Análise: Orellano, rodada e confiança para o clássico são as boas notícias do Vasco após vitória sobre o Cuiabá

A rodada também ajudou muito. Agora, o time tem 34 pontos, a três dos primeiros clubes fora da zona de rebaixamento, Cruzeiro — que perdeu para o São Paulo — e Santos. O próprio Goiás, derrotado Bragantino, voltou a ser ultrapassado, com o Vasco assumindo a 17ª colocação. Independente das condições, o triunfo na Arena Pantanal foi vital para manter curta a distância para fora do Z4 a sete rodadas do fim do Brasileirão.

Sem Vegetti, seu principal jogador de ataque, suspenso após expulsão contra o Goiás, o Vasco penou sem um atacante com perfil de referência no jogo aéreo. O também centroavante Sebastián Ferreira, escolhido como substituto, não fazia bom jogo até a participação no primeiro gol, que foi seu último ato na partida.

Ramón optou por iniciar sem Payet entre os titulares e com dois pontas de velocidade, Gabriel Pec e Erick Marcus. O que se viu foi um festival de cruzamentos sem muito perigo, que normalmente iam de um lado a outro. Nesse cenário, Ferreira pouco aparecia, com dificuldades para impor presença na área. O cruz-maltino também sentiu falta de Léo, barrado para a entrada de Maicon, e perdeu poder de saída de bola.

O gol do Vasco, no início do segundo tempo, envolveu Praxedes e Sebas Ferreira. O meia chutou mascado uma rebatida da defesa do Cuiabá e acabou encontrando o atacante paraguaio, que acertou a trave. No rebote, Gabriel Pec encerrou um jejum que durava desde setembro para a abrir o placar. O lance ficou marcado por uma checagem confusa do VAR, que levou cinco minutos e exibiu ângulos pouco claros. A conclusão foi que Pitta dava condição a Sebastián na jogada.

Após o gol, mesmo com as entradas de Payet e de Alex Teixeira, o Vasco mostrou que a frustração em Goiânia ainda fazia eco e foi empurrado para trás pelo Cuiabá, que abusou das jogadas aéreas, enquanto o cruz-maltino tinha dificuldades para contra-atacar.