Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 02 de novembro de 2023

DIA DE FINADOS: ENTENDA A ORIGEM E AS CELEBRAÇÕES EM TORNO DA DATA

 

Dia de Finados: entenda a origem e as celebrações em torno da data

O feriado que ocorre nesta quinta-feira (2/11), reúne pessoas em cemitérios para homenagear os mortos e possui também diversos aspectos culturais que são aplicados em várias partes do mundo

Essa data tem por objetivo principal relembrar a memória dos entes queridos que já se foram, e também possui aspectos culturais que são aplicados em diversas partes do mundo -  (crédito: Reprodução/Freepik)
Essa data tem por objetivo principal relembrar a memória dos entes queridos que já se foram, e também possui aspectos culturais que são aplicados em diversas partes do mundo - (crédito: Reprodução/Freepik)
 
 
 
Foto de perfil do autor(a) Nathallie Lopes
Nathallie Lopes* 
postado em 01/11/2023 20:35

Nesta quinta-feira (2/11), no Brasil e em diversos países, é celebrado o Dia de Finados, um ritual religioso que faz parte da tradição cristã católica, mas é celebrado por várias culturas diferentes. A data tem como objetivo principal relembrar a memória dos entes queridos que já se foram, e também tem aspectos culturais que são aplicados em diversas partes do mundo.

De acordo com a doutrina da Igreja Católica, a alma da maioria dos mortos está no purgatório, passando por um processo de purificação. Por essa razão, a alma necessita de orações dos vivos para que intercedam a Deus pelo sofrimento que as aflige. Assim, desde o Império Romano, há o costume de se rezar pelos mortos, e houve uma pessoa responsável por instituir a data específica dedicada à essas almas, ele foi o abade Odilon, de Cluny, na França, por volta de 1030.

De acordo com o professor Luiz Eduardo de Lacerda Abreu, do Departamento de Antropologia (DAN) da Universidade de Brasília (UnB), em todas as sociedades, a morte, o corpo e o luto são tratados por meio de rituais. A razão disso são as propriedades destes. “Os rituais são uma forma de comunicação: eles não apenas dizem algo, como também dialogam com as crenças sobre a morte e os mortos”, diz o antropólogo.

Nesse contexto, o Dia dos Mortos era conhecido desde a Idade Média, como “Dia de todas as Almas”, dia esse que sucedia o “Dia de todos os Santos” — comemorado no dia 1º de novembro. 

Foi a partir do século 21 que a data se popularizou pelo mundo, como o Dia de Finados. “Para a antropologia, a forma como a sociedade brasileira trata a morte, o cadáver e os rituais é, em grande medida, parte da nossa herança ibérica. Mas ela se consolidou em algo parecido ao que vemos hoje apenas recentemente”, complementa Luiz Eduardo.

Atualmente a data reúne milhares de pessoas para irem até os cemitérios para entregar flores em memória dos que se foram, ou até mesmo velas e orações como homenagem. “Ter um dia próprio para celebrar a memória dos mortos, é a expressão da importância dos laços familiares e a afirmação de uma identidade: pertenço a uma família ou essas pessoas fizeram parte da minha história, daquilo que me moldou naquilo que sou hoje”, complementa o professor.

Celebrações pelo mundo

Sendo uma celebração universal, cada local tem sua peculiaridade de acordo com o contexto cultural que está inserido. Luiz Eduardo explica que cada cultura elabora à sua maneira: o que significa a morte? Do que é composto o corpo? As pessoas têm espírito? Qual o papel dos mortos no mundo dos vivos? Como a sociedade lida com a passagem de um estado para o outro? Os mortos influenciam os vivos? As respostas podem variar muito.

Para os Dayak de Bornéu, no sudoeste asiático, por exemplo, a distância entre o enterro provisório e o definitivo pode durar anos. “Esse é um período muito perigoso para o morto e a sua família. O espírito não pertence mais ao mundo dos vivos, mas também ainda não entrou completamente na aldeia dos ancestrais. Ele está entre lugares, uma condição que nós chamamos de liminaridade”, aborda Luiz Eduardo.

No Haiti, se misturam rituais católicos e de vudu, a maior religião do país. Os católicos acordam pela manhã, rezam a missa e vão ao cemitério. Já na tradição ligada ao vudu, envolve ofertas de comida e bebida para os mortos nos cemitérios, e há rituais para invocar o Deus dos Mortos.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori


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