Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Violante Pimentel - Cenas do Caminho sábado, 06 de junho de 2020

ESPERANDO GODOT

 

“ESPERANDO GODOT”

 

O vírus chinês, fabricado em laboratório, por um “erro de cálculo” macabro, proposital ou não, alastrou-se pelo mundo como uma praga, e a feliz expectativa do Ano Novo, o “Ano Gêmeo”, 2020, teve sua chegada atrapalhada pelo COVID-19, ou Coronavírus.

O povo brasileiro foi enganado pelos Governadores e Prefeitos, pois, sabedores da chegada dessa praga, desde o final de 2019, esperaram passar o Carnaval, para divulgar a presença do COVID-19, ou Coronavírus, no Brasil, que veio para dizimar vidas humana.

Os Governantes não pensaram na vida dos brasileiros, e não equiparam os hospitais e Unidades de Saúde, com leitos, UTIS, respiradores etc, suficientes, para tratar os possíveis doentes de Coronavírus.

No Rio Grande do Norte, 2019 foi o ano em que foram fechados diversos hospitais no interior (O de Canguaretama, por exemplo, e em Natal, o Hospital Ruy Pereira).

Em Natal, o elefante branco, em que se transformou o Estádio Arena das Dunas, continua no mesmo lugar, suntuoso e imponente, local onde estão petrificados bilhões de reais, fora os que foram embolsados pelos empreendedores desonestos. Está servindo agora, para shows de qualidade duvidosa e feiras de artesanato.

Está provado que, no final do ano de 2019, os governantes de todo o Brasil já tinham conhecimento da existência do Coronavírus. Entretanto, acharam por bem esconder o problema, até que passasse o Carnaval, em nome da ganância pelos bilhões gerados pelo turismo carnavalesco e sexual, fonte de renda advinda dos dias do reinado de Momo. Esconderam da população a notícia do Coronavírus e adiaram a quarentena para depois do Carnaval. Isso, sem pensar nas vidas humanas que seriam dizimadas, mas apenas visando o lucro estrondoso, advindo do Carnaval, principalmente nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Os brasileiros, principalmente, os nordestinos mais pobres, só tomaram conhecimento da terrível pandemia que se alastrava pelo País, quando o monstro do Coronavírus, já começava a fazer suas vítimas, dizimando a população, desenfreadamente.

O sofrimento do povo, diante dessa terrível Pandemia, soma-se à solidão imposta pelo isolamento social e ao desespero e pavor de contaminação. Nesta quarentena, que já ultrapassou o prazo estipulado inicialmente, e hoje já caminha para uma verdadeira “oitentena”. O povo não aguenta mais essa “prisão domiciliar”, mesmo sem tornozeleiras. O desengano e a depressão estão tomando conta das pessoas, que se sentem presas em casa.

Estamos no 6º mês do tão festejado e esperado Ano Gêmeo (2020), e a Ciência , até aqui, não chegou a um denominador comum, no que diz respeito à descoberta do remédio certo, capaz de curar o Coronavírus, nem inventou ainda a Vacina milagrosa, capaz de erradicá-lo do solo brasileiro.

Estamos ainda, em pleno pico da pandemia, que continua, fazendo inúmeras vítimas, de todas as idades. Entre elas, incluem-se médicos, enfermeiros, maqueiros, auxiliares de enfermagem e outros profissionais da área da Saúde, que trabalham na linda de frente dos Hospitais e Unidades de Saúde Pública e Privada.

Repito que o povo foi traído, miseravelmente, pelos políticos, que ao invés de preparar hospitais e Unidades de Saúde com UTIS e respiradores, para receber os doentes de Coronavírus, preferiram passar os meses de janeiro e fevereiro veraneando e brincando o carnaval.

Os nossos Governantes ainda não se conscientizaram, de que a moeda mais valiosa de um País é o seu povo. com Saúde e Educação. No momento crucial que atravessamos, a maior obrigação dos Governadores e Prefeitos, é, antes de tudo, salvar vidas, empregando de forma transparente e honesta as verbas federais milionárias, enviadas pelo Governo Federal aos Estados e Municípios, afetados pela Pandemia.

O descaso e a desorganização dos governantes refletem na falta de leitos, UTIS, respiradores etc, para os doentes de Coronavírus. A ordem médica é para que o doente fique em casa e só se dirija às Unidades Hospitalares, quando o quadro se agravar. Isso, para não superlotar os hospitais públicos, onde faltam leitos e tudo o que é necessário para o tratamento dos doentes do Coronavírus, apesar das verbas milionárias, que estão sendo enviadas pelo governo federal.

Enquanto milhares de pessoas estão morrendo, vitimadas pelo Coronavírus, outras estão se salvando, graças ao uso da Cloroquina, que tem como base o sulfato da Quinina (ou Quinino), planta medicinal usada pelos índios, na cura da Malária, e que foi usada, com êxito, em Natal, no tratamento da Gripe Espanhola de 1918. Conta a história, que o Dr. Januário Cicco, médico norte-riograndense, prescreveu uma fórmula à base de Quinino, que mandou aviar em farmácia, em forma de pílulas, para que os sanitaristas distribuíssem nas choupanas, para tratar as pessoas pobres, acometidas da terrível gripe.

O fato é que o povo brasileiro continua esperando “Godot”, (numa comparação com a peça “Esperando Godot”, escrita pelo dramaturgo irlandês Samuel Beckett (1906-1989), considerada um dos principais textos do “teatro do absurdo”.  Acontece que Godot, a solução para todos os problemas, era citado a toda hora, mas nunca chegou. Inclusive, baseado na peça, foi feito o filme “Esperando Godot “. De acordo com o enredo, em um lugar indefinido, dois amigos se encontram: Estragon e Vladimir. A primeira frase dita no filme por Estragon, já indica a inutilidade da presença deles naquele lugar: “nada a fazer”. Eles lá se encontram para esperar um sujeito de nome Godot, que nunca chegou.

Que não seja esse o caso que estamos vivendo. Os brasileiros continuam aguardando a vitória da Ciência sobre o cérebro macabro do Frankenstein chinês.


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