Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

José de Oliveira Ramos - Enxugando Gelo segunda, 12 de outubro de 2020

A DIFÍCIL MAS ETERNA E APRECIADA DOÇURA DO MEL

 

A DIFÍCIL MAS ETERNA E APRECIADA DOÇURA DO MEL

Mel de abelha só sabe fazer o bem

Os tempos estão amargos. Precisamos adoçar isso um pouco, e falar de mel. Falar da doçura do mel, passeando um pouco e rápido pela dificuldade de “fabricar” algo tão doce e benéfico para a saúde. Benefício sem nenhuma contraindicação. É doce e só faz o bem.

Hoje viajaremos na doçura do mel. Com o devido cuidado, para não nos lambuzarmos.

“O mel é um produto natural obtido a partir do néctar das flores e de excreções da abelha. Além de ser um ótimo adoçante natural, este alimento é cheio de benefícios porque conta com ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir micro-organismos e assim proteger contra doenças.”

O mel com “industrialização” apenas na embalagem

Dito acima, o mel é um produto do néctar das flores visitadas e polinizadas pelos vários tipos de abelhas que o Único Poderoso colocou no mundo. Cada tipo com sua resistência de habitat, capacidade produtiva diferenciada, e motivação recebida da Natureza, em especial na estação primaveril.

Sem flores não haverá mel. Quanto mais o humano (???!!!) destruir a natureza inviabilizando a visível existência das estações climáticas no planeta, sem árvores, menos abelhas teremos e o mel será transformado em algo de acentuado amargor diferente.

Veja o que garante a Nutricionista TATIANA ZANIN a respeito dos benefícios do mel para a saúde humana:

“O mel possui propriedades nutritivas e terapêuticas que trazem vários benefícios à saúde. É rico em antioxidantes que protegem o corpo e o coração do envelhecimento, auxilia na diminuição da pressão sanguínea, dos triglicerídeos e do colesterol, contém propriedades contra bactérias, fungos e vírus, combate a dor de garganta e a tosse e pode ainda ser usado como adoçante natural.

No entanto, mesmo com todos esses benefícios, o mel deve ser consumido com moderação, já que ainda é rico em calorias e açúcar. A substituição do açúcar puro pelo mel em alguns alimentos ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis e pode trazer muitas vantagens para a saúde. Algumas dessas vantagens são:

1. Aumentar as defesas do corpo – Os compostos presentes no mel conferem poder antioxidante, o qual ajuda na proteção do corpo. Entre os benefícios, destaca-se a redução do risco de infarto e derrames, promoção da saúde dos olhos, além de auxiliar no tratamento de alguns tipos de câncer, como o de rim, impedindo a multiplicação das células cancerígenas.

2. Melhorar a saúde do coração – O mel traz benefícios à saúde do coração pois é capaz de aumentar o fluxo sanguíneo e reduzir a formação de coágulos. Esse processo ajuda na diminuição da pressão arterial, prevenindo assim doenças do coração.

3. Melhorar o colesterol e diminuir os triglicerídeos – O mel pode ser um bom aliado no combate ao colesterol alto, pois diminui os níveis de colesterol “ruim” (LDL) e aumenta o colesterol “bom” (HDL) do corpo. Ainda, o mel pode ajudar a diminuir os níveis de triglicerídeos porque pode ser usado como substituto do açúcar. Geralmente, dietas ricas em açúcar e carboidratos refinados causam aumento dos níveis de triglicerídeos, aumentando o risco de doenças do coração e diabetes tipo 2.

4. Combater bactérias e fungos em feridas – O mel possui propriedades que reduzem o tempo de cicatrização, pois é capaz de esterilizar feridas reduzindo a dor, cheiro e tamanho, promovendo, assim, a sua cura, sendo considerados eficaz e até melhor do que alguns curativos.

Pode ser também uma ótima opção para tratar úlceras nos pés de diabéticos pois combate os germes e ajuda na regeneração dos tecidos. O mel também já vem sendo usado para curar lesões de herpes oral e genital, já que reduz a coceira e funciona tão bem quanto as pomadas encontradas na farmácia. Também pode tratar bactérias resistentes a antibióticos, úlceras e feridas a longo prazo após a cirurgia e queimaduras.

5. Aliviar a dor de garganta, asma e tosse – O mel reduz a inflamação e inchaço da garganta e dos pulmões, sendo eficiente ainda nos casos de gripe e resfriado, melhorando o sono. É indicado tomar duas colheres de chá de mel na hora de dormir, pois o doce faz com que mais saliva seja produzida. Isso melhora a mucosa da garganta protegendo contra a irritação, reduzindo e aliviando a tosse, sendo, em muitos casos, mais seguro e eficaz que alguns xaropes.

6. Melhorar a saúde gastrointestinal – O mel é um prebiótico muito potente que nutre as bactérias boas que vivem no intestino. Logo, é benéfico para a digestão e para a saúde em geral. Além disso, também pode ser usado para tratar problemas digestivos, como diarreia e é eficaz no tratamento para as bactérias Helicobacter pylori, causadoras de úlceras gástricas. Ainda, outro chá que pode ser feito para combater a má-digestão é de mel com canela, pois esses dois alimentos naturais ajudam a melhorar o processo digestivo como um todo.

7. Ajudar na memória e ansiedade – O uso do mel em substituição ao açúcar vem sendo associado com a melhora da memória e dos níveis de ansiedade. Além disso, estudos indicam que o mel também pode melhorar a memória de mulheres na menopausa e pós-menopausa.

8. Tratar hemorroidas – O mel possui propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias, analgésicas e cicatrizantes, que reduzem o sangramento e aliviam a dor e a coceira causadas pelas hemorroidas. Para esse efeito, basta misturar mel, azeite de oliva e cera de abelha e, depois, aplicar na região.

9. Combater a obesidade – Devido às suas propriedades, o mel melhora o controle de açúcar e gordura no sangue, reduzindo o estado inflamatório e auxiliando na manutenção do peso.” (Tatiana Zanin).

E… quem faz esse mel ser tão doce?

A abelha “engenheira do doce mel

Os especialistas afirmam que existem várias espécies de abelhas, sendo necessária, às vezes, a mudança de nome dessas espécies, de região para região deste país continental. Abelha africana, jandaíra, araçá, uruçu, mandaçaia, tiúba, jataí, contando ainda os marimbondos chapéu, amarelo e outras espécies, todas produzindo mel.

Cada espécie de abelha “trabalha” com tipo diferente de flores, de onde extrai o pólen. São chamadas também de “abelhas operárias” e recebem comando da “abelha rainha” – mesmo tipo de vida da Rainha da Inglaterra. Reina, mas não manda nada.

Marimbondo chapéu ou marimbondo de fogo

O marimbondo produz mel. Não se tem informação afirmando o consumo do mel produzido pelo marimbondo – sempre em menor quantidade que o produzido pelas abelhas. Provavelmente, por conta das diferenças entre as colmeias.

Do marimbondo se tem informação dizendo da dor provocada no ser humano pela “ferroada” desse mosquito. Quem já teve a má sorte de ser ferroado pelo marimbondo não faz nenhum elogio.

Eu mesmo, criança e ainda morando em Queimadas, quase perdi um primo por conta de uma ferroada do marimbondo chapéu. Um só marimbondo não. Vários. Foram ferroadas nos lábios e nos olhos. A falta de cuidado adequado levou à uma infecção, e essa causou problema grave para a visão.

Colmeia do marimbondo chapéu

Distante da intenção de procurar mel (e era fácil encontrar enxames de arapuá, uma abelha preta que constrói colmeia nas árvores semelhante ao cupinzeiro), a infância premiava a meninada com a diversão do “caçar com baladeiras” – alguns até contribuíam com rolinhas, juritis, camaleão, teiú, nambus para completar o “dicumê”, quase sempre feijão com nada – e era isso que a levava à mata.

Comum encontrar cobras verdes, cobras de cipó, libélulas, gafanhotos, calangos, mané-magos, louva-deus e também muitos marimbondos.

Criança que sabe ser criança, “não bole com marimbondo”, era o que aconselhavam os avós, quando pegávamos a baladeira e o bornal com pedras e outros apetrechos apropriados para aquela divertida obrigação de caçar.

Marimbondo não ficava fora do caminho. Avistado, ninguém se atrevia e mexer. Quando se atrevia, mexia e saía de perto.

Marimbondo da febre

Entretanto, havia nas Queimadas uma espécie rara de marimbondo desconhecida para um sem-número de pessoas mas, conhecida pela meninada, principalmente a que andava pelas matas caçando aves ou filhotes ainda nos ninhos para criar. Era criado com a intenção do entretenimento, sem qualquer tipo de maldade com as pequenas aves.

Essa espécie de marimbondo construía uma colmeia em forma de pera, mas os “afuleimados” garantiam que se assemelhava a um seio de menina. Pequeno e rijo. Era ali que viviam os marimbondos que, ferroando alguém, provocava febre. Provavelmente, era uma espécie que tinha alguma serventia para os pesquisadores. Essa espécie, ninguém se atrevia à saber se produzia mel ou apenas ferroava.

Mas, entre todas essas espécies de abelhas ou marimbondos que produzem mel, uma espécie em especial chama a atenção de duas comunidades: a comunidade indígena, que faz uso do mel para fins terapêuticos; e a comunidade dos pesquisadores, que há anos tenta descobrir a forma habitacional em função do pequeno porte da abelha e a sua real utilidade medicinal para a saúde humana.

Comumente é conhecida como “abelha mosquito” e é o seu tamanho minúsculo que causa curiosidade. Escolhe os lugares mais fáceis de serem encontrados, tanto para viver quanto para produzir.

A abelha mosquito escolhe o jucá ou pau-ferro para construir suas colmeias. Constrói no miolo dessas árvores a sua colmeia e ali produz e se reproduz, sem a preocupação de ser incomodado. Mas os indígenas sabem a forma para extrair o mel medicinal da abelha mosquito.

A abelha “mosquito” de mel medicinal preferido pelos indígenas


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