Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Marcelo Alcoforado - A Propósito sábado, 17 de fevereiro de 2018

A PRISÃO IDEAL

 

Para começar, considere-se que as prisões muito diferem de país para país. Não só quanto à segurança, diga-se, mas também quanto ao tratamento recebido pelo apenado. O sistema carcerário, pode-se afirmar, não deixa de ser um depoimento sobre a nação que o instituiu e mantém.

Na norueguesa Bastoy Prison, por exemplo, cumprem pena pouco mais de 100 homens. Eles não vivem em celas, mas em pequenas casas, trabalham na fazenda-prisão, podem tomar banho de sol, jogar tênis, pescar, caminhar no campo e passear a cavalo. Além disso, recebem educação, formação e programas de capacitação.

Em Otago, Nova Zelândia, os prisioneiros têm quartos confortáveis e aprendem habilidades de trabalho como técnicas de eletricidade, criação de gado leiteiro e culinária.

A de Leoben, Áustria, abriga 205 condenados, cada um na sua cela com banheiro privativo, cozinha e TV, e coletivamente disponibiliza sala de musculação, quadra de basquete, biblioteca e uma área de recreação ao ar livre. É prisão apenas para condenados por crimes não violentos, como roubo e estelionato.

Em Aranjuez, na Espanha, as crianças de mães que cumprem pena na prisão podem ficar com os pais encarcerados em uma cela mais confortável – de até 150 metros quadrados – com cama de casal, berço e banheiro privativo. Durante o dia, enquanto eles trabalham ou aprendem atividades profissionalizantes no presídio, as crianças frequentam a creche e escolinha local.

A suíça Champ-Dollon já teve graves problemas de superlotação, doenças e distúrbios mentais entre os detentos, mas em 2008 tudo mudou. Agora, as celas têm capacidade para três prisioneiros, são espaçosas e possuem banheiro privativo. A propósito, a alemã JVA Fuhlbuettel foi reaberta em 2011, com celas espaçosas, dotadas de cama, sofá, armário, mesa e banheiro privativo.

Na Suécia, a de Sollentuna tem celas com banheiros privativos e, na área comum, sala de musculação, sala de TV com sofás, e cozinha toda equipada para preparação de receitas. Tem tudo isso, mas cada centímetro quadrado do local é vigiado pelas câmeras de segurança.

Por fim, de novo na Noruega, a prisão Halden é a mais humana e luxuosa do mundo. Tem biblioteca, estúdio de gravação de músicas e até uma parede de escalada. Os presos são mantidos com boa comida e café quente, e as celas possuem televisor, frigobar, e banheiro privativo, com belas vistas da floresta circundante. É prisão de segurança máxima já que abriga alguns dos piores criminosos, incluindo Anders Breivik, aquele que disparou contra uma multidão na capital norueguesa, matando 76 pessoas.

No Brasil, como se sabe, é diferente. As cadeias carecem de segurança, espaço e, principalmente, de condições, mínimas para esperar a recuperação de pelo menos alguns de seus detentos. São homens amontoados, contrariando uma velha lei da física, aquela que ensina que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço.

Pensando bem, com a prisão, em segunda instância, do deputado João Rodrigues, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva está às vésperas de um enorme problema: como enfrentará a vida nas penitenciárias brasileiras.


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