Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 15 de dezembro de 2022

COPA DO MUNDO 2022: CINCO FATORES QUE PODEM DECDIR A FINAL ENTRE FRANÇA E ARGENTINA

 

Por Redação O GLOBO — Rio de Janeiro

 

Griezmann, Lionel Scaloni e Tchouaméni podem fazer a diferença na final da Copa entre França e Argentina
Griezmann, Lionel Scaloni e Tchouaméni podem fazer a diferença na final da Copa entre França e Argentina Montagem com fotos de AFP

Depois de uma decisão de 2018 entre uma favorita (França) e uma zebra (Croácia), a Copa voltará a ter um desfecho marcado pelo equilíbrio. Franceses e argentinos farão, domingo, no Catar, o ato final do Mundial deste ano. Lideradas por astros em grande fase, as duas equipes chegam à partida derradeira equivalentes. Qualquer fator pode fazer a diferença para um dos dois lados. O GLOBO lista, abaixo, cinco que podem definir o tão aguardado confronto.

 

Messi e Mbappé

 

Mbappé e Messi no PSG: neste domingo, os craques francês e argentino escreverão o último capítulo da Copa do Catar — Foto: Franck Fife / AFP

Mbappé e Messi no PSG: neste domingo, os craques francês e argentino escreverão o último capítulo da Copa do Catar — Foto: Franck Fife / AFP

O duelo particular entre o craque veterano em busca do último título que lhe falta e o astro de 23 anos dificilmente não será um dos capítulos mais importantes desta final. Companheiros de PSG, Messi e Mbappé protagonizaram vitórias importantes ao longo da Copa. Se algum deles não encontrar uma marcação eficiente na final, decidirá de novo.

O argentino vem numa crescente junto com toda a equipe. E ocupa também um lugar mais central do que o francês. É difícil imaginar a Argentina se reerguendo após o mau começo contra a Arábia Saudita (derrota por 2 a 1), sem o brilho de seu camisa 10. Não à toa, ele é o jogador com mais participações diretas em gols do torneio: oito (cinco marcados por ele mesmo e mais três assistências).

Mbappé vem logo em seguida. Tem sete participações em gols, tendo marcado os mesmos cinco e contribuído com duas assistências. Num movimento contrário ao de Messi, tem caído de rendimento ao longo do campeonato. Mas, diferentemente da Argentina, a seleção francesa é menos dependente de seu camisa 10.

Ainda assim, Mbappé mostra que pode decidir mesmo quando está apagado. Foi assim na semifinal contra Marrocos, nesta quarta, quando ele fez a jogada do segundo gol e jogou uma ducha de água fria na tentativa de reação dos africanos.

 

A força da juventude de Tchouaméni e de Álvarez

 

Julian Alvarez comemora seu gol pela Argentina — Foto: MANAN VATSYAYANA / AFP

Julian Alvarez comemora seu gol pela Argentina — Foto: MANAN VATSYAYANA / AFP

Tanto França quanto Argentina contam com jovens que entraram no torneio sem badalação e chegam à final como determinantes para o sucesso das campanhas. Aproveitando que todas as atenções estarão voltadas para Mbappé e Messi (com razão), Tchouaméni e Julián Álvarez podem surpreender e decidir.

O meio-campista francês do Real Madrid, de 22 anos, fez os torcedores não sentirem falta de Pogba e Kanté, lesionados. É ele quem mais troca passes na seleção francesa (399 até agora) e também quem percorreu a maior distância em campo (63,4 km). Ou seja: pressiona, toca e corre para receber a bola na frente. Já até marcou gol: o que abriu o placar na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, pelas quartas de final. 

Já Álvarez, com a mesma idade, tem mostrado ao mundo porque foi comprado pelo Manchester City. O ex-jogador do River Plate exerceu a função que Lautaro Martínez não conseguiu: ser a dupla de Messi no ataque. Assumiu a titularidade no último jogo da fase de grupos e de lá não mais saiu. Já marcou quatro gols, sendo dois deles contra a Croácia, na última terça. Para se ter uma ideia de como não é pouco o que ele fez, até então somente Pelé, em 1958, havia marcado duas vezes numa semifinal.

 

O 'novo' Griezmann

 

Se Mbappé aparece pelos gols e por sua explosão em campo, Griezmann tem roubado as atenções pela metamorfose sofrida de um Mundial para outro. De goleador na Rússia, o atacante virou uma espécie de coringa que tanto municia o ataque quanto ajuda na marcação. É o jogador da seleção francesa com mais assistências (três), com mais passes que quebram linhas (71), com mais cruzamentos (37) e o que mais vezes se posiciona para fazer a pressão defensiva (242).

Esta entrega defensiva foi a solução encontrada por Didier Deschamps para compensar a deficiência de Mbappé na recomposição. Ele não só aceitou sem se queixar como se reencontrou em campo e virou o motor do time. Tanto que a ausência de gols até agora não é vista como uma limitação, mas como consequência deste reposicionamento.

 

Um Scaloni camaleônico

 

Lionel Scaloni tem apenas 44 anos de idade e faz, na seleção argentina, seu primeiro trabalho como treinador de uma equipe adulta. Apesar do currículo que o faz ser visto a olhos tortos pela maioria dos torcedores de qualquer país, não tem medo de mexer na equipe jogo a jogo. Esta adaptabilidade acabou se revelando um de seus pontos fortes.

Isso sem contar as entradas de Julián Álvarez, na frente, e de Enzo Fernandez, no meio, ambas contra a Polônia. A dupla de apostas entrou para não sair mais de tão certo que deram. Ponto para o técnico que não se agarra a uma única convicção. A ver o que ele reserva para enfrentar os franceses.

 

Experiência (ou a falta de)

 

Os jovens Julián Álvarez (9) e Enzo Fernandez celebram um dos gols da vitória da Argentina sobre a Polônia — Foto: Juan Mabromata / AFP

Os jovens Julián Álvarez (9) e Enzo Fernandez celebram um dos gols da vitória da Argentina sobre a Polônia — Foto: Juan Mabromata / AFP

Se os finalistas se equivalem no futebol apresentado até aqui, o mesmo não se pode dizer em relação a rodagem de seus jogadores. Enquanto os europeus já estão familiarizados a jogar pela seleção, os hermanos contam com muitas peças que estão vivendo sua primeira experiência com a Albiceleste. É o caso da dupla Enzo Fernandes e Julián Álvarez. O meio-campista de 21 anos nunca havia atuado pela Argentina antes dos últimos amistosos pré-Copa, em setembro. Já o atacante, apenas um ano mais novo, estreou pela equipe principal no ano passado.

Apesar da pouca experiência, todos tem reagido bem até aqui. Mas a final de uma Copa do Mundo contra a França será o grande e último teste para eles.


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