Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Eliane Cantanhêde quarta, 23 de agosto de 2017

BANHO DE SANGUE - CORRUPÇÃO E VIOLÊNCIA DE MÃOS DADAS

Banho de sangue

Corrupção e violência de mãos dadas, contra os brasileiros e o futuro do Brasil

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

22 Agosto 2017 | 03h00

 

O mundo chora os 15 mortos do terrorismo em Barcelona, mas quem vai chorar os nossos 28 mil mortos pela violência descontrolada no primeiro semestre no Brasil? São, nada mais, nada menos, 155 assassinatos por dia! Algo como seis por hora! E podem chegar a 60 mil até o fim do ano!

Os alvos dos ataques monstruosos do Estado Islâmico são homens, mulheres e crianças de variadas nacionalidades, para potencializar o horror, a divulgação mundo afora e o pânico. Os alvos no Brasil são pobres, ricos, de capitais, do interior, tanto faz. Qualquer um de nós (ou dos nossos filhos) pode ser a próxima vítima.

O Estado se mostra incapaz, a cidadania parece entorpecida, a onda de violência não respeita nenhum limite, alastra-se pelo País inteiro e o Rio de Janeiro continua lindo, mas virou o mais dramático e triste exemplo do ponto a que chegamos, produzindo diariamente manchetes e vídeos aterradores. A vida não tem mais valor nenhum.

 

Crianças morrem com tiro na cabeça dentro de escolas ou na sala dos pais. Turistas estrangeiros são assassinados porque entram na “comunidade” errada. Não se pode andar na rua, nem de bicicleta, nem de carro, nem de ônibus, nem de metrô. A pessoa sai para trabalhar sem saber se volta. Mas também quase não se pode mais ficar em casa. Os tiros atingem todos os lugares.

Quem é pago para controlar a onda corre dois riscos. Ou é engolido pelo “sistema” e/ou pela constatação de que essa é uma guerra perdida e não há o que fazer. Ou morre às dezenas, deixando viúvas e filhos pequenos. Só neste ano são quase cem policiais assassinados no Rio. Rezemos para já não serem cem quando esta coluna for publicada.

Assim, temos um País onde a grande maioria está espremida entre dois extremos. Na cúpula, governantes, gerentes de estatais, doleiros e “operadores” desviam bilhões da saúde, da educação, da moradia, da infraestrutura – e do futuro. Na base, quadrilhas sem lei e sem horizonte agem à luz do dia, armadas até os dentes, sem pensar duas vezes para apertar o gatilho.

O desemprego e a desesperança completam esse quadro, mas quem se refugia no Primeiro Mundo não são os da cúpula nem os da base do crime. São, por exemplo, os melhores estudantes, os profissionais mais promissores, os que mais têm a contribuir com o Brasil, afinal empurrados para contribuir com a ciência, a tecnologia e o desenvolvimento justamente dos países que já são campeões em tudo isso.

A reforma política se encaixa perfeitamente aí. Não um distritão feito às pressas, não um fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões em meio à crise fiscal, não um quebra-galho para a eleição seguinte. Uma reforma política para valer, com novas regras, novos filtros, mais debate sobre o País, mais compromisso com a realidade e menos com cores e efeitos especiais.

O passo seguinte à Lava Jato, que expõe o mundo da corrupção e aponta os maiores culpados, tem de ser a atualização das regras políticas, partidárias e eleitorais. É essencial começar a mudar o País pelas cúpulas, para que elas realmente assumam a responsabilidade pelo que acontece nas bases. Sem mudar por cima, os brasileiros vão continuar matando e morrendo por baixo.

Temer. O instituto Paraná Pesquisas perguntou: “O presidente Temer ainda pode conquistar aprovação da sociedade e ter influência para ajudar um candidato em 2018?”. Respostas: 79,3% disseram não; 11,3%, sim; 6,3%, talvez; 3,1% não sabem. Logo, Henrique Meirelles nem padrinho tem.

PSDB. Quando até vereador solta nota para criticar a cúpula, a conclusão é de que os tucanos cansaram deles mesmos. Como a polaridade em 2018 tende a ser ainda entre PT e PSDB, os petistas estão dando gargalhadas.

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