Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Marcelo Alcoforado - A Propósito sábado, 02 de fevereiro de 2019

DAVOS MESMO?

 

DAVOS MESMO?

Marcelo Alcoforado

Por que tanta miséria no mundo? ― eis uma pergunta recorrente, tanto quanto recorrente é a miséria. E não imagine ser um problema exclusivamente brasileiro, não. Tirando os ricos, é problema do mundo inteiro. Então comece a se estarrecer com a frieza dos números, recentemente divulgados em toda a imprensa.

Apenas 26 homens ― bilionários, obviamente ― têm mais dinheiro do que 3,8 bilhões de pessoas. Quem afirma é Winnie Byanyima, diretora da Oxfam, uma ONG internacional, que fez a revelação semana passada, quando da abertura do Fórum de Davos.

Para ela, as desigualdades extremas estão descontroladas, o que impõe aos governos abandonar promessas e obrigar bilionários como Jeff Bezos e suas empresas a pagar impostos maiores e mais volumosos. O abismo entre ricos e pobres sabota a luta contra a pobreza, porque traz a fome como prato principal e a revolta como sobremesa. É impossível atenuar a ira diante de uma família esfomeada e, como é sabido, a fome é má conselheira.

Quando você vê aqueles africanos esquálidos morrendo de fome e de doenças dela provenientes, se horroriza, não é certo? Pois saiba que apenas 1% da fortuna de Jeff Bezos ― apenas 1% ―, pagaria o orçamento de Saúde da Etiópia. 
O fato concreto, porém, é que a riqueza dos bilionários aumentou, ano passado, US$ 900 bilhões a uma velocidade de US$ 2,5 ao dia, enquanto a renda da metade mais pobre caiu 11%. Na atual ordem econômica, pois, em que os milionários pagam proporcionalmente menos tributos, conclui–se que em Davos, apesar da consonância, não se “davos” nada. Se toma.


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