Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 28 de fevereiro de 2024

DENGUE: GDF REFORÇA COBATE PARA MINIMIZAR O SURTO NA CAPITAL)

 

GDF reforça combate à dengue para minimizar surto na capital

Febre alta, mal-estar e dores no corpo são sintomas que têm acometido um grande percentual da população do DF. Saiba quais as medidas de enfrentamento contra o mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir a doença

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postado em 15/02/2024 00:00 / atualizado em 15/02/2024 12:58
 
 
 
    -  (crédito: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília)
- (crédito: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília)

Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands - Estúdio de Conteúdo do Correio Braziliense

Os dois primeiros meses de 2024 já ultrapassaram o ano passado no que diz respeito aos números de casos prováveis de dengue em Brasília. De acordo com o Ministério da Saúde, a capital é a terceira unidade da federação com mais registros da doença, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

No levantamento realizado pelo órgão, foi indicado que o Distrito Federal alcançou a marca de quase 47 mil casos, número apresentado na segunda-feira (5), e contabiliza um aumento de 1.120,6% em relação ao mesmo período de 2023. O cenário, já considerado como uma epidemia regional, exige apoio da população para o seu enfrentamento.

Doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue possui como sintomas febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal.

 

(foto: Tony Oliveira/Agência Brasília)

 

Ciente da urgência em enfrentar a doença, o Governo do Distrito Federal (GDF) implementou ações para ampliar o acesso ao atendimento a pessoas com sintomas da dengue e, também, para combater os focos do mosquito. Atualmente, o DF conta com 176 unidades básicas de saúde, nove tendas e duas carretas atuando como porta de entrada dos pacientes com sinais como febre, mal-estar e dores no corpo.

Nas tendas, são acolhidos os pacientes sintomáticos para a realização do teste. Medidas para a hidratação e camas de apoio são oferecidas nesses espaços. Para fortalecer ainda mais os cuidados para a população, foi anunciado uma ampliação do horário de atendimento das UBS no Distrito Federal. Ao todo, 11 unidades estão funcionando até as 22h.

Além disso, também foi estruturado o Hospital de Campanha (HCamp) da Aeronáutica, montado em Ceilândia. A unidade iniciou os atendimentos na segunda semana do mês de fevereiro. “As tendas que instalamos se mostraram muito corretas. Estão tendo uma procura muito efetiva, com 1,5 mil atendimentos por dia. Em razão disso, nós ampliamos esse hospital de campanha da Aeronáutica. O hospital vai ser um auxílio fundamental”, ressaltou Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil.

Morador de Ceilândia, Anderson Gonçalves, 44 anos, foi a uma unidade de pronto-atendimento antes de ir ao HCamp. "Estava muito cheio. Conversei com o guarda na portaria e disseram que o hospital abriria hoje, então fiquei esperando para ser atendido", informa. Com dores no corpo, na barriga e de cabeça, ele relatou que os sintomas tiveram início no último sábado. "É a terceira vez que pego dengue", disse em entrevista para o Correio Braziliense.

Para Anderson, a consulta no HCamp foi muito boa. "Tudo muito organizado. Acho que o atendimento deles deveria ser exemplo para os outros locais", avaliou. O morador de Ceilândia destacou que a comunidade precisa ficar alerta aos cuidados para combater a dengue. "Essa situação também é culpa da população que deveria cuidar mais e prestar mais atenção com a própria residência. Em Ceilândia, tem muita carcaça jogada", ressaltou.

 

(foto: Tony Oliveira/Agência Brasília)

 

Combate no DF

A principal medida para combater a dengue está atrelada ao cuidado da população em evitar o acúmulo de água parada, fator determinante para a proliferação do mosquito. Entre as medidas a serem adotadas, indica-se esvaziar garrafas e mantê-las com a boca virada para baixo, limpar calhas, colocar areia nos pratos das plantas, tampar tonéis, lixeiras e caixas-d'água, além de colocar objetos, como pneus e lonas, abrigados da chuva.

No entanto, devido à alta de casos no DF, o GDF também intensificou a sua atuação para o combate à doença. A fim de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, a região tem recebido regularmente a ação preventiva do carro do fumacê. O veículo de aplicação do inseticida de ultrabaixo volume (UBV) obteve reforço e, neste ano, foi publicado o chamamento para a contratação de mais 10 novas unidades.

De acordo com a Secretaria de Saúde (SES/DF), o objetivo dessa estratégia é fazer com que o trabalho dos veículos alcance todas as Regiões Administrativas do DF. Outra área que ganhará mais fortalecimento é de limpeza às ruas, com a determinação da contratação de mais 300 caminhões para auxiliar na retirada de lixos e entulho.

Só em janeiro, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) retirou quase 45 mil toneladas e quatro mil pneus em todo o Distrito Federal, o que corresponde a 3.692 caminhões de entulho, além de ter mapeado 58 áreas de lixo irregular para erradicação. “Esses pontos regularmente recebem entulho. Eles foram mapeados e estamos limpando todos de uma vez. Nosso maior trabalho é plantar as mudas e cercar. Vamos continuar com esse trabalho”, informa Silvio de Morais Vieira, diretor-presidente do SLU.

O diretor-presidente destaca que, ainda assim, há dificuldades acerca desse assunto. Isso porque muitos moradores ainda insistem em jogar lixo na rua. "Por isso, pedimos a consciência da população. Temos 23 papa-entulhos e mais de 600 papa-lixos. Não há motivo para descartar lixo em área pública”, acrescentou.

Vacina contra a doença

 

(foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)

 

Crianças de até 14 anos são as mais propícias a desenvolver o estágio grave da dengue. Por essa razão, o Governo Federal indicou que esse público será o primeiro a receber a vacinação, disponível apenas na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec). Ao todo, serão 6 milhões de doses para serem distribuídas por todo o país.

O Distrito Federal está entre as unidades da Federação que serão contempladas com a primeira remessa de vacinas contra a dengue. O Ministério da Saúde atendeu ao pedido de prioridade do GDF devido à situação de emergência em virtude do número de casos na capital.

A aplicação da vacina será feita em duas doses. A expectativa é de que a primeira dose seja aplicada ainda em fevereiro, com data ainda a ser definida. Já a segunda tem um intervalo de três meses para aplicação.

Atualmente, o DF tem cerca de 194 mil crianças e adolescentes de até 14 anos. Nesta faixa etária, é comum que a doença se apresente de forma assintomática, mas é necessário que a família atente aos sinais e comportamentos para identificar a hora certa de procurar uma unidade de saúde.

 

(foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília )

 

Fabrício Nunes da Paz, médico e responsável técnico distrital em pediatria, indica que a principal medida de prevenção é evitar a proliferação do mosquito. "A primeira coisa que os pais devem fazer é ter os cuidados necessários dentro da própria casa para não acumular água", pontua.

Outro aspecto importante é utilizar repelentes como uma alternativa para evitar a aproximação do mosquito. Telas mosquiteiras na casa e no quarto das crianças também são importantes para auxiliar a reter a entrada do Aedes aegypti nas residências. Entretanto, o médico reitera que apesar das dicas, a ação mais efetiva para salvar vidas é interromper a proliferação do mosquito.


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