Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carlos Brickmann - Chumbo Gordo quinta, 21 de fevereiro de 2019

BBB- BIG BODE BRASÍLIA

 

BBB – BIG BODE BRASÍLIA

Carlos Brickmann

O ministro Sérgio Moro entregou no Congresso os projetos de combate ao crime. O presidente Bolsonaro deve ir hoje ao Congresso com a reforma da Previdência. São dois projetos-chave, promessas de campanha; se derem certo, marcarão seu Governo. O momento é ótimo: o PT mantém a cabeça em Curitiba e a oposição pode ser convencida com baixo custo político.

Mas este é um Governo completo: se a oposição é fraca, os governantes providenciam sua própria e sanguinária oposição. Brigas feias em torno de conversas que, se houve (e houve) não fariam diferença. Bolsonaro e um filho brigaram com o chefe da campanha presidencial, Gustavo Bebianno, e o tocaram do Governo. Motivo? Uma importantíssima divergência sobre telefonemas que foram trocados, ou não foram trocados, entre o presidente e seu até então homem de confiança, Gustavo Bebianno. Os telefonemas, aliás, houve; e tanto o filho do presidente quanto o próprio acusaram quem disse que houve de mentiroso. Importância zero – mas o Governo rachou.

Bobagem? Quem chega ao poder pode ser tudo, menos bobo. Se houve ou não a conversa, isso foi pretexto. Então, por que a briga? Por causa do encontro marcado entre Bebianno e um alto funcionário da Rede Globo, no palácio? Bolsonaro não quer a Globo lá, disse no tal telefonema que disse que não houve. Mas dois de seus auxiliares mais próximos já receberam o mesmo cavalheiro, e ninguém brigou, não. Então, qual a causa da briga?

Sopa de letras

Vale a pena buscar também o motivo que leva o organizador da UDN, mais um novo partido, a dizer que a família Bolsonaro provavelmente irá para lá, abandonando o PSL. Qual o problema que o PSL causou, ou causa, ao presidente e a 01, 02 e 03, seus filhos? Que se saiba, nenhum. Qual será a divergência ideológica entre UDN e PSL? Nenhuma: as duas legendas se colocarão ideologicamente do jeito que Bolsonaro mandar. Por que sair de um partido estruturado para entrar num em estruturação? UDN será mais chique? Quantos eleitores se lembrarão de um partido extinto há 54 anos?

A grande atração

O repórter José Casado, de O Globo, levanta uma questão interessante: o financiamento de campanha. O PSL tinha representação minúscula e, com o impulso de Bolsonaro, formou bancada de 52 deputados. Com isso, uma legenda que recebia R$ 6 milhões anuais de Fundo Partidário passa a valer R$ 115 milhões por ano – e, se os costumes políticos no Brasil continuarem os de sempre, a bancada vai crescer e valer R$ 200 milhões de renda anual. Mas isso depende de Bolsonaro: se sai e leva seus deputados, o PSL volta à receita habitual, baixinha. O presidente do partido, Luciano Bivar, segundo Casado, administra 15% do financiamento eleitoral. Bebianno é seu vice.

A grande solução

site O Antagonista, que cita a análise de José Casado, avança e aponta a solução do problema: extinguir o Fundo Partidário e o financiamento publico de campanha. Este colunista não vê motivo nenhum para pagar a campanha de um candidato que, a propósito, nem sabe quem é. A questão é política, mas Paulo Guedes daria um jeito rápido nesta sangria de dinheiro.

A hora dos argumentos

Se na hora de mostrar força política o Governo racha, terá problemas: há parlamentares cujo faro é especialmente aguçado para detectar o momento certo de criar obstáculos. São pessoas que só se convencem quando ouvem o tilintar de argumentos ponderáveis e em grande quantidade. Bolsonaro marcou um café da manhã no Alvorada com líderes partidários, amanhã, e tentará mostrar-lhes as vantagens da reforma da Previdência. Mas só terá êxito se o cardápio for bom. Pão com leite condensado não os convence.

Carne forte

A Austrália, grande exportador de carne, enfrentou primeiro uma seca e, em seguida, chuvas devastadoras. Por causa da seca, muitas fêmeas foram abatidas; em 2018, com a abundância de carne, houve exportações de quase um milhão de toneladas, contra aproximadamente 1,4 milhão de toneladas do Brasil (mas à custa da redução do rebanho). A chuva matou 500 mil cabeças. Ou seja, as exportações futuras da Austrália serão bem menores. No Brasil, noticiou-se a seca e a inundação, mas a consequente redução das exportações não foi citada. Há quem acredite que os frigoríficos brasileiros fingiram não dar importância à Austrália, e com isso a repercussão foi mínima, para não indicar a próxima alta de preços da carne exportável.

Luz e leite

Aqui a crise é outra: os produtores de Goiás criticam a qualidade dos serviços da ENEL, que fornece eletricidade. As faltas de luz atingem com mais força os produtores de leite, deixando-os sem refrigeração. A Assembléia goiana já criou Comissão Especial de Inquérito sobre a ENEL.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros