O crescimento da tendência de chamar de machista o ex-marido que, por imprudência, falta de amor próprio ou escassez de vergonha na cara comente com os amigos que o motivo do término do relacionamento foi traição da então consorte, suscitou uma ideia criativa a um empresário simpatizante do movimento feminista.
A calcinha “anti-cornagem” é um produto que tem sido bastante vendido, mediante a promessa de evitar traições de esposas, namoradas e noivas, fazendo um apelo a eventuais comedores, com comoventes e apelativas mensagens estampadas na vestimenta íntima, tais como: “Amo minha esposa, por favor, não coma ela”.
O produto, segundo seu criador, o empresário Cornélio Taurino Chifrêncio da Silva, “já evitou muitas traições, colaborando para manter sólidas as relações matrimoniais, hoje em dia tão atacadas por todo tipo de esculhambação”.
Cornélio, no entanto, foi acusado de machismo, com base num trecho do inciso III do artigo 7º da Lei Maria da Penha que considera violência sexual limitar “(…) o exercício de seus (da mulher) direitos sexuais”.
Segundo as autoras da denúncia, que são integrantes do Sindicato Brasileiro das Feministas, tentar privar a esposa ou namorada de uma relação sexual por ela consentida, se enquadraria no conceito de violência previsto em lei.
O caso foi encaminhado para a justiça, que ainda não tem data para julgá-lo.