Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Fernando Antônio Gonçalves - Sempre a Matutar terça, 09 de junho de 2020

ESCRITOS GENIAIS E DESCOMPLICADOS

 

ESCRITOS GENIAIS DESCOMPLICANTES

Creio que a incultura pelo cálculo simples tem origem, nos primeiros anos de vida, a uma educação fundamental comandada por professoras mentalmente desabilitados nos princípios mais elementares de um raciocínio numérico.

Para quem tem filhos e parentes no Segundo Grau se preparando para enfrentar o ENEM ou Concursos Vestibulares similares, recomendaria a leitura de alguns textos fascinantes sobre a ciência dos números, sua história e seus procedimentos lógico-evolucionários, desde os distantes ontens até os dias atuais, onde só será possível ampliar as análises enxerganciais através de argumentos constituídos de consistentes comprovações quantitativas.

As recomendações abaixo são escritos esclarecedores por derradeiro, não matematizantes nem hidrocélicos, mais semelhantes a romances instrutivos, binoculizadores por excelência, que favorecem o despertar de neurônios adormecidos por incompetências docentes, descasos familiares, complexos introjetados ou pura hereditariedade mental asnática geradora de complexos sociais os mais diferenciados.

Vejamos os textos mais oportunos, apontados abaixo, como um desabestalhamento progressivo século 21 amplamente indispensável, independentemente de idade, crença, sexo e outros trejeitos sociais, diurnos e noturnos. Favorecendo ignorâncias adquiridas ou natas, quando os experimentos científicos mais recentes comprovam que até bebês de quatro meses possuem elementares capacidades de raciocinar, não havendo desculpas para se eximir de uma espiadinha básica despertadora. Ei-los:

1. HISTÓRIA BIZARRA DA MATEMÁTICA – Luciana Galastri – São Paulo, Planeta do Brasil, 2020, 256 p.

A autora é curitibana, graduada em Jornalismo, apaixonada por ciência. Através de histórias inusitadas, algumas até macabras, ela proporciona a descoberta da matemática, não mais como bicho de sete cabeças, mas por razões incrivelmente outras. No livro, a história de Florence Nightingale, uma enfermeira norte-americana que inventou o gráfico de pizza durante a Guerra da Crimeia. Também a revelação de que nenhuma maçã caiu na cabeça de Newton, nem que Pierre Laplace achava que acreditava na existência de um demônio poderoso que era capaz de calcular as probabilidades de todos os eventos terrestres. E que também contará como a matemática nada mais é que resultados provocados por personagens curiosos, que toparam resolver todos os desafios quantitativos que lhes fossem apresentados.

SUMÁRIO: Introdução – Por que o livro de matemática pulou de um prédio; 1. O princípio: cachorros, ossos e mamilos; 2. Peladões e múmias: quem começou a usar a matemática para além do óbvio; 3. Mortes medonhas na idade das trevas; 4. O renascimento da matemática na era moderna; 5. Confusão infinita na era contemporânea; 6. Alienígenas e caos nos dias de hoje.

Uma leitura que retirará muitos de um sofrimento permanente, percebendo que a matemática foi feita por aqueles que encaram os problemas, possuindo a sensação de encarar com paixão a tarefa de resolvê-los.

2. DESBRAVADORES DA MATEMÁTICA: DA ALAVANCA DE ARQUIMEDES AOS FRACTAIS DE MANDELBROT – Ian Stewart – Rio de Janeiro, Zahar, 2019, 327 p.

O autor, um dos mais famosos matemáticos contemporâneos, Professor Emérito da Universidade Warwick, Inglaterra, é reconhecido mundialmente pelo seu intenso interesse em difundir a disciplina através de explicações acessíveis a todos os interessados. Seu livro não é matemática pura, mas páginas contaminadas de muita sagacidade, sabedoria e fascínio, um misto de aula de cálculo e livro de história, revelando com ampla didática elucidativa descobertas fantásticas de cálculos numéricos.

No livro, as descobertas feitas por 25 desbravadores, antigos e modernos, homens e mulheres, orientais e ocidentais, apresentadas de forma quase cronológicas, favorecem múltiplos desejos de conhecer outras etapas da mais fácil de todas as ciências.

3. A FASCINANTE HISTÓRIA DA MATEMÁTICA: DA PRÉ-HISTÓRIA AOS DIAS DE HOJE – Mickaël Launay – Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2019, 263 p.

O autor, matemático e PhD em Probabilidade, tem dedicado sua carreira na divulgação dos conhecimentos matemáticos para jovens e também para o público em geral. O texto parece um romance instrutivo envolvente, bem humorado, onde Launay questiona “a origem das convenções que os não matemáticos foram incapazes de enxergar como pequenas revoluções para a mente”.

Segundo ainda o autor, a matemática dá medo, mas fascina todo mundo. Não é amada, mas todo mundo gostaria de curti-la. E ele convida todos a dar uma olhadinha indiscreta em mistérios matemáticos aparentemente inacessíveis, amplamente explicados por quem sabe transmitir sem medo algum de ser feliz.
Na contracapa, um testemunho valioso sobre o autor: “Seus vídeos no YouTube são muitíssimos bem feitos, e quando ele troca a câmera pela caneta é igualmente empolgante”.

Segundo ainda o autor, “quase todo mundo gosta de matemática. O problema é quase ninguém sabe disso.”

Finalizando, uma conclamação de apaixonado: saibamos todos envolver-se numa ciência extremamente oportuna para os tempos de amanhã, orientando seus derredores para uma esperteza numérica cada vez mais efetiva.

E entendamos de uma vez por todas que a divisão proclamada entre “ciências exatas” e “ciências humanas” deve ter sido da autoria de alguém que detestava raciocinar quantitativamente, pois teria sido gerado em pé numa rede…


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