Um e outro muito têm em comum. Complementam-se. E se antagonizam. Complementam-se quando no aspecto estritamente automobilístico, antagonizam-se quando os termos dão nome às relações entre a Operação Lava-Jato e uma perigosa quadrilha que se assenhorou do Brasil. Os termos, pois, servem para abordar a ação do que resta de honesto na vida pública brasileira. Até mesmo muitos dos carros que circulam no país poderão servir de lembretes repetidos à exaustão de que a Operação não pode morrer.
Ao passar na frente de uma igreja, por exemplo, cada cidadão deverá lembrar-se que enquanto do lado de Ka alguém reza, do lado de lá Mercedes-Benz. Ou sempre que Cruze as ruas, considerar que o pavimento poderia ser melhor, não fossem os desvios de verbas. Ao escolher joias, por exemplo, diante de peças de Onix e Opala, lembrar-se dos carros e, consequentemente, da Lava-Jato.
Terminou? Ainda não. São muitas as lembranças, como diria famoso cantor brasileiro…
Digamos que você vai ao estádio, o time do seu coração vaza a meta adversária no último segundo da partida e, em uma explosão de alegria você grita Gol! a plenos pulmões. Gol também é carro, e carro vai a lava-jatos…
No outro dia, feliz pela vitória do seu time você vai visitar seus clientes, e um deles é o senhor Benedito Mendonça Wanderley. Sabe como ele assina os documentos internos da empresa? Com as iniciais do seu nome: BMW que, aliás, é marca de carro e carro lembra que a Operação Lava–Jato existe e é pelo desempenho à frente dela que o Brasil reconhecerá a potência, a velocidade, a segurança da procuradora-geral Raquel Dodge.
Tratando-se de mulher preparada, experiente e Captiva da lei, você pode ter a certeza de que ela já abraçou a Idea de dedicar seu Tempra a combater sem tréguas a pilhagem que tem assolado o país. Decerto ela acumulará sucessos, e o povo brasileiro fará a Fiesta. Ao menos insistindo na lembrança de que a pilhagem deve ser duramente combatida.