Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Leonardo Dantas - Esquina quarta, 20 de setembro de 2017

FRANS POST, O PRIMEIRO PINTOR DO BRASIL

Retrato de Frans Post por Frans Halls

Para registrar as realizações do seu governo, preservar em tela a paisagem e a topografia da conquista, bem como os feitos militares e a arquitetura militar e civil do Brasil Holandês, o Conde João Maurício de Nassau-Siegen contou com os serviços de um jovem pintor de Haarlem, Frans Post (1612-1680), que, juntamente com outro pintor, Albert Eckhout (c.1610 – c.1665), da Groninga, tomou para si a tarefa de registrar todos os pormenores do universo do Novo Mundo de então.

Foi Frans Post o primeiro artista europeu a trabalhar em terras da América, o primeiro pintor acadêmico a documentar em cores a paisagem brasileira, registrando também algumas paisagens da África, deixando uma vasta obra da qual chegaram aos nossos dias pouco mais de 160 trabalhos.

Nasceu Frans Janszoon Post na cidade de Haarlem, Holanda, em 1612, sendo filho do pintor de vitrais Jan Janszoon Post e de sua mulher Francyntie Peters, cujo casamento aconteceu em 1604, sendo ambos naturais de Leiden.

Era Frans o terceiro filho do casal, que tinha por primogênito Pieter Post, nascido em Haarlem em 1608, seguindo-se de Anthoni, nascido em 1610, e Johana, a caçula nascida em 1614, pouco antes do falecimento do chefe da família: Jan Janzoon Post.

Órfão de pai aos dois anos, tendo sua mãe se casado com Harman van Warden em 1620, de quem logo depois se separa, o menino Frans tem no irmão Pieter o seu primeiro mestre.

Pouco se sabe de sua formação acadêmica, tão somente que criou-se na cidade de Haarlem, uma das mais prósperas da província, Flandres, célebre por suas corporações de artistas.

Pieter Post (1608-1669), o mais velho dos irmãos, vem a ser discípulo do grande Van Campen, um dos mais renomados arquitetos do seu tempo, responsável pela construção da Mauritshuis (Casa de Maurício), na Haia, e freqüentador da corte do Príncipe Frederico Henrique. Através dele é o jovem Frans apresentado ao Conde de Nassau, recém-nomeado Governador do Brasil Holandês, que o convida para acompanhá-lo em sua nova missão.

No Brasil, o jovem Frans Post tornou-se a memória visual do governador, transformando-se numa espécie de cronista da paisagem. Para isso acompanhou o Conde de Nassau em todas as suas viagens e campanhas militares, chegando até a registrar incursões de esquadras enviadas do Recife para a tomada das cidades de São Jorge da Mina, Forte Nassau, São Paulo de Luanda e ilha de São Tomé, na África.

Por sua vez, ao irmão mais velho do pintor, o arquiteto Pieter Jansz Post, que trabalhava com Jacob van Campen na construção da Mauritshuis em Haia, é atribuído o traçado urbano da Cidade Maurícia, bem como o projeto de alguns empreendimentos desenvolvidos pelo Conde de Nassau no Brasil, a saber: o Palácio de Friburgo, denominado pelos portugueses de Palácio das Torres; a Casa da Boa Vista; a Igreja dos Calvinistas Franceses, “uma réplica em ponto pequeno da Catedral de Haarlem”.

O traçado urbano da Cidade Maurícia (Mauritsstadt), vem detalhado no mapa de Cornelis Bastianszoon Golijath, Mauritiopolis, Reciffa et circvm iacentia castra, publicado no livro de Gaspar Barleus (n.º 40). (¹)

Ao contrário de Pieter Post, o seu irmão Frans Post é constante na documentação da época, chegando a privar da lista de comensais do Conde de Nassau, no Palácio de Friburgo, em 1º de abril de 1643. Segundo revela José Antônio Gonsalves de Mello: “ao todo 46 pessoas das quais 19 com empregados. Entre elas: Frans Plante, o doutor Piso, três fidalgos não identificados, Albert Eckhout e Frans Post, ‘pintores, ambos com criados’, o cartógrafo Georg Marcgrave, também com criado, etc.”. (²)

O objetivo principal de Frans Post seria a documentação de cidades, vilas, povoações, costumes, construções civis e militares, cenas de batalhas navais e terrestres, que viriam ilustrar um grande relatório das atividades do Governo do Conde de Nassau em terras da América.

OS QUADROS BRASILEIROS

Em carta ao então Príncipe João Maurício de Nassau, datada de 10 de dezembro de 1678, relacionando as obras que seriam entregues ao Rei Luís XIV, o encarregado de seus negócios Jacob Cohen faz referência a “18 pequenas paisagens brasileiras em molduras pretas” (18 kleine bras. lantschapen in zwarte lijsten). (³)

Por esta fonte, chega-se à conclusão que Frans Post pintou pelo menos 18 quadros a óleo retratando a paisagem brasileira durante sua estada de sete anos no Nordeste, de 1637 a 1644. Eram quadros com cerca de 60 x 90 cm., emoldurados em ébano, que foram conservados pelo Conde de Nassau até 1679, pouco antes de sua morte, quando foram presenteados, juntamente com outros quadros e objetos do Brasil, ao rei de França, Luís XIV. (4)

 

fp1

 

Desse total de 18 quadros, apenas sete podem ser identificados em nossos dias. Os demais simplesmente desapareceram com o passar do tempo e a desídia dos homens. Assim foram relacionados por Beatriz e Pedro Corrêa do Lago as seguintes telas, assinadas e datadas por F. Post:

1 –Vista de Itamaracá, 1637 (63,5 x 89,5), Mauritshuis, Haia;

2 – O Rio São Francisco e Forte Maurício, l638 (60 x 80 cm.), Museu do Louvre, Paris;

3 – O Carro de Bois, 15.8.1638 (61 x 88 cm.), Museu do Louvre, Paris;

4 – Forte Ceulen no Rio Grande (Forte dos Reis Magos, Rio Grande do Norte), 28.8.1639 (60 x 86 cm.), Museu do Louvre, Paris;

 

5 – Porto Calvo, Assinado: F. Coreo 1639 (62 x 88 cm.), Museu do Louvre, Paris;

6 – Forte Frederico Henrique em Mauritsstad, 1640 (60 x 88 cm.), originário do espólio de Joaquim de Souza Leão, leiloado pela Sotheby’s, em maio de 1995, e atualmente pertencente ao acervo do Instituto Ricardo Brennand (Recife);

7 – Cidade Frederica na Paraíba 29.10.1638, leiloado pela Sotheby’s, Nova York, em janeiro 1997, arrematado pela importância de 4,5 milhões de dólares por um colecionador não identificado.

Dois desses quadros (n.º 1 e 6) trazem no verso o n.º 443, o mesmo que assinala a lista elaborada por Gédeon du Metz, em 30 de janeiro de 1681 (n.º 443. Trente-quatre autre tableaux aussy donnés au Roi per le Prince Maurice de Nassau, représentant des villes, forteresses, port de mer et paisages du Brésil et quelque fruits et animaux de dit pay…), transcrita na íntegra por Erik Larsen. (5) A lista total seria de 42 quadros, oito grandes e 34 pequenos, “dos quais foi descrita somente a metade, no respectivo inventário. Os restantes, sabemos, eram dos pequenos e presumivelmente todos de Frans Post. Foram estas telas, representando la situation du Pay, villes et forteresses en perspective, que o Príncipe conservou até o fim de sua vida.” (6)

 

José Roberto Teixeira Leite, em longo estudo dedicado ao jovem artista (7), faz as seguintes observações acerca desse período:

Pode-se aquilatar o impacto emocional por que terá passado Post, acostumado à disciplina dos campos holandeses, banhados em suave luminosidade, ao se defrontar de inopino com a áspera vegetação tropical, povoada de seres insólitos, tudo sob uma luz escandalosamente intensa. A força e o ineditismo de tal impacto têm como conseqüência estancar, no artista setentrional, toda a capacidade criadora, e por isso, nos Trópicos, os amadores sentem-se mais à vontade que os verdadeiros pintores. É que os Trópicos são mais pitorescos que pictóricos demasiados ricos, demasiados exuberantes [….] Nos quadros executados no Brasil conseguiu Frans Post traduzir todo o pitoresco, sem deixar de ser pictórico; daí o seu valor. E embora se subordinasse fielmente à realidade soube evitar o excesso de detalhes meramente esdrúxulo, aquele acúmulo de elementos curiosos que sobrecarregariam o quadro, comprometendo-o irremediavelmente.

A produção de Frans Post, durante sete anos no Brasil (1637-1644), particularmente em Pernambuco onde permaneceu a maior parte do tempo, prendia-se ao objetivo do Conde de Nassau de documentar a sua administração à frente do Governo do Brasil Holandês. Ele acompanhava todos os passos do governador, fazendo-se presente desde a tomada de Porto Calvo e andanças através da Ilha de Itamaracá (1637), seguindo-se da fundação do Forte Maurício, em Penedo (1638), da conquista do Rio Grande do Norte (1639), até o retorno ao Recife (1640). Cogita-se a sua presença nas expedições militares que saíram do Recife que foram conquistar povoações na costa da África Ocidental (Luanda, São Tomé e Gana), em 1637, lembrando Sousa Leão que Frans Post poderia, também, ter visitado essas praças quando do seu retorno à Holanda, onde já se encontrava em maio de 1644. (8)

A propósito dessa fase, conclui Erick Larsen, já ter se chamado Frans Post de “o Canaletto do Brasil e também se escreveu que ele foi o primeiro paisagista ao ar livre deste país. É verdade, levando-se em consideração a qualidade artística de sua produção e excluindo-se a comparação com os cartógrafos ou outros artistas de menor competência.” (9)

Em maio de 1644, Frans Post já se encontrava de volta à Holanda, ocasião em que recebeu do Príncipe Frederico Henrique a importância de 800 florins, pela pintura de uma grande paisagem das Índias Ocidentais. (10)

Em julho do mesmo ano já se encontrava estabelecido em Haarlem, fixando residência da Smeeststraat, iniciando assim a gravação das ilustrações a serem usadas no livro de Gaspar Barleus. Essas gravuras em cobre, segundo Erik Larsen, podem ter sido gravadas pelo próprio Frans Post em conjunto com outros artistas, particularmente as 14 pranchas que aparecem assinadas e datadas: F. Post 1645.

Em 1650, casa-se com Janneteye Bogaert, em 27 de março de 1650, na igreja de Sandvoort, gerando com esta três filhos: Anthoni, nascido a 10 de janeiro de 1655; Jan, a 12 de março de 1656, e Rachel, a 4 de janeiro de 1660. Sua mulher, também natural de Haarlem, onde residia na Koninckstraat, era filha do Prof. Salomon Bogaert. O casamento durou apenas 14 anos, pois em 7 de agosto de 1664 já se encontrava viúvo. (11)

A sua produção de quadros com motivos brasileiros hoje soma-se a pouco mais de 160, datados do período entre 1647 e 1669, em sua maioria catalogados por Joaquim de Sousa Leão. (12)

Os sete anos de Brasil mudaram completamente a maneira do jovem pintor observar a paisagem. Seus olhos se tornaram fascinados pelo nosso céu e pelo verde de nossas matas e canaviais. A paisagem rural pernambucana tomara conta dos seus sentidos – “Sem a luz não se explicaria / um Pernambuco que existia” –; os “dois sóis”, descritos pelo poeta João Cabral de Melo Neto, incendiaram suas retinas. (13)

O sol ao aterrissar em Pernambuco,
acaba de voar dormindo o mar do deserto
………………………………………………………
(O sol em Pernambuco leva dois sóis,
sol de dois canos, de tiro repetido;
o segundo dos dois, o fuzil de luz,
revela real a terra: tiro de inimigo).

 

fp2

 

Fiel ao que aprendera com seus mestres holandeses, “o sentimento do espaço e a preponderância do céu”, Post vem a ser dominado pela paisagem dos trópicos, particularmente pela luz que incidia diretamente na orquestração cromática, do tipo verde – azul/verde – azul, do formulário flamengo. Ao voltar para a Holanda jamais se desapegou da paisagem brasileira e, graças aos esboços que pôde elaborar nos seus sete anos de Brasil, ele compõe os seus quadros cheios de cores e elementos tropicais. Os esboços da paisagem e de detalhes outros, produzidos anteriormente para o Conde de Nassau, foram decisivos na criação dos seus novos quadros, com temas brasileiros, pintados entre 1647 e 1669. Sem o antigo compromisso do documentarista, a produção desse período reúne um documentário iconográfico da maior importância, registrando a arquitetura civil e religiosa, como também a militar, a fauna e a flora, tipos humanos e elementos outros da maior importância para o conhecimento da paisagem seiscentista do Nordeste brasileiro, merecendo de Joaquim de Souza Leão a observação:

Post pintava com pinceladas ligeiras. Só as folhas das árvores destacam-se recortadas com um pouco mais de empasto. Irradiam em todas as direções, subtraídas à ação do vento. É certo que ele preferia representar no primeiro plano as ramagens duras da flora da caatinga. As folhas do mamoeiro são as que melhor lhe saem: empastadas, reluzentes, em relevo sobre o resto da vegetação.

A preparação da madeira era feita com pincel fino e a camada preliminar nem sempre branca, o que concorreu para escurecer com o tempo muito quadro. Alguns parecem pintados diretamente sobre a madeira, tão ligeira era essa camada, que lhe deixa ver os veios. Tal foi, aliás, a maneira de pintar do tempo – o apogeu da arte holandesa – que assegurava a regularidade da superfície, uma das exigências acadêmicas.

Criou, assim, seu próprio estilo. Os seus anos no Brasil, em contato direto com a natureza primitiva, longe dos estúdios e da paisagem européia, lhe transformaram num artista singular, à margem dos grandes holandeses do seu tempo – Segher, Ruidael, van Goyen – que, vivendo ao redor de Rembrandt, copiavam sua técnica e eram influenciados pela mesma temática. As pinturas de Frans Post mais se assemelhavam com as de Koninck, particularmente pelas planícies verdes flutuando no horizonte, e com as de van der Hagen, “de quem terá imitado a concatenação das ondulações do terreno e das matas, de modo a formar a alternância regular de manchas claras e escuras, características de sua obra final.” (14)

Conclui José Roberto Teixeira Leite que “resumindo a evolução artística de Frans Post, podemos afirmar que, superada a fase documental dos quadros realizados no Brasil, vencida a preocupação pelo exótico e pelo pitoresco dos produzidos imediatamente após o retorno à Holanda, conseguiu o pintor afinal harmonia entre forma e cor e a equivalência entre o conteúdo e seu equivalente clássico, para evocar a paisagem brasileira, da qual seria o intérprete primeiro, num clima de intenso lirismo. O artista leva de vencida o artesão, a sensibilidade impõe-se ao virtuosismo, o repórter cede lugar ao poeta”. (15)

No final da vida, porém, Frans Post tornou-se alcoólatra. A solidão, com a morte da mulher e o afastamento dos amigos, em muito contribuiu para o abreviamento dos seus dias. Os excessos do vício minaram a sua capacidade criadora, contribuindo para a decadência e mediocridade de seus trabalhos. Foi o álcool que o impediu de assistir a entrega dos seus próprios quadros, em 1679, a Luís XIV, Rei de França, presenteados que foram pelo Príncipe João Maurício de Nassau. Em carta datada de 9 de janeiro de 1679, o agente financeiro de Johan Maurits, Jacob Cohen, é taxativo: “o velho Post, que ainda vive, seria a pessoa mais indicada, mas está de tal modo desmoralizado e degradado pela bebida, e tão trêmulo, que seus amigos o consideram inapresentável ao Rei”. (16)

Morreu Frans Post em Haarlem, a 18 de fevereiro de 1680 e foi enterrado na Groote-Kerk daquela cidade. Cinco dias após o seu passamento, o Curador de Órfãos dá poderes a Bastiaen Wendels, tio, e Johannes Post, primo, para na qualidade de testamenteiros venderem os bens do falecido a fim de pagar as suas dívidas e “fazer tudo o que mais coubesse em benefício da filha menor, Greetie [Rachel?] Post.”

 

fp3

 

Frans Post mereceu a honra de ser um dos pintores de sua época retratados por Frans Hals (c. 1581-85 – 1666), um dos importantes retratistas do seu tempo, ao lado de Rembrandt e Vermeer. O retrato seria reproduzido em gravura por J. Suyderhoef, sendo pintado entre 1650 e 1660, sendo considerado uma obra-prima, “um chiaro-oscuro à maneira sutil de Rembrandt.”

Num exemplar deste retrato, gravado por J. Suyderhoef, existente no Albertinum de Viena, na margem inferior, encontra-se escrito em tinta dourada, em grafia da época: François Post peinctre de prince Mauriti Gouverneur des Indes Occidentales.

Na sua biografia de Frans Post, o embaixador Joaquim de Souza Leão encontra no quadro de Hals a descrição da própria personalidade do retratado: “um quarentão de espessa face bonachona e cabeleira hirsuta, o olhar penetrante e bem humorado, sob o negro feltro de copa afunilada. Pelo esmero no trajar – a mão enluvada denotando trato social e boas maneiras – diríamos um bom burguês endinheirado. Mas as sobrancelhas arqueadas, os olhos bem separados, de quem sabe ver, explicam o artista delicado e minucioso que na obra revelou-se. Se é pouco o que se sabe do seu curriculum vitae, resta-nos, por sorte, a imagem física e psicológica do homem, captada pelo mágico retratista da Holanda social.” (17)

_______________________

1) BARLAEI, Casparis. Rerum Per Octenium in Brasilia Et alibi nuper gestarum, sub Praefectura Illustrissimi Comitis I. Mavritii, Nassoviae, &c. Comitis, nunc vesaliae Gubernatoris & Equittatus Foederatorum Belgii Ordd, sub Auriaco Ductoris, Historia. Amsterdam: Joannis Blaev, 1647. 46 x 29 cm. 340 p., 56 gravuras desdobráveis. Retrato de João Maurício Conde de Nassau, gravado por Th. Matham.

2) MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos flamengos: influência da ocupação holandesa na vida e na cultura do Norte do Brasil. Prefácio de Gilberto Freyre. 2. ed. Recife:  SEC, Departamento de Cultura, 1978. (Coleção pernambucana; 1ª fase, v. 15). Inclui bibliografia e índice onomástico. p. 105, nota 242.

3) SOUSA-LEÃO. Joaquim. Frans Post 1612-1680. Amsterdam: A.L. Gendt & Co., 1973. p. 163. Doc. VI f., From a letter of Jacob Cohen to Johan Maurits, 10.12.1678.

4) SOUSA-LEÃO, Filho. Joaquim. Frans Post. São Paulo: Civilização Brasileira, 1948. “Description des tableaux que le Prince Maurice de Nassau a offerts au Roi Louis XIV”, p. 94-98.

5) LARSEN, Erik. Frans Post, interprète du Brésil. Amsterdam & Rio de Janeiro: Colibris Editora, 1962. p. 259. doc. 55.

6) SOUSA LEÃO, Joaquim de. Frans Post.  São Paulo, 1948. op. cit. p. 93.

7) LEITE, José Roberto Teixeira. A pintura no Brasil Holandês (1967), citado por Roberto Pontual, in Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. p. 436

8) SOUSA-LEÃO, Joaquim.  Amsterdam, 1973. p. 17.

9) LARSEN, Erick. Frans Post, um intérprete do Brasil. Amsterdam & Rio de Janeiro:  Colibris Ed., 1962, citado por Roberto Pontual, in Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. Referência ao pintor veneziano Giovanni Antonio Canal (1697-1768), conhecido por “Canaletto”, responsável pela documentação das melhores vistas de Veneza no seu tempo. p. 436

10) LARSEN, Erik. op. cit. Amsterdam, 1962. p. 50, doc. 18.

11) SOUSA-LEÃO, Joaquim. São Paulo, 1948. op. cit. 34.  

12)SOUSA-LEÃO. Joaquim. Frans Post 1612-1680. Amsterdam: A. L. Gendt & Co., 1973. 141 quadros, 64 desenhos, 1 retrato de F. Post. 176 p.

13) MELO-NETO, João Cabral de. “De volta ao Cabo de Santo Agostinho”, in Escola das facas.  Rio de Janeiro: José Olympio Ed., 1980. p. 92. MELO-NETO, João Cabral de. “O sol em Pernambuco”, in Poesias completas.  Rio de Janeiro: Ed.  Sabiá, 1968.  p. 35.

14) SOUSA-LEÃO, Joaquim de. São Paulo: 1948. op. cit. p. 44.

15) LEITE, José Roberto Teixeira. A pintura no Brasil Holandês (1967), citado por Roberto Pontual, in Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. p. 436

16) SOUSA-LEÃO, Joaquim.  Amsterdam, 1973. Doc. n.º VIh Koninklijk Huisarchief, (Arquivo da Casa Real) Haia, 4/1463, From a letter of Jacob Cohen to Johan Maurits,  p. 164. – A correspondência acerca dos presentes enviados ao Rei de França, integram o maço n.º 1486 do referido arquivo.

17) SOUSA-LEÃO, Joaquim. São Paulo, 1948. op. Cit . 36.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros