Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Jovem Guarda domingo, 02 de outubro de 2022

CARLOS GONZAGA, O MELHOR INTÉRPRETE DE DIANA
CARLOS GONZAGA, O MELHOR INTÉRPRETE DE DIANA

Raimundo Floriano

 

 

Três momentos de Carlos Gonzaga 

                        Carlos Gonzaga nasceu em Paraisópolis (MG), a 10 de fevereiro de 1926, aos 17 anos mudou-se para Campos do Jordão (SP) e hoje reside na cidade paulista de Santo André.

 

                        Iniciou-se na carreira de cantor em meados da década de 1940. Demonstrando extrema versatilidade, gravava em seus discos os estilos mais variados: bolero, marchinha, samba, calipso, tango foxtrotes, o que viesse.

 

                        O final dos Anos 1950 foi cruel para quase toda a Velha Guarda da MPB, com as novidades da bossa nova, do rock, do chá-chá-chá, do tuíste, do iê-iê-iê. Eu disse quase, pois Carlos Gonzaga foi uma das raras exceções.

 

                        Naquela época, Fred Jorge, compositor brasileiro completamente desconhecido aproveitou-se da onda avassaladora que invadia o mundo e começou a fazer versões de tudo que era sucesso vindo do exterior, principalmente americano, encontrando em Carlos Gonzaga seu ideal intérprete.

 

                        Assim, vieram Diana, de Paul Anka; Crazy Love/Louco Por Amor, de Paul Anka; The Diary/O Diário, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; Oh! Carol, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; I Can’t Stop Lovin’ You/Não Posso Te Esquecer, de Gibson; Put Your Head on My Shoulder/Cabecinha no Meu Ombro, de Paul Anka; You Are My Destiny/Você É Meu Destino, de Paul Anka; Let’s Twist Again/Tuíste Outra Vez, de Mann e Appell; Yellow Bird/Canário, de Luboff, Keith e Bergman; Adan And Eve/Adão e Eva, de Paul Anka; e Something Has Changed Me/Foi o Teu Beijo, de Paul Anka.

 

                        Surfando na mesma onda, Carlos Gonzaga lançou versões de outros compositores brasileiros: Just Walking in The Rain/Passeando na Chuva, de Bragg, Riley e Gióia Júnior; Bat Masterson, de B. Corwin, H. Wray e Edson Borges; Little Devil/Diabinho, de Neil Sedaka, Paul Greenfield e Ramalho Neto; Riders in the Sky/Cavaleiros do Céu, de Stan Jones e Haroldo Barbosa; Deep in the Texas Heart/No Coração do Texas, de D. Swander, J. Hershey e Ramalho Neto; The Great Pretender/O Meu Fingimento, de Buck Ram e Haroldo Barbosa; e S. Francisco- Be Shure to Wear in/São Francisco, de J. Phillips e Gilberto Lima.

 

                        Diana foi seu maior sucesso em todos os tempos. Ao lançá-lo, em 1958, Carlos Gonzaga tornou-se conhecido nacionalmente, pois sua gravação era tocada ininterruptamente no rádio, nas lojas de disco e nas amplificadoras, onde estas ainda existiam. Paralelamente, no mesmo ano, emplacava o samba-canção Regresso, de Adelino Moreira, que dominou o repertório seresteiro (Trago os meus cabelos grisalhos tingidos pelo orvalho das noites frias sem lua...). Oh! Carol, em 1960, e Bat Masterson, em 1961, também ajudaram a consolidar sua carreira de cantor.

 

                        Carlos Gonzaga também gravou para o Carnaval. Constam com ele em meu acervo as seguintes faixas carnavalescas: Brasil Maravilha, marchinha de Bobby Hilton, Jotagê e D. Teixeira - 1974; Coração de Jacaré, marchinha de J. Nunes e Dom Jorge - 1967; Praia do Flamengo, samba de Luiz Vanderley e Fausto Guimarães - 1960; e Tira a Mão do Bolso, marchinha de Santos Garcia - 1960.

 

                        Carlos Gonzaga fez shows por todo o Brasil e principais países da América Latina. No cinema, atuou na chanchada Virou Bagunça, de Watson Macedo, em 1960.  Participou do Programa Cidade Nota 10, da TV Bandeirantes, representando a cidade de Santos André, e o fez tão condignamente que foi agraciado com o título de Cidadão Andreense. Atualmente, encontra-se retirado da vida artística.

 

                        Esta é sua discografia em vinil: 

                        The Best Seller - Carlos Gonzaga - RCA Victor - LP

                        Carlos Gonzaga - Meu Eterno Querer - Polydisc - LP

                        Os Grandes Sucessos de Carlos Gonzaga - RCA Camden - LP

                        Carlos Gonzaga - Rapaz Solitário - RCA Camden - LP

                        Meu Coração Canta - RCA Victor - LP

 

                      Na era do CD, chegou a merecer alguns lançamentos, todos eles com sucessos do passado. Para quem quiser conhecer o trabalho desse grande artista, ainda se encontra em catálogo nas discotecas virtuais a coletânea abaixo:

  

01- Passeando na Chuva

02- Diana

03- Louco Amor

04- O Diário

05- Oh! Carol

06- Eu Canto Assim

07- Bat Masterson

08- Diabinho

09- Cavaleiros dos Céu

10- No Coração do Texas

11- Não Posso te Esquecer

12- Cabecinha no Ombro

13- Você é meu Destino

14- Hava Nagila

15- O Tuíste

16- Tuíste Outra Vez

17- Canário

18- Uma Guitarra e um Copo de Vinho

19- Adão e Eva

20- Calipso do Amor

21- O Meu Fingimento

22- Sereno

23- Regresso

24- Anahi

25- São Francisco

26- Foi teu Beijo

27- Rock do Broto 

                        Esta matéria encontra-se finalizada desde dezembro último, aguardando seu momento de acontecer. Na sexta-feira passada, dia 16, nosso confrade e amigo, Cardeal Cícero Cavalcanti, postou aqui no JBF excelente crônica sobre Diana, citando, inclusive, Carlos Gonzaga e, ao final, cantando que ele próprio, o Cícero, a versão que gravou, com elogiável talento. Quase deixei de lado este perfil que agora vocês leem. Mas, raciocinando bem, não posso privá-los da audição com Carlos Gonzaga, que muito me impressionou, em 1958, e marcou o início de minha vida como discófilo. 

                        Para vocês, portanto, um pouco de seu trabalho: 

                         Diana, calipso, na magistral interpretação que suplantou, no Brasil, em minha avaliação, a de Paul Anka, seu criador:

  

                        Sereno, foxe, de Aloísio T. de Carvalho:

 

                        Bat Masterson, foxtrote, de B. Corwin, H. Wray e Edson Borges:

 

                        Cabecinha no Ombro, foxe, de Paul Anka e Fred Jorge: 

 

                        Foi o Teu Beijo, calypso, de Paul Anka e Fred Jorge:

 

                        Regresso, samba -canção, de Adelino Moreira:

 


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