Moreno, o telefone tocou hoje, mas não era uma boa notícia. Não era você do outro lado a pedir para subir uma nota aqui.
Entre vários puxões de orelhas, incentivos e elogios, eis que um dia você nos envia essa mensagem que, agora, compartilhamos com todos que puderam acompanhar sua vida profissional, compartilhar e usufruir de sua amizade!
Então tá, seu Jorge! Aqui o senhor é quem sempre manda ...
“Trabalhar comigo é, acima de tudo, cumprir a obrigação de opinar, criticar e sugerir conteúdos, metodologia de trabalho e questionar tratamentos profissional e pessoal.
É liberdade total. Para aprender e, principalmente, ensinar.
Um dia, quem sabe, se O Senhor Deus Pai De Todos Nós Quiser, poderei ficar positivamente conhecido, ainda que pós-morte. E este e-mail será prova honrosa de que vcs trabalharam comigo. Se não acontecer, deletem-no, para que o ridículo desta observação não se perpetue.
Cordialmente, Moreno”
E-mail enviado aos colaboradores:
Hélio Chaves
Ivan Luiz
Ubiratan Oliveira
Verônica Raner
O intervalo da sessão de ontem do TSE, convocado para acalmar os ânimos, acabou por acirrá-los ainda mais. Na sala de togas, uma espécie de sacrista do tribunal, o presidente Gilmar Mendes partiu literalmente para cima do subprocurador Nicolao Dino, por ter este arguído o impedimento do juiz Admar Gonzaga, ex-advogado de Dilma.
Aos gritos e de dedo em riste, na presença de outros juízes, Gilmar dirigiu-se a Dino:
-- Você deveria ter mais escrúpulos. Seu irmão ( o governador do Maranhão, Flávio Dino ), a quem eu respeito muito, está sendo vítima desse conluio do Ministério Público com delatores, acusado injustamente de ter facilitado projetos de interesses de empreiteira, o que não é verdade. E você vem com essa palhaçada de querer atacar um juiz desta Corte. O processo está aí há bastante tempo e você vem arguir logo agora na hora da votação? É precíso ter um mínimo de hombridade.
Perplexo, Nicolao Dino tentou se defender, mas, diante da exaltação de Gilmar, optou pelo silêncio.
Por Isabella Ribeiro
O estilo patriota de Hillary Clinton durante uma passeata realizada em memória dos veteranos do povoado de Chappaqua, Nova Jersey, acabou chamando a atenção nas redes sociais.
Os sapatos personalizados com as características da bandeira americana viraram sensação entre o público feminino, no Twitter.
"Onde você conseguiu esses sapatos?", perguntou uma seguidora.
"Alguém sabe onde a Hillary conseguiu esses sapatos? Estou perguntando para minha mãe, porque ela achou eles adoráveis", disse outra.
Por Isabella Ribeiro
Convidado para uma entrevista ao vivo com o prefeito de São Paulo, João Dória, nas redes sociais, o apresentador e político Ratinho, chamou a atenção nos bastidores após chamar o estúdio improvisado do amigo de “pé de macaco”.
“O estúdio é um pouco pé de macaco. Não é muito daqueles sofisticados não, mas é bem feitinho, bem organizado”, disse Ratinho nos bastidores do quadro intitulado “Olho no Olho”.
A irreverência e franqueza, que são marcas registradas do apresentador, fez com que os seguidores comentassem a forma escrachada com que ele tratou de anunciar sua participação e as medidas para solucionar o problema da Cracolândia.
Durante o quadro, internautas dividiram comentários sobre a aparência do apresentador e o fato dele ter chamado os usuários de drogas de “craquentos”.
“Craquento... Só você mesmo”, riu uma seguidora.
“Está a cara do senhor Batata”, brincou outro em referência a um personagem do filme Toy Story...
Cantinho do Moreno, quinta-feira, 25/05*
Edson Fachin, vacinando-se, talvez, contra as maldades de senadores governistas que estão espalhando que, como candidato a uma vaga no STF, em 2015, ele circulou pelo Senado na companhia o delator Ricardo Saud, não tem negado a quem lhe pergunta que, de fato, obteve "ajuda do pessoal da JBS" para pedir votos a parlamentares. E acrescenta que, na época, não imaginava que as relações do grupo com o Congresso fossem promíscuas. Se soubesse, não teria aceitado a ajuda.
*nota publicada na edição impressa de O GLOBO, na coluna "Poder em jogo" da colunista Lydia Medeiros, em 25/05
Cantinho do Moreno, sexta-feira, 19/05*
Hoje não trago notícia. Trago meu desalento. Fiz várias coberturas de porta no edifício 2016 da Avenida Atlântica, onde moravam três ilustres mineiros: Tancredo Neves, Magalhães Pinto e Walter Moreira Salles. Jamais imaginei que um dia viria o apartamento de Tancredo Neves arrombado pela polícia, em busca de provas contra atos de corrupção de seus netos. Aécio e Andrea desonraram a memória do avô. Traíram um homem que escondeu a doença para servir à pátria e morreu por isso.
*nota publicada na edição impressa de O GLOBO, na coluna "Poder em jogo" da colunista Lydia Medeiros, em 19/05
Cantinho do Moreno, quarta-feira, 17/05*
O alvo inicial de Janot não era Gilmar Mendes, atingido pelo procurador com o pedido de impedimento no caso Eike Batista porque sua mulher advoga no escritório que atende o empresário. Estavam e continuam na mira do procurador outros integrantes de tribunais superiores, alguns deles acusados de relações indevidas com certo escritório de uma até então atuante advogada do Rio de Janeiro. Mas a sede por pegar Gilmar fez Janot queimar alguns navios na sua investida no Judiciário.
*nota publicada na edição impressa de O GLOBO, na coluna "Poder em jogo" da colunista Lydia Medeiros, em 17/05
‘Um Museu de grandes novidades’
Os meios políticos, jurídicos, jornalístico e a sociedade brasileira em geral estão estarrecidos com a divulgação dos vídeos da delação do casal Mônica Moura-João Santana. Ela é ruim para Lula e pior para Dilma. Mas, sem querer legislar em causa própria, há um mês, exatamente no dia 11 de abril passado, este colunista publicava no “Cantinho do Moreno” a seguinte nota:
“As delações do casal Mônica e João Santana estão sendo consideradas a antessala do inferno. Representam um pot-pourri de crimes, que deixam sem saída as pessoas delatadas. Um deles, gravíssimo, revelado pela “Coluna do Moreno”: o casal foi avisado por quem de direito que iria ser preso. Já homologadas por Fachin, quando virem a público, até Galvão Bueno vai gritar o seu bordão de finais de jogos vitoriosos do Brasil: “Acabou! Acabou”.
Dias depois, também demos em primeira mão que Mônica Moura discutia caixa dois com Dilma Rousseff dentro dos palácios.
Às feras
Um amigo que visitou João Santana depois que ele saiu da cadeia pressentiu que o marqueteiro acabaria fazendo delação ao ouvir dele o seguinte desabafo:
— Desde que fomos presos, nunca mais recebemos sequer um recado de solidariedade da Dilma.
Tropicália
O casal de marqueteiros entregou um monte de provas à Justiça. Entre elas, anotações das agendas, registros de viagens, jantares e pagamentos recebidos de Pedro Novis — anotado como Caetano ou Caê ou Cá, por se vangloriar da sua amizade com Caetano Veloso, no auge do tropicalismo.
Declaração de amor
Amigo de Caetano que eu conheço é Gilberto Gil, que, ontem, ao falar dos fortes laços que os une, resumiu:
— Sinto que nós dois não existiríamos sem nós dois.
Esclarecimento
Rotulado por Temer como “um homem de idas e vindas”, Renan Calheiros foi flagrado por dois ministros conversando com o presidente na porta do Jaburu.
Um pergunta ao outro:
— Afinal, o Renan está indo ou vindo?
Sabedor do isolamento do líder do PMDB junto à bancada do Senado, o outro ministro informou:
— Nem uma coisa nem outra. Ele está se rendendo.
E o outro, gaiato:
— E desde quando o presidente da República é também delegado de polícia?
Alerta total
Oito presos da carceragem da PF de Curitiba foram transferidos ontem para outros presídios.
Isso costuma ser senha de que novas prisões estão programadas para breve, muito breve mesmo.
Fio
Depois que Mônica Moura revelou que até o cabeleireiro da ex-presidente passou a ser pago com dinheiro de propina, é possível dizer que Dilma está comprometida até o último fio de cabelo com as delações da marqueteira.
Mônica era personal stylist da ex-presidente: bolsas, vestidos e sapatos de grife eram escolhidas por ela, apesar das resistências iniciais da Dilma.
Pelas beiradas
Postulantes ao Planalto estão atentos: Lula trocou a grande mídia pelas mídias regionais e tem feito comícios eletrônicos em entrevistas às mais longínquas rádios das pequenas cidades do interior do Nordeste. Esse fato foi descoberto pelas pesquisas que apontam o vertiginoso crescimento da candidatura do ex-presidente na região.
Limpando a área
A equipe econômica, para salvar o Rio de Janeiro, desistiu de obrigar os governadores a aumentarem a contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14% no projeto que cria um regime de recuperação fiscal para os estados quebrados. Essa contrapartida foi retirada da proposta pela Câmara, mas poderia voltar no Senado, o que obrigaria o projeto a ser votado novamente na Câmara, atrasando ainda mais o salvamento das finanças fluminenses.
Homem do Ano
Alguns governadores pretendem engrossar a claque do “Homem do Ano”, na entrega do prêmio em Nova York ao prefeito João Doria, dia 16 agora.