Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Eliane Cantanhêde terça, 28 de janeiro de 2020

ESTE 2020 PROMETE!

 

Este 2020 promete!

Coronavírus, sacolejo nas Bolsas, chuvas assassinas e, claro, pérolas do presidente

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

28 de janeiro de 2020 | 03h00

O ano de 2020 começou malvado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) demorou, mas admitiu ontem que o coronavírus caracteriza um “alto risco”, não mais só “moderado”. Ou seja: aparentemente afastada a ameaça de uma guerra entre Estados Unidos e Irã, o mundo enfrenta agora o temor de uma epidemia de proporções ainda incertas. 

O vírus já atingiu milhares de pessoas e já matou dezenas na China, extrapolou para o resto da Ásia, a Europa e os Estados Unidos e deixa todos os continentes em estado de alerta. O risco é de morte, mas ameaça também a economia dos países. Obviamente, o Brasil não está fora da mira. 

Para o bem e para o mal, a globalização veio para ficar. O espetacular fluxo de pessoas entre continentes e países corresponde a uma grande facilidade de exportação do vírus aos quatro cantos do mundo. A extensão e as projeções ainda são incertas, mas, certamente, não dá para dormir tranquilo. 

 E o risco de globalização do vírus também impacta diretamente as transações comerciais e financeiras, particularmente de commodities. E é exatamente por isso, e preventivamente, que a Bolsa sacolejou fortemente no Brasil. Vale, Petrobrás, Gerdau, CSN e Suzano chegaram a perder R$ 33 bilhões em valor de mercado na manhã de ontem. O vírus nem chegou ao Brasil, mas o medo já se instalou. 

Ministério da Saúde criou um Centro de Operações de Emergência, junto com a Anvisa, para tomar as medidas possíveis neste momento. Não é simples, porque as ações se concentram em aeroportos, portos e pontos estratégicos de fronteira, mas vamos pensar juntos. Como não há voos diretos do Brasil para a China, o monitoramento não tem foco, é dos mais variados voos, que vêm da Ásia, dos EUA e de capitais da Europa, como Madri, Lisboa, Roma, Amsterdã. E as fronteiras? O Brasil não consegue nem monitorar tráfico de drogas, armas e cigarros... 

As providências cabíveis estão sendo tomadas: alertas em português, inglês e mandarim, comunicados para empresas aéreas, instrução para as tripulações relatarem a presença de passageiros com sintomas. E há planejamento para isolar casos suspeitos e toda uma rede de técnicos se informando sobre como combater a doença já instalada. No mais, é rezar para a disseminação global ser contida. 

Além do vírus assassino, o ano começou com mortes e desaparecimentos por causa das chuvas torrenciais em Minas e no Espírito Santo. Dezenas de famílias destroçadas, milhares de famílias desalojadas. Ok, é verdade que o volume de água em Belo Horizonte, por exemplo, foi o maior em 110 anos. Mas alguém é capaz de jurar que era impossível salvar essas vidas, evitar ou minorar a tragédia? 

O ano também começou com a inacreditável história de um secretário nacional de Cultura que cultuava o nazismo e, agora, a aflição de milhares de estudantes com o Enem e o Sisu. O tal secretário foi demitido após profunda rejeição da sociedade, mas o ministro da Educação continua numa boa e vai ficando. 

Ninguém sabe, ninguém viu ao menos alguma medida, algum anúncio, algum plano do MEC, e todo mundo vê as lives ridículas do ministro, os erros crassos de português, a ideologia contaminando tudo. Só o presidente não vê. Ou não dá bola. 

No início do ano, Bolsonaro escapou da berlinda em Davos e fez viagem produtiva à China, mas caprichou nas “pérolas”: livros cheios de muita coisa escrita, índios mais parecidos com seres humanos, o capitão do Exército versus Gandhi, o secretário nazista “exemplar”. E a reação aos brasileiros deportados por Trump com pés e mãos algemados? Em vez de se solidarizar com os pobres coitados, ele apoiou o “Deus” americano. É... 2020 promete. 


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros