Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Música do Caribe quarta, 25 de maio de 2022

IBRAHIM FERRER E O BUENA VISTA SOCIAL CLUB
IBRAHIM FERRER E O BUENA VISTA SOCIAL CLUB

Raimundo Floriano

 

 

Ibrahim Ferrrer à frente do Buena Vista Social Club

 

                        Para quem não leu este Almanaque no dia 3 de outubro, informo que o Buena Vista Social Club foi um clube de dança e atividades musicais de Havana, local onde os astros cubanos se encontravam e tocavam na década de 1940, entre eles Manuel "Puntillita" Licea, Compay Segundo, Rubén González, Ibrahim Ferrer, Pío Leyva, Anga Díaz, Omara Portuondo e Eliades Ochoa. No decorrer do tempo, novos membros entraram para o grupo.

 

                        No final da Década de 1950, o Clube fechou, e nunca mais se viu em Cuba um lugar como aquele, deixando, assim, seus músicos órfãos. Era a tristeza musical que se apossou da ilha, na fechadura imposta pelo regime ditatorial ali instalado. Na Década de 1990, foi lançado um filme e gravado um CD com o mesmo nome, dando ao Buena Vista notoriedade mundial. Dentre os veteranos que atuaram em ambos, Ibrahim Ferrer, Omara Portuondo e Eliades Ochoa eram os mais conhecidos no Brasil.

 

                        Eliades Ochoa, violonista e cantor, teve pequena amostra de seu trabalho aqui exibida no dia 3. Hoje, apresentarei para vocês resumido perfil do cantor Ibrahim Ferrer.

 

Ibrahim Ferrer

 

 

                         Ele nasceu num salão de baile de Santiago de Cuba, no dia 20 de fevereiro de 1927, e faleceu em Havana, no hospital CIMEQ, no dia 6 de agosto de 2005, os 78 anos de idade.

 

                        Filho de uma dançarina de clube noturno, Ibrahim ficou órfão aos 12 anos, quando se viu obrigado a cantar nas ruas para sobreviver. Aos 13, formou par musical com um primo e, apresentando-se em festas particulares, conseguiu sustento para deixar as ruas. Ao longo dos anos, fez parte de diversos grupos musicais e, em 1953, juntou-se ao Conjunto de Pacho Alonso.

 

                        Em 1959, mudou-se de Santiago com o Conjunto para Havana, quando a formação musical foi rebatizada como Los Bocucos, dedicando-se principalmente a ritmos cubanos, como os registrados neste álbum:

 

 

                        Tempos depois, Ibrahim trabalhou como vocalista do lendário Benny Moré e Sua Banda Gigante, nome este deveras apropriado, pois sua formação compreendia 21 instrumentos, aí compreendidos bocais, palhetas, cordas e percussão.

 

                        Ibrahim sempre manteve o desejo de gravar boleros, o que só veio a acontecer em sua adesão ao Buena Vista Social Club, lançando este álbum só de bolerões, último disco que gravou, à venda em sebos brasileiros:

 

 

                        O filme Buena Vista Social Club, produzido por Ry Cooder, embora nos presenteie com a maravilhosa interpretação de seus astros, mostra-nos, nas poucas imagens de Havana, a pobreza habitacional e o atraso, sob todos os aspectos, em que vive o povo cubano.

 

                        Este outro álbum, importado, também se encontra disponível em sebos;

 

 

                        Sua discografia contabiliza 14 títulos. A voz de Ibrahim Ferrer vinha sendo há muito tempo apreciada pelos músicos e entusiastas da ilha, mas só logrou o reconhecimento mundial a partir de sua apresentação no projeto coletivo Buena Vista Social Club. O disco abaixo, no qual é solista vocal em todas as músicas, dá-nos uma perfeita ideia da força que ele representou na Música Latino-americana.

 

 

                        E é dele que escolhi a faixa 1, Bruca Maniguá, afro-cubano – que eles denominam son, ritmo nativo de Cuba – de Arsenio Rodrigues, gravação do ano de 1999.

 

                        Vamos ouvi-la:

                       

 

 

 


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