Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo terça, 21 de novembro de 2023

ELIMINATÓRIAS DA COPA: COMO BRASIL E ARGENTNA INVERTERAM FORÇAS NOS ÚLTIMOS ANOS

 

Por 
Rafael Oliveira 
— Rio de Janeiro

 

 

 

Era para ter sido em setembro de 2021, em São Paulo. Mas agentes da Anvisa interromperam o jogo aos 6 minutos alegando descumprimento do protocolo de prevenção à Covid por parte dos visitantes, e o Brasil x Argentina foi anulado. Com isso, a última vez que os dois se enfrentaram em solo nacional pelas Eliminatórias segue sendo a vitória maiúscula por 3 a 0 dos donos da casa, no Mineirão, em 2016. O recorte de lá para cá é didático sobre a inversão de forças. O clássico das 21h30, no Maracanã, é o primeiro após o título mundial dos hermanos. E pode deixar a seleção verde e amarela — veja só — fora da zona de classificação direta à Copa.

Os momentos são totalmente opostos. Mesmo em lua de mel pela conquista da Copa do Catar, os argentinos lideram as Eliminatórias, veem Messi atuando ainda em alto nível e contam com um treinador que já conquistou seu espaço e sua autoridade.

Já a seleção brasileira, que chegará a 24 anos sem título mundial, atravessa sua fase mais turbulenta no século: perdeu metade dos oito jogos no ano, vem de três partidas sem vitória nas Eliminatórias (sendo duas derrotas seguidas) e é a quinta na tabela. Precisa conviver com as ausências de Neymar por lesão e, depois de passar o primeiro semestre sem treinador efetivo, conta com Fernando Diniz até junho de 2024 — sem a certeza de quem assume depois.

Uma análise na trajetória das duas seleções desde aquele 3 a 0 no Mineirão ajuda a entender a troca de papéis nestes sete anos. Como, em termos de organização, AFA e CBF não se diferenciam muito (ambas são conhecidas pelas decisões questionáveis que tomam), as razões se concentram, basicamente, no campo.

Após a Copa da Rússia, em que sua participação foi marcada pela falta de sintonia entre comissão técnica e elenco, a Argentina encontrou em Scaloni a figura que pôs fim ao longo rodízio de treinadores (oito entre 2004 e 2018). O trabalho começou questionado pelos resultados oscilantes (incluindo a campanha irregular na Copa América 2019, em que caiu nas semifinais para o Brasil). Mas a atuação já era promissora.

O título da Copa América 2021, na final contra o Brasil, representou o selo de confiança no treinador (que viria a ser peça importante do título mundial) e, mais importante, tirou o peso dos 28 anos sem conquistas das costas dos jogadores. Principalmente Messi.

A linha do tempo de Brasil e Argentina desde o jogo de 2016 — Foto: Editoria de arte
A linha do tempo de Brasil e Argentina desde o jogo de 2016 — Foto: Editoria de arte

A comparação entre o craque argentino e Neymar também é didática. Enquanto o oito vezes melhor do mundo passou longe das lesões graves, o principal jogador brasileiro virou uma ausência constante. Só neste período, foram cinco contusões sérias. Somados os tempos de recuperação, ele passou 16 meses sem atuar nos últimos sete anos.

Só que, enquanto o técnico do Real Madrid não confirma o acerto, a seleção patina no começo de Diniz. E a torcida sofre com a falta de confiança no presente e no futuro. Resta a esperança de que o encontro de hoje promova nova guinada. Desta vez, a favor dos brasileiros.


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