Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) segunda, 05 de julho de 2021

VIAGEM INESQUECÍVEL ATÉ BALSAS, COM A NOSSA RURAL

 

VIAGEM INESQUECÍVEL ATÉ BALSAS, COM A NOSSA RURAL

João Ribeiro da Silva Neto 

 

Mais um textão, para aqueles que gostam de ler! Muitas novidades e acredito que as boas e interessantes experiências vividas deveriam ser escritas, registradas e compartilhadas com todos.

 

 

A nossa Rural

 

Assim como milhares de pessoas, também possuímos uma boa Rural, que embora exigindo manutenções frequentes, como devemos proceder até hoje, sempre nos prestou incontáveis serviços, tanto na vida pessoal quanto nas idas para a faculdade (Universidade Estadual do Ceará – UECE) e Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, onde fizemos Licenciatura em Música na primeira turma depois de encampado pela UECE. Também utilizei muito a Rural para o meu trabalho na TVE (Televisão Educativa do Ceará) e para a TV Ceará Canal 2, onde juntamente com o nosso Conjunto Musical Big Brasa participávamos de dois programas, o Studio 2 e o Show do Mercantil, apresentado pelo Augusto Borges, que nos deixou recentemente. A Rural também participou das idas do Big Brasa a centenas de festas no interior do Ceará por um bom período.

 

A nossa Rural podia ser equipada também com um reboque, que meu pai Alberto Ribeiro mandou fazer, para que pudéssemos levar parte do equipamento do conjunto musical. Entretanto, com esse reboque ficava bem mais difícil de manobrá-la e de conduzi-la, mesmo porque tinha lá suas folgas no sistema de direção, requerendo, logicamente, maior habilidade de quem a dirigia, no caso eu próprio e por vezes o meu primo e cunhado Adalberto Lima, que também fez parte do Big Brasa.

 

Outra dificuldade extra se dava por conta de peso em cima, com caixas de som, em um bagageiro suplementar. Tornava-se uma parada dura para equilibrá-la nas estradas de forma segura. Mas graças a muito cuidados nossos e também alguma perícia conseguimos nos safar ilesos sem nunca sofrer nenhum percalço. Desde os nossos jipes aprendi muitas coisas de mecânica e isso ajudava e muito nos percursos. Com toda a modéstia eu digo que se dependesse de consertos, sem a necessidade de peças especiais, a gente resolvia mesmo: parte elétrica, freios, carburação e alimentação etc. Uma ressalva: os carros naquele tempo davam chance para que nós mesmos os consertássemos, tendo em vista que os espaços do motor eram mais amplos, o que é bem diferente hoje em dia, com tudo muito compacto e que até para desmontar alguma coisa temos que recorrer às oficinas autorizadas...

 

Depois desta apresentação básica de nossa Rural quero destacar o momento de uma viagem especial de férias, de Fortaleza a Balsas, no sul do Maranhão, em um mês de julho no qual decidimos tirar férias por dez dias, após nove anos e meio sem parar as atividades musicais de trabalho. Foi uma aventura bem sucedida e que nos deixou recordações inesquecíveis!

 

Viagem a Balsas

 

Coloquem os cintos de segurança e viajem conosco nesta aventura! Nem lembro se tinha cintos de segurança, que na época não eram de uso obrigatório.

 

Estávamos em julho de 1974, quando o maravilhoso Rio Balsas está no seu melhor período, com suas águas cristalinas e uma natureza exuberante e propícia para aproveitarmos bem. Eu e minha mulher Aliete convidamos para o nosso passeio de férias o Mairton Vitor (in memoriam), amigo e trompetista do Big Brasa e sua esposa Suely Cardoso.

 

Dias antes de sair recebi de meu pai avisos, no sentido de que a aventura poderia ser complicada se a Rural desse um prego grande, como se diz, uma vez que praticamente naquela época a grana era curta. Lembro que ele questionou: - "Se essa Rural bater o motor em qualquer lugar você tem dinheiro para resolver o problema? Não seria melhor ir de ônibus?". Reconheço que questionamentos mais do que sensatos. Eu sabia que a Rural não tinha nenhum tipo de seguro. Então se um problema ocorresse nem sei o que seria de nós. Mas decidi arriscar, optando a emoção em lugar da razão, porque na realidade quando somos jovens muitas vezes nem sequer pensamos nessas possibilidades. E tudo deu certo mais essa vez. Ainda bem!

 

O percurso

 

Nosso trajeto até Balsas, saindo de Fortaleza, foi feito pela Rodovia CE-020, que traça praticamente uma reta até Floriano, já no Piauí. A distância percorrida entre Fortaleza a Balsas foi de aproximadamente 1.150 quilômetros. No início estrada asfaltada, mas com aqueles buracos na pista que todos conhecem... Tenho ainda todo o roteiro de todas as viagens que fizemos com as quilometragens anotadas etc. Muito bem até nossa chegada a Floriano. Mas depois de um pouco de descanso prosseguimos a viagem, desta vez enfrentando mais 410 quilômetros de uma estrada de piçarra, com muita poeira, pontes de madeira (muitas das quais passamos à noite, identificando que havia uma ponte apenas pelo barulho dos pneus da Rural). Com atenção redobrada seguimos este trajeto, enfrentando condições altamente adversas, com dificuldades para ultrapassar outros veículos, principalmente caminhões, que até mesmo dificultavam nossas ultrapassagens para não ficarem "comendo poeira". Não havia ar condicionado e o calor, misturado à poeira eram difíceis. Mas, com todas as dificuldades da estrada vencemos a distância e finalmente chegamos a Balsas. Imediatamente fui com a Rural, mais ou menos às 22 horas, para a beira do rio, no porto da rampa, como era chamado. Estacionei a Rural e tomamos um banho delicioso para matar o calor e tirar a nossa cor, visto que estávamos todos louros, mas de tanta poeira. Um detalhe: eu sabia que uma vez um carro tivesse feito essa viagem naquela época nunca mais você conseguiria limpar toda a poeira que nele penetrava. Apesar de todo lavado, quando tinha que desmontar algo para um eventual conserto lá estava poeira, muita poeira!

 

Na atualidade a estrada de Floriano a Balsas está totalmente asfaltada e bem sinalizada, além do que os nossos veículos possuem muitos equipamentos melhores, mais seguros e que nos trazem mais conforto, como e principalmente o ar-condicionado. Eu mesmo viajei para Balsas em 2017, para comemorar os cinqüenta anos de nosso Conjunto Big Brasa, em nosso simples Duster, com toda a tranqüilidade.

 

Muita diversão e aventura

 

Em Balsas pudemos mostrar ao Mairton e Suely as belezas naturais e os passeios da cidade e pelo rio, de lancha, uma experiência maravilhosa para quem não conhece e também para quem conhece bem! Mostramos para o Mairton e Suely a casa onde meus avôs nasceram, situada na Praça da Igreja Matriz, que ainda conserva azulejos portugueses nas paredes e foi a primeira a ter iluminação a gás na cidade!

 

Lembranças históricas

 

Do centro da cidade relembramos também o Clube Recreativo Balsense (CRB) onde o nosso saudoso Big Brasa, no ano de 1967 tocou a primeira festa em Balsas com guitarras e a música da Jovem Guarda, um fato que marcou praticamente toda a população naquela época, parentes e amigos que lembram até hoje da passagem. Tudo seria repetido em 2017, mês de julho, quando reunimos dois componentes do Conjunto Big Brasa para se apresentar novamente, cinquenta anos após, no mesmo palco. Para isso até compus uma paródia de Festa de Arromba que toquei e cantei naquela oportunidade, um momento mágico e muito emocionante de minha trajetória musical. 

 

Eu e o Mairton fomos até a Lagoa Grande para fazer uma caçada e acampar em plena mata, às margens daquela lagoa. Fizemos de tudo um pouco. Encontros musicais, onde o Mairton demonstrou sua classe com o trompete, visita a uma balada, em plena cidade, que tinha os fundos para o Rio Balsas, sendo que havia a possibilidade de nos intervalos quem assim desejasse podia descer até o rio, tomar um banho e voltar revigorado para a festa! Bom demais. Eu chegava à recepção do local das noitadas e entregava para o pessoal uma pequena bolsa com toalha de banho, sabonete, desodorante, para usar no Rio Balsas. Uma água espetacular, melhor ainda quando bem iluminada pelas noites de luar intenso. De novidades também as garapas de rapadura feitas pela minha avó Nemésia Santiago (in memoriam), que preparava tudo para nós com extremo carinho e boa vontade.

 

O retorno a Fortaleza

 

Tudo que é bom dura pouco, vocês sabem disso. De Balsas para Fortaleza decidimos voltar passando por Teresina, ou seja, de Floriano em vez de seguir adiante, entramos à esquerda e mais 250 quilômetros até Teresina e da capital piauiense, mais 603 km para Fortaleza, pela BR-222. Voltamos depois desses dez dias aliviados para enfrentar novamente o trabalho. Com a nossa Rural repleta de laranjas, muitas delas, todas das margens do Rio Balsas. Na Serra Grande, já no Ceará, fizemos a então tradicional parada no meio da descida em um restaurante que proporcionava um banho de cachoeira espetacular.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) quinta, 03 de dezembro de 2020

SÉRIE: TV CEARÁ, CANAL 2 - MINHAS LEMBRANÇAS PESSOAIS -CAPÍTULO I

 

SÉRIE: TV CEARÁ, CANAL 2

MINHAS LEMBRANÇAS PESSOAIS

João Ribeiro (Beiró)

 

A imagem pode conter: atividades ao ar livre, texto que diz "TV CEARÁ CANAL 2"

CAPÍTULO I

 

 

 

O tempo passou, mas as lembranças ficaram!

 

Os registros da época sobre a TV Ceará Canal 2 são escassos, porque não se tem mais conhecimento de vídeos ou filmes do período, ainda mais por em seu princípio não existia a tecnologia do vídeotape. Sabedor disso eu, João Ribeiro, senti a necessidade de compartilhar com todos vocês os momentos e traços de memória de minha vivência nos anos que participei naquela emissora de televisão com o Conjunto Musical Big Brasa. E assim, depois de algum planejamento para organizar as lembranças iniciamos esta série, que compartilho com todos vocês.  

 

Como era o prédio da TV Ceará, você sabe?

 

Após muitas buscas na Internet na tentativa de conseguir uma planta baixa do prédio, nada encontrei a respeito. Seria necessária uma planta baixa das instalações da TV Ceará para ilustrar os fatos!

 

Projetei então um simples rascunho da planta baixa do prédio onde funcionou a TV Ceará e a Ceará Rádio Clube, na intenção de fornecer uma ideia bem acentuada de como era o prédio, as instalações, os estúdios, o auditório etc. Esta planta baixa será utilizada em outras publicações, para melhor ilustrar os detalhes. No decorrer desta série procurei relembrar o pessoal que convivemos, nos diversos aspectos e nossas experiências musicais à frente de dois programas da TV Ceará (Show do Mercantil e Studio 2). Aqueles que participaram da televisão certamente vão reviver muitas passagens interessantes, ao passo que os que não conheceram podem ter uma ideia muito precisa de como tudo acontecia na TV Ceará Canal 2.

 

Da TV Ceará Canal 2 nós ainda temos em acervo fotográfico de nosso Conjunto Big Brasa na torre da televisão, imponente, com seus 108 metros de altura, a qual após o encerramento das atividades da emissora foi desmontada e retirada. Temos conhecimento que a maior parte dos registros da TV Ceará, quando foi extinta, foi perdida, o que é lamentável. Um acervo que poderia ter sido preservado para o bem da cultura cearense. Em quase todos aqueles anos iniciais não havia ainda as gravações em vídeotape. E quando chegaram as primeiras máquinas de VT as fitas para gravação eram poucas e os programas gravados eram apagados em gravações posteriores. E assim se perdeu quase tudo mesmo, infelizmente. Mas nesta série de artigos muita coisa valiosa para a nossa cultura musical será apresentada, como uma contribuição para as lembranças da TV Ceará, Canal 2.

 

Esta série continuará com mais fatos e memórias interessantes sobre a TV Ceará. 

 

(*) Nota: esta série tem os créditos autorais pertencentes a João Ribeiro da Silva Neto, o (Beiró), Músico instrumentista, de formação acadêmica, Sonoplasta e Produtor Musical, dirigente do Conjunto Musical Big Brasa, de Fortaleza, Ceará. O autor, como escritor, produziu também três livros sobre a Música no Ceará no período da Jovem Guarda, discorre sobre a Música em sua vida e sobre a participação do Conjunto Musical Big Brasa no cenário musical cearense. As obras foram lançadas respectivamente em 1999 e em 2017, quando o grupo completou cinquenta anos de fundação. Em 2020 gravou o Álbum Momentos, com suas canções autorais inéditas, para registro de amigos e de familiares.  

 


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) segunda, 15 de junho de 2020

CANAL YOUTUBE DO CONJUNTO BIG BRASA!

 

CANAL YOUTUBE DO CONJUNTO BIG BRASA!

João Ribeiro da Silva Neto

 

Amigos de todo o Brasil e em particular os de Messejana, aqueles que bem conheceram o saudoso Conjunto Musical Big Brasa, de Messejana, Fortaleza, Ceará.

 O grupo tem um canal no Youtube e precisa de mil inscrições para poder publicar ao vivo todo o seu acervo!

Peço para vocês SE INSCREVEREM através do link abaixo:

https://www.youtube.com/user/bigbrasa

 

Um grande abraço em todos.

 

Com as inscrições poderei publicar as minhas canções autorais inéditas do Álbum Momentos e compartilhar com todos vocês.

Um abraço,

 

João Ribeiro (Beiró).

 


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) domingo, 17 de maio de 2020

A IGREJA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA EM FORTALEZA

 

A IGEJA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA EM FORTALEZA

João Ribeiro da Silva Neto

 

Sobre a origem histórica da Igreja de Fátima vale mencionar as Aparições de Nossa Senhora de Fátima, que ocorreram em 1917 quando Lúcia dos Santos e os seus primos Francisco e Jacinta Marto, popularmente chamados de "Os Três Pastorinhos", afirmaram ter presenciado seis aparições de Nossa Senhora no lugar da Cova da Iria, na cidade de Fátima, em Portugal.
 
Em Fortaleza, Ceará, como homenagem a Nossa Senhora foi construída a linda Igreja de Fátima, localizada na Avenida 13 de Maio, um marco representativo e também uma referência a Nossa Senhora de Fátima. Este texto não tem nenhuma pretensão história e simplesmente narrar minhas ligações com a Igreja de Fátima e compartilhar com os amigos e familiares. 
 
Minha chegada a Fortaleza
 
Logo que cheguei de São José dos Campos, São Paulo, onde nasci, moramos inicialmente em uma casa que ficava em uma rua lateral ao Colégio Nossa Senhora das Graças, por indicação de minha saudosa tia Irmã Margarida, que hoje não mais está entre nós fisicamente. Tia Freira, como eu a chamava, era pertencente à Ordem Cordimariana. O Colégio teve a sua origem no Benfica, com a denominação inicial de Ginásio Americano. Em 1950 as Religiosas da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria assumiram a direção e em 11 de fevereiro de 1958, transferiram-se para o bairro de Fátima, a fim de atender as necessidades da infância e da juventude de um bairro (Bairro de Fátima) que nascia sob as bênçãos da Virgem de Fátima.
 
 
 
 
Pela proximidade de nossa residência e pelo fato de a minha “Tia Freira” (Irmã Margarida) ser professora eu frequentava muito o Colégio Nossa Senhora das Graças, sendo alvo de atenção das alunas e outras irmãs que pediam para que eu pronunciasse a palavra “Fortaleza”, dissesse o nome “vermelho”, tudo para curtirem as diferenças do som da letra “R” no sotaque paulista. Lembro que cada irmã tinha um chamado especial, como um código, que era acionado pela recepção através do toque de um sino. Com esse código, cada irmã podia ser localizada facilmente e se dirigir até a Secretaria. Uma boa, inteligente e simples forma de comunicação, quando nos reportamos ao ano de 1962. Posteriormente nos mudamos para um apartamento quase ao lado da Catedral da Sé, em frente ao Arcebispado. Minha Tia Freira chegou a me levar para um retiro, não lembro exatamente em que ano, durante um período de carnaval. Fui então passar dois dias com as freiras e alunas do Colégio Nossa Senhora das Graças. Lembro que na localização foram instaladas camas de campanha de lona, cedidas pelo Exército, instituição amiga, pelo fato de ela própria, Irmã Margarida, tinha um irmão Cel. do Exército, em Lorena e muitos outros familiares militares. E passei esse tempo, com uma máscara de zorro e com um revólver de brinquedo (foto).
 
E mais adiante nova mudança, desta vez para a Rua Mário Mamede, por trás da Igreja de Fátima. Era uma vila de casas e tinha bons amigos para brincar, como o Carlos Henrique e o Mourão (que atualmente é médico em Fortaleza), mas que nunca mais tive contato. Chegamos a morar também em um apartamento no final de Costa Barros, bem em frente ao Arcebispado e muito próximo da Catedral da Sé. 
 
 
Pois bem, pela proximidade da Igreja de Fátima, a minha “Tia Freira” logo me colocou para fazer o catecismo. Era o saudoso Padre Gerardo que nos ensinava as orações e nos preparava para a primeira comunhão, que fiz lá mesmo (fotografia, em nossa casa na Mário Mamede).
 
Em um dia 13 de Maio, salvo engano o do ano de 1962, ela fazia parte da equipe que organizava a procissão, saindo da Igreja do Coração de Jesus, no centro de Fortaleza, até a Igreja de Fátima. Eu participei dessa procissão, a pedido da Tia Freira, em uma camionete aberta, não lembro mais o tipo, paramentado simbolicamente de anjo.
 
Na Igreja de Fátima existiam meus colegas vizinhos que ajudavam as missas e que eram coroinhas. Eles me chamaram para eu participar e eu aceitei. Tinha que aprender as respostas em Latim. A disputa por quem ajudava mais missas era grande. Minha batina de coroinha era a menor, de número 1 (toda vermelha, com uma parte branca por cima, mas não sei mais os nomes das vestimentas).
 
Peripécias e artes de criança
 
Apesar de muito concentrado nas atividades, nós por vezes pedíamos para comer as hóstias que ainda não tinham sido consagradas! Imaginem...
 
E em uma das novenas, na Igreja de Fátima, bem em frente ao altar, naquele retângulo enorme, eu ficava em pé, balançando o turíbulo: “O turíbulo é utilizado principalmente nas missas solenes. É um objeto que queima o incenso com a simbologia de que nossas orações subam aos céus, assim como a fumaça do turíbulo, que também sobe aos céus”, explica o Missionário Redentorista,
Fr. Murilo Di Carvalho.
 
 
Na preparação do turíbulo, como eu tinha uns doze anos e minha altura não ser adequada para fazer o giro completo pelo ar, a fim de aquecer mais a brasa para que o incenso saísse muita fumaça, eu ficava na porta de trás da sacristia, aproveitando a parte superior e deixando o turíbulo balançar na altura do primeiro degrau da descida, até que conseguisse fazer um “360”, ou seja, girar inteiramente. Esta “operação 360” não era necessária, é claro. Tudo dava certo naquele local. Mas então, na hora “H”, da novena, com o Padre Gerardo celebrando a missa, eu fui tentado a fazer o tal 360 bem atrás do altar. Girei várias vezes até achar que daria certo. E tentei! Fracasso total... O turíbulo rodou, mas na descida bateu um pouco no chão e virou, esparramando toda a brasa. O Padre Gerardo virou, com o barulho, e deve ter pensado na arte que eu tinha feito. Resultado: tive que juntar as brasas rapidamente com as mãos e continuar como nada tivesse acontecido. Acidente de percurso.
 
 
 
 
Primeira Eucaristia e Casamento
 
Foi o local em que fiz minha primeira Comunhão, participei como "anjo" de uma procissão e no futuro viria a me casar. Toquei muitos casamentos como músico profissional e levado por minha tia Maria de Lourdes, quando tinha 11 anos de idade. Nesta belíssima Igreja de Fátima, após alguns anos morando em Messejana, e já tocando guitarra com o nosso Conjunto Musical Big Brasa eu voltei para o meu casamento, no ano de 1973, com o então Monsenhor Gerardo! A solenidade foi filmada pela TV Ceará Canal 2, integralmente e teve partes exibidas durante o programa do Augusto Borges, Show do Mercantil, do qual eu era produtor musical e também músico, com o nosso Conjunto Big Brasa.

 
Nesta oportunidade escolho para homenagear, in memoriam, o Monsenhor Gerardo e minha querida Tia Freira, Irmã Margarida (Maria de Lourdes Brandão).

Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) domingo, 26 de abril de 2020

MOMENTOS (CRÔNICA DE CESAR BARRETO)

 

 

MOMENTOS

Cesar Barreto

 

Conheci o João Ribeiro (Beiró) no começo dos anos 60, quando sua família veio de São José dos Campos-SP para Fortaleza. Ainda menino iniciou seu caminho nos toques da sanfona, logo se mostrando o notável músico que seria em pouco tempo. De fato, as profundas transformações sociais, culturais e artísticas daquela década explosiva vão encontrá-lo, adolescente, morando no comecinho da velha Estrada do Fio (ainda nem tinha calçamento) da sua querida Messejana. E das teclas da sanfona para as cordas da guitarra foi um quase nada.

 

Pronto, surge o conjunto Big Brasa, em abril de 1967, no qual ele se revela um dos melhores guitarristas de sua época (senão o melhor), história essa que vi de perto, para minha sorte, induzida pela antiga amizade que unia nossos pais (Alberto Ribeiro e Carlos Barreto) desde o Maranhão onde nasceram.

 

Mas, como agora está comprovado, o João Ribeiro não se limitou a ser um ótimo guitarrista (e logo também se tornou um virtuoso dos teclados), pois desde cedo arriscou a fazer uma ou outra composição que timidamente não insistia em mostrar, o que é compreensível considerando que a aceitação de um grupo musical de baile dependia muito de um repertório pleno dos sucessos que o rádio e a TV produziam. Gira e gira a incansável roda do tempo e eis que, neste ano de 2020, Beiró decidiu pagar a dívida que tinha, com a Música e consigo mesmo, nos brindando com um álbum de dez canções autorais – quatro delas em parceria –, valendo destacar que ele aparece como intérprete em nove, ficando apenas uma (faixa 4) a cargo de sua filha Cristiane, que aliás se saiu muito bem.

 

O álbum MOMENTOS resultou numa bem ajustada coletânea de ritmos e expressões musicais variadas (o que não me surpreendeu, pois afinal, essa capacidade é própria do músico que passou pelo duro aprendizado de tocar para dançar), fox, baião, sambas e baladas de melodias e harmonias bem construídas e letras com a estética de um romantismo simples e puro, que agrada aos ouvidos e ao coração. 

 

E não só isso, os temas dessas canções têm, ouso afirmar, a presença marcante da escola da vida, em lições que de alguma forma dão testemunho do seu tempo e das inquietações da sua alma: Fico quase sempre sem querer/pensando no futuro (Vida, faixa 2); Imagem de felicidade/e também de esperança (Criança, faixa 4); Não há vida/não há música sem você (Meu Amor, faixa 5); São acordes frementes/que emergem do espírito (Energia, faixa 6); Hoje continuas a ser/o meu sonho consciente (Lembranças, faixa 7): Manter a chama da esperança/em seu sorriso de criança (Sentimento, faixa 8): Viver tão intenso sentimento/sem ter que pedir perdão (Amor & Amizade, faixa 9); Amar é como nadar contra o mar (Paixão, faixa 10).

 

E, para não dizer que não falei do trem (confesso que deixei propositadamente para o fim), o baião Trenzinho (faixa 3) me soou como uma doce e doída imagem espacial das conhecidas três dimensões do tempo (passado-presente-futuro) sumindo na curva da vida, levando amores e desembarcando saudades, carregando sonhos que se esvaem na fumaça dos dias (ah, onde é que vai terminar essa viagem?), escanchando o si bemol do apito nas linhas da clave do sol – piuiuiuiupi –  e  deixando cada vez mais longe da nossa estação o batido dos trilhos, na casa do sem jeito. Seria de minha parte uma falha imperdoável não ressaltar que todos os Momentos deste álbum são filhos da capacidade criativa do João Ribeiro (músicas, interpretação vocal, arranjos, execução dos instrumentos), pois aqui se estabeleceu – por decisão própria – uma relação de filiação plena onde ele é pai e mãe, de corpo, alma e espírito. Se havia uma dívida do João Ribeiro com a Música, ela agora está paga, com juros e correção. Dou Fé.

 

Jitirana/Aracoiaba, 18 de fevereiro de 2020.

Cesar Barreto

 


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) domingo, 26 de abril de 2020

LANÇAMENTO DO ÁLBUM MOMENTOS, COM MÚSICAS INÉDITAS DE JOÃO RIBEIRO (BEIRÓ)

 

 

Lançamento do Álbum Momentos,
com músicas inéditas de João Ribeiro (Beiró)

João Ribeiro da Silva Neto

 

Para o mês de abril é esperado o lançamento do Álbum intitulado Momentos, com músicas autorais selecionadas de João Ribeiro da Silva Neto (Beiró), guitarrista-solo e fundador do Conjunto Musical Big Brasa, que completará 53 anos de fundação em abril de 2020.

 

As músicas são inéditas e foram compostas há muitos anos, sendo que na oportunidade surgiu a ideia de registrá-las em um álbum para amigos, familiares e fãs do Big Brasa. As gravações foram realizadas primeiramente no Estúdio Big Brasa, contando com a participação técnica de Kássia Lopes. Depois masterizadas pelo excelente produtor musical Jeovar Maia, que esteve presente no Estúdio Big Brasa em quase todas as fases das gravações. As canções oportunamente já estão disponíveis nas principais mídias musicais como o Spotify, Deezer etc.

 

As gravações do álbum Momentos foram realizadas com todos os arranjos do próprio João Ribeiro, que utilizou guitarras e acessórios, teclados, para os inúmeros efeitos de metais, de flautas, oboés e violinos com a sonoridade dos teclados. Jeovar Maia contribuiu de forma significativa com o seu excelente contrabaixo e sugestões para acrescentar ou diminuir as inserções musicais do músico João Ribeiro, sempre no afã de melhor produzir os conteúdos.

  

Músicas com letras atuais e destaques

 

Uma das músicas se chama Trenzinho e foi executada apenas uma vez, em uma animada festa realizada no Clube Regatas da Barra do Ceará em 1970, quando para surpresa de todos do grupo, após terem feito o primeiro intervalo do baile, tocando a referida música, praticamente todos no salão saíram cantando o Trenzinho, alegremente. Se tivesse sido gravada na época seria um sucesso. Depois de quase quarenta anos voltam algumas músicas inéditas, com a inclusão do Trenzinho, sendo que em gravação moderna, com muitos arranjos e instrumentos diversos, todos executados por João Ribeiro e com participações de Jeovar Maia no contrabaixo em algumas canções. Em breve, portanto todas as novas gravações, juntamente com alguns clipes que serão produzidos para o Youtube e outras mídias, com imagens e filmes da vida musical do João Ribeiro desde criança até o período inesquecível da Jovem Guarda.   

 

Criança

 

Interessante mencionar que a música Criança foi composta em 1982, por João Ribeiro, em homenagem à sua filha Cristiane Lima e Silva, quando ela tinha apenas dois anos de idade. E hoje para mais uma felicidade, ela retribuiu com sua bonita voz e gravou a música para o álbum Momentos.

 

A preparação do disco para o Spotify, registros, ficará por conta do Proaudio Studio, do amigo e excelente produtor Marcílio Mendonça, que pertence à família Big Brasa. A apresentação do disco foi realizada pelo amigo Cesar Barreto, assim como sua brilhante participação no lançamento do primeiro livro sobre o Conjunto Big Brasa, agora retorna apresentando as músicas que realizaram mais um sonho musical do João Ribeiro, objetivando unicamente registrar as canções para seus amigos, fãs e familiares. Será motivo de destaque para todos os nossos amigos!

 

 

Curiosidade sobre as gravações

 

É oportuno dizer que no início do Conjunto Big Brasa, em 1969 o guitarrista João Ribeiro (Beiró) já desejava registrar suas musicas autorais, tendo gravado em fitas cassete, com os precários recursos técnicos existentes naquela época, algumas músicas em que ele próprio tocava todos os instrumentos (bateria, contrabaixo, guitarra, teclado e ainda acrescentava alguns efeitos sonoros). O sistema utilizado – imaginem – era com dois gravadores pequenos, com fitas de áudio cassete. Em cima de uma primeira gravação de bateria, a fita retornava e era reproduzida na entrada de som do amplificador, quando mais um instrumento era tocado, com gravação no segundo gravador. E assim sucessivamente. Ocorre é que a qualidade do som ia diminuindo a cada passagem. Mas, mesmo assim tudo foi feito e algumas músicas chegaram a ser gravadas neste sistema.

REFLEXOS

 

VIDA

 

 LEMBRANÇAS

 

 CRIANÇA

 TRENZINHO

 ENERGIA

 


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) domingo, 26 de abril de 2020

O DESEJO DE GRAVAR NOS ANOS 1960 E PERÍODO DA JOVEM GUARDA, PELO GUITARRISTA DO BIG BRASA, JOÃO RIBEIRO (BEIRÓ)

 

O desejo de gravar nos Anos 1960 e período da Jovem Guarda, pelo guitarrista do Big Brasa,
João Ribeiro (Beiró)

João Ribeiro da Silva Neto

 

 

Este texto destina-se às pessoas que desejam saber mais sobre os processos de gravação nos Anos 60 e anos da Jovem Guarda, particularmente quando fundamos o Conjunto Big Brasa, em Fortaleza, em abril de 1967. Na atualidade os recursos digitais favorecem muito os processos de gravação. Um músico pode fazer um disco inteiro em sua própria casa, em um estúdio moderno, que o trabalho final terá uma qualidade muito boa, a depender logicamente das qualificações de quem manuseia os equipamentos. Mas nem sempre foi assim. É o que eu gostaria de relatar.

 

Desejo de gravar

 

Sempre tocando desde criança e na juventude fazendo parte de um conjunto musical, o nosso Big Brasa, com ensaios e experiências musicais sempre frequentes eu imaginei gravar uma música tocando todos os instrumentos. E mesmo com os recursos muito limitados assim fiz e deu certo, na medida do possível. Gostaria de ter ainda o áudio da primeira gravação, mesmo com todas as imperfeições existentes, naturalmente em boa quantidade. Na época podíamos gravar em estúdios com tecnologia analógica e que cobravam preços totalmente fora de nosso alcance.

 

A fita com estas primeiras gravações foi presenteada a um tio meu, que morava em São Luís do Maranhão. Ele ficou muito admirado com a proeza e disse que desejava mostrar as músicas para amigos.

 

O complicado processo de gravação caseira

 

Eu usava dois gravadores, daqueles pequenos e bem simples. Primeiramente coloquei um microfone para a bateria e gravei em um gravador de fita cassete, cerca de três ou quatro minutos. Depois, colocava um dos gravadores para reproduzir, ligando-o ao amplificador e gravava com o outro mais um instrumento, por exemplo, uma guitarra, que também usava a entrada do mesmo amplificador. Então tínhamos no final a bateria e a guitarra. E o processo continuava. Voltava a segunda gravação, com dois instrumentos e eu gravava mais outro. E assim sucessivamente. A qualidade do som ia se perdendo a cada gravação, mas era o jeito. Fazer o que?

 

E assim consegui gravar algumas músicas utilizando este artifício mecânico e dois simples gravadores de áudio, com as fitas cassete. A vontade de gravar e o gosto pela música foram preponderantes para o sucesso destas simples gravações, hoje perdidas no tempo e totalmente superadas pela tecnologia, conforme veremos a seguir.

 

Tecnologia mais avançadas, mas ainda com o uso de fitas magnéticas

 

Alguns anos depois voltei à música, desta vez convidado pelo amigo, músico e compositor Cesar Wagner Barreto para fazer umas participações de guitarra em um dos discos que ele produziu. Pois bem, o estúdio era o Proaudio, do também amigo, músico e competente sonotécnico Marcílio Mendonça. Nas inserções de guitarra durante uma das faixas eu errei em um dos trechos e estava ciente que teria que repetir tudo. E o que aconteceu: o Marcílio, calmamente, disse: “Beiró, treina aí um pouco que a gente faz novamente”. E eu fiquei com a guitarra repetindo e tentando aprimorar aquele trecho da música, totalmente concentrado na técnica para tudo sair certinho. Passados alguns instantes o Marcílio me chamou e disse, sorrindo: “Pronto, Beiró, ficou bom!”. E eu perguntei se poderíamos começar a gravação de novo, ao que ele disse: “Já está gravado, rapaz, disse sorrindo e apontando para uma fita DAT em que ele tinha gravado o trecho e inserido na gravação original! E então o Marcílio reproduziu a gravação por inteiro, quando pude constatar que os meus novos solos tinham sido inseridos de forma perfeita, sem precisar repetir nada. Com minha admiração o Marcílio sorria muito e me explicava como os processos estavam sendo feitos.

E assim fizemos mais outras gravações de forma bem eficiente e rápida do que aquelas de como iniciamos.

 

As gravações digitais

 

Recentemente temos um pequeno e modesto estúdio no qual aproveitamos para tocar um pouco e relembrar os tempos do Conjunto Big Brasa e compor um pouco também. Com a vantagem de poder reunir os amigos em torno de um mesmo objetivo, a Música. Com a tecnologia moderna, o uso de computadores, placas de som, mesas modernas e programas muito bons conseguimos gravar várias pistas de uma mesma música, mixar todos os sons, editar os trechos de forma digital com muita facilidade. Mas como as inovações não cessam de vez em quando eu preciso de dicas do Marcílio sobre como gravar ou empregar recursos variados. E ele, como eterno Big Brasa que é, me ajuda com a maior boa vontade.

 

Por João Ribeiro (Beiró)

Guitarrista-solo do Conjunto Big Brasa

 

LIVROS DE MINHA AUTORIA:


 

 

 

 


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) domingo, 02 de dezembro de 2018

UMA LIÇÃO DE VIDA SOBRE O VALOR DO TRABALHO

 

UMA LIÇÃO DE VIDA SOBE O VALOR DO TRABALHO

João Ribeiro da Silva Neto

 

Criança, ainda muito novo, com uns sete anos de idade. E lembro tudo como se tivesse ocorrido hoje! É incrível como algumas passagens de nossa vida se tornam significativas a ponto de fixarem pontos de memória, traços indeléveis. É claro que minha saudosa mãe deve ter repetido a história para mim algumas vezes, mas é fato que o resultado produzido foi muito bom e eu agradeço muito pela lição bem transmitida pelo meu pai, Alberto Ribeiro da Silva (in memoriam).

 

Um dia em nossa casa de São José dos Campos, entre nossas conversas o papai me perguntou:

– João Ribeiro, quando você crescer em que gostaria de trabalhar?

E eu respondi sem pestanejar:

– Quero ser engraxate, papai.

 

E ele em seguida fez um gesto de aprovação e disse que iria providenciar o material completo para que eu aprendesse e aprimorasse o meu serviço como engraxate. Alguns dias mais tarde papai retornou do trabalho com uma caixa daquelas que os engraxates usam. Não sei como ele a conseguiu, se comprou ou se pediu para alguém fazer. Além daquele equipamento vieram também acessórios completos, como flanelas, panos de polimento, tintas, graxas de cores diferentes, escovas, enfim tudo o que um bom engraxate utiliza. Felicidade total a minha, com o trabalho que ali se iniciava. Devo ter engraxado os sapatos dele, não lembro direito, os meus e o de meu tio Raimundo para treinar. E haja brilho! Os sapatos ficavam muito caprichados, pelo zelo com que eu os tratava.

 

Muito bem: para melhorar ainda mais as coisas o papai em outro dia chegou com uma sacola de pano, que para mim era bem grande, contendo vários pares de sapatos de colegas da repartição que ele trabalhava - o Departamento de Estradas de Rodagem de São José. Assim o material para o serviço chegava às minhas mãos. Eu fiquei muito empolgado e durante a semana trabalhei com afinco, limpando, pintando (se fosse preciso) e engraxando todos aqueles sapatos, no sentido de que tudo ficasse muito bem feito. Com o serviço pronto cheguei para o papai e entreguei para ele os sapatos todos devidamente polidos e brilhando para serem devolvidos para seus donos. Não sabia que estava fazendo aquilo por dinheiro ou nem tinha ideia exata de uma cobrança pelo serviço executado. Fiz o melhor que pude, sem pensar que ganharia alguma coisa. E o papai levou aqueles sapatos todos de volta para seus colegas.

 

 

E assim as semanas foram se passando e de vez em quando ele chegava do trabalho com mais sapatos e me entregava para que eu os engraxasse. Até que um belo dia veio à grande surpresa: ele chegou do trabalho, me chamou e disse, explicando calmamente tudo para mim. Falou mais ou menos o seguinte:

  

– João Ribeiro, olhe aqui o que mandaram para você pelo serviço dos sapatos. E me mostrou um cheque em suas mãos no valor de R$ 11.000,00 (onze mil cruzeiros). – Hoje eu ainda tenho dúvidas quanto ao real valor da importância paga, se onze cruzeiros ou onze mil cruzeiros. Mas o principal é que o papai me disse: – Esse cheque é seu, para comprar o que você precisar. E o serviço que você fez foi muito importante! – Aliás, lembro de ter ficado a forte imagem do valor daquele trabalho por mim executado, no sentido de que muitas atividades eram da mesma forma, todas nobres. E que o trabalho deveria ser sempre exercido com dignidade e bem feito, para que a pessoa tenha sucesso na vida.

 

Sei que passados sessenta anos e eu aqui não poderia de deixar de mencionar para nossa família e para os amigos a importância da educação em casa com relação ao valor do trabalho. Pautei a minha vida inteira com base na mesma lição, aprendida em casa, de meu pai, e executada em inúmeras funções que por contingência da vida tive que executar, todas com muito gosto, como por exemplo: músico, fotógrafo, técnico em eletrônica, produtor musical, sonoplasta, oficial de inteligência, professor de informática no início da era tecnológica e escrevendo atualmente no Instituto Portal Messejana, no Blog do João Ribeiro, no qual faço registros de nossos bons momentos de vida e escrevo sobre temas variados.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) terça, 25 de setembro de 2018

O PIONEIRISMO DA MAXI INFORMÁTICA EM MESSEJANA!

 

O PIONEIRISMO DA “MAXI INFORMÁTICA” EM MESSEJANA!

João Ribeiro da Silva Neto (*)

  

Para aquelas pessoas que não chegaram a conhecer, a Máxi Informática foi a primeira Escola de Informática de Messejana! Nos onze anos de sua existência formou mais de três mil alunos nos diferentes módulos básicos, quando a Informática era pouco difundida e, ao mesmo tempo, começava a ser muito solicitada para o ingresso no mercado de trabalho! A figura ao lado faz parte da logomarca da Escola e estava em todo o seu material.

 

O INÍCIO DA MÁXI INFORMÁTICA

 

O seu início se deu logo após minha aposentadoria como Analista de Informações, da Presidência da República (Área de Inteligência), lotado em Fortaleza, Ceará. Os anos de serviço dedicados em parte a este setor me proporcionaram uma essencial prática em Informática e vale à pena dizer que no período os microcomputadores estavam chegando aos escritórios e a necessidade de operadores era muito grande. A Internet praticamente engatinhava no Brasil e Messejana, em Fortaleza, ainda não tinha nenhuma escola de Informática. Vislumbrei a ideia de proporcionar um ensino de informática para a comunidade local, por gostar muito da atividade e também por transmitir algum conhecimento recebido a outras pessoas.

 

O PIONEIRISMO

 

A Máxi Informática foi mais uma iniciativa pioneira em Messejana, do grupo que hoje administra o Portal Messejana. Possuía instalações simples, mas com computadores bem montados e um material didático excelente para os moldes do período. Todos os equipamentos passavam por uma manutenção rigorosa, para o benefício de todos.

 

OS CURSOS DA MÁXI INFORMÁTICA

 

Dentre os cursos que a Máxi Informática oferecia figuraram: Digitação, Introdução ao Processamento de Dados (IPS) e Windows, Processador de Textos Word, Secretariado, Power Point, Excel, Controle Financeiro, Access, Arquivamento e Print Artist. Ao lado de todos estes módulos, palestras sobre a situação do mercado-de-trabalho, postos de trabalho, elaboração de currículos e orientações básicas para um bom profissionalismo de cada um de seus alunos. 

 

A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

 

 Tendo por base tudo que aprendi na Área de Inteligência, onde me formei e servi por muitos anos, preparei o sistema organizacional da Máxi Informática com o máximo possível de critérios. Regulamentos, Normas de Conduta para alunos e funcionários, Atribuições da Recepção, dos Instrutores, Manual dos Instrutores (referente à cada módulo), Regimento Interno da escola, que continha basicamente tudo que é necessário para o bom funcionamento de todo instituição de ensino que se preze. Havia avaliações de aprendizagem ao final de cada etapa e periodicamente palestras com os alunos sobre temas correlatos à Informática e ao mercado de trabalho.

 

O SISTEMA "CAD"

 

 Elaborado também por meu filho Alberto Neto, de acordo com nossas necessidades, foi desenvolvido em Clipper (uma linguagem de computação) o "CAD" – Controle Administrativo. Muito útil, tendo em vista que possibilitava o registro de todos os alunos, de módulos, avaliações, pagamentos, controle de presenças etc. Tinha que ser alimentado diariamente, o que demandava muito serviço.

 

O material didático era quase todo elaborado por mim, com todo zelo e atenção para a qualidade dos ensinamentos. Tinha ao início de cada módulo apresentações em Power Point, que ajudavam muito na aprendizagem, para em seguida as instruções normais em aula pelos instrutores, que por sua vez também recebiam treinamento.

 

O "CPDIG" E SUA EXTREMA UTILIDADE

 

 Para a prática de Digitação foi desenvolvido por meu filho Alberto Neto, programador naquele período, o programa "CPDIG" - Curso Prático de Digitação, muito utilizado pelos alunos. As apostilas eram constantemente atualizadas de acordo com a evolução da própria informática. Os Certificados de Conclusão eram expedidos de conformidade com o término de curso de cada aluno. Mantenho ainda o farto material administrativo e didático que foi utilizado pela Máxi Informática, ainda as apresentações dos Cursos, todas para fins unicamente de registro pessoal sobre a Máxi Informática. 

 

A Escola Máxi Informática proporcionou muitos empregos diretos (Instrutores, Recepcionistas) e outros indiretos para as centenas de alunos, quase todos com os respectivos Certificados de Conclusão de Curso da Máxi Informática. Dentre os alunos e alunas que a Máxi Informática teve podemos citar duas excelentes educadoras, uma delas do Colégio Cônego Pereira, de Messejana, Sra. Cesarina e a Diretora do Grupo Escolar Monteiro Lobato, Sra. Joana D'Arc cujas senhoras ainda hoje são nossas amigas. Foi um prazer estar à frente da Máxi Informática e tê-las auxiliado neste setor. Fui um de seus professores de Informática, acumulando a função administrativa de Diretor da Escola, funções que muito me orgulho de ter exercido.

 

A BUSCA POR INOVAÇÕES

 

Assim, a Máxi Informática foi mais uma iniciativa pioneira em Messejana, que sucedeu um período também grandioso para mim e muitos amigos, que veio através da formação do Conjunto Musical Big Brasa, que marcou época fez muito sucesso no cenário musical cearense. Posteriormente viríamos a formar e administrar o Instituto Portal Messejana, que muitos benefícios têm trazido em termos de divulgação do turismo cearense, da história de Messejana, com seus colaboradores e também através de projetos de Turismo Sustentável e alguns projetos sociais de pleno sucesso, como o Garota Portal Messejana, que se destina de igual modo a promoção social da juventude ao crescimento pessoal na área respectiva.    

 

(*) João Ribeiro da Silva Neto

 

(*) João Ribeiro é Analista de Informações do Ministério do Trabalho, aposentado, cargo hoje denominado Oficial de Inteligência na atual Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); atuou também na Chefia da Segurança Orgânica, de Informática e da Documentação, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Atualmente é Diretor do Instituto Portal Messejana e escreve também em seu blog, no qual aborda assuntos de interesse geral da comunidade e de outros campos de expressão do poder nacional. Prático e racional e com múltiplos interesses, gosta de música e aprecia Artes Marciais e a natureza, com ênfase para técnicas de sobrevivência na selva e ambientalismo. Formado em Música pela Universidade Estadual do Ceará, em sua juventude fundou o Conjunto Musical Big Brasa, que obteve grande destaque no cenário musical cearense e escreveu três livros sobre os "Anos 60", sobre o Big Brasa e sobre a sua vida musical, obras únicas no estado sobre este período inesquecível da Música.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) sexta, 21 de setembro de 2018

POR QUE A TERRA BRASILIS AINDA NÃO É IDEAL EM SUA PLENITUDE

 

POR QUE A “TERRA BRASILIS” AINDA NÃO É IDEAL EM SUA PLENITUDE

João Ribeiro da Silva Neto

 

 O que vemos na Terra Brasilis é um vasto e rico território, onde a natureza contribui muito para a existência humana. Áreas quentes, tropicais, frias, gosto para todos. Muito verde, áreas agricultáveis e férteis. Uma população hospitaleira e que aprecia a vida. Com dimensões de um grande continente teria tudo para se desenvolver em um ritmo evolutivo suficiente para aumentar o bem-estar de seus habitantes. Mas não é isso que acontece. Quais seriam esses entraves e suas causas? Muito difícil de identificá-las em e mensurá-las de forma plena...

 

Esta série de vantagens na Terra Brasilis é descompensada por inúmeros problemas que a impedem de avançar cada vez mais em direção a um mundo de maiores progressos em diversos campos.

 

Muitos analistas se debruçam sobre os problemas da Terra Brasilis e estudam as suas principais causas. Chegam a conclusões bem aproximadas de um acerto total. Na área social residem os principais problemas: o desemprego, a saúde, a educação, a violência crescente, o aumento das drogas e da criminalidade, a falta de investimentos nos pontos necessários é um ponto chave para a questão.

 

É de certo modo fácil mencionar os problemas e suas causas. O mais difícil é dizer por que tudo fica na mesma e até mesmo sente-se o agravamento da situação geral da Terra Brasilis.

 

Toda nação possui um ordenamento jurídico e um conjunto de normais que regem e disciplinam todas as atividades. E a Terra Brasilis possui essas leis em quantidade suficiente, mas algumas se encontram totalmente defasadas em razão de mudanças na própria sociedade, nos costumes. E para que o povo siga essas normas gerais deveria existir em primeiro lugar a educação e o respeito ao próximo. Se pelo menos esta regra fosse cumprida não precisaríamos de nenhuma lei. Por exemplo: condição básica: não fazer nada, praticar atos que causem prejuízos ao próximo. Pronto, se isso fosse cumprido seríamos um paraíso na terra. Mas como isso é uma utopia, foram criadas juntamente com as leis, as penalidades para aquelas pessoas que existem as penalidades. Os códigos que disciplinam os direitos e deveres preveem também as penalidades para aqueles que não os observam.

 

Portanto, temos os princípios acima e a mostra da causa maior da maioria dos problemas e dos males, que reside na impunidade. Ora esta impunidade está intimamente ligada a mais códigos legais, procedimentos e trâmites que dependem exclusivamente dos homens. E assim o ciclo é fechado. Temos uma Terra Brasilis com amplas condições para uma vida tranquila, um ordenamento de leis para reger todas as ações e medidas disciplinares e penais para tratar aqueles que não as cumprem.

 

Determinar exatamente onde é o princípio disso tudo é a parte difícil e que nossos representantes não estão se esforçando há muito tempo. Os políticos, em sua maioria, são interessados em si próprios, isso em se tratando de todos os rincões de nossa terra. E nossos gestores também possuem parcelas de culpa acentuadas quando prometem e não cumprem suas metas e objetivos.

 

Atravessando tudo isso de ponta a ponta está o maior dos males, que é a corrupção, alimentada pela ganância daqueles que burlam os regulamentos, compram aqueles que se vendem por dinheiro, benefícios ou poder, atravancam o bom andamento das leis através de procedimentos ilícitos e se constitui em um câncer que destrói paulatinamente tudo o que é bom na Terra Brasilis. Ainda não temos remédio para esse mal, que está arraigado de forma profunda no âmbito nacional.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) quarta, 05 de setembro de 2018

UM RETRATO DO BRASIL NA ATUALIDADE

 

UM RETRATO DO BRASIL NA ATUALIDADE

João Ribeiro da Silva Neto

 

Estamos com poucas esperanças, apesar de uma boa parte da população trabalhar com seriedade para o bem do país e para sua subsistência. Ou parte tenta produzir, gerar empregos, como na agricultura. Mas além dos entraves advindos da crise econômica e de outros fatores abaixo mencionados ainda sofrem invasões de grupos extremistas, patrocinados por grupos mais radicais ainda, que invadem, incendeiam, destroem maquinário etc. Por outro lado acho que o nosso Brasil: está uma vergonha e um descalabro em diversos campos de expressão do poder nacional.

 

ÁREA ECONÔMICA E SOCIAL

 

Na área econômica e social figuram os lamentáveis quadros de desemprego e de crise nas empresas. São milhões de desempregados, empresas fechando dia a dia e os índices de criação de posto de trabalho insuficientes para resolver o problema.   Pense um pouco sobre o que você faria se estivesse desempregado, sem poder pagar um plano de saúde, sem poder para sustentar sua família e cumprir com suas obrigações, como o pagamento de casa própria, sendo que muito já estão perdendo as residências por falta de pagamento.

 

O DESEMPREGO

 

O quadro de desemprego é muito dramático no Brasil. O contingente de mão-de-obra desempregada aumenta diariamente porque todos os dias milhares de pessoas completam dezoito anos e vão à procura de seu primeiro emprego... Poucos conseguem. E no outro dia a situação se repete: mais gente se soma aos desempregados. É uma bola de neve, que provoca uma massa de cidadãos e cidadãs compondo um batalhão de desempregados, com todas as más consequências advindas. Tudo isso ocorre em uma situação econômica normal, de um país como o Brasil. Mas no momento atual, de crise grande em vários aspectos, com empresas fechando ou demitindo muito, o problema é extremamente agravado.

 

A BUROCRACIA

 

Os entraves burocráticos para tudo e para todos constituem um verdadeiro absurdo e diferencia o Brasil de forma crescente daqueles outros, considerados de primeiro mundo.

 

A ÁREA DA SAÚDE

 

A área da Saúde está também caótica e apresenta as deficiências do conhecimento de todos... É inegável que a migração de planos de saúde para aqueles que cobram menos, mais também oferecem menos, é fruto da situação financeira de boa parte da população.

 

AGÉNCIAS REGULADORAS

 

As agências reguladoras criadas pelo governo não atendem as necessidades do povo brasileiro. Por que será? As passagens aéreas são aumentadas, mesmo com promessas ao contrário. E o povo paga caro por tudo.

 

SEGURANÇA PÚBLICA

 

A Segurança Pública está muito deficiente. O crime organizado e desorganizado batendo forte e vencendo o Estado em várias frentes. As drogas tomaram conta de tudo e dominaram quase todos os estados do Brasil. Infelizmente a captação de altas somas pelos traficantes faz com que o estado brasileiro esteja perdendo essa guerra.

 

SEGURANÇA DOMICILIAR

 

Em nossas casas nós mesmos estamos verdadeiramente trancafiados como em prisões domiciliares! Cercas elétricas, portões, sensores, grades de ferro, alarmes e todo o tipo de proteção que o cidadão pode usar. E os marginais à solta, armados e na certeza de que suas vítimas estão desarmadas...

 

Também não podemos fazer caminhadas para nos exercitar! Nem isso, porque nos arriscamos a perder os pertences e corremos o perigo até mesmo de sermos alvejados; sair à noite, tranquilamente, nem pensar; abrir a porta de nossas casas. O perigo é sempre iminente. Isto é uma questão que NÃO PODEMOS MAIS ACEITAR, penso eu.

 

Um quadro de situação MUITO GRAVE e que devemos lutar para sua reversão em benefício de nossos filhos e netos.

 

O ESTATUTO DO DESARMAMENTO

 

O Estatuto do Desarmamento, promovido em meu entendimento de forma equivocada (propositalmente ou não) desarmou todos os cidadãos de bem e deixando de fora apenas os bandidos, aqueles que andam fortemente armados. Assim a polícia sequer chega perto do enfrentamento...

 

A criminalidade no país: estamos praticamente em uma GUERRA, na qual morrem 60 milhões de pessoas a cada ano, muito mais, por exemplo, do que a GUERRA DO VIETNÃ em perdas de soldados americanos em DEZ ANOS!

 

ASPAS “GENEBRA - O Brasil teve, no ano passado, o maior número de mortes violentas do mundo. Foram 70,2 mil óbitos, o que equivale a 12,5% do total de registros em todo o planeta. O alerta faz parte de um informe divulgado pela entidade Small Arms Survey, referência mundial para a questão da violência armada. Em termos absolutos, a entidade aponta que a situação no Brasil supera a violência em Índia, Síria, Nigéria e Venezuela“ (FECHA ASPAS)

 

ESTATUTO DO MENOR E DO ADOLESCENTE

 

O Estatuto do Menor é outra vergonha e fator de incentivo à impunidade. Observem que as LEIS são elaboradas por aqueles que os brasileiros elegeram. E os maiores bandidos de colarinho branco são soltos toda hora por juízes de nossa Suprema Corte, infelizmente. Há enormes divergências entre eles próprios, o que trás uma insegurança jurídica, ao mesmo tempo em que propaga e deixa a nítida impressão da impunidade.

 

POLÍTICOS NO BRASIL

 

Os políticos em sua grande maioria só legislam em seu próprio interesse. Os partidos possuem quadros enormes, mordomias sem fim e sugam o dinheiro da nação de forma desavergonhada (então, temos ladrões de pequeno, médio e grande portes, para todo o tipo de gosto, infelizmente.

Você ainda acredita em políticos que prometem fazer Reformas Políticas?

 

A CORRUPÇÃO EM TODA PARTE

 

Os casos de corrupção nos deixam verdadeiramente horrorizados, porque os fatos não param de ser desvendados. E o poder do Estado em punir os culpados é muito lento. As polícias e o Ministério Público trabalham até identificar alguns corruptos. Mas as leis logo propiciam que haja solturas e abrandamento de penas. Muitos dizem que o crime no Brasil parece que vale à pena...

AS ELEIÇÕES DE 2018

 

Estamos muito próximos das eleições de 2018. E a justiça brasileira ainda está indecisa se um presidiário, condenado (e ainda por cima réu em mais ações) vai ou não concorrer às eleições... Manobras aqui e acolá. Recursos, apelações... Pode isso? Seria concebível em um país sério?

 

O QUE FAZER NA PRÓXIMA ELEIÇÃO?

 

Quanto a nossa próxima eleição, estou decidido a votar no candidato JAIR BOLSONARO o qual, mesmo não sendo o dono absoluto do conhecimento, NÃO está comprometido com os atuais “PARTIDOS”, ou seja, com aquele AGLOMERADO de letrinhas (35 deles) que ninguém consegue decorar ou mencionar pelo menos dez... Os discursos de todos os outros candidatos são praticamente os mesmos... “Fazer a reforma tributária, aumentar empregos, melhorar a saúde” etc. Palavras são palavras, nada mais que palavras.

 

Esta é a minha opinião, baseada em fatos e em conceitos formados. Um direito democrático que ainda nos resta. Todos os eventuais comentários, desde que com ideias e fundamentados serão bem aceitos. Aqueles que possuem uma fé cega e não querem mesmo enxergar os problemas abordados nos tópicos acima por gentileza fiquem com suas convicções.

 

(*) João Ribeiro é Analista de Informações do Ministério do Trabalho, aposentado, cargo hoje denominado Oficial de Inteligência na atual Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); atuou também na Chefia da Segurança Orgânica, de Informática e da Documentação, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Atualmente é Diretor do Instituto Portal Messejana e escreve também em seu blog, no qual aborda assuntos de interesse geral da comunidade e de outros campos de expressão do poder nacional. Prático e racional e com múltiplos interesses, gosta de música e aprecia Artes Marciais e a natureza, com ênfase para técnicas de sobrevivência na selva e ambientalismo.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) sexta, 19 de janeiro de 2018

A CANALHICE ACOMPANHA O BRASIL. ATÉ QUANDO?

 

A CANALHICE ACOMPANHA O BRASIL

ATÉ QUANDO?

(João Ribeiro da Silva Neto)

 

 

Efetivamente não dá mais para suportar o que acontece neste país. E como muitos concordam o tema é enfadonho porque existe um lenga-lenga nos acontecimentos, a maioria dos maus políticos e gestores acaba escapando ou mesmo após de julgados e presos são soltos rapidamente. É uma lástima. A população tentando sair da crise, melhorar, trabalhar e, por outro lado, os políticos preocupados em se livrar das acusações de ilicitudes diversas, os gestores loteando cargos públicos em troca de votos, comprando a liberdade de políticos envolvidos com ilícitos através de votações espúrias, com muito dinheiro em emendas parlamentares. 

 

Em todos os setores controlados pelo Estado nós encontramos muitas falhas. Basta uma rápida olhada para a área da Saúde, da Segurança Pública, Educação, para ver o quanto estamos dominados. O crime organizado começa a expandir os seus domínios por todo o país. Assaltos a bancos, homicídios, chacinas, tráfico de drogas, acontecem cada vez mais em uma escalada vertiginosa, tanto que a polícia se encontra em desvantagem de pessoal, de equipamentos, armamentos e de leis que a resguarde para que possam agir. O Estatuto do Menor é uma brincadeira, pois serve de incentivo ao crime e dá asas à impunidade. O Estatuto do Desarmamento impede que cidadão de bem possam exercer o seu direito à defesa. Assim, os criminosos agem na certeza de que a polícia não os conseguirá deter e que sempre encontrarão cidadãos comuns indefesos. A expansão da criminalidade é exponencial! 

 

O tal do foro privilegiado é em nosso entender um entrave para a moralidade, para o bom andamento da justiça e principalmente para a Constituição Brasileira, que diz claramente que todos os brasileiros são iguais perante a lei.

 

No Brasil, a Constituição Federal de 1988, previu o princípio da igualdade de forma expressa em seu art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […]”. Mas todos nós sabemos que isso na realidade não funciona. Aqueles que possuem mais dinheiro ou poder conseguem sempre todos os inúmeros benefícios que a lei concede para todos, usam os recursos de forma a terem, por muitas vezes, o seu processo extinto, melhor dizendo, prescrito. E outras pessoas, por não possuírem altos cargos, poder, prestígio ou simplesmente muito dinheiro, são condenados rapidamente ou ficam jogados no falido sistema prisional brasileiro, passando muitas vezes anos na prisão sem ter acesso nenhum à defesa.

 

O maior dos problemas, entretanto, está centrado na classe política, que detém o direito de legislar (muitas vezes em causa própria). O número excessivo de políticos e suas estruturas em todo o país representam despesas incalculáveis, que nada condizem com as possibilidades do Brasil. E mesmo assim parece (entre eles, políticos) que nada está ocorrendo neste sentido. Pelo contrário, aumentam as benesses, usam os jatinhos da Força Aérea Brasileira como os cidadãos utilizam táxis, com a diferença de que os cidadãos pagam os transportes.

 

As reformas propostas, quando sérias, são esvaziadas rapidamente pelos políticos. Neste ano de 2018 podemos adiantar um quadro de muita movimentação pelo interesse das eleições, nada mais. E aliado a este conjunto todo teremos o Carnaval, a Copa do Mundo, mais de 16 feriadões para amenizar a “crise”...

 

Como esperança temos a justiça, que através da operação Lava-Jato, Ministério Público, Polícia Federal, têm se esforçado muito para mostrar e fixar na mente do brasileiro que houve mudanças. Pelos menos com alguns, das centenas de criminosos de colarinho branco, devidamente enjaulados como merecem estar.

 


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) sábado, 07 de outubro de 2017

PRESENÇA DO CONJUNTO BIG BRASA EM BALSAS FOI PREJUDICADA! PODERIA OFUSCAR A QUEM?

 

PRESENÇA DO CONJUNTO BIG BRASA EM BALSAS FOI PREJUDICADA! PODERIA OFUSCAR A QUEM?

João Ribeiro da Silva Neto

 

Nas comemorações de seus 50 anos, o Conjunto Big Brasa conseguiu reunir dois de seus participantes para marcar presença em Balsas, Maranhão, no Clube Recreativo Balsense, onde tinha se apresentado pela primeira vez em 1967, há exatamente 50 anos! Adalberto Pereira Lima (teclado), João Ribeiro da Silva Neto (guitarra) e Miguel Maia, representando o pai dele, nosso inesquecível Carlomagno Pereira Lima, o Carló –  in memoriam.

 

O prefeito de Balsas, Dr. Erik Silva, foi homenageado e representou o Dr. Bernardino Pereira – in memoriam –, que foi um dos maiores incentivadores da presença do Conjunto Big Brasa em Balsas, ainda com Alberto Ribeiro da Silva (conhecido pela família Big Brasa como Mestre Alberto) que também já nos deixou fisicamente.

 

Na oportunidade, a abertura da festa foi abrilhantada com uma paródia da música Festa de Arromba, do Erasmo Carlos, feita por João Ribeiro, que era o guitarrista do Big Brasa. Na letra, ele faz homenagens a pessoas que estiveram presentes à festa de 1967.

 

Detalhes que interferiram na apresentação do Big Brasa:

 

A continuidade da apresentação do Conjunto Big Brasa ao longo da referida festa foi TOTALMENTE prejudicada por um erro da banda OPSOM, de Fortaleza, que se adiantou e tocou as músicas previamente ensaiadas para o evento. O erro coube ao líder da banda OPSOM, Walter Faheina, que era o responsável pela ordem das músicas. E essas músicas não puderam ser repetidas, ao longo da festa, pela NÃO autorização do responsável pelo evento, Esmaragdo Neiva, fato muito estranho e extremamente lamentável, pois os componentes do Conjunto Big Brasa ensaiaram com a Banda OPSOM e se deslocaram de Fortaleza para Balsas para esses registros.

 

 Outros detalhes que prejudicaram a apresentação, como a falta de som para a guitarra, na hora da abertura, quase prejudicou a apresentação da única música que foi tocada, o que se pode ver nitidamente no vídeo gravado. Ainda a ressaltar que o som de microfone do excelente saxofonista, que improvisaria em muitas músicas com o guitarrista do Big Brasa, também foi prejudicado, inexplicavelmente.

 

 Por que a Banda OPSOM não corrigiu o próprio erro? Uma pergunta que não quer calar! É de se estranhar muito que, mesmo após o seu próprio erro, o responsável pela Banda OPSOM não tenha, pelo menos, tentado corrigi-lo. Vale dizer, novamente, que o responsável pela festa, Esmaragdo Neiva, contratante da Banda OPSOM, NÃO autorizou a referida Banda a repetir as músicas ensaiadas com o Conjunto Big Brasa. Estaria assim tudo explicado? Para nós, do Conjunto Big Brasa, não!

 

Faltou no mínimo respeito pela nossa iniciativa, pela nossa presença em Balsas, em 1967, como o primeiro Conjunto Musical da Jovem Guarda, pelo incentivo de nosso primo José Bernardino – in memoriam – e de meu pai Alberto Ribeiro da Silva – in memoriam –, que foram os maiores entusiastas daquela apresentação.

 

Apesar disso, a presença do Conjunto Big Brasa em Balsas aproximou todos os amigos, amigas e fãs do Conjunto, em especial o Diretor do Clube Recreativo Balsense (CRB), Anatolio Maia Barros, além de diversos parentes, que solicitaram diversas vezes a presença e o retorno dos componentes do Big Brasa em palco e ficaram sem entender (assim como todos nós do Big Brasa) o motivo da NÃO autorização para que o conjunto repetisse as quatro músicas.

 

Fica externada aqui o agradecimento a todos de Balsas que prestigiaram o Conjunto Big Brasa e que nos enviaram mensagens a respeito do lamentável ocorrido.

 

João Ribeiro, Miguel Maia e Adalberto

 

Mais uma vez, a nossa gratidão aos amigos, amigas e fãs do Conjunto Big Brasa em Balsas, além de um abraço cordial em todos.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) segunda, 21 de agosto de 2017

AS AMIZADES VIRTUAIS E OS TEMPOS MODERNOS

AS AMIZADES VIRTUAIS E OS TEMPOS MODERNOS

João Ribeiro da Silva Neto (Beiró)

 

 Quem diz ou aconselha que é preciso termos cuidado para não nos fecharmos ao mundo real e adotar o mundo virtual como uma fuga tem razão, em parte. Mas por outro lado, a sociedade sofre alterações dia a dia, os meios de comunicação também, as distâncias são encurtadas de certa maneira que podemos conversar com amigos, amigas, parentes, enfim, pessoas de qualquer natureza à distância. E isso é muito bom!

 

Sou uma pessoa que gosta de novidades e de acompanhar a evolução dos tempos. E está aí exatamente o ponto chave da história: descobri que as inúmeras redes sociais possuem particularidades diversas. E dentro deste princípio aderi a elas, gradativamente.

 

Em razão disso conheci várias pessoas muito interessantes, encontrei amigos e amigas que há tempos não falava, localizei muito parentes pelo Brasil afora e também encontrei espaços para colocar no mundo um pouco de minhas ideias. Através de um blog, de vídeos familiares, fotografias. A comunicação ficou muito mais fácil, não resta a menor dúvida. Quem possui o famoso Whatsapp sabe disso.

 

Dentro dos limites impostos pela privacidade ou pela segurança, que cada um de nós deve procurar manter, de acordo com suas próprias convicções ou necessidades, tudo isso, o Facebook, o Twitter, o Instagram, o Google Plus e outros mais, são ferramentas que ficam disponíveis para nosso bom uso. Dizem que as redes sociais fazem parte das maravilhas do mundo, pois através delas pessoas se comunicam a todo instante de qualquer lugar do planeta, compartilham suas experiências e, até no comércio, as mais inexperientes marcas fazem esforço para se comunicarem com seus clientes.

 

Vale dizer que as restrições a determinados temas, que aprendi no tempo em que eu era um radioamador muito ativo, tendo feito milhares de contatos que envolveram 172 países, também são até certo ponto válidas nas redes sociais de hoje em dia. Por exemplo, Política, Religião e Futebol são temas que possibilitam muitas discórdias. Mas a diferença do que existe hoje em termos de comunicação social, através das diversas redes, é que podemos e devemos externar nossos pensamentos ou ideias de forma a que não ofenda a quem conosco não concordar.

 

O convencimento de alguém a adotar algum conceito através de imposições ou de pressões não existe. Quando pessoas acreditam, de boa-fé ou de má fé em determinada causa, não há jeito mesmo. Então o que fazer? Não aceitar provocações, evitar choques desnecessários de ideias de forma a provocar o rompimento até de amizades. E escrever sempre os conceitos, iniciando ou intermediando os termos “em meu entendimento” ou expressões similares. O que indica claramente ao leitor que ele pode ter outra ideia. E que pode apresentá-la, desde que o faça dentro dos mesmos parâmetros do respeito, educação e cordialidade.

 

O que virá a seguir é muito fácil. Se você acha que determinada pessoa ou grupo está prejudicando o seu espaço, simplesmente não responda e não aceite provocações. E se ao adicionar um novo amigo virtual constatar que ele também não é o que você pensava, é bem mais fácil desfazer essa amizade virtual.

 

Em suma, tenho as amizades virtuais como plenamente legítimas. Passo a conhecê-las primeiramente pelo espírito, que é bem desenhado através da palavra. E sempre que possível gostaria de conhecer mais a todos, o que certamente é impossível. Mas o fundamental talvez é que algumas de nossas amizades virtuais, são na realidade nossas amizades reais, as quais nossos contatos são apenas mais facilitados com o uso da tecnologia.    

 

(*) João Ribeiro é Analista de Informações do Ministério do Trabalho, aposentado, cargo hoje denominado Oficial de Inteligência na atual Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); atuou também na Chefia da Segurança Orgânica, de Informática e da Documentação, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Atualmente é Diretor do Instituto Portal Messejana e escreve também em seu blog, no qual aborda assuntos de interesse geral da comunidade e de outros campos de expressão do poder nacional. Prático e racional e com múltiplos interesses, gosta de música e aprecia Artes Marciais e a natureza, com ênfase para técnicas de sobrevivência na selva e ambientalismo.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) sábado, 19 de agosto de 2017

UMA DIFÍCIL SITUAÇÃO

UMA DIFÍCIL SITUAÇÃO

João Ribeiro da Silva Neto (Beiró)

 

 

Estamos em uma difícil situação. A economia do país foi estraçalhada em anos de má gestão, corrupção praticamente generalizada. Nunca houve neste país um número de desempregados tão grande, uma violência crescente e sem controle em todos os Estados, um crescimento avassalador do crime organizado, as áreas de Saúde e da Educação apresentando precariedades de todo tipo e com um Judiciário totalmente emperrado dentre um sem número de mazelas. Ou seja, a população brasileira come o pão que o diabo amassou.

 

É difícil, praticamente impossível e enfadonho enumerar tantos males no Brasil. A população brasileira, pelo que se observa, já não acredita mais nas manifestações. Acreditamos que se houvesse uma operação Lava-Jato em cada município brasileiro ainda assim seria muito difícil. Em todo lugar que se procura são encontradas irregularidades, desvios, maracutaias. Inúmeras autoridades estão altamente envolvidas com os ilícitos. A polícia vai prendendo e, por conta de recursos e interferências mil, os acusados vão sendo soltos. A impunidade é um verdadeiro combustível para o crime.

 

Uma reforma política necessária!

 

Além das inúmeras reformas propostas pelo Poder Executivo, em uma tentativa de tirar o país do buraco em que se encontra, é importante observar o comportamento da classe política, no Congresso Nacional. As prioridades são esquecidas e se trava uma eterna luta pela perpetuação dos cargos, dos mandatos, com a finalidade específica de ficar perto do Poder e dele usufruir cada vez mais. As negociatas pelos votos continuam como em outros governos. O troca-troca, o “toma lá, dá cá” são os artifícios mais utilizados como articulações e manobras políticas. Todos estão, na realidade, indiferentes para a situação do país. Como exemplo das verdadeiras imoralidades e absurdos é um juiz ganhar em um só mês mais do que R$ 500 mil reais e dizer, ao ser questionado: “pouco estou me lixando com isso. No próximo mês irei receber 750 mil e vou postar no Facebook”... A que ponto chegou o país? E tudo dentro da legalidade! Ou seja, as leis é que fornecem os aspectos legais para que as imoralidades com o erário público aconteçam.

 

Com 13,5 milhões de desempregados a tônica no Congresso é se o “Distritão” é melhor do que o Distrital Misto ou o que quer que seja.

 

O teto salarial do funcionalismo público

 

A lei determina que haja um teto para os salários dos servidores públicos. Mas isso na realidade nunca aconteceu, porque existem mil artifícios que tornam as inúmeras gratificações e auxílios ou penduricalhos salariais de qualquer espécie sejam incorporados aos salários.

 

E na situação de crise intensa o Poder Executivo pode apenas determinar os cortes em seu pessoal. Como o aumento de impostos, da contribuição previdenciária, do teto para as carreiras, valendo a ressalva: sempre com exceção dos militares.

 

Ilusão geral

 

Todos aqueles que acreditam na representatividade dos políticos no sentido de trabalharem em prol da sociedade estão redondamente enganados. As diversas agremiações existentes, em sua maioria, estão voltadas para seus interesses. Portanto alheias ao que acontece no Brasil. Buscam apenas as condições ideais, os financiamentos de suas campanhas para se eternizarem no poder.

 

Em última análise, raciocine: você ser obrigado, através dos impostos que paga, a financiar as campanhas daqueles que estão eternamente espoliando o país? Ora, na verdade o certo seria que cada político ou partido fizesse, arcasse com os custos de suas campanhas. E ponto final.


Big Brasa - João Ribeiro da Silva Neto (Beiró) quinta, 17 de agosto de 2017

UMA ALEGRIA INDESCRITÍVEL

UMA ALEGRIA INDESCRITÍVEL

João Ribeiro da Silva Neto (Beiró)

 

 

Era tarde, uma brisa agradável tomava conta de nós. Tínhamos passado muito tempo conversando, com troca de olhares, sorrisos e brincadeiras. O clima de tão descontraído estava muito envolvente. Uma espécie de amor e ternura nos impregnava. Tudo aconteceu no dia nove de julho de 2017!

 

Passava o tempo e em nossa casa continuava o encontro, sorrisos e um sentimento que não dá mesmo para ser descrito fielmente. Com um violão por perto, uma rede que balançava ao sabor do vento naquele terraço tão gostoso e acolhedor.

 

O dia parecia que estava marcado para acontecer algo de novo, imaginei. Conversa vai, conversa vem, acenos e trejeitos de lado a lado, uma atmosfera ingênua, emocionante e alegre. Até nos filmamos e fotografamos para registrar aqueles momentos mágicos.

 

E assim a tarde foi nos envolvendo, o sol cedendo suas forças para um pôr-do-sol magnífico naquele local. Eu não poderia saber o que nos aguardava... Mas as conversas não paravam! Vários momentos de abstração total, de descontração e alegria, tudo quase ao mesmo tempo!

 

E eis que tinha chegado o momento da grande experiência. Foi por total iniciativa minha. Seria para ela uma grande descoberta, um pequeno passo na vida que significaria certamente uma sequência magnífica para o amanhã. E tomei a grande decisão! 

 

De repente, quase do nada, decidi que minha netinha Bárbara, com apenas três meses de idade, iria tocar os pezinhos no chão pela primeira vez! Eu a segurei pelos braços e delicadamente a coloquei de forma a encontrar o piso de nossa casa, simplesmente isso!

 

E foi lindo ver a alegria dela ao sentir aquele friozinho gostoso, que descarregava suas energias para a terra. Era como se estivesse correndo. Pela sua expressão de felicidade ela andava igualmente a todos nós! Foram momentos intensos e guardarei para sempre o sorriso de felicidade de minha querida Bárbara. Uma verdadeira princesa que já aprendi a amar muito!

 

A felicidade pode ser encontrada sem que a esperemos!

 

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 N. E. – João Ribeiro da Silva Neto (Beiró), é filho de meu primo legítimo Alberto Ribeiro da Silva, por sua vez filho de João Ribeiro da Silva, meu tio e irmão de Rosa Ribeiro, meu saudoso pai. Músico polivalente, Beiró é o líder do Conjunto Musical Big Brasa que, neste julho de 2017, comemora, com toda a pompa e circunstância, o Cinquentenário de sua apresentação em Balsas, sertão maranhense, onde o Patriarca fincara suas raízes nos idos de 1910. Bamba também na Literatura, Beiró brinda-nos, agora, com os dois livros cujas capas adiante se veem. E mais, para mostrar seu talento poético, presenteia-nos com a crônica acima, verdadeiro poema em prosa, dedicado a sua netinha Bárbara. Com esta publicação, o Almanaque Raimundo Floriano sente-se honrado pela deferência, esperando que mais trabalhos de sua inspirada lavra sejam uma constante por aqui.

 

 


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