Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Marcelo Alcoforado - A Propósito sexta, 01 de dezembro de 2017

A BÍBLIA TINHA RAZÃO

 

São Mateus lembra que a vida não é feita somente de prazeres, mas também de tribulações. Quanto a isso parece não haver dúvida, pelo menos a julgar por um acontecimento de 1984.

Naquele ano, na ilha Achill, situada na Irlanda, uma praia chamada Dooagh, simplesmente desapareceu após fortes tempestades. É o que você leu. A praia sumiu, deixando em lugar da areia, pedras. Apenas pedras.

Passados 33 anos, os irlandeses já estavam esquecidos daquele outrora concorrido balneário, quando, em abril deste ano, centenas de milhares de toneladas de areia foram arrastadas de volta à costa durante uma maré de proporções tais que fez a praia renascer para os seus momentos de glória.

Com justa razão, os irlandeses estão empolgados com a novidade, já que reocupam um espaço privilegiado, tanto que tem causado engarrafamentos na ilha, tal o número de carros chegando de todos os lugares da Irlanda e do Reino Unido em busca de conhecer a velha Dooagh, a mais nova praia do mundo.

Está feita a festa dos saudosistas. Eles que sempre rememoravam com melancolia os dias em que ainda jovens haviam fruído as delícias do lugar, agora estão exultantes. O turismo irlandês, por sua vez, que tinha cinco praias com o certificado de qualidade ambiental, passa a ter, se a natureza concordar, é claro, sexta.

Enquanto se busca explicar o ressurgimento da praia, fenômeno que pretensamente vai da mudança na posição da fonte de sedimentos a possíveis alterações nas características das ondas da região passando por uma mudança nas condições ambientais, os irlandeses estão gozando a sua maravilha ressuscitada após ser engolfada pelo mar 33 anos antes.

Pensando bem, no momento em que tantas das nossas praias vêm sendo tragadas pelo mar, seria muito bem-vinda a devolução das nossas brancas e finas areias.

Afinal, se Mateus escreveu que depois da tempestade vem a bonança, há de tê-lo feito com a autorização de Deus. Ora, sendo Ele brasileiro, como costumamos dizer, não será muito difícil resolver o problema.


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