Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Leonardo Dantas - Esquina quinta, 22 de novembro de 2018

BRASIL HOLANDÊS: O PRIMOSOSO LIVRO DE GASPAR BARLAEUS, ILUSTRADO POR FRANS POST

 



Em maio de 1644, Frans Post já se encontrava de volta à Holanda, ocasião em que recebeu do Príncipe Frederico Henrique a importância de 800 florins, pela pintura de uma grande paisagem das Índias Ocidentais.

Em julho do mesmo ano, já estabelecido em Haarlem, fixa residência na Smeeststraat e dá início à gravação das ilustrações a serem utilizadas no livro de Caspar van Baerle, contando pormenores do governo de João Maurício de Nassau no Brasil (1637-1644). Essas gravuras em cobre, segundo Erik Larsen, podem ter sido gravadas pelo próprio Frans Post em conjunto com outros artistas, particularmente as 14 pranchas que aparecem assinadas e datadas: F. Post 1645.

Quando de sua estada em terras do Brasil (1637-1644), o Conde João Maurício de Nassau-Siegen fez reunir o material necessário para um amplo programa editorial a fim de divulgar esta parte do Novo Mundo para a Europa de então. Ao retornar aos Países Baixos, após sete anos em terras brasileiras, contratou os serviços do conhecido humanista Caspar van Baerle ou, como veio a ser conhecido, Gaspar Barlaeus (1584-1648), professor do “Athaeneum Illustre” de Amsterdã, o qual, apesar de nunca ter estado no Brasil, veio a ser autor do mais belo livro sobre o período holandês.

Gravura de abertura do livro de Gaspar Barlaeus (1647), trazendo o retrato em cobre do Conde João Maurício de Nassau, segundo traço de Theodoro Matham. Exemplar do Instituto Ricardo Brennand (Recife)

Para a realização do seu intento, João Maurício franqueou seus arquivos, e o restante da documentação foi coletado através de pessoas que estiveram no Brasil, dentre as quais o português Gaspar Dias Ferreira (Lisboa c.1595-c.1656), amigo pessoal do conde que o acompanhara em sua viagem de retorno.

Nada foi poupado em favor da bela edição, que aparece impressa em Amsterdã em 1647 com o título Casparis Barlaei – Rerum Per Octenium in Brasilia Et alibi nuper gestarum, Sub Praefectura Illustrissimi Comitis I. Mavritii, Nassoviae etc. Produzido na tipografia de Joannis Blaeu, no formato 46 cm x 29 cm, trazendo como folha de rosto uma bem elaborada gravura e um retrato do conde assinado por Theodoro Matham (1605-1660), o livro é composto de 340 p., com 56 gravuras impressas em papel especial, das quais 24 são mapas e plantas de sítios e fortificações; as 31 restantes são cenas da frota holandesa, combates navais, paisagens e vistas marinhas; 27 levam a assinatura de F. Post (1612-1680) e 15 datam de 1645. Essas gravuras teriam sido executadas em lâminas de cobre por Jan Broosterhuisen (c.1596-1650) e, segundo alguns autores, por Salomon Savery, a quem foram confiadas as gravações das batalhas navais.

O conjunto de mapas é de autoria de Georg Marcgrave e o de n.º 40, no qual aparece o Recife e seus arredores em 1644, parece ser obra do conhecido cartógrafo Cornelis B. Golijath. Os mapas do Brasil Holandês, formados pelo conjunto de Georg Marcgrave, reaparecem em 1659 e 1667, constituindo um grande painel mural com ilustrações de Frans Post.

Trata-se de um dos mais belos livros já produzidos sobre o Brasil, com descrições de regiões da África e um mapa do Chile (não numerado), cujas cópias foram presenteadas por João Maurício a diversas personalidades e cabeças coroadas da época. As encadernações originais foram elaboradas em pergaminho, com ilustrações feitas por gravuras em cobre, existindo, ainda, cópias com gravações em ouro e outras aquareladas em datas posteriores.

 

Um desses exemplares foi oferecido a D. João IV pelo embaixador de Portugal na Holanda, Francisco de Souza Coutinho, na época do seu lançamento em 1647. O exemplar em questão, pertencente à Biblioteca Real, veio para o Brasil em 1808, com a transferência da Família Real portuguesa, e hoje integra o acervo da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro).

A primeira edição do Barlaeus, como ficou sendo conhecido, foi publicada em latim (1647), sendo depois traduzida para o alemão (1659) e, na sua íntegra, para o holandês (1923); nesta última por Samuel Pierre L’Honoré Naber, numa tiragem reduzida de 160 exemplares. No Brasil, a obra foi traduzida para o português pelo Professor Cláudio Brandão, em 1940, tendo-a publicado o Ministério da Educação em duas apresentações, a primeira com 45,5 cm x 31,5 cm, com as reproduções da edição original em zincogravura, e outra em menor tamanho sem ilustrações.

Em 1979, quando do transcurso do tricentenário do falecimento do Príncipe João Maurício de Nassau, ocorrido em 20 de dezembro de 1679, na sua propriedade de Berg und Tal, nos arredores de Kleve, na Alemanha, foram editados no Recife: o álbum de gravuras O Brasil que Nassau conheceu e a notável obra de Gaspar Barlaeus, História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil etc., com tradução de Cláudio Brandão, anotações de José Antônio Gonsalves de Mello e organização editorial de Leonardo Dantas Silva. Em ambos foram reproduzidas as 60 lâminas desdobráveis, assinadas por Frans Post, e os mapas de autoria de Georg Marcgrave e de Cornelis Bastianszoon Golijath, copiadas diretamente da edição de Amsterdã (1647).

As ilustrações do Barlaeus

Os desenhos originais de Frans Post para esta primorosa edição encontram-se, atualmente, no Departamento de Estampas e Desenhos do Museu Britânico (British Museum). Lá, num volume encadernado em couro, com 47,2 cm x 58,4 cm, estão reunidas 32 lâminas produzidas por Frans Post. Trata-se de desenhos de paisagens brasileiras e algumas da África, executados a aguada e tinta, sobre traços leves a lápis, sem maior apuro, para serem acabados pelo gravador; catalogados juntamente com sete aquarelas de índios nossos, duas das quais idênticas às de Wagener e Eckhout – Omem tapuya e Mulher tapuya.

Sob o título Archetipae delinieationes Brasiliae Regionum, o álbum reúne desenhos – 21 assinados e datados (1645), nove apenas assinados e dois sem assinatura – que serviram de base para o livro do latinista Caspar van Baerle (1584-1648), publicado pela primeira vez em Amsterdã no ano de 1647. A coleção de desenhos pertencera, até pouco antes de 1753, ao famoso botânico inglês Hans Sloane que a catalogou sob o n.º 5.221. Os desenhos têm mais ou menos 33 cm x 51 cm, exceto dois: Mauritsstad (f. 13) e São Paulo de Luanda (f. 27), que aparecem em folha dupla. Os desenhos em questão retratam cenas brasileiras, cinco da África, quatro de batalhas navais e duas outras da esquadra holandesa, que fizera o transporte do Conde de Nassau, e uma única de cidade europeia: Dilemburgo, com o Castelo dos Condes de Nassau, onde, a 17 de junho de 1604, nasceu Johan Maurits.

Este último desenho não se encontra assinado, nem datado, e nele contém um pedido, [escrito] a lápis, para que se acrescente um coche de seis cavalos. Quando da elaboração da gravura, publicada sob o n.º 55 no livro de Caspar van Baerle (Amsterdã, 1647), foram acrescidos, ao centro do conjunto, um cavaleiro com o seu cão e um pedinte, sentado à beira do caminho. No lado direito, aparecem as figuras de camponeses nos afazeres do campo, uma carruagem de seis cavalos, acompanhada da respectiva comitiva, cabras e ovelhas pastando nos arredores.

Assinala Whitehead que tais desenhos foram, provavelmente, redesenhados a partir de esboços feitos no local e, em quatro casos, a cena assemelha-se bastante à de uma pintura do período brasileiro, justificando o uso do mesmo esboço original (Itamaracá, Rio São Francisco, Porto Calvo e Forte Ceulen). Há razões para pensar que havia uma pintura para alguns, para a maioria ou mesmo para todas as vistas restantes.

Para José Roberto Teixeira Leite:

Post deve ter documentado escrupulosamente toda fisionomia do Brasil, quando aqui residiu. É provável que, convidado por Nassau a contribuir com ilustrações para o livro de Barleus, só tivesse de selecionar, sob as vistas do conde, entre tantos esboços executados ao natural, os mais aptos a esclarecer o texto e a serem transpostos para o buril.

Com base no álbum do Museu Britânico, ou mesmo nas edições do livro de Gaspar Barlaeus, o aquarelista Luc-Vicent de Thiery de Sainte Colombe pintou, em cerca de 1765, oito guaches (33,0 x 40,8; 55,8 x 57,7 cm), com motivos de paisagens brasileiras, copiadas diretamente de desenhos de Frans Post. As lâminas hoje integram o acervo do Gabinete de Estampas da Biblioteca Nacional de Paris, sendo publicadas por Beatriz e Pedro Corrêa do Lago (1998).

Historia Naturalis Brasiliae

A produção científica da Missão do Conde de Nassau ficou por conta de Willem Piso (1611-1678) e de Georg Marcgrave (1610-1644) e aparece em 1648, quando da publicação da obra Historia naturalis Brasiliae etc., impressa em Amsterdã, no formato 38 cm x 35 cm por Elzevier. A edição contou com a colaboração de Joannes de Laet, autor de L’Histoire du Nouveau Monde ou Description des Indes Occidentales, impressa em Leiden em 1640, que, a pedido do Conde João Maurício de Nassau, se encarregou da compilação e tradução das notas de Georg Marcgrave, prematuramente falecido na África em 1644. Em sua primeira edição, o livro reúne 429 ilustrações de autoria dos pintores da comitiva de Nassau e algumas xilogravuras do próprio Marcgrave, sendo aberto por uma folha de rosto magnificamente ilustrada por Theodoro Matham.

Assinados por dois autores, os quatro primeiros livros são de autoria de Willem Piso, De Medicina Brasiliensi, e os oito restantes de autoria de Georg Marcgrave, História rerum naturalium Brasiliae, os quais foram compilados e anotados por Joannes de Laet. Os oito livros finais tratam, os três primeiros de botânica, o quarto sobre peixes, o quinto sobre pássaros, o sexto sobre quadrúpedes e serpentes, o sétimo sobre insetos e o oitavo (escrito por Joannes de Laet) descreve a região do Nordeste do Brasil e seus habitantes. Esta última parte é de raro valor etnográfico e linguístico, sendo utilizada na sua elaboração notas de Jacob Rabbi, notável intérprete a serviço dos holandeses, e o extenso vocabulário tupi compilado pelo padre José de Anchieta.

Alegando imperfeições na primeira edição, Willem Piso promoveu uma segunda em 1658, De Indiae Utriusque rerum naturali et medica, impressa em Amsterdã, nas oficinas de Ludovicus et Daniel Elzevier, no formato 36 cm x 22 cm. A obra compreende seis livros do próprio Piso, reunidos sob o subtítulo Historiae naturalis et medicae Indiae Occidentalis, 332 p.; Tractatus topographicus et metereologicus Brasilae, cum Observatione Eclipsis Solaris, 39 p., de autoria de Georg Marcgrave; Historiae naturalis et medicae Indiae Orientalis, 160 p., de autoria de Jacobi Bonti, e um estudo sobre a Mantissima aromatica, do próprio Piso. Esta edição é aberta por uma notável folha de rosto, gravada em lâmina de cobre provavelmente por Theodoro Matham, a qual se sucedem cinco páginas sem numeração. Os originais da obra encontram-se na Biblioteca Albertina, em Viena, sendo as duas edições ainda hoje muito consultadas pelos estudiosos da matéria contida em seus capítulos.

Em 1942, a Historia naturalis Brasiliae etc. veio a ser traduzida para o português pelo monsenhor José Procópio de Magalhães, sob o título História natural do Brasil, numa publicação do Museu Paulista e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, in folio, 25,5 cm x 39 cm, com a reprodução da folha de rosto, iluminuras e desenhos da edição de 1648. Prefácio de Affonso de E. Taunay. 298 p + CIV (104 páginas em algarismos romanos).

Outro livro de rara beleza iconográfica é o poema de Franciscus Plante, Mauritiados, dedicado ao Conde João Maurício de Nassau, de quem era capelão. A obra, datada de 1647, impressa em Amsterdã por Joannis Maire, tem o formato de 42 cm x 30 cm, 205 p., sendo ilustrada por 20 gravuras (anteriormente publicadas no livro de Gaspar Barlaeus), quatro mapas desdobráveis (Ceará, Pernambuco, Paraíba e ‘Pernambuco Boreal’), um retrato de João Maurício de Nassau (o mesmo do livro de Gaspar Barlaeus, gravado por Theodoro Matham) e outro do próprio Franciscus Plante, gravado por Jonas Suyderhoof. Já em 1872, esta obra era considerada por Fr. Mueller como um trabalho raro e magnífico.

De extrema raridade é outro folheto (16 p. il.), que também leva a assinatura do reverendo Franciscus Plante, totalmente desconhecido pelos bibliógrafos e estudiosos que se dedicaram ao período holandês. Trata-se de um texto poético, com 16 páginas, sobre a tentativa da tomada da Bahia de Todos os Santos por frota comandada pelo Conde João Maurício de Nassau, publicado sob o título Legatio Pernambucencis, impresso em Leiden, na oficina de Wilhelmi Christiani, em 1642. – O único exemplar conhecido deste precioso opúsculo encontra-se hoje na biblioteca do Prof. José Antônio Gonsalves de Mello, adquirido à Livraria Kosmos (Rio de Janeiro), em 8 de março de 1973. Atualmente esse precioso exemplar integra o acervo do Instituto Ricardo Brennand (Recife), onde também se encontram todos os livros que pertenceram à biblioteca do notável homem de letras: José Antônio Gonsalves de Mello.

Frans Post em outras obras

Os desenhos de Frans Post, representando o palácio de Firbvrgvm e a paisagem do Recife e Mauritsstad, tornam a ser reproduzidos no mapa de Cornelis Bastianszoon Golijath (1610-1662), que esteve no Brasil a serviço do Conde de Nassau em 1637, publicado avulso em Amsterdã, impresso por Claes Jaens Visscher, em 1648: Olinda de Pharnambuco, Maurits-Stadt ende t’ Reciffo. Este mesmo mapa aparece decorando o interior de certa casa holandesa, em tela assinada por Cornelis Man (1621-1706). O mapa foi elaborado inicialmente em 1644 para o livro de Gaspar Barlaeus (n.º 40) e, pela sua invejável riqueza de detalhes, serve, ainda em nossos dias, de consulta obrigatória aos estudiosos do período.

Foram os desenhos de Frans Post, durante mais de um século, a única fonte iconográfica conhecida da paisagem brasileira, notadamente a de Pernambuco, à qual recorreram todos os editores até fins do século XVIII. Deles fez uso o editor de frei João José de Santa Tereza, no seu livro Istoria delle guerre del Regno del Brasile, accadute tra la corona di Portogallo, e la Republica di Olanda etc., publicado em Roma em 1698, dois volumes (31 cm x 21 cm), e impresso na oficina dos herdeiros de Corbelleti. Das 25 gravuras da obra, nove foram copiadas do Barlaeus (1647), sendo quatro originárias dos desenhos de Frans Post, e o restante reproduzidos do Atlas do Brasil Holandês, elaborado pelo cartógrafo Johannes Vingboons, por encomenda do Conde de Nassau, do qual existem duas cópias, uma na Biblioteca Vaticana e outra no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.

Quinze desenhos de Frans Post, anteriormente publicados na edição original do livro de Gaspar Barlaeus (1647), tornaram a aparecer na obra Arnoldus Montanus, America, impressa em Amsterdã, em 1671, por Jacob van Meurs, com 585 p., 31 pranchas, 16 mapas desdobráveis, sete retratos, 70 ilustrações. As gravuras foram reproduzidas na parte referente ao Brasil (p. 358-535), algumas delas com alterações, além de um mapa do Brasil em folha dupla. As ilustrações reaparecem nas reedições daquela obra, tanto nas edições em alemão, de Dapper, como na inglesa, de Ogilby.

Pieter van der Aa, em sua Galerie agréable du Monde, publicada em 1729, utiliza-se largamente das gravuras, originárias de desenhos de Frans Post, divulgadas por Arnoldus Montanus (1671) em sua obra. As pranchas de Vrijburg e da Boa Vista apareceram como vinhetas no mapa de Justus Dankerts, Novissima America tabula (c.1680), o mesmo acontecendo com o livro de Ambrosius Richshoffer, Brazilianisch und Wet Indianische Reise Beschreibung, impresso em Estrasburgo em 1677, que, também, traz alguns desenhos de Frans Post.

Para Sousa Leão, o desenhista, porém, não vale o pintor. Falta-lhe concisão nos traços, sai-lhe confusa e sem destaque a vegetação, falhas que supre, no óleo, com a mestria de sua pincelada, com o domínio da cor e da luz que distinguem sua pintura, de modo que os quadros são mais bem delineados do que os próprios desenhos. Destes, o maior merecimento consiste na correção topográfica que lhes dá valor documental. Ao contrário do que se verifica com a maior parte dos artistas, cujo temperamento se expressa com mais espontaneidade no esboço rápido, é na obra pintada que Post nos dá a medida do seu talento. Maiores são suas possibilidades manejando o pincel do que o lápis.


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