Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Eliane Cantanhêde domingo, 22 de setembro de 2019

BOLSONARO PÓS-CIRURGIA

 

Bolsonaro pós-cirurgia

Foco na economia e no Senado, com torcida para a ida à ONU não virar um (novo) vexame

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

22 de setembro de 2019 | 03h00

O presidente Jair Bolsonaro usou a sua volta ao Palácio do Planalto, após a nova cirurgia, para uma série de anúncios que têm forte impacto na economia e podem ajudar um bocado a melhorar o humor nacional detectado nas pesquisas contra o governo e o próprio presidente. As medidas são para desbloquear verbas para os ministérios, continuar a abertura da economia e apressar a geração de empregos.

presidente desbloqueou R$ 8,2 bilhões para ministérios apertados e ministros desesperados, principalmente para o MEC, a Economia e a Defesa, onde estão professores e estudantes em pé de guerra, Paulo Guedes precisando desesperadamente mostrar resultados e as Forças Armadas, fundamentais na mesa de operações do presidente.

Ele também sancionou a Lei de Liberdade Econômica, que vai ao encontro das promessas de campanha e das pesquisas de opinião, que mostram perda de apoio em praticamente todos os segmentos, mas crescimento num universo bem específico: o empresariado. Se nunca fala a palavra “social”, Bolsonaro é 100% pró capital e sempre defende menos Estado, mais iniciativa privada.

 Por fim, a escolha de José Tostes Neto para a Receita Federal, substituindo Marcos Cintra, seguiu o perfil traçado pelo maior expert em Receita no País, Everardo Maciel, que comandou o órgão nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. Tostes é muito respeitado e benquisto pelos colegas. Poderá fazer fortes mudanças sem abrir uma guerra interna.

Com o exato perfil soprado por Maciel, ele é maduro, da carreira e bom conhecedor do tema e da engrenagem, mas... aposentado. Logo, é próximo o suficiente para saber o que se passa e longe o bastante de grupos e intrigas do dia a dia do órgão.

Bolsonaro, porém, embarca amanhã cedo para Nova York deixando várias interrogações. A maior delas é como ele vai se sair ao discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU, função reservada todos os anos ao presidente do Brasil. Há uma espécie de pânico generalizado, mas ele pode surpreender.

A intenção é fazer um discurso restrito aos 20 minutos regulamentares, focando numa palavrinha mágica – “soberania” – e fazendo uma defesa enfática da proteção ao meio ambiente, mas à maneira brasileira, ou melhor, à sua maneira. Nada, porém, que possa chocar o mundo, dar palanque para o francês Emmanuel Macron e animar novos confrontos. E ele deve focar também em família, costumes, ideologia, Ocidente e fazer referência à Venezuela.

Outro cuidado também é um alívio para quem teme vexames e grosserias de Bolsonaro no ambiente internacional: assim como a facada protegeu o candidato Bolsonaro de debates, exposição e erros crassos na campanha, a quarta cirurgia deve preservá-lo de debates, exposição e erros crassos em Nova York.

Serão só 24 horas, sem almoços, comilanças e reuniões bilaterais com presidentes de qualquer continente, com exceção de um jantar com o “Deus” Trump – que, aliás, Bolsonaro anunciou, mas não estava na agenda e era desconhecido pelo Itamaraty.

Por recomendação médica, o ainda convalescente Bolsonaro tem bom pretexto para chegar, dormir, ler o discurso – escrito com Ernesto Araújo, Eduardo Bolsonaro e Filipe Martins – e voltar. Em contrapartida, não há nenhum indício de que presidentes estrangeiros façam a desfeita da se retirar do discurso ou algo dessa gravidade.

O presidente estará também voltado para questões domésticas: a substituição do líder do governo no Senado, a sanção e os vetos da nova lei eleitoral e a votação de Eduardo no Senado. A aprovação de Augusto Aras para a PGR não preocupa, mas a de Eduardo virou o centro das atenções nacionais – pelo menos nos palácios da Alvorada e do Planalto, além do avião presidencial. Aí, a “velha política” está a pleno vapor.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros