorte de trambiques serem instalados no cenário do circo. A elaboração do cenário (do filme) grita perfeição, com a direção de arte a cargo de Brandt Gordon, enquanto os figurinos do canadense Luis Sequeira, igualmente, sobressaem. Entre seres "impróprios à sobrevivência" (as atrações do circo), como demarcado por Clem, Stanton passa de empregado braçal e rústico à condição de estudioso da linguagem de trapaça, na intenção de promover "um estrago" em Nova York, sede para os futuros golpes ao lado da moça perita no manejo da eletricidade, Molly (personagem de Rooney Mara).

Uma série de pecados soterra a existência de Stanton que, apostando em códigos e oportunismo, caminha para o clássico tabuleiro armado nos filmes noir: muitas situações derivam de jogo de azar ou sorte impulsionados por fraudes e muito domínio de lábia (qualidade ressaltada no roteiro do longa, assinado por Kim Morgan e o próprio del Toro).

Crítica / Spencer ****

Tormento real

Realeza e realidade entram em franco desacordo no filme Spencer, centrado na popular figura da princesa Diana, morta em 1997. Dez anos depois de estrelar o fantasioso Branca de Neve e o caçador, a atriz Kristen Stewart protagoniza o novo filme conduzido pelo chileno Pablo Larraín, que versa sobre a desgraça de uma mulher de espírito independente se ver refém das deferências e tradições esmagadoras da ala conservadora da monarquia britânica.

Rainha (Stella Gonet) e o príncipe Charles (Jack Farthing), de quem Di pretende se livrar, estão em cena — mas como vultos. Entre banquetes sequenciados comandados por Darren (Sean Harris) e e a opressão de ter cada passo (e até as vestimentas) supervisionado, a princesa agoniza, tendo por espelho Ana Bolena, ultrajada personagem do reinado de Henrique VIII e descrita num livro que Di lê.

Sem cercar uma história oficial, Larraín aposta numa visão muito particular, sem verve documental, flana nas impressões dele sobre período natalino experimentado pela princesa de Gales pelos membros da Coroa na casa de campo em Sandringham (Norfolk). Carente e emudecida, cabe a Di sussurrar, introspectiva, trechos da tragédia assumidamente vertida em fábula, no roteiro de Steven Knight (Coisas belas e sujas e Senhores do crime).

Apresentado no Festival de Veneza, Spencer se vale de uma interpretação estritamente pessoal (do ponto de vista de Stewart) da magia do corpo de 24 profissionais do departamento de maquiagem da fita e da câmera inquieta de Claire Mathon (Retrato de uma jovem em chamas).

Em frangalhos, Diana tenta, com desespero, se conectar aos filhos William e Harry, tendo por fiel confidente a serviçal Maggie (Sally Hawkins). Artista que remodelou a visão do público para Jacqueline Kennedy (com o longa Jackie), Pablo Larraín assume devaneios e riscos de um filme feito sobre o filtro contemporâneo da urgência feminista. 

» De volta ao lar 

Desde 2019 distanciado das tradicionais exibições no Cine Brasília (EQS 106/107), o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro volta a ter exibições no chamado templo de cinema da capital. Ocorrida em dezembro passado, em caráter virtual, a 54ª edição terá reprises de filmes em destaque, em programação basicamente montada por dois curtas um longa-metragem. E o melhor: tudo de graça. Filmes como Acaso (DF), Ela e eu (SP), Saudade do futuro (RJ) e Lavra (MG) serão mostrados.

Hoje, às 19h, com fitas premiadas na Mostra Brasília, serão exibidos o curta Cavalo marinho (de Gustavo Serrate), vencedor do Candango de melhor fotografia, e O mestre da cena, documentário que celebra o ator local Gê Martú. O filme assinado por João Inácio faturou melhor montagem e ainda o Troféu Saruê (conferido ao ator, pelo Correio).

Produções derivadas de tecnologia mais acessível e ramificação de linguagens de cinema, pelo que reforçaram os curadores do festival, resultaram na pluralidade do evento. Amanhã, a programação começará às 20h, e traz os curtas Ocupagem (de Joel Pizzini, que venceu o Prêmio Marco Antônio Guimarães) e Era uma vez... uma princesa (filme de Lisiane Cohen valorizado pela temática afirmativa)

Sábado e domingo, as sessões serão duplas: em blocos de programação iniciados às 17h e 20h. Às 17h20 de sábado, será mostrado Alice dos Anjos, longa de temática universal adaptado por Daniel Leite Almeida para o interior baiano. O longa vem baseado em Alice no país das maravilhas, a obra literária do século 19 criada por Lewis Carroll.Na semana seguinte, as apresentações serão de quarta a sexta-feira.

 » Outras estreias

Fortaleza Hotel

De Armando Praça. Com Clébia Sousa e Lee Young-Lan. Uma rede de solidariedade se espalha, quando uma camareira confidencia problemas a uma hóspede sul-coreana.

Belle

De Mamoru Hosada. Anime mostra os efeitos de um aplicativo de transporte para um mundo virtual, no qual a jovem Suzu se afunda. Numa jornada que compreende autodescoberta, ela se vê popular na pele da cantora Belle.

Passagem secreta

De Rodrigo Grota.

Com Fernando Alves Pinto, Arrigo Barnabé e Luiza Quinteiro.

Identidade de uma jovem é posta em xeque, quando se muda para cidade interiorana e passa a conviver com novo ciclo de amigos.

Summer of soul (Ou, quando a revolução não pode ser televisionada)

De Ahmir "Questlove" Thompson. Com Stevie Wonder e Nina Simone. Documentário
pré-selecionado para o Oscar apresenta um grandioso festival de música novaiorquino que congrega elementos da raiz da história de afro-americanos pelos EUA.


Correio Braziliense quarta, 26 de janeiro de 2022

CULTURA: SÉRIE EM QUADRINHOS APRESENTA A FORÇA DOS ORIXÁS

Roteirista Alex Amir apresenta força dos orixás em série de quadrinhos

Quadrinho 'Orixás, os nove eguns' dá às entidades e seres encantados deste lado da América do Sul o mesmo tratamento que as outras divindades pop ganham na cultura de massa

Jo
Juliana oliveira
postado em 26/01/2022 06:24
 
 (crédito:  Alex Amir/Divulgação)
(crédito: Alex Amir/Divulgação)

"Senhor dos raios e trovões e fonte de inspiração para os seus guerreiros". Poderia ser o deus nórdico Thor ou o grego Zeus, entretanto essa descrição é de Xangô, entidade afro-brasileira oriunda de ancestrais divinizados trazidos pelos povos africanos escravizados no Brasil e incorporados a manifestações religiosas de matriz africana. A similaridade entre o panteão afro-brasileiro e outras divindades míticas e religiosas é extensa e pouco conhecida, mas artistas nacionais têm lançado obras que jogam luz ao rico acervo nacional e revelam o potencial artístico para assimilação na cultura pop.

O roteirista Alex Mir, 46 anos, é um dos nomes que enveredou pelo acervo local da cosmogonia africana e está com uma nova edição da história em quadrinhos Orixás, Os Nove Eguns, pela editora Peirópolis. Com desenhos de Alex Rodrigues, Mir apresenta Xangô como uma divindade em conflito e atormentado entre a glória e a guerra, um argumento ético que cai bem para os deuses antropomórficos.

O roteirista dá às entidades e seres encantados deste lado da América do Sul o mesmo tratamento que as outras divindades pop ganham na cultura de massa. "É muito legal trabalhar com esse tema, porque as pessoas começam a perceber que Xangô é tão poderoso, forte e carismático quanto Thor. Os orixás podem ser tão heróis como qualquer outra divindade", defende.

Apaixonado por quadrinhos desde a infância, antes dos 18 anos criou um universo de heróis legitimamente brasileiros: Os defensores da pátria. Embora o nome soe jocoso para o atual contexto político, o argumento era oportuno, um grupo de jovens notáveis com habilidades extraordinárias personificando os melhores atributos e desafios das unidades federativas do Brasil. Essa foi a primeira incursão de Mir na busca por elementos tipicamente nacionais. "Em 2007, consegui publicar, de forma autônoma. Como cada herói representava um estado brasileiro, o da Bahia era um orixá, escolhi Ogun. Toda a narrativa tinha inspiração em quadrinhos norte-americanos. Depois dessa publicação, ficou a ideia e comecei a procurar material sobre orixás e divindades da religiosidade brasileira", explica.

Em 2008, Alex entrou em contato com quadrinistas amigos e apresentou o roteiro de A separação do céu e da terra, a partir da mitologia africana. "Mandei um e-mail para o editor da revista e a partir daí fizemos mais dois trabalhos. Em 2009, entrei num projeto de financiamento cultural em São Paulo e inscrevemos um projeto sobre os orixás. O trabalho contava toda cosmogonia africana, desde a criação dos deuses até a criação da terra", diz. A partir daí, Alex fixou um dos seus principais nichos de trabalho.

A obra foi distribuída em todo o território nacional, em escolas estaduais, e, ao participar de uma edição da Comic Com, recebeu o retorno de professores, religiosos e leitores, que simplesmente se sentiram fisgados por esse outro universo do fantástico. "Percebi que havia muita procura, então, trabalhei em novas edições".

Em 2011, ele publicou Orixás do orum aiê; em 2015, foi a vez de Orixás o dia do silêncio. Dois anos depois veio um dos trabalhos de maior reconhecimento do escritor, o Orixás em guerra, um compilado de histórias de guerras enfrentadas pelas divindades, que rendeu, em 2018, o Troféu HQMix. Prêmio repetido em 2019, dessa vez de Orixás Renascimento, publicado em 2018 com histórias de Iroco e Oxum.

Em 2019, foi a vez de Orixás Ikú, em que narrava a história da Morte, que se apaixona. O trabalho conquistou o Ângelo Agostinho, um importante reconhecimento no segmento de quadrinhos. Em 2020, veio Orixás Os Nove Eguns, que só foi lançado em 2021, mesmo ano em que desenvolveu Orixás A revolta dos Eguns, a ser lançado este ano.

"Eu tenho visto esse tipo de abordagem crescer. Pessoas como André Diniz, que trabalha muito com a africanidade e outros autores estão trazendo essa abordagem e, nos quadrinhos, o tema pode crescer muito", analisa. Apesar das boas perspectivas ele reconhece que o preconceito é um entrave. "Felizmente, estamos vendo a coisa acontecer e as pessoas vendo e lendo a história dos orixás, independentemente de credos, de consumir como cultura, transmídia. Aos poucos, começam a perceber que não é o bicho de sete cabeças e que é muito interessante, como a mitologia nórdica e a japonesa. A africana sempre veio correndo por fora, mas as coisas estão mudando", acredita.


Correio Braziliense terça, 25 de janeiro de 2022

VÔLEI FEMININO: BRASÍLIA ENFRENTA FLAMENGO E BUSCA PRIMEIRO TRIUNFO NO RETURNO DA SUPERLIGA

Brasília enfrenta Flamengo e busca primeiro triunfo no returno da Superliga

Pelo torneio feminino, as comandadas do técnico Rogério Portela jogarão fora de casa, nesta terça-feira (25/1), às 19h

JM
Júlia Mano*
postado em 24/01/2022 21:19 / atualizado em 24/01/2022 21:21
 
 (crédito: @guerreirofotografia)
(crédito: @guerreirofotografia)

O Brasília Vôlei desembarca na Cidade Maravilhosa nesta terça-feira (25/1). As comandadas do técnico Rogério Portela enfrentarão o Sesc Flamengo pela terceira rodada do returno da Superliga Feminina. A bola sobe às 19h e terá transmissão pela plataforma de streaming Canal Vôlei Brasil. As equipes entram no Ginásio Hélio Maurício, no Rio de Janeiro (RJ), com derrotas na bagagem.

Ao todo, o Brasília Vôlei venceu quatro jogos na Superliga e sofreu nove derrotas. Dessa forma, somou 13 pontos e está na nona colocação da tabela.

No primeiro turno, as equipes se encontraram no Ginásio Sesi Taguatinga, em 9 de novembro, pela terceira rodada. Na ocasião, as cariocas anotaram 3 sets a 0, mas encararam o jogo duro das candangas em parciais de 18/25, 22/25 e 21/25.

Proximidade na tabela

 (crédito: Paula Reis/Flamengo)
crédito: Paula Reis/Flamengo

Seis pontos e duas posições na tabela separam as candangas das cariocas. O time comandado pelo técnico Bernardinho acumula o mesmo número de triunfos e derrotas: seis. Assim, somou 19 pontos e ocupa a sétima colocação.

Apesar do retrospecto positivo para o Sesc Flamengo, o time chega de uma derrota e de uma partida adiada. As cariocas retornariam às quadras em 7 de janeiro, depois do recesso para as festas de fim de ano. No entanto, ocorreu um surto de covid-19 no elenco e o duelo contra o Sesi Bauru foi adiado. A retomada dos treinos também sofreu complicações.

O retorno da equipe de Bernardinho às quadras ocorreu na última sexta-feira (21), diante do Osasco. O clássico do vôlei brasileiro foi válido pela segunda rodada do returno e acabou com o triunfo das paulistas, por 3 sets a 1.

*Estagiária sob a supervisão de Fernando Brito

 


Correio Braziliense segunda, 24 de janeiro de 2022

ENSINO: MAIOR REDE DE ESCOLAS BILÍNGUE CANADENSE INAUGURA NOVAS UNIDADES EM BRASÍLIA

Maior rede de escolas bilíngue canadense inaugura duas novas unidades em Brasília

Localizadas na Asa Norte e Sudoeste, os novos espaços da Maple Bear oferecem ensino bilíngue de ponta em uma metodologia inovadora

Apresentado por  
postado em 24/01/2022 02:00
 
 (crédito:  Victor Kobayashi)
(crédito: Victor Kobayashi)

A maior rede de escolas bilíngues do mundo, a Maple Bear, chega com mais duas novas escolas em Brasília: uma localizada na Asa Norte e a outra no Sudoeste. Os novos espaços oferecem salas de aula amplas e arejadas, materiais manipulativos (recursos de apoio ao trabalho pedagógico, como blocos, brinquedos etc.) e centros de aprendizagem, para que os alunos, ao mesmo tempo em que realizam atividades divertidas e estimulantes, busquem conhecimento.

A nova sede Maple Bear, na Asa Norte, está localizada em um terreno de 11 mil m² no setor de Grandes Áreas Norte 916 e contará com mais de 6 mil m² de área construída para os segmentos de Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 e 2. Já no Sudoeste, a unidade está localizada na quadra EQSW 303/304, onde, também, serão oferecidos Educação Infantil e Ensino Fundamental 1. Além das novas escolas, já em operação em 2022, a Maple Bear também terá, no próximo ano, duas escolas adicionais a serem inauguradas na Asa Sul e em Águas Claras. 

 


Correio Braziliense domingo, 23 de janeiro de 2022

COMUNIDADE: PROJETO PROMOVE A CULTURA EM SOBRADINHO POR MEIO DA ARTE PRODUZIDA POR MULHERES

 

Projeto promove a cultura em Sobradinho por meio da arte produzida por mulheres

Clara, Duda, Nicole, Fernanda e Luanna formam o coletivo Sobradinho Artístico desde 2020 e promovem a arte local, priorizando mulheres e moradores da região administrativa

AI
Ana Isabel Mansur
postado em 23/01/2022 06:00 / atualizado em 23/01/2022 06:30
 
Em pé: Letícia, Luanna, Nicole, Clara e Priscila — integrante do Coletivo Andanças, parceiro do projeto. Agachadas: Fernanda e Duda. Iniciativa promove reconhecimento feminino em áreas diversas das artes -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Em pé: Letícia, Luanna, Nicole, Clara e Priscila — integrante do Coletivo Andanças, parceiro do projeto. Agachadas: Fernanda e Duda. Iniciativa promove reconhecimento feminino em áreas diversas das artes - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Se a expressão "fazer arte", usada para criticar atitudes ligadas ao universo infantil, fosse adaptada para descrever o coletivo Sobradinho Artístico, o ideal seria dizer "ser arte." Desde meados de 2020, Clara Caldeiras, Eduarda Siqueira, Fernanda Maria Avelar, Luanna Rodrigues e Nicole Cristina Vasconcelos, moradoras de Sobradinho, promovem eventos culturais na região para divulgar a arte dos moradores da cidade, dando prioridade para o trabalho de mulheres. O conjunto nasceu de maneira orgânica e foi a sequência lógica do crescimento das jovens, que têm entre 18 e 20 anos e estão mergulhadas desde a pré-adolescência no universo cultural e artístico.

"O projeto começou de forma totalmente despretensiosa, na intenção de ser apenas um evento na casa da Nicole. No final, acabou virando uma feira expositiva", conta Clara, poeta natural de São Gonçalo (RJ) e moradora de Sobradinho desde 2020. "Tínhamos contato com muitos artistas da cidade, que vinham à minha casa. E pensamos: por que não juntar essa galera toda?", complementa Nicole, multiartista, grafiteira, pintora e produtora. Elas, então, tiveram a ideia de montar um coletivo de mulheres. "Para trazer essa noção de união para Sobradinho, mostrando um pouco da arte de cada pessoa, com a missão de representar todo mundo", completa Nicole.

Efervescência

O pano de fundo da cidade, a única do DF em uma região serrana, é indissociável tanto da vida das artistas quanto da origem do coletivo. Apesar do clima marcado por temperaturas mais baixas do que o registrado nas outras partes da capital federal — justamente pela localização geográfica — o calor da efervescência cultural de Sobradinho influenciou a decisão de incentivar a arte local.

 "Tanto quem é daqui, quanto pessoas de fora sempre falaram que, historicamente, Sobradinho é uma cidade extremamente artística, com muitos eventos culturais e lar de grandes artistas", observa Duda, que é dançarina profissional há seis anos. "(Criar o coletivo tem) um pouco de ancestralidade, de saber a força que a gente tem, de ver os jovens da nossa bolha e nossos amigos reunidos, de ter esse projeto de fomentar e de ver todo mundo crescer junto", completa a jovem.

Clara relembra que, ao chegar ao DF, viu uma potência artística grande, principalmente entre mulheres. "Mas também percebi que faltava algo realmente sólido, que fizesse com que a visibilidade dos artistas fosse ainda maior", explica, e destaca que o peso artístico da capital federal é imenso. "Depois que percebemos que realmente faltava um lugar de reuniões, resolvemos mergulhar nessa aventura", relata Clara.

O grupo busca honrar a tradição, o legado e a chama artística de Sobradinho
O grupo busca honrar a tradição, o legado e a chama artística de Sobradinho(foto: Arquivo pessoal)

 

Acolhimento

De mãos dadas com o destaque local, está o enfoque na produção feminina. "Vemos muitas mulheres na cena, mas, ao mesmo tempo, não são tantas assim. O cenário artístico de Sobradinho tem poucas reconhecidas, em todas as áreas", aponta Fernanda, escritora com livro de poesias publicado. "Como somos mulheres e artistas, entendemos a importância de nos unir e tentar dar moral e apoio umas às outras. Temos muitas mulheres fazendo artes incríveis sem ter o reconhecimento merecido", defende a artista.

Segundo ela, ser artista é difícil, mas ser mulher artista é ainda mais. O grupo tenta, então, dar o máximo de suporte que consegue. Apesar de serem independentes e não terem muitos recursos, elas fazem o possível "para que mulheres se sintam acolhidas e a cena não seja predominantemente masculina".

Duda ressalta que, mesmo sendo um projeto feminino, a participação de homens não é proibida. "Na maioria das coisas, se não em todas, é só nós por nós, não temos essa dependência", frisa. Nicole complementa a amiga e ressalta que o intuito do coletivo, desde o princípio, é trabalhar com a categoria, principalmente na organização dos projetos. "É importante passar a visão das minas fazendo o corre independente pela arte e pela nossa cidade", afirma a jovem.

 

Segunda edição da feira do Sobradinho Artístico, em novembro, reuniu cerca de 70 pessoas no ginásio da cidade: coletividade
Segunda edição da feira do Sobradinho Artístico, em novembro, reuniu cerca de 70 pessoas no ginásio da cidade: coletividade(foto: Arquivo pessoal )

 

Programação

As artistas organizaram, de maneira completamente autônoma, o primeiro evento do Sobradinho Artístico em agosto do ano passado, em uma casa da cidade. "Foi em uma garagem grande, com palco, mas era um local pequeno para o tanto de gente que se interessou e se inscreveu", lembra Luanna, artista plástica e pintora. Ela também acrescenta que o processo de inscrição é feito por meio de preenchimento de formulário. "Disponibilizamos palco para as apresentações e mesa e espaço para as exposições. As pessoas puderam montar o próprio espaço como queriam", continua Luanna.

Durante dois dias, ocorreu a primeira feira que chegou a reunir 40 artistas, entre cantores, expositores, dançarinos, pintores, fotógrafos, escritores e artesãos. O sucesso foi tanto que o segundo evento veio apenas três meses depois, no Ginásio de Esportes de Sobradinho 2, com 27 expositores e mais de 70 pessoas na plateia. Nicole conta que, após o primeiro evento, muitos artistas se interessaram, inclusive de fora de Sobradinho. "A segunda edição teve gente do Gama, Paranoá, Cidade Ocidental (GO) e Valparaíso (GO)", anima-se a jovem. "Demos prioridade para quem não tinha participado da primeira", completa Luanna.

Segundo ela, o evento é uma oportunidade para se conhecer artistas, mas o grupo também faz questão de levar aqueles cujos trabalhos elas apreciam.

Próximos passos

As artistas planejam a terceira edição da feira do Sobradinho Artístico para o primeiro trimestre deste ano. "Ainda não sabemos se será presencial ou virtual, mas o projeto é fazer em março", relata Luanna. Segundo Nicole, a ideia do grupo é, antes, fazer eventos para arrecadar fundos para a exposição. "Queremos fazer um leilão on-line, no fim de fevereiro, para vender alguns quadros de artistas de Sobradinho", detalha. O evento de março deve ocorrer na parte externa do ginásio de Sobradinho 2. "Ali é mesmo o nosso lugar", completa Nicole.

Além dos eventos, o coletivo pretende alcançar o público por meio das plataformas digitais. "Queremos movimentar mais nosso Instagram. Temos um projeto de entrevistas com alguns artistas daqui e de outros lugares também, representando o DF, de maneira geral, e o Entorno", planeja Fernanda. Quando perguntadas a respeito de levar o projeto para outros lugares, inclusive fora do Distrito Federal, elas não escondem a animação. 

"Tem muita coisa que a gente não imagina ainda. Eu, com certeza, faria uma conexão com algum grupo de outra cidade", admite Nicole. "Nunca foi falado, mas temos a intenção, sim. Se acontecer, se pudermos levar para fora e espalhar a ideia, fazer, por exemplo, uma conexão com São Gonçalo, com certeza. A ideia é que seja um projeto ligado a nós, mas sem ser nosso, para ser tudo uma coisa só", deseja Fernanda. Como numa espécie de escola, Clara defende a ampliação do projeto e arremata: "Foi a partir do Sobradinho Artístico que passei a me considerar uma artista de verdade, fora que meu senso de cultura e união se amplificou. Aprendi a valorizar a arte local e a perceber como a arte salva", reflete a artista. 


Correio Braziliense sábado, 22 de janeiro de 2022

CANDANGÃO 2022: VEJA DETALHES DO TORNEIO E DOS TIMES PARTICIPANTES

Guia do Candangão 2022 — veja detalhes do torneio e dos times participantes

Principal competição do Distrito Federal começa neste sábado (22/1) com dez clubes envolvidos. Novidades na organização do torneio elevam expectativa por uma edição histórica

DQ
Danilo Queiroz
JM
Júlia Mano*
VP
VICTOR PARRINI*
postado em 21/01/2022 19:29 / atualizado em 21/01/2022 19:40
 
 (crédito: Pedro Brandão/@iampedrobrandao/Candangão)
(crédito: Pedro Brandão/@iampedrobrandao/Candangão)

Modificado para ter disputa mais intensa nos gramados e sob uma nova nomenclatura para ser rentável financeiramente, o Campeonato Candango de 2022 entra em cena recheado de novidades e com a expectativa de, enfim, ser uma das melhores edições do certame local. De sábado (22/1) até 2 de abril, dez clubes da elite fazem a bola rolar nas canchas da capital federal e se enfrentam em busca do status de ser o melhor time do futebol do Distrito Federal. No esquenta do torneio, o Correio apresenta seu guia da competição com detalhes dos participantes.

Ao contrário dos últimos anos, quando passou por polêmicas de manipulação de resultados e regulamentos que deixavam a disputa inicial monótona, o formato da competição (leia mais no fim do guia) promete deixar as coisas quentes em campo dos primeiros aos últimos jogos. Em nove rodadas, Brasília, Brasiliense, Capital, Ceilândia, Gama, Luziânia, Paranoá, Santa Maria, Taguatinga e Unaí jogam entre si com o principal objetivo de chegar ao quadrangular semifinal. O fantasma do rebaixamento rodeia os concorrentes com a garantia de levar dois para a divisão de acesso.

Fora de campo, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) se esforçou para dar uma identidade para o Candangão antes mesmo de a bola rolar. Com identidade visual definida e repleta de referência à capital federal, o torneio local começa com o troféu de campeão apresentado, algo visto poucas vezes na história da competição. Neste ano, com os naming rights vendidos para o Banco de Brasília (BRB), o certame também irá recompensar financeiramente os melhores times da temporada. Mais do que isso, o patrocínio com a instituição pública tenta resgatar a credibilidade do futebol regional.

Mesmo com problemas para liberar todos os estádios do Distrito Federal — somente o Mané Garrincha, o Abadião, o JK e o Defelê serão opções no quadradinho, além de Serra do Lago, Diogão e Urbano Adjuto no Entorno —, as arquibancadas voltaram a pulsar com os torcedores. Com a pandemia de covid-19, o futebol local passou quase dois anos sendo disputado com portões fechados. A última rodada com venda de ingressos foi no longínquo 8 de março de 2020. Neste ano, pelo menos nas primeiras rodadas, o grito de incentivo dos torcedores está garantido.

Disputado em uma janela de dois meses e meio devido ao calendário apertado ofertado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Campeonato Candango entra na reta de partida com a real expectativa de ser diferenciado. Pelos motivos citados e diversos outros relacionados às expectativas em torno do desempenho das equipes, os torcedores locais esperam uma temporada repleta de emoção nos gramados da capital federal. Resta ver se, desta vez, o torneio de 2022 entregará tudo o que promete para, enfim, ser a melhor edição de todos os tempos.

Leia a introdução de cada participante e clique no link para saber mais detalhes do seu time do coração!

BRASÍLIA

Dono de oito canecos do Campeonato Candango, o Brasília retorna à elite do Distrito Federal após cinco anos atolado na segunda divisão. Em 2021, o Colorado foi vice-campeão do Segundinha, ficando atrás apenas do Paranoá. Agora, na volta ao mais alto escalão do futebol local, o Colorado espera retomar os caminhos de glórias e vitórias. Para isso, repatriou o técnico Luís Carlos Souza, campeão da Copa Verde pelo clube em 2014.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Colorado para a disputa

BRASILIENSE

Atual campeão candango, o Brasiliense abre os trabalhos de 2022 com o status de franco favorito ao troféu local. A campanha na edição anterior do torneio caseiro, a manutenção de parte do elenco e o investimento em peças novas são os principais trunfos da equipe comandada pelo técnico Reinaldo Gueldini, técnico de larga experiência no futebol local e que, mais uma vez, participará do torneio à beira do gramado.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Jacaré para a disputa

CAPITAL

Em busca da consolidação no cenário local, a experiência é a principal aposta do Capital para a disputa do Campeonato Candango. A Coruja investiu em peças importantes como o zagueiro Emerson, tricampeão pelo Gama, o conhecido atacante Rafael Grampola, o volante Sandy, ex-Brasiliense, além do técnico Vilson Tadei, dono dos últimos três canecos do torneio mais importante do Distrito Federal.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Coruja para a disputa

CEILÂNDIA

Atual vice-campeão candango, o Ceilândia inicia a nova temporada do torneio local com sede para se manter entre os principais times do Distrito Federal. Para isso, aposta no planejamento. O plantel alvinegro se apresentou no reformado Centro de Treinamento Cidade do Gato, em 14 de dezembro. Ao todo foram cinco semanas de preparação para o primeiro compromisso do ano: o Campeonato Candango.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Gato Preto para a disputa

GAMA

Maior campeão do Distrito Federal com 13 títulos, o Gama encara o Campeonato Candango como trivial para a sua sequência nos próximos anos. Devido à campanha na edição anterior do torneio local, o alviverde não conseguiu garantir vaga na Série D do Brasileiro deste ano. Portanto, chegar à final da competição caseira — único compromisso alviverde na temporada — é de extrema importância, pois pode garantir fôlego ao clube durante a árdua caminhada.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Periquito para a disputa

LUZIÂNIA

Bi-campeão do futebol do Distrito Federal, o Luziânia começa a temporada sob dúvidas de sua torcida. Nos dias que antecederam o início do Campeonato Candango, o clube enfrentou problemas durante a preparação, mas garante que chegará forte para briga com os principais clubes do torneio local. Para isso, a meta da equipe do entorno do Distrito Federal é buscar evoluir jogo a jogo.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Igrejinha para a disputa

PARANOÁ

Com o status de campeão da segunda divisão candanga, o Paranoá retorna à elite local almejando grandes feitos e, enfim, finalizar o efeito sanfona. Aquele que faz o time subir para a elite, mas amargar o rebaixamento logo em seguida. Comandada pelo técnico Klésio Moraes, a Cobra Sucuri iniciou a preparação para o principal torneio do Distrito Federal ainda em dezembro — dois meses após o título da divisão de acesso — para ter um futuro melhor.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Cobra Sucuri para a disputa

SANTA MARIA

Após passar por maus bocados na temporada 2021 e flertar com o rebaixamento, o Santa Maria quer ter mais tranquilidade no novo ano. A Águia chega para a edição de 2022 do Campeonato com a expectativa interna de surpreender positivamente. O time foi totalmente reformulado para disputar a competição local e começou os trabalhos da pré-temporada ainda em outubro.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Águia grená para a disputa

TAGUATINGA

Após bater na trave dois anos consecutivos e cair nas quartas de finais, o Taguatinga vai chegar para o Campeonato Candango de 2022 com um nome de peso na beira do gramado. Em dezembro de 2021, o time azul e branco anunciou a contratação do técnico Luiz Carlos Prima. O clube renovou também todo o restante da comissão técnica para levar mais experiência para o Centro de Treinamento Ninho da Águia.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Águia azul e branca para a disputa

UNAÍ

O esquadrão mineiro chega em 2022 para mais uma participação no Campeonato Candango. Agora sob a batuta do técnico Guiba, o Unaí almeja crescimento no cenário. Figurinha carimbada na elite local, a equipe pensa em chegar à fase derradeira da competição para expandir as possibilidades de título. Após ventilar um sonho impossível de contar com o atacante Diego Costa, ex-Atlético-MG, o clube coloca os pés no chão para mostrar o que sabe nas quatro linhas do gramado.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Periquito mineiro para a disputa

 

Taça do principal torneio de clubes do Distrito Federal será disputada por dez clubes entre 26 de janeiro e 2 de abril
Taça do principal torneio de clubes do Distrito Federal será disputada por dez clubes entre 26 de janeiro e 2 de abril(foto: Pedro Brandão/@iampedrobrandao/Candangão)

Regulamento

O principal torneio do Distrito Federal promete uma disputa quente e com fortes emoções. Diferente da edição anterior, o Candangão 2022 contará com 10 clubes e terá uma primeira fase mais enxuta, com nove rodadas, em formato todos contra todos. Os quatro melhores avançarão ao quadrangular semifinal, realizado em jogos de ida e volta, enquanto os dois piores da etapa inicial amargarão o rebaixamento. Por fim, o grande campeão da capital federal será conhecido após dois jogos.

Além da glória local, o Candangão é vital para as equipes, pois garante calendário nacional para a temporada seguinte. O campeão carimba vaga direta para a Série D do Campeonato Brasileiro, enquanto o vice jogará a fase preliminar da quarta divisão. Os dois mais bem colocados da competição caseira também ganham o direito de disputar a Copa Verde e Copa do Brasil do próximo ano.

Transmissão

Em 2022, o Campeonato Candango mudará de casa na TV aberta. Após um acordo da Federação de Futebol do Distrito Federal com a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD), o torneio local será transmitido na TV Distrital, o canal da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A expectativa é a veiculação de uma partida, sempre nas tardes de sábado. O jogo da 1ª rodada será entre Ceilândia e Gama, às 15h30. Depois, na quarta-feira (26/1), o clássico entre Gama e Brasiliense será a atração, às 20h.

Campeonato Candango 2022
1ª rodada
22 de janeiro (sábado)
15h30 Capital x Taguatinga (JK)
15h30 Ceilândia x Gama (Abadião)

 

15h30 Brasiliense x Paranoá (Abadião)
15h30 Luziânia x Brasília (Serra do Lago)
15h30 Unaí x Santa Maria (Urbano Adjuto)

*Estagiários sob a supervisão de Danilo Queiroz

 


Correio Braziliense sexta, 21 de janeiro de 2022

CLIMA: CALOR E POUCA CHUVA NO DF

 

Calor e pouca chuva! Tempo deve se manter firme no DF

Temperatura máxima deve chegar na casa dos 31°C nesta sexta-feira (21/1) e o sol deve permanecer durante todo o fim de semana.

CB
Correio Braziliense
postado em 21/01/2022 10:30
 
 (crédito: Pedro Marra/CB/D.A Press)
(crédito: Pedro Marra/CB/D.A Press)

O sol deve continuar dando as caras no Distrito Federal nesta sexta-feira (21/1). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tempo vai permanecer quente e as chances de pancadas de chuvas em áreas isoladas são pequenas, podendo acontecer no período da tarde.

Estabilidade no fim de semana

O meteorologista do Inmet Olívio Bahia afirma que o sábado e o domingo devem seguir a mesma tendência, ficando com a máxima de 31°C. “O fim de semana vai ser bem parecido com esta sexta-feira (21/1). O tempo deve ser bom pela manhã e permanecerá até o início da tarde, onde as chances de chuvas aumentam um pouco. Mas nada que possa atrapalhar o brasiliense”, disse.

Para o fim de semana, Olívio informou que a umidade mínima deve subir um pouco, chegando a 30%. A máxima deve permanecer em torno de 95%. “Mesmo com os baixos números de umidade, não é costume que os brasilienses sintam a diferença nessa época do ano. Isto porque esses dados não permanecem durante dias consecutivos, como acontece no período de seca”, ressalta.

Mesmo assim, o meteorologista alerta que “a intensidade da radiação ultravioleta nessa época do ano é muito alta. Por isso, recomenda-se àqueles que andam muito na rua utilizar protetor solar e tomar bastante líquidos”.


Correio Braziliense quinta, 20 de janeiro de 2022

FORRÓ: VEM AÍ O 1º FESTIVAL ONLINE DE FORRÓ DO DISTRITO FEDERAL

 

Vem aí o 1º Festival Online de Forró do Distrito Federal

Iniciativa da Associação de Forrozeiros do Distrito Federal (Asforró-DF) é uma forma de matar a saudade do arrasta-pé

PA
Pedro Almeida *
postado em 20/01/2022 06:00
 
Transmissão on-line traz o melhor do forró do DF -  (crédito:  Divulgação)
Transmissão on-line traz o melhor do forró do DF - (crédito: Divulgação)

Após o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ter declarado, em dezembro de 2021, o forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, a comemoração não poderia ser diferente: os forrozeiros brasilienses trataram de reunir a zabumba, a sanfona e o triângulo no 1º Festival Online de Forró do Distrito Federal na Cidade de Ceilândia. A festa, em formato virtual, vai até 19 de fevereiro, sempre às sextas e sábados, e pode ser acompanhada no YouTube.

Se o sertão era tema, a partida da terra amada também seria. Quando o presidente Juscelino Kubitschek, em 1960, fundou a nova capital brasileira, o êxodo nordestino rumo à cidade de oportunidades e esperança foi inevitável. Em Brasília, Ceilândia se tornou reduto dos novos moradores. "Quem tem o forró na veia e sai do Nordeste, não larga o ritmo em hipótese alguma", conta Marques Célio, presidente da Associação de Forrozeiros do Distrito Federal (Asforró-DF). A associação foi criada em 2004, mas alavancou somente em 2011, quando Marques tomou a frente.

O trabalho do cearense Marques Célio ganhou reconhecimento de Dominguinhos, um dos ícones do gênero, que veio a Brasília meses antes da morte, em 2013. A Asforró-DF, hoje, é referência no trabalho de manter viva essa vertente musical brasileira por excelência. Projetos em escolas, aulas e apoio a músicos locais são algumas das atuações.

Entre os projetos da associação, o evento Encontro dos Forrozeiros, que nasceu em 2007, era o carro-chefe. Sempre em dezembro, os trios, formação tradicional do estilo, se encontravam para festejar. O evento era data marcada no calendário dos músicos brasilienses, mas, em 2020, a pandemia impediu a realização. Para 2021, com o anúncio do reconhecimento do forró pelo Iphan, Marques não poderia deixar passar em branco e idealizou o formato on-line para matar a saudade do arrasta-pé. Nasceu, então, o Festival Online de Forró do Distrito Federal na Cidade de Ceilândia, um show on-line com os 42 trios associados à Asforró-DF. A celebração convida os forrozeiros a sintonizarem as telas, afastarem o sofá e festejarem em segurança.

On-line no canal Marques Asforró-DF, no Youtube. Dias 21 e 22 de janeiro e 4, 5 e 19 de fevereiro, sempre às 20h. 

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco.


Correio Braziliense quarta, 19 de janeiro de 2022

INSTRUÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA SEGUNDA LÍNGUA NAS ESCOLAS

Ao vivo: A importância da segunda língua nas escolas

 

Apresentado por  
postado em 18/01/2022 18:00
 
 (crédito: Acervo Maple Bear)
(crédito: Acervo Maple Bear)

AO VIVO hoje às 18h
Especial Volta às Aulas 2022

 

Para dar o pontapé inicial ao projeto Volta às Aulas 2022, nesta terça-feira (18/1) a partir das 18h, o Correio promove uma live com o tema "A importância do ensino bilíngue na formação do aluno do século XXI". A transmissão vai abordar o importante papel do ensino de uma segunda língua para as crianças e contará com a presença da diretora da escola Maple Bear Sudoeste, Áurea Bartoli, e da diretora da Escola Maple Bear Asa Norte, Cristina Albernaz. A mediação será da subeditora de Saúde, Ciência e Tecnologia do Correio Braziliense, Carmem Souza.

Convidadas:
Áurea Bartoli | Diretora da Escola Maple Bear Sudoeste
Cristina Albernaz | Diretora da Escola Maple Bear Asa Norte

Moderadora:
Carmem Souza | Subeditora de Saúde, Ciência e Tecnologia do Correio Braziliense


Patrocínio: Maple Bear
Realização: Correio Braziliense


Correio Braziliense terça, 18 de janeiro de 2022

CONHEÇA A HISTÓRIA DE QUEM LUTA NAS RUAS PARA SOBREVIVER

Vulnerabilidade: conheça histórias de quem luta nas ruas para sobreviver

Crise sanitária provoca aumento de vendedores ambulantes e pedintes, que buscam ajuda e sustento nos semáforos da cidade

EH
Edis Henrique Peres
postado em 18/01/2022 06:00
 
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Percorrendo as ruas do Distrito Federal é possível encontrar vários vendedores ambulantes em semáforos da capital. Debaixo de sol e chuva, eles lutam para conseguir a renda e garantir o sustento dos filhos. Para ouvir as histórias dessas pessoas, a equipe do Correio percorreu diversos pontos da capital Federal. Uma das pessoas entrevistadas foi Luiz Pereira dos Santos, 63 anos, e morador do Recanto das Emas. Há pouco mais de dois meses, Luiz sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) enquanto vendia amendoins, e até hoje sofre com as sequelas. "Meu médico disse que eu não poderia ir para a rua, mas não tem jeito, preciso garantir a renda", conta.

Pela manhã, a esposa de Luiz o ajuda a enrolar os amendoins para as vendas. "Meu foco é garantir a educação dos meus filhos. Um deles tem 17 e outro 18 anos. Quando eles tiverem encaminhados, eu quero voltar para Ipameri, em Goiás, onde moro, para sair desse sofrimento. Aqui, eu vivo de aluguel, e só não passo mais dificuldades porque recebo o valor da casa que tenho em Goiás. A minha aposentadoria ainda está em análise do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, por enquanto, não tenho nem o auxílio-doença", conta.

Apesar dos desafios, Luiz garante: "A gente é servo de Deus e coloca a nossa confiança Nele. Tem muita gente que ajuda, que compra os amendoins, deixa algum valor acima como doação. Mas é uma vida difícil", confessa.

Especialista em psicologia social e professora de serviço social, Adelina Moreira destaca que o Estado precisa atuar com políticas públicas para orientar a população sobre os seus direitos. "As ações devem vir do Estado como intervenção dessa realidade. O que precisa para as pessoas saírem de uma situação de vulnerabilidade é o investimento em política social. Essas ações devem proporcionar uma melhora no acesso à renda, inclusão à saúde e à educação. E devem ser políticas intersetoriais, de forma que uma caminhe com a outra. Eu não posso ter elas isoladas, elas devem ser interligadas", aponta.

Desafios

Próximo à rodoviária do Plano Piloto, o Correio conversou com outro vendedor ambulante. Pedro Henrique Ramos, 33, morador de Samambaia, costuma chegar por volta das 8h em um dos semáforos da região. "A pandemia mudou muito as coisas. A vida não está fácil: nem emprego, nem renda aqui. Estou nesse ponto desde 2016. Comecei vendendo água, mas agora vendo pipoca, que é algo que as pessoas compram com mais facilidade", aponta.

No entanto, tem dias que, para conseguir o dinheiro necessário, Pedro trabalha mais de 12h. "Na semana passada, eu estava precisando de dinheiro, e cheguei aqui às 7h e fiquei até as 23h20. Agora mesmo, como quero conseguir o dinheiro do aluguel, eu pretendo ficar até tarde, para conseguir o valor e não atrasar o pagamento", conta. Às 15h, o vendedor só tinha arrecadado R$ 25.

Pai de dois filhos, um de 4 anos outro de 6 meses, Pedro caminha entre os carros com um isopor em mãos que explica a situação de desempregado e o pedido de ajuda. "As coisas estão difíceis porque tudo aumentou, antes a pipoca era mais barata, agora, precisamos vender muito para ter pouco lucro", afirma.

Na QNG de Taguatinga, próximo ao Batalhão da Polícia Militar, Rose Ferreira, 35, moradora da cidade, também luta pelo bem estar dos filhos. "Tenho duas adolescentes, de 17 e 16 anos, e um menino de 9 anos. Meu foco é dar oportunidade para eles estudarem. Eu não tive essa chance, mas quero que eles tenham futuro, que possam crescer. Sempre pego no pé deles para terem boas notas, se dedicarem e verem a importância da escola", conta.

A trabalhadora confessa: "não quero essa realidade para meus filhos, de trabalhar debaixo de sol e chuva o tempo todo. Quero que eles tenham oportunidades, que consigam algo melhor. Agora, tudo está muito difícil devido ao alto preço das coisas. Antes, a água era bem mais barata para a gente comprar, então, conseguíamos ter um lucro melhor. Mas hoje, tudo aumentou", diz.

Intervenção

Especialista em políticas públicas e agente socioeducativo, Ravan Leão destaca que a Constituição estabelece a liberdade laboral. "Sobretudo no campo artístico não existem limitações para o trabalho laboral. A não ser os casos de trabalho infantil, pois crianças não podem trabalhar em semáforo, e, acima de 16 anos, só podem ter emprego como menor aprendiz", explica. Ravan destaca que "quando essa situação de trabalho se dá por uma necessidade social, é necessário que haja a intervenção da assistência social, que é um direito das pessoas ter seguridade social.

O agente socioeducativo avalia que o caminho a ser tomado é mostrar que há serviços que podem auxiliar essas pessoas, como sistemas de profissionalizações. "O cenário do DF não tem estatísticas claras de qual o número e o porquê das pessoas estarem nessa situação. Mas percebe-se uma necessidade de oferecer auxílio à sociedade, não de maneira a manter a pessoa na pobreza, mas de promover uma melhor condição socioeconômica", pontua.

Suporte

Questionado, o Governo do Distrito Federal (GDF) afirmou que conta com 28 equipes de abordagem social, e que a profissionalização é uma prática constante nas casas de passagem, conforme ocorrido nos alojamentos provisórios mantidos pelo DF em 2021. "A documentação civil básica é direito de todos os brasileiros e é gratuita a primeira emissão dos seguintes documentos: certidão de nascimento, identidade, CPF, título de eleitor e certidão de óbito. É papel de todas as unidades da assistência social orientar e garantir os meios para que todas as pessoas atendidas tenham os seus documentos", ressalta.

"As unidades do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) procedem os atendimentos para o público em geral. O cidadão que precisar dos serviços do Cras deve entrar em contato pelo disque 156 ou pelo site www.sedes.df.gov.df e fornecer as informações solicitadas", complementa.

O governo também pondera que há 14 restaurantes comunitários no DF que servem refeições a R$ 1, de segunda a sábado, de 11h às 14h. Além disso, o governo destaca que a Secretaria de Trabalho oferta vários cursos de qualificação profissional para pessoas em situação de vulnerabilidade. "Fábrica Social, Jornada da Mulher Empreendedora, realizado nas regiões administrativas com menor renda per capita, além do Capacitar e do Renova-DF. A secretaria disponibiliza cursos e palestras de recolocação profissional gratuitas para grupos vulneráveis realizados em abrigos, presídios e unidades de internações. A pasta já cadastrou, qualificou e viabilizou a empregabilidade para mais de 700 guardadores e lavadores de veículos", finaliza.


Correio Braziliense segunda, 17 de janeiro de 2022

ARTES CÊNICAS: FRANÇOISE FORTON SE ENCANTOU - ATORES E DIRETORES LEMBRAM CONVIVÊNCIA COM A ATRIZ, QUE MORREU AOS 64 ANOS

Atores e diretores de Brasília lembram convivência com Françoise Forton

Françoise Forton, que morreu domingo, deixou a cidade cedo, mas sempre se considerou e se apresentou na condição de atriz brasiliense

SF
Severino Francisco
postado em 17/01/2022 08:52
 
 (crédito: Montenegro & Raman / Divulgação)
(crédito: Montenegro & Raman / Divulgação)

Françoise Forton foi a primeira estrela de Brasília a levar o nome da cidade para o país. Ela se mudou de Brasília para o Rio de Janeiro em busca de espaço para viver como atriz, mas nunca deixou de se apresentar como candanga. Tinha, inclusive, o título de embaixadora de Brasília. A atriz lutava contra um câncer desde 1989, quando a doença foi diagnosticada, ela participava das gravações da novela Tieta. Françoise estava internada há quatro meses para tratamento, mas não resistiu e morreu, domingo (16/1), aos 64 anos, no Rio de Janeiro.

Começou a fazer teatro amador com o Teatro Equipe de Brasília, dirigido por Donato Donai, contou a atriz, em entrevista ao Correio, em 2018. Forton tinha 7 anos e fazia teatro infantil na Escola Parque e participava de montagens de autos de Natal nas cidades satélites. Desfilava pela barraca de Brasília na Festa dos Estados: "Mas nunca fui modelo e manequim, sempre fui atriz", comentou.

A primeira participação em peça profissional ocorreu aos 11 anos, em Brasília, com a peça Édipo rei. No final, entravam as personagens de duas meninas que eram as filhas do personagem interpretado por Paulo Autran e Françoise era uma delas: "Sou fruto de uma Brasília em que a cultura fervilhava", disse a atriz ao Correio: "Tive muitos privilégios, como ver o Teatro Bolshoi na Concha Acústica."

No primeiro filme, um curta para a BBC de Londres chamado Françoise dream, ela flanava meio que bailando por Brasília para mostrar a cidade. Era uma atriz completa: interpretava, cantava e dançava. Fez balé durante 12 anos com Norma Lillia, que foi madrinha do seu primeiro casamento. Estudou canto coral na Universidade de Brasília (UnB).

Pianista

Quando morava por aqui, existiam dois blocos grandes em uma das entradas da UnB. Eram utilizados pelos professores da universidade que davam aulas para os jovens, mas também havia uma ligação com o Departamento de Música. "Comecei a fazer piano com Don Anísio, grande professor, um dos maiores concertistas que temos", contou Françoise ao Correio.

Ela conheceu Dulcina de Moraes em cena e a achou fantástica. Mas aproveitou absorveu ainda mais os conhecimentos, quando se tornou aluna da primeira turma da Faculdade Dulcina de Moraes.

Foi um aprendizado essencial em sua formação. Dulcina era um teatro completo. Sempre lecionou com tanta ingenuidade, com tanta verdade. Possível somente àqueles que amam, verdadeiramente, o teatro, lembrava Françoise.

Mas ela teve de sair de Brasília para se desenvolver e para expandir o campo de trabalho. Era uma época em que a UnB não tinha curso de artes cênicas, não havia como estudar, fazer teatro e viver como atriz. No entanto, o amor por Brasília permaneceu vivo. Ela ganhou o título de Cidadã Brasília Honra ao Mérito e o de embaixadora de Brasília, reunindo 19 pessoas que falam da cidade mundo afora. Ela dizia que só não morava em Brasília por falta de condições de trabalho. Se considerava, legitimamente candanga.

Ela fez mais de 40 novelas, entre elas, TietaPor amorO clone e Amor à vida. Atuou, também, em peças de teatro e em filmes. Estreou na televisão aos 12 anos, na novela A última valsa. Retornou a Brasília, não apenas para rever os amigos, mas, também, para participar de projetos. Um dos últimos foi o musical Nós sempre teremos Paris. Embora morasse no Rio de Janeiro, ela estava perto de Brasília, dos amigos, dos colegas de faculdade. Sempre que retornava à cidade visitava os lugares favoritos: "O Lago Paranoá é o meu xodó. Minha carteira de identidade é de Brasília, não abro mão disso", afirmou em entrevista ao Correio.

Depoimentos

"Além de grande amiga, Françoise era uma atriz excelente. Produziu muito no teatro, na televisão, em aulas, como professora. Então, fará uma falta muito grande por tudo que fez aqui. Ela foi a nossa primeira estrela. Levou o nome de Brasília, muito cedo, nacionalmente. Virou uma estrela de Brasília. E ela sempre fez a questão de dizer que ela era daqui. E isso nos orgulhou muito pela qualidade do trabalho dela. Foi uma pessoa muito presente em Brasília, apesar de ter ido muito cedo. O Fernando Villar e eu estávamos trabalhando para que ele obtivesse o título de notório saber pela Universidade de Brasília. Primeiro porque ela merecia e, depois, porque ajudaria a ela na carreira de professora. Ela, realmente, entendia da profissão de atriz."

João Antônio, ator, diretor e professor aposentado da UnB

"Sou da mesma geração dela. Eu a conheci antes de ela ir para o Rio fazer Marcelo Zona Sul. Fui reencontrá-la na primeira turma do curso de teatro da Dulcina de Moraes, quando voltou a morar em Brasília durante um tempo. Dirigi Françoise em uma versão de Pedro e o Lobo. Depois, nos reencontramos em São Paulo quando trabalhamos com Antonio Abujamra. Ela era uma pessoa muito amiga, muito ligada a todos nós que fazíamos teatro. Era uma pessoa ligada às artes desde criança. É de uma das primeiras gerações que cresceu artista em Brasília. E saiu daqui para ser Françoise Forton. No entanto, nunca se afastou da cidade. Sempre esteve por perto de Brasília."


Correio Braziliense domingo, 16 de janeiro de 2022

SAÚDE: CUIDADO COM OS ESCORPIÕES! SAIBA O QUE FAZER NO CASO DE UMA PICADA

 

Cuidado com os escorpiões! Saiba o que fazer em caso de uma picada

Em balanço feito pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), em 2021, foram registradas 921 ocorrências relacionadas a esse aracnídeo.

CS
Carlos Silva*
postado em 16/01/2022 07:01 / atualizado em 16/01/2022 08:24
 
 (crédito: Fotos: Arquivo Pessoal)
(crédito: Fotos: Arquivo Pessoal)

Mais do que água e lama, as chuvas no Distrito Federal costumam trazer, também, companhias pouco afáveis: os escorpiões. Neste período, aumentam os registros desses aracnídeos em setores urbanos. Um balanço feito pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), em 2020, computou 1.303 chamados de moradores que tiveram contato com o animal. Em 2021, houve uma queda no número de ocorrências, foram 921 até outubro. A redução, no entanto, não significa menor ameaça.

Rodrigo Basílio, professor de biologia do Colégio Objetivo, complementa que eles entram nas residências buscando alimentos. "Por causa do grande fluxo de águas nas galerias pluviais, que abrigam baratas, um dos principais alimentos desses artrópodes. Consequentemente, aumenta o seu grau de reprodução. Reparem que a quantidade de baratas também aumenta em períodos chuvosos e essas são um um dos principais alimentos dos escorpiões", relaciona.

A autônoma Raquel de Oliveira Rodovalho, 25 anos, moradora de Taguatinga, pode dizer que a espécie é "de casa". A jovem conta que, em sua residência, próxima ao Parque Ecológico Saburo Onoyama, encontrou escorpiões em mais de uma ocasião. A primeira foi em janeiro de 2021. "Eu fui pegar algo embaixo da pia, quando vi que tinha um lá", relata. O encontro marcante a deixou mais atenta. "Não sei por onde entraram. Olhei todos os cantos. Depois disso, comecei a tampar os ralos e possíveis entradas na casa", descreve. Apesar dos esforços, dois dias depois, ela se deparou com outro escorpião, dessa vez no quarto. "Eu estava fazendo uma faxina e fui arrastar os móveis. E, debaixo do armário, tinha vários amontoados", narra. A jovem também menciona que o contato feito com a Zoonoses não surtiu efeito. "Liguei para a Zoonoses e falei o que estava acontecendo; a atendente disse que iria repassar para equipe vir, mas eles nunca apareceram", acrescenta.

Perigo constante

Para o pedreiro Alan Garcia Paiva, morador de Planaltina, os escorpiões são companhia o ano todo. O contato tão frequente fez uma vítima em setembro do ano passado. Sua filha, de 19 anos, foi picada por um escorpião e teve de ser hospitalizada. "Ela foi picada na cama assim que acordou de manhã. Levamos ao Hospital Regional de Planaltina (HRP), onde ela tomou os remédios", lembra. De acordo com o pedreiro, o Bairro Nossa Senhora de Fátima, onde mora, passa por diversos problemas de estrutura, que podem estar agravando a infestação. "Aqui onde moramos não tem asfalto nem iluminação pública. Também tem um lixão aqui perto, com placa proibido jogar lixo, mas ninguém respeita", relata.

Outro morador de Planaltina que tem receio dos animais é o recepcionista Cláudio Pádua, 47. "Já achamos três escorpiões aqui em casa, perto das plantas. Sempre em época de chuvas. Por sorte, não picou ninguém", denuncia. Um dos animais foi encontrado em dezembro do ano passado e outros dois logo no início deste ano. O recepcionista também conta que eles nunca apareceram nos cômodos da casa, mas ainda oferecem risco. "Sempre aparecem no quintal, nunca vimos dentro de casa, nos cômodos. Mas tememos muito pelo nosso cachorro, que, por pouco, não foi picado", explica. Apesar de ter ligado diversas vezes para a Zoonoses, ele afirma que nunca foi atendido, o jeito foi adotar uma medida paliativa por conta própria. "Mandamos fazer uma dedetização, mas temos medo de eles se esconderem nos sapatos e roupas, e sermos picados", preocupa-se.

O professor e biólogo do Centro Universitário de Brasília (Ceub)Fabrício Escarlate explica que o avanço da ocupação humana impacta no habitat dos escorpiões. "À medida que as áreas urbanas aumentam, alguns vão entrar no ambiente, que é completamente estranho, desconfortável e perigoso para eles também", explica.

Riscos

Por serem animais venenosos, escorpiões oferecem risco à população. No DF, o tipo amarelo é o mais comum. O animal também pode ser encontrado em várias regiões do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná etc. Ele tem hábitos noturnos e vive em locais quentes, úmidos e escuros. Considerado o mais venenoso da América do Sul — seu veneno é neurotóxico e age no sistema nervoso periférico.

A picada de escorpião pode ser letal, dependendo das condições da pessoa que foi ferroada, como peso, idade, alergias e outras patologias. Os que correm mais riscos são idosos e crianças. A Secretaria de Saúde do DF recomenda que "quem sofrer um acidente por animal peçonhento deve procurar a emergência dos hospitais ou as UPAs". De acordo com o órgão, todas estão aptas para atender esse tipo de paciente.

Como pedir socorro

Em caso de aparecimento de escorpiões, é possível entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelos números 160 e 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com para agendamento da inspeção. Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência e faz a coleta dos animais existentes, com busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais.

A Secretaria de Saúde também recomenda que certos cuidados sejam tomados para evitar o aparecimento de escorpiões em residências e outras áreas urbanas, como vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas; telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques; telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos tapados; manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados; manter limpos quintais e jardins.


Correio Braziliense sábado, 15 de janeiro de 2022

LITERATURA: THIAGO DE MELLO SE ENCANTOU - POETA MORRE AOS 95 ANOS

 

Morre, aos 95 anos, o poeta Thiago de Mello, grande defensor da floresta

Thiago de Mello era um grande defensor da floresta e dos direitos humanos. Lutou contra a ditadura e celebrou a liberdade e a verdade no poema 'Os estatutos do homem'

NM
Nahima Maciel
postado em 14/01/2022 11:30 / atualizado em 14/01/2022 11:40
 
 (crédito: Reprodução da internet)
(crédito: Reprodução da internet)

Uma das vozes mais importantes na defesa da Amazônia, o poeta Thiago de Mello morreu nesta sexta-feira, aos 95 anos. A informação foi confirmada pela editora Global, que publicou nota sobre o poeta e ativista nas redes sociais. "É com grande pesar que comunicamos a morte do autor Thiago de Mello, aos 95 anos. Grande tradutor, ensaísta e um dos nomes mais influentes e respeitados da poesia brasileira, Mello ficou conhecido como um ícone da literatura regional e sua perda será sentida não apenas pela sua família e aqui na Global, mas em todo o país", diz a nota.

Thiago de Mello nasceu em Barreirinha (AM), em 1926, e se engajou na luta política e na defesa da natureza ao longo de toda a carreira. É dele o poema Os estatutos do homem, publicado em 1964, no qual defende a verdade, a vida e a natureza. Além do engajamento político e ambiental, Thiago de Mello também era grande defensor dos direitos humanos.

Ao longo de mais de 60 décadas de carreira, ele publicou 12 livros de poesia e oito de prosa. O poeta lutou contra a ditadura e, por isso, acabou perseguido e exilado. Viveu na Argentina, em Portugal e no Chile, onde conheceu e  fez amizade com o Nobel Pablo Neruda.  

Confira a nota da Editora Global:

"É com grande pesar que comunicamos a morte do autor Thiago de Mello, aos 95 anos. Grande tradutor, ensaísta e um dos nomes mais influentes e respeitados da poesia brasileira, Mello ficou conhecido como um ícone da literatura regional e sua perda será sentida não apenas pela sua família e aqui na Global, mas em todo o país.

O autor, que nasceu em Barreirinha, Amazonas, em 30 de março de 1926, tem também a luta política, o lirismo, a natureza, as relações de família e os amores como facetas marcantes em sua obra.

Preso durante a ditadura militar (1964-1985), exilou-se no Chile, encontrando em Pablo Neruda um amigo e colaborador. Da amizade veio a decisão de traduzirem os poemas um do outro.

Publicou, entre outros livros, Faz Escuro mas Eu Canto, Acerto de Contas, Como Sou, Melhores Poemas e Amazonas – Pátria da Água. Suas obras foram traduzidas para mais de trinta idiomas.

É hora de celebrar seu legado e se apoiar no seu lirismo para manter sua memória viva.

A Global deseja forças para sua família neste momento tão difícil."


Correio Braziliense sexta, 14 de janeiro de 2022

TEATRO: *ZUMBI NÃO MORREU* ABORDA ARTE, CULTURA E RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS

"Zumbi não morreu" aborda arte, cultura e religiões de matrizes africanas

Grupo Obará, que atua há 10 anos no DF, convida população para conversar sobre as lutas negras em evento que acontecerá no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, de 18 a 23 de janeiro

BL
Bruna Lessa*
postado em 14/01/2022 06:00 / atualizado em 14/01/2022 06:15
 
apresentação grupo obará -  (crédito: Grupo Cultural Obará/Divulgação)
apresentação grupo obará - (crédito: Grupo Cultural Obará/Divulgação)

"Tudo aquilo que germina, floresce e cresce está atrelado ao Odu. Tudo que precisa ser positivado precisa passar pelo caminho do Odu Obará", ensina George Angelo, líder grupo cultural cujo nome foi inspirado em Odu Obará, uma força que remete ao caminho da prosperidade, abundância e satisfação pessoal. A partir desses valores é que se formou e prosperou, em Brasília, o Grupo Cultural Obará.

Em 2022, o Obará promove pela primeira vez o seminário 'Zumbi não morreu', que acontece no Espaço Cultural Renato Russo, de 18 a 23 de janeiro, pela manhã (das 9h às 12h) e à noite (das 16h às 22h). O evento busca celebrar a cultura e a arte negra através debates, oficinas, apresentações, intervenções, apresentação de livros e exposições culturais.

A importância dos aparelhos culturais e temas correlatos, como sustentabilidade, direito à cidade e empreendedorismo estão entre as pautas mais relevantes previstas para o debate. Estão confirmadas palestras de João Jorge, presidente do grupo Olodum; do professor Nelson Inocêncio, da Universidade de Brasília e de sacerdotes de religiões de matrizes africanas de diversos estados do Brasil, mestres da cultura tradicional, músicos, artistas, profissionais da saúde e parlamentares. O lançamento do livro "Fala Negão, o Discurso sobre Igualdade" de João Jorge; também faz parte da programação. 

Para George Angelo, esta é uma oportunidade de fazer ecoarem as vozes do povo negro, extrapolando datas específicas como o feriado da Consciência Negra, em 20 de novembro. Tais ocasiões, segundo ele, já não satisfazem a urgente necessidade de debate sobre a arte negra e as religiões de matrizes africanas, que permeiam a cultura brasileira. 

O professor Nelson Inocêncio, cuja presença no evento está confirmada, pontua que o seminário é uma oportunidade para conversar sobre as lutas, a resistência e a re-existência da população negra. "Hoje falamos sobre movimento sociais, mas temos que saber exatamente do que estamos falando, então penso que a oportunidade do seminário com esse chamamento, dizer que o Zumbi não morreu, é dizer que as nossas lutas históricas ainda estão ai", pontua.

O Obará está presente em 14 escolas públicas do Distrito Federal, na Universidade de Brasília (UnB) e no Centro de Dança da W3 Norte. São cerca de 19 professores formados nas oficinas oferecidas pelo projeto.

O link do formulário para as inscrições no evento pode ser encontrado no perfil do instagram @projetobara. O seminário também pode ser acompanhado pelo YouTube.


Correio Braziliense quinta, 13 de janeiro de 2022

JÚLIA HORTA: BRASÍLIA ME DEU RÉGUA, COMPASSO E TESOURINHA

 

Júlia Horta: “Brasília me deu régua, compasso e tesourinha”

Publicado em Séries

Atriz brasiliense que está na série Amor dos outros, Júlia Horta fala sobre o início da carreira, em Brasília, e conta como a comédia a ajudou na carreira

“Sou formada da união de Brasília, da união dos 4 estados dos meus avós e dos muitos estados de que Brasília se constitui. Brasília me deu régua, compasso e tesourinha (risos)”. Assim se apresenta a atriz Júlia Horta, que vive Sandra na série Amor dos outros, em cartaz no streaming CineBrasilTV.

Júlia começou ainda criança, aos 10 anos, na escolinha de atividades no Centro Olímpico da UnB e depois passou por escolas tradicionais como o teatro Mapati e a cia. de teatro infantil Néia e Nando, além de se encantar com os Melhores do Mundo logo cedo. “Brasília me deu o interesse por interpretar, por criar outras vidas”, afirma a atriz, formada na UnB.

“O teatro, com a UnB deixou de ser um deslumbre de criança e eu comecei a entender a arte, a criar a partir de referências. Eu sou muito fã da Universidade Brasília, tenho professoras que seguiram sendo minhas parceiras de trabalho, minhas amigas e minhas referências de vida e de estudo”, completa.

Foto: Chico Rasta/ Divulgação. Ao lado de Catarina Saibro, em Amor dos outros

O resultado, para nosso orgulho, está no ar. Sandra, personagem vivida por Júlia, é uma moça que sai do interior, se casa com o caminhoneiro Eurípedes (Vandré Silveira) e vive um dilema. Para conquistar o sonho da casa própria, ela, ingênua e religiosa, trabalha como camareira num motel e esconde isso do marido.

“Para além do casamento e da sua amiga, Michele (Catarina Saibro), a Sandra vai da igreja para casa. Então tudo que ela sabe está nesses universos. Quando ela vê a casa que ela quer comprar, um mundo se abre pra ela e desperta a Sandra sonhadora. Ela tem mais vergonha de estar ganhando dinheiro trabalhando no motel do que se sente mal por estar mentindo”, justifica a atriz.

Antes da série, Júlia pôde ser vista no prêmio Multishow de Humor em 2017. Apesar de a vitória não ter sido dela, a experiência foi positiva e acabou sendo o embrião para Amor dos outros e ainda a ajudou a se sentir mais à vontade na frente das câmeras e não no palco. “O tempo da televisão é um, o do teatro é outro. Sobre isso ainda aprendo muito. Mas foi a primeira vez que vi acontecer a televisão. Foi mágico”, lembra.


Correio Braziliense quarta, 12 de janeiro de 2022

CRIADORES DE CONTEÚDO BRASILEIRO GANHAM RELEVÂNCIA INTERNACIONAL

 

Criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância internacional

Sucesso consagrado nas redes, criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância com o público português e decidem investir nesse mercado mais amplo

Criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância internacional

Sucesso consagrado nas redes, criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância com o público português e decidem investir nesse mercado mais amplo

PI
Pedro Ibarra
postado em 12/01/2022 06:00
 
Camila Loures lotou livraria em Lisboa -  (crédito:  Tawan Santos/Divulgação)
Camila Loures lotou livraria em Lisboa - (crédito: Tawan Santos/Divulgação)

As redes sociais são uma potência no Brasil. O público brasileiro é um dos que mais utiliza a internet no mundo e, por isso, esse espaço é um celeiro de novos talentos para o entretenimento brasileiro. O país forjou vários criadores de conteúdo que passam da casa de dois dígitos de milhão em número de seguidores. Esse alcance, contudo, é muito maior que apenas o cenário nacional, os influenciadores brasileiros têm tido impacto em outros países e estão em um processo de "conquistar o mundo"

O caso mais recente se deu por conta de uma matéria do jornal português Diário de Notícias. A jornalista responsável reclamava que crianças portuguesas estavam falando um português abrasileirado. "Dizem grama em vez de relva, autocarro é ônibus, rebuçado é bala, riscas são listras e leite está na geladeira em vez de no frigorífico", escreveu no texto publicado em novembro. O fato foi visto como um problema, e o principal culpado foi criador de conteúdo brasileiro Luccas Neto, extremamente popular entre o público infantil.

 O que foi tratado como um sinal de alerta para pais portugueses, no Brasil virou piada. Internautas fizeram memes e ironizaram a preocupação com o que os lusos atestavam como "má influência". Luccas Neto, o epicentro de toda discussão, porém, não seguiu todo o processo. "Não consegui acompanhar toda a repercussão no Brasil com os memes, brincadeiras e comentários, pois tirei uns dias para descansar com a minha família", conta o criador de conteúdo ao Correio.

Contudo, ele não se vê influenciando nenhuma criança de forma errada e se sente muito preparado para fazer o trabalho que tem feito há anos. "Eu trabalho com muita responsabilidade, apoiado em uma equipe formada também por pedagogos. Além disso, absorvo todos os comentários com muito respeito e atenção, sempre me colocando atento ao diálogo", explica. Neto também adianta que está trabalhando para atender ainda melhor o próprio público estrangeiro, com um processo de dublagem do canal previsto para 2022. "A ideia é que seja dublado para o espanhol, inglês, hindu e português de Portugal para atender todo esse público de diferentes países que estão assistindo aos meus conteúdos", afirma o profissional.

Luccas Neto é um fenômeno, apenas no YouTube ele possui 36,5 milhões de inscritos, Já lançou 13 longas, tem carreira na literatura, com livros infantis, ilustrados e almanaques. O último lançamento do criador de conteúdo, que também é ator, diretor, cantor e empresário, foi o longa O hotel mágico 2, lançado em plataformas on-demand. "Espero continuar o meu trabalho e alcançar cada vez mais as pessoas com as nossas histórias e conteúdos", almeja o artista.

O Brasil no mundo

"O Brasil é um gigante nas redes e está disparado na frente dos demais países da América Latina quando o assunto é influenciar, servindo de inspiração para challenges, trends, memes, desafios e conteúdos que possam ser consumidos nas redes. Então, é comum que influencers brasileiros atinjam públicos de outros países", afirma Jr. César, empresário de influenciadores digitais brasileiros. "De olho nesta fatia internacional, nosso escritório já está com uma base em Portugal e com um planejamento de atuação específico para Europa", pontua.

A influencer, contada para participar do BBB22, Camila Loures, também fez um público expressivo em Portugal. A criadora descobriu que conquistava fãs por meio dos comentários que recebia nas redes sociais. Por isso, decidiu que faria um lançamento do próprio livro, Camila Loures: vida de popstar, em uma livraria em Lisboa, mas sem muita expectativa. "Pensei: 'vai dar umas 300 pessoas e está ótimo!' Só que não. Quando meu empresário me enviou o vídeo de como estava o shopping, eu não acreditava, quase 3 mil pessoas. Isso porque tivemos que encerrar as senhas. Ali, a ficha caiu de que são milhares de fãs naquele país", lembra. "É gratificante demais ver a galera curtindo o meu trabalho e quebrando a barreira do virtual, ainda mais em outro país.As possibilidades são infinitas, e o nosso conteúdo, literalmente, ultrapassa fronteiras", completa.

 

Correio Braziliense terça, 11 de janeiro de 2022

MÚSICA: GRUPO DE RAP FORMADO POR ESTUDANTES DO DF LANÇA CLIPE NAS REDES

 

Projeto MTV: grupo de rap formado por estudantes do DF lança clipe nas redes

Canção 'Quando o sol brilhar' foi a escolhida pelos jovens para representar a esperança dos moradores da periferia. Projeto MTV oferece cursos de audiovisual para alunos da rede pública do D

JC
Júlia Cândido*
postado em 11/01/2022 06:00
 
Ana Cecília e Helen Rosa: clipe produzido por estudantes do DF -  (crédito: Atitude Feminina/Divulgação)
Ana Cecília e Helen Rosa: clipe produzido por estudantes do DF - (crédito: Atitude Feminina/Divulgação)

grupo de rap Atitude Feminina lança o videoclipe Quando o sol brilhar, produzido por alunos de escola pública do Paranoá. O clipe faz parte do Projeto MTV, que oferece cursos de audiovisual para alunos da rede pública do DF. O videoclipe está disponível no canal do grupo no YouTube.

Ana Cecília e Helen Rosa, integrantes do grupo Atitude Feminina, participaram de um projeto que oferece oficinas de audiovisual para alunos da rede pública do Distrito Federal, lançado em dezembro de 2021.

A canção Quando o sol brilhar foi a escolhida do grupo para representar a esperança de um futuro melhor para os jovens que moram nas periferias do Brasil, com uma mensagem de luta e otimismo, porém sem perder a visão da realidade e as injustiças sociais que esses jovens enfrentam diariamente.

O Atitude Feminina voltou recentemente à mídia quando o rapper Japão, do Viela 17, compartilhou em suas redes sociais uma conversa com a cantora sertaneja Marília Mendonça, na qual falavam sobre a possibilidade de ela cantar em seus shows uma música do Atitude Feminina e a importância de reconhecer o trabalho e o ativismo do grupo.

"Eu me senti muito feliz, porque os jovens da periferia terão cursos gratuitos de edição, câmera, entre outros", conta a integrante Ana. "Para mim, é uma mistura de sentimentos. Amor, família, realização, é denúncia, dar voz para a periferia, sabe? O Atitude Feminina é sobre isso, e eu sei que quem nos escuta também sente tudo isso", completa Helen, a outra integrante.

Moradoras de São Sebastião, uma das cidades periféricas do DF, tentam passar em suas letras o máximo de informações sobre direitos das mulheres, tendo como exemplo a canção Rosas, e também conscientizando os jovens de que a criminalidade não é o caminho correto, na música De que vale o crime?.

*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco 


Correio Braziliense segunda, 10 de janeiro de 2022

SEGURANÇA PÚBLICA: DISTRITO FEDERAL REGISTRA O MENOR NÚMERO DE ASSASSINATOS EM 22 ANOS

 

Distrito Federal registra o menor número de assassinatos em 22 anos

As tentativas de homicídios também apresentaram queda na capital: os números passaram de 706 para 581. Em relação aos latrocínios (roubo seguido de morte), a diminuição foi de 32,2%, com 32 casos, em 2020, e 22, no ano passado

DD
Darcianne Diogo
postado em 10/01/2022 05:51 / atualizado em 10/01/2022 05:53
 
A Polícia Militar prendeu em flagrante, em 2021, mais de 8 mil suspeitos -  (crédito: Sargento Wander PMDF/Divulgação)
A Polícia Militar prendeu em flagrante, em 2021, mais de 8 mil suspeitos - (crédito: Sargento Wander PMDF/Divulgação)

O número de homicídios no Distrito Federal é o menor dos últimos 22 anos (de 2000 a 2021). O dado faz parte do Balanço Anual da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o qual o Correio teve acesso em primeira mão. Entre janeiro e dezembro de 2021, 337 pessoas morreram vítimas de crimes violentos letais intencionais (CVLIs) — homicídios (feminicídio), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Comparado ao mesmo período de 2020, quando registraram-se 411 assassinatos, houve redução de 18%. O levantamento traz dados coletados em grupo de 100 mil habitantes e, nesse caso, o DF registrou 10 homicídios em 2021, índice mais baixo desde 1977, que houve 14/100 mil.

As tentativas de homicídios apresentaram queda na capital do país de 2020 para o último ano: os números diminuíram de 706 para 581, com 125 casos a menos. Em relação aos latrocínios (roubo seguido de morte), a queda foi de 32,2%, de 32 ocorrências, em 2020, para 22 no ano passado.

Secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo atribui a redução aos esforços concentrados no programa DF Mais Seguro. "O trabalho integrado das forças de segurança, bem como o uso da tecnologia e do trabalho de inteligência, foi essencial para os resultados positivos", destaca. O decreto da criação do DF Mais Seguro foi publicado em março de 2021 no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), com o objetivo de definir estratégias e planos de ação prioritários e as áreas de segurança prioritária (ASP), alvos das intervenções em regiões pré-delimitadas como as mais sensível, além de modernizar os sistemas de atendimento de emergências e ampliar o sistema de videomonitoramento urbano.

De acordo com o secretário, uma das medidas estratégicas implementadas pela SSP para conter a criminalidade foi, desde o início de 2021, a estipulação de metas e a cobrança de resultados até 2022. Segundo o chefe da pasta, o objetivo era fechar o ano passado com a taxa de 15,8 mortes violentas intencionais para cada 100 mil habitantes. O resultado, no entanto, foi bem melhor: 10,9/100 mil (-31%).

Ações das forças

Os crimes contra o patrimônio (CCPs), que são os roubos a transeunte, veículos, transporte coletivo, comércio, residência e furto em veículo, marcaram queda de 11,2% ano passado no comparativo a 2020. O roubo em transporte coletivo, por exemplo, registrou redução de 923 para 633 ocorrências em um ano (-31,45%). Houve queda, ainda, nos roubos a transeunte, de 15,4%, e nos roubos a residências, veículos e comércios, de 6,5%, 8,3% e 1,8%, respectivamente. Com base nos dados, isso representa 3,4 mil casos a menos.

Em todo o ano de 2021, a Polícia Militar (PMDF) retirou das ruas mais de 1,5 mil armas de fogo e prendeu mais de 8 mil suspeitos em flagrante por crimes diversos. "Tivemos um ano excepcional, de muito trabalho, e isso se refletiu na redução da criminalidade. Ampliamos nossa comunicação, inteligência e videomonitoramento, mas o empenho e compromisso dos policiais militares, que atenderam cerca de 500 mil ocorrências ano passado, fizeram a diferença", avalia o comandante-geral da corporação, coronel Márcio Vasconcelos.

Destaque nacional pelo alto percentual de resolução de homicídios, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, no ano passado, 6,6 mil mandados de prisão e deflagrou 802 operações. De acordo com o diretor-geral da PCDF, delegado Robson Cândido, o enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado, o cumprimento de mandados, o combate massivo aos crimes contra as mulheres e os praticados pela internet refletem diretamente na diminuição dos crimes letais contra a vida. "A PCDF segue ao lado do cidadão, se reinventando e se aprimorando em inteligência policial e investigação", ressalta o delegado.

Feminicídios

Em 2021, houve aumento no número de feminicídios comparado a 2020 (24 contra 17). Em 2019, 32 mulheres foram assassinadas por questões de gênero. Para combater crimes dessa natureza, a SSP-DF implementou o programa Mulher Mais Segura, que disponibiliza o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) — trata-se de um método de acompanhamento pioneiro no país, em que, além do agressor receber a tornozeleira, a vítima é acompanhada por meio de um aparelho móvel. Vinculado ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), da SSP/DF, ao ser acionado, o aplicativo emite um chamado de forma prioritária na tela do computador do despachante do Ciob, que encaminha, imediatamente, uma viatura da PM ao local.

Uma delegacia da mulher foi inaugurada no ano passado, além da possibilidade de a vítima registrar o boletim de ocorrência de maneira on-line. Em 2021, as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam 1 e 2) registaram 876 flagrantes relacionados à Lei Maria da Penha. No mesmo período, foram feitas cerca de 23 mil visitas familiares do Programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), da PMDF, que é um policiamento especializado para casos de violência doméstica.

Quatro perguntas para

Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública do DF

O caso Lázaro teve muito repercussão em 2021. Qual a avaliação do senhor sobre o uso de inteligência e recursos para a identificação imediata do criminoso?

O Distrito Federal tem se destacado no cenário nacional pela capacidade de elucidação de homicídios. Isso tem sido essencial para retirar criminosos de circulação e para impedir a reincidência, ou mesmo, que estes autores se tornem vítimas. Temos um plantão específico de perícia criminal para crimes contra a vida, com policiais especialistas para, entre outras medidas, assegurar a integridade da cena do crime e para a coleta qualificada de informações. No caso do Lázaro, por exemplo, a identificação se deu em menos de 24 horas. Isso foi essencial para o cerco dos policiais do DF e de Goiás, que impediu que ele fugisse para outras regiões do país.

Sobre os homicídios, a maioria deles são por acerto de contas entre criminosos? Como evitar esse tipo de crime e como isso é trabalhado pela SSP?

Trabalhamos para que nenhuma pessoa seja vítima de crimes violentos no DF, independentemente de antecedentes ou não. Porém, os dados mostram que quem se envolve em atividades criminosas está mais sujeito a ser autor ou vítima desses crimes. Por isso, o trabalho integrado das forças de segurança tem sido importante, tanto na retirada de armas das ruas, diminuindo o grau de letalidade dos criminosos, quanto na qualidade da investigação, para que os autores sejam identificados, julgados e presos, reduzindo, então, a reincidência.

Algo que pode ter contribuído para a queda nos homicídios foi o funcionamento das delegacias 24 horas. Isso vai ser aprimorado?

A retomada do funcionamento das delegacias que não funcionavam 24 horas foi uma conquista importante do governo Ibaneis Rocha, que, desde o início, deu total autonomia ao secretário e à SSP/DF para a coordenação das políticas de segurança pública do DF. Temos um concurso para a Polícia Civil em andamento e, com isso, esperamos reforçar mais o excelente trabalho realizado pela corporação. Hoje, a marca da segurança pública é a integração, o aprimoramento da gestão, com metas, monitoramento e avaliação de resultados e o uso da tecnologia e da inteligência.

Em relação aos feminicídios, houve aumento de 2020 para 2021. Para 2022, há projetos para combater esse tipo de crime? Quais?

A violência doméstica é um problema que tem que ser enfrentado por todas as esferas da sociedade, com transparência e integração. Em 2020, tivemos uma redução de quase 50% deste crime em relação a 2019. Sabíamos que 2021 seria um desafio frente a esses números e, infelizmente, tivemos sete crimes a mais. Mas nosso trabalho não é só pela redução em si. É para que nenhum crime dessa natureza aconteça. Lançamos, em março, o Mulher Mais Segura, que reúne uma série de iniciativas da SSP/DF e das forças de segurança, entre elas uma tecnologia inovadora no Brasil, que monitora, simultaneamente, vítima e agressor, impedindo que ambos se encontrem. Para 2022, temos que aperfeiçoar ainda mais o trabalho integrado entre os diversos órgãos do poder público e da sociedade. Em dezembro, o governo do DF criou a Rede Distrital de Proteção à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar. Esse mecanismo oficializa nossas ações conjuntas e permite que a gente siga avançando com nossas políticas de prevenção, acolhimento e combate a todo tipo de violência de gênero.


Correio Braziliense domingo, 09 de janeiro de 2022

CELEBRIDADES: PAOLA POSTA FOTO EM NORONHA, E SEGUIDORES SE DERREREM

 

Paolla Oliveira posta foto em Noronha e seguidores se derretem

A atriz publicou a imagem em seu perfil no Instagram nesta sexta-feira (7)

CS
Cecília Sóter
postado em 07/01/2022 13:02
 
 (crédito: Reprodução/Instagram)
(crédito: Reprodução/Instagram)

De férias em Fernando de Noronha, a atriz Paolla Oliveira está curtindo ao lado de amigos e do namorado Diogo Nogueira.

Aproveitando a sexta-feira ensolarada, Paolla compartilhou com seus seguidores uma linda foto em frente a um dos pontos icônicos do arquipélago, o Morro do Pico.

Na legenda, a atriz colocou apenas um coração verde. Nos comentários, uma chuva de elogios feitos por fãs e amigos.

“Musaaa”, declarou a dupla Simone e Simaria. “Até a natureza se manifesta perante tamanha perfeição”, "Perfeição divina", "Que mulher", "Linda", escreveram alguns seguidores.


Correio Braziliense sábado, 08 de janeiro de 2022

CINEMA: SIDNEY POITIER SE ENCANTOU - ASTRO MORRE AOS 94 ANOS

 

Morre Sidney Poitier, o astro que revolucionou o cinema negro

À frente de longas como 'Uma voz nas sombras' e 'No calor da noite', Poitier, primeiro protagonista negro a vencer um Oscar, marcou a telona

RD
Ricardo Daehn
postado em 07/01/2022 13:23 / atualizado em 07/01/2022 13:25
 
Sidney Poitier: símbolo da resistência negra -
Sidney Poitier: símbolo da resistência negra -

Personalidade indissociável na quebra da corrente racista, por meio da atuação no cinema, o ator Sidney Poitier morreu, aos 94 anos. As causas ainda não foram divulgadas. Foi com o Oscar pelo longa Uma voz nas sombras que, em 1963, Poitier se tornou o primeiro astro negro vencedor do Oscar de melhor ator. Quatro anos depois, ele — que teve a carreira formulada na Broadway — foi projetado em longas como Adivinhe quem vem para jantar e o definitivo No calor da noite.

Pai de seis filhas, Poitier deixou viúva Joanna Shimkus, num casamento que atravessou 45 anos. Além de ator, entre os anos de 1970 e 1990, ele se arriscou, com sucesso apenas comercial, atrás das telas comandando, em especial, comédias estreladas pelo colega Gene Wilder. Foram oito direções de longas. Há vinte anos, Poitier estava distante da atuação no audiovisual. Ele chegou a ser representante das Bahamas, em posição diplomática, no Japão.


Correio Braziliense sexta, 07 de janeiro de 2022

TEATRO: FESTIVAL CONVIDA VAI PREPARAR ARTISTAS PARA O RETORNO AOS PALCOS

 

Festival Convida vai preparar artistas para o retorno aos palcos

Nomeado Convida LAB — Aceleração de Bandas do Distrito Federal, evento capacitará músicos que se preparam para o retorno das apresentações presenciais. Festival Convida ofertará cursos e oficinas para artistas locais

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 07/01/2022 06:00
 
Lyndon, músico que participa do projeto  -  (crédito:  Arquivo Pessoal)
Lyndon, músico que participa do projeto - (crédito: Arquivo Pessoal)

O Festival Convida, que ocorre há duas décadas, chega à 21ª edição com nova denominação e novos propósitos. Nomeado Convida LAB — Aceleração de Bandas do Distrito Federal, o evento, coordenado pelos produtores artistas Fábio Pedroza e Eli Moura, dará oportunidade a músicos que se preparam para o retorno presencial aos palcos, ao oferecer, gratuitamente, oficinas de capacitação. Inicialmente, houve um processo seletivo, realizado em dezembro último, com mais de 90 inscritos, durante o qual a curadoria selecionou nove semifinalistas, que foram presenteados com vídeos de avaliação, exibidos nas redes sociais do festival.

A curadoria foi formada por Ana Morena (musicista e produtora do FestivalDoSol), Marta Carvalho (produtora cultural), Kelton (músico e produtor musical), Caio Chaim (advogado de direitos autorais e músico) e os sócios do Covida LAB Fábio Pedroza (ex-baixista da banda Móveis Coloniais de Acaju) e Eli Moura.

Dos nove pré-selecionados, os curadores escolheram cinco: Lydon, Ryck, Ralé Xique, Flor Furacão, Caleba Brasil e Trança. Eles irão participar do laboratório, que terá início na segunda quinzena deste mês. De acordo com a produção, algumas atividades terão formato presencial e outras poderão ser on-line. Segundo Pedroza, essas atividades servirão de preparação para um show presencial, que ocorrerá no início de fevereiro, em local ainda não definido.

Correio Braziliense quinta, 06 de janeiro de 2022

CARNAVAL 2022: DF NÃO TERÁ CARNAVAL DE RUA, DIZ O GOVERNADOR IBANEIS ROCHA

DF não terá carnaval de rua em 2022, diz Ibaneis Rocha

Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB) informou ao Correio, um decreto está sendo preparado para proibir as festas públicas. Secretário de Cultura afirmou que festas privadas também sofrerão alterações pelo decreto

SS
Samara Schwingel
postado em 06/01/2022 09:32 / atualizado em 06/01/2022 09:51
 
 (crédito: Renato Alves/ Agência Brasilia)
(crédito: Renato Alves/ Agência Brasilia)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou ao Correio, na manhã desta quinta-feira (6/1), que o DF não terá carnaval em 2022. Segundo o chefe do Executivo local, um decreto está sendo preparado sobre o assunto.

O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, informou à reportagem que as festas privadas de carnaval também sofrerão alterações pelo decreto. 

 


Correio Braziliense quarta, 05 de janeiro de 2022

CARNAVAL 2022: CARNAVAL DE RUA DO RIO É CANCELADO

 

Carnaval de rua do Rio é cancelado

Em live pela internet, o prefeito Eduardo Paes afirmou que "não será possível" promover o carnaval de 2022 nos moldes tradicionais

AE
Agência Estado
postado em 04/01/2022 19:22
 
 (crédito: Edson Lopes Jr/ Prefeitura de São Paulo)
(crédito: Edson Lopes Jr/ Prefeitura de São Paulo)

Os blocos de carnaval não vão desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro neste ano, ainda em razão da pandemia de covid-19. A decisão de cancelar as exibições foi tomada em consenso durante reunião promovida no final da tarde desta terça-feira entre os representantes dos principais blocos, o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Em live pela internet logo após a reunião, o prefeito Eduardo Paes afirmou que "não será possível" promover o carnaval de 2022 nos moldes tradicionais: "Acabei de ter uma reunião com o pessoal dos blocos de rua e a gente comunicou a eles que o carnaval de rua nos moldes que eram feitos até 2020 não acontecerá em 2022. Infelizmente, e eu falo como prefeito que gosta do carnaval e como cidadão, isso não será possível".

A Ambev, empresa que patrocinaria o carnaval de rua do Rio, havia cobrado da prefeitura uma posição sobre a realização ou não dos desfiles até a próxima quarta-feira, dia 5.


Correio Braziliense terça, 04 de janeiro de 2022

ECOLOGIA: CAPIVARAS SÃO DONAS DO PEDAÇO NO PARQUE ECOLÓGICO DE ÁGUAS CLARAS

 

Capivaras são as donas do pedaço no Parque Ecológico de Águas Claras

Cerca de 10 capivaras circulam pelo Parque de Águas Claras. Elas divertem os frequentadores e fazem parte da paisagem

CS
Carlos Silva*
postado em 04/01/2022 06:23 / atualizado em 04/01/2022 08:26
 
 (crédito: Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O Parque Ecológico de Águas Claras abriga vários animais e, próximo à lagoa do parque, é possível ver cágados, patos, gansos, saguis e muito mais. Mas são as capivaras que roubam a cena e chamam a atenção de quem passa pelo local. A equipe de reportagem do Correio contou cerca de 10 no parque, na tarde de ontem. Apesar do aumento da presença dos animais, o essa visitação dos bichos não é recente no local.

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) reforça esse ponto, destacando a aparição dos animais como reflexo do alcance do objetivo do parque. "O Parque Ecológico Águas Claras é uma Unidade de Conservação do Distrito Federal que tem por objetivo garantir a preservação, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural formando um banco genético, por conservar as amostras de organismos vivos, tais como plantas e animais. Por este motivo, a aparição de capivaras é um indicativo positivo de que aquele ambiente está cumprindo com o papel para o qual foi criado", afirma o órgão.

A dona de casa Fernanda Costella, 41 anos, moradora de Águas Claras, frequenta o parque há cerca de três anos com o marido e as filhas, Carolina, 8 anos, e Letícia, 2 anos. A visitante também relata que as capivaras já apareceram diversas vezes, mas não representaram perigo. "É bem tranquilo, elas ficam na delas. É só ninguém perturbá-las. Estão no habitat delas", relata. No entanto, a moradora de Águas Claras alerta àqueles que têm animais para que cuidem e não os deixem atacar as capivaras. "É importante prender o seu animalzinho, porque elas estão ali se alimentando no habitat delas sem incomodar ninguém, mas elas podem se assustar e de repente reagir", adverte.

A presença dos animais foi tão comentada que não atraiu somente a atenção dos brasilienses, mas também de quem visita a capital. O fisioterapeuta Rodrigo Barbosa, 38, veio de Ituiutaba (MG) para passar o réveillon com a família em Águas Claras e não deixou de ir ao parque. "Sempre que visitamos Brasília, temos o costume de vir ao parque ecológico para fazer uma caminhada e ver os animais", explica. O visitante também ressaltou que é importante a presença dos animais no local, já que é raro ver situações assim, principalmente em grandes centros urbanos. "Acho interessante, pois nos aproxima da vida animal, uma vez que quem mora na cidade não tem o costume de avistar esse animais, principalmente soltos assim na natureza", afirma.

Cuidado

As capivaras chamam a atenção de quem passa, mas é preciso ter cuidado ao se aproximar delas. O professor do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em zoologia André F. Mendonça recomenda não se aproximar demais, já que ferimentos causados pelos animais podem se agravar. "O principal cuidado que os visitantes devem ter é não chegar perto, nem acuá-las e nunca feri-las. No caso de ferimento é muito importante que a pessoa vá a um hospital para que seja avaliado por um médico. Pois, como são animais silvestres que estão associados a corpos d'água, existe uma chance maior de o ferimento infeccionar", explica.

Outro ponto levantado pelo professor foi o cuidado com os pets, pois os conflitos entre animais domésticos e silvestres podem causar sérios danos aos envolvidos. "É importante ressaltar que, no caso de avistarem uma ou mais capivaras, é importante que os animais (domésticos) estejam presos ou que seja colocada uma coleira (neles). O perigo é que o animal de estimação, principalmente cachorros, pode atacar. O resultado, em qualquer hipótese desse evento, é potencialmente ruim pois um dos animais ou os dois podem sair feridos ou, em casos mais graves, vir a óbito devido aos ferimentos", esclarece.

O professor também alerta para o risco de ataques das capivaras. Apesar de serem calmos, os roedores podem se tornar agressivos em certas situações. "Em condições normais, as capivaras são animais bastante tímidos e que fogem com a aproximação de pessoas. Entretanto, como todo animal silvestre, as capivaras irão se tornar agressivas se forem acuadas ou agredidas. Um grupo de capivaras é formado, normalmente, por um macho, várias fêmeas e filhotes. Desta forma, como são animais sociais como nós, caso uma fêmea ou filhote sejam agredidos ou acuados, outro membro do grupo pode atacar para defender", adverte.

O Ibram também ressaltou que, em relação a animais domésticos, é importante cuidar para que não entrem em conflito com as capivaras, pois, assim também evitam que eles levem para casa carrapatos dos roedores. "A capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), que transmite a doença Febre Maculosa Brasileira (FMB). O carrapato pode ser encontrado também em cavalos e outros animais de grande porte, cães, aves domésticas, roedores e na capivara. Porém, na história do DF, há o registro de apenas três casos da doença, sendo que o último registro ocorreu em 2016. Em nenhum deles o infectado foi a óbito", explica o órgão. Uma maneira de não ter contato com o parasita é evitar área de vegetação densa e utilizar nos animais produtos de proteção e coleira.


Correio Braziliense segunda, 03 de janeiro de 2022

GASTRONOMIA: 2021 FOI O ANO DO HAMBÚRGUER. VENDAS CRESCERAM 140%, ASSIM COM HAMBURGUERIAS

2021 foi o ano do hambúrguer. Vendas cresceram 140%, assim como hamburguerias

Versões clássicas e releituras do sanduíche garantem a preferência dos consumidores e o investimento em espaços especializados

LS
Liana Sabo
postado em 03/01/2022 06:00 / atualizado em 03/01/2022 09:07
 
 (crédito: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)

As razões são diversas, mas especialmente a pandemia levou o hambúrguer para outro patamar. Nenhum segmento alimentício teve mais sucesso no sistema de franchising do país, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Também o aplicativo de delivery IFood notou que o número de hamburguerias cadastradas na plataforma aumentou 104% entre março de 2020 e março de 2021, enquanto as vendas de burgers cresceram 140% no mesmo período.

Furacão

Com o avanço da vacinação e a retomada do comércio, o atendimento ficou mais explícito e logo surgiram mais pontos de venda daquele alimento que é, sem dúvida, o furacão do ano. Apaixonada pela carne Beef Passion desde que a provou em seu Ancho Bistrô de Fogo, na 306 Sul, a chef Renata Carvalho nunca teve receio de manusear as chamas seguindo a técnica que havia apreendido com o grande chef argentino Francis Malmann. Daí para fazer hambúrguer foi um pulo.

Há três anos surgiu o Ricco Burger e mais dois espaços focados no delivery: o Pega & Vaza na 206 Norte e na QI 23 do Lago Sul. A proposta, no entanto, não parou por aí e se estendeu para Águas Claras. "Queremos abraçar e atender o público fiel da região, ficar mais perto da galera que sempre se desloca para degustar nossos hambúrgueres", afirmou a chef ao abrir, no começo de dezembro, a quarta unidade em frente ao supermercado Dia a Dia. Destaque para o tradicional Carne e Queijo, feito com pão da La Boulangerie, 150g de carne Beef Passion assada na parrilla, queijo e maionese da casa (R$ 36) e o Trufado, que difere do primeiro ao levar maionese trufada, chips de parma, telha de parmesão e ruculetas, que são talos de rúcula crocantes. (R$ 42).

Igualmente brasiliense, o 389 Burger nasceu em Planaltina, em 2016, e o nome com números vem do prefixo dos telefones fixos da região. Com o cardápio totalmente desenvolvido pelo criador Aquiles França Monteiro, formado em gastronomia pelo Iesb, a marca usa pão de cebola e um blend 100% Angus de fraldinha e costela, tendo como acompanhamentos batata rústica, chips de mandioca e onion rings, entre outros. Durante a greve dos caminhoneiros, quando faltou combustível, "a gente teve aquela aflição e até um certo medo de fechar as portas, mas foi ali que a gente se reinventou e teve a ideia de fazer a entrega a cavalo. Depois daquilo, muitas portas se abriram", conta Aquiles, que foi procurado por três investidores e o grupo toca mais três operações: Sobradinho, Formosa e 307 Norte. Há pouco tempo, lançou um projeto de franquias.

Irmã da Outback e Abraccio, mais uma marca americana Bloomin's Brands, uma das maiores empresas de restaurantes casuais do mundo, a Aussi Grill trouxe para Brasília o seu conceito sweet and spicy em um menu focado em proteínas de frango, que mistura ingredientes frescos com um toque de picância e um leve dulçor. O carro-chefe é o Smoked HM Chicken Sandwich (R$ 26) de peito de frango empanado, frito e crocante, servido com alface, tomate, picles, maionese defumada e finalizado com molho de mostarda adocicado no pão brioche. No combo, você paga R$ 45,90 pelo sanduíche mais refri em lata e batatas fritas da casa, em formato de chips, crocantes e temperadas, levemente apimentadas e avinagradas, acompanhadas de molho aioli, uma delícia.

A história

Símbolo do fast food, o hambúrguer chegou ao Brasil em meados dos anos 50. Para quem acha que se trata de uma invenção americana, é só ver o nome da iguaria: teria sido batizada em razão da chegada de imigrantes alemães, vindos da cidade de Hamburgo, aos Estados Unidos. Também não foram os alemães que a criaram. No século 13 na Mongólia, os cavaleiros que saíam para o combate colocavam uma peça de carne crua embaixo da sela do cavalo para amaciar. O próprio suor do animal temperava a carne com sal. Essa é a explicação dada para a origem do tartar, especialidade de carne moída crua que ganhou o nome por ter surgido entre as tropas belicosas dos povos tártaros.

Daí os marinheiros alemães que conheceram a técnica passaram a cozinhar a carne crua, dando lugar ao burger, o saboroso bife apreciado em todo o planeta, a ponto de já ter o Dia Mundial do Hambúrguer, comemorado em 28 de maio.

 


Correio Braziliense domingo, 02 de janeiro de 2022

ANO NOVO, VIDA NOVA: DICAS E SIMPATIAS PARA UM CICLO MELHOR

Ano novo, vida nova: dicas e simpatias para um ciclo melhor

Rituais e simpatias são alguns dos elementos mais usados na chegada de um novo ano. Mesmo quem não acredita em nada disso pode apostar para encarar 2022 com otimismo

por Ailim Cabral
postado em 02/01/2022 08:00
 
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A virada de 2021 para 2022 teve um gostinho especial. A energia do recomeço veio com ainda mais força, e a perspectiva de dias melhores preenche até mesmo os corações mais receosos. A esperança, com o auxílio da terceira dose da vacina, permite novos planos, sonhos e inspira mudanças positivas.

Mas e quanto aos mais céticos, que não acreditam em energias espirituais e, ainda assim, desejam um ano mais próspero? As crenças não devem limitar os sonhos e desejos de libertação. Pequenos hábitos, como ouvir uma música gostosa ao acordar, acompanhado de uma xícara de chá quentinho, podem mudar todo o seu o dia. E até seu ano.

Para a bióloga e terapeuta Carla Moreira Ramos, 42 anos, todo fim e início de ano são marcados pelo sentimento de renovação. "Ninguém quer virar o ano e ter a mesma vida de antes, por melhor que tenha sido. Todos procuram e esperam alguma mudança. Mas, para isso, é preciso abrir espaço para o novo", afirma.

Carla ressalta que, embora 2022 já tenha começado e os rituais de virada preparados e feitos, a mudança principal vem de dentro e precisa durar o ano inteiro para que realmente faça diferença. Fã de organização e de Marie Kondo (especialista na área), há quase uma década Carla inicia todo ano com uma limpeza geral na casa, nos armários e em todos os seus objetos. Para ela, é um ritual de desapego e preparação para novas vivências.

Para a bióloga, ao eliminar o que não usa mais em casa, incluindo objetos de cozinha e decoração, ela sente que se prepara para tirar de sua mente e seu coração o que não faz mais bem. "É sobre eliminar tudo o que não faz sentido. Ao longo da vida, acumulamos itens que, com o tempo, deixam de fazer sentido, mas não queremos desapegar pelo que significou um dia. Ao mesmo tempo, queremos o novo, que só virá se abrirmos espaço", afirma.

Carla gosta de usar a técnica ensinada por Marie Kondo em seu livro e programa, avaliando que tipo de sentimento seus objetos trazem. Se não for alegria, é hora de doar ou jogar fora. Ao ritualizar o processo de organização da casa e dos armários, ela acredita que prepara também sua mente. "Fico mais leve, não fico entulhada, nem de coisas nem de sensações, sentimentos e hábitos que não combinam mais comigo ou que eu não quero continuar cultivando."

O processo é intuitivo e começa nos últimos meses do ano, perpetuando-se até janeiro. Limpar todos os sapatos, inclusive as solas, e passar as roupas que vai manter também ajudam a bióloga a se sentir preparada para novos desafios.

O simbolismo e a mente

Em seus estudos sobre a mente humana, Carla percebeu o quanto o simbolismo pode ser uma influência positiva para quem busca por mudanças. "Muitas vezes, queremos uma mudança em nós e não sabemos por onde começar. Fazer algo mais concreto, como renovar o guarda-roupa, acaba sendo o início de todo esse processo de organização da mente." Ela acredita que, percebendo ser capaz de organizar seu espaço físico, seu cérebro entende que você está apto também a organizar sua vida emocional e suas ideias e decisões.

A psicóloga ressalta a importância de seguir uma rotina e cumprir as metas a que se propõe. Isso traz uma sensação de dever cumprido e evita a frustração consigo mesmo. Vencer metas é um estímulo a continuar com as mudanças positivas, enquanto não cumpri-las aumenta a sensação de fracasso e insatisfação pessoal. "É importante, porém, investir em metas possíveis. Não adianta querer fazer muitas coisas e não levar adiante. É mais seguro escolher metas mais atingíveis e, conforme vencê-las, adicionar outras", explica Fernanda.

Porém, antes de investir nas mudanças, a psicóloga sugere uma autoavaliação baseada em autoconhecimento. Ao se conhecer e compreender, é possível avaliar o que se deseja e como conquistar. "Para mudar, é preciso entender primeiro o que se quer manter e o que se quer deixar para trás. E isso varia de pessoa para pessoa."

A massoterapeuta Iara Carvalho Guimarães, 34 anos, e a analista de recursos humanos Maysa Martins, 42, são do time espiritualista e apostaram em rituais especiais na noite do dia 31 de dezembro.

 

Iara Carvalho: "Quando agimos com a caridade, o resultado é bom"
Iara Carvalho: "Quando agimos com a caridade, o resultado é bom"(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Iara passou a virada em casa e acendeu uma vela de sete dias para seu anjo protetor, além de preparar uma mistura de mel, água e canela para atrair prosperidade e ofertar rosas brancas a Oxalá e a Jesus Cristo, para a abertura de seus caminhos. Este ano, segundo as crenças de Iara, será regido por Iemanjá, e ela passou a noite vestida de azul, para atrair as boas energias da orixá.

Mas a massoterapeuta não se agarra apenas às forças espirituais. Ela acredita que é necessário fazer a sua parte para garantir um ano melhor. Durante todo o mês de dezembro, investiu na saúde física e mental, evitando inclusive ter contato com notícias e situações negativas.

Ela sugere que mesmo quem não tem religião ou não acredita em nada mantenha pensamentos positivos nos primeiros dias do ano, atraindo para si o que deseja. Enfeitar a casa com flores ou mesmo oferecer uma a um desconhecido, doar algo que não usa mais ou fazer o bem ao próximo são alguns dos gestos que Iara considera universais.

"Independentemente de rituais e crenças, quando agimos com a caridade do nosso coração, o resultado só pode ser bom. E para completar, uma frase que me toca que é não sofra com o passado, não anseie pelo futuro, viva o presente", completa.

Ervas e proteção

Maysa, assim como Iara, é umbandista e tem nos banhos de ervas um dos rituais preferidos de início de ano. A analista de recursos humanos segue também as orientações de sua religião, com preceitos como orações e agrados aos orixás e entidades.

 

Maysa Martins: "Limpo os móveis e uso água de alfazema para remover as energias negativas"
Maysa Martins: "Limpo os móveis e uso água de alfazema para remover as energias negativas"(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Nas duas últimas semanas de cada ano, ela acende velas de sete dias para agradecimento e proteção. Na última semana, Maysa faz uma faxina na casa, limpando de dentro para fora e despachando a sujeira para longe. Em seguida, vem uma limpeza de fora para dentro, com essências de alfazema, rosa branca e água de arroz, com o intuito de atrair as boas energias. 

"Limpo também os móveis e uso água de alfazema para remover as energias negativas. É uma limpeza dupla, física, removendo a sujeira mesmo, e espiritual, removendo impurezas e energia parada", explica. O mesmo acontece com as roupas. Ela doa o que não usa mais, estimulando a caridade e o auxílio ao próximo, e abrindo espaço para o novo. 

Quando está na praia ou perto de uma cachoeira na noite do dia 31 para o dia primeiro, Maysa toma um banho na água corrente ou no mar, garantindo assim uma limpeza espiritual. Ela também costuma ofertar rosas brancas a Iemanjá e reforça a importância de oferendas orgânicas, que não deixem resíduos na natureza. "Na Umbanda, temos uma preocupação muito grande com o meio ambiente, então cada vez mais estimulamos essa consciência com relação às oferendas que deixamos para os orixás."

Este ano, a virada foi em Brasília e, para garantir a renovação, Maysa investiu em um banho de ervas e acendeu uma vela para seu anjo da guarda. Ela preparou também um altar com flores e fez diversas orações em agradecimento. Com o banho em dia e a vela acesa desde o dia 31, agora Maysa espera pelo dia 20, em que comemora o orixá Oxossi.

Além dos rituais em busca da abertura de caminhos, agradecimento e proteção, Maysa carrega sempre consigo um amuleto — uma guia de proteção sempre lavada com ervas e que garante que ela esteja acompanhada de energias benéficas.

Este ano, assim como em 2021, Maysa fez uma prece de agradecimento no dia 31. Apesar de ter sofrido com a perda de alguns parentes de amigos, como o pai de sua melhor amiga, ela não perdeu nenhum familiar para a covid-19. "É uma prece muito especial, de agradecimento, e também enviando boas energias para quem precisa e está sofrendo."


Correio Braziliense sábado, 01 de janeiro de 2022

CHUVA NA BAHIA: DF SOMA MAIS DE 36 TONELADAS DE DOAÇÕES PARA VÍTIMAS DA CHUVA NA BAHIA

 

DF soma mais de 36 toneladas de doações para vítimas da chuva na Bahia

Aqueles que tiverem interesse em contribuir com a Campanha de Ajuda Humanitária, podem entregar os donativos até este domingo (2/1)

Ad
Arthur de Souza
postado em 01/01/2022 09:54 / atualizado em 01/01/2022 09:55
 
 
 
 (crédito: Manu Dias/Governo da Bahia/Divulgação)
(crédito: Manu Dias/Governo da Bahia/Divulgação)

A Campanha de Ajuda Comunitária aos atingidos pelas chuvas no sul do estado da Bahia, que é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e tem apoio da Defesa Civil e das forças de segurança pública, já arrecadou mais de 36 toneladas de alimentos e roupas, além de nove mil litros de água potável para doação.

Todo o material arrecadado até o momento está passando por triagem no Centro de Capacitação Física do Corpo de Bombeiros e, a partir da próxima terça-feira (4), será levado pelas forças de segurança até o estado da Bahia.

A SSP-DF destaca que não existe possibilidade de doações em dinheiro, por Pix, depósitos, transferências e outros. Só são permitidas doações de itens de primeira necessidade, que devem ser feitas nos quartéis e delegacias.

*Com informações da Agência Brasília


Correio Braziliense sexta, 31 de dezembro de 2021

ANO NOVO: VEJA O QUE ABRE E FECHA NA VÉSPERA E NO FERIADO

Ano novo: veja o que abre e fecha na véspera e no feriado

Serviços públicos do Distrito Federal terão os horários de funcionamento alterados no dia 31 de dezembro e no dia 1° de janeiro

 

 

 (crédito: Alex Ribeiro/Divulgação)
(crédito: Alex Ribeiro/Divulgação)

Na véspera da virada do ano e no dia 1º de janeiro, o funcionamento de serviços públicos será alterado devido à data comemorativa. Os pontos turísticos, por exemplo, terão horários de visitação reduzidos. Não haverá vacinação no sábado (1°/1), nem atendimento no Hemocentro de Brasília, nas policlínicas e nos ambulatórios.

Os transportes públicos também vão funcionar com horários reduzidos. Os ônibus circularão normalmente, com tabela horária de dia útil na sexta-feira (31/12). Já no sábado (1°/1), a tabela horária será de feriado. Os horários e itinerários podem ser visualizados em www.dfnoponto.semob.df.gov.br.

Confira o que abre e fecha no Distrito Federal nesta sexta-feira (31/12) e no sábado (1°/1):

 

– Na Hora
31 de dezembro: aberto até as 14h
1º de janeiro: fechado

– Procon
31 de dezembro: das 8h às 14h
1º de janeiro: fechado

– CEB
Funciona normalmente nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. As equipes de manutenção da CEB trabalham 24 horas, nos sete dias da semana, e não param em nenhum feriado

– Caesb
31 de dezembro: o expediente será até o meio-dia
1º de janeiro: as equipes de manutenção trabalharão em regime de plantão, sem atendimento remoto
Agência Virtual, app, site e telefone 115 funcionam ininterruptamente

– Centro Integrado 18 de Maio
31 de dezembro: funciona até 14h
Demandas urgentes: atendimento por meio do telefone (61) 98314 0636.

– Conselhos Tutelares
31 de dezembro: funcionam até 14h
Emergências: atendimento por meio dos telefones 125 (número gratuito) ou (61) 3213 0657/3213 0763/3213 0766

– Unidades Básicas de Saúde (UBSs)
31 de dezembro: as UBS funcionam até às 14h
1º de janeiro: estarão fechadas

– Vacinação
31 de dezembro: será possível vacinar nas salas de vacina e nos postos de vacinação até as 12h
1º de janeiro: não haverá expediente

– Ambulatórios e policlínicas
31 de dezembro: ficam abertos até as 14h
1º de janeiro: estarão fechados

Funciona de forma ininterrupta, 24 horas por dia todos os dias da semana

– Farmácias de alto custo
31 de dezembro: serão distribuídas senhas até 12h e essas farmácias funcionarão até as 14h
1º de janeiro: não abrem

– Hemocentro
31 de dezembro: aberto das 7h15 às 12h
1º de janeiro: não abre

– Emergências
Todas as emergências dos hospitais regionais e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionam 24 horas por dia

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atende de forma ininterrupta pelo telefone 192

– Centros de Atenção Psicossocial (Caps)
Do tipo III, voltados ao atendimento de retaguarda e articulação em rede, estarão com atendimento 24 horas por dia. Os outros Caps, dos tipos I e II, funcionarão até as 14h, no dia 31 e não abrem no dia 1º de janeiro.

– Delegacias
Todas as delegacias do DF funcionam 24 horas, em regime de plantão

– Transporte público
31 de dezembro: os ônibus circularão normalmente, com tabela horária de dia útil. Haverá reforço de viagens nas linhas mais procuradas para atender o fechamento do comércio

– Metrô
31 de dezembro: funciona das 5h30 às 21h
1º de janeiro: funciona das 7h às 19h

– Detran
31 de dezembro: abre das 7h às 14h
1º de janeiro: não abre
Os serviços on-line, disponíveis por meio do aplicativo e do Portal de Serviços do Detran-DF, funcionarão normalmente, todos os dias da semana

– BRB
31 de dezembro: abre ao público das 9h às 11h
1º de janeiro: não abre

31 de dezembro: aberto das 9h às 17h
1º de janeiro: aberto das 9h às 17

– Jardim Botânico
31 de dezembro: funciona das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado
Os dois restaurantes não vão funcionar em nenhum dia

– Planetário de Brasília
31 de dezembro: não abre
1º de janeiro: não abre
A partir do dia 02 de janeiro de 2022, o Planetário de Brasília estará aberto ao público de terça-feira a domingo, incluindo feriados distritais ou nacionais, das 9 às 21h

– Pró-Vítima
31 de dezembro: núcleos funcionam até 14h.
Plantão: (61) 98314 0622

31 de dezembro: fechado
1º de janeiro: fechado

– Centro Cultural Três Poderes (exceto Panteão)
31 de dezembro: aberto das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 9h às 17h

– Memorial dos Povos Indígenas
31 de dezembro: aberto das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 9 às 17h

– Biblioteca Nacional de Brasília
31 de dezembro: aberto das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado

31 de dezembro: fechado
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 9h às 17h

– Espaço Cultural Renato Russo
31 de dezembro: aberto das 9h às 14h
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 12h às 20h

– Museu Vivo da Memória Candanga
31 de dezembro: aberto até às 14h
1º de janeiro: fechado

– Eixão do lazer
Dias 1º e 2 de janeiro: impedido o trânsito de veículos das 8h às 18h

Aberta todos os dias, 24 horas

– Casa da Mulher Brasileira
31 de dezembro: das 7h às 14h
1º de janeiro: fechada

– Ceam e Nafavd
31 de dezembro: das 8h às 14h
1º de janeiro: fechados

– Espaço Empreende Mais Mulher I e II
31 de dezembro: das 8h às 12h
1º de janeiro: fechados

31 de dezembro: o comércio funcionará até 19h. Lojas de rua e de shoppings fecharão às 15h.
1° de janeiro: fechados


Correio Braziliense quinta, 30 de dezembro de 2021

ANO DELAS: RELEMBRE 10 ATLETAS BRASILEIRAS QUE BRILHARAM EM 2021

 

Ano delas: Relembre 10 atletas brasileiras que brilharam em 2021

O Correio apresenta a lista com as brasileiras que deixaram a sua marca no esporte durante o ano. A maioria escreveu a história que as colocaram no panteão do esporte nas Olimpíadas de Tóquio

JM
Júlia Mano*
postado em 30/12/2021 09:30
 
 (crédito: LOIC VENANCE  /  BONAVENTURE/AFP  /  ALE CABRAL/CPB)
(crédito: LOIC VENANCE / BONAVENTURE/AFP / ALE CABRAL/CPB)

Nos gramados, nas pistas, nos tatames, nas águas e nas quadras, diversas mulheres do Brasil fizeram história ao superarem seus desafios pessoais e os que surgiram com a pandemia de covid-19. A consagração de muitas veio na Terra do Sol Nascente, durante as Olimpíadas de Tóquio-2020. Até mesmo os Jogos foram marcados pela maior participação feminina. As conquistas delas reacenderam uma chama de esperança na população que enfrentou um ano difícil, além de permitir que muitas meninas pudessem se identificar com as grandes mulheres que deixaram sua marca em 2021.

Antes de abrir a lista, o Correio faz uma menção honrosa à Miraildes Maciel Mota. Neste ano, Formiga deu adeus à Seleção Brasileira. Eternizada com a camisa canarinho número oito, a jogadora se despediu durante o Torneio Internacional de Manaus, que ocorreu em novembro, e deixou um legado de coragem, força e muita determinação.

A meio-campista acumulou recordes durante a sua passagem pela Seleção. É a atleta, entre homens e mulheres, que mais esteve em Copas do Mundo (sete no total). Com a convocação para as Olimpíadas do Japão, a baiana soma a mesma quantidade de participação nos Jogos. Também é a brasileira com mais jogos com a camisa canarinho. No entanto, para além de números, Formiga foi uma importante jogadora para o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil e no mundo, com o seu brilhantismo em campo.

 

Rayssa Leal

 

 LAKE HAVASU CITY, ARIZONA - OCTOBER 30: Rayssa Leal of Brazil stands with the 1st place trophy after winning the Womens Finals of the 2021 SLS Championship Tour: Lake Havasu at Rotary Park on October 30, 2021 in Lake Havasu City, Arizona.   Jamie Squire/Getty Images/AFP (Photo by JAMIE SQUIRE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
LAKE HAVASU CITY, ARIZONA - OCTOBER 30: Rayssa Leal of Brazil stands with the 1st place trophy after winning the Womens Finals of the 2021 SLS Championship Tour: Lake Havasu at Rotary Park on October 30, 2021 in Lake Havasu City, Arizona. Jamie Squire/Getty Images/AFP (Photo by JAMIE SQUIRE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)(foto: Getty Images via AFP)

 

Conhecida como Fadinha, Rayssa Leal encantou a todos com o seu carisma durante as Olimpíadas de Tóquio-2020 e se tornou uma estrela do esporte mundial. Segundo o perfil Twitter Brasil, a skatista foi a 4ª atleta mais comentada do país na rede social e a única feminina na lista. A maranhense de 13 anos é também a brasileira mais jovem a integrar a delegação olímpica e a subir no pódio dos Jogos representando o país.

Rebeca Andrade

 

Baile de favela, de MC João, ganhou o mundo com a ginasta Rebeca Andrade
Baile de favela, de MC João, ganhou o mundo com a ginasta Rebeca Andrade(foto: Lionel Bonaventura/AFP)

 

Embalada pela música Baile de Favela, de MC João, na apresentação nas Olimpíadas de Tóquio-2020, Rebeca Andrade colocou o seu nome na história da ginástica artística do Brasil. Com a performance, que resultou na prata, a paulista foi a primeira brasileira a subir no pódio dos Jogos. Pouco depois, a ginasta sagrou-se campeã no salto.

As conquistas na Terra do Sol Nascente marcam a superação de Rebeca. A ginasta sofreu lesão, passou por três cirurgias no joelho e, antes de Tóquio, ficou oito meses afastada. Se os Jogos tivessem ocorrido em 2020, como estavam marcados inicialmente, a atleta teria ficado de fora. Depois das Olimpíadas, Rebeca ainda conquistou o mundial no salto e foi vice nas barras assimétricas.

O esforço de Rebeca e a perseverança para continuar no esporte também foram reconhecidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A ginasta foi eleita a melhor atleta do ano durante o Prêmio Brasil Olímpico.

Bia Zaneratto

 

15/06/2019 Credito : Assessoria / CBF - Treino da Seleção Feminina no Stade Jean Jacques. A meio-campista Bia Zaneratto
15/06/2019 Credito : Assessoria / CBF - Treino da Seleção Feminina no Stade Jean Jacques. A meio-campista Bia Zaneratto(foto: Assessoria / CBF)

 

Beatriz Zaneratto foi o grande nome da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de 2021. A atacante atuou pelo vice-campeão, Palmeiras, somente na primeira fase (de pontos corridos). O tempo, entretanto, foi o suficiente para marcar 13 gols em 15 jogos e conquistar a artilharia do torneio.

A jogadora precisou deixar o Palestra quando o contrato de empréstimo chegou ao fim, em agosto. A atacante precisou retornar ao clube chinês Wuhan Xinjiyuan, onde conquistou a Superliga Chinesa.

Ao lado do atacante Hulk, do campeão brasileiro masculino Atlético-MG, Bia Zaneratto foi a jogadora que mais recebeu troféus no Prêmio Brasileirão. Foram três no total: melhor atacante; craque do campeonato; e artilheira.

Vic Albuquerque

 

 Crédito: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians. Victoria Albuquerque
Crédito: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians. Victoria Albuquerque(foto: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians)

 

A brasiliense Vic Albuquerque termina 2021 com a tríplice coroa. Pelo Corinthians, a jogadora conquistou os títulos de campeã do Campeonato Brasileiro, da Libertadores Feminina e do Campeonato Paulista.

A camisa 17 ainda se sagrou a artilheira do Timão na temporada. A meia-atacante esteve em campo em 42 jogos e marcou 26 gols. Vic também foi eleita a melhor jogadora de agosto do Brasileirão Feminino e a craque da 3ª rodada do Paulistão.

Ana Marcela

 

Ana Marcela Cunha em ação no Lago Paranoá, no Campeonato Brasileiro de 2011. Atleta deve retornar à capital federal para maratona em setembro
Ana Marcela Cunha em ação no Lago Paranoá, no Campeonato Brasileiro de 2011. Atleta deve retornar à capital federal para maratona em setembro(foto: Carlos Silva/CB/D.A Press)

 

A nadadora Ana Marcela Cunha rebatizou as águas com o seu nome em 2021. A baiana conquistou a medalha que lhe faltava na maratona aquática: a reluzente dourada olímpica.

As Olimpíadas de Tóquio-2020 foram a redenção da brasileira, que não conseguiu passe para Londres-2012 e passou despercebida na Rio-2016. No entanto, a atleta desembarcou na Terra do Sol Nascente com 66 medalhas de Mundiais.

A baiana encerrou os compromissos do ano com a conquista do quinto título Mundial para a sua prestigiada estante. Na última sexta-feira (17/12), a Federação Internacional de Natação coroou Ana Marcela, pela sétima vez, como a melhor do mundo na maratona aquática.

Carol Santiago

 

Maria Carolina Santiago
Maria Carolina Santiago(foto: CHARLY TRIBALLEAU AFP)

 

Maria Carolina Gomes Santiago se tornou a mulher com mais conquistas em uma única edição dos Jogos Paralímpicos. A nadadora conquistou cinco medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio-2020, formou um pódio completo e quebrou recorde.

Na Terra do Sol Nascente, Carol Santiago foi campeã três vezes, ao subir no lugar mais alto do pódio das categorias 50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12 (neste, quebrou recorde paralímpico). A pernambucana ainda pendurou no pescoço a prata no revezamento 4x100m livre misto até 49 pontos e o bronze nos 100m costas S12.

Beth Gomes

 

Beth Gomes conquistou a 99ª medalha de ouro do Brasil no lançamento de disco, na classe F52
Beth Gomes conquistou a 99ª medalha de ouro do Brasil no lançamento de disco, na classe F52(foto: Wander Roberto/CPB)

 

A atleta paralímpica Elizabeth Rodrigues Gomes, ou simplesmente Beth Gomes, foi um dos grandes nomes de superação das Paralimpíadas de Tóquio-2020, ao derrubar a barreira do etarismo. A brasileira dedicou a vida ao esporte e, aos 56 anos, veio a dourada conquista.

Beth sagrou-se campeã do lançamento de disco na classe F52 e quebrou recorde paralímpico ao atingir a marca de 17,62m, na primeira tentativa. A atleta tem esclerose múltipla. O primeiro surto da doença a tirou do vôlei, o segundo do basquete em cadeira de rodas.

Antes dos Jogos, a paulista sofreu o terceiro surto, que paralisou o lado esquerdo de seu corpo. Com isso, teve que ser reclassificada e deixou o arremesso de peso. No entanto, a “Fênix”, como ficou conhecida pela perseverança, se encontrou no lançamento de disco e renasceu das cinzas, assim como o pássaro da mitologia grega.

Luisa Stefani e Laura Pigossi

 

Luisa Stefani e Laura Pigossi tiveram inspiração em Minas para alcançar o feito histórico
Luisa Stefani e Laura Pigossi tiveram inspiração em Minas para alcançar o feito histórico(foto: Rafael Bello/COB)

 

Oito dias antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a dupla, que representou o Brasil no tênis, recebeu a tão esperada ligação de que iriam participar do maior evento esportivo do mundo.

À época, Luisa e Laura sequer estavam no mesmo continente. Pigossi estava no Cazaquistão, participando de um torneio, e Stefani em casa, nos Estados Unidos.

A dupla chegou de surpresa na capital japonesa para escrever os seus nomes no rol do esporte ao conquistar a primeira medalha olímpica do Brasil na modalidade. As brasileiras batalharam até o último momento contra as adversárias russas, que saíram na frente no início do duelo. Com a virada histórica, Luisa e Laura subiram no pódio e penduraram o bronze no pescoço.

Mayra Aguiar

 

Mayra Aguiar conquista terceiro bronze consecutivo em Olimpíadas
Mayra Aguiar conquista terceiro bronze consecutivo em Olimpíadas(foto: Jack Guez/AFP)

 

A judoca entrou para a história do esporte brasileiro ao pendurar a medalha de bronze no peito nas Olimpíadas de Tóquio-2020. Com o pódio, a gaúcha se tornou a primeira brasileira a conquistar três medalhas olímpicas individuais em edições seguidas dos Jogos (Londres-2012 e Rio-2016).

A medalha conquistada na Terra do Sol Nascente teve um significado diferente: superação. Mayra passou 16 meses fora dos tatames, antes dos Jogos de Tóquio. A judoca sofreu contusão, passou por cirurgia e ainda enfrentou as consequências da pandemia no mundo dos esportes.

Na capital do Japão, a gaúcha viu o sonho dourado ir embora, na fase de classificação. Com isso, a judoca caiu na repescagem, onde conseguiu se reerguer para disputar o bronze.


*Estagiária sob a supervisão de Danilo Queiroz


Correio Braziliense quarta, 29 de dezembro de 2021

HORÓSCOPO 2022: CONFIRA O QUE OS ASTROS REVELAM PARA CACA SIGNO

Horóscopo 2022: Confira o que os astros revelam para cada signo

Não se importa com um spoiler? Então já se adiante e fique sabendo o que os astros revelam para o próximo ano

CB
Correio Braziliense
postado em 29/12/2021 06:00
 
Chegou a hora de olhar o que te espera em 2022 -  (crédito: Pixabay/Reprodução)
Chegou a hora de olhar o que te espera em 2022 - (crédito: Pixabay/Reprodução)

Sem dúvidas, 2021 não foi um ano fácil. Entre tantos desafios, é seguro dizer que grande parte da população brasileira deseja encerrar este ciclo e entrar com tudo em um novo ano. Mas a grande dúvida é: como será 2022?

Vale lembrar que Mercúrio será o planeta regente. Isso significa a chegada de muita inteligência, tecnologia e comunicação. Porém, é uma fase em que será necessário usar todo o jogo de cintura para realizar os objetivos.

 

Preparado? Confira as previsões de cada signo para 2022:

Áries (21/03 a 20/04)

O nativos de Áries vão se dar bem. As previsões astrológicas para 2022 dizem que o responsável por isso será Mercúrio, planeta regente do ano. Eles vão passar a ter mais clareza em suas ideias e consequentemente, expressar melhor isso. Vão ter mais luz na hora da tomada de decisões importantes que afetam sua vida, e sabedoria para colocar essas decisões em prática.

Touro (21/04 a 20/05)

Em 2022 vão descobrir que dentro deles existem algumas questões complexas para serem trabalhadas. O desenvolvimento e evolução desses nativos dependerão completamente deles mesmos. As ideias, projetos e racionalidade que vão abrir espaço pra isso. Então, sonhe alto e mire longe. Isso porque as previsões astrológicas para 2022 dizem que o aprendizado é consequência da necessidade de sair da zona de conforto. A transformação pode ser dolorosa no começo, porém, gloriosa no fim.

Gêmeos (21/05 a 20/06)

As nativas de Gêmeos são regidas por Mercúrio, planeta que será regente de 2022. Isso significa que o ano para elas será muito bom. A capacidade intelectual da geminiana será evidenciada, e como consequência novos projetos e oportunidades surgirão no caminho. As geminianas gostam de mudança e intensidade, vivendo altos e baixos. As previsões astrológicas para 2022 dizem que mudanças diferentes acontecerão. Essas nativas se tornam mais racionais, ainda mais em seus relacionamentos. Isso já é diferente da forma como elas vivem a vida normalmente. Mesmo assim, o foco será na vida profissional.

Câncer (21/06 a 22/07)

A regência de Mercúrio em 2022 trará bons frutos. Por ser o planeta da comunicação, todos os signos vão ser afetados nesse sentido. Porém, os cancerianos deixam um pouco a desejar na forma de expressar o que sentem. Então, aflorar seu lado comunicativo com a influência de Mercúrio será uma parte importante do processo de autoconfiança. As previsões astrológicas para 2022 também indicam um trânsito de Júpiter por peixes. Essa movimentação inspira confiança em relação a todas as áreas da vida. Logo, realizar seus sonhos e procurar por oportunidades fica mais fácil.

Leão (23/07 a 22/08)

O ano será mais focado para o amadurecimento de seus relacionamentos. Isso já vem acontecendo e sendo estimulado desde 2021, mas é um processo longo. Pode ser que os nativos se vejam buscando deixar os compromissos mais sérios, compartilhando a vida a longo prazo. A previsão astrológica para 2022 deixa um alerta sobre a escolha, é necessário pensar bem em quem decide incluir assim em sua vida. Outro ponto importante no ano dessas nativas será a Era de Aquário. Alguns padrões podem ser rompidos, abrindo espaço para um engajamento maior na procura por bons resultados profissionais. Algumas reviravoltas em relação à carreira podem rolar, mas com uma luz de colocar tudo em outro nível.

Virgem (23/08 a 22/09)

A previsão astrológica para 2022 diz que os nativos devem aproveitar os estímulos que a regência de Mercúrio enviará. Por ser o planeta da comunicação, a inteligência e a forma de expressão vão ganhar um gás. Isso é ótimo. Vão aprender a dar mais visibilidade para os resultados de seus projetos. Porém, a ressalva é para que você lembre que os detalhes são importantes , mas não são tudo. Analise sempre todo o contexto.

Libra (23/09 a 22/10)

A regência de 2022 vai ajudar o crescimento intelectual dos nativos de libra. Sabe aquelas habilidades e projetos que você sempre quis investir? O momento será esse. Porém, o alerta é para não deixar a vontade de criar se transformar em ansiedade porque isso pode atrapalhar seu caminho. Além disso, a previsão astrológica para 2022 diz que Júpiter em Peixes abre espaço para emoções não tão verdadeiras, impulsionadas por terceiros. Procure ter um controle maior sobre seus pensamentos e como eles afetam seu dia a dia.

Escorpião (23/10 a 21/11)

A previsão de 2022 para o signo de escorpião fala muito de criatividade. Isso está atrelado diretamente à vida profissional. Os escorpianos vão se sentir mais à vontade para expressar suas ideias no trabalho e com isso, vão conquistar novos projetos. É sempre importante lembrar que para todo o trabalho, existe recompensa. 

Sagitário (22/11 a 21/12)

Se prepare para um ano cheio de novidades. Porém, a iniciativa tem que surgir. Se você está incomodado com sua vida ou com alguma questão específica, não pode ficar esperando a mudança vir como um milagre. Você mesmo deve correr atrás disso. Outro ponto a ser observado são os assuntos familiares. Pode ser que alguns problemas venham a acontecer, mas flexibilidade e diálogo serão as soluções.

Capricórnio (22/12 a 20/01)

Os capricornianos são conhecidos pela praticidade e por acima de tudo, valorizar seu trabalho. A correria diária é o que traz alegria. Com Júpiter posicionado em Peixes, chegou a hora de experimentar algo novo e diferente. Pode ser uma energia que gere desconforto. A previsão astrológica para 2022 diz que esse desconforto será necessário para pontos determinantes da nova personalidade que a capricorniana está construindo. Você está se tornando uma pessoa mais forte e mais criativa, principalmente na sua vida profissional. Para novos projetos, será necessário abrir mão de alguns programas e até pessoas.

Aquário (21/01 a 18/02)

A previsão astrológica para 2022 diz que o principal desafio de Aquário será desconstruir aquilo que eles mesmos construíram. Novas situações vão surgir em seu caminho para testar seus próprios pensamentos. Se você quer mesmo caminhar para frente, não adianta ter as mesmas atitudes que te levam para trás.
A influência de Júpiter em Peixes combinada com Mercúrio também diz que sua intuição será mais aflorada. Isso deve também ser levado em conta em seu processo de autoconhecimento.

Peixes (19/02 a 20/03)

Os acontecimentos no ano serão muito influenciados por Júpiter e Mercúrio. Enquanto Mercúrio ajudará nas questões intelectuais, Júpiter entra em cena posicionado em Peixes para melhorar a sensibilidade. Isso significa que a união desses planetas farão com que o equilíbrio seja encontrado. A previsão astrológica para 2022 diz que o ano será com muita atividade em grupo. A dica é aprender a impor limites e lidar com eles.


Correio Braziliense terça, 28 de dezembro de 2021

COPA DO BRASIL 2022: CBF DIVULGA DATAS E TABELA BÁSICA

CBF divulga datas e tabela básica da Copa do Brasil de 2022

A competição nacional terá oito fases no total, com início no fim de fevereiro e finais marcadas para outubro.

AE
Agência Estado
postado em 27/12/2021 10:07 / atualizado em 27/12/2021 10:44
 
 (crédito: Thais Magalhães/CBF)
(crédito: Thais Magalhães/CBF)

A CBF divulgou as datas e a tabela básica da Copa do Brasil da temporada 2022. A competição nacional terá oito fases no total, com início no fim de fevereiro e finais marcadas para outubro.

As duas primeiras fases vão seguir o mesmo formato, com jogos únicos. A primeira terá 80 clubes, dos quais 40 estarão na etapa seguinte. Os jogos de ida e volta vão começar na terceira fase, no mês de abril, nos dias 20 e 21.

Entre a 4ª e a 6ª fases, os confrontos serão definidos por sorteio. Na prática, todos os clubes poderão se enfrentar. A quarta etapa da competição será realizada em 11 e 12 de maio. A quinta, equivalente às oitavas de final, terá jogos entre junho e julho: 22/06, 23/06, 13/07 e 14/07.

As quartas de final começam em julho e terminam no mês seguinte (27/07, 28/07 e 17/08 e 18/08), enquanto as semifinais serão disputadas nos dias 24/08 e 14/09. Quase um mês depois, os finalistas vão decidir o título da Copa do Brasil em 12/10 e 19/10. Desta forma, a competição será finalizada um mês antes do início da Copa do Mundo, do Catar, cuja abertura está marcada para 21 de novembro.


Correio Braziliense segunda, 27 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: SIMPATIAS PARA O ANO NOVO - SAIBA AS COMIDAS QUE TRAZEM MUITA SORTE NA VIRADA

Simpatias para o ano novo: saiba as comidas que trazem muita sorte na virada

Todo mundo já sabe as cores de roupas para atrair determinados desejos na virada, mas não se engane: além do vestuário, a ceia também está carregada de energia para 2022

RN
Ronayre Nunes
postado em 27/12/2021 06:00
 
Lentilha é um dos alimentos que trazem sorte na virada -  (crédito:  Muito bom/CB/Reprodução/D.A Pr)
Lentilha é um dos alimentos que trazem sorte na virada - (crédito: Muito bom/CB/Reprodução/D.A Pr)

Depois de um 2021 bem difícil, o 2022 chega com muitas expectativas de um ano melhor. E agora que já ficou (bem) claro que nenhuma sorte deve ser desperdiçada, tem gente apostando tudo para atrair um próximo ano cheio de energias positivas.

“O segredo está na escolha dos ingredientes e também na preparação. É importante estar com o pensamento positivo, almejando boas energias e transmitindo vibrações poderosas” aconselha Juliana.

Agora é só passar no supermercado e aproveitar o apetite:

Lentilha

Entre as comidas que trazem sorte para o ano novo, uma das mais famosas é a lentilha. Ela é sem dúvida, um dos alimentos para o ano novo mais populares na ceia. Presente em quase todas as mesas das famílias brasileiras, este grão se assemelha a moedas e, por isso, é o símbolo mais popular de fartura e riqueza.

Romã

Não pode faltar a romã entre as comidas que trazem sorte para o ano novo. Ela simboliza fertilidade e prosperidade, além de florescimento, crescimento e abundância. frutas para ceia de ano novo. Vale lembrar que a simpatia com romã no ano novo também está fortemente associada ao Dia de Reis (comemorado no dia 6 de janeiro), pois a data marca o início de um novo tempo no ano que se iniciou. Pela tradição você deve guardar três sementes secas de romã. Mas não se esqueça: elas devem ser levadas na carteira durante todo o ano.

Uva

A uva é uma das mais importantes frutas para ceia de ano novo. Comer uva no réveillon carrega grande simbolismo. Acredita-se que esse alimento pode trazer prosperidade e paz, por isso não pode faltar na ceia. O costume das uvas como comidas que trazem sorte para o ano novo tem origem na Espanha. Lá as pessoas comem 12 uvas à meia-noite e guardam os caroços na carteira durante todo o ano.

Carne de porco

Entre as comidas que trazem sorte para o ano novo, a carne suína também está presente em muitas ceias. Peças como o pernil costumam ser o ingrediente principal da mesa. Isto se tornou comum pois o porco simboliza progresso. Além disso, a figura do animal inteiro colocado sobre a mesa — os famosos leitões — traz a energia da abundância. Por isso, o porco é um dos alimentos para o ano novo que não podem faltar na sua lista.

Peixe

Se você gosta de carne, outra ideia de comida que traz sorte para o ano novo é o peixe. Ele também representa o progresso que se deseja alcançar no ano que está começando. Além disso, ele também é um dos principais símbolos relacionados com a história de Jesus Cristo. Dessa forma, ele também representa prosperidade e fartura.

Maçã

A maçã simboliza o sucesso, principalmente no amor. Por isso, é utilizada para alcançar um ano de conquistas positivas e felicidade. Para alcançar os benefícios dessa fruta durante a ceia de ano novo, basta dar uma mordida à meia-noite em uma maçã bem vermelha.

Frutas Secas

Pêssego, figo, amêndoas, nozes, avelã e tâmara costumam ser frutas bem tradicionais no Natal. Por simbolizarem sorte e fartura, essas frutas também passaram a fazer parte da ceia de ano novo, seja em forma cristalizada ou seca.


Correio Braziliense domingo, 26 de dezembro de 2021

NATAL 2021: FRUTAS DA ÉPOCA DECORAM CEIA E SÃO RICAS EM NUTRIENTES

Frutas da época decoram a ceia e são ricas em nutrientes

Além de lindas e versáteis, as espécies tradicionalmente usadas nas ceias de fim de ano são ricas em nutrientes

CM
Carolina Marcusse*
postado em 26/12/2021 08:00
 

A época de festas é um período em que muitas famílias preparam banquetes para receber pessoas próximas. Neles, estão incluídas frutas, seja em cestas próprias para decorar a mesa, seja nas receitas típicas. Porém, mais que parte da decoração ou dos preparos, essas frutas típicas de dezembro têm uma série de nutrientes e tendem a ser mais acessíveis.

Carla destaca que, durante as festas de fim de ano, as mais consumidas são ameixa nacional, maçã, manga, lichia, pêssego, uva fresca, uva-passa, damasco, figo, cereja, framboesa, melancia e romã. Algumas pessoas costumam comprar e consumir por superstições e simpatias, a exemplo da romã, que representa prosperidade. Diz a lenda que quem a ingerir na hora da virada e guardar suas sementes na carteira atrairá dinheiro o ano todo.


As frutas vermelhas, além do simbolismo, são ricas em uma série de nutrientes, como vitaminas A, E, C e até K, no caso da amora. Além disso, têm, naturalmente, propriedades antioxidantes, importantes no caso dos exageros comuns da época. E, como toda fruta, são ricas em fibras, que ajudam no bom funcionamento do sistema digestivo como um todo, auxiliando tanto quem tem problemas de constipação quanto quem não tem. Para comprá-las mais em conta, uma opção são os sacos com as frutas congeladas, que apresentam preços abaixo dos das vendidas na prateleira e são práticas para conservar e usar em receitas.

Andréia Arantes, 42, consome as frutas com frequência e gosta muito, principalmente por aumentar a saciedade e pela quantidade de fibra presente no alimento. Por isso, conta que costuma aproveitar preços mais em conta devido ao período da safra para comprar mais unidades. Ela as usa no preparo de batidas e sucos ou no de caldas de frutas vermelhas para usar em sobremesas. Também são excelentes itens decorativos. "Amo receber pessoas com uma bela cesta e comidas deliciosas. E as frutas desta estação deixam a mesa linda, além de serem supergostosas."

Desidratadas

 

Crédito: Twitter/reprodução. frutas secas.  É preciso não exagerar nas frutas desidratas, pois há uma maior concentração de açúcar
Crédito: Twitter/reprodução. frutas secas. É preciso não exagerar nas frutas desidratas, pois há uma maior concentração de açúcar(foto: Twitter/CB/Reprodução/D.A Press)

 

As frutas secas são muito comuns no período e estão cada vez mais presentes em lojas naturais. Atualmente, há uma enorme variedade de frutas secas. O processo de desidratação se estende até mesmo para alguns legumes, como batatas. As mais comuns da época são as polêmicas uvas-passas, que são adicionadas no arroz, no salpicão, na farofa e nos pratos principais. Contudo, outras também são comuns, principalmente adicionadas a misturas de nozes e castanhas, como damasco, goji berry e banana.

Um alerta importante quando se trata desses alimentos está relacionado à moderação, pois, após desidratadas, todos os nutrientes ficam mais concentrados, assim como a quantidade de açúcar. Por isso, a nutricionista Carla Rios afirma que deve existir um cuidado com esses níveis. Além disso, ela explica que estas têm uma maior tendência à presença de fungos por causa da conservação, principalmente quando comercializadas a granel, em que ficam estocadas por um grande período e mais expostas. A recomendação é de que a compra seja feita em estabelecimentos de confiança e, preferencialmente, que elas estejam em saquinhos fechados.

 


Correio Braziliense sábado, 25 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: VIRADA COM RISOTO NA CHAPADA DOS VEADEIROS

 

Virada com risoto na Chapada dos Veadeiros

 

 

Publicado em Sem categoria

Há dez anos que Alexandre Tirulin promove Réveillon na sua risoteria Santo Cerrado, onde tem uma das mais belas vistas da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. Este ano, o prato ganhou nomes sugestivos inspirados na energia de renovação do Ano-Novo, como Saúde e Sorte de filé de pernil finalizado com abacaxi em cubos caramelizados, queijo parmesão e manteiga, acompanhado de farofa de lentilha e bacon; Sempre para frente feito com espumante inclui morangos, uva, polvo e camarão finalizado no parmesão e manteiga; e Paz e Amor, o risoto vegano preparado com arroz negro, cogumelos paris e shitake, finalizado com crispy de alho-poró. Você pode conferir o cardápio completo no instagram @santocerrado ou informações pelo celular (61) 99974-1150. Os pratos são feitos pelos chefs Kety Louzeiro e Paulinho Lima.

 

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Há dez anos que Alexandre Tirulin promove Réveillon na sua risoteria Santo Cerrado, onde tem uma das mais belas vistas da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. Este ano, o prato ganhou nomes sugestivos inspirados na energia de renovação do Ano-Novo, como Saúde e Sorte de filé de pernil finalizado com abacaxi em cubos caramelizados, queijo parmesão e manteiga, acompanhado de farofa de lentilha e bacon; Sempre para frente feito com espumante inclui morangos, uva, polvo e camarão finalizado no parmesão e manteiga; e Paz e Amor, o risoto vegano preparado com arroz negro, cogumelos paris e shitake, finalizado com crispy de alho-poró. Você pode conferir o cardápio completo no instagram @santocerrado ou informações pelo celular (61) 99974-1150. Os pratos são feitos pelos chefs Kety Louzeiro e Paulinho Lima.

 

Publicado em Sem categoria
 

Há dez anos que Alexandre Tirulin promove Réveillon na sua risoteria Santo Cerrado, onde tem uma das mais belas vistas da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. Este ano, o prato ganhou nomes sugestivos inspirados na energia de renovação do Ano-Novo, como Saúde e Sorte de filé de pernil finalizado com abacaxi em cubos caramelizados, queijo parmesão e manteiga, acompanhado de farofa de lentilha e bacon; Sempre para frente feito com espumante inclui morangos, uva, polvo e camarão finalizado no parmesão e manteiga; e Paz e Amor, o risoto vegano preparado com arroz negro, cogumelos paris e shitake, finalizado com crispy de alho-poró. Você pode conferir o cardápio completo no instagram @santocerrado ou informações pelo celular (61) 99974-1150. Os pratos são feitos pelos chefs Kety Louzeiro e Paulinho Lima.


Correio Braziliense sexta, 24 de dezembro de 2021

NATAL 2021: LEMBRANÇAS ESPECIAIS NESTA VÉSPERA DE NATAL

Lembranças especiais nesta véspera de Natal

Ler é tudo de bom. Hoje, se estiver em dúvida qual presente dar para uma criança, lembre-se que um livro é sempre uma boa opção

RF
Roberto Fonseca
postado em 24/12/2021 06:00 / atualizado em 24/12/2021 08:51
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Ela foi uma das primeiras autoras com quem tive contato no mundo das letras. Premiada, com mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 17 países, a escritora tem como marca a leveza nos textos infantis, com uma musicalidade incomum, e o estilo desafiador nas obras voltadas para o público adulto. Falo da carioca Ana Maria Machado, que completa 80 anos nesta véspera de Natal.

Tenho recordação especial por dois livros de Ana Maria Machado. O primeiro é Bisa Bia, Bisa Bel. Uma história que rememora o passado e imagina um futuro melhor de uma garotinha ao criar um relacionamento imaginário com a bisavó e, a seguir, com sua futura bisneta. Lembro-me do livro com carinho porque quando li era muito apegado ao meu avô, Pedro, responsável pela minha paixão pelo futebol e pelo Vasco da Gama. Sinto enormes saudades daqueles fins de tardes, quando chegava da escola e ficávamos ouvindo, pelas ondas do rádio, notícias do futebol carioca. Café e pão torrado eram obrigatórios naquela resenha diária. Vovô nos deixou em 1995 — e a nostalgia volta com tudo no Natal.

Outro livro especial é Bento que bento é o frade. A obra foi escrita no ano que nasci, em 1977. O título faz referência ao nome de uma brincadeira que, em alguns lugares do Brasil, é chamada de boca do forno. Brincando, a protagonista — que não gostava de ser mandada e acreditava que podia fazer tudo o quisesse — aprende sobre a importância do convívio em sociedade, sempre em busca do dialógo e do amadurecimento de ideias. Em tempos de tão grande polarização política, como a que vivemos hoje no Brasil, é uma leitura mais que atual. Ouvir um argumento contrário é sempre válido. Só nos faz bem como pessoa.

Ler é tudo de bom. Hoje, se estiver em dúvida qual presente dar para uma criança, lembre-se que um livro é sempre uma boa opção. Ela pode ficar de cara virada, na expectativa de um brinquedo, mas saberá depois agradecer.


Correio Braziliense quinta, 23 de dezembro de 2021

VOLEIBOL: BRASÍLIA RECEBERÁ FINAIS DA SUPERLIGA FEMININA

Brasília receberá as finais da Superliga Feminina de Vôlei

Com equipes nas categorias masculina e feminina, a capital federal será palco para as decisões do vôlei entre as mulheres, previstas para 22 e 29 de abril

VP
VICTOR PARRINI*
postado em 22/12/2021 20:19
 
 (crédito: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
(crédito: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Brasília se planeja para receber mais um grande evento esportivo de relevância nacional. Em 2022, a capital do país será palco para as finais da Superliga Feminina de Vôlei. A informação foi publicada pelo portal Esportes Brasília e confirmada pelo Correio.

“As finais acontecerão em Brasília. Eu articulei com a Confederação e ela apresentará, em janeiro, o plano de trabalho à SEL”, afirmou.
A Superliga Feminina de Vôlei ainda está na fase classificatória, com encerramento previsto para 11 de março de 2022. As quartas de finais estão agendadas para os dias 18, 25 e 29 março. As semifinais ocorrem em 1º, 8 e 15 de abril. A grande decisão deve acontecer em 22 e 29 de abril. Em caso de jogo desempate, a briga pelo título será em 6 de maio.

Apesar da confirmação de que a decisão será em Brasília, o palco das disputas derradeiras ainda não foi definido. A tendência é que o Ginásio Nilson Nelson abra as portas para os confrontos finais.


Correio Braziliense quarta, 22 de dezembro de 2021

NATAL: SAIBA COMO VAI FUNCIONAR O COMÉRCIO NO DF NESTE FIM DE ANO

 

Saiba como vai funcionar o comércio no DF neste fim de ano

Na véspera de Natal as lojas ficam abertas até às 19h. No dia 31/12 comércio fica aberto até às 15h

RN
Renata Nagashima
postado em 22/12/2021 08:49
 
 (crédito: ItaúPower/Divulgação)
(crédito: ItaúPower/Divulgação)

Faltando alguns dias para o Natal, os comércios de entrequadras e shoppings do Distrito Federal vão funcionar com horário especial para atender a demanda dos brasilienses nessas últimas duas semanas de 2021.

No entanto, no dia 24/12, véspera de Natal, o comércio de entrequadras e de shoppings do da capital funcionará somente até às 19h. Os horários foram confirmados pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista).

 Na semana que antecede o Ano Novo, o esquema deve se repetir, mas as lojas vão fechar mais cedo, às 15h e não abrirão no dia 1º de janeiro.

De acordo com o Sindivarejista, cabe ao sindicato do comércio e ao Sindicato dos Empregados no Comércio o estabelecimento de regras para o funcionamento do comércio nos fins de semana e feriados, o que é feito todos anos através de uma Convenção Coletiva de Trabalho firmada entre as duas entidades.


Correio Braziliense terça, 21 de dezembro de 2021

TELEVISÃO: ESPECIAL DA GLOBO COMEMORA OS 70 ANOS DA NOVELA BRASILEIRA
SUSANA VIEIRA E CAROLINA DIECKMANN

Especial da Globo comemora os 70 anos da novela brasileira

Publicado em Programas

70 anos esta noite promete emocionar os noveleiros com a presença de nomes como Betty Faria, Susana Vieira, Tony Ramos e Lima Duarte, entre outros

A Globo presta uma homenagem a uma verdadeira paixão nacional nesta terça-feira (21/12). O especial 70 anos esta noite relembra as 7 décadas da telenovela brasileira. Com texto de George Moura e direção de Henrique Sauer, o programa dará voz à novela, personagem vivida por Jéssica Ellen.

Nessa viagem passaremos por momentos marcantes projetados num telão, com direito a reencontros emocionantes. Assim, Susana Vieira e Carolina Dieckmann relembrarão Senhora do destino em que foram mãe e filha; Betty Faria e Francisco Cuoco reviverão o par romântico de Pecado capital; Nívea Maria e Giovanna Antonelli conversam sobre os desafios da mocinha; e Adriana Esteves e Glória Pires sobre os das vilãs.

Além disso, Tony Ramos e Antonio Fagundes receberão uma homenagem especial. E Lima Duarte e Fernanda Montenegro terão papel de destaque. Não poderia ser diferente.

Tony Ramos e Antonio Fagundes

“Vamos contar a história desses 70 anos fazendo um mix de imagens de arquivos e encontros de atores e atrizes, que geraram conversas sobre o que faz a novela tão popular e longeva até os dias de hoje. Vamos ter também, a própria novela, em uma narração em off, contando sua história, em primeira pessoa, através dos ingredientes fundamentais que estão presentes nela”, explica Henrique no material de divulgação.

“A ideia do Especial é propor um mergulho emocional na memória do espectador e na memória de quem fez e faz a novela. São histórias que retratam o Brasil, outros mundos e culturas. Um passaporte para a viagem afetiva e um mergulho vertical nas raízes brasileiras. Por isso ela tem essa trajetória tão longeva e continua com essa força avassaladora”, afirma George Moura.


Correio Braziliense segunda, 20 de dezembro de 2021

NATAL: CHEFS SUGEREM RECEITAS GOSTOSAS E BARATAS PARA A CEIA

 

Chefs sugerem receitas gostosas e sem pesar no bolso para a ceia

Pedimos a chefs da cidade para preparar sugestões para a ceia natalina cheias de sabor e mais em conta. Confira as receitas

CM
Carolina Marcusse*
postado em 19/12/2021 08:00 / atualizado em 19/12/2021 11:06
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

A alta dos preços dos alimentos tem assustado muitos consumidores, que buscam alternativas mais baratas para o dia a dia que, mesmo poupando, não percam em valor nutritivo e em sabor. Neste final de ano, muitas famílias têm tido essa preocupação com os pratos da ceia comemorativa, pois os itens, que já costumam ser caros, estão com valores ainda mais altos.

Com as proteínas vegetais com valores altos, a nutricionista Fernanda Vargas atenta para s possibilidade de colocar mais preparações à base de vegetais em posição de protagonismo. Investir no aproveitamento integral dos alimentos e em vegetais cozidos ou refogados, saladas elaboradas e, principalmente, em leguminosas, como grão-de-bico, soja, lentilha e feijões, trazem variedade, além de auxiliar na redução do valor final do custo da preparação. Esses grupos podem ser incluídos como acompanhamentos ou incorporados em saladas tradicionais, acrescentando proteínas e outros nutrientes importantes ao prato. 

Outro ponto interessante quando a preocupação é manter o prato saboroso, é apostar nos temperos, como alho, cebola, alecrim, pimentas, cúrcuma, noz-moscada e sal, além de colocar alimentos para marinar em molhos no dia anterior para incorporar o gosto e potencializando o sabor. A nutricionista também recomenda uma busca de preços, principalmente em feiras, comprando de pequenos produtores, que, usualmente, têm preços mais acessíveis. E cuidado com ingredientes congelados, pois boa parte de seu peso pode ser formado de água e dar a falsa impressão de que o produto está barato.

Frango assado ao creme de ervas

 

Frango assado ao creme de ervas, do chef  Rodrigo Melo, do Cantucci Osteria, Inforno Burger e Grano &Oliva Pizzeria
Frango assado ao creme de ervas, do chef Rodrigo Melo, do Cantucci Osteria, Inforno Burger e Grano &Oliva Pizzeria(foto: Cantucci Osteria/Divulgação)

 

Receita do Chef Rodrigo Melo, do Cantucci Osteria, Inforno Burger e Grano & Oliva Pizzeria

Ingredientes

1 Frango Inteiro

3 xícaras de creme de leite fresco ou leitelho (leite de manteiga) 

2 dentes de alho, ligeiramente esmagados

1 colher de sopa de pimenta-preta

1 colher de sopa de sal

Modo de preparar

Bata o creme de leite fresco no liquidificador até separar a parte sólida da líquida. Coe e utilize somente o líquido.

Amarre as coxas do frango para que ele fique no formato correto

Aqueça o forno a 200 graus. Retire o frango da marinada e coloque em uma grade para que o excesso possa escorrer. Forre uma assadeira com papel alumínio e coloque o frango na assadeira. Regue com as 2 colheres de sopa de óleo restantes. Asse por 45 minutos e depois reduza o fogo para 125 graus. Continue assando até dourar bem e até que o suco escorra claro quando o frango for perfurado onde a perna se junta à coxa, depois de cerca de mais 20 minutos.

Coloque o frango em uma tábua e deixe descansar por 10 minutos antes de cortá-lo em pedaços para servir.

Especial Natalino de Frango

 

Frango assado ao creme de ervas, do chef Dudu Camargo
Frango assado ao creme de ervas, do chef Dudu Camargo(foto: Dudu Camargo/Divulgação)

 

Receita do chef Dudu Camargo, do Dudu Bar

Ingredientes

1kg de coxa e sobrecoxa

1 unidade cenoura

1 talo de salsão

1 unidade de cebola

100ml de vinho branco

Azeite, sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparar

Tempere a coxa e a sobrecoxa com todos os ingredientes cortados de forma rústica.

Adicione o vinho branco e tempere com sal e pimenta-do-reino, deixe marinar de um dia para o outro.

Coloque na assadeira coberto por papel alumínio, em forno a 200 graus, por uma hora. Depois, retire o papel alumínio, aumente o fogo e deixe dourar.

Molho Branco

Ingredientes

25g de farinha de trigo

1 cebola média

1 litro de leite quente

50g de manteiga

Modo de fazer

 

Coloque a cebola para dourar na manteiga, acrescente a farinha de trigo e vá adicionando o leite aos poucos até ficar cremoso. Acrescente noz moscada, sal e mostarda a gosto.

Arroz

Ingredientes

1 colher de sobremesa de manteiga

1 cebola inteira grande

200g de ervilha fresca

1kg de arroz cozido

Salsinha e cebolinha a gosto

6 ovos

Modo de fazer

Abra os ovos, rasgue na frigideira, acrescente a ervilha fresca, o arroz cozido, a salsinha e a cebolinha

Prove e corrija o sal, se preciso

Finalize com batata palha

Farofa

Ingredientes

1 colher de sopa de manteiga

1 cebola inteira grande com corte Juliana

1 colher de sopa de azeite

300g de farinha de mandioca

Salsinha, cebolinha e sal a gosto

Modo de fazer

Coloque a manteiga para dourar, acrescente a cebola Juliana, a uva-passa, a farinha, a salsinha e a cebolinha. Corrija o sal, se preciso, e regue com azeite.

Arroz divino Jesus

 

Arroz divino Jesus, do chef Divino Barbosa, do Santé 13
Arroz divino Jesus, do chef Divino Barbosa, do Santé 13(foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

 

Receita do chef Divino Barbosa, do Santé 13 

Ingredientes

3kg de arroz branco

1,5kg de filé de peixe branco (tilápia, pescada, badejo, robalo ou pirarucu)

150g de azeitona preta

150g de cenoura

150g de lentilha

150g de pimentão vermelho

150g de pimentão amarelo

150g de uvas-passas pretas

200g de parmesão

40g de alho limpo processado

Salsinha, cebolinha e sal a gosto

Modo de preparar

Prepare o arroz como de costume, deixando bem soltinho e não muito cozido.

Limpe o filé de peixe de sua preferência, retirando toda espinha. Tempere apenas com sal, coloque em uma forma, leve ao forno a 180 graus e deixe assar de um jeito que fique com as postas bem firme. Retire do forno, espere esfriar e, depois, desconstrua em pedaços médios.

Pegue outra panela um pouco maior do que a que foi usada no arroz, coloque no fogo e adicione óleo. Em seguida, doure o alho, coloque a cebola roxa e mexa bem até que ela doure. Coloque os legumes e refogue, desligue o fogo, coloque o arroz e misture tudo, inclusive a cebolinha e a salsinha.

*Essa receita serve tranquilamente 20 convidados

* Sugestão para acompanhamento: salada mix de folhas com frutas e ovos cozidos ao molho de mostarda, limão azeite e mel.

Torta dois amores com morango

 

Torta dois amores com morango, da confeiteira Isabela Vitorino
Torta dois amores com morango, da confeiteira Isabela Vitorino(foto: Isabela Vitorino/Divulgação)

 

Receita da confeiteira Isabela Vitorino

Ingredientes

Base de biscoito

300g de oreo sem o recheio

15g de água

Recheio

395g de leite condensado

Cobertura

100g de chocolate

60g de creme de leite

Decoração

2 caixinhas de morangos

Modo de preparar

Base de biscoito

Coloque essa massinha em uma forma de fundo removível e preencha todo o fundo e laterais da forma.

Leve para gelar por 2 horas antes de colocar os recheios.

Recheio

Coloque todos os ingredientes em uma panela de fundo grosso, leve ao fogo para cozinhar e engrossar, mexendo com uma espátula. Quando o recheio estiver desgrudando do fundo da panela, desligue e leve para gelar.

Cobertura

Leve o chocolate para derreter em banho-maria ou no micro-ondas.

Após derretido, é só adicionar o creme de leite e misturar para ficar homogêneo.

Reserve em temperatura ambiente.

Montagem

Desenforme a torta, coloque o recheio previamente gelado ou em temperatura ambiente e, depois, a cobertura de chocolate.

Decore com morangos frescos.


Correio Braziliense domingo, 19 de dezembro de 2021

NATAL: O CLIMA DE NATAL INVADE A TELEVISÃO COM ESPECIAIS NA TV ABERTA

 

O clima de Natal invade a televisão com especiais na TV aberta

 

Especiais de fim de ano vão desde o tradicional show de Roberto Carlos a programas do MasterChef com famosos, passando por uma homenagem aos 70 anos da novela no país
 
 

Os especiais de fim de ano são uma tradição da televisão brasileira. Sem inovar muito, as emissoras de televisão aberta apostam em shows musicais, em episódios de reality shows que fazem sucesso durante o ano e em repetecos inevitáveis como Família Record e Roberto Carlos especial. De qualquer forma, é como o Natal: você adora mesmo sabendo o que vai comer e as piadas que vai ouvir.

Os “presentes” para o público começam a ser abertos neste domingo (19/12) mesmo, com o especial Juntos a magia acontece 2, na Globo, após Temperatura máxima. O primeiro Juntos a magia acontece, em 2019, emocionou ao trazer o Natal de uma família negra, com direito a Milton Gonçalves de Papai Noel. Este ano, estamos novamente acompanhados da família Santos. O arco da ação é a busca de Caio (Pedro Guilherme), vizinho do clã e amigo de Letícia (Gabriely Mota), pelo pai. O menino foi criado apenas pela mãe Solange (Jessica Ellen). Tio de Letícia, André (Fabrício Boliveira), vai ajudar na busca. Heloisa Jorge e Luciano Quirino completam o elenco.

“O público poderá renovar esperanças com trajetórias repletas de descobertas. Acreditar nos laços que regem os encontros afetivos, ver os personagens se entregarem à intuição, correndo atrás de seus desejos, impulsionando-os através de sua persistência e de seu empenho em realizá-los”, afirma a diretora Patrícia Pedrosa em material de divulgação do especial.

Segunda e terça-feira, sempre às 22h45, a Record entra na brincadeira mais tradicional do Natal: o amigo oculto. Já tradicional, o Família Record reúne apresentadores, atores e jornalistas da casa para uma troca de presentes. A cantora Paula Fernandes ficará a cargo da música e Carolina Ferraz e Igor Rickli serão os apresentadores. Participam da brincadeira os apresentadores Adriane Galisteu, Ana Hickmann, César Filho, Felipe Bronze, Renata Alves, Rodrigo Faro, Sabrina Sato, Ticiane Pinheiro, Christina Lemos, Luiz Bacci, Roberto Cabrini e Sérgio Aguiar e os atores Adriana Garambone, Carlo Porto, Juliano Laham e Ângelo Paes Leme. Será que algum desafeto vai ter que presentear o coleguinha?

A emoção vai tomar conta da tela da Globo após Um lugar ao sol. O especial 70 anos esta noite vai celebrar o setentenário da novela brasileira. A ideia é relembrar momentos marcantes por meio de depoimentos e de reencontros, como o de Fernanda Vasconcellos e Lilia Cabral, mãe e filha em Páginas da vida (2007); Francisco Cuoco e Betty Faria, inesquecíveis em Pecado capital (1975); e os atores Tony Ramos e Antonio Fagundes. Nomes como Susana Vieira, Glória Pires, Nívea Maria, Rodrigo Lombardi e Lima Duarte também estão na homenagem. O especial será narrado em primeira pessoa pela própria novela, para quem Jessica Ellen empresta a voz. Na internet a pergunta que não quer calar é como (e se) a Globo vai contar a história da telenovela sem passar por Regina Duarte.

Um pé na cozinha

Um dos destaques da programação deste ano, o MasterChef deu a volta por cima depois de duas temporadas ruins. Para comemorar, nada melhor do que cozinhar. Terça-feira, às 22h, o programa desafia duplas de famosos em diferentes provas. Adriana Birolli e Toni Garrido enfrentam Negra Li e Felipe Titto para ver quem faz o melhor hambúrguer e Bia e Branca Feres tentam fazer uma receita natalina melhor do que a de Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. No dia 28, a fórmula se repete com as provas de prato comemorativo com carne (Dudu Nobre e Cafu x Paula Fernandes e Gustavo Mioto) e pizza (Duda e Leda Nagle x Ronnie e Leo Von)

Ano passado, a pandemia de covid-19 nos privou de um dos mais tradicionais especiais de fim de ano. Mas este ano, Roberto Carlos está de volta, no show intitulado Reencontro, quarta-feira, após Um lugar ao sol. No palco, Roberto terá a companhia da banda regida pelo maestro Eduardo Lages. A lista de convidados é extensa: Jota Quest, Erasmo Carlos, Wanderléia, Fafá de Belém, Liah Soares, Zezé di Camargo & Luciano, Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo, Sandy e Lucas Lima e o coral Resgate para a vida. O repertório é o que a gente conhece e adora: EmoçõesAlém do horizonte e É preciso saber viver certamente serão cantadas.

No mesmo dia, Adriane Galisteu comanda, na Record, às 22h45, uma edição festiva do reality show Power couple. Cinco casais terão que cumprir a prova do homem, a prova da mulher e a prova do casal para tentar levar para casa o prêmio de R$ 30 mil. Participam da brincadeira: Renata Alves e Diego Gonzaga​, Maurício Mattar e Shay Dufau, Naldo Beny e Ellen Cardoso, Regis e Kelly Danese e MC Coringa e Manoela Alcântara.

Dia 24, às 22h45, quase Natal e a Band exibe o show Natal luz. Gravado no Lago Joaquina Rita Bier, em Gramado (RS), o especial comandado por Daniel Boaventura terá apresentação musical de Felipe Araújo, Luiza Possi e Bryan Behr. Além disso, veremos um trecho do espetáculo Natalis – A criação, que junta Natal e circo.

Na semana que vem, a Record relembra os maiores casos policiais do ano em Cidade alerta – Grandes casos. A fuga de Lázaro Barbosa nos arredores de Brasília, a morte de MC Kevin e a prisão de Jennifer, mãe da bebê Isis Helena, são alguns deles. A apresentação é de Luiz Bacci.

Já no dia 30, às 22h45, a Record une o romantismo do cantor Leonardo e o molejo do grupo de samba Raça Negra. Sob a apresentação de Sabrina Sato, o especial trará canções como Talismã, Pense em mim, Cheia de manias e Quando te encontrei.


Correio Braziliense sábado, 18 de dezembro de 2021

TRADICIONAIS ZEBRINHAS VOLTAM A CIRCULAR EM QUATRO BAIRROS DO DF

Tradicionais zebrinhas voltam a circular em quatro bairros do DF

A partir desta sexta-feira (17/12), 12 miniônibus com as cores tradicionais passam nas asas Sul e Norte, no Cruzeiro e no Sudoeste. Até fevereiro, quantidade de linhas deve subir de três, em operação atualmente, para 12

CB
Correio Braziliense
postado em 17/12/2021 15:09 / atualizado em 17/12/2021 17:44
 
 (crédito: Edílson Rodrigues/CB/D.A Press)
(crédito: Edílson Rodrigues/CB/D.A Press)

Três linhas de ônibus com as cores tradicionais dos famosos “zebrinhas” voltaram a circular, na manhã desta sexta-feira (17/12), em quatro bairros de Brasília. Os micro-ônibus que circulam nas linhas do Serviço de Transporte Vizinhança com listras brancas e vermelhas estão operando, inicialmente, nas linhas 0.031, 0.032 e 0.006.

As cores do zebrinha foram aprovadas em outubro pelo Conselho do Transporte Público Coletivo do DF, por meio de uma resolução. De acordo com o visual aprovado, os veículos têm uma faixa branca até a altura dos faróis, e na parte superior predomina a cor vermelha com algumas listras brancas.

A previsão é de que, até fevereiro de 2022, todos os ônibus que atendem as 12 linhas do Transporte Vizinhança (0.006, 0.007, 0.011, 0.016, 0.022, 0.023, 0.024, 0.025, 0.030, 0.031, 0.032 e 0.035) passem a operar com as novas cores – atualmente, esses veículos são verdes ou amarelos.

 
 

 

Ônibus conhecido como zebrinha voltará a circular no DF
Ônibus conhecido como zebrinha voltará a circular no DF(foto: Secretaria de Transporte e Mobilidade)

 

Percursos

Ao todo, 46 veículos circulam na área central do DF como parte do Serviço de Transporte Vizinhança. As linhas passam pela Asa Sul, Asa Norte, Esplanada dos Ministérios, Cruzeiro, Octogonal, Sudoeste e os setores de Autarquias, Bancário e Comercial, além de duas linhas que vão até o Aeroporto.

Itinerários

0.006 – Cruzeiro / Sudoeste / W3 Sul / Octogonal
0.031 – Circular – W3 Sul – Norte / L2 Norte – Sul (Esplanada)
0.006 – Circular / Terminal Asa Sul / L2 Sul-Norte (Esplanada) / W3 Norte-Sul

Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade


Correio Braziliense sexta, 17 de dezembro de 2021

NATAL SOLIDÁRIO: AÇÃO PARA COLETA DE BRINQUEDOS SERÁ REALIZADA PELO SLU

 

Natal Solidário: ação para coleta de brinquedos será realizada pelo SLU

Caminhões com iluminação natalina percorrerão o DF para receber as doações, nesta sexta-feira (17/12), às 19h. A iniciativa é do Serviço de Limpeza Urbana e ocorrerá até o dia 28 de dezembro

RM
Rafaela Martins
postado em 16/12/2021 22:41
 
 (crédito: Divulgação/SLU)
(crédito: Divulgação/SLU)

Com objetivo de arrecadar brinquedos para crianças que vivem em situação de vulnerabilidade, o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) promoverá uma ação chamada “Natal Solidário” na sexta-feira (17/12), a partir das 19h, em frente à fonte que fica localizada na Torre de TV.

De acordo com o diretor-presidente do SLU, Sílvio Vieira, o objetivo é mostrar que os veículos também coletam amor e carinho. “A ideia é chamar a atenção para a campanha com os nossos caminhões enfeitados e mostrar que os nossos garis também coletam amor, carinho e alegria. Os brinquedos vão deixar o fim de ano de muitas crianças mais feliz”, disse.

Um cronograma do percurso dos caminhões será disponibilizado no site do SLU para que a população se prepare e entregue os brinquedos. A campanha vai até terça-feira (28/12).

Para a superintendente regional da Sustentare Saneamento, Rejane Costa, este tipo de ação reforça o espírito natalino. “Poder levar alegria para as crianças e uma mensagem de fé, amor e esperança para as pessoas por meio da música ou da beleza dos caminhões iluminados, deixa toda a nossa equipe motivada”, contou.


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