Não se deixe ser presa da inveja, mas…
Você lembra que recentemente a imprensa se ocupou do conteúdo dos caminhões que deixaram Brasília ao fim da octaetéride luliana? Só para lembrar, eram presentes recebidos pelo casal presidencial brasileiro, e que, de conformidade com as regras vigentes, passam a pertencer ao acervo do país. O entendimento é de clareza meridiana: o presidente da República só o é até o último dia do mandato.
Nunca mais a imprensa voltou ao assunto, mas ainda bem que da Inglaterra nos chega um exemplo. Dois dias após o casamento, o príncipe Harry e Meghan Markle devolveram R$ 34 milhões em presentes de casamento, já que, segundo as regras da família real, não é permitido aceitar presentes que envolvam o mais leve intuito de publicidade grátis. Foram mais de R$ 34 milhões, ressalte-se.
Apesar de o príncipe Harry e sua esposa terem pedido doações para instituições de caridade em vez de presentes de casamento, pessoas e empresas mandaram milhões de libras em recordações gentilmente devolvidas, levando os funcionários da família real britânica passarem as primeiras semanas após o casamento filtrando os presentes para definir os que seriam devolvidos.
De conformidade com as regras estabelecidas da família real em conjunto com o parlamento britânico, a rainha Elizabeth II e seus familiares são impedidos de receber qualquer presente que possa resultar em publicidade grátis para a empresa que o tenha enviado. Para os britânicos, os membros da família real precisam garantir que a empresa que enviou o presente não tenha o feito como forma de publicidade, segundo um assessor da família real.
A propósito, registrou-se que, no começo do primeiro mandato do senhor Luiz Inácio da Silva, uma famosa joalheria estava enfrentando sérias dificuldades para ter de volta as joias emprestadas para uso pela primeira-dama durante a cerimônia de posse.
E era publicidade, sim.