Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Domingo – Dia de Matinê no Cinema Local domingo, 22 de agosto de 2021

DJANGO - UM CLÁSSICO IMPERDÍVEL
HOJE: WESTERN  ITALIANO (SPAGETH WESTERN), QUE CONTRIBUIU PARA A CONTINUIDADE DO GÊNERO NA ITÁLIA E TAMBÉM SUAS SEQUÊNCIAS NOS STATES
 
DJANGO - UM CLÁSSICO IMPERDÍVEL
 
Gentileza dos Colunistas Cícero Tavares e D.Matt
 



                  (Na próxima semana, domingo dia 22  apresentaremos 
                  o filme DJANGO II  , uma homenagem do diretor Tarantino  que
                  soube reconhecer a importância desse western italiano.)



TEMA DO FILME:  UM FILME WESTERN DIFERENTE, COM UM AMBIENTE SURREALISTA, FILMADO A CORES, POREM, DEVIDO AO SURREALISMO, NOTA-SE QUE A CIDADE NÃO TEM COR DEFINIDA,  MOSTRANDO UM ASPECTO SOMBRIO, QUASE EM PRETO E BRANCO, COMO UMA BRUMA ESPESSA COBRINDO TODOS OS CENÁRIOS, O QUE NOS PREPARA PARA A HORA DA VERDADE. OU SEJA A ABERTURA DO  GRANDE FÉRETRO CONTENDO  EM SUAS ENTRANHAS A MORTE CERTA E VINGADORA.


UMA OBRA DE ARTE DO DIRETOR  SERGIO CORBUCCI.
 

Texto escrito em parceria com o  colunista d.Matt e Cícero Tavares

Dedicamos ao cinéfilo Altamir Pinheiro de quem estamos muito saudosos  e seu neto Antonio Miguel, o cowboy. Estamos aguardando com grande expectativa, mais um de seus extraordinários artigos, sempre dentro do tema  SEGUNDA SEM LEI '  QUE ESTÁ FAZENDO MUITA FALTA

 

             

O caixão fantamasgórico de Django

A cena de abertura do primeiro filme de faroeste da franquia “Django” é épica, memorável,monumental, icônica e irretocável. A câmara focando um homem solitário, arrastando um caixão fantasmagórico no lamaçal caótico, tendo como painel de fundo um cenário natural, maçante, acompanhado da antológica trilha sonora “Django”, composta pelo maestro argentino-italiano Luis Enríquez Bacalov, é apropriada para o clima sinistro do western.

“Django” conta a história de um andarilho misterioso, acompanhado de sua poderosa metralhadora, disposto a vingar a morte de sua esposa, assassinada por uma gangue rival que agia na região fronteiriça do México. Para conseguir seu intento ele fez um “acordo” com um dos chefes de uma gangue comandada pelo general Hugo Rodriguez, bandido frio, calculista, ambicioso, contra seu oponente, o Major Jackson e seu bando de facínoras, sanguinários.

É um dos melhores exemplos de filmes do gênero western spaghetti, com uma trilha sonora agitada, duelos de armas e um anti-herói de poucas palavras, que arrasta um caixão mortífero. O visual magnífico do filme é devido ao trabalho do diretor de arte Carlo Simi, que já havia criado personagens e cenários para filmes anteriores do diretor Sergio Corbucci, como o “Minnesota Clay.”

Antes e depois da primeira cena antológica do confronto entre “Django” com a metralhadora e os mais de quarenta bandidos do Major Jackson em frente ao Saloon do Nathaniel, ficava a impressão de que estávamos diante de mais um western lugar-comum, piegas, mas ante a competência do diretor Sergio Corbucci o que vemos é um filme com cenário de batalha expertise, cruenta, épica, que até hoje fascina crítico e cinéfilo que o elogiam como uma obra-prima do western spaghetti.

Como diz o  colunista  de  western D.Matt., autor do Prefácio do livro “NO ESCURINHO DO CINEMA”, do cinéfilo-historiador Altamir Pinheiro que atualmente tem um excelente Blog    que a
pode ser acessado ( CHUMBO GROSSO ))  “DJANGO l, ou simplesmente DJANGO”, é o primeiro, o único e o verdadeiro.  Esse filme tornou o  ótimo ator Franco Nero famoso e ao  citarmos  DJANGO, o filme, todos  logo identificamos o primeiro e o melhor da franquia.  Sim o nome “Django” tornou-se uma franquia, pois existem  muitas dezenas de filmes relacionados ao personagem famoso, talvez  cheguem perto de meia centena de filmes, todos com adjetivos diversos,  títulos chamativos, mas nenhum chegou perto do original que permanece eterno, com a matriz intocada, sem nada que possa abalar a sua merecida fama.

 

No ponto de vista cinematográfico, o único filme que chegou   quase a merecer comparação com a qualidade do original, foi o filme “Django Livre” do diretor Quentin Tarantino. A comparação que se faz é apenas pela qualidade  do filme, seus valores cinematográficos, seu ótimo elenco, que contou acertadamente com a participação do “Django” original,  Franco Nero, numa pequena atuação, mas uma grande  e merecida  homenagem prestada pelo cineasta Tarantino ao grande ator, criador do personagem  cujo  nome,  até hoje nos emociona. O filme  cria um clima místico e quase sobrenatural, quando o personagem aparece do nada arrastando um caixão, como uma aparição fantasmagórica deixando todos apavorados e surpresos, sem saber o que esperar. O diretor Sergio Corbucci soube segurar com muita competência e profissionalismo essa atmosfera sombria.

 

Nada de parecido tinha sido visto antes nos filmes do gênero western, e a expectativa vai num crescendo para todos  os personagens do vilarejo e muito importante,   também para nós os expectadores do filme, pois o que vai ou poderá acontecer é uma incógnita.

 

Mas o diretor  Sergio Corbucci mostrou que é um mestre, pois os fatos vão se sucedendo até que  afinal o inesperado é  revelado e com  a sucessão dos acontecimentos, os  vilões  são enfrentados e como  em todo bom filme de faroeste: o mocinho vence no final para satisfação de todos.

 

Ressalte-se  o  grande número de filmes que levam o nome “Django”, com dezenas de atores que fizeram  o personagem-título, mas como se pode ver   pelos enredos, nenhum deles é a continuação do filme original. Não que não sejam bons atores, mas sim porque  o personagem do primeiro é muito místico, sombrio, e o ator deu ao personagem-título um desempenho extraordinário que nenhuma imitação conseguiu alcançá-lo.”

 

Em cena antológica dentro do oeste, Django arrasa com os quarenta capatazes do Major Jackson, que foge desmoralizado, com a cara cheia de lama dum tiro de COLT 45.

Django – La sorpresa dentro la bara 

 

 


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