Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Violante Pimentel - Cenas do Caminho sábado, 24 de outubro de 2020

DINARTE MARIZ - POLÍTICA HILÁRIA (CRÔNICA DA MADRE SUPERIORA VIOLANTE PIMENTEL, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

POLÍTICA HILÁRIA

Dinarte de Medeiros Mariz (Serra Negra do Norte-RN – 23.08.1903 – Brasília – DF – 09.07-1984) era filho de Manoel Mariz Filho e Maria Cândida de Medeiros Mariz.

Foi governador do Rio Grande do Norte de 1956 a 1961, e Senador da República de 1955-1956 e de 1963-1984.

Apesar do pouco estudo, era dono de uma visão política extraordinária e de uma inteligência fabulosa.

Era uma excelente pessoa humana. Tinha resposta para tudo e queria agradar a todos.

Influenciou a política local por mais de meio século.

Durante o seu governo, foi criada a UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE.

No folclore político do Rio Grande do Norte, há casos hilários envolvendo o seu nome, que merecem registro.

Tenente Ananias é um município do interior do Rio Grande do Norte. Situa-se na região do Alto Oeste Potiguar, a uma distância de 413 quilômetros de Natal, capital do Estado. Tenente Ananias foi emancipado de Alexandria na década de 1960. O nome do município é uma referência a Ananias Gomes da Silveira (1863-1950), que foi combatente e tenente das forças-armadas do Brasil.

Vista da cidade de Tenente Ananias-RN

Quando Dinarte Mariz assumiu o cargo de governador do Rio Grande do Norte, os prefeitos do interior começaram as visitas e reivindicações de melhorias para os seus respectivos municípios.

O prefeito do município de Tenente Ananias era um deles. Deu várias viagens a Natal para falar com o governador, mas sempre havia um imprevisto e Dinarte Mariz nunca estava no Palácio, quando ele chegava.

Certa vez, o chefe de gabinete pediu ao governador que resolvesse logo o problema de Tenente Ananias. Dinarte Mariz respondeu:

– Quer saber de uma coisa? Mande redigir logo a portaria promovendo esse homem! Quero que saia amanhã no Diário Oficial!

Aperreado, o chefe de gabinete disse:

– Governador, Tenente Ananias é um município do Rio Grande do Norte! O prefeito de lá quer conversar com o senhor!

Um cabo eleitoral, fazendeiro rico, tinha um vaqueiro muito fiel, apesar de abobalhado, que sonhava em ser sargento da polícia. Quando Dinarte assumiu o governo, “cumpriu” a promessa, dando ao vaqueiro do amigo uma farda de sargento, que passou a ser usada diariamente, só dentro da fazenda.

Ao assumir o governo do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz recebeu a visita de um compadre do interior, fazendeiro e dono de um “curral eleitoral” acompanhado do seu afilhado. O homem lhe cobrou o cumprimento da promessa que lhe fizera de arranjar um emprego muito bom para o rapaz.

Dinarte chamou o chefe de gabinete e perguntou qual era o melhor emprego do Estado. A resposta foi que o melhor emprego do Estado, cargo em comissão, era o de Consultor Jurídico. O governador mandou que fosse preparado o ato de nomeação do filho do seu amigo para o referido cargo. Pouco depois o chefe de gabinete voltou e disse ao governador que não poderia redigir o ato de nomeação do rapaz, porque ele não era bacharel em direito, como a lei exigia. O rapaz só sabia ler e escrever.

Resposta do governador:

– Redija dois atos de nomeação: um para ele ser bacharel em direito e o outro para que seja Consultor Geral do Estado.

O chefe de gabinete disse que isso era ilegal e se recusou a redigir os atos. E foi exonerado na hora.

Uma comadre do Governador Dinarte Mariz foi nomeada para o magistério, com mais de 70 anos. O Governador foi alertado para a nulidade do ato, e a professora foi aposentada, compulsoriamente, no dia seguinte.

Esses causos, ainda hoje, correm de boca em boca.


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