Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Domingo – Dia de Matinê no Cinema Local domingo, 04 de junho de 2023

ERA UMA VEZ NO OESTE (1968) – NÃO HAVERÁ OUTRO IGUAL

 

HOJE: WESTERN

ERA UMA VEZ NO OESTE (1968) – NÃO HAVERÁ OUTRO IGUAL

Gentileza do Colunista Cícero Tavares

 

“O ritmo do filme pretendeu criar a sensação dos últimos suspiros que uma pessoa exala antes de morrer. Era uma Vez no Oeste é, do começo ao fim, uma dança da morte. Todos os personagens do filme, exceto Claudia Cardinale, têm consciência de que não chegarão vivos ao final.”- Sergio Leone.

Três homens chegam a cavalo numa estação ferroviária, à espera de alguém. De quem, o espectador no cinema não sabe. Os minutos correm. O suor dos homens contagia os espectadores, o suspense torna-se quase insuportável. Gotas d’água e moscas transformam-se em instrumentos de tortura. As imagens em close dominam a tela.

Nesse momento, o primeiro diálogo:

– Frank não veio?

– Frank não teve tempo de vir. Mandou-nos.

– Vocês trouxeram um cavalo para mim?

– Ha, ha, olhando em volta, eu só vejo três. Parece que temos um a menos?

– Vocês trouxeram dois a mais.

O próprio início de Era uma Vez no Oeste tornou-se legendário, um mito do cinema moderno. E a ele somava-se uma trilha sonora incomparável: poucas músicas na história do cinema foram tão marcantes como a composta pelo gênio italiano de Ennio Morricone. Sob diversos aspectos, Era uma Vez no Oeste consagrou-se como um clássico do cinema e um modelo de filme: música, encenação, direção, atuação, fotografia – em tudo isso, o filme criou um novo padrão em 1968.

Com o seu filme Por um Punhado de Dólares (1966), o diretor Sergio Leone inventaria o gênero denominado de spaghetti western, o qual ele próprio consolidaria com duas continuações. Com Once Upon a Time in the West (título original de Era uma Vez no Oeste), Leone voltou a criar uma obra-prima de caráter próprio, mesclando a mitologia do faroeste americano com a ópera europeia.

A história narrada pelo filme é bastante conhecida. O caladão que tocava gaita ( Charles Bronson), cujo personagem tem nome no filme de “harmônica”, busca vingança. Quando criança, ele fora testemunha de um ritual macabro de assassinato, sendo obrigado a tocar uma canção na gaita-de-boca enquanto o seu pai era enforcado a mando do matador de aluguel Frank.

Paralelamente, Leone conta também a história da conquista do Oeste pela ferrovia, a história da linda prostituta Jill McBell (Claudia Cardinale), do assassino de aluguel Frank (Henry Fonda) e do velhaco de boa índole Cheyenne (Jason Robards), em imagens belíssimas e diálogos lacônicos, que são tão simples como verossímeis:

– Ninguém sabe o que o futuro trará. Por que eu estou aqui? Eu quero a fazenda ou a mulher? Não. Você é o motivo. E vai me dizer agora quem você é! Diálogo entre Frank e Harmônica perto à ferrovia que estava nascendo.

– Algumas pessoas morrem de curiosidade.

Isso se confirma no final. Henry Fonda, que em toda a sua longa e bem-sucedida carreira anterior sempre encarnara o mocinho, sucumbe sobre o chão poeirento com a gaita na boca. Morto pelo homem sem nome, (Charles Bronson), que quase sempre fazia o papel do malvado. Também essa inversão de papéis foi um choque para os espectadores da época.

Em Era uma Vez no Oeste convergia muita coisa e eram muitas as interpretações possíveis naquele ano de 1968. Capitalismo e revolução, cultura clássica e cultura pop americana, mitologia grega e ópera, amor e tragédia: ou seja, cinema na forma e perfeição mais pura e original, além de uma música que, ainda hoje, dá um arrepio na espinha.

Era uma vez no oeste – Trailer

 


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