Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

José Domingos Brito - Memorial quarta, 31 de janeiro de 2024

AS BRASILEIRAS: LAURA RUSSO (CRÔNICA DO COLUNISTA JOSÉ DOMINGOS BRITO)

 

AS BRASILEIRAS: Laura Russo

José Domingos Brito

 

 

Laura Garcia Moreno Russo nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20/2/1915. Advogada e bibliotecária pioneira no exercício da profissão no Brasil. Teve atuação destacada na elaboração e regulamentação da legislsção profissional do bibliotecário no País, em 1962. Colaborou na implantação dos cursos de biblioteconomia e criou a FEBAB-Federação Brasileira das Associações de Bibliotecários.

 

Diplomada em Biblioteconomia pela Escola Livre de Sociologia e Política (atual Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), em 1942 e em Documentação pela mesma institutição, em 1959. Trabalhou na seção de Aqusição e Registro da Biblioteca Mário de Andrade no periodo 1942-1959. Em seguida foi chefe da seção de Psicologia Infantil da Biblioteca Monteiro Lobato por 3 anos e retornou ao antigo cargo em 1961-1968, quando foi promovida a diretora da biblioteca.

 

Igressou no magistério, em 1954, através do curso de Formação Profissional de Professor na Escola Normal Dr. Veiga Filho. Realizou o curso de especialização na Biblioteca Nacional de Madrid, onde obteve o título de mestre  em Biblioteconoomia e Arquivística em 1958. Trabalhou na criação da biblioteca da Santa Casa de Misericórdia, Academia Paulista de Letras e do Centro Cervantes, atual Centro Universitário Ibero-Americano, onde foi homenageada com uma placa de prata. Na década de 1960 realizou cursos de especialização nos EUA e em 1975 foi diplomada advogada pela USP-Universidade de São Paulo.

 

Em fins da década de 1950 iniciou um movimento dos bibliotecários reunindo todas as associações profissionais e criou a FEBAB-Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, em 1959. O objetivo central da FEBAB foi obter a regulamentação da profissão. Tal objetivo foi conquistado em 1962 com a Lei 4.084/62, dispondo sobre a profissão de bbliotecário, enquadrada entre as profissões liberais, e regulamentando seu exercício. Alem deste objetivo, a função da FEBAB é congregar a categoria em âmbito nacional, o que vem sendo realizado através dos congressos anuais, e manter a atualização profissional, com a edição da Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, onde foi diretora da redação.

 

Em 1961 elaborou Código de Ética Profisssional do Bibliotecário, aprovado com poucas mudanças no IV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, que passou a ter status de lei, atribuindo ao CFB a responsabilidade pela fiscalização do exercício e da ética profissional. Em 1966 participou da criação do CFB-Conselho Federal de Biblioteconomia e dos conselhos regionais, assumindo a primeira gestão do CFB. Neste mesmo ano publicou um histórico e diagnóstico desta atividade no Brasil -A biblioteconomia no Brasil, 1915-1965- pelo Instituto Nacional do Livro.

 

Em 1979 foi criada a APBESP-Associação Profissional dos Bibliotecários do Estado de São Paulo, pré-requisito para criação do Sindicato da categoria, que veio ocorrer em 1985. Dona Laura foi uma grande apoiadora na criação do primeiro sindicato dos bibliotecários. Aos 71 anos participou entusiasmada da Assembléia de criação do Sindicato em São Paulo.

 

Dona Laura foi homenageada com uma placa de prata, pelo Centro Universitário Ibero-Americano, em 1957, e pela APB-Associação Paulista de Bibliotecários, em 1962, pelo trabalho em prol da regulamentação da pofisssão. Devido a sua atuação, o  Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo (CRB-8) criou o “Prêmio Laura Russo”, em 1998, com o objetivo de reconhecer iniciativas culturais dos bibliotecários, incentivo ao uso da biblioteca e estímulo à leitura. Faleceu em 30/4/2001.

 

 


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