Serendipity é uma palavra inglesa que significa uma feliz descoberta ao acaso, ou a sorte de encontrar algo precioso que não se procurava. Foi um termo cunhado no século XVI pelo escritor inglês Horace Walpole, ao retirar a palavra do conto The Three Princes of Serendip, personagens que sempre faziam descobertas acidentais usando sua sagacidade. Serendip seria o nome árabe para a região onde atualmente é o Sri Lanka. Acrescentada do sufixo ity, a palavra em inglês vira um substantivo abstrato, a exemplo de responsability (responsabilidade), que vem de responsable (responsável).
Serendipity seria, pois, a propriedade de quem age como os príncipes de Serendip, ou seja, de quem encontra soluções criativas e inesperadas para problemas de forma sagaz.
Os ingleses usam o termo para definir a capacidade de alguém encontrar, por acaso, coisas maravilhosas, como acaba de acontecer. Há poucos minutos, rebuscando papéis antigos, afloraram palavras de Albert Einstein sobre a crise, este prato indigesto para os que lutam pela vida. Em um país como o Brasil, elas são, como o são todos os dias, utilíssimas, já que vivem às voltas com crises de todos os quilates. São crises morais, políticas, econômicas, principalmente as morais, que corroem solertemente as estruturas éticas da nação a, muitas vezes, aprovar o deletério rouba, mas faz.
Não se desvirtue, porém, o achado. Veja o que o maior gênio do século 20 disse a respeito de crise: “Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. Sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um: pensar no assunto.”