Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Ricardo Noblat sexta, 20 de outubro de 2017

FECHA-SE O CERCO À LAVA-JATO

Se dependesse do senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB e um dos mais poderosos nomes do governo Temer, “a sangria” provocada pela Lava Jato no meio político e empresarial já teria sido estancada há muito tempo. Desde, pelo menos, o início de 2015 quando conversou por telefone com Sérgio Machado, o ex-pesidente da Transpetro que gravou seu desabafo.

Embora com atraso, está em curso a mais nova tentativa de estancar a sangria. E até aqui, pelo menos, ela avança com sucesso. O cerco à Lava Jato está se fechando com a colaboração do governo, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Se não for revertido, a mais bem-sucedida operação de combate à corrupção da história do Brasil irá simplesmente para o brejo.

Depois de ter sepultado a primeira denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer, o governo está pronto para sepultar a segunda. Pagou caro pelo enterro da primeira, distribuindo cargos, verbas e outras sinecuras com partidos e deputados acostumados a tirar vantagem de tudo. Pagará mais caro pelo enterro da segunda. Adeus reforma da Previdência Social!

O Senado livrou um dos seus filhos mais ilustres, Aécio Neves (PSDB-MG), da punição que lhe foi imposta pela Primeira Turma do STF. Devolveu-lhe o mandato suspenso. E a livre circulação à noite. Aécio foi salvo pelo voto nada constrangido de algumas dezenas de senadores às voltas com um monte de processos. Suspeitos de crimes uniram-se para se proteger. Natural.

O STF protagonizou a patacoada de abdicar de uma de suas funções a pretexto de evitar a eclosão de uma nova crise. Não mais será dele a última palavra quando se tratar da punição de um parlamentar, mas sim do parlamento – Câmara dos Deputados, Senado, assembleias legislativas e câmaras de vereadores. Políticos, unidos, jamais serão vencidos!

Em breve, o STF desfechará mais um duro golpe na Lava Jato, ao recuar da decisão de que condenado em segunda instância da Justiça poderá ser preso de imediato. Caberá à terceira instância autorizar ou não a prisão. Não é nada, não é nada, mas é por isso que o privilégio de só ser julgado pelo STF dificilmente será revisto. Processos ali costumam prescrever. As condenações são escassas.

Se necessário, o Congresso votará novas leis para que algo parecido com a Lava Jato não se repita jamais. Não sentirá o mínimo pingo de vergonha por proceder assim. É o Brasil velho que esperneia, estrebucha e resiste ainda cheio de energia ao nascimento do novo.


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