Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Eliane Cantanhêde terça, 25 de setembro de 2018

FIM DA ZONA DE CONFORTO

 

COLUNISTA
Eliane Cantanhêde
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Fim da zona de conforto

Ibope dá três más notícias para quem vota em Bolsonaro só para conter o PT

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

25 Setembro 2018 | 03h00

 

A pesquisa Ibope de ontem não é boa para o líder da eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PSL). Fica claro que os ataques dos adversários estão dando resultado e o atingem diretamente, sobretudo os das mulheres nas redes sociais e os de Geraldo Alckmin (PSDB) na propaganda eleitoral da televisão.

Apesar de consolidado no primeiro lugar, com 28% das intenções de voto e 24% na sondagem espontânea, Bolsonaro teve três más notícias: a tendência de crescimento parou, sua rejeição subiu quatro pontos em uma semana e ele voltou a perder para todos os demais candidatos num eventual segundo turno, à exceção de Marina Silva (Rede), com quem empata em 39%.

O Ibope indica que a trégua para Bolsonaro após a facada se esgotou e a boa vontade com ele parou de ter efeito político-eleitoral. Resultado: a possibilidade de vencer já no primeiro turno praticamente evaporou e a eleição caminha para um segundo turno, como era mais provável desde o início.

Quem vota ou pensa em votar no capitão só para tentar impedir a volta do PT, e não por achá-lo melhor e mais apto para a Presidência, deve prestar atenção a dois índices decisivos. A rejeição dele, de 46%, vai se aproximando dos 50% e isso significa que praticamente metade dos eleitores não vota em Bolsonaro de jeito nenhum. Entre as mulheres, a rejeição já é de 54% e isso se reflete no segundo turno. Pela projeção, o petista Fernando Haddad bate Bolsonaro por 43% a 37%.

 

 

Esse resultado remete a uma frase que Alckmin vive repetindo na sua investida contra o capitão. Segundo o tucano, votar em Bolsonaro não é combater o PT, mas o contrário: “É o passaporte para a volta do PT”.

Com o foco em Bolsonaro, que está com uma vaga no segundo turno praticamente garantida, Fernando Haddad foi meio desprezado nas atenções de ontem da mídia e das análises. Ele, porém, continua crescendo e já vai a 22%, apenas seis pontos atrás de Bolsonaro. Se continuar nesse ritmo, tem chance de chegar em primeiro lugar à etapa final da eleição.

Aliás, a expectativa de antecipação do segundo turno já no primeiro não está se confirmando, pelo menos por enquanto. Se estivesse, teria havido uma explosão de Bolsonaro e Haddad e uma correspondente “desidratação” dos demais candidatos. Isso não aconteceu, pelo menos ainda.

Ciro Gomes resiste ao ataque especulativo do PT e se mantém estável em 11% pela terceira vez seguida no Ibope. Não cresce e está 11 pontos atrás de Haddad, mas não cai e está em segundo lugar no populoso Nordeste. Além disso, bate Bolsonaro por 11 pontos, de 46% a 35%, no segundo turno. Ou seja, está no jogo.

Alckmin, que dormiu no ponto muito tempo, achando que a eleição seria definida pelo apoio do Centrão e o imenso tempo de TV, finalmente acordou, politizou a campanha e parou de cair, até oscilando um ponto para cima, para 8%. Ou seja, assim como Ciro, está conseguindo conter a voracidade do PT sobre seus votos, Alckmin começou a conter a de Bolsonaro sobre os seus e tenta recuperar terreno. Aliás, um dado intrigante do Ibope é a queda do capitão no Sul: oito pontos. O que houve?

Marina continua minguando e está com 5%, tecnicamente empatada com João Amoêdo, Henrique Meirelles e Alvaro Dias. Saiu do segundo pelotão e passou a engrossar o terceiro. Nem chega a ser surpresa, já que Marina havia crescido com os votos do ex-presidente Lula, que agora têm dono. O problema do PT é fazer o encontro desses votos com esse dono em todo seu potencial.

Bolsonaro continua vencendo em quatro das cinco regiões e é, sem dúvida, muito forte. Mas Haddad se afirmou e vai dar muito trabalho e Ciro e Alckmin lutam bravamente.


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