Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Leonardo Dantas - Esquina quinta, 30 de agosto de 2018

1654: JUDEUS TROCAM O RECIFE POR NOVAS TERRAS

 

 
 
1654: JUDEUS TROCAM O RECIFE POR NOVAS TERRAS

 

 

Amsterdam (1655)

Após a rendição das tropas da Companhia das Índias Ocidentais, em 27 de janeiro de 1654, cerca de 400 judeus residentes no Recife e em Maurícia tiveram “o prazo de três meses para liquidar seus negócios e abandonar o país”. Os súditos holandeses, porém, que quisessem permanecer com os seus negócios e propriedades, no Brasil, teriam o mesmo tratamento dos estrangeiros residentes em Portugal.

Como o prazo dado era por demais diminuto, na população judia, particularmente entre os cristãos-novos convertidos ao judaísmo, cresceu o temor dos castigos do Tribunal da Inquisição. O governador português Francisco Barreto de Menezes, em sua proclamação de 7 de abril, somente admitia a prorrogação da permanência daqueles judeus que nunca haviam sido batizados, “os judeus que anteriormente haviam sido cristãos, estavam sujeitos a Santa Inquisição, um assunto que não podia interferir”. No dia seguinte à proclamação, “um grupo de judeus solicitou, com êxito, às autoridades holandesas uma provisão de alimentos suficiente para viajar a França no navio português São Francisco, tendo em conta que se tratava aproximadamente de 150 pessoas”.

Tomados de medo e de pavor cerca de 400 judeus ganharam novamente o oceano em busca dos Países Baixos. Por não encontraram meios de subsistência, outra vez retornaram ao Novo Mundo, estabelecendo novas comunidades no Caribe – Martinica, Barbados, Curaçau e Jamaica. No seu novo destino se dedicam à indústria do açúcar, fundando novos engenhos e cultivando as mudas de cana que haviam levado de Pernambuco, bem como a cultura do fumo, estabelecendo-se outros na América do Norte, que, na época, iniciava a colonização da Nova Amsterdã (Nova Iorque).

Judeus em Nova York

O forte da Nova Amsterdam na ilha de Manhathan (1651)

A saga de um desses grupos saídos do Recife é descrita pelo haham de Amsterdã Saul Levi Mortera, pouco antes do seu falecimento em 1660, no manuscrito a Providencia de Dios con Israel , que, passageiros do navio Valk tiveram o seu barco tomado por espanhóis que os ameaçavam de entregar à Inquisição. Na Jamaica, porém, foram os judeus libertados pelos franceses e, com eles, rumaram em direção à Nova Amsterdã a bordo do barco Sainte Catherine. Desse grupo, 23 judeus [quatro casais, duas viúvas e treze crianças], já se encontravam na Nova Amsterdã em setembro de 1654, fundando assim a primeira comunidade judaica daquela que veio a ser a cidade de Nova Iorque.

Em 1954, por ocasião do terceiro centenário da chegada dos primeiros judeus à Nova Iorque, o local do desembarque foi assinalado com marco afixado pelas autoridades estaduais.

• Erected by The State of New York to honor the memory of the twenty three men, women & children who landed in september 1654 FOUNDED THE FIRST JEWISH COMMUNITY IN NORTH AMERICA.


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