Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Fernando Antônio Gonçalves - Sempre a Matutar segunda, 15 de fevereiro de 2021

DESOPILAÇÃO DA MODA (ARTIGO DE FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

 

DESOPILAÇÃO DA MODA

Os tempos internéticos têm proporcionado um gigantesco crescimento dos conhecimentos técnico-científicos, a multiplicação de “talentos cibernáuticos”, a mundialização de algumas idiotices e a aparição de umas tantas vaidades dinossáuricas neste Brasil de meu Deus, com algumas grosserias presidenciais que revelam um nível cultural amplamente deficitário. Mais ou menos idênticas à daquele recém pós-graduado sulista que está inserindo na rede Internet capítulos e mais capítulos de sua tese de doutorado, patrocinada por uma fabriqueta de bolachas.

Mas a maior alegria na Internet está acontecendo com a emersão de centenas de taglines, pequenas frases que revelam trocadilhos, gozações, deboches e desmoralizações com ideários tidos e havidos como de ontens que não mais retornarão.

Classifiquei uma vintena de taglines, para proporcionar a todos uma avaliação acerca da criatividade brasileira, apesar de todos os pesares e desatenções educacionais possíveis. Ei-la:

1. Não há nada no escuro que você possa ver;

2. Mulher é um conjunto de curvas capaz de levantar um segmento de reta;

3. Parte do automóvel que é vendida no Egito: os faraóis;

4. A ejaculação precoce era conhecida na Antiguidade como mal que mela;

5. Nunca ligou para dinheiro, quando ligou estava ocupado;

6. Rouba dos ricos e dá aos pobres, além de ladrão é gay;

7. Barganhar: receber um botequim de herança;

8. Se barba impusesse respeito, bode não teria chifres;

9. Deus criou o homem antes da mulher para não ouvir palpites;

10. Já que a primeira impressão é a que fica, use uma impressora laser;

11. Abelha morre eletrocutada numa rosa-choque;

12. Estouro: bovino que sofreu operação de mudança de sexo;

13. Menstruação é ruim? Pior é quando ela não vem!;

14. A zebra disse pra mosca: você está na minha lista negra;

15. Se bebida curasse alguma coisa, cachaça tinha bula;

16. Tudo na vida é passageiro, menos motorista e cobrador;

17. Loira Gelada é só uma mulher esticada numa mesa do IML;

18. No dia que chover mulher, quero uma goteira em cima da minha cama;

19. Meu gato morreu em miados do ano passado;

20. Virgindade é que nem picolé: acaba no pau.

Homenageio, transcrevendo as taglines acima, um notável pesquisador, pioneiro na coleta do que havia de mais pitoresco em para-choques de caminhão: Marcos Vinicios Vilaça, hoje personalidade consagrada internacionalmente. Ele revelou ao país inteiro, em 1961, a criatividade e o humor, as ironias e as farpas dos caminhoneiros brasileiros nos para-choques dos seus caminhões. Algumas:

– “Não sou pipoca, mas pulo um pouco”;

– “Cerveja só gelada, mulher só quente”;

– “Mulher e parafuso, comigo é no arrocho”;

– “Sem amar não sem vive”;

– “Mulher feia e urubu, comigo é na pedrada”.

As tiradas de ontem e as de agora são sinais vitais da vivacidade intelectiva de um povo, o brasileiro, apesar das boçalidades bolsonáricas. Um povo criativo por excelência, pronto para desenvolver o seu território pátrio, se lhe derem vez, voto, vacina, emprego, renda, terra, enxada e mais democracia participativa.

 

 


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