Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quarta, 23 de agosto de 2023

CÔTE D*AZUR: VILA FRANCESA, REFÚGIO DOS BILIONARIOS, DÁ ACESSO A ESCULTURAS GIGANTES SUBAQUATICAS

 

Por Camila Lima

 

Se por décadas a definição de viagem sofisticada poderia ser resumida em hospedar-se num badalado cinco estrelas de Paris, Londres ou Tóquio e acrescentar na programação jantares em restaurantes com indicação Michelin, muita coisa mudou. O termo “quiet luxury”, tão em voga no mundo da moda e relacionado à maneira de vestir dos milionários — longe de logos aparentes e próximo ao que é realmente da mais alta qualidade — é também tendência no concorrido mercado do turismo de luxo. Mas agora são propriedades privadas, que carregam a história de séculos cravada nas paredes, que entram no foco dos hóspedes mais exigentes do planeta.

Um bom exemplo desse movimento é o Le Grand Jardin, na ilha Sainte-Marguerite. Fica apenas a 15 minutos de barco de Cannes, na França, mas não tem nada a ver com a agitada La Croisette. Lá o que vigora é a exclusividade. A vila privada é composta por 12 apartamentos, construída no século XIII e tem capacidade para 24 hóspedes. Do lado de fora, a arquitetura permanece intacta, com direito a torres medievais, esculturas e construções de paredes maciças que nos remetem à era dos castelos, proporcionando uma verdadeira viagem no tempo. Para contrastar, acomodações amplas, high tech e com décor clean. Um simples toque na mesa de cabeceira, por exemplo, é capaz de fazer a TV brotar diante da cama king size. O banheiro, de mármore italiano, tem o chão levemente aquecido. Para completar, o vaso sanitário abre e fecha automaticamente, além de contar com higienização com jatos e bolhas de água.

Em um rápido trajeto de barco, chega-se à vila, que acomoda até 24 hóspedes — Foto: Divulgação
Em um rápido trajeto de barco, chega-se à vila, que acomoda até 24 hóspedes — Foto: Divulgação

Para hospedar-se lá é preciso alugar toda a propriedade, por um período de, no mínimo, sete dias. A possibilidade de não se deparar com um desconhecido a caminho do spa ou se bronzeando num dos bangalôs que cercam a majestosa piscina tem seu preço: 150 mil euros (cerca de R$ 810 mil) por uma semana, seja na companhia da família ou de amigos. Todos os serviços extras são cobrados à parte. “Muito antes dos nossos hóspedes chegarem, já estamos em contato com seus assistentes. Queremos entender em detalhes suas rotinas, preferências e, assim, montarmos as férias perfeitas. Podemos incluir nelas refeições criadas por um chef famoso, rituais completos de wellness, aulas de ioga. Já montamos até um cassino privê”, conta Ricardo Gato, diretor de marketing do Ultima Collection, empresa suíça expert no comando de propriedades deste segmento. Para a publicitária e influenciadora Alessandra Stockler, esse movimento cresceu a partir da pandemia. “Quem é bilionário quer paz, um lugar seguro e vivenciar experiências com a certeza de que ninguém vai fotografar e postar. Inclusive, muitas marcas de luxo estão desativando o Instagram”, observa. “Esse turismo envolve também aventuras únicas e supercaras, como fazer trabalho voluntário com pandas na China.”

 

Mesa de jantar do hotel — Foto: Divulgação
Mesa de jantar do hotel — Foto: Divulgação

O jardim botânico de 14 mil metros quadrados que cerca a propriedade é outro ponto alto. Foi reformado, seguindo à risca desenhos originais resgatados durante o processo de revitalização do empreendimento. Obras de arte dividem a paisagem com laranjeiras e limoeiros. A horta e seus aromas também despertam os sentidos, além de fornecer as verduras e temperos que chegam à mesa do Le Grand Jardin. A propriedade, por sinal, é eco-friendly. Fumar, por exemplo, só é permitido em raros pontos.

Além dos muros da vila, História e natureza mesclam-se em perfeita harmonia. Foi para a Sainte-Marguerite que Luís XIV enviou o Homem da Máscara de Ferro, isolando-o do resto do mundo. O lugar é ainda uma reserva florestal tombada pela Unesco, com trilhas cercadas por pinheiros, eucaliptos, excelentes para caminhadas. Outro programa é aventurar-se pelo Mediterrâneo num mergulho no Musée de la Mer, formado por esculturas subaquáticas.

Quarto do hotel — Foto: Divulgação
Quarto do hotel — Foto: Divulgação

Seja qual for a opção, a ideia por aqui é a de que o hóspede sinta-se inteiramente em casa. Desde que, claro, seu lifestyle combine com a sensação de viver em um dos pedaços mais exclusivos da Côte d’Azur. E de todo o planeta.

 


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