Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

José de Oliveira Ramos - Enxugando Gelo segunda, 15 de abril de 2019

FORTALEZA – 293 ANOS E UM CRESCIMENTO FANTÁSTICO

 

 

FORTALEZA – 293 ANOS E UM CRESCIMENTO FANTÁSTICO

 

Praça do Ferreira “ícone” de Fortaleza

Eram muitas as direções do andar, do ir e do vir. Onde eu morava, se resolvesse ir para o Oeste, iria para o Pan-Americano; se fosse para o Sul-Sudeste, iria para a Casa do Português; se fosse para o Nordeste, iria para o Benfica, pela avenida João Pessoa; se fosse para o Norte, e era para onde mais eu ia, acabava indo para o Liceu, via Bezerra de Menezes e Otávio Bonfim.

Pequena ainda – no tempo que lá morei -, concentrando seu dia a dia urbano num raio também pequeno, Fortaleza, a “Loira desposada do sol”, fundada a 13 de abril de 1726, era também naqueles anos 40/50 e 60, apenas uma cidade cheia de problemas. Todos de cunhos administrativos e soluções idem.

Chegada das jangadas na Praia do Meireles

Na configuração urbana, na verdade, existiam apenas quatro grandes avenidas: a Bezerra de Menezes, iniciando a saída ou entrada para o rumo de Sobral; a João Pessoa, iniciando a entrada e a saída para os rumos de Maracanaú e Maranguape; a rua Rio Branco, iniciando a saída e a entrada para Messejana e demais municípios e estados limítrofes; e a Santo Dumont, beirando o riacho Pajeú em direção à Aldeota e as praias do Futuro e outras, ainda virgens. Era esse, sem tirar nem pôr, o croquis da cidade que hoje completa 293 anos. (JOR)

“Casa do Português” iniciou mudanças arquitetônicas em Fortaleza

“Fortaleza é um município brasileiro, construído pelos holandeses durante sua segunda permanência no local, entre 1649 e 1654. O lema de Fortaleza, presente em seu brasão, é a palavra em latim Fortitudine, que, em português, significa “força, valor, coragem”.

Está localizada no litoral Atlântico, a uma altitude média de dezesseis metros, com 34 km de praias. Fortaleza possui 313,140 km² de área e 2 643 247 habitantes estimados em 2018, além da maior densidade demográfica entre as capitais do país, com 8 390,76 hab/km². É a maior cidade do Ceará em população e a quinta do Brasil. A Região Metropolitana de Fortaleza é a sexta mais populosa do Brasil e a primeira do Norte e Nordeste, com 4 051 744 habitantes em 2017. É a cidade nordestina com a maior área de influência regional e possui a terceira maior rede urbana do Brasil em população, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Fortaleza foi em 2016 a décima cidade mais rica do país em PIB e a 2ª mais rica do Nordeste, com 60 bilhões de reais. Possui, ainda, a terceira região metropolitana mais rica das regiões Norte e Nordeste. É importante centro industrial e comercial do Brasil, com o oitavo maior poder de compra municipal da nação. No turismo, a cidade alcançou as marcas de segundo destino mais desejado do Brasil e quarta cidade brasileira que mais recebe turistas de acordo com o Ministério do Turismo. É sede do Banco do Nordeste, da Transnordestina Logística e do DNOCS. A BR-116, a mais importante rodovia do país, começa em Fortaleza. O município faz parte do Mercado Comum de Cidades do Mercosul.

Orla marítima da “nova” Fortaleza

Batizada de Loira Desposada do Sol pelos versos do poeta Paula Ney, a metrópole cearense é a terra natal de brasileiros de grande renome como o ex-presidente Castelo Branco e Dom Hélder Câmara, assim como Capistrano de Abreu, Gustavo Barroso, Casimiro Montenegro Filho, José de Alencar, Karim Aïnouz, Maurício Peixoto e Rachel de Queiroz. É a capital brasileira mais próxima da Europa, a 5 608 km de Lisboa, em Portugal.” (Transcrito do Wikipédia)

Foto 5 – Estádio Municipal Presidente Vargas no Benfica

Saí de Fortaleza, exatamente há 50 anos. Saí para o Rio de Janeiro em 1969, depois de, em 1967, ter passado alguns dias para “sentir o clima e a possibilidade de uma vida nova”. Quando saí, a cidade era essa que descrevi, e praticamente eu não sabia nada da vida.

Tenho voltado à Cidade Luz poucas vezes, pois a idade já não permite mais esse “para cima e para baixo” com mais assiduidade. Vou quando me dá saudade, e quando a situação financeira permite.

O desenho que tenho é o de 50 anos atrás, com Miscelânea vendendo pastel e caldo de cana, bolachinha Ceci da Padaria Duas Nações na Rua Castro e Silva, cafezinho no Cearazinho, sessões de cinema no São Luiz e no Cine Diogo e merendas na lanchonete das lojas Romcy Magazine. Nunca esqueci o “pão d´água” (francês) comprado na Padaria Lisbonense e levado para casa no início da noite.

Nas poucas vezes que tenho ido, percebo que, da minha geração de amigos, muitos já subiram para o andar de cima, e as antigas amizades ficaram distantes. 
Cachacinha na “Bodega do Antônio”, cervejinha no Caravele da avenida Luciano Carneiro, ao som do piano; feijoada no Sá Filho ou no Clube do Advogado, e o encerramento da noite com jantar no cirandinha ou no Alfredo o Rei da Peixada, são pontos fortes no cabedal da saudade.

O atual “Restaurante do Alfredo” no Meireles

Como diz o poeta, “não sei se um dia volto para lá”, pois também tenho raízes profundas em São Luís, onde cheguei há exatos 31 anos.

Para comemorar o aniversário desta cidade maravilhosa, bem que eu queria: ir ao Mercado São Sebastião, puxar uma cadeira, sentar e comer meia dúzia de atas; ir ao restaurante ao lado da Western, pedir um caldo de panelada; caminhar da Bela Vista até o Presidente Vargas para assistir o meu Vovô ganhar do Fortaleza; voltar ao Liceu e viajar no ônibus Jacarecanga; ou assistir um bom espetáculo no Theatro José de Alencar.

Como não é possível, Fortaleza, de longe, apenas te aceno fazendo o coraçãozinho do Amor, tendo consciência de que tudo isso está no passado.


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