Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Marcelo Alcoforado - A Propósito quarta, 25 de setembro de 2019

FALA, MEMÓRIA - NIKITA NA ONU

 

 

FALA, MEMÓRIA

Enfim, aconteceu o tão aguardado discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU. Segundo os relatos, há de estar robustecido o bloco dos que têm o presidente na conta de um arruaceiro ignorante, circunstancialmente eleito presidente da República, de quem são acerbamente criticados os modos rudes, as palavras cortantes, o vezo de dizer, sem autocensurar-se, tudo que lhe vem à mente.

Embora de biótipos diversos, é difícil não se comparar Jair Bolsonaro e Nikita Kruschev, ao menos no quesito polidez. Quer um exemplo?

O dia 13 de outubro de 1960 era, como hoje, o de abertura da assembleia da ONU. Lá fora os manifestantes, lá dentro os representantes dos principais países do mundo.

Nikita Kruschev, representando a poderosa União Soviética, criticava a influência ocidental na África, especialmente Inglaterra, França, Espanha, Portugal e Itália, que mantinham os países africanos sob sufocante regime colonialista.

Pouco tempo depois, chegada a sua vez no parlatório, Lorenzo Sumulong, chefe da delegação filipina, rebateu a crítica de Khruschev, dizendo que era a União Soviética, na verdade, quem tirava a liberdade e o exercício da democracia da população dos países do Leste Europeu.

O premiê russo, que se irritava a cada palavra do filipino, no mesmo momento levantou-se transtornado e, gesticulando e mexendo os braços na direção de Lorenzo Sumulong, tomou-lhe o microfone e começou a chamar o filipino de idiota, palhaço e lacaio, acusando-o de subserviência ao imperialismo americano.

O filipino continuou seu discurso, enquanto um irritado Khruschev, vez ou outra, esmurrava a mesa.

O ápice, porém, ocorreu quando ele tirou um dos seus sapatos e exigindo atenção, com ele bateu vigorosamente na mesa, chamando a atenção dos presentes.

O ato foi noticiado em todo o planeta e não se viu por aqui nenhuma manifestação de censura.

E se Jair Bolsonaro fizesse o mesmo?

Nikita Kruschev batendo o sapato na bancada durante assembléia da ONU


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