Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 08 de agosto de 2023

ECOLOGIA: AOS POUCOS, O AMARELO DOS IPÊS VAI COLORINDO AS RUAS DA CIDADE

 

Aos poucos, o amarelo dos ipês vai colorindo as ruas da cidade

Marca registrada do DF, os ipês florescem no Cerrado, exibindo todo charme para os apaixonados pela árvore. Para os brasilienses, eles trazem mais alegria e embelezam o ambiente árido da seca

JA
José Augusto Limão*
postado em 08/08/2023 06:05
 
 
  03/08/2023 Crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades. Ipê amarelo colore Brasília.  -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
03/08/2023 Crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades. Ipê amarelo colore Brasília. - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

Tons vibrantes de amarelo estão pintando a paisagem do Distrito Federal com a chegada da tão esperada floração dos ipês. A natureza exibe seu espetáculo anual, transformando ruas e parques em verdadeiros tapetes dourados. A onda amarelada que hoje é uma marca registrada da capital federal convida brasilienses e turistas a apreciar toda a elegância e beleza da árvore típica do cerrado.

Trabalhando diariamente de frente a um ipê amarelo, Cleber Rodrigues, 51, diz que fica encantado com a floração nesta época do ano. “Hoje muitas pessoas pararam aqui para tirar umas fotos. Eu, inclusive, fiz uma selfie aqui perto dela hoje de manhã. Está muito lindo e vivo”, frisa. O lavador de carros sempre foi fascinado pela natureza e confessa que fica mais alegre trabalhando ao lado dos ipês. “É demais, né, em plena seca ter uma árvore dessa tão viva, eu em casa tenho plantas, animais. Gosto de estar nesse ambiente”, declara.

Passando o dia na casa de sua mãe, Fernanda Silva, 32, aproveitou o ipê nas proximidades e levou seus três filhos John, 4, Alice, 7 e Yasmin, 1, para brincarem na área verde e tirar fotos tendo o ipê amarelo como cenário. “Eles adoram vir aqui e ficar pegando as plantinhas que caem do ipê para brincar”, conta. A dona de casa expõe que gosta de levar a caçula com os irmãos para sair de casa, a fim de ter mais contato com a natureza. “É uma atividade diferente, pois tiro eles do celular. Eu adoro os ipês, são muito bonitos, aproveito e faço um registro deles nesse mar amarelo”, pontua.

Paixão

Apaixonado pela árvore desde criança, Marco Aurélio, 61, esbanja a coleção com mais de mil fotos de ipês em sua galeria do celular. “Eu fico observando as primeiras floradas, seja perto da Igreja Dom Bosco, ruas das farmácias, no Eixão. Já tenho alguns ipês mapeados, onde vou e faço o registro”, pontua. O servidor público está na capital federal há mais de 40 anos e acha que as pessoas não aproveitam toda experiência que a natureza da capital federal proporciona. “Esse ipê da Embrapa é a primeira vez que faço fotos, mas é fantástico. Mesmo que ele tivesse somente uma flor, é a resposta da natureza à secura. É tudo muito lindo”, destaca.

O morador da Asa Norte comenta que ao acordar neste época do ano o seu primeiro pensamento é saber qual ipê que ele irá realizar o registro. “Sou apaixonado pelo roxo, rosa, branco e amarelo. É uma coisa fantástica a beleza que eles trazem para a cidade”, pondera. Marco diz que não é possível mensurar a alegria dele ao sair do trabalho e passar por um ipê amarelo florido. “Isso não tem preço, imagina você estar andando e poder apreciar essa beleza. Logo depois vem uma revoada de maritacas e começam a cortar as flores. É tudo muito belo”, revela.

Mudança climática

Mestre em ecologia, Vitor Sena explica que os ipês possuem ampla distribuição por todo continente americano, mas que algumas espécies ocorrem apenas aqui no Brasil. “São bem distribuídas e comuns em todos os biomas brasileiros, muitas são nativas do nosso Cerrado, demonstrando a beleza do bioma que cobre toda a capital federal”, conta. O diretor da organização A Vida no Cerrado, explica existem mais de 30 espécies da árvore. “Os ipês são importantes para o ecossistema, pois suas flores e o néctar servem de alimento a diversas aves, como os papagaios-de-encontro-amarelo, tucanos, beija-flores e até mesmo insetos, que auxiliam na polinização e na dispersão das sementes de plantas nativas”, frisa.

O especialista ressalta que os ipês são considerados o símbolo da capital federal. “São árvores que chamam bastante atenção pela beleza das suas flores, o que pode ser aproveitado como estação turística aqui na cidade, assim como as cerejeiras nas cidades do Japão”, pontua. No entanto, Vitor faz um alerta em relação aos ipês na capital federal, que segundo observa, estão florescendo muito cedo ou estão demorando para aparecer. Ele destaca que a mudança climática que o planeta tem passado nos últimos anos é um dos responsáveis por essa alteração. “Temos visto que os dias estão cada vez mais quentes, e as alterações climáticas estão cada vez mais extremas. É isso pode sim estar afetando a floração do ipês ”, pontua.

Natural de João Pessoa, Jorge Flávio, 20, veio para Brasília estudar e se encantou com os ipês amarelos, que para ele é a marca registrada da capital. “Em João Pessoa tinha alguns ipês, mas nem se compara com Brasília. Acho interessante que aqui tem diversas cores de ipê, acho tudo muito bonito”, destaca. O estudante sempre foi interessado pela florada amarela e explica que sempre que passa por um ipê faz uma pausa para realizar umas fotos. “O amarelo é vivo, bonito. Quando eu penso em Brasília, penso em ipê”, salienta.

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

 


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