Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 19 de dezembro de 2022

COPA DO MUNDO 2022: VITÓRIA DA ARGENTINA FOI UM TRIBUTO AO FUTEBOL

 

Vitória da Argentina na Copa do Mundo foi um tributo ao futebol

Como Messi e Mbappé transformaram a decisão do título mundial na final da finais

MP
Marcos Paulo Lima - Enviado especial
postado em 19/12/2022 05:54 / atualizado em 19/12/2022 05:55
 
 
 (crédito: Paul Ellis/AFP)
 
 
(crédito: Paul Ellis/AFP)

Lusail — Se um dia a ex-presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil receberia a Copa das Copas, ontem o Catar colocou em cartaz a final das finais no Estádio Icônico de Lusail. Houve um momento de tributo aos alás do futebol em que a decisão exigia menos objetividade e mais poesia dos escribas. Em meio à trocação de gols, cinco deles de camisas 10, de lances geniais e defesas épicas dos goleiros Lloris e Emiliano Martínez, foi possível lembrar de um trecho do Soneto da Fidelidade, de Vinicius de Moraes enquanto a partida insistia em não acabar: "(...) Que não seja imortal, posto que 'chama, mas que seja infinito enquanto dure".

A última exibição do jogador eleito sete vezes melhor do mundo teve um desafiante à altura. Kylian Mbappé vendeu caro a derrota. Caiu de pé. Perdeu a chance de brindar a França com o bi, mas tomou a artilharia do amigo do PSG com desempenho de Ronaldo. Pela primeira vez, desde 2002, a Copa tem um goleador com oito gols. Três deles na decisão. Messi marcou duas vezes e Di María, o cara do primeiro tempo, abriu o placar.

Quando o hino nacional da Argentina fez frente à imponente Marselhesa antes do apito inicial, a sensação era de que a França seria engolida. "Ouçam, mortais, o grito sagrado. Liberdade, liberdade, liberdade. Ouça o barulho das correntes quebradas, veja o trono para a nobre igualdade", cantavam os hinchas.

Artilheiro das decisões, Di María entrou em campo no sacrifício por dois motivos: explorar a fragilidade do lateral-direito Koundé e manter a fama de pé-quente em finais. Cumpriu os dois objetivos. Sofreu pênalti e viu Messi igualar Pelé em número de gols colecionados nos mundiais. Imponente taticamente, a Argentina fez do campo gaulês um palco de tango. Fazia os marcadores bailarem como eles queriam. E assim saiu o segundo gol. Bola de pé em pé em um contra-ataque concluído pelo iluminado Di María. Fez gol no título olímpico em Pequim-2008, na decisão da Copa América em 2021, no Maracanã, contra o Brasil, na Finalíssima contra a Itália e no triunfo parcial de ontem.

Reinventada em uma espécie de 4-2-4, a França explorou o cansaço e as desatenções da Argentina. Otamendi cometeu pênalti em Moua. Mbappé bateu e diminuiu. Ele próprio igualou o placar depois de uma falha de Messi no campo de ataque. De repente a taça parecia pressionada pela revolução francesa a se render à trupe de Mbappé em vez de recompensar Messi.

Dona bola ficou traiçoeira. Procurou o pé de Messi na prorrogação e preguiçosamente fez o suficiente para ultrapassar a linha do gol de Lloris. A impressão era de que ponto: Messi havia marcado o gol do tri no lance em que deixou Pelé para trás em quantidade de bolas na rede na Copa (13 x 12). No entanto, a França insistia em ressurgir. Novo pênalti nos pés de Mbappé ele nem tremeu na frente de Martínez para empatar novamente.

Vestido pelo emir do Catar com um Besht, peça usada por líderes em momentos especiais, Messi finalmente recebeu a taça e partiu feliz e saltitante em direção ao elenco para celebrar o título 4.568 dias depois da primeira exibição em uma Copa do Mundo contra a Sérvia, em 2006, na Alemanha. "Quero jogar mais algumas partidas como campeão mundial. Todo mundo quer isso. É uma loucura que tenha acontecido dessa maneira. Eu sabia que Deus me daria", comemorou o astro na final das finais.


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