Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carlos Brickmann - Chumbo Gordo quinta, 24 de maio de 2018

GASOLINA NO INCÊNDIO

 

Não é por falta de erros que Temer está em baixa. Mas cai até quando não é sua culpa. A alta do diesel e da gasolina tem vários pais. E uma mãe.

A mãe é Dilma: ao segurar o preço dos combustíveis no país abaixo do custo do petróleo, quebrou as usinas de álcool e endividou a Petrobras. Hoje, a Petrobras vende combustíveis a preços que cobrem o custo do petróleo, do prejuízo que teve, dos juros que paga. O preço varia dia a dia, conforme a cotação do petróleo. Em 12 meses, a gasolina subiu 17,96% (a inflação esteve por volta de 2%). Aí aparece o primeiro pai da alta: o dono dos postos, Quando a Petrobras baixa o preço (e isso aconteceu algumas vezes), o posto o segura lá em cima. Concorrência entre postos? Então tá!

E vai subir mais: o dólar se valoriza e o petróleo marcha para US$ 90 o barril. É o outro pai da crise: a Venezuela já reduziu a produção à metade, por desorganização. O Irã está mais preocupado em mandar na Síria e sofre com as sanções americanas. Menos petróleo, mais preço. Há quem estime que a gasolina chegue a R$ 5,10 se câmbio e petróleo mantiverem o rumo.

Outro pai é o Governo, em todos os níveis: os vários impostos são mais de 40% do preço do litro. Resultado: o litro, para os americanos, custa menos de R$ 2; no Brasil, o custo é de R$ 4,75. E Temer paga em votos.

Temer fora

Ou não paga mais. Deixou a conta para seu ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que disputará o voto de centro com Geraldo Alckmin. Dado o carisma de ambos, pode parecer engraçada a frase seguinte: existe a possibilidade de que um deles seja eleito: basta chegar ao segundo turno, e beneficiar-se do radicalismo do adversário, seja Bolsonaro, seja o poste que Lula escolher. Alckmin, que conhece o jogo faz tempo, tem mais chances que Meirelles, cuja força é a capacidade de pagar sozinho a campanha. O MDB de Meirelles é forte, mas desde 1994 não disputa a Presidência. Se sempre se deram bem aderindo ao vitorioso, por que mudar justo agora?

Pedra no caminho

Há um grupo de parlamentares que tenta convencer Josué Alencar (cujo nome é Josué Gomes da Silva, mas resolveu se lembrar da herança política do pai, José Alencar) a sair para a Presidência, pelo centro – desde que pague sua própria campanha. O líder do grupo é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Se der certo, Alckmin e Meirelles terão mais dificuldades.

O olímpico

Rodrigo Maia tenta também lançar Eduardo Paes para o Governo do Rio. Ele era o prefeito do Rio na época dos Jogos Olímpicos, lembra?

Perdemos todos

Um dos grandes jornalistas brasileiros, Alberto Dines, morreu ontem aos 86 anos. Dines foi repórter, editor, diretor (mandava mais no Jornal do Brasil do que o dono – e merecia), escritor, professor em Princeton, criador do Observatório da Imprensa em TV e site. Foi um dos mestres deste colunista, que escreve sobre ele para a Folha de S.Paulo (só para assinantes); e, com leitura livre, Chumbo Gordo.

Azeredo lá

O Tribunal de Justiça de Minas rejeitou os recursos do ex-governador Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, e ordenou sua prisão. Azeredo foi condenado a 20 anos e 1 mês por participação no Mensalão mineiro, uma espécie de ensaio do que viria a ser o Mensalão petista, e que incluiu até a participação do publicitário Marcos Valério. Azeredo pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, mas não em liberdade.

Onde está o dinheiro

A servidora Mirella Menezes Celestino pediu aposentadoria voluntária do Tribunal de Justiça da Bahia. Com a aposentadoria, a funcionária terá “proventos integrais de R$ 39.936,17”, segundo despacho do presidente do TJ baiano, desembargador Gesivaldo Brito. O salário propriamente dito (o nome oficial é “vencimento básico”) é de R$ 8.276,67. O restante, que põe seu salário acima dos pagos aos ministros do Supremo, são penduricalhos: “vantagem pessoal AFI símbolo”, R$ 17.802,72; “vantagem art. 263”, R$ 7.127,57. O desembargador determina que, na implantação dos proventos, deverá ser observado “o limite do teto constitucional – R$ 30.471,10”. Ou seja, com redução e tudo, uma economista de um Tribunal de Justiça estadual tem direito a ganhar quase tanto quanto um ministro do STF; mais de 90% dos vencimentos dos onze magistrados mais importantes do país –e, não esqueçamos, dentro da lei. Há algum risco de o país dar certo?

 

 

 


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